Tópicos | Mais médicos

Deputado federal pelo Partido dos Trabalhadores e ministro do governo dos ex-presidentes Lula e Dilma, Alexandre Padilha alfinetou nesta terça-feira (14) o andamento dado ao programa Mais Médicos.

 No seu perfil oficial do Twitter, o parlamentar pontuou a atitude do presidente Jair Bolsonaro (PSL) em relação ao programa e fez relação a uma situação possível de acontecer dentro dos lares brasileiros.

##RECOMENDA##

 “Quando Jair Bolsonaro diz que não tem nada a ver com o fim do Mais Médicos, age como aquele marido que ameaça bater e matar a mulher e a acusa de ter fugido de casa por que quis”, fez a analogia.

 Padilha ainda citou um dado da revista Veja. “Até a Veja mostrou: já são mais de 6 mil vagas de médicos não ocupadas”, finalizou.

LeiaJa também

--> Juntas sugerem criação de Frente para defesa de indígenas

-->  Sérgio Banhos tomará posse como ministro efetivo do TSE

--> Sérgio Moro vem diminuindo de tamanho, crava Tadeu Alencar

O Ministério da Saúde vai abrir, no dia 27 de maio, um edital para a contratação de médicos para prestarem assistência básica (atendimento primário, de baixa complexidade) dentro do Programa Mais Médicos. As inscrições se encerram no dia 29 de maio.

A perspectiva do ministério é contratar cerca de 2 mil médicos, com especialidades diferentes, para trabalharem em 790 municípios, inclusive em áreas de difícil acesso como aldeias indígenas, comunidades quilombolas e moradores de casas ribeirinhas isoladas e assentamentos à margem de rios.

##RECOMENDA##

Os profissionais recebem bolsa-formação no valor de R$ 11,8 mil. O edital dá preferência a médicos brasileiros, com CRM nacional e títulos de especialista e/ou residência médica em medicina da família e comunidade obtidos no país.

Conforme nota do Ministério da Saúde, “caso haja vagas remanescentes dessa primeira etapa, as oportunidades serão estendidas, em um segundo chamamento público, aos profissionais brasileiros formados em outros países e que já tenham habilitação para o exercício da Medicina no exterior”.

As inscrições deverão ser feitas no site do Programa Mais Médicos , mas, no momento da publicação desta matéria, a página ainda não estava acessível. O edital da seleção do Programa Mais Médico foi publicado no Diário Oficial da União nesta segunda-feira.

De acordo com o Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp), os profissionais do programa "Mais Médicos", que atuam nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) na capital paulista, vão suspender os atendimentos nesta quarta-feira (8) e farão um ato em frente à Secretaria Municipal de Saúde. Os contratos dos médicos têm validade entre junho e agosto de 2019, ainda não foram renovados e, segundo o Sindicado, ainda não há um pocisionamento da Prefeitura de São Paulo.

Em carta aberta à população, integrantes do "Mais Médicos" falam que a Prefeitura de São Paulo não quer dialogar com os profissionais. "...não houve nenhuma resposta concreta da prefeitura... Nós, médicos, pedimos para manter o atendimento e cuidado com pessoas de nossas comunidades", conclui a nota.

##RECOMENDA##

Com a não renovação do contrato de 52 profissionais, cerca de 20 mil pessoas podem ficar sem atendimento na capital. O enfraquecimento do programa, que tinha equipes clínicas em todas as regiões da cidade, pode prejudicar ainda mais a população da periferia.

Dados do Simesp apontam que, mensalmente, os 52 médicos do programa realizam cerca de 700 consultas de gestantes e 450 de crianças. Na periferia, cada médico chega a fazer a média de 32 atendimentos diários. "Hoje temos cinco médicos trabalhando pelo edital 12 do programa distribuídos em todas as regiões da capital",  declarou a médica Eline Ethel Fonseca Lima em entrevista à TVT.

Três meses após o governo Jair Bolsonaro ter anunciado o preenchimento das vagas do Mais Médicos em todo o Brasil abertas com o fim do acordo com o governo cubano, o Nordeste parece voltar a sofrer com a ausência de profissionais no Sistema Único de Saúde (SUS).  

Só na região, 408 médicos abandonaram os seus postos nos três primeiros meses da gestão Bolsonaro. O número representa 40% do total de desistências registradas este ano no Brasil. Para o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), há um claro desmonte acelerado do programa.

##RECOMENDA##

“Estamos vivendo um apagão na saúde. Os médicos que antes acompanhavam a população agora deixaram seus postos. Quantas pessoas estão, neste momento, sem atendimento? Quantos não voltaram para casa sem saber qual o seu diagnóstico? Os efeitos da ausência de profissionais são imensuráveis porque a gente está falando da vida das pessoas”, afirmou o senador.

A falta de profissionais se dá depois de o governo brasileiro ter mudado, unilateralmente, as regras do acordo que tinha firmado com Cuba, durante a gestão da presidenta Dilma Rousseff (PT), para viabilizar o Mais Médicos, sob a chancela da Organização Pan Americana da Saúde (OPAS).

Com a saída dos médicos, o governo Jair Bolsonaro anunciou um novo edital e o preenchimento das vagas por profissionais brasileiros. A iniciativa, no entanto, se mostrou falha. Noventa dias depois do anúncio, 1.052 médicos, cerca de 15% dos profissionais, já desistiram do contrato.

Em Pernambuco, 56 médicos deixaram os postos e a ausência de profissionais vem estrangulando o atendimento no Estado. “A população de municípios inteiros está sendo afetada. Muitas pessoas não têm a quem recorrer no momento de necessidade. Tudo isso é resultado de um governo irresponsável e incompetente que adora bradar discursos políticos raivosos porque não tem nada para executar como ações concretas em benefício do povo brasileiro”, finalizou Humberto.

LeiaJa também

--> Desacreditados, eleitores não temem votar em comediantes

--> Previdência: sigilo em estudos para a reforma é criticado

--> Reforma: Danilo deve acionar Justiça por acesso a estudos

O ex-candidato à Presidência da República pelo PSOL, Guilherme Boulos, utilizou seu perfil oficial no Twitter, nesta segunda-feira (15), para falar sobre a atual situação em que se encontra o programa Mais Médicos.

O psolista mencionou a questão da ocupação das vagas por novos profisisonais, após os cubanos terem deixado o programa. “Ao menos 15% das vagas do Mais Médicos  supostamente preenchidas após o rompimento do convênio com Cuba estão vazias”, iniciou.

##RECOMENDA##

Os municípios mais humildes foram lembrados por Boulos pelo fato de estarem com déficit na assistência médica. “1.052 profissionais deixaram os postos, nas cidades mais distantes e vulneráveis”, comentou o psolista.

Por fim, Boulos alfinetou Bolsonaro e suas atitudes, que fizeram os cubanos desistirem de estar no Brasil. “Os brasileiros mais pobres pagam o preço do chilique ideológico de Bolsonaro”, afirmou.

O programa Mais Médicos teve 15% de desistências de médicos brasileiros nos três primeiros meses após a saída dos profissionais cubanos. A informação foi divulgada pela Folha de São Paulo na manhã desta quinta-feira (4). O dado representa cerca de 1.052 médicos que entraram no programa em dezembro de 2018.  

Com o fim da participação de Cuba no programa, 7.120 brasileiros assumiram os cargos nas duas rodadas iniciais da seleção. De acordo com o Ministério da Saúde, o tempo médio da permanência dos brasileiros varia de uma semana a três meses e que, por isso, as desistências já eram previstas.

Espera-se que 1.397 profissionais brasileiros com formação no exterior sejam contratados. Contudo, não há data para as novas admissões.

 

O presidente Jair Bolsonaro comemorou nesta quinta-feira que os mais de 8.000 médicos cubanos que pararam de atender no Brasil após o fim do programa "Mais Médicos" tenham sido substituídos.

Bolsonaro tuitou que o Ministério da Saúde "agiu rapidamente e as vagas deixadas foram preenchidas - as últimas nesta quarta (13) por brasileiros formados no exterior".

##RECOMENDA##

Mais de 8.000 médicos cubanos trabalharam no Brasil por mais de cinco anos no âmbito do programa Mais Médicos, lançado pela ex-presidente Dilma Rousseff para dar assistência às populações de regiões mais pobres e rurais.

Mas devido a condições exigidas por Bolsonaro e não aceitas pela ilha, o governo cubano decidiu em novembro pôr fim ao acordo.

Milhares de médicos voltaram então à ilha, e várias organizações destacaram que sua partida poderia deixar carências importantes no Brasil, sobretudo em zonas remotas.

O Ministério da Saúde anunciou nesta quarta-feira que as 8.517 vagas deixadas pelos profissionais cubanos "foram ocupadas por profissionais brasileiros", depois de que as últimas 1.397 foram ocupadas por brasileiros formados no exterior.

"Eles receberão seus salários de forma integral e terão a liberdade necessária para uma vida digna", escreveu o mandatário, que comparava as condições do programa com as de "escravidão".

Bolsonaro afirmou que o Brasil ofereceu "asilo aos que cidadãos queriam ficar em nosso país". Mas na terça-feira Havana acusou as autoridades brasileiras de não cumprirem "as ofertas de emprego aos médicos cubanos que escolheram não voltar a Cuba", 10% dos que faziam parte do programa, e lhes ofereceu possibilidades de regresso e trabalho.

O Ministério da Saúde informou que as últimas 1.397 vagas do Programa Mais Médicos foram escolhidas por brasileiros formados no exterior antes das 9h desta quarta-feira (13). O prazo final para inscrição no site do programa se encerra na sexta (15), às 18h. Estavam disponíveis 8.517 vagas em todo o país desde a saída dos médicos cubanos do programa.

O ministério divulgará, em 19 de fevereiro, a lista completa com a localidade onde cada profissional formado no exterior trabalhará. Os candidatos selecionados deverão se apresentar nas cidades escolhida para trabalhar até o dia 22 de fevereiro. Aqueles que não tiverem o Registro do Ministério da Saúde (RMS) realizarão um módulo de acolhimento, durante o qual assistirão aulas e serão avaliados pela coordenação nacional do programa.

##RECOMENDA##

De acordo com o ministério, com a manifestação de interesse por médicos brasileiros formados no país ou no exterior, não será necessário convocar profissionais estrangeiros para preencher as 8.517 vagas abertas após o fim da cooperação com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e a consequente saída do país dos médicos cubanos que atuavam no programa.

O Ministério da Saúde anulou o registro de 73 médicos estrangeiros que participam do programa Mais Médicos. Não há informações sobre a nacionalidade dos médicos.

Na última segunda (21) o ministério mudou as datas em cerca de duas semanas para que os brasileiros e estrangeiros formados no exterior escolham os municípios em que atuarão no programa. Os profissionais que tenham diploma estrangeiro poderão escolher as vagas entre 1.460 postos de saúde disponíveis.

##RECOMENDA##

 

Brasileiros formados no exterior e estrangeiros inscritos no Programa Mais Médicos têm novas datas para selecionar os municípios que ainda têm vagas abertas. O primeiro grupo tem os dias 7 e 8 de fevereiro para escolher a localidade no site do programa. Nos dias 18 e 19 do mesmo mês, será a vez de estrangeiros terem acesso ao sistema para optar pelas vagas.

De acordo com o Ministério da Saúde, a alteração no cronograma se deu por conta do período de carnaval, que seria durante o acolhimento dos médicos. Com a mudança, a validação dos médicos brasileiros que estão com a documentação correta está prevista para ser divulgada no dia 31 de janeiro. No dia 12 de fevereiro, será divulgado o resultado dos médicos estrangeiros, que terão a mesma oportunidade, conforme o novo cronograma.

##RECOMENDA##

Após a escolha desses profissionais, o governo federal deve publicar, nos dias 13 e 21 de fevereiro, a lista com os nomes de brasileiros e estrangeiros respectivamente alocados nas cidades selecionadas. Ao todo, 10.205 profissionais brasileiros e estrangeiros com habilitação para exercício da medicina no exterior (sem registro no Brasil) completaram a inscrição no Mais Médicos.

As inscrições para o atual edital começaram com profissionais com registro no Brasil escolhendo as cidades disponíveis. Balanço divulgado no último dia 15 pela pasta mostra que 82% das vagas já foram preenchidas. Os postos que estiverem em aberto serão disponibilizados nesta próxima etapa.

Confira o cronograma completo:

31/01 - Publicação da validação dos documentos dos brasileiros formados no exterior.

07/02 - Publicação da relação dos municípios com vagas remanescentes.

07 e 08/02 - Brasileiros formados no exterior escolhem vagas disponíveis.

12/02 - Publicação da validação dos documentos dos estrangeiros formados no exterior.

18/02 - Publicação da relação dos municípios com vagas remanescentes.

18 e 19/02 – Estrangeiros formados no exterior escolhem vagas disponíveis.

O Ministério da Defesa autorizou o emprego das Forças Armadas em apoio a parte logística do Programa Mais Médicos. A decisão, publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (16), vale para todo o território nacional e detalha a atuação do Exército, da Marinha e da Aeronáutica.

O ministro da Defesa, Fernando Azevedo, estará no comando das ações envolvendo os médicos militares no programa, de acordo com o texto publicado no Diário Oficial.

##RECOMENDA##

Na portaria publicada, na seção 1, página 19, os militares atuarão para a recepção, hospedagem, transporte e distribuição dos médicos intercambistas e supervisores nos municípios de atuação em apoio ao programa.

Haverá um oficial de cada Força para assumir a função de ligação entre os demais e assim trocar informações e definir ações.

De acordo com os coordenadores do programa, os militares participam do Mais Médicos na recepção dos integrantes do programa em aeroportos e no deslocamento aéreo para capitais e centros de capacitação.

O apoio logístico será feito de forma integrada com os ministérios da Saúde e da Educação e Casa Civil.

O Ministério da Saúde divulgou nesta sexta-feira (11), o balanço de ocupação do programa Mais Médicos. A revelação de quantas vagas restaram e quantas foram ocupadas foi feita ao fim do prazo para apresentação dos profissionais aos municípios, registrado entre 07 e 10 de janeiro. Ao todo, 1.462 pessoas não compareceram.

No total, 8.517 vagas foram abertas para substituir os médicos cubanos que deixaram o programa em novembro de 2018, após divergências entre o Ministério da Saúde Pública de Cuba e o discurso do Presidente Jair Bolsonaro em relação aos profissionais daquele país.

##RECOMENDA##

Nos dias 23 e 24 de janeiro, o Ministério da Saúde vai realizar uma nova chamada para que brasileiros formados no exterior possam participar da seleção. Já nos dias 30 e 31 será a vez dos médicos de outros países formados no Brasil tentarem uma vaga.

Todos precisam entrar acessar o site do sistema de seleção e escolher uma localidade com vagas abertas. Boa parte deles está localizada em zonas rurais e indígenas.

O prazo para os profissionais de saúde que se inscreveram no Mais Médicos se apresentarem nas prefeituras dos municípios que escolheram trabalhar termina nesta quinta-feira (10). Ao todo 1,7 mil médicos se inscreveram para a segunda chamada do programa desde que os profissionais Cubanos deixaram o Brasil.

Foram oferecidas neste edital 2,5 mil vagas, em 1,1 mil municípios e 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI). Dessas, até o último dia de inscrições, restaram 842 (190 postos são no Amazonas e, dentro do estado, 26 para atuação em distritos indígenas).

##RECOMENDA##

De acordo com Ministério da Educação, o médico que desistir do programa precisa comunicar à cidade para qual se candidatou, que se encarregará de avisar ao Governo Federal. Nesta sexta-feira (11), deverá ser divulgado o número de postos de trabalho não ocupados pelos médicos brasileiros.

As vagas remanescentes serão recolocadas em um novo edital, voltado aos profissionais brasileiros e estrangeiros formados fora do país. A lista com os médicos contratados vai ser divulgada dia 14 de janeiro.

O Governo está estudando a mudança de regras para flexibilizar a ida dos médicos às áreas indígenas e rurais. Alternar durante a semana os dias que estão nas aldeias e comunidades, e os dias que ficarão na cidade é uma das possíveis iniciativas a serem colocadas em prática. Também há uma proposta para dar descontos na dívida de profissionais que se formarão pelo Fundo de Financiamento, FIES, como incentivo para trabalharem no Mais Médicos.

Profissionais com registro no Brasil inscritos na segunda chamada do programa Mais Médicos têm até esta quarta-feira (10) para se apresentar aos municípios. Médicos que decidirem não comparecer mais às atividades devem informar ao município onde trabalhariam. A cidade fica encarregada de comunicar a desistência ao governo federal.  

A etapa contou com 2.549 vagas em 1.197 municípios e 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI).  Ao todo, 1.707 profissionais com registro brasileiro escolheram localidades.

##RECOMENDA##

Segundo o Ministério da Saúde, candidatos que desistirem dos postos terão as vagas colocadas de volta ao edital do Mais Médicos. O sistema será atualizado com as vagas disponíveis para os profissionais formados no exterior.

A previsão é que a lista de médicos brasileiros homologados que deram início às atividades seja publicada no próximo dia 14.

Seleção

O ministério lançou, desde novembro, editais para a substituição de 8.517 cubanos que atuavam em 2.824 municípios e 34 distritos sanitários especiais indígenas (DSEI).

Inicialmente, concorreram apenas médicos brasileiros com registro no país. Um novo edital, em andamento, seleciona também profissionais formados no exterior.

Revisão

O ministro da Saúde, o médico Luiz Henrique Mandetta, disse que pretende revisar o Mais Médicos e rebateu a afirmação de que faltam profissionais no Brasil.

Segundo ele, o país conta com aproximadamente 320 faculdades de medicina e 26 mil médicos graduados em 2018, com previsão de aumento desse contingente em 10% ao ano até chegar a 35 mil profissionais formados.

“Quem forma essa quantidade toda de profissionais? Muitos deles endividados pelo Fies [Fundo de Financiamento Estudantil] e muitos formados em escola pública. Não temos uma proposta ou política de indução para que eles venham para o sistema público de saúde” disse.

Os médicos brasileiros com registro no Brasil inscritos na segunda etapa do programa Mais Médicos deverão se apresentar nos municípios escolhidos a partir de hoje (7). O prazo terminará no próximo dia 10.

Esta etapa pretende preencher as 8.517 vagas abertas após a saída dos médicos cubanos do país, no dia 14 de novembro. Segundo o balanço divulgado pelo Ministério da Saúde, 29% dos postos não foram preenchidos por brasileiros depois do término do primeiro prazo de apresentação, no último dia 18.

##RECOMENDA##

Confira o cronograma das próximas fases:

De 7 a 10 de janeiro: médicos com CRM brasileiro que se inscreveram na segunda etapa de seleção devem se apresentar nos municípios. Segundo o Ministério da Saúde, 1.707 profissionais escolheram localidades.

23 e 24 de janeiro: médicos brasileiros formados no exterior escolhem os locais de atuação entre as 842 vagas disponíveis.

30 e 31 de janeiro: médicos estrangeiros formados no exterior escolhem locais de atuação entre as vagas remanescentes.

4 e 5 de fevereiro: brasileiros com diploma estrangeiro começam as atividades (se já tiverem participado das atividades preparatórias).

6 e 7 de fevereiro: estrangeiros sem registro no país começam as atividades (se já tiverem participado das atividades preparatórias).

De 25 a 27 de março: profissionais — brasileiros ou não — com diploma de fora do país começam a trabalhar (depois das atividades preparatórias).

Com críticas à gestão atual e passada, o futuro ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou nesta sexta-feira, 28, que o programa Mais Médicos é caracterizado por improvisações, "desde o dia em que foi instalado até hoje", e que vai ter que ser revisto "como um todo".

"Vamos aguardar o que esse governo vai concluir, porque a gente já fez reuniões. O entendimento deles começa de um jeito, depois muda. A característica do Mais Médicos é que um programa de improvisações, uma atrás da outra. Desde o dia em que foi instalado até hoje", disse. "Isso vai ter que ser revisto, esse programa. Têm inúmeras situações de distorção", concluiu o futuro ministro na sede do governo de transição em Brasília, no CCBB.

##RECOMENDA##

Mandetta cita como exemplo para as improvisações o fato de que o programa não tinha previsão de distrato. Sobre as supostas distorções, o futuro ministro diz que houve substituição completa do quadro de profissionais em cidades que têm IDH (índice de desenvolvimento humano) alto, e que, em tese, não precisariam disso, como Brasília.

Criado em 2013 na gestão da presidente Dilma Rousseff, o programa tinha como um dos alicerces a parceria com o governo cubano, que mandava profissionais para o interior do Brasil. O programa foi alvo do presidente eleito, Jair Bolsonaro, crítico do regime cubano, que prometeu impor uma série de medidas à continuação dos profissionais aqui, o que fez Cuba abandonar o programa.

A saída de 8,5 mil médicos cubanos criou uma crise em municípios e fez com que prefeitos e secretários de Saúde se articulassem para a manutenção dos estrangeiros no País. Em 14 de dezembro, um terço dos brasileiros inscritos no programa ainda não haviam se apresentado para ocupar as vagas.

O programa Mais Médicos abriu um novo edital para preencher as 2.448 vagas em aberto, de acordo com o Ministério da Saúde.

Segundo a pasta, 5.846 médicos já se apresentaram nas cidades selecionadas ou iniciaram os trabalhos. O prazo para apresentação dos médicos terminou na última terça-feira (18), com 1.177 municípios e 28 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI) sem vagas preenchidas.

##RECOMENDA##

A segunda chamada ficará aberta até amanhã (21) e é direcionada para médicos com registro no Brasil.  

 

Dos 8.411 médicos brasileiros aprovados na primeira fase do programa Mais Médicos, 5.972 (71%) se apresentaram nos municípios em que irão trabalhar, informou o Ministério da Saúde.

A pasta afirmou que pretende estudar as desistências e preencher as 106 vagas que não foram ocupadas na primeira fase. As vagas em aberto serão oferecidas aos médicos formados no Brasil, nos dias 20 e 21 de dezembro. Nos dias 27 e 28 de dezembro, os médicos brasileiros formados no exterior terão acesso ao sistema. E nos dias 3 e 4 de janeiro, os médicos formados no exterior poderão escolher onde desejam atuar.

##RECOMENDA##

 

 

Senadora e presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PR) disse que o presidente Michel Temer (MDB) e o eleito Jair Bolsonaro (PSL) não se interessaram por programas sociais implementados pelos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, ambos do PT. Na ótica de Gleisi, eles querem “destruir o legado do PT”.

Listando iniciativas como o Mais Médicos, Minha Casa, Minha Vida e a Transposição do Rio São Francisco, a senadora fez críticas a atuação de Temer e questionou Bolsonaro sobre o que ele pretende fazer para a continuidade dessas medidas.

##RECOMENDA##

“Nós tínhamos um projeto para a construção civil, que eram as obras públicas, as grandes obras, a construção de moradias, através do Minha Casa, Minha Vida. Pois bem. O que fez o Governo Temer? Estagnou. Desde o golpe, a partir de 2015, a construção civil vem retraindo… Vejam o quanto nós retrocedemos! Quantos empregos foram jogados fora por não haver um compromisso com os investimentos em obras importantes. As obras do Governo Federal estão paradas. Temos obras sendo depreciadas de novo, que, quando forem retomadas – e se forem retomadas –, já não têm mais as condições estruturais”, afirmou a petista.

“Pararam o Minha Casa, Minha Vida. Então, o Governo Temer paralisou, colocou no chão. Qual é a proposta de Bolsonaro para a construção civil? Nenhuma. ‘Niente’. Não vi até agora ninguém falar sobre isso, nem o Presidente, nem ninguém da equipe dele. O Minha Casa, Minha Vida anda pelas tabelas”, acrescentou a parlamentar.

Gleisi também falou que o número de passageiros atendidos pelas empresas brasileiras de aviação comercial despencou e chegou ao patamar do início da década. Segundo ela, o mercado doméstico cresceu até 2014, mas a recessão no país, iniciada no governo Dilma Rousseff, chegou a causar queda de 17% em um ano no número de passageiros que pagam por seus bilhetes, entre 2015 e 2016. A conclusão foi depurada no banco de dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

“O presidente Lula sempre que fazia um discurso sobre renda costumava dar um dos exemplos dos aeroportos lotados. Ainda que as passagens não estivessem tão baratas, e elas baratearam por conta da concorrência, havia renda para as pessoas comprarem passagem de avião. Hoje a gente tem uma redução no número de demandas por voo. O pobre não está mais andando de avião, porque o pobre não tem mais renda, está desempregado”, lamentou a senadora.

A senadora ainda lembrou da saída de Cuba do Mais Médicos após declarações de Jair Bolsonaro (PSL). “De tanto que ele fez, pintou e bordou, xingou, foi desrespeitoso com Cuba e com os médicos cubanos, que os médicos cubanos foram embora. Quero saber o que Jair Bolsonaro vai fazer?”, questionou.

Cerca de 30% dos brasileiros inscritos no programa Mais Médicos para ocupar as vagas dos cubanos não se apresentaram aos municípios de trabalho até essa sexta-feira (14), quando vencia o prazo para que os profissionais comparecessem às cidades escolhidas. A situação fez o Ministério da Saúde prorrogar para a próxima terça-feira a data limite para apresentação.

De acordo com a pasta, dos 8.411 médicos inscritos no edital, 2.520 não compareceram nem iniciaram as atividades nas cidades até as 17 horas de ontem. Outras 106 vagas do edital nem chegaram a ter interessados - a maioria em distritos sanitários indígenas.

##RECOMENDA##

Ontem, o ministério também anunciou a prorrogação do prazo para que brasileiros ou estrangeiros formados no exterior se inscrevam na segunda fase do edital. O prazo para esse grupo também vencia ontem, mas foi prorrogado até amanhã. Esses profissionais, que não têm registro profissional no Brasil, poderão ocupar as vagas que não tiveram candidatos brasileiros com registro no País.

De acordo com o órgão federal, 8.630 profissionais formados no exterior já se inscreveram no edital. Eles precisam entregar 17 documentos para poder participar do Mais Médicos.

Finalizado o período para apresentação dos brasileiros e de inscrição dos formados no exterior, as vagas remanescentes serão ofertadas de acordo com o seguinte cronograma: nos dias 20 e 21, médicos com registro brasileiro poderão escolher municípios com postos vagos e, nos dias 27 e 28, será a vez dos profissionais brasileiros formados no exterior.

Para os profissionais estrangeiros formados no exterior, a escolha de vagas será nos dias 3 e 4 de janeiro do ano que vem.

Expectativa

Na avaliação do ministro da Saúde, Gilberto Occhi, a previsão é de que, com a prorrogação do prazo para apresentação, mais médicos inscritos compareçam. "A nossa expectativa é que de 20% a 30% daqueles que não se apresentaram podem, de fato, não comparecer. Mas, de qualquer forma, fizemos essa abertura prévia de edital para formados no exterior para ganhar tempo", disse ele ontem, após participar de evento em São Paulo.

"Considerando que, do total de vagas, só 106 não tiveram interessados, acreditamos que outros profissionais com registro no Brasil ou brasileiros e estrangeiros formados no exterior vão ocupar essas vagas dos cubanos", completou.

Cuba anunciou a saída do programa Mais Médicos no dia 14 de novembro, determinando o retorno de 8,3 mil médicos ao país caribenho.

Ministro diz que prefeituras terão de arcar com vagas

O ministro da Saúde, Gilberto Occhi, declarou ontem que a reposição dos médicos que deixaram postos de saúde de uma cidade para migrar para o programa Mais Médicos em outro município será de responsabilidade da Prefeitura que perdeu o profissional.

Como o jornal O Estado de S. Paulo mostrou no último dia 29, pelo menos um terço dos brasileiros inscritos no Mais Médicos deixou vagas em Unidades Básicas de Saúde, criando déficit em outras localidades. "O País está apoiando os municípios assumindo o encargo de alguns médicos, mas não faz sentido para o governo suprir todos os programas e todas as Unidades Básicas de Saúde. Isso é responsabilidade dos municípios", declarou Occhi.

Para o ministro, as cidades que possuíam médicos, mas os perderam para o programa federal, já tinham alguma atratividade para profissionais, o que indica que as prefeituras devem encontrar outros interessados. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando