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O candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, subiu o tom da campanha nesta sexta-feira (12), e fez uma associação direta entre o adversário do PSL, Jair Bolsonaro, e o nazismo. Em entrevista coletiva após participar de uma missa na zona sul da capital paulista, Haddad disse ver uma escalada das agressões cometidas, por exemplo, contra gays e mulheres, e ressaltou que o rival representa "tudo o que tem de pior em termos de violência neste País".

"Bolsonaro é violência, é bala, é desrespeito", afirmou Haddad, alegando que sua campanha tem sido alvo de sucessivas provocações de apoiadores do deputado do PSL. "Estamos nos afastando dos provocadores que tentam nos perseguir. Em geral, eles usam a suástica nazista. O próprio Bolsonaro já declarou que, se estivesse na Alemanha dos anos 30, teria se alistado no Exército nazista", emendou. "A cultura da violência, do estupro, da tortura e do nazismo quem abraça é ele próprio."

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Empenhado em fazer um aceno ao eleitorado religioso, Haddad participou de uma missa no Jardim Ângela, tradicional reduto petista na zona sul da cidade. Ontem, ele já havia participado de um encontro com a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Na entrevista coletiva, Haddad também criticou diretamente o economista Paulo Guedes, guru de Bolsonaro para a área econômica, e o bispo Edir Macedo, que declarou formalmente apoio ao presidenciável do PSL.

"Bolsonaro é o casamento do neoliberalismo desalmado representado pelo Paulo Guedes, que corta diretos trabalhistas e sociais, com o fundamentalismo charlatão do Edir Macedo", afirmou Haddad. Questionado sobre os ataques de Bolsonaro acusando a criação de um "kit gay" para ser distribuído nas escolas, Haddad retrucou: "É um grandessíssimo mentiroso. Por que ele não me enfrenta e pergunta isso num debate?". "É uma mentira deslavada de quem não tem projeto para o País, a não ser armar as pessoas para que elas se matem."

Haddad foi questionado também sobre a notícia de que o candidato derrotado à Presidência Ciro Gomes (PDT) decidiu viajar para o exterior com a família. Ciro havia sido convidado para coordenar o programa econômico de Haddad, mas optou pela viagem pelas próximas semanas. "Todos os democratas, todas as centrais sindicais, vários movimentos sociais democráticos, estão se somando à minha candidatura e vão se somar cada vez mais", disse.

Em Porto Alegre, mais um caso de violência por conta de questões políticas foi registrado. Uma jovem de 19 anos, que não quis se identificar por medo, relata ter sido agredida por três homens ao descer do ônibus quando ia para a sua casa. Os agressores a abordaram porque ela estava usando uma camiseta com a hashtag Ele Não, em referência a uma mobilização liderada pelas mulheres contra o candidato Jair Bolsonaro.

Os fatos foram relatados pela jovem no Boletim de Ocorrência (BO). Conforme a denúncia, os homens teriam questionado a vítima sobre o motivo de estar usando tal camiseta e a atingiram com socos. A jovem ainda foi segurada por dois dos suspeitos enquanto o terceiro envolvido desenhava, com um canivete, uma suástica - utilizada no regime nazista alemão - na região da barriga da vítima.

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A jovem foi orientada a realizar o exame de lesão corporal e, por conta do susto, está tomando calmantes. O caso está sendo investigado pela polícia.

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Durante uma aula de história em uma escola particular de Vila Velha, no Espírito Santo, o professor Gabriel Tebaldi resolveu usar o uniforme do Terceiro Reich, figura relacionada ao Nazismo - período histórico que levou à morte milhares de pessoas entre 1933 e 1945 -. A foto foi compartilhada nas redes sociais, na última sexta-feira (21), e gerou criticas.

O registro recebeu diversos comentário negativos na publicação. "Meu Deus! Que absurdo. Se fosse na Alemanha isso seria considerado um crime: usar símbolos nazistas e apologia ao nazismo", comentou uma internauta.

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Tendo em vista a repercussão do caso, a Congregação Israelita Capixaba (Cicapi), que representa a comunidade judaica no Espírito Santo, emitiu uma nota de repúdio à atitude do docente nessa segunda-feira (24). De acordo com o comunicado, a instituição "manifesta sua preocupação, constrangimento e repúdio com a didática adotada". "Talvez esse professor desconheça os sentimentos que afloram em nossa comunidade reviver tais momentos tão cruéis. Nos machuca, abre feridas", diz trecho da nota.

Já outros internautas defenderam a atitude do professor: "Tá ligado que o cara provavelmente não estava defendendo o Nazismo. Deveria estar dando aula sobre o fascismo e decidiu se fantasiar pra chamar atenção dos alunos. A figura de Hitler chama muita atenção e desperta curiosidade. Menos histeria, gente", argumentou internauta.

Por sua vez, a escola - Centro Educacional Charles Darwin - e o professor rebatem as acusações de apologia ao nazismo. Em comunicado, a instituição de ensino defende que a ideia está dentro da proposta pedagógica do docente. A unidade ainda informou que não foi defendida, pregada ou incitada a ideologia do regime nazista.

O professor disse, em nota, que a ação teve como objetivo: "Relatar fatos que ocorreram, ganhando ainda mais a atenção de meus alunos com minha caracterização que sempre foi alvo de elogios".

 Tebaldi ainda destaca que esse modelo didático já faz parte de sua realidade e que houve a caracterização de personagens durante as aulas.

Sete jogadores do clube alemão SC 1920 Myhl II acabaram sendo demitidos do clube. Os atletas, a pedidos do patrocinador master, posaram para a foto da equipe fazendo um gesto nazista. Além dos jogadores, o clube também encerrou o vínculo que mantinha com a empresa. Vale ressaltar que gestos nazistas são proibidos na Alemanha.

A foto, publicada pelo próprio patrocinador, logo foi apagada. Contudo, deu tempo de viralizar e logo ganhou grande repercussão na Alemanha. Na imagem, os jogadores aparecem estendendo o braço direito, saudação típica do nazismo. O caso está sendo analisado por autoridades locais. 

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Confira a foto: 

Ao menos 20 pessoas ficaram feridas em confrontos durante uma manifestação neonazista em Chemnitz, no estado da Saxônia, leste da Alemanha, na noite da última segunda-feira (27).

O ato teve o apoio do partido de ultradireita Alternativa para a Alemanha (AFD), maior força de oposição no Parlamento, e foi motivado pela morte de um alemão de 35 anos durante uma briga com um sírio e um iraquiano.

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Entre os 20 feridos estão nove militantes neonazistas, nove contramanifestantes de esquerda e dois policiais. Segundo as autoridades locais, o ato reuniu 6 mil partidários da extrema direita e mil esquerdistas.

A polícia esperava um protesto com apenas 1,5 mil pessoas, mas sua difusão nas redes sociais quadriplicou o número de manifestantes. "Aquilo que vimos não tem lugar em um Estado de direito", afirmou a chanceler Angela Merkel, ao comentar os tumultos no protesto neonazista.

Em seu perfil no Twitter, um deputado do AFD, Markus Frohnmaier, expressou o apoio do partido à manifestação. "Se o Estado não pode proteger seus cidadãos, os cidadãos saem às ruas para se proteger. Muito fácil", disse.

Por sua vez, o porta-voz do governo, Steffen Seibert, afirmou que na Alemanha não há espaço para a "justiça com as próprias mãos" e para "grupos que vão às ruas espalhar ódio, intolerância e extremismo".

A política de portas abertas para refugiados custou popularidade a Merkel e sedimentou o avanço da extrema direita, que alcançou um resultado histórico nas eleições federais de 2017, com 12,6% dos votos.

Segundo as Nações Unidas, a Alemanha abriga cerca de 1,4 milhão de refugiados e solicitantes de refúgio, maior número absoluto na União Europeia e o quinto maior em termos proporcionais.

Da Ansa

A cruz suástica e a saudação nazista, proibidas por muitos anos porque são consideradas perigosas para as crianças, começaram a aparecer em videogames na Alemanha em nome da liberdade artística, o que está provocando preocupações e críticas.

Apresentado na feira de videogames Gamescom de Colônia, que acaba de abrir suas portas até 25 de agosto, "Through the Darkest of Times" é o primeiro jogo vendido na Alemanha que mostra sem filtros o período nazista.

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O jogador dirige uma resistência ao nazismo durante a Segunda Guerra Mundial. As suásticas substituem os triângulos negros sobre fundo vermelho que se utilizavam até o momento, e também se veem as saudações nazistas e inclusive Hitler, que jamais havia sido chamado por seu nome verdadeiro nos videogames.

Antes, "como os desenvolvedores temiam falar disso, inventavam coisas fantasiosas. Hitler se chamava Heiler e não tinha bigode, e não havia judeus, mas traidores. É problemático porque se ocultava todo um aspecto da história", explica à AFP Jörg Friedriech, codesenvolvedor do jogo.

"Liberdade artística"

O tabu foi quebrado em agosto. Pressionada pela indústria dos videogames e pelos jogadores, a autoridade independente de regulação alemã (USK) deu ao setor os mesmos direitos que os do cinema e do teatro.

"Os jogos que abordarem de forma crítica os acontecimentos passados podem se beneficiar pela primeira vez de uma aprovação" em virtude da "liberdade artística", declarou uma responsável da USK, Elisabeth Secker.

Desde uma decisão da justiça de 1998, os videogames não tinham direito a incluir esses elementos, já que os juízes temiam então que as crianças "crescessem com esses símbolos e insígnias e se acostumassem a eles".

"É um passo que não temos porque ocultar porque também pode ser uma chamada de atenção" para o público, considera Michael Schiessl, um visitante da Gamescom.

A decisão de permitir esses símbolos nos videogames, no entanto, não agradou a todos na Alemanha.

"Não se brinca com as suásticas", criticou a ministra alemã da Família, Franziska Giffey, em uma entrevista publicada nesta quinta-feira pelo grupo de imprensa Funke. Os alemães "devem continuar sendo conscientes de sua responsabilidade histórica", declarou.

"Como se explica aos jovens que acabaram de jogar 'Call of Duty' - um conhecido jogo de guerra - que ali podem içar a bandeira com a suástica mas que não podem pintá-la na parede de uma casa se não quiserem acabar em um tribunal?", questiona Stefan Mannes, redator-chefe de um portal alemão de notícias sobre o Terceiro Reich chamado "O futuro necessita memória".

Normalização

Um argumento rechaçado por Klaus-Peter Sick, historiador do centro Marc-Bloch de Berlim. "O jogador é inteligente e sabe diferenciar" a ficção da realidade, assegura. "Não há risco: você não se torna um nazista vendo suásticas!".

Além disso a USK não planeja conceder uma autorização geral; estudará cada caso para saber se a presença de símbolos nazistas em um jogo é "socialmente adequada".

Sick considera que essa decisão é mais um sinal da "normalização" da relação que a Alemanha mantém com seu passado.

"Esta sociedade pode ler 'Mein Kampf' sem se tornar nostálgica (...) Os nazistas convictos morreram. É uma questão de geração: a sociedade se transformou e se situa agora longe de uma época à qual não quer regressar", afirma o historiador.

Nos últimos anos caíram vários dos tabus relacionados com a Alemanha nazista. Filmes como "Meu Líder: Verdadeiramente a Verdade mais Verdadeira sobre Adolf Hitler" (2007) ou "Heil" (2015) encheram as salas de cinema, e o romance "Ele Está de Volta" (2012) se tornou um best-seller.

As autoridades permitiram inclusive a reedição de "Mein Kampf" (Minha Luta, escrito por Hitler) em uma versão comentada.

Um político se fantasiou de líder nazista Adolf Hitler para fazer uma manifestação no Parlamento da Índia nesta quinta-feira (9).

Naramalli Sivaprasad vestiu um uniforme militar de tom marrom, com uma suástica no braço e um bigode igual ao do ex-líder alemão para chamar a atenção do Parlamento indiano para enviar recursos para a região que representa, Andhra Pradesh, no sul do país.

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De acordo com o parlamentar, a fantasia foi uma crítica ao primeiro-ministro Narendra Modi, para que ele "não siga o exemplo de Hitler".

Da Ansa

Uma carta escrita por Albert Einstein e sua esposa, Elsa, durante o período nazista e no mesmo dia em que o cientista de origem judaica renunciou seu passaporte alemão, foi leiloada por US$ 25 mil pela casa Nate D. Sanders, em Los Angeles, nos Estados Unidos.

O físico enviou a carta para sua irmã Maja Winteler-Einstein em 28 de março de 1933, a bordo do navio SS Belgenland, que deixou Nova York com destino à Antuérpia, na Bélgica, onde entregou seu passaporte no consulado alemão.

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Durante a viagem, Einstein recebeu a notícia de que os nazistas haviam atacado seu apartamento em Berlim e colocado uma placa que dizia “ainda não foi enforcado”, além de propor uma recompensa de US$ 5 mil pela cabeça do cientista.

Na carta, a mulher de Einstein lembrava que todos seus amigos tinham fugido da Alemanha ou estavam presos, além de que o casamento estaria passando por momentos “profundamente tristes”.

Elsa ainda dizia no texto que não conseguiu conter as lágrimas ao ler uma carta dos filhos, Tetel e Hans Albert. Einstein finaliza a carta com um tom que demonstra o oposto de sua esposa, aparentando aceitação do seu destino.

Em 2017, a mesma casa de leilões aceitou propostas por outra carta do cientista, onde ele criticava a postura indiferente da Inglaterra em relação ao nazismo e abordava os problemas econômicos causados pela Grande Depressão.

O papa Francisco fez neste sábado (16) uma dura crítica ao aborto, chamando a interrupção da gravidez em caso de má-formação do feto de "nazismo de luvas brancas".

    "No século passado, todo mundo se escandalizava com o que os nazistas faziam pela pureza da raça. Hoje fazemos o mesmo com as luvas brancas", disse o argentino Jorge Mario Bergoglio, em referência às mãos dos médicos e profissionais que realizam o aborto. "Está na moda, é normal que, em uma gravidez na qual a criança não está bem ou possui alguma malformação, a primeira oferta ser: vamos tirá-la?'. O homicídio das crianças. Para deixar a vida tranquila, mata-se um inocente", afirmou o Papa, em uma audiência ao Fórum das Famílias no Vaticano. Além do aborto, Francisco falou sobre outros temas relacionados à família moderna, como homossexualidade, infidelidade e "tempo para cuidar dos filhos".

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    "Dói dizer isso hoje: fala-se sobre famílias diversificadas, de diversos tipos de família. Sim, é verdade que a palavra família é análoga, e existem a família das estrelas, das árvores, dos animais... mas a família imaginada por Deus, homem e mulher, é uma só", pontuou o líder da Igreja Católica. Segundo ele, a sociedade atual também não pensa mais "na possibilidade de perder tempo" para ficar com os filhos, pois a família não é levada "em consideração". "Para ganhar dinheiro hoje, é preciso ter dois trabalhos", criticou. "Já os jovens têm o problema de que não podem se casar porque não têm emprego", disse. "Brinquem com seus filhos, passem um tempo com eles, sem dizer 'não me atrapalhe'", pediu Francisco.

    Sobre a infidelidade e traições entre os casais, o Papa afirmou que uma mulher que "espera o marido infiel voltar" é "santa".

    "Tantas mulheres, mas também muitos homens, em silêncio esperando que o marido volte a ser fiel. Essa é a santidade que perdoa tudo porque ama", recomendou.

Da Ansa

Pesquisadores da Fundação Anne Frank divulgaram nessa terça-feira (15), em Amsterdam, duas páginas do diário de Anne Frank. Registradas em 28 de setembro de 1942, as páginas revelam que a adolescente judia levantava questionamentos relacionados ao sexo, prostituição, e receberam uma camada de papel para que ninguém lesse o conteúdo escrito quando tinha 13 anos.

A descoberta das folhas 78 e 79 mostra Anne Frank documentando situações batizadas por ela de “piadas sujas”. As páginas foram encontradas dentro de um xadrez que Anne havia recebido no dia do seu aniversário. "Todos os homens, se normais, ficam com mulheres. Essas mulheres que cumprimentam os homens na rua saem com eles e, depois, vão embora", escreveu a garota. Anne Frank morreu em 1945, aos 15 anos, no campo de concentração de Bergen-Belsen na Alemanha, durante a Segunda Guerra Mundial. 

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A marca de roupas "Lança Perfume" foi acusada de apologia ao nazismo por causa de sua nova coleção de inverno, inspirada na Segunda Guerra Mundial.

"Uma Noite em Berlim" ilustra a Alemanha dos anos 1940 e é caracterizada pelas referências ao uniforme militar alemão usado na época. Símbolos como a cruz de ferro, usada pelo Exército nazista, também aparecem nas roupas. Nas redes sociais, diversas pessoas criticaram a postura da marca, acusando-a de apologia ao regime de Adolf Hitler.

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A "Lança Perfume" divulgou uma nota se desculpando pela referência. A marca aproveitou para anunciar a exclusão dos conteúdos sobre as roupas e a remoção das peças em questão da coleção de inverno de 2018.

"A associação negativa e o sentimento gerado são suficientes para que a Lança Perfume opte por dar início a tais procedimentos", informou a empresa em seu Facebook.

"A Lança Perfume lamenta o ocorrido e enfatiza seu repúdio a qualquer movimento de natureza fascista", acrescentou.

Da Ansa

Centenas de neonazistas se reuniram nesta sexta-feira, dia do aniversário de Adolf Hitler, em um povoado do leste da Alemanha para realizar um controverso festival sob fortes medidas de segurança.

Os extremistas, em sua maioria homens, usavam camisetas com lemas de extrema direita como "branco é a minha cor preferida" e "Adolf era o melhor", segundo um jornalista da AFP no local.

Sua segurança era garantida por um grupo denominado "fraternidade ariana".

Esta primeira edição de "Schild und Schwert" ("Escudo e Espada") perto da fronteira tcheca e polonesa, que durará dois dias, mobiliza centenas de policiais, segundo as autoridades.

"Verão vários policiais em cada esquina", avisou o chefe da polícia local ao jornal Sächsische Zeitung.

O dispositivo de segurança inclui 1.100 agentes, além de canhões de água e patrulhas de botes policiais no rio Neisse, em cuja margem é realizado o festival, reportou o jornal.

Como precaução adicional, o tribunal regional proibiu o consumo de álcool e carregar garrafas de vidro, assim como algumas raças de cães.

Os organizadores preveem 800 participantes mas, segundo militantes da rede antifascista Antifa, o evento, cujo lema é a "Reconquista da Europa", poderia atrair cerca de 3.500 neonazistas.

Além dos participantes alemães, espera-se a chegada de extremistas da Europa do Leste no município de Ostritz, de 2.400 habitantes, situado na ex-RDA comunista, na fronteira com a Polônia e República Checa.

O festival incluirá, além de shows de grupos de círculos ultranacionalistas, debates políticos, combates de artes marciais e um congresso de tatuadores.

É realizado em um momento em que a Alemanha experimenta um ressurgimento dos movimentos de extrema direita, alimentado pelos temores suscitados pela chegada maciça de refugiados sírios e afegãos em 2015.

O partido anti-imigração Alternativa para Alemanha (AfD), que soube aproveitar essa tendência para entrar na câmara dos deputados após as legislativas de 24 de setembro, obteve seus melhores resultados no estado da Saxônia, onde se realiza o festival.

O promotor do evento é Thorsten Heise, membro do pequeno partido ultranacionalista NPD, que conseguiu evitar a proibição, já que o Tribunal Constitucional considerou que a audiência era muito pequena para representar um perigo.

- "Defender seu clã" -

Centenas de pessoas participaram de duas contra-manifestações.

"O fascismo não é uma opinião, é um crime", considerou um de seus organizadores, Mirko Schultze, de 50 anos.

"Tentamos ocupar o espaço público em volta do hotel" onde se realiza o festival "para dizer que defendemos a democracia aqui e para que Ostritz não se transforme em seu novo terreno de encontro", acrescentou.

Responsáveis políticos e religiosos locais e associações civis convocaram um "festival da paz", uma reunião com caráter familiar no centro da cidade.

Há anos os neonazistas fazem shows clandestinos para arrecadar fundos e recrutar novos membros. Mas a realização desse festival com um terreno para acampar próximo ao local e uma entrada por 45 euros para dois dias representa, segundo seus críticos, uma deriva preocupante dos círculos ultranacionalistas, que tentam agir com total impunidade.

As autoridades não podem fazer nada dado que a Constituição garante o direito a organizar reuniões pacíficas ao ar livre. Os símbolos nazistas, como a suástica não podem, no entanto, ser mostrados em público.

Além do dia escolhido para o festival, também chama a atenção que suas iniciais sejam "SS", os temíveis esquadrões de elite de Hitler.

O lugar escolhido fica perto da Baixa Silésia, um território invadido pela Alemanha nazista e cuja restituição à Polônia após a Segunda Guerra Mundial ainda não foi aceita pelos irredentistas alemães.

Uma noite de combates de artes marciais intitulada "O combate dos nibelungos" - uma referência da mitologia nórdica e germânica - faz parte do programa. "Viver é combater", afirmam os organizadores. "Sempre foram os combatentes que defenderam seu clã, sua tribo, sua pátria", asseguram.

Uma pessoa de 75 anos que vive perto do lugar onde se organiza o festival e que pediu para não ser identificada disse à AFP que "é uma vergonha que o governo não possa proibir isto apesar de todo o mal que Hitler trouxe para a Alemanha".

Matéria atualizada em 02/01/2020, às 17h38

Durante a votação do projeto de lei 'Escola Sem Partido' na Câmara Municipal de Limeira, no interior de São Paulo, um gesto visto como nazista feito pelo assessor do vereador e relator do projeto de lei Clayton Silva, Deiver Barreta, gerou muita confusão. A sessão foi realizada na última terça-feira (27). Após a saudação, pessoas contrárias ao projeto que assistiam à votação o chamara de "fascista". A filmagem do discurso de Deiver circula pela redes sociais e divide opiniões dos internautas. 

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À imprensa local, o assessor negou que havia feito a saudação nazista e disse que fez apenas uma ironia em seu discurso. No vídeo, Deiver diz que o símbolo da continência deve ser respeitado, fazendo o conhecido gesto militar. Em seguida, de punhos levantados, afirma que para a saudação comunista se tornar nazista, basta abrir os dedos, fazendo referência ao gesto utilizar pelos adeptos do sistema lidareado por Hitler. 

Assista ao momento:

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A sessão foi tensa e diversas discussões marcaram a votação. De um lado, o público composto por pessoas que apoiavam Jair Bolsonaro, e eram a favor do projeto de lei patrocinado pelo pelo Movimento Brasil Livre. Do outro, servidores municipais e gestores da área da educação municipal eram contra o PL e entendiam que a aprovação seria como uma mordaça à atividade do docente.

O projeto de lei foi rejeitado por 14 votos, seguido por 3 votos favoráveis e 2 abstenções. Dos 20 vereadores presentes, Clayton Silva, Lemão da Jeová Rafá (PSC) e Nilton Santos (PRB) votaram a favor da proposta. Os vereadores Anderson Pereira (PSDB) e Wagner Barbosa (PSB) se abstiveram de votar. Após a derrota, houve um principio de tumulto e a Guarda Civil precisou ser acionada. 

Nas redes sociais, a derrota do projeto dividiu opiniões. "Espero que o responsável por este projeto Escola Sem Partido, reconheça sua derrota e lute por outro mais interessante já que este era um retrocesso. Portanto, sou a favor desta derrota", diz um internauta. 

"Como pode tanta evolução que já passamos e pessoas como estes representantes do povo relembrar o que foi o nazismo e a tortura ... lamentável pra cidade de Limeira ter essas pessoas como representantes", postou outro. 

"A rejeição a um projeto fundamental para o futuro da educação Brasileira como esse, é um afronte ao verdadeiro objetivo das escolas de ensinar os alunos a desenvolverem raciocínio próprio para julgarem-se a favor ou contra determinada ideologia. Há muita distorção a respeito do projeto e suas premissas", publicou um internauta que não gostou da derrota do projeto na Câmara. 

O projeto de lei 78/2017, que estipulava regras para conduta dos professores em sala de aula quanto ao posicionamento político-partidário, ideológico, religioso e moral.

De autoria do vereador Clayton Silva (PSC), prevê que o Poder Público não deve se intrometer na orientação sexual dos alunos e nem deverá "promover a teoria ou ideologia de gênero nas escolas". Além disso, a proposta apresenta uma série de condutas que não serão permitidas ao professor, como por exemplo promover os seus próprios interesses, opiniões, concepções ou preferencias ideológicas, religiosas, morais, políticas e partidárias.

Resposta:

Conforme decisão ao Processo n° 1003051-85.2018.8.26.0320, o diretório municipal de Limeira do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), o mesmo fora condenado por danos morais como autor da falsa acusação divulgada.

 

A Corte de Cassação, instância máxima da Justiça da Itália, determinou nesta terça-feira (20) que não é crime fazer a "saudação romana", gesto associado ao fascismo, se o objetivo for "comemorativo e não violento".

A decisão foi tomada no julgamento de dois manifestantes que, durante um comício do partido ultranacionalista Irmãos da Itália (FDI), em 2014, responderam a uma chamada levantando o braço direito com a palma da mão aberta.

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O Ministério Público de Milão pedia a condenação dos dois réus, mas, segundo a Corte de Cassação, a "saudação romana", no contexto em que foi feita, não pode ser motivo de punição por representar uma "manifestação de pensamento".

Para os juízes, o gesto foi puramente "comemorativa", em um ato que não tinha o objetivo de defender a "restauração do regime fascista". Se a saudação tivesse sido acompanhada do hino fascista, por exemplo, seria passível de punição.

No ano passado, a Itália começou a discutir um projeto de lei que criminaliza a apologia ao nazifascismo, prevendo penas de seis meses a dois anos de prisão para quem divulgar "imagens ou conteúdos próprios" dessa ideologia.

O FDI é um dos partidos contrários à medida. Comandada por Giorgia Meloni, a legenda disputa as eleições legislativas de 4 de março em aliança com a também ultranacionalista Liga Norte e o moderado Força Itália (FI), de Silvio Berlusconi.

Da Ansa

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A cidade de Macerata, na Itália, foi palco de um cortejo antifascista e antinazista neste sábado (10), em solidariedade às três pessoas feridas pelo jovem Luca Traini há uma semana.

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Com apenas 41 mil habitantes, o município localizado na região de Marche, no centro do país, reuniu uma multidão de vários cantos da Itália. Para evitar confrontos, as autoridades blindaram toda a cidade, reforçando os esquemas de segurança, além de suspenderem aulas e interromperem os serviços de transporte público.

O prefeito de Macerata, Romano Carancini, autorizou a manifestação e demosntrou apoio, mas disse acreditar que "não era o momento certo", já que o clima de tensão está elevado na cidade desde o tiroteio.

"Com o coração, estarei nas ruas hoje. Mas, por coerência, reconheço que a cidade precisa respirar", comentou. No último dia 3 de fevereiro, o jovem italiano Luca Traini disparou aleatoriamente contra imigrantes negros em Macerata.

Ele justificou o ato como uma vingança pelo assassinato da também jovem Pamela Mastropietro, que foi encontrada morta e desmembrada em malas.

Os principais suspeitos do crime são nigerianos, o que inflamou os ânimos de Traini, que tem ligação com a extrema-direita italiana. As autoridades prenderam três suspeitos de envolvimento na morte de Pamela: Innocent Oseghale, Desmond Lucky e um outro jovem de 29 anos, detido na estação de Milão ontem.

O ministro do Interior da Itália, Marco Minniti, que é da legenda governista de centro-esquerda Partido Democrático (PD), fez apelos contra o fascismo e o nazismo. "Não tem nenhuma razão que possa justificar um ato criminal de um criminoso.

O único ponto de conexão entre as vítimas era a cor da pele, o que faz toda essa história ser inaceitável", disse. "O fascismo na Itália morreu para sempre e não deixou uma lembrança boa ao nosso povo", completou.

Da Ansa

O candidato da centro-direita ao governo da Lombardia, Attilio Fontana, afirmou nesta segunda-feira (15) que a chegada em massa de migrantes forçados à Itália coloca em risco a existência da "raça branca".

A declaração foi dada em entrevista à rádio "Padania Libera", emissora oficial do partido de extrema direita Liga Norte, uma das legendas que apoiam Fontana nas eleições regionais. "Não é uma questão de ser xenófobo ou racista, mas de ser lógico ou racional. Devemos decidir se nossa etnia, nossa raça branca e nossa sociedade devem continuar existindo ou devem ser anuladas", disse.

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Poucas horas depois, Fontana veio a público para afirmar que havia sofrido um "lapso", um "erro de expressão". "Pretendia dizer que devemos reorganizar o acolhimento de uma forma diferente, de modo que respeite nossa história, nossa sociedade", justificou.

Com 65 anos de idade, Fontana foi prefeito de Varese, uma das principais cidades da Lombardia, durante 10 anos. Nas eleições de 4 de março, ele concorrerá à sucessão de Roberto Maroni, também da Liga Norte, como governador da região, em uma coalizão que ainda integra o partido conservador Força Itália (FI), de Silvio Berlusconi.

"É concebível, em 2018, ter de repetir aos ignorantes que não existe uma raça branca a ser defendida, 80 anos depois da promulgação das leis raciais [do fascismo]?", questionou a presidente da comunidade judaica de Roma, Ruth Dureghello.

Já Giorgio Gori, candidato da centro-esquerda ao governo da Lombardia, pediu para os eleitores evitarem "histerismos e demagogias". "Campanha eleitoral: há quem fale de raça branca, nós falamos sobre formação, trabalho, crescimento, Europa", escreveu no Facebook.

As eleições na Lombardia serão realizadas no mesmo dia do pleito legislativo, quando a Itália escolherá seu novo Parlamento, em uma votação que tem a coalizão de centro-direita formada por Liga e Berlusconi como forte candidata à vitória.

Em 2017, a Itália recebeu 119,3 mil migrantes forçados via Mar Mediterrâneo, número que representa uma queda de 34% em relação a 2016 e que equivale a 0,20% da população do país.

Da Ansa

Os irmãos Lucas Veríssimo de Sousa e Dijael Veríssimo de Sousa podem ser condenados pelo crime de ameaça praticada contra a comunidade LGBTT em 2014. Os dois seriam integrantes do grupo que pregava o ódio contra os homossexuais.

O inquérito policial, instaurado em fevereiro de 2014, teve início na Delegacia de Combate às Condutas Discriminatórias, com a finalidade de apurar as ações de uma organização conhecida como "Irmandade Homofóbica", que pregava "morte aos homossexuais", e ainda publicava ameaças de morte contra a coordenadora do Grupo Matizes, Marinalva Santana.

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A investigação começou depois que eles divulgaram um bilhete com o desenho de uma suástica e a frase "Morte aos Homossexuais - IMHO - Afilie-se", inclusive com os dados para contato. O movimento LGBT denunciou o caso à Polícia Civil, e logo depois foram renovadas as ameaças de morte na página oficial do Grupo Matizes, no Facebook, através de um perfil fake.

O Ministério Público Estadual do Piauí ofereceu denúncia contra eles pelo crime de apologia ao nazismo. Ao todo, foram arroladas 27 testemunhas, sendo oito pelo Ministério Público e 19 pela defesa dos irmãos. "A gente espera que a Justiça seja feita, porque no Brasil,  via de regra, crimes de ódio ficam impunes", disse Marinalva Santana em entrevista ao CidadeVerde.

Uma parte da importante coleção descoberta há cinco anos na casa de Cornelius Gurlitt, filho de um marchand de arte durante o Terceiro Reich, serão mostradas em duas exposições paralelas na Suíça e na Alemanha a partir desta semana.

Cerca de 450 obras de arte de grandes mestres como Monet, Cézanne, Renoir e Picasso serão expostas até março, abordando a questão do saque de coleções judias durante o período nazista.

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As peças expostas em Berna (Suíça) a partir de quinta-feira e em Bonn (Alemanha), a partir de sexta, representam somente uma parte das 1.500 que o colecionador de dupla nacionalidade alemã e austríaca Cornelius Gurlitt armazenava em condições precárias em sua casa e que foram encontradas a partir de 2012.

Ele era herdeiro de Hildebrand Gurlitt, que trabalhou como comerciante de arte durante a época nazista, a partir de 1938.

"Com essas duas exposições, desejamos homenagear as pessoas vítimas dos roubos de arte no nacional-socialismo, assim como os artistas difamados e perseguidos pelo regime", explicam Rein Wolfs e Nina Zimmer, os respectivos diretores dos museus de arte de Bonn e Berna, em um comunicado conjunto.

A descoberta gerou uma polêmica sobre a forma como a Alemanha administrou essa questão das obras roubadas no regime de Hitler depois de 1945.

Mesmo com avanços, "ainda existem museus eou colecionadores que não investigam sobre as origens" de seus recursos, lembra Ronald Lauder, presidente do Congresso Judeu Mundial, em uma entrevista à revista Die Zeit que será publicada nesta quinta-feira.

A exposição na Suíça é dedicada à arte moderna, considerada "degenerada" pelos nazistas a partir de 1937 e confiscado.

Na de Bonn serão apresentadas obras que foram roubadas pelo Terceiro Reich e seus membros, e outras cuja procedência não pôde ser determinada.

Quando Gurlitt morreu, em 2014, aos 81 anos, chegou ao conjunto de sua coleção ao museu de Berna. Cerca de 500 obras permaneceram na Alemanha, onde um comitê de especialistas criado pelo governo tenta rastrear sua origem.

A Polícia Civil de Blumenau, em Santa Catarina, investiga a divugalção de cartazes com mensagens de teor nazista e de supremacia branca. Pelo menos dez cartazes foram colocados em postes e pontos de ônibus de ruas do centro da cidade e uma suástica foi pichada no bairro Ponte Aguda, conta o G1.

O caso está incluído no mesmo inquérito que apura ataques ao ativista e advogado Marco Antônio André. Em um poste em frente à residência do advogado foi colocado um cartaz que diz "negro, comunista, antifa, macumbeiro. Estamos de olho em você".

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Ao G1, o delegado Lucas Gomes de Almeida, responsável pelo caso, conta que os dois casos podem ter envolvimento do mesmo grupo. "Os dois casos seriam o mesmo tipo penal, mas no caso do Marco foi mais racismo. Essa situação agora é apologia ao nazismo, com suástica, com essa questão de hegemonia branca. Além de associação criminosa, se for o mesmo grupo", disse.

A suspeita é que os cartazes tenham sido colocados no domingo (22), pois estão instalados em locais de grande movimentação. Eles são assinados com o site de um grupo neonazista ucraniano, mas o delegado acredita que a referência sirva para desviar o foco da investigação. 

A escritora alemã Hannelore Brenner, autora do livro As Meninas do Quarto 28, chega ao Recife, na próxima quarta-feira (27), para uma palestra sobre 'o processo editorial e a construção da memória'. Com ela, participam do debate as professoras Dra. Barbara Heller (UNIP) e Dra. Priscila Perazzo (USCS). O evento acontece durante a exposição, que leva o mesmo nome do livro, em cartaz na Galeria Janete Costa, no Parque Dona Lindu.

Na publicação, Hannelore conta o cotidiano de sete meninas que estiveram presas, por dois anos, em um campo de concentração durante a 2ª Guerra Mundial. Com a mesma temática, a exposição homônima exibe mais de 50 desenhos produzidos por crianças também vítimas em campos do mesmo tipo. Eles foram produzidos durante as aulas da artista plástica Friedl Dicker Brandeis, que em 1944, chegou a Auschwitz e ficou responsável pelos pequenos que se encontravam no lugar.

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Em 2013, a exposição foi escolhida pela União Europeia para a tradicional homenagem realizada anualmente no Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto. Em 2014, a Organização das Nações Unidas também a elegeu como ferramenta de lembrança das vítimas do genocídio cometido pelos nazistas.

Serviço

Palestra com a autora Hannelore Brenner e as professoras Dra. Barbara Heller e Dra. Priscila Perazzo

Quarta (27)  | 17h

Galeria Janete Costa (Av. Boa Viagem, s/n - Parque Dona Lindu)

Gratuito

Exposição As meninas do quarto 28

Até 29 de outubro

Quarta a sexta | 12h às 20h

Sábados | 14h às 20h

Domingos | 15h às 19h 

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