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O advogado Marcos Antônio Rodrigues, que recebeu um Pix R$ 318 mil por engano da Rede Globo, foi condenado pela 3ª Vara Cível do Rio de Janeiro a pagar uma multa, após ter usado a quantia para comprar um apartamento. De acordo com a decisão, ele terá que devolver todo o dinheiro e pagar mais uma multa de R$ 70 mil por apropriação indevida do valor. As informações são do Notícias da TV.

O desembargador decidiu condenar o homem por acreditar que houve fraude no caso e que ele agiu de má-fé, já que havia admitido que foi informado pela Globo do engano e confessou ter usado o dinheiro que não era seu.

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"O réu está obrigado a devolver os R$ 318.600,40 com atualização monetária desde a data da transferência efetuada pelo autor e juros legais da mora de 1%, contados de 10/01/2022, data em que o autor o notificou a devolver a quantia”, determinou o magistrado.

Agora, o homem terá que pagar os honorários advocatícios dos defensores da Globo, devolver a quantia e pagar multa de cerca de R$ 70 mil.

O caso

Segundo a empresa, a transferência do dinheiro aconteceu no dia 27 de dezembro de 2021. O equívoco ocorreu porque o cadastro do advogado estava no sistema da Globo por já ter atuado em outros casos judiciais. Porém, a emissora só se deu conta do engano no dia 30 de dezembro e entrou em contato para tentar reaver a quantia.

A emissora informou que Rodrigues respondeu que já havia gastado o dinheiro para a compra um apartamento e enviou o contrato de compra e venda do imóvel, prometendo que iria vendê-lo para devolver a quantia recebida. No entanto, a Globo alega que, após o contato, ele parou de responder as mensagens.

Em sua defesa, o homem acusou a emissora de constrangimento e tentou uma ação de resposta por danos morais, mas acabou desistindo da ideia. Em contrapartida, a Globo seguiu com o processo pedindo condenação por enriquecimento ilícito, além do bloqueio da casa comprada com o depósito feito por engano.

O Pix, sistema de pagamentos instantâneos criado pelo Banco Central, soma 26 bilhões de transações desde o seu lançamento, em 16 de novembro de 2020, até setembro deste ano, de acordo com levantamento realizado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Os valores transacionados através da ferramenta chegaram a R$ 12,9 trilhões no mesmo período.

Desde fevereiro de 2022, o Pix é o meio de pagamento mais utilizado no Brasil, à frente dos cartões de crédito. Anteriormente, já havia ultrapassado os cartões de débito, boletos e o TED e o DOC, modelos de transferência de recursos em funcionamento há mais tempo.

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O presidente da Febraban, Isaac Sidney, afirma que o crescimento do Pix mostra a aceitação popular da ferramenta. Segundo ele, nos últimos 12 meses, as operações utilizando o sistema cresceram 94%.

"Também destaco que o Pix foi e continua sendo uma ferramenta fundamental para impulsionar a bancarização e a inclusão financeira no País e desde o seu lançamento tem se mostrado uma importante oportunidade para o Brasil reduzir a necessidade do uso de dinheiro em espécie em transações comerciais e os altos custos de transporte e logística de cédulas, que totaliza cerca de R$ 10 bilhões ao ano", diz ele em nota.

Em setembro, as transações via Pix movimentaram R$ 1,02 trilhão, com tíquete médio de R$ 444. A TED teve volume financeiro maior, de R$ 3,4 trilhões, graças a um valor médio por transferência também mais alto, de R$ 40,6 mil. "Os números mostram que a população está usando o Pix como meio de pagamento de menor valor, como por exemplo, em transações com profissionais autônomos, e também para compras do dia a dia, que seriam feitas com notas, como foi previsto à época do lançamento da ferramenta", afirma Leandro Vilain, diretor executivo de Inovação, Produtos e Serviços Bancários da Febraban.

Recortes

O levantamento da entidade mostra ainda que, em setembro, 43% dos usuários do Pix estavam na região Sudeste, enquanto o Nordeste concentrava 26% deles. No Sul, eram 12%, e no Norte, outros 10%. Dos usuários do sistema 64% tinham entre 20 e 39 anos de idade.

Desde o lançamento do sistema, 523,2 milhões de chaves Pix foram cadastradas no diretório do BC. A maior parcela (213,9 milhões) era formada pelas chaves aleatórias, seguida por CPFs (114,2 milhões), celular (108,3 milhões), e e-mail (77,5 milhões). Até outubro, segundo a Febraban, 141,4 milhões de brasileiros já haviam utilizado o Pix.

A entidade destaca ainda que os bancos associados investem cerca de R$ 3 bilhões ao ano para tornar mais seguras as transações financeiras dos usuários. A Febraban participa do Fórum Pix, promovido pelo BC, e afirma que em caso de alterações no sistema, se empenhará para implementá-las dentro do prazo estabelecido pelo regulador.

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta sexta-feira, 11, que a autarquia deve liberar em novembro os protocolos do Pix para que outros países possam copiar gratuitamente o sistema de pagamentos instantâneo. "Agora, em novembro, a gente vai abrir tudo que a gente fez no Pix, em termos de protocolo, para todos os bancos centrais que quiserem copiar, de graça", afirmou.

A declaração de Campos Neto foi feita em evento organizado pela CFA Society Brazil, em São Paulo.

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Ativos digitais

O presidente do Banco Central disse também que a autarquia quer incentivar bancos a atuarem como custodiantes de ativos digitais. "Exatamente para você não ter um problema de concentração de custódia e porque gente acha que vai aumentar a eficiência dos bancos na hora em que eles passarem a ver ativos e passivos na forma de token", comentou.

Antes, o presidente do BC havia dito que o perigo em torno do sistema de criptoativos é a concentração de custódia, como no caso das exchanges de criptomoedas FTX e Binance.

Ele acrescentou que o objetivo do BC é de atrair ativos digitais para o País e não "colocá-los para fora", como outros países fariam.

Os clientes do Banco do Brasil vão poder fazer transferências via Pix de outras instituições financeiras para a conta do BB por meio do canal do banco no WhatsApp a partir desta segunda-feira (31). A instituição é a primeira do mundo a oferecer essa opção, mantendo a dianteira em iniciativas relacionadas ao Open Finance.

Em agosto, o BB permitiu que os clientes fizessem toda a jornada de consentimento para o compartilhamento de dados no âmbito do Open Finance por meio do aplicativo de mensagens, algo também inédito no mundo. Além disso, foi o primeiro grande banco no Brasil a operar como iniciador de transações de pagamento e a oferecer aos clientes a transferência de recursos de outros bancos via Pix, sem sair do aplicativo BB.

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A novidade, inclusive, só é possível devido ao iniciador de pagamentos, ferramenta da terceira fase do Open Finance que permite que a transações sejam realizadas sem precisar entrar no aplicativo do banco da onde os recursos vão sair. Isso vale para fechar compras em lojas online ou mesmo para fazer transferências de uma instituição financeira para outra, por exemplo. Por enquanto, contudo, o Banco Central só liberou transações com Pix.

Para Fausto Ribeiro, presidente do BB, o iniciador de pagamentos do Open Finance vai transformar o jeito como as pessoas geram suas finanças e ampliar a disputa por ser o aplicativo de preferência do cliente. "Somos os primeiros a oferecer essa facilidade aos nossos clientes no WhatsApp, uma das ferramentas mais usadas no dia a dia pelos brasileiros."

Inicialmente, o cliente vai poder trazer recursos de uma conta que possui em outros bancos para o BB. A ideia é que aos poucos essa possibilidade de usar o saldo em outros bancos para realizar transferências ou pagamentos seja integrada a outras funcionalidades do assistente virtual, como o pagamento de parcelas e faturas, por exemplo.

Para iniciar a transferência, o cliente vai precisar digitar a seguinte frase no WhatsApp do BB: "trazer dinheiro de outro banco". Na sequência, o usuário vai escolher a instituição de onde quer trazer o saldo, sendo direcionado depois para o canal da instituição em questão para confirmar a transferência.

Segundo o BB, a lista já abrange mais de 90% dos bancos com os quais os clientes se relacionam, e será expandida gradualmente. Para utilizar essa funcionalidade, não é necessário que o cliente tenha consentido compartilhar dados de outras contas com o banco público.

Atualmente, cerca de 12 milhões de clientes do banco utilizam o WhatsApp para consultas e transações. Além disso, 1,2 milhão de clientes compartilham dados de outros bancos com o BB no âmbito do Open Finance.

A Polícia Civil do Estado de São Paulo desencadeou nesta terça-feira (18) uma operação conjunta com as polícias interestaduais para desarticular uma quadrilha responsável por golpes cibernéticos contra milhares de vítimas, incluindo seis prefeituras de cidades paulistas e uma de Minas Gerais. Desde as primeiras horas da manhã estão sendo cumpridos 50 mandados judiciais, entre eles 14 de prisões temporárias nos Estados de São Paulo, Goiás e Piauí. Às 9h, dez suspeitos estavam presos, seis na capital e quatro na Baixada Santista.

Outros 18 mandados de busca e apreensão já foram cumpridos em ação prévia à operação Per Saltum. Os crimes incluem golpes com o uso de sites falsos para retenção de senhas ("phishing"), engenharia social em diversos nichos, desde acesso a aplicativos e redes sociais, como o Instagram, manipulação de dados para fraudes contra o sistema financeiro (seguros e benefícios sociais). Havia uma célula responsável por ataques aos caixas das prefeituras.

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O delegado Everson Aparecido Contelli, titular do Departamento de Polícia Judiciária (Deinter-8) de Presidente Prudente (SP), disse que os criminosos agiam de forma organizada e hierarquizada. "Havia um núcleo que atuava só em redes sociais, outro na lavagem de dinheiro, outro na cooptação dos correntistas e assim por diante, chegando à célula responsável pelos ataques a entes públicos, por isso estamos falando de uma organização criminosa", disse.

Somente da Prefeitura de Pirapozinho, na região de Presidente Prudente, os criminosos desviaram mais de R$ 2,5 milhões. Em São Paulo, foram atacadas ainda as prefeituras de Nova Granada (R$ 491 mil), Anhumas, Pratânia, Pontes Gestal e Teodoro Sampaio - em alguns casos, a quadrilha não conseguiu concluir a fraude. Também foram alvos de hacker as contas da Prefeitura de Entre Folhas, em Minas Gerais, com prejuízo de R$ 111 mil.

Ainda segundo o delegado, o dinheiro era repassado para contas correntes cedidas para o esquema. Os correntistas recebiam de 5% a 15% do valor desviado. "Já identificamos mais de 200 correntistas que participaram das ações criminosas. Eles também são cúmplices, pois possibilitaram a transferência dos recursos em troca de vantagem. Por ora estamos buscando os líderes do esquema, mas em algum momento vamos chegar também nessas pessoas que cederam as contas", disse.

Conforme a Polícia Civil, o nome da operação - Per Saltum - é uma alusão à complexidade financeira e de recuperação de ativos proporcionada à Polícia Civil com a implantação de bancos digitais no país e a utilização do protocolo Pix, cuja fusão do real e do virtual não foi, ainda, acompanhada pelo sistema de Justiça criminal, que mantém inalteradas as denominadas medidas assecuratórias descritas em 1941 - data da entrada em vigor do atual Código de Processo Penal.

O modus operandi dos crimes financeiros corresponde a cada uma das modalidades de fraudes virtuais. No ataque contra a Prefeitura de Pirapozinho, os policiais civis identificaram que o uso combinado de engenharia social, "phishing" e "vishing" (golpe de indução).

Na prática, segundo a polícia, os criminosos combinaram um grande vazamento de dados ocorrido no Brasil no início de 2021, com engenharia social e, se passando como funcionários de uma instituição financeira, direcionaram parte dos acessos das contas municipais para um falso site, o que ensejou a fraude e desvio dos recursos públicos por meio de Pix.

A investigação das fraudes foi iniciada pela Polícia Civil de Presidente Prudente. Participam da operação policiais civis do Departamento de Polícia Judiciária (Deinter-8) de Presidente Prudente e as delegacias seccionais de Adamantina, Assis, Dracena, Presidente Prudente, Presidente Venceslau e da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Presidente Prudente.

O Pix chegou ao mercado em 2020 como uma opção que daria fim às transferências bancárias por DOC e TED, facilitando os pagamentos entre pessoas. Com isso, essas opções de envio de recursos que antes garantiam tarifas aos bancos viram sua importância desabar. Agora, o Pix pode fazer outras vítimas, desta vez no e-commerce: o pagamento em boleto.

Para as varejistas, o Pix não só tem potencial de reduzir e até substituir o boleto, como também de aumentar o número de vendas no comércio eletrônico e diminuir o abandono de compras. Os pagamentos com boletos não são realizados em 50% das vezes, segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm).

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Além disso, a falta de flexibilidade nos pagamentos pode levar a um carrinho abandonado. Segundo a empresa de pagamentos Adyen, 52% dos consumidores brasileiros dizem que desistiram de fazer uma compra porque não podiam pagar do jeito que queriam.

Segundo o Estudo de Pagamentos GMattos, apenas dois anos após seu lançamento o Pix já divide o segundo lugar nas formas de pagamento, ao lado dos boletos. A aceitação do Pix tem potencial para chegar a 92% nos próximos anos, prevê a consultoria. Em janeiro de 2021, o Pix apresentava 16,9% de aceitação entre os comércios virtuais do Brasil; em julho deste ano, alcançou 76,3%.

No Mercado Livre, a adoção do Pix teve expansão em torno de 130% e causou uma redução de 33% no uso de boleto no segundo trimestre, ante igual período no ano passado. Na plataforma, lojas oficiais de marcas como Samsung, Nike e Hering já aceitam pagamentos via Pix.

Com 30 milhões de usuários ativos e 10 milhões de vendedores, o Mercado Pago, banco digital do mesmo grupo da varejista argentina, fornece sistema de pagamento para lojas físicas e digitais e já tem um quarto de todas as transações feitas via Pix. Além de diversas lojas online, a empresa faz os pagamentos via Pix nas farmácias da rede Pague Menos e nas lojas físicas da C&A.

Daniel Davanço, líder de pagamentos para empresas do Mercado Pago no Brasil, avalia que as vendas dos lojistas que aceitam Pix subiram de 20% a 25% mais do que as daquelas que ainda não tinham o Pix como meio de pagamento neste ano. "A conversão do Pix hoje é acima de 75%. O mundo online abraçou o Pix de forma muito rápida, porque melhorou a experiência para todos os lados", diz.

A APOSTA DE GIGANTES. Varejistas como a Via (ex-Via Varejo) já oferecem pagamentos por Pix desde o ano passado, inclusive nas lojas físicas de Casas Bahia e Ponto. Recentemente, a companhia passou a usar o Pix também para facilitar os acertos em casos de renegociação de dívidas.

Já o Magazine Luiza oferece pagamentos via Pix em seu site e aplicativo, mas também investe em uma alternativa a ele. A empresa criou, dentro da Fintech Magalu, sistema de pagamentos que promete ser mais veloz e prático do que o Pix porque não requer que o consumidor acesse aplicativo de banco ou copie e cole códigos de barras.

As transferências são feitas por meio do Iniciador de Transação de Pagamento, modalidade oferecida pelo Banco Central que permite a integração dos sites e aplicativos de empresas de varejo com os sistemas bancários, no conceito de "open finance". O método de pagamento foi implementado no site KaBuM, que vende eletrônicos e foi comprado pelo Magazine Luiza em 2021 por cerca de R$ 3,5 bilhões.

Robson Dantas, líder da operação da Fintech Magalu, vê potencial de o iniciador de pagamentos ser mais simples do que o Pix para pagamentos online e para reduzir ainda mais a desistência de compras. "A experiência facilita muito a vida do usuário, mas essa ferramenta ainda tem um caminho a percorrer até chegar ao ponto que estamos com o Pix. No fim deste ano, devemos ver uma consolidação do uso do Pix", afirma. O Mercado Pago e as grandes varejista do País também já fazem testes com o iniciador de pagamentos.

O boleto ainda deve ter sobrevida conforme o Pix se tornar mais comum entre os brasileiros, mas pode se tornar uma opção de nicho. Além de reduzir a desistência de compras, o Pix deve ser estimulado por ter menores taxas para as varejistas do que outros meios de pagamento. "Tirar 0,1% do valor de uma venda para um varejista pode significar ganhos milionários", diz Lorain Pazzetto, líder de open finance da empresa de tecnologia para varejo Grupo FCamara. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Pix chegou ao mercado em 2020 como uma opção que daria fim às transferências bancárias por DOC e TED, facilitando os pagamentos entre pessoas. Com isso, essas opções de envio de recursos que antes garantiam tarifas aos bancos viram sua importância desabar. Agora, o Pix pode fazer outras vítimas, desta vez no e-commerce: o pagamento em boleto.

Para as varejistas, o Pix não só tem potencial de reduzir e até substituir o boleto, como também de aumentar o número de vendas no comércio eletrônico e diminuir o abandono de compras. Os pagamentos com boletos não são realizados em 50% das vezes, segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm).

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Além disso, a falta de flexibilidade nos pagamentos pode levar a um carrinho abandonado. Segundo a empresa de pagamentos Adyen, 52% dos consumidores brasileiros dizem que desistiram de fazer uma compra porque não podiam pagar do jeito que queriam.

Segundo o Estudo de Pagamentos GMattos, apenas dois anos após seu lançamento o Pix já divide o segundo lugar nas formas de pagamento, ao lado dos boletos. A aceitação do Pix tem potencial para chegar a 92% nos próximos anos, prevê a consultoria. Em janeiro de 2021, o Pix apresentava 16,9% de aceitação entre os comércios virtuais do Brasil; em julho deste ano, alcançou 76,3%.

No Mercado Livre, a adoção do Pix teve expansão em torno de 130% e causou uma redução de 33% no uso de boleto no segundo trimestre, ante igual período no ano passado. Na plataforma, lojas oficiais de marcas como Samsung, Nike e Hering já aceitam pagamentos via Pix.

Com 30 milhões de usuários ativos e 10 milhões de vendedores, o Mercado Pago, banco digital do mesmo grupo da varejista argentina, fornece sistema de pagamento para lojas físicas e digitais e já tem um quarto de todas as transações feitas via Pix. Além de diversas lojas online, a empresa faz os pagamentos via Pix nas farmácias da rede Pague Menos e nas lojas físicas da C&A.

Daniel Davanço, líder de pagamentos para empresas do Mercado Pago no Brasil, avalia que as vendas dos lojistas que aceitam Pix subiram de 20% a 25% mais do que as daquelas que ainda não tinham o Pix como meio de pagamento neste ano. "A conversão do Pix hoje é acima de 75%. O mundo online abraçou o Pix de forma muito rápida, porque melhorou a experiência para todos os lados", diz.

A APOSTA DE GIGANTES. Varejistas como a Via (ex-Via Varejo) já oferecem pagamentos por Pix desde o ano passado, inclusive nas lojas físicas de Casas Bahia e Ponto. Recentemente, a companhia passou a usar o Pix também para facilitar os acertos em casos de renegociação de dívidas.

Já o Magazine Luiza oferece pagamentos via Pix em seu site e aplicativo, mas também investe em uma alternativa a ele. A empresa criou, dentro da Fintech Magalu, sistema de pagamentos que promete ser mais veloz e prático do que o Pix porque não requer que o consumidor acesse aplicativo de banco ou copie e cole códigos de barras.

As transferências são feitas por meio do Iniciador de Transação de Pagamento, modalidade oferecida pelo Banco Central que permite a integração dos sites e aplicativos de empresas de varejo com os sistemas bancários, no conceito de "open finance". O método de pagamento foi implementado no site KaBuM, que vende eletrônicos e foi comprado pelo Magazine Luiza em 2021 por cerca de R$ 3,5 bilhões.

Robson Dantas, líder da operação da Fintech Magalu, vê potencial de o iniciador de pagamentos ser mais simples do que o Pix para pagamentos online e para reduzir ainda mais a desistência de compras. "A experiência facilita muito a vida do usuário, mas essa ferramenta ainda tem um caminho a percorrer até chegar ao ponto que estamos com o Pix. No fim deste ano, devemos ver uma consolidação do uso do Pix", afirma. O Mercado Pago e as grandes varejista do País também já fazem testes com o iniciador de pagamentos.

O boleto ainda deve ter sobrevida conforme o Pix se tornar mais comum entre os brasileiros, mas pode se tornar uma opção de nicho. Além de reduzir a desistência de compras, o Pix deve ser estimulado por ter menores taxas para as varejistas do que outros meios de pagamento. "Tirar 0,1% do valor de uma venda para um varejista pode significar ganhos milionários", diz Lorain Pazzetto, líder de open finance da empresa de tecnologia para varejo Grupo FCamara. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O streamer Casimiro vez ou outra aparece fazendo pix para ajudar alguém, e dessa vez acabou ajudando ‘vários alguéns’. O influenciador fez um pix nesta terça-feira (11) para o Dia das Crianças do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, o MTST.

Foi através de um outro streamer, Luide de Matos, que fazia uma live solidária para arrecadar o dinheiro, que Casimiro repassou a quantia de 10 mil reais, o suficiente para ultrapassar a meta de 40 mil que vai ajudar a melhorar o Dia das Crianças de 1100 desabrigados. 

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No seu twitter o MTST celebrou a doação e convidou o Casimiro para participar da ação nesta quarta-feira dia 12 de outubro, data em que é celebrado o Dia das Crianças.

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A campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) calcula ter recebido aproximadamente 300 mil doações individuais nas últimas 24 horas, após aliados e simpatizantes pedirem transferências de R$ 1 por pix para ajudar na tentativa de reeleição de Bolsonaro Planalto e combater "fraudes" na urna eletrônica.

Nas redes sociais, apoiadores vincularam a iniciativa a uma contagem paralela de votos contra fraudes na urna - tese de Bolsonaro que nunca foi comprovada e é contestada pela própria Justiça Eleitoral. Integrantes da campanha dizem que esse discurso não partiu do comitê, mas começaram a usar a iniciativa para turbinar o pedido de doações.

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No início da semana, uma mensagem começou a circular em grupos de WhatsApp e em outras redes sociais sugerindo que os eleitores de Bolsonaro enviassem um Pix para o CNPJ da campanha e assim organizassem um "parâmetro antifraude". O movimento gerou uma onda de doações com o valor de R$ 1 e preocupação com a prestação de contas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que precisa ser feita de forma individual e enviada após 72 horas.

Pelas redes sociais, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do presidente, divulgou uma mensagem pedindo as doações e reforçou que a campanha está precisando de dinheiro. "Surgiu espontaneamente uma campanha de doação de R$ 1,00 para a campanha do Presidente Bolsonaro (assim como há outra de R$ 1.022,00 de produtores rurais). Informo que doação de qualquer valor é bem-vinda, desde que seja do seu coração. E, sim, estamos precisando", escreveu o parlamentar.

A deputada Carla Zambelli (PL-SP) gravou um vídeo para incentivar os eleitores a transferirem o Pix para a campanha do presidente. "Tem muita gente falando: doa 1 real porque a gente vai saber quantas pessoas vão votar no presidente. Na verdade, não é nem por isso que a gente pede a sua doação. A gente pede a doação para ajudar mesmo a campanha presidente porque é uma campanha cara e a sua contribuição pode fazer a diferença", disse.

Ao Estadão, Zambelli afirmou que a vinculação do Pix ao "parâmetro antifraude" foi feita por apoiadores e nem faz sentido porque não são todos os eleitores que farão a transferência. "A gente falou: vamos aproveitar que isso está viralizado e vamos dizer que pode ser feito realmente, mas qualquer valor."

O contador responsável pela campanha de Bolsonaro, Guilherme Sturm, disse ao Estadão que aproximadamente 300 mil doações foram feitas nas últimas 24 horas - o número ainda não foi confirmado, o que deve acontecer até quinta-feira (15). Ele estima que a maioria foi pix de R$ 1.

"Nós vamos processar isso mecanicamente e o processamento é feito com ferramentas digitais. É algo inusitado, mas já passou o primeiro susto", afirmou o contador, dizendo que será possível transmitir todas as informações ao Tribunal Superior Eleitoral em tempo hábil após uma preocupação inicial com o volume de doações.

O PL não priorizou a campanha de Bolsonaro na distribuição do fundo eleitoral. Candidatos a governador e o conjunto de deputados e senadores acabaram recebendo a maior fatia, o que levou o comitê a pedir doações individuais para empresários e outros eleitores - desde ruralistas até pessoas que possam ajudar com R$ 1. De acordo com a prestação de contas feitas pela campanha até o momento, Bolsonaro arrecadou R$ 21,9 milhões: R$ 10 milhões do fundo partidário, R$ 11,8 milhões de doações individuais e R$ 90 mil do fundo eleitoral.

A prestação de contas deve aumentar o custo da campanha de Bolsonaro com contabilidade. O contador afirmou, porém, que o gasto não inviabiliza o processamento. Para cada doação, ele calcula um custo de 10 centavos para fazer a prestação de contas.

A ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Maria Claudia Bucchianeri negou nesta segunda-feira, 12, pedido do PDT para proibir o candidato Jair Bolsonaro (PL) de relacionar a criação do Pix ao seu governo.

A ministra entendeu que a tentativa de impedir o candidato de fazer referência à implementação do Pix configura censura. Também disse que não há "qualquer falsidade ou flagrante inverdade na informação veiculada", uma vez que o Pix foi lançado durante o atual governo, ainda que não tenha sido criado por ele.

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O sistema de pagamentos foi desenvolvido pelo Banco Central em 2018, no governo de Michel Temer (MDB). No entanto, foi lançado em 2020, durante o governo Bolsonaro.

   A central do Nexus, plataforma está desenvolvendo um projeto que prevê o funcionamento das transferências via Pix, entre mais de 60 países. A possibilidade já está em fase de testes. 

A iniciativa vai permitir fazer as transferências para qualquer país que tenha o sistema instantâneo de pagamento implantado pelo Banco Central, como o Brasil. O sistema manterá o padrão de instantaneidade, sendo possível que as operações entre diferentes países e moedas em até um minuto. Atualmente os países como Malásia, em Cingapura e na Zona do Euro, estão testando essa iniciativa. 

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 Para o funcionamento, está sendo avaliado a criação do software “Nexus Gateway”, que conectará os sistemas de pagamentos instantâneos de todo o mundo, e o “Nexus Scheme”, que seria para estabelecer regras básicas de comunicação entre os países.  Até o momento, não existe a confirmação do lançamento oficialmente. 

O Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) inicia neste mês os testes do seu sistema de pagamentos instantâneos, o FedNow. Espécie de versão americana do Pix, ele promete revolucionar a forma como se envia e recebe dinheiro na maior economia do mundo. Enquanto isso, no Brasil, o Pix "original" - que começou a ser gestado ainda no governo do ex-presidente Michel Temer, como parte de uma agenda para aprimorar as ferramentas do BC - está próximo de bater a marca recorde de R$ 1 trilhão em transações realizadas em um único mês, e caminha para replicar sua experiência em outros países, como Colômbia e Canadá.

A expectativa do Fed é de lançar o sistema entre maio e julho de 2023. Nesta sua reta final de desenvolvimento, o projeto-piloto do FedNow vai iniciar a fase de testes técnicos, com a participação de mais de 120 instituições. Em paralelo, o Fed já começa a envolver outras instituições interessadas na nova solução, mas que ficaram de fora do projeto-piloto.

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A promessa do BC americano é de que o FedNow esteja disponível a instituições financeiras de todos os tamanhos nos EUA. E, assim, conecte empresas e famílias americanas, facilitando os pagamentos em uma economia onde o cheque - que no Brasil praticamente desapareceu do dia a dia - ainda é presença frequente. "Juntamente com os nossos parceiros, estaremos prontos para lançar o FedNow entre maio e julho de 2023", afirmou a vice-presidente do Fed, Lael Brainard, em evento recente sobre pagamentos instantâneos.

Segundo ela, o FedNow deve transformar a forma como os pagamentos são feitos na maior economia do mundo, propiciando "ganhos substanciais" para famílias e empresas por meio de transferências de dinheiro instantâneas. Tal como o Pix, a nova ferramenta vai funcionar 24 horas por dia, sete dias por semana.

"A disponibilidade imediata de dinheiro pode ser especialmente importante para famílias que administram suas finanças de salário em salário ou pequenas empresas com restrições de fluxo de caixa", disse Lael.

A autoridade monetária dos EUA ainda não revelou as expectativas para o FedNow. Segundo Lael, o número de empresas e famílias americanas que vão usar o "Pix americano" vai depender da quantidade de provedores de serviços financeiros que aderirem à nova infraestrutura de pagamentos da autarquia.

ADESÃO. No Brasil, o Pix é operado por mais de 770 instituições, segundo o BC. Por conta da facilidade de mandar e receber dinheiro, e também pelo fato de não ter taxas, a adesão dos brasileiros ao novo sistema foi uma explosão. A quantidade de chaves do Pix, mais de 478 milhões, é o dobro da quantidade de habitantes no País, de 212,7 milhões, conforme estimativa mais recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Já o total de usuários soma mais de 131,8 milhões, sendo 122 milhões de pessoas físicas.

O Pix foi elogiado por instituições como o Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês), uma espécie de banco central dos bancos centrais, que destacou "os menores custos e maior inclusão financeira" com a ferramenta. E despertou o interesse de outros países.

Segundo o presidente do BC, Roberto Campos Neto, os primeiros passos internacionais do Pix podem ocorrer dentro da América Latina. A Colômbia já demonstrou interesse em replicar a experiência brasileira. "Estamos fazendo uma parte internacional do Pix. Eu tenho conversado bastante com o banqueiro central da Colômbia (Leonardo Villar). Ele me diz que querem fazer igual", afirmou ele, em evento no mês passado, mencionando ainda o interesse do Canadá.

Para Campos Neto, a atração de outros países se dá pelo baixo custo: "O Pix é muito barato, custou R$ 5 milhões para o Banco Central".

Uma situação bastante inusitada aconteceu com a estudante Priscila Campolim de Campos, 20 anos, que durante uma tentativa de golpe acabou sendo paquerada pelo suspeito, que desistiu de cometer o crime. O fato aconteceu na noite da última terça-feira (6), na cidade de Bauru, São Paulo. 

O primeiro contato do suspeito com a jovem foi: "Meu contato é referente a uma transação aprovada em meu sistema no valor de R$ 2.759,93 às 13:32. Caso tenha reconhecimento desta transação digite SIM caso desconheça digite NÃO". 

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Ao UOL, Priscila disse que, inicialmente, xingou o golpista, que chegou a mandar um áudio. "Vai que você cai no golpe, nunca se sabe", falou o rapaz.

A estudante relatou que não tinha conta no banco que o homem tentou cometer o crime e ouviu dele que já tinha sido clonada outras vezes. "Seu cartão eu já clonei ele outras duas vezes. Passar bem". 

Campolim aponta que no decorrer da conversa tentou ser simpática com o golpista para tentar descobrir algo e que, a partir daí, ele começou a flertar com ela. "Nossa, Pri, mas você é uma gatinha hein. Manda uma foto sua para eu ver, Pri. Vem se envolver, bebê, com o Raul", escreveu ele. 

A estudante relata que deu risadas da situação e o Raul pediu desculpas pela tentativa. "Desculpa aí, amiga. Você sabe, 'nois' tá na luta. Não sabe quem é quem, mas 'dahora'. Você tem entendimento. Pix tá bloqueando, civil tá atrás. Tá puxado", disse o suspeito.

Raul gostou tanto de Priscila que pede para ela se cuidar e avisar a família sobre o que está acontecendo. “Toma cuidado. Avisa a família que 'nóis' tamo na 'city' [cidade, em inglês]. pra tomar cuidado, tá bom. Fica com Deus, amiga. Desculpa qualquer coisa".

A estudante pontua que, no final, riu da situação. Eu achei engraçado. Eu sei que tem um ser humano por trás, acima de tudo um brasileiro, então eu não me surpreendi com as respostas dele. Minha família já tinha passado por situações de tentativa de golpe, mas ninguém respondeu muito". 

Não é raro uma indústria virar do avesso por uma inovação tecnológica. No setor das maquininhas de pagamento, a reviravolta chegou de uma vez só com o Pix, sistema de pagamento do Banco Central. A visão de especialistas é de que o Pix deve eliminar a necessidade do "intermediário" entre quem paga e quem recebe. E isso coloca em xeque o próprio futuro do setor de meio de pagamento. As empresas, portanto, terão de agregar mais serviços aos comerciantes - como softwares de administração de contas e estoques - para continuar relevantes para os clientes.

"As empresas ganharão pelo serviço prestado, e não mais por transação", afirma Edson Santos, um dos maiores conhecedores do setor de meios de pagamento no Brasil. Segundo ele, companhias como a Stone, que em 2020 comprou a empresa de tecnologia Linx, já de olho nessa mudança, estão melhor posicionadas para a nova fase. Resistir a essa mudança, segundo ele, pode significar o fim da linha para esses negócios. Conforme pesquisa recente do Instituto Propague, a Cielo segue líder de mercado, seguida de perto pela Rede, do Itaú Unibanco. Depois vêm a Getnet (do Santander), Stone, Vero e PagSeguro.

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Apesar da chegada do Pix ter chacoalhado o setor, os líderes de setor não têm demonstrado grandes mudanças. Uma das razões, segundo Santos, é porque o Pix ainda enfrenta alguns desafios no varejo, e a maquininha segue importante para o estabelecimento receber os pagamentos pelo cartão. "O Pix ainda não pegou o suficiente (no varejo). E todo mundo espera que o outro faça antes", diz Santos.

Uma das poucas mudanças, até agora, é a oferta da funcionalidade do Pix na maquininha, permitindo que o lojista gere um QR-Code para a transferência. "Essa é uma tentativa de se manter a maquininha viva", comenta o especialista.

A experiência de quem usa o Pix diretamente no comércio também precisa melhorar. Hoje, quando o lojista aceita Pix, o cliente usa a chave do estabelecimento para efetuar o pagamento - mostrando a tela com a transação ao atendente ou enviando o comprovante por WhatsApp.

No entanto, já há startups trabalhando para deixar essa experiência mais fluida, para ajudar na adoção do Pix pelo comércio com a utilização de software que permite a aceitação do meio de pagamento pelo caixa de forma direta, ou seja, com confirmação da transferência imediata.

Outras empresas começam a oferecer o Pix parcelado (uma forma da dar crédito ao cliente), que poderá vir a substituir o cartão de crédito - essa opção já cresce em aceitação, especialmente no e-commerce. Hoje, essa modalidade já alcançou o volume do pagamento em boleto, forma de pagamento que era uma "dor" para os varejistas online, já que a desistência entre efetuar a compra e efetivo pagamento era alta.

Especialista no mercado financeiro, Boanerges Freitas destaca que o Pix mudou as peças do jogo do setor, mas que as credenciadores resistem em mudar e inovar. "Claro que elas vão ter perda de receita ao sair do cartão para o Pix, mas é melhor ter essa perda e manter o cliente", diz o especialista, lembrando que há anos têm alertado seus clientes dessa necessidade de diversificação de serviços.

"A empresa terá mais conhecimento sobre o varejista, sendo o meio de pagamento dele, e poderá, com isso fidelizá-lo por meio de outros serviços e rentabilizar o negócio", comenta.

Saindo da zona de conforto

A Rede, credenciadora do Itaú Unibanco, diz que está atenta à mudança de regras do mercado. Diretor da empresa, Angelo Russomano conta que a empresa está debruçada no desenvolvimento de novas funcionalidades, algumas delas envolvendo o Pix.

Segundo o executivo, um ponto que a Rede tem olhado atentamente é o auxílio à digitalização dos varejistas, o que inclui a automação da frente do caixa, inclusive para integrar o pagamento pelo Pix. "Essa é a maior demanda dos varejistas. Se o Pix for melhor para os estabelecimentos, a gente tem de investir", afirma Russomano, que há 30 anos atua no mercado de meios de pagamento.

Alta dos juros deu tempo extra às empresas

Com a escalada dos juros neste ano, com a Selic perto de 14% ao ano, as empresas deixaram um pouco de lado a briga por preços, reduzindo taxas cobradas de comerciantes e prestadores de serviço. Com isso, ganharam fôlego extra de caixa e tempo extra para arrumar a casa para tempos difíceis que inevitavelmente virão.

Sociedade entre Banco do Brasil e Bradesco, a Cielo conseguiu recuperar suas margens. A líder do setor viu seus resultados melhorarem e sua ações subirem, apesar das dúvidas que ainda pairam sobre o setor em um prazo mais longo. Procurada, a Cielo não concedeu entrevista.

Em relatório a clientes, o BTG Pactual disse que as grandes empresas do ramo, como a Cielo, conseguiram se reequilibrar depois de um período de pressão com a entrada de fintechs e neobancos no segmento de pagamentos, com a oferta de taxas mais baixas. Apesar disso, o banco alertou que o alívio pode durar pouco: "Não descartamos um cenário de concorrência mais acirrada quando as taxas de juros começam a diminuir. No geral, nenhum jogador conseguiu criar muito valor fora do negócio principal de pagamentos", diz o documento.

Embora o mercado critique o setor pela resistência em abandonar as maquininhas, Julia Corrêa de Vasconselos, líder da área de banking da Stone, diz que a empresa vem, sim, trazendo novidades aos clientes, como uma solução de gestão financeira. O serviço da Stone, ofertado em parceria com a Linx, permite que o pagamento feito via QR-Code pelo consumidor seja associado a uma nova fiscal automaticamente, garantindo o controle financeiro do estabelecimento.

O Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal) emitiu na terça-feira, 23, uma nota de repúdio rebatendo as falas do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), que disse ser o responsável pela criação do sistema de pagamentos instantâneos. A declaração foi dada durante entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo, no início da semana. A entidade sindical reiterou que o Pix foi criado e implementado por servidores do Banco Central e não pela gestão atual ou qualquer outro governo.

A nota destaca ainda que o Pix não recebeu nenhum apoio ou citação durante a campanha eleitoral que elegeu o presidente atual, em 2018, e que, em novembro de 2020, Bolsonaro declarou que o Pix era algo ligado à aviação civil, mostrando desconhecimento sobre o sistema. "A portaria do Banco Central nº 97.909, que instituiu o grupo de trabalho para desenvolver uma ferramenta interbancária de pagamento instantâneo, foi publicada em 3 de maio de 2018, muito antes da eleição do atual governo."

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Segundo dados do Banco Central, as transações pelo Pix movimentaram cerca de R$ 933,5 bilhões em julho.

O sistema já foi utilizado por mais de 136 milhões de usuários, entre pessoas físicas e jurídicas, desde o início da sua operação, em novembro de 2020.

O sindicato completou firmando sua atuação apartidária e que não permitirá que nenhum candidato na campanha eleitoral de 2022 tente tirar proveito eleitoral indevido do trabalho realizado pelos servidores da autoridade monetária. "Governos passam; os servidores concursados do Estado brasileiro permanecem."

Quase dois anos após o lançamento, a plataforma PagTesouro está cada vez mais disseminada no governo federal. Atualmente, 44 órgãos públicos aderiram ao sistema, que permite o pagamento de serviços públicos via Pix e cartão de crédito.

Entre os serviços que podem ser pagos por meio eletrônico estão inscrições em concursos públicos e no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), emissão de passaporte, registro de patentes e taxas e multas sanitárias.

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O PagTesouro começou a funcionar em novembro de 2020, após um ano de testes. O primeiro órgão a aderir ao sistema foi a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

As transações realizadas no PagTesouro são registradas nos sistemas de arrecadação como Guia de Recolhimento da União (GRU) digital. Esse documento foi criado pelo Ministério da Economia para o recolhimento das receitas de órgãos, autarquias, fundações e demais entidades do governo federal.

A plataforma permite que tanto o contribuinte como o órgão arrecadador visualizem o pagamento poucos segundos após sua finalização. Todas as instituições financeiras que operam o Pix aceitam pagamentos do PagTesouro.

Como usar

Para efetuar pagamentos pelo PagTesouro, é necessário que o serviço esteja disponível no site do órgão público. Assim que o cidadão pedir um serviço, o logotipo da plataforma aparecerá na página. Basta clicar nele e escolher a forma de pagamento desejada: Pix ou cartão de crédito.

Caso queira pagar por meio de Pix, deverá abrir o aplicativo da instituição de pagamento e apontar a câmera do celular para o código QR que aparecerá na tela. Também é possível copiar o código que aparece no site do órgão público e colar no aplicativo. Após seguir as instruções e finalizar o pagamento, a comprovação será apresentada automaticamente na tela.

Quem pagar por cartão de crédito deve escolher a opção correspondente e escolher um dos Prestadores de Serviço de Pagamento (PSP) apresentados. Nessa modalidade, pode ocorrer uma cobrança adicional de tarifa, que será detalhadamente descrita, para então prosseguir com a confirmação do pagamento.

No pagamento por cartão de crédito, o contribuinte também pode parcelar o débito. O órgão público, no entanto, receberá o valor à vista. O parcelamento segue a lógica do comércio tradicional.

Confira lista dos órgãos federais que aceitam receber Pix:



1.        Agência Nacional de Aviação Civil - Anac

2.        Agência Nacional de Transportes Terrestres - ANTT

3.        Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa

4.        Caixa de Construções de Casas para o Pessoal da Marinha do Brasil - CCCPMB

5.        Comando da Aeronáutica

6.        Comando da Marinha

7.        Comando da Marinha - Fundo de Desenvolvimento do Ensino Profissional Marítimo

8.        Comando do Exército

9.        Comissão de Valores Mobiliários - CVM

10.        Conselho Administrativo de Defesa Econômica - CADE

11.        Departamento Nacional de Obras Contra as Secas - DNOCS

12.        Departamento de Polícia Federal - DPF

13.        Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares

14.        Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre S/A

15.        Fundação Alexandre de Gusmão - FUNAG

16.        Fundação Universidade de Brasília - FUB

17.        Fundação Universidade de Mato Grosso do Sul - UFMS

18.        Fundação Universidade Federal de Uberlândia - UFU

19.        Fundo do Exército - FEx

20.        Fundo do Serviço Militar - FSM

21.        Fundo Nacional Antidrogas

22.        Hospital de Clínicas de Porto Alegre

23.        Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE

24.        Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais - IFMG

25.        Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais - IFSULDEMINAS

26.        Instituto Nacional da Propriedade Industrial - Inpi

27.        Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira - Inep

28.        Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia - Inmetro

29.        Jardim Botânico do Rio de Janeiro

30.        Justiça Eleitoral (TSE e todos os tribunais regionais eleitorais)

31.        Ministério da Defesa - MD

32.        Ministério da Economia - ME

33.        Ministério da Justiça e Segurança Pública - MJSP

34.        Polícia Rodoviária Federal - PRF

35.        Secretaria de Aquicultura e Pesca - SAP/MAPA

36.        Supremo Tribunal Federal

37.        Universidade Federal de Itajubá - UNIFEI

38.        Universidade Federal de Lavras - UFLA

39.        Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC

40.        Universidade Federal de Viçosa - UFV

41.        Universidade Federal do Ceará - UFC

42.        Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS

43.        Universidade Federal Fluminense - UFF

44.        Universidade Federal do Triângulo Mineiro - UFTM

Quase dois anos após o lançamento, a plataforma PagTesouro está cada vez mais disseminada no governo federal. Atualmente, 44 órgãos públicos aderiram ao sistema, que permite o pagamento de serviços públicos via Pix e cartão de crédito.

Entre os serviços que podem ser pagos por meio eletrônico estão inscrições em concursos públicos e no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), emissão de passaporte, registro de patentes e taxas e multas sanitárias.

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O PagTesouro começou a funcionar em novembro de 2020, após um ano de testes. O primeiro órgão a aderir ao sistema foi a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

As transações realizadas no PagTesouro são registradas nos sistemas de arrecadação como Guia de Recolhimento da União (GRU) digital. Esse documento foi criado pelo Ministério da Economia para o recolhimento das receitas de órgãos, autarquias, fundações e demais entidades do governo federal.

A plataforma permite que tanto o contribuinte como o órgão arrecadador visualizem o pagamento poucos segundos após sua finalização. Todas as instituições financeiras que operam o Pix aceitam pagamentos do PagTesouro.

Como usar

Para efetuar pagamentos pelo PagTesouro, é necessário que o serviço esteja disponível no site do órgão público. Assim que o cidadão pedir um serviço, o logotipo da plataforma aparecerá na página. Basta clicar nele e escolher a forma de pagamento desejada: Pix ou cartão de crédito.

Caso queira pagar por meio de Pix, deverá abrir o aplicativo da instituição de pagamento e apontar a câmera do celular para o código QR que aparecerá na tela. Também é possível copiar o código que aparece no site do órgão público e colar no aplicativo. Após seguir as instruções e finalizar o pagamento, a comprovação será apresentada automaticamente na tela.

Quem pagar por cartão de crédito deve escolher a opção correspondente e escolher um dos Prestadores de Serviço de Pagamento (PSP) apresentados. Nessa modalidade, pode ocorrer uma cobrança adicional de tarifa, que será detalhadamente descrita, para então prosseguir com a confirmação do pagamento.

No pagamento por cartão de crédito, o contribuinte também pode parcelar o débito. O órgão público, no entanto, receberá o valor à vista. O parcelamento segue a lógica do comércio tradicional.

Confira lista dos órgãos federais que aceitam receber Pix:

1. Agência Nacional de Aviação Civil - Anac
2. Agência Nacional de Transportes Terrestres - ANTT
3. Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa
4. Caixa de Construções de Casas para o Pessoal da Marinha do Brasil - CCCPMB
5. Comando da Aeronáutica
6. Comando da Marinha
7. Comando da Marinha - Fundo de Desenvolvimento do Ensino Profissional Marítimo
8. Comando do Exército
9. Comissão de Valores Mobiliários - CVM
10. Conselho Administrativo de Defesa Econômica - CADE
11. Departamento Nacional de Obras Contra as Secas - DNOCS
12. Departamento de Polícia Federal - DPF
13. Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares
14. Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre S/A
15. Fundação Alexandre de Gusmão - FUNAG
16. Fundação Universidade de Brasília - FUB
17. Fundação Universidade de Mato Grosso do Sul - UFMS
18. Fundação Universidade Federal de Uberlândia - UFU
19. Fundo do Exército - FEx
20. Fundo do Serviço Militar - FSM
21. Fundo Nacional Antidrogas
22. Hospital de Clínicas de Porto Alegre
23. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE
24. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais - IFMG
25. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais - IFSULDEMINAS
26. Instituto Nacional da Propriedade Industrial - Inpi
27. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira - Inep
28. Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia - Inmetro
29. Jardim Botânico do Rio de Janeiro
30. Justiça Eleitoral (TSE e todos os tribunais regionais eleitorais)
31. Ministério da Defesa - MD
32. Ministério da Economia - ME
33. Ministério da Justiça e Segurança Pública - MJSP
34. Polícia Rodoviária Federal - PRF
35. Secretaria de Aquicultura e Pesca - SAP/MAPA
36. Supremo Tribunal Federal
37. Universidade Federal de Itajubá - UNIFEI
38. Universidade Federal de Lavras - UFLA
39. Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC
40. Universidade Federal de Viçosa - UFV
41. Universidade Federal do Ceará - UFC
42. Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS
43. Universidade Federal Fluminense - UFF
44. Universidade Federal do Triângulo Mineiro - UFTM

Segundo a ferramenta que monitora serviços digitais, o Downdector, o Santander apresentou, por volta das 13h, 493 notificações de instabilidade. O Inter, foi o que registrou mais avisos de mal funcionamento, com pico de 611 anotações, enquanto o Bradesco foi o menor, com 20. O Nubank anotou 258 reclamações no mesmo horário.   

Devido às instabilidade, os usuários foram as redes sociais reclamarem sobre a dificuldade em usar os aplicativos. “O banco Santander nunca decepciona, a gente espera o pior e ele sempre entrega”, escreveu um internauta. “Todo início de mês o Nubank é cheio de falhas. Agora precisando pagar funcionários e o dinheiro que transferi pra minha conta não fica disponível. Difícil assim viu”, disse outro. 

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Em resposta, a Nubank e o Santander explicaram que já estão trabalhando para que a falha seja corrigida. Em contrapartida, o inter e o Bradesco têm respondido ao usuários por meio de mensagens diretas na mesma rede social.

Um jovem que recebeu uma pizza sem recheio após tentar enganar o dono de uma pizzaria com um Pix falso, em Teresina-PI, disse que está sendo ameaçado. Depois de ser descoberto, ele afirmou que se tratava de uma “brincadeira”, mas que passou a sofrer ameaças após ter seus dados pessoais expostos na internet. 

A "brincadeira" consistiu em fazer um pedido e informar que o pagamento seria feito via Pix. Em vez de enviar R$ 55, ele alterou o comprovante e mandou dois pagamentos de R$ 0,01. "Era só uma brincadeira que se transformou em uma crítica social, as pessoas me julgando. Aí a pizzaria ainda mandou um brinquedozinho, que achei chato porque eu que dei um golpe de R$ 300, da onde que eu fiz isso?", comentou o jovem, de 19 anos, ao G1. 

Em troca, o entregador deixou uma massa assada e uma garrafa de suco com sal. Na caixa, a pizzaiola escreveu "PIX Fake". De acordo com outro empresário da região, o mesmo rapaz tinha realizado o golpe antes.

“Ele já tinha feito um pedido que foi entregue, só que o rapaz não passa o endereço, ele manda endereço de uma casa onde fica na porta. Ele diz que a casa não tem número, pede para avisar quando o entregador sair, porque o quarto dele é forrado, ele não escuta no portão e que vai esperar na porta. Nesse dia ele mostrou o Pix no celular e o entregador confiou”, relatou. 

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O Projeto de Lei 1847/22 permite o pagamento de fiança via Pix. Pela proposta em análise na Câmara dos Deputados, efetuado o Pix, o comprovante deverá ser anexado ao inquérito e/ou autos processuais e também constará na certidão juntada aos autos e no livro de fiança. 

“Não raro os detidos ou seus familiares têm dificuldades para quitar o valor arbitrado em razão de procedimentos bancários, como, por exemplo, limitações decorrentes das transações via TED [Transferência Eletrônica Disponível] ou DOC [Documento de Crédito], bem como referentes aos horários em que os saques são permitidos”, justifica o autor da proposta, deputado José Nelto (PP-GO). 

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Tramitação

A proposta será analisada em caráter conclusivo pelas comissões de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. 

*Da Agência Câmara de Notícias

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