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A exatos seis meses da eleição presidencial deste ano, pelo menos 16 nomes já se colocaram publicamente na disputa. Os partidos devem anunciar seus pré-candidatos até o início de agosto, quando termina o prazo para cada legenda definir as candidaturas nas convenções.

Dentre os concorrentes ao pleito, há ex-presidentes, senadores, deputados, ex-ministros e até um ex-ministro do Supremo Tribunal Federal. 

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Aldo Rebelo - Solidariedade

O partido Solidariedade lançou nesta segunda-feira (16), na capital paulista, a pré-candidatura do ex-ministro e ex-presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo, à Presidência da República. “O Solidariedade é uma legenda que tem identidade com meu pensamento, minha trajetória, meus valores e com as perspectivas que eu tenho”, disse Aldo Rebelo.

Segundo ele, sua candidatura pretende buscar a união nacional em torno dos grandes interesses do país. Aldo destacou que vê como necessária a junção das forças políticas da direita e esquerda em prol do Brasil.  “Desde que os objetivos sejam comuns: a retomada do crescimento da economia, o desenvolvimento do país, a redução das desigualdades e a valorização da democracia, pois sem isso não há solução para nenhum dos impasses que o Brasil vive no momento”, disse.

Alagoano, Aldo Rebelo iniciou sua trajetória política em movimentos contra a ditadura militar e no movimento estudantil dos anos 80. Foi deputado federal por seis mandatos consecutivos, chegando a presidir a Câmara dos Deputados entre 2005 e 2007. Foi também ministro nas áreas de Ciência e Tecnologia, Esporte e Defesa.

Álvaro Dias - Podemos

O senador Álvaro Dias será o candidato do Podemos. Eleito senador em 2014, pelo PSDB, Álvaro Dias migrou para o PV e, em julho do ano passado, buscou o Podemos, antigo PTN. Com a candidatura do senador, a legenda quer imprimir a bandeira da renovação da política e da participação direta do povo nas decisões do país por meio de plataformas digitais.

“Nós temos que rediscutir a representação parlamentar. Não somos senadores demais, deputados e vereadores demais? Está na hora de reduzirmos o tamanho do Legislativo no país, tornando-o mais enxuto, econômico, ágil e competente”, afirmou Dias, em entrevista concedida esta semana no Congresso Nacional.

O político, de 73 anos, está no quarto mandato de senador. De 1987 a 1991, foi governador do Paraná, à época pelo PMDB. Na década de 1970, foi deputado federal por três legislaturas e, antes, foi vereador de Londrina (PR) e deputado estadual no Paraná. Álvaro Dias é formado em História.

Ciro Gomes - PDT

Pela terceira vez concorrendo ao posto mais alto do Executivo, o ex-governador do Ceará Ciro Gomes vai representar o PDT na disputa presidencial. Ao anunciar o seu nome como pré-candidato na última quinta-feira (8), o pedetista adotou um discurso contra as desigualdades e propondo um “projeto de desenvolvimento” para o país.

“Não dá para falar sério em educação que emancipe, não dá para falar sério em segurança que proteja e restaure a paz da família brasileira sem ter compromisso sério para dizer de onde vem o dinheiro”, disse, no ato de lançamento da pré-candidatura.

Ciro Ferreira Gomes tem 60 anos e é formado em Direito. Ele foi governador do Ceará por dois mandatos, ministro da Fazenda no governo de Itamar Franco e da Integração Nacional no primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Antes, ocupou a prefeitura de Fortaleza e o cargo de deputado estadual. Em 1998 e 2002, ele foi candidato à Presidência, tendo ficado em terceiro e quarto colocado, respectivamente.

Fernando Collor - PTC

O senador e ex-presidente da República Fernando Collor vai concorrer pelo PTC. Ele foi presidente da República entre 1990 e 1992, quando sofreu impeachment e foi substituído pelo então vice-presidente Itamar Franco. Foi o primeiro presidente a ser eleito pelo voto direto após o regime militar (1964-1985).

Depois de ter os direitos políticos cassados, ele se candidatou ao Senado em 2006, tendo sido eleito, e reconduzido ao cargo em 2014. Antes de ocupar a Presidência, o jornalista e bacharel em Ciências Econômicas, formado pela Universidade Federal de Alagoas, foi governador de Alagoas (1986) e deputado federal (1982).

Em discurso em fevereiro na tribuna do Senado, Fernando Collor de Mello disse que sua pré-candidatura é a retomada de uma missão pelo país. E afirmou que pretende alavancar novamente o país, mediante um novo acordo com a sociedade. “Isso só será possível com planejamento e com sólido programa social que seja tecnicamente recomendável, politicamente viável e socialmente aceito”, destacou.

Flávio Rocha - PRB

O empresário Flávio Rocha é o pré-candidato pelo PRB, legenda ao qual se filiou em março. 

Pernambucano, Flávio Gurgel Rocha exerce atualmente a função de CEO do Grupo Guararapes, um dos maiores grupos empresariais do país. “Nós temos sim a responsabilidade de colocar o Brasil nos trilhos da prosperidade. Essa prosperidade é resultado de liberdade econômica e política. É para isso que estou de casa nova, no PRB", disse Rocha no dia do lançamento da pré-candidatura.

Já foi eleito deputado federal por duas vezes (1987-1990/1991-1994) e membro da Assembleia Nacional Constituinte. Foi um dos fundadores do IDV (Instituto de Desenvolvimento do Varejo). Ele é casado e pai de quatro filhos.

Geraldo Alckmin - PSDB

Após a desistência de outros quadros da sigla, o PSDB oficializou, no último dia 20, a pré-candidatura do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Esta será a segunda vez que ele disputará a vaga. Em dezembro do ano passado, em uma movimentação para unir os demais quadros tucanos em torno de sua candidatura, Alckmin foi eleito presidente nacional do PSDB.

Na entrevista coletiva em que anunciou a pré-candidatura, Alckmin afirmou que irá destravar a economia e colocou como prioridades a desburocratização, uma reforma tributária, retomar a agenda da reforma da Previdência e reduzir os juros.

Geraldo Alckmin tem 65 anos, é formado em medicina e é um quadro histórico do PSDB em São Paulo. Ele começou a carreira como vereador em Pindamonhangaba, no interior do estado. Foi prefeito da cidade, deputado estadual e deputado federal na Assembleia Nacional Constituinte. Vice-governador de 1995 a 2001, ele assumiu a administração paulista após a morte de Mário Covas, sendo reeleito em 2002. Disputou o Planalto em 2006, quando foi derrotado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no 2º turno. Eleito em 2010 para mais um mandato à frente do governo de São Paulo, Alckmin foi reeleito em 2014.

Guilherme Boulos - PSOL

Depois de uma consulta interna que contou com outros três nomes, o PSOL decidiu lançar a pré-candidatura de Guilherme Boulos, líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), após ele se filiar à sigla no início do mês de março. Repetindo a estratégia das últimas eleições de apresentar uma opção mais à esquerda que os demais partidos, o PSOL participará com candidato próprio à corrida presidencial, que em 2010 e 2014 teve os nomes de Plínio de Arruda Sampaio e Luciana Genro na disputa.

Segundo Boulos, é preciso levar a indignação dos cidadãos para dentro da política. Como bandeiras de campanha, ele elencou o combate aos privilégios do “andar de cima” da economia e a promoção de plebiscitos e referendos de consulta à população sobre temas fundamentais. “Nós queremos disputar o projeto de país. Não teremos uma candidatura apenas para demarcar espaço dentro da esquerda brasileira. Vamos apresentar uma alternativa real de projeto para o Brasil”, afirmou.

Um dos líderes do movimento pelo direito à moradia no Brasil, Boulos ficou conhecido nacionalmente após as mobilizações contra a realização da Copa do Mundo no país, em 2014. Como liderança do MTST, ele organizou a ocupação de áreas urbanas, em especial no estado de São Paulo. Formado em Filosofia e Psicologia, Boulos tem 35 anos.

Jair Bolsonaro - PSL

Deputado federal na sétima legislatura, Bolsonaro se filiou ao PSL na última quarta-feira (7). Considerado polêmico por suas bandeiras, Jair Bolsonaro defende a ampliação do acesso a armas e um Estado cristão, além de criticar modelos de família, segundo ele, "não tradicionais”, como casamento homossexual.

“Nós temos propósitos, projeto e tudo para começar a mudar o Brasil. Nós somos de direita, respeitamos a família brasileira. Está na Constituição que o casamento é entre homem e mulher e ponto final.  Esse pessoal é o atraso, uma comprovação de que eles não têm propostas e que a igualdade que eles pregam é na miséria”, afirmou, durante o ato de filiação ao PSL. De acordo com o partido, ainda não há uma data de lançamento oficial da pré-candidatura.

Nascido em Campinas, Jair Messias Bolsonaro tem 62 anos. Ele é formado em Educação Física e militar de carreira. Ele foi para a reserva das Forças Armadas em 1988, após se envolver em atos de indisciplina e ser eleito vereador pelo Rio de Janeiro. Desde 1991, assumiu uma cadeira na Câmara dos Deputados. Foi eleito deputado em 2014 pelo PP, mas migrou para o PSC.

João Amoêdo - Novo

Com 55 anos, João Amoêdo é o candidato pelo partido Novo, que ajudou a fundar. Formado em engenharia e administração de empresas, fez carreira como executivo do mercado financeiro.

Amoêdo foi um dos fundadores do Partido Novo, que teve seu registro homologado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2015. A disputa presidencial em 2018 será a primeira experiência política dele.

Entre as principais bandeiras de Amoêdo, assim como do Partido Novo, estão a maior autonomia e liberdade do indivíduo, a redução das áreas de atuação do Estado, a diminuição da carga tributária e a melhoria na qualidade dos serviços essenciais, como saúde, segurança e educação. "É fácil acabar com a desigualdade, basta tornar todo mundo pobre. Ao combater a desigualdade você não está preocupado em criar riqueza e crescer, você só está preocupado em tornar todo mundo igual. O importante é acabar com a pobreza e concentrar na educação básica de qualidade para todos", diz o candidato em sua página oficial na internet.

José Maria Eymael - PSDC

Já o PSDC confirmou no último dia 15 de março a pré-candidatura do seu presidente nacional, José Maria Eymael, que vai concorrer pela quinta vez.

Além de fundador do PSDC, José Maria Eymael é advogado e nasceu em Porto Alegre. Sua trajetória política começou na capital gaúcha, onde foi um dos líderes da Juventude Operária Católica. Em 1962, filiou-se ao Partido Democrata Cristão (PDC) e atuou como líder jovem do partido.

Em 1986, foi eleito deputado federal por São Paulo. Em 1990, conquistou o segundo mandato na Câmara dos Deputados. Como parlamentar federal, Eymael defendeu a manutenção da palavra Deus no preâmbulo da atual Constituição Federal durante a Assembleia Constituinte, considerado um marco em sua trajetória política.

Levy Fidelix - PRTB

Outro candidato recorrente ao pleito é o jornalista e publicitário Levy Fidelix, representando o partido do qual é fundador: PRTB. Abordando temas em defesa da família e dos “bons costumes”, ele buscará aproveitar o momento de insatisfação dos brasileiros com a corrupção para se dizer um candidato “ficha limpa”.

Fidelix concorreu ao cargo nas eleições de 2014, 2010 e de 1994. 

Antes de criar o PRTB, Fidelix participou da fundação do Partido Liberal (PL), em 1986, quando se lançou na carreira política e disputou uma vaga na Câmara dos Deputados pelo estado de São Paulo. Depois, migrou para o Partido Trabalhista Renovador (PTR), quando também concorreu a um mandato de deputado federal, no início dos anos 90. Apresentador de televisão, professor universitário e publicitário, Fidelix já concorreu três vezes à prefeitura da capital paulista e duas vezes ao governo do estado.

Manuela D’Ávila - PCdoB

A deputada estadual do Rio Grande do Sul, Manuela D'Ávila, será a candidata pelo PCdoB. A ex-deputada federal, por dois mandatos, teve a pré-candidatura lançada pelo partido comunista em novembro do ano passado. Esta é a primeira vez que o PCdoB lançará candidato próprio desde a redemocratização de 1988. Um dos motes da campanha será o combate à crise e à “ruptura democrática” que, segundo a legenda, o país vive.

“Trata-se de uma pré-candidatura que tem como algumas de suas linhas programáticas mais gerais a retomada do crescimento econômico e da industrialização; a defesa e ampliação dos direitos do povo, tão atacados pelo atual governo; a reforma do Estado, de forma a torná-lo mais democrático e capaz de induzir o desenvolvimento com distribuição de renda e valorização do trabalho”, escreveu a presidente nacional do partido, Luciana Santos, ao lançar a candidatura de Manuela D'Ávila.

Manuela D'Ávila tem 37 anos e é formada em jornalismo. Ela é filiada ao PCdoB desde 2001, quando ainda era do movimento estudantil. Em 2004, foi eleita a vereadora mais jovem de Porto Alegre. Dois anos depois, se candidatou ao cargo de deputada federal pelo Rio Grande do Sul e se tornou a mais votada do estado. Em 2008 e 2012, disputou a prefeitura da capital gaúcha, mas ficou em terceiro e segundo lugar, respectivamente. Desde 2015, ocupa uma vaga na Assembleia Legislativa do estado.

Marina Silva – Rede Sustentabilidade

A ex-senadora Marina Silva vai disputar a Presidência pela terceira vez consecutiva. Integrante da sigla Rede Sustentabilidade, Marina tem como plataforma a defesa da ética, do meio ambiente e do desenvolvimento sustentável.

Ela é crítica do mecanismo da reeleição, que, segundo ela, se tornou um “atraso” no país. “Sou pré-candidata à Presidência para unir os brasileiros a favor do Brasil. Os governantes precisam fazer o que é melhor para o país e não o que é melhor para se perpetuar no poder. Chega de pensar apenas em interesses pessoais e partidários”, escreveu recentemente em seu perfil do Facebook.

Marina Silva militou ao lado do líder ambientalista Chico Mendes na década de 1980. Filiada ao PT, ela foi eleita vereadora de Rio Branco e deputada estadual, antes de ocupar dois mandatos de senadora representando o Acre. Por cinco anos, foi ministra do Meio Ambiente do governo Lula e se desfiliou do PT um ano após deixar o cargo. Ela foi candidata ao Planalto em 2010 pelo PV e, em 2014, assumiu a candidatura do PSB à Presidência após a morte do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos.

Paulo Rabello de Castro - PSC

Até a semana passada no comando do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o economista Paulo Rabello de Castro deixou o cargo para confirmar a disposição de disputar à Presidência. Segundo o PSC, embora não tenha promovido um ato de lançamento, a legenda já trabalha com a pré-candidatura como oficial. Desde fevereiro, ele participa de eventos partidários pelo país junto ao presidente da sigla cristã, Pastor Everaldo, que concorreu à Presidência no pleito de 2014.

As principais bandeiras do PSC são contra a descriminalização das drogas e a legalização do aborto. “Temos uma sociedade cujos valores morais estão completamente invertidos. Onde a arma na mão do bandido é uma arma livre, mas a arma na sua mão é proibida. E eventualmente você vai preso por portá-la. Quando o bom comportamento da família é zombado pelas novelas pornográficas e toda pornografia é enaltecida, como preservar a família nacional", disse, durante recente ato.

Doutor em economia pela Universidade de Chicago, Paulo Rabello de Castro foi fundador da primeira empresa brasileira de classificação de riscos de crédito, a SR Rating, criada em 1993. Autor de livros sobre a economia e a agricultura brasileiras, o pré-candidato foi presidente do Lide Economia, grupo de empresários que têm em comum a defesa da livre iniciativa. Ele também coordenou o movimento Brasil Eficiente. Em 2016, foi indicado para a presidência do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e comandou a instituição de pesquisa por onze meses, até assumir a presidência do BNDES, em maio do ano passado.

Rodrigo Maia - DEM

Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (RJ) é o pré-candidato pelo DEM. Maia tem buscado ser uma alternativa de centro e, em suas próprias palavras, “sem radicalismos”. Ele assumiu o comando da Câmara após a queda de Eduardo Cunha (MDB-RJ), preso pela Operação Lava Jato, e ganhou mais protagonismo político pelo cargo que ocupa, já que é o responsável por definir a pauta de projetos importantes, como a reforma da Previdência.

Segundo ele, a pauta da Câmara não será prejudicada devido à sua candidatura ao Planalto. “A gente tem responsabilidade com o Brasil, já deu demonstrações disso. O projeto político do DEM é legítimo e é feito em outro momento e local, não tem problema nenhum disso”, afirmou.

Filho do ex-prefeito do Rio, César Maia, o político está no quinto mandato como deputado federal. Em 2007, assumiu a presidência nacional do DEM, após a reformulação do antigo PFL. Rodrigo Maia ingressou, mas não chegou a concluir o curso de Economia. Foi secretário de Governo do município do Rio de Janeiro no final da década de 1990, na gestão de Luiz Paulo Conde, que à época era aliado de César Maia.

Vera Lúcia - PSTU

O PSTU, que nas últimas vezes concorreu com o candidato José Maria de Almeida (Zé Maria), lançará uma chapa tendo a sindicalista Vera Lúcia como candidata à Presidência. 

Vera Lúcia, 50 anos, foi militante no PT e integrante do grupo fundador do PSTU.

O vice na chapa é Hertz Dias, 47 anos, militante do movimento negro.

MDB

Com a promessa de, pela primeira vez depois de 24 anos, apresentar ao país um candidato à Presidência da República, o MDB ainda não definiu oficialmente como formará a chapa para a disputa. Nesta semana, o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles se filiou à sigla.

No entanto, ao deixar o comando do Ministério da Fazenda na sexta-feira (6), Meirelles não informou a qual cargo pretende concorrer. Mas é cogitado como opção ao lado do presidente Michel Temer.

O presidente Michel Temer não descartou a possibilidade de concorrer à reeleição. Nos últimos meses, o partido tem feito movimentos de resgate à história da legenda, que tem mais de 50 anos. Foi com esse intuito que mudou a sigla de PMDB para MDB. A decisão sobre a candidatura, porém, ainda não está tomada.

PSB

Após a morte do ex-ministro e então presidente nacional do partido, Eduardo Campos, em plena campanha eleitoral de 2014, o PSB passou por dificuldades de identificação e falta de lideranças nos últimos anos. Nessa sexta-feira (6), porém, a sigla recebeu a filiação do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, e tem nele a grande aposta de participar do pleito deste ano.

Como membro da Suprema Corte de 2003 a 2014, Joaquim Barbosa ganhou notoriedade durante o período em que foi relator do processo do mensalão, que condenou políticos de diversos partidos pela compra de apoio parlamentar nos primeiros anos de governo do PT. Antes, foi membro do Ministério Público Federal, funcionário do Ministério da Saúde e do Itamaraty.

De acordo com o líder do PSB na Câmara, deputado Júlio Delgado (MG), que tem participado das conversas com Barbosa, o nome dele fica eleitoralmente viabilizado, embora ainda seja necessário construir sua candidatura por todo o Brasil. “Ao se filiar, até pela viabilidade que já mostra, eu acho que o nome dele já fica irreversível. Acho que ele é o candidato capaz de unir o Brasil, tranquilizar, trazer a decência necessária contra essa divisão de lados [que o país vive]”, disse à Agência Brasil.

PT

Depois de ganhar as últimas quatro eleições, o PT anunciou a pré-candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas dificilmente conseguirá lançá-lo à disputa. Lula foi preso nesse sábado (7) para cumprimento da pena de 12 anos e 1 mês de prisão.

Ele foi condenado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) a 12 anos e um mês de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Embora o cenário seja desfavorável, aliados defendem que Lula recorra ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em busca de uma autorização para se candidatar, já que a Lei da Ficha Limpa prevê a impugnação das candidaturas de políticos condenados em segundo grau da Justiça.

Outros nomes cotados dentro do partido são do ex-governador da Bahia Jaques Wagner e o do ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, além de optar por apoiar a candidatura de outro partido da esquerda.

Prazos

De acordo com a legislação, os partidos políticos devem promover convenções nacionais com seus filiados entre 20 de julho e 5 de agosto para que oficializem as candidaturas. A data final para registro das candidaturas pelos partidos políticos na  Justiça Eleitoral é 15 de agosto.

A exatos seis meses da eleição presidencial deste ano, pelo menos 14 nomes já se colocaram publicamente na disputa. Mais uma pré-candidatura deve ser oficializada nas próximas semanas, a do PSB, e outros dois grandes partidos, PT e MDB, ainda não definiram seus quadros, apesar de prometerem apresentar um candidato nos próximos meses aos eleitores. A decisão final deve ser tomada até o início de agosto, quando termina o prazo para cada partido definir as candidaturas nas convenções.

Dentre os concorrentes ao pleito, há ex-presidentes, senadores, deputados, ex-ministros e até um ex-ministro do Supremo Tribunal Federal. 

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Álvaro Dias - Podemos

O senador Álvaro Dias será o candidato do Podemos. Eleito senador em 2014, pelo PSDB, Álvaro Dias migrou para o PV e, em julho do ano passado, buscou o Podemos, antigo PTN. Com a candidatura do senador, a legenda quer imprimir a bandeira da renovação da política e da participação direta do povo nas decisões do país por meio de plataformas digitais.

“Nós temos que rediscutir a representação parlamentar. Não somos senadores demais, deputados e vereadores demais? Está na hora de reduzirmos o tamanho do Legislativo no país, tornando-o mais enxuto, econômico, ágil e competente”, afirmou Dias, em entrevista concedida esta semana no Congresso Nacional.

O político, de 73 anos, está no quarto mandato de senador. De 1987 a 1991, foi governador do Paraná, à época pelo PMDB. Na década de 1970, foi deputado federal por três legislaturas e, antes, foi vereador de Londrina (PR) e deputado estadual no Paraná. Álvaro Dias é formado em História.

Ciro Gomes - PDT

Pela terceira vez concorrendo ao posto mais alto do Executivo, o ex-governador do Ceará Ciro Gomes vai representar o PDT na disputa presidencial. Ao anunciar o seu nome como pré-candidato na última quinta-feira (8), o pedetista adotou um discurso contra as desigualdades e propondo um “projeto de desenvolvimento” para o país.

“Não dá para falar sério em educação que emancipe, não dá para falar sério em segurança que proteja e restaure a paz da família brasileira sem ter compromisso sério para dizer de onde vem o dinheiro”, disse, no ato de lançamento da pré-candidatura.

Ciro Ferreira Gomes tem 60 anos e é formado em Direito. Ele foi governador do Ceará por dois mandatos, ministro da Fazenda no governo de Itamar Franco e da Integração Nacional no primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Antes, ocupou a prefeitura de Fortaleza e o cargo de deputado estadual. Em 1998 e 2002, ele foi candidato à Presidência, tendo ficado em terceiro e quarto colocado, respectivamente.

Fernando Collor - PTC

O senador e ex-presidente da República Fernando Collor vai concorrer pelo PTC. Ele foi presidente da República entre 1990 e 1992, quando sofreu impeachment e foi substituído pelo então vice-presidente Itamar Franco. Foi o primeiro presidente a ser eleito pelo voto direto após o regime militar (1964-1985).

Depois de ter os direitos políticos cassados, ele se candidatou ao Senado em 2006, tendo sido eleito, e reconduzido ao cargo em 2014. Antes de ocupar a Presidência, o jornalista e bacharel em Ciências Econômicas, formado pela Universidade Federal de Alagoas, foi governador de Alagoas (1986) e deputado federal (1982).

Em discurso em fevereiro na tribuna do Senado, Fernando Collor de Mello disse que sua pré-candidatura é a retomada de uma missão pelo país. E afirmou que pretende alavancar novamente o país, mediante um novo acordo com a sociedade. “Isso só será possível com planejamento e com sólido programa social que seja tecnicamente recomendável, politicamente viável e socialmente aceito”, destacou.

Geraldo Alckmin - PSDB

Após a desistência de outros quadros da sigla, o PSDB oficializou, no último dia 20, a pré-candidatura do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Esta será a segunda vez que ele disputará a vaga. Em dezembro do ano passado, em uma movimentação para unir os demais quadros tucanos em torno de sua candidatura, Alckmin foi eleito presidente nacional do PSDB.

Na entrevista coletiva em que anunciou a pré-candidatura, Alckmin afirmou que irá destravar a economia e colocou como prioridades a desburocratização, uma reforma tributária, retomar a agenda da reforma da Previdência e reduzir os juros.

Geraldo Alckmin tem 65 anos, é formado em medicina e é um quadro histórico do PSDB em São Paulo. Ele começou a carreira como vereador em Pindamonhangaba, no interior do estado. Foi prefeito da cidade, deputado estadual e deputado federal na Assembleia Nacional Constituinte. Vice-governador de 1995 a 2001, ele assumiu a administração paulista após a morte de Mário Covas, sendo reeleito em 2002. Disputou o Planalto em 2006, quando foi derrotado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no 2º turno. Eleito em 2010 para mais um mandato à frente do governo de São Paulo, Alckmin foi reeleito em 2014.

Guilherme Boulos - PSOL

Depois de uma consulta interna que contou com outros três nomes, o PSOL decidiu lançar a pré-candidatura de Guilherme Boulos, líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), após ele se filiar à sigla no início do mês de março. Repetindo a estratégia das últimas eleições de apresentar uma opção mais à esquerda que os demais partidos, o PSOL participará com candidato próprio à corrida presidencial, que em 2010 e 2014 teve os nomes de Plínio de Arruda Sampaio e Luciana Genro na disputa.

Segundo Boulos, é preciso levar a indignação dos cidadãos para dentro da política. Como bandeiras de campanha, ele elencou o combate aos privilégios do “andar de cima” da economia e a promoção de plebiscitos e referendos de consulta à população sobre temas fundamentais. “Nós queremos disputar o projeto de país. Não teremos uma candidatura apenas para demarcar espaço dentro da esquerda brasileira. Vamos apresentar uma alternativa real de projeto para o Brasil”, afirmou.

Um dos líderes do movimento pelo direito à moradia no Brasil, Boulos ficou conhecido nacionalmente após as mobilizações contra a realização da Copa do Mundo no país, em 2014. Como liderança do MTST, ele organizou a ocupação de áreas urbanas, em especial no estado de São Paulo. Formado em Filosofia e Psicologia, Boulos tem 35 anos.

Jair Bolsonaro - PSL

Deputado federal na sétima legislatura, Bolsonaro se filiou ao PSL na última quarta-feira (7). Considerado polêmico por suas bandeiras, Jair Bolsonaro defende a ampliação do acesso a armas e um Estado cristão, além de criticar modelos de família, segundo ele, "não tradicionais”, como casamento homossexual.

“Nós temos propósitos, projeto e tudo para começar a mudar o Brasil. Nós somos de direita, respeitamos a família brasileira. Está na Constituição que o casamento é entre homem e mulher e ponto final.  Esse pessoal é o atraso, uma comprovação de que eles não têm propostas e que a igualdade que eles pregam é na miséria”, afirmou, durante o ato de filiação ao PSL. De acordo com o partido, ainda não há uma data de lançamento oficial da pré-candidatura.

Nascido em Campinas, Jair Messias Bolsonaro tem 62 anos. Ele é formado em Educação Física e militar de carreira. Ele foi para a reserva das Forças Armadas em 1988, após se envolver em atos de indisciplina e ser eleito vereador pelo Rio de Janeiro. Desde 1991, assumiu uma cadeira na Câmara dos Deputados. Foi eleito deputado em 2014 pelo PP, mas migrou para o PSC.

João Amoêdo - Novo

Com 55 anos, João Amoêdo é o candidato pelo partido Novo, que ajudou a fundar. Formado em engenharia e administração de empresas, fez carreira como executivo do mercado financeiro.

Amoêdo foi um dos fundadores do Partido Novo, que teve seu registro homologado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2015. A disputa presidencial em 2018 será a primeira experiência política dele.

Entre as principais bandeiras de Amoêdo, assim como do Partido Novo, estão a maior autonomia e liberdade do indivíduo, a redução das áreas de atuação do Estado, a diminuição da carga tributária e a melhoria na qualidade dos serviços essenciais, como saúde, segurança e educação. "É fácil acabar com a desigualdade, basta tornar todo mundo pobre. Ao combater a desigualdade você não está preocupado em criar riqueza e crescer, você só está preocupado em tornar todo mundo igual. O importante é acabar com a pobreza e concentrar na educação básica de qualidade para todos", diz o candidato em sua página oficial na internet.

José Maria Eymael - PSDC

Já o PSDC confirmou no último dia 15 de março a pré-candidatura do seu presidente nacional, José Maria Eymael, que vai concorrer pela quinta vez.

Além de fundador do PSDC, José Maria Eymael é advogado e nasceu em Porto Alegre. Sua trajetória política começou na capital gaúcha, onde foi um dos líderes da Juventude Operária Católica. Em 1962, filiou-se ao Partido Democrata Cristão (PDC) e atuou como líder jovem do partido.

Em 1986, foi eleito deputado federal por São Paulo. Em 1990, conquistou o segundo mandato na Câmara dos Deputados. Como parlamentar federal, Eymael defendeu a manutenção da palavra Deus no preâmbulo da atual Constituição Federal durante a Assembleia Constituinte, considerado um marco em sua trajetória política.

Levy Fidelix - PRTB

Outro candidato recorrente ao pleito é o jornalista e publicitário Levy Fidelix, representando o partido do qual é fundador: PRTB. Abordando temas em defesa da família e dos “bons costumes”, ele buscará aproveitar o momento de insatisfação dos brasileiros com a corrupção para se dizer um candidato “ficha limpa”.

Fidelix concorreu ao cargo nas eleições de 2014, 2010 e de 1994. 

Antes de criar o PRTB, Fidelix participou da fundação do Partido Liberal (PL), em 1986, quando se lançou na carreira política e disputou uma vaga na Câmara dos Deputados pelo estado de São Paulo. Depois, migrou para o Partido Trabalhista Renovador (PTR), quando também concorreu a um mandato de deputado federal, no início dos anos 90. Apresentador de televisão, professor universitário e publicitário, Fidelix já concorreu três vezes à prefeitura da capital paulista e duas vezes ao governo do estado.

Manuela D’Ávila - PCdoB

A deputada estadual do Rio Grande do Sul, Manuela D'Ávila, será a candidata pelo PCdoB. A ex-deputada federal, por dois mandatos, teve a pré-candidatura lançada pelo partido comunista em novembro do ano passado. Esta é a primeira vez que o PCdoB lançará candidato próprio desde a redemocratização de 1988. Um dos motes da campanha será o combate à crise e à “ruptura democrática” que, segundo a legenda, o país vive.

“Trata-se de uma pré-candidatura que tem como algumas de suas linhas programáticas mais gerais a retomada do crescimento econômico e da industrialização; a defesa e ampliação dos direitos do povo, tão atacados pelo atual governo; a reforma do Estado, de forma a torná-lo mais democrático e capaz de induzir o desenvolvimento com distribuição de renda e valorização do trabalho”, escreveu a presidente nacional do partido, Luciana Santos, ao lançar a candidatura de Manuela D'Ávila.

Manuela D'Ávila tem 37 anos e é formada em jornalismo. Ela é filiada ao PCdoB desde 2001, quando ainda era do movimento estudantil. Em 2004, foi eleita a vereadora mais jovem de Porto Alegre. Dois anos depois, se candidatou ao cargo de deputada federal pelo Rio Grande do Sul e se tornou a mais votada do estado. Em 2008 e 2012, disputou a prefeitura da capital gaúcha, mas ficou em terceiro e segundo lugar, respectivamente. Desde 2015, ocupa uma vaga na Assembleia Legislativa do estado.

Marina Silva – Rede Sustentabilidade

A ex-senadora Marina Silva vai disputar a Presidência pela terceira vez consecutiva. Integrante da sigla Rede Sustentabilidade, Marina tem como plataforma a defesa da ética, do meio ambiente e do desenvolvimento sustentável.

Ela é crítica do mecanismo da reeleição, que, segundo ela, se tornou um “atraso” no país. “Sou pré-candidata à Presidência para unir os brasileiros a favor do Brasil. Os governantes precisam fazer o que é melhor para o país e não o que é melhor para se perpetuar no poder. Chega de pensar apenas em interesses pessoais e partidários”, escreveu recentemente em seu perfil do Facebook.

Marina Silva militou ao lado do líder ambientalista Chico Mendes na década de 1980. Filiada ao PT, ela foi eleita vereadora de Rio Branco e deputada estadual, antes de ocupar dois mandatos de senadora representando o Acre. Por cinco anos, foi ministra do Meio Ambiente do governo Lula e se desfiliou do PT um ano após deixar o cargo. Ela foi candidata ao Planalto em 2010 pelo PV e, em 2014, assumiu a candidatura do PSB à Presidência após a morte do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos.

Paulo Rabello de Castro - PSC

Até a semana passada no comando do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o economista Paulo Rabello de Castro deixou o cargo para confirmar a disposição de disputar à Presidência. Segundo o PSC, embora não tenha promovido um ato de lançamento, a legenda já trabalha com a pré-candidatura como oficial. Desde fevereiro, ele participa de eventos partidários pelo país junto ao presidente da sigla cristã, Pastor Everaldo, que concorreu à Presidência no pleito de 2014.

As principais bandeiras do PSC são contra a descriminalização das drogas e a legalização do aborto. “Temos uma sociedade cujos valores morais estão completamente invertidos. Onde a arma na mão do bandido é uma arma livre, mas a arma na sua mão é proibida. E eventualmente você vai preso por portá-la. Quando o bom comportamento da família é zombado pelas novelas pornográficas e toda pornografia é enaltecida, como preservar a família nacional", disse, durante recente ato.

Doutor em economia pela Universidade de Chicago, Paulo Rabello de Castro foi fundador da primeira empresa brasileira de classificação de riscos de crédito, a SR Rating, criada em 1993. Autor de livros sobre a economia e a agricultura brasileiras, o pré-candidato foi presidente do Lide Economia, grupo de empresários que têm em comum a defesa da livre iniciativa. Ele também coordenou o movimento Brasil Eficiente. Em 2016, foi indicado para a presidência do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e comandou a instituição de pesquisa por onze meses, até assumir a presidência do BNDES, em maio do ano passado.

Rodrigo Maia - DEM

Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (RJ) é o pré-candidato pelo DEM. Maia tem buscado ser uma alternativa de centro e, em suas próprias palavras, “sem radicalismos”. Ele assumiu o comando da Câmara após a queda de Eduardo Cunha (MDB-RJ), preso pela Operação Lava Jato, e ganhou mais protagonismo político pelo cargo que ocupa, já que é o responsável por definir a pauta de projetos importantes, como a reforma da Previdência.

Segundo ele, a pauta da Câmara não será prejudicada devido à sua candidatura ao Planalto. “A gente tem responsabilidade com o Brasil, já deu demonstrações disso. O projeto político do DEM é legítimo e é feito em outro momento e local, não tem problema nenhum disso”, afirmou.

Filho do ex-prefeito do Rio, César Maia, o político está no quinto mandato como deputado federal. Em 2007, assumiu a presidência nacional do DEM, após a reformulação do antigo PFL. Rodrigo Maia ingressou, mas não chegou a concluir o curso de Economia. Foi secretário de Governo do município do Rio de Janeiro no final da década de 1990, na gestão de Luiz Paulo Conde, que à época era aliado de César Maia.

Vera Lúcia - PSTU

O PSTU, que nas últimas vezes concorreu com o candidato José Maria de Almeida (Zé Maria), lançará uma chapa tendo a sindicalista Vera Lúcia como candidata à Presidência. 

Vera Lúcia, 50 anos, foi militante no PT e integrante do grupo fundador do PSTU.

O vice na chapa é Hertz Dias, 47 anos, militante do movimento negro.

MDB

Com a promessa de, pela primeira vez depois de 24 anos, apresentar ao país um candidato à Presidência da República, o MDB ainda não definiu oficialmente como formará a chapa para a disputa. Nesta semana, o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles se filiou à sigla.

No entanto, ao deixar o comando do Ministério da Fazenda na sexta-feira (6), Meirelles não informou a qual cargo pretende concorrer. Mas é cogitado como opção ao lado do presidente Michel Temer.

O presidente Michel Temer não descartou a possibilidade de concorrer à reeleição. Nos últimos meses, o partido tem feito movimentos de resgate à história da legenda, que tem mais de 50 anos. Foi com esse intuito que mudou a sigla de PMDB para MDB. A decisão sobre a candidatura, porém, ainda não está tomada.

PSB

Após a morte do ex-ministro e então presidente nacional do partido, Eduardo Campos, em plena campanha eleitoral de 2014, o PSB passou por dificuldades de identificação e falta de lideranças nos últimos anos. Nessa sexta-feira (6), porém, a sigla recebeu a filiação do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, e tem nele a grande aposta de participar do pleito deste ano.

Como membro da Suprema Corte de 2003 a 2014, Joaquim Barbosa ganhou notoriedade durante o período em que foi relator do processo do mensalão, que condenou políticos de diversos partidos pela compra de apoio parlamentar nos primeiros anos de governo do PT. Antes, foi membro do Ministério Público Federal, funcionário do Ministério da Saúde e do Itamaraty.

De acordo com o líder do PSB na Câmara, deputado Júlio Delgado (MG), que tem participado das conversas com Barbosa, o nome dele fica eleitoralmente viabilizado, embora ainda seja necessário construir sua candidatura por todo o Brasil. “Ao se filiar, até pela viabilidade que já mostra, eu acho que o nome dele já fica irreversível. Acho que ele é o candidato capaz de unir o Brasil, tranquilizar, trazer a decência necessária contra essa divisão de lados [que o país vive]”, disse à Agência Brasil.

PT

Depois de ganhar as últimas quatro eleições, o PT anunciou a pré-candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas dificilmente conseguirá lançá-lo à disputa. Lula foi preso nesse sábado (7) para cumprimento da pena de 12 anos e 1 mês de prisão.

Ele foi condenado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) a 12 anos e um mês de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Embora o cenário seja desfavorável, aliados defendem que Lula recorra ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em busca de uma autorização para se candidatar, já que a Lei da Ficha Limpa prevê a impugnação das candidaturas de políticos condenados em segundo grau da Justiça.

Outros nomes cotados dentro do partido são do ex-governador da Bahia Jaques Wagner e o do ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, além de optar por apoiar a candidatura de outro partido da esquerda.

Prazos

De acordo com a legislação, os partidos políticos devem promover convenções nacionais com seus filiados entre 20 de julho e 5 de agosto para que oficializem as candidaturas. A data final para registro das candidaturas pelos partidos políticos na  Justiça Eleitoral é 15 de agosto.

Sem agendas públicas, a maior parte dos pré-candidatos à Presidência da República usou o Twitter para falar com o eleitorado neste domingo, 25. O governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, postou duas mensagens, acompanhadas de vídeos curtos, enquanto o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, publicou mais uma imagem sua acompanhada de uma frase sobre ele.

Na primeira mensagem, Alckmin diz que o Brasil tem muitas injustiças, entre as quais a forma como recolhe impostos e "devolve em benefícios para a população, especialmente para os mais pobres". "Precisamos de reformas para corrigir distorções, incentivar o crescimento e gerar empregos", afirma. Logo depois, diz que o Brasil precisa de uma reforma de Estado. "O Estado não deve ser empresário. Tudo que puder ser feito pelo setor privado, o governo não deve fazer. O Estado deve se encarregar do que é mais importante para a população, como segurança, educação e saúde".

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Meirelles, no estilo que tem adotado para se comunicar, publicou uma mensagem com as cores da bandeira brasileira e com seu nome grafado embaixo da seguinte frase: "Faço tudo com muita seriedade, paixão e desejo de servir o povo brasileiro, independente da posição em que eu esteja".

Flávio Rocha, que deixou a direção da Riachuelo e procura um partido para concorrer à Presidência, dizendo que "no mundo todo, o grande desafio é criar empregos. No Brasil, a solução é bem fácil. É só...". A mensagem vem acompanhada de um link para uma imagem no Instagram, com uma outra frase de Rocha. "Além de criar empregos, é necessário deter a máquina da destruição de postos de trabalho bancada com nossos impostos. É a BBB, Burrice Burocrática Brasileira."

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), fez uma homenagem à pesquisadora Ana Fonseca, que faleceu. Maia lembrou que ela foi uma das idealizadoras dos programas Bolsa Família e Brasil Sem Miséria. "Deixo a minha homenagem a essa profissional que trabalhou incansavelmente pela redução da desigualdade social no Brasil e sempre lutou para que programas de transferência de renda, como o Bolsa Família, fossem programas de Estado e não de partidos".

Álvaro Dias, senador pelo Podemos, teceu comentários sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal em relação ao habeas corpus do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele diz que outros políticos "enrolados" na Lava Jato, também se animaram com a decisão. "Essa história de indulto para Lula é surreal. Nem sequer discuto essa esbórnia política", afirma. "Querem abrir as portas das penitenciárias, colocando nas ruas os barões da corrupção? Decisão do STF provocou enorme indignação!", continua. Em seguida, Dias comenta a decisão do STF em um vídeo curto, onde prometeu refundar a República.

Na mesma linha, João Amoêdo, do Novo, cita matéria do Estadão, de que o ex-ministro Geddel Vieira Lima, também quer o mesmo tratamento de Lula. "É lamentável que alguns membros do Supremo não tenham respeitado o cidadão brasileiro. Somos nós que pagamos os seus salários, assessores e motoristas. O mínimo que se espera é que façam seu trabalho, tomem as decisões necessárias, sejam coerentes e não procurem argumentos para postergar ou fugir das suas responsabilidades", afirma no Twitter. "Em 2019 o presidente eleito vai nomear pelo menos 3 ministros do STF. Os novos nomeados devem ser exemplos de humildade, trabalho, competência, independência e de zelo pela instituição. O fortalecimento do STF será um dos resultados da renovação na política. Não podemos nos esquecer disso em outubro".

Lula, por sua vez, continua com sua caravana pelo Sul do País. O ex-presidente publicou uma foto abraçado com uma senhora idosa e com uma criança, em Santa Catarina. Junto, publicou uma mensagem questionando o que elas teriam em comum. "O que Sofia Câmara, de 8 anos, e Dona Bia Linhares, de 107, têm em comum? Apesar dos 99 anos de idade de diferença, as duas catarinenses carregam juntas a esperança de um Brasil menos desigual e mais justo e democrático para todos".

Manuela D'Ávila, deputada estadual do Rio Grande do Sul pelo PCdoB, usou o Twitter para destacar que o seu partido completa 96 anos hoje. "São 96 anos ao lado das principais lutas do povo de nosso País. Liberdade religiosa, combate às ditaduras, direitos sociais, defesa dos trabalhadores e da CLT. São 96 anos de resistência e conquistas". A deputada estadual também falou sobre as ameaças de morte ao Padre Júlio Lancelotti. "Trata-se de alguém que dedica todos os seus dias a cuidar dos que não tem nada, dos despossuídos. O ódio e a maldade dessa gente não tem fim", afirma.

Guilherme Boulos, do PSOL, também citou o padre Lancelotti. "Ele é uma das principais vozes em defesa da população de rua em São Paulo e contra os abusos que sofrem diariamente. Toda solidariedade, Júlio!" O pré-candidato também citou as manifestações de ontem, nos Estados Unidos. "Ontem nos Estados Unidos milhares de estudantes, ativistas, artistas e famílias tomaram as ruas de Washington na #marchforourlives para pedir o fim da violência armada. Armar a sociedade não resolve o problema da segurança pública, só gera mais violência. #Vamos2018".

O deputado federal Jair Bolsonaro, do PSL, publica a imagem de uma nota do jornal "O Globo" com uma mensagem grafada em caixa alta. "TODOS CONTRA BOLSONARO". Ele esteve, pela manhã, em manifestação em homenagem aos policias militares que perdem a vida em combate, na praia de Copacabana, no Rio. Acompanhado de dois dos seus três filhos - todos políticos -, foi recebido aos gritos de "Mito! Mito" pelos manifestantes e discursou por cerca de 10 minutos. Bolsonaro acusou a Justiça brasileira de privilegiar bandidos e defendeu o armamento da população para combater a violência. Ele criticou as punições dadas aos policiais que matam bandidos em serviço, afirmando que desta maneira "quem tem retaguarda jurídica é o marginal".

Marina Silva, Paulo Rabello de Castro e Ciro Gomes não publicaram nenhuma mensagem no Twitter.

Mesmo sem ser citado nominalmente, o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), foi alvo de críticas durante o primeiro debate entre pré-candidatos tucanos ao governo do Estado, realizado no sábado, dia 10. O encontro ocorreu no Rotary Club da Penha, na zona leste da cidade, e contou com a participação do cientista político Luiz Felipe d'Ávila, o suplente de senador e presidente do Instituto Teotônio Vilela, José Aníbal, e o secretário estadual de Desenvolvimento Social, Floriano Pesaro. Os prefeitos João Doria (SP) e Alberto Mourão (Praia Grande) foram convidados, mas não compareceram. O debate ocorreu à revelia do diretório estadual do partido.

Na mesa dos pré-candidatos, uma cadeira permaneceu vazia durante parte do evento. Na frente dela, o papel onde seria escrito o nome do convidado permaneceu em branco. Depois, o local foi ocupado pela vereadora tucana Patricia Bezerra.

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A primeira manifestação do debate foi de Floriano Pesaro. "Quem chega agora ou se destaca agora precisa respeitar a história do partido", afirmou, em referência à reunião do diretório estadual, ocorrida na semana passada. Na ocasião, Aníbal foi vaiado e xingado por apoiadores de Doria.

Naquela reunião, foram definidos as datas das prévias (18 e 25 de março) e o prazo para a inscrição dos nomes dos concorrentes (13 de março). O resultado foi favorável ao grupo que apoia Doria - que defendia a realização das prévias o mais distante possível do prazo final de desincompatibilização do cargo (7 de abril). O prefeito ainda não está inscrito na disputa.

D'Ávila também fez referência ao que chamou de "lamentável reunião do diretório estadual" e defendeu a importância do apoio dos pré-candidatos à candidatura de Geraldo Alckmin à Presidência da República. Sobre o tema, Pesaro chegou a dizer: "Aqui ninguém nunca pensou em disputar com Geraldo Alckmin" - o que soou como outra referência ao prefeito de São Paulo.

Já a fala de Aníbal evidenciou as divisões do tucanato paulista. O pré-candidato chamou de "indignidade" a convocação do diretório municipal para uma reunião no mesmo horário do debate entre os pré-candidatos. A reunião convocada pelo diretório municipal tinha como objetivo debater as regras das prévias. "Essa reunião foi feita para esvaziar o nosso debate. O partido está se recusando a fazer os debates e a direção estadual está agindo de forma opressora", afirmou Aníbal.

O debate de sábado ocorreria no diretório do Butantã, mas foi desmarcado na sexta-feira. Oficialmente, a presidente do diretório, Beatriz Botelho, disse que o cancelamento foi ocasionado por uma questão de falta de espaço. "Nossa ideia inicial era que cada candidato falasse separadamente. Nosso espaço não comportaria um debate", afirmou a dirigente. Nos bastidores, no entanto, militantes tucanos dizem que o cancelamento foi fruto de pressão direta de Doria e seus apoiadores.

Sobre a não participação de pré-candidatos no debate, Aníbal afirmou: "Dizem que eu fustigo adversário fujão. O sujeito que disputa, mas se recusa ao debate, é porque não responde sobre os compromissos de sua campanha que não conseguiu saldar. O trabalho da Prefeitura é de segunda a domingo, não é só de marketing".

No fim do debate, Aníbal, mais uma vez, provocou Doria, sem citá-lo nominalmente. "A Prefeitura inteira quer ver esse prefeito pelas costas, mas para isso o incensam, o estimulam". declarou o presidente do Instituto Teotônio Vilela.

'Oba-oba'

Após o debate, os três pré-candidatos negaram qualquer combinação de não citar o nome de Doria durante o encontro. D'Ávila foi o mais enfático. "Quem foge do debate não precisa ser mencionado."

Os três também afirmaram que devem continuar pré-candidatos caso o prefeito confirme a intenção de concorrer. Pesaro considerou que uma oficialização da candidatura Doria pode ser positiva para o debate interno do PSDB. Para Aníbal, porém, a entrada do prefeito na disputa é apenas um "oba-oba".

Procurada, a assessoria de imprensa do prefeito afirmou que Doria cumpriu três agendas no sábado, mas não quis comentar sobre a ausência dele no debate. Oficialmente, o prefeito ainda não é pré-candidato.

Nesta segunda-feira, 12, Aníbal, Pesaro e D'Ávila vão participar de um novo encontro. O encontro será realizado no câmpus da Universidade Cruzeiro do Sul (Unicsul) de São Miguel, às 19 horas. A ideia dos pré-candidatos é promover um debate por dia até a realização das prévias no partido.

Candidatura

A expectativa é de que o prefeito João Doria oficialize nesta segunda-feira sua pré-candidatura ao governo do Estado. Terça-feira, 13, é o prazo final de inscrições para as prévias do PSDB. As primárias estão marcadas para ocorrer em dois turnos, em 18 e 25 de março. A assessoria de imprensa do prefeito foi procurada, mas disse não existir sinalização sobre o anúncio de uma eventual candidatura.

A inscrição de Doria está sendo articulada pelo presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, deputado Cauê Macris, pelo líder do PSDB na Câmara dos Deputados, Ricardo Tripoli (SP), pelo presidente do diretório municipal da legenda, vereador João Jorge, e pelo vice-prefeito Bruno Covas, além de outros líderes do partido. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Partidos e pré-candidatos à corrida presidencial criaram "carimbos" de fake news para classificar o que chamam de notícias falsas ou ataques pessoais. Os nomes mais cotados para a disputa eleitoral já têm em seus respectivos sites ou páginas do Facebook seções para desmentidos. Nem sempre, porém, o foco é exclusivamente informações comprovadamente falsas.

No site do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ), que aparece em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto, há uma seção chamada "Desmentindo Falácias". Ela tem sido usada pelo staff do candidato para rebater ou contestar informações, como a de que o deputado teria recebido R$ 200 mil em doações da Friboi, na campanha de 2014.

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O texto do desmentido no site de Bolsonaro é esse: "Na campanha eleitoral de 2014, o Partido Progressista, deliberadamente e sem meu consentimento, depositou o valor de R$ 200.00,00 em minha conta eleitoral, a título de repasse de doação feita pela JBS - S/A (Friboi) ao Diretório Nacional. Infelizmente, por má-fé de alguns ou desconhecimento, apenas parte da prestação de contas disponível no site do TSE tem sido exposta com o claro intuito de comprometer minha conduta". A assessoria do deputado foi procurada, mas não se manifestou.

Embora tendo a condenação confirmada pelo Tribunal Regional da 4.ª Região (TRF-4), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda aparece em primeiro lugar nos levantamentos sobre a intenção de votos do eleitor. Na página do Instituto Lula, existe uma seção para desmentir mitos como aquele que diz que Lula teria aparecido na capa da revista Forbes como o homem mais rico do Brasil ou o boato de que ele já estivesse morto. Sobre fake news e a campanha petista, a assessoria de imprensa do ex-presidente apenas afirmou que "ele (Lula) já entrou com ações no passado contra fake news".

O site do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), também tem um espaço chamado "Anti-fake News". "A seção tem como objetivo desmentir, com fatos, o que é publicado de mentiroso nas redes", afirmou um dos responsáveis pelo site, Daniel Sampaio. "É um tema bastante complexo. Às vezes, o desmentido pode dar mais visibilidade para uma mentira. Então, avaliamos caso a caso se é realmente necessário desmentir. Se é uma fake news que só circula em um nicho muito de direita ou muito de esquerda, na maioria das vezes, não interferimos."

'Acordo'

Na campanha de 2014, a hoje pré-candidata Marina Silva (Rede) já tinha um espaço exclusivo para rebater o que na época ela chamava de boatos, já que o termo fake news ainda não estava em voga. "Usaram muita fake news contra a Marina em 2104. Claro, estamos nos preparando para esse tipo de ação também, mas estamos propondo um acordo entre os partidos, um acordo para uma campanha limpa e sem a utilização desse tipo de artifício. O nosso compromisso tem que ser com a verdade", disse um dos coordenadores da Rede, Zé Gustavo. Assim como outros partidos, a Rede deve ter uma equipe para identificar e denunciar notícias que considerem falsas ou difamatórias.

Pré-candidata pelo PCdoB, Manuela D'Ávila tem publicado vídeos como o "desfazendo algumas mentiras que rolam na internet". Para Marcelo Branco, ex-diretor-geral do Campus Party Brasil e ligado à futura campanha de Manuela, o desafio é combater a fake news como um mal comum, um mal que afetaria o próprio funcionamento da democracia. "O desafio também é o de fazer esse combate sem ameaçar a liberdade de expressão."

A avaliação do coordenador do Movimento Transparência Partidária, Marcelo Issa, vai na mesma linha. "Os partidos e a sociedade precisam combater as noticias falsas para que não se altere o próprio jogo democrático."

Para o editor do site Boatos. org - página especializada em checar notícias que são divulgadas por meio de redes sociais e WhatsApp -, o jornalista Edgard Matsuki, as eleições de 2018 já vão contar com a expertise do pleito anterior - onde, segundo ele, havia muita fake news circulando. "Estamos mais preparados para identificar e desmentir essas histórias com rapidez e sem margem para dúvida", disse. "As pessoas precisam ler com olhos críticos e sempre se perguntar se a fonte daquela informação é confiável." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Na Sapucaí, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), negou na segunda-feira (12) a possibilidade de o apresentador Luciano Huck sair candidato à Presidência da República por seu partido. Huck já descartou que vá se candidatar, mas estaria tendo conversas com políticos sobre o processo de 2018 mesmo assim.

"O DEM vai ter candidato a presidente, e o pré-candidato vai ser lançado em março. Temos o maior carinho pelo Luciano, mas nesse momento ele não faz parte do projeto do nosso partido. Vamos ter entre dez e 12 candidatos nos estados e no início de março vai ficar claro que o partido vai seguir seu próprio caminho", afirmou.

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Sobre carnaval, Maia disse que a crítica à Reforma Trabalhista feita pelo Paraíso do Tuiuti em seu desfile, domingo, 11, foi por desinformação do carnavalesco (Jack Vasconcelos). A escola tinha uma ala, chamada "Guerreiros da CLT", em que uma carteira de trabalho aparecia chamuscada, e o operário tinha vários braços, para simbolizar a sobrecarga de tarefas.

Já a ala batizada de "trabalho informal" fez alusão à precarização do trabalho. A escola também fez crítica ao governo Michel Temer (MDB), que apareceu como um vampiro com uma faixa presidencial. O Tuiuti foi a agremiação mais mencionada nesta segunda-feira, 12, nas redes sociais por conta disso.

"Tem que respeitar desfile ideológico. Só que as informações do carnavalesco não estão certas", criticou Maia. "A gente vai ver em 2018 que a nova lei está gerando milhões de empregos. Tem que dar tempo ao tempo. A crítica é sempre importante, para que todos avaliem o governo, o Legislativo, o Judiciário. No caso da Trabalhista, os resultados já estão aparecendo: já tivemos redução de desemprego, nesse ano vamos ter mais de um milhão de empregos de carteira assinada. No próximo ano talvez a gente vai ter um desfile diferente".

Ele voltou a dizer que é preciso informar bem a população sobre as mudanças na legislação. Referindo-se ao público do Sambódromo, falou das diferenças entre os pobres da arquibancada, que terão de trabalhar até os 65 anos, e os ricos dos camarotes, com necessidade de menos tempo de serviço para se aposentar.

Maia falou também de segurança. Disse que é preciso haver nova operação conjunta entre forças estaduais e federais para o combate à violência no Rio, e também que vai trabalhar junto ao governo para que se coloque no orçamento a construção de mais presídios federais, chegando a "20 ou 30 unidades". O objetivo, ressaltou, é isolar chefes do crime organizado. "A gente já fez aquela primeira operação dos órgãos federais, que não foi o que a gente esperava, e vai ter que voltar. Além de endurecer a legislação de armas e drogas", sublinhou. Segundo Maia, o Congresso demandará à Presidência a priorização do tema dos presídios.

O PCdoB de São Paulo negocia tanto com o vice-governador Márcio França (PSB) quanto com o pré-candidato do PT, Luiz Marinho.

A prioridade da legenda em São Paulo é a eleição para a Câmara dos Deputados. O PCdoB quer se reforçar antes que a cláusula de barreira entre em vigor a partir de 2022. Por isso o partido vai priorizar uma coligação proporcional que facilite a reeleição do deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) e, se possível, mais um.

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Para o PCdoB, se o governador Geraldo Alckmin tiver dois candidatos em São Paulo, aumentam as chances de apoio a França, que seria empurrado para uma aliança de centro-esquerda. O partido avalia que, ao dividir a preferência de Alckmin com outro candidato, França estaria desobrigado de garantir exclusividade ao tucano e poderia abrir seu palanque para Manuela D'Ávila, pré-candidata do PCdoB ao Planalto.

O PT, além do PCdoB, ainda negocia aliança com o PDT, mas, já admite a possibilidade de ficar isolado na disputa estadual. "Não é tão ruim para o PT ficar sozinho. Se o PDT lançar por exemplo o Gabriel Chalita para o governo de São Paulo, aumentam as chances de ter segundo turno", disse o ex-deputado Jilmar Tatto, um dos coordenadores da pré-campanha de Marinho.

O PT confia em uma negociação nacional, que incluiria o apoio petista à reeleição do governador do Maranhão, Flávio Dino, para convencer o PCdoB.

O PCdoB quer adiar a decisão: "Ainda é cedo", avalia o vice-presidente do partido, Walter Sorrentino. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Sem expectativa de manter a unidade dos partidos aliados na eleição, o Palácio do Planalto mudou a estratégia e passou a elogiar o apresentador Luciano Huck, sob o argumento de que ele pode até mesmo ter o apoio do MDB, se for candidato à cadeira do presidente Michel Temer. O movimento foi calculado para reagir às articulações do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), na tentativa de mostrar que o MDB pode desequilibrar o jogo.

Dono do maior tempo de TV na propaganda política, o partido de Temer não pretende avalizar Huck, que hoje flerta com o PPS. Com a nova tática, porém, demarca o território para deixar claro que, se não querem o seu "dote" por medo da impopularidade do presidente, um outsider na política pode levá-lo e sair na frente nessa corrida.

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Nos bastidores, auxiliares de Temer dizem que tanto Alckmin quanto Maia fazem discurso público favorável à reforma da Previdência, mas, na prática, lavam as mãos e não ajudam a angariar votos para aprovar a proposta. A avaliação no Planalto é a de que os dois não têm interesse em fortalecer o governo em um ano eleitoral.

Desde que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi condenado pelo Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4) a 12 anos e 1 mês de prisão, o centro político intensificou as negociações para encontrar um nome que possa herdar votos do petista, caso ele fique inelegível pela Lei da Ficha Limpa. O problema é que, até agora, todos os postulantes desse espectro patinam nas pesquisas de intenção de voto, e o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) está isolado no segundo lugar, atrás de Lula.

Agenda

Maia é um dos pré-candidatos que mais incomodam o Planalto porque, além de avançar sobre partidos da coalizão, critica o governo. Com relacionamento apenas protocolar com Temer, o presidente da Câmara projeta sua campanha com apoio do PP, PR, PRB, PHS e Solidariedade. Em recente reunião com o senador Ciro Nogueira, presidente do PP, o deputado Paulo Pereira da Silva - que comanda o Solidariedade - e os ministros Alexandre Baldy (Cidades) e Mendonça Filho (Educação), Maia pregou uma agenda "mais popular".

"O Orçamento da União está comprometido, mas não com novas políticas públicas que cuidem dos jovens", insistiu ele na reabertura dos trabalhos do Legislativo, em mais um discurso que contrariou o Planalto. "Falar a verdade é sempre o caminho para que a política se reconcilie com a sociedade."

Temer vai aproveitar a reforma ministerial, no fim de março, para condicionar a manutenção dos partidos na Esplanada ao apoio a um candidato que defenda o governo na campanha. Até hoje, porém, esse nome não apareceu.

O titular da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD), é um dos que disputam a vaga, mas o próprio Temer disse preferir que ele continue no comando da economia. "Só vou tomar uma decisão no fim de março. Peru não morre de véspera", brincou o ministro, que, sem a chancela do PSD de Gilberto Kassab, pode migrar para o MDB.

A decolagem de Alckmin, por sua vez, é vista com ceticismo no Planalto. O presidente e seus interlocutores, no entanto, mantêm diálogos frequentes com o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), pré-candidato ao Palácio dos Bandeirantes.

Embora amigos em comum de Temer e Alckmin tentem promover um encontro entre os dois para verificar se é possível algum acerto do MDB com o PSDB, nada foi marcado. "É importante conversar. O Brasil não precisa de guerreiros, mas, sim, de pacificadores", disse o governador ao Estado.

Alckmin está preocupado com a falta de candidatos próprios do PSDB para lhe dar palanque em Minas e no Rio, dois dos três maiores colégios eleitorais, depois de São Paulo. A portas fechadas, correligionários de Temer comentam que o tucano poderá ser "cristianizado" na campanha, se não conseguir melhorar seu desempenho. "Michel, com sua alta popularidade, é que deve ser o candidato desse campo. Só ele tem condições de unir os aliados", ironizou o senador Renan Calheiros (MDB-AL), adversário político do presidente.

Ministros do MDB argumentam que, se até abril a retomada econômica provocar uma sensação de bem estar social, Temer poderá ganhar pontos e tentar novo mandato. Observam, porém, que, caso sua aprovação permaneça baixíssima, ele não disputará para não ser submetido a um fiasco nas urnas. Nesse cenário, a tendência é que o MDB negocie um candidato a vice, apostando na eleição de grandes bancadas na Câmara e no Senado para voltar a dar as cartas no Congresso, a partir de 2019. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ex-ministro Ciro Gomes, do PDT, vai ampliar as negociações para uma aliança com o PSB; o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) decidiu aumentar o ritmo de entrevistas a veículos de comunicação; depois de anunciar que não concorreria, o apresentador e empresário Luciano Huck (sem partido) voltou a figurar como possível presidenciável na disputa de outubro. Os fatos políticos descritos mostram que a expectativa de uma eleição sem a presença de Luiz Inácio Lula da Silva já mexe com o quadro eleitoral e com a estratégia de pré-candidatos ao Planalto.

Se por um lado a possível ausência do ex-presidente contribui para deixar o cenário ainda mais indefinido, ela também aumenta a possibilidade de pulverização das candidaturas à Presidência. Líder nas intenções de voto, o petista tende a ficar impedido de disputar mais um mandato no Planalto por causa da condenação em segunda instância no caso do triplex do Guarujá (SP). Com a decisão colegiada da 8.ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4), Lula poderá ser enquadrado na Lei da Ficha Limpa.

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Esse processo, contudo, só deverá ser concluído em setembro e o PT afirma que vai insistir com o nome de Lula até o fim.

Nesta quarta-feira (31) foi divulgada a primeira pesquisa após a decisão do TRF-4. O Datafolha mostrou que o petista mantém a dianteira, com até 37% das intenções de voto. Sem Lula, Bolsonaro (atingindo até 20 pontos porcentuais) lidera os cenários do primeiro turno e quatro nomes aparecem em segundo lugar - Marina Silva (Rede), Ciro, Geraldo Alckmin (PSDB) e Huck.

A pré-candidata da Rede e o presidenciável do PDT são os que mais se beneficiariam da migração de votos do petista. Esta situação deixa Marina em situação de melindre. Ao mesmo tempo em que procura arregimentar o eleitorado lulista, a ex-ministra do Meio Ambiente no governo do petista manteve uma postura de distância do ex-chefe no processo do TRF-4. A Rede chegou a divulgar nota que concluía que "todos são iguais perante a lei".

Para aliados, Marina terá de modular o discurso para atrair parcela dos simpatizantes de Lula. Procurada nesta quarta, a Rede informou que a ex-ministra não iria dar entrevista.

No caso de Ciro, o foco no momento é o PSB, legenda com a sétima maior bancada na Câmara, com 32 deputados, e com influência em Estados do Nordeste, entre eles, Pernambuco e Paraíba, onde possui governadores, e do Sudeste, como São Paulo e Minas Gerais. Além de buscar alianças, Ciro deve intensificar viagens pelo Brasil. A ideia é aproveitar lançamentos de pré-candidaturas do partido a cargos majoritários para rodar o País.

Ele também já definiu o perfil de candidato a vice que vai procurar. "Queremos alguém com bom relacionamento com o empresariado do Sul-Sudeste. Procuramos um José Alencar", disse o novo líder do PDT na Câmara, André Figueiredo (CE), em referência ao vice-presidente da República - morto em 2011 - durante os dois governos Lula.

Pernambuco

No caso do PSB, a estratégia de Ciro é trazer o partido para sua órbita por meio dos integrantes da legenda em Pernambuco, considerada a ala mais lulista e cuja posição tem peso nas decisões nacionais da sigla.

O PSB também se movimenta entre a candidatura própria - uma ala trabalha para filiar o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa - e numa articulação pró-Alckmin do vice-governador de São Paulo, Márcio França (PSB).

O tucano voltou a minimizar nesta quarta o resultado das pesquisas neste momento. "O voto vai ser decidido lá na frente, a população tem mostrado maturidade quando as decisões são tomadas mais próximas do período eleitoral. A tarefa é ir para o segundo turno", afirmou Alckmin, que fez elogios a Huck. "Ele tem realmente espírito (público), vocação, pode servir como candidato e pode servir como não sendo candidato", disse. "Se ele vai ser candidato ou não, cabe a ele avaliar."

Cobiçado pelo PPS, o apresentador da TV Globo voltou ao espectro da eleição presidencial. O deputado Roberto Freire, presidente da legenda, disse que a presença de Huck no levantamento do Datafolha representa "um fato novo, que voltou à tona". "Vamos ver como é que isso vai prosseguir. Vai depender muito dele."

Bolsonaro avalia que uma eventual ausência de Lula da corrida presidencial pode favorecê-lo. "O Lula saindo, quem vai ser mais beneficiado numa pesquisa isenta vai ser eu. É o meu sentimento. Nesse debate quem é que pode chamar quem de ladrão? Acho que só eu", disse o parlamentar.

Mais conhecido pelo trabalho político nas redes sociais, o presidenciável agendou para a próxima semana pelo menos dez conversas com radialistas de São Paulo, do Rio e de Estados do Sul. Ele ainda deverá ter rápidas participações em programas de rádio do Nordeste e do Centro-Oeste.

Com uma postura crítica a jornais, revistas e TVs dos grandes centros, o deputado se desdobra para atender a pedidos de conversas com profissionais do interior dos Estados e de cidades das regiões metropolitanas.

O resultado do Datafolha reforça a estratégia petista de insistir com o nome de Lula. O aumento recorde de votos brancos e nulos sem a presença de Lula, constatado pelo instituto, deu base para petistas dizerem que a exclusão do ex-presidente pode deslegitimar a eleição. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Na primeira eleição municipal que disputará, a Rede Sustentabilidade vai concorrer ao comando de 16 cidades em Pernambuco. A legenda, criada em setembro do ano passado, tem o maior número de candidatos do Agreste. O número, de acordo com o porta-voz da legenda no estado, Roberto Leandro, é uma “maneira proativa” de participar do pleito. Para endossar as candidaturas, a ex-senadora e porta-voz nacional da Rede, Marina Silva, virá ao estado em agosto. Segundo Leandro, ainda não há uma data definida.  

Os pré-candidatos foram apresentados no fim de semana, durante uma reunião para discutir as táticas e estratégias eleitorais no Recife. No Agreste, a Rede vai concorrer em Pesqueira, Garanhuns. Caruaru, Belo Jardim, Agrestina, Iati e Lagoa do Ouro; na Zona da Mata, em Paudalho, Palmares, Escada e Primavera; já no sertão, em Serra Talhada e Petrolina.

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No Recife, a Rede Sustentabilidade vai apoiar a reeleição do prefeito Geraldo Julio (PSB). Quando a disputa passa para a Região Metropolitana, a Rede terá candidato próprio em Jaboatão dos Guararapes, São Lourenço da Mata e Paulista. 

“Vamos apresentar um programa de cidades sustentáveis e queremos envolver a população na elaboração de propostas para a construção das políticas públicas nos municípios. Utilizaremos as Redes sociais, as rodas de conversa, o porta a porta e os debates para pautar a sustentabilidade, não apenas na sua dimensão ambiental, mas também econômica, social, política, ética, cultural e estética. Marina Silva virá à Pernambuco, no mês de agosto, para fortalecer as nossas candidaturas", afirmou Roberto Leandro.

O PV de Pernambuco lançou um canal para formação política dos pré-candidatos as eleições municipais deste ano. O intuito, de acordo com a Secretaria de Formação da legenda, é esclarecer, de forma didática, o que os políticos podem ou não fazer durante a fase de pré-campanha e campanha após a chamada minirreforma eleitoral (Lei 13.165/2015).

Apesar de o conteúdo ser produzido pelo PV qualquer pré-candidato ou cidadão comum pode ter acesso aos vídeos. O primeiro vídeo está dividido em cinco partes: candidatura, contabilidade, propaganda, calendário e fiscalização.

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A produção, segundo o secretário estadual de Formação do partido, Marcelo Santos, deve ajudar principalmente os postulantes que são “marinheiros de primeira viagem”, como é o caso de 70% dos nomes que serão postos pelo PV. 

Nesta sexta (6) e sábado (7) o PSB reúne, em Brasília, mais de 850 pré-candidatos a prefeito no seminário preparatório “Cidades Inclusivas”. Sob coordenação da Fundação João Mangabeira (FJM), o encontro, que iniciou nessa quinta (5), pretende consolidar a marca de programas desenvolvidos em administrações socialistas e tirar duvidas dos possíveis postulantes sobre o pleito. Aproximadamente 40 pré-candidatos a prefeito de cidades pernambucanas participam do evento, entre eles o prefeito do Recife, Geraldo Julio, que tentará a reeleição. 

Durante o seminário, os pré-candidatos vão participar de cursos sobre novas regras eleitorais, o uso do marketing e redes sociais na campanha de curta duração, com orçamento baixo e restrições no uso de imagem. O evento - parte do programa “Agenda 40” – também contará com troca de experiências, palestras e contribuições externas de especialistas.

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Nesta sexta, a programação começou com o lançamento do livro “Compromisso com o Futuro: organização de uma campanha socialista às eleições 2016”, do presidente da FJM e secretário-geral do PSB, Renato Casagrande. O documento aponta práticas modernas de administração pública, com objetivo de sanar dúvidas na concepção de um programa de governo.

Seguindo o cronograma, o ex-ministro do STJ e do TSE Gilson Dipp comandou uma conferência sobre Direito Eleitoral, com a participação dos especialistas em direito eleitoral Gabriela Rollemberg e Rafael Carneiro. 

À tarde o curso terá uma palestra sobre o papel das Redes Sociais nas eleições, com Leonardo Carraretto, especialista em Marketing Eleitoral nas redes sociais, e Kao Martins, jornalista, consultor, diretor em várias campanhas regionais pelo Brasil, especialista em marketing político.

A programação termina com uma mesa redonda sobre boas práticas de gestão socialista nos municípios brasileiros e à noite, dentro do ciclo de homenagens aos 100 anos de Miguel Arraes, o neto e advogado Antônio Campos lança o livro “O Processo de Anistia Funcional de Miguel Arraes”. 

No sábado, às 9 horas, o vice-presidente nacional de Relações Governamentais do PSB, Beto Albuquerque, abre o dia com uma análise do partido e da conjuntura nacional. No painel “O que pensa e o que deseja o eleitor em 2016”, o presidente do Instituto Data Popular, Renato Meirelles, e o cientista político Alberto Almeida traçam o comportamento dos brasileiros que pode orientar o voto.

Os pré-candidatos Democratas à Presidência dos Estados Unidos Bernie Sanders e Hillary Clinton fizeram campanha no Estado norte-americano de Wisconsin neste sábado (2) e eram esperados em um jantar do Partido Democrata em Milwaukee na noite de hoje. As primárias da sigla no Estado devem ser realizadas na terça-feira.

Sanders disse em evento no norte da cidade de Milwaukee que policiais que descumprem a lei ao atirar em cidadãos desarmados "devem ser responsabilizados". O pré-candidato tenta atrair os votos do eleitorado negro, que tem preferido a sua oponente, Hillary Clinton, nas prévias do partido. Sanders defendeu ainda mudanças no sistema de justiça criminal, a descriminalização do porte de maconha e o fim de leis de identificação de eleitores que desproporcionalmente mantêm minorias nos EUA afastadas das eleições no país. Ele subiu ao palco sob aplausos, mas de uma plateia de 250 pessoas, cerca de metade do público esperado.

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Hillary Clinton, por outro lado, tentou estabelecer um contraste com Sanders, ao enfatizar sua trajetória como Democrata. "Tenho sido uma Democrata com orgulho durante toda a minha vida adulta e acho que isso é importante se estamos selecionando alguém para ser um candidato Democrata do Partido Democrata", afirmou Clinton, a centenas de pessoas que se reuniram em um salão de hotel na cidade de Eau Clair. O comentário de Clinton parece ser um ataque contra Sanders, senador independente pelo Estado de Vermont, que se descreve como socialista democrático. Fonte: Associated Press.

A sete meses das eleições, a Procuradoria Regional Eleitoral em Pernambuco (PRE-PE), já precisou tomar medidas para evitar abusos em atos de pré-campanha. Isto porque, têm sido reportados ao PRE-PE casos de possíveis excessos em eventos promovidos por pré-candidatos pernambucanos.

A nova legislação eleitoral admite a veiculação de propaganda antes do dia 15 de agosto (nova data de início da campanha eleitoral), desde que o material do pré-candidato não contenha pedido explícito de voto. No entanto, na avaliação da PRE-PE, a lei flexibilizou demais o entendimento de propaganda eleitoral extemporânea. “Porém, adotamos uma postura proativa e estamos trabalhando para defender a interpretação da lei de forma mais adequada ao interesse público”, declarou Antônio Carlos

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Para que os excessos sejam de fato evitados, o procurador regional eleitoral em Pernambuco, Antônio Carlos Barreto Campello, enviou ofício para todos os promotores eleitorais no estado, sugerindo a adoção de entendimentos que possam coibir o abuso de poder econômico e a utilização de meios de publicidade proibidos no período da propaganda eleitoral.

A partir do ofício de Antônio Carlos, os casos que promotores eleitorais verificarem que houveram abusos, eles poderão propor ações que podem trazer consequências como inelegibilidade, cassação do registro de candidatura e impugnação do mandato eletivo.

O documento frisa também a vedação de publicidade neste período, como prevê a legislação eleitoral. Aos pré-candidatos é proibido que, neste momento, utilizem mídias como outdoors, placas com área acima de meio metro quadrado e até mesmo a fixação de faixas em postes públicos. 

“Imaginem que um pretenso candidato arrecada recursos de pessoas jurídicas, espalha cavaletes nas calçadas e joga ‘santinhos’ na rua – que são práticas proibidas pela legislação eleitoral. Se ele faz isso antes do dia 15 de agosto, esses atos deveriam ser considerados lícitos somente porque as peças de propaganda não contêm pedido explícito de voto? Evidentemente que não”, avaliou o procurador regional eleitoral.

Lei eleitoral - Até o pleito de 2014, a propaganda eleitoral só podia ter início no dia 6 de julho. Os atos de divulgação realizados antes dessa data poderiam ser enquadrados como propaganda antecipada, sujeitando o candidato ao pagamento de multa. Com a Lei 13.165/2015, o início da campanha foi adiado para 15 de agosto. Porém, a legislação passou a admitir a veiculação de propaganda antes do dia permitido, desde que não haja pedido explícito de votos.

 

*Com informações da assessoria

Os diretórios municipais do PSL, PMN, Prona e PTdoB de Olinda se reúnem, nesta sexta-feira (20), para o I Encontro Municipal de Pré-Candidatos a Vereadores. O evento vai acontecer a partir das 19h30, no auditório do Hotel Samburá, no Bairro Novo. 

Estão programadas seis palestras, seguidas de discussões. Uma delas será a comandada pelo pré-candidato a prefeito, Antônio Campos (PSB), que falará sobre “Olinda com uma visão de futuro”. 

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As outras discussões serão sobre “Lei Eleitoral e Reforma Política", "Política de Alianças", “A juventude com visão para o futuro de Olinda", "Renovação do Poder Legislativo" e "Papel político do evangélico no futuro de Olinda".

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, reuniu, nesta quinta-feira (12), em Brasília, os possíveis candidatos a prefeito pelo partido nas prinicpais cidades do país. De Pernambuco, participaram os deputados federais Betinho Gomes e Daniel Coelho, que devem postular as prefeituras do Cabo de Santo Agostinho e do Recife, respectivamente. O líder da Minoria na Câmara, deputado Bruno Araújo, também esteve presente. 

A partir desse primeiro encontro, o PSDB pretende iniciar um trabalho de construção de estratégias comuns para fortalecer as pré-candidaturas majoritárias. Em resolução assinada pelo senador Aécio Neves, em setembro, a direção do partido pontuou que disputará com candidatura própria em todas as cidades com mais de 200 mil habitantes.

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O Partido Popular Socialista (PPS) realiza, no próximo dia 6, o Encontro Nacional de Presidentes Estaduais do partido. A reunião com os dirigentes estaduais é a primeira após o fim das articulações para a fusão da legenda com o PSB. Estratégias visando às eleições municipais de 2016 e a Campanha Nacional de Filiação vão nortear o encontro.

Por meio de uma convocatória, a direção nacional solicitou aos dirigentes estaduais que eles enviassem até o próximo sábado (25) a relação com prováveis candidatos a prefeito e vereadores nos municípios com mais de 100 mil eleitores. Além dos temas principais, durante o evento também será discutido o impacto da reforma política nas eleições do próximo ano e questões referentes à governança democrática.

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Com o objetivo de aumentar o quadro de filiados e a participação política nas eleições de 2016, o Partido Popular Socialista (PPS) reuniu neste sábado (28), líderes políticos para comemorar a adesão de novos filiados. No encontro realizado na sede da legenda, na Boa Vista, no Recife, também foi anunciada a pretensão de lançamento de 25 candidatos a prefeito em todo o Estado e mais de 300 vereadores no próximo pleito eleitoral.

Celebrando a participação de mais de 300 militantes, segundo a organização do evento, a presidente do PPS-PE e secretária-executiva de Defesa do Consumidor do Jaboatão dos Guararapes, Débora Albuquerque, comentou em entrevista ao Portal LeiaJá detalhes do encontro. “Essa é nossa primeira reunião do Diretório Estadual após a eleição. Avaliamos os êxitos que tivemos nas eleições, e convocamos todas as nossas lideranças para apresentamos a Comissão Provisória do Diretório Municipal do Recife. Também estabelecemos metas e identificamos fragilidades, desafios e reestruturação do partido”, revelou, lembrando-se de algumas perdas que a legenda teve com a saída de vereadores e vice-prefeitos, nas eleições de 2014. “A gente precisa recuperar os municípios que ficaram acéfalos”, reconheceu.

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Segundo Albuquerque, o desejo do PPS é lançar candidatos a chapas majoritárias em toda a Região Metropolitana do Recife. “Iremos reconhecer lideranças porque nossa meta é fazer candidatos a prefeitos e vereadores nos 14 municípios da Região Metropolitana do Recife e também o maior número nos demais municípios. Então, essa reunião nos deixa com um sentimento de que estamos começando 2015 em preparação de 2016 e nos permite envolver e transformar o partido de forma mais orgânica”, anseia. 

A presidente do PPS também garantiu a participação do deputado federal Raul Jungmann (PPS) no fortalecimento das lideranças políticas em Pernambuco. “Raul se colocou à disposição de quando voltar de Brasília viajar o Estado todo para verificar quadros”, contou Débora Albuquerque. 

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“Nós estamos hoje numa perspectiva de muito crescimento. Vamos fazer encontros regionais na Zona da Mata, no Sertão de São Francisco e uma grande festa de filiação da juventude”, antecipou Jungmann, anunciando em seguida à data do evento. “Dia 18 de abril no Clube do Alemão será um grande ato de filiação da juventude”, acrescentou. 

Pré-candidatos – De acordo com Débora Albuquerque e Raul Jungmann alguns nomes já definidos para às disputas de prefeitos em 2016 são: João Luiz (em Olinda), Maria do Céu (no Recife), Débora Albuquerque (em Jaboatão), Carlos Fernandes (em Goiania), Jorginho Rocha (em Paulista), Damares Flor (em Abreu e Lima) e Edmilson (em Moreno). Para vereador foram divulgados apenas dois nomes, o de Felipe Ferreira Lima, líder da Juventude do PPS e de Vera Lopes que tentará a reeleição na Câmara do Recife. 

Outras atividades – Além do ato de filiação da juventude no dia 18 de abril, no mês de maio, o ex-PSB de Olinda, João Luiz, se filiará oficialmente ao PPS. O evento com data e local a serem definidos contará com a presença do presidente nacional do partido, Roberto Freire e com a participação e apresentação dos pré-candidatos a prefeitos e vereadores pela sigla. 

Os futuros concorrentes ao Governo do Estado, Paulo Câmara (PSB) e Armando Monteiro (PTB), deram um descanso na corrida eleitoral nesta terça-feira (17), dia do segundo jogo do Brasil, e se reservaram apenas a reuniões internas. Já o pré-candidato a governador Zé Gomes (Psol) deixou as conversas políticas para mais tarde e acompanha nesta manhã a desocupação do Cais José Estelita.

Segundo a equipe de Câmara, o socialista participará de algumas reuniões internas durante a amanhã de hoje e à tarde assistirá ao segundo jogo da Seleção Brasileira em casa, junto à família. Na quarta (18), a agenda do candidato deverá ser em Arcoverde, no entanto, há possibilidades dele se encontrar com o presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, no Recife.

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Semelhante ao integrante da chapa da Frente Popular, o senador Armando Monteiro se dedicou a compromissos internos no seu escritório no Recife, na manhã desta terça e na parte da tarde, assistirá ao jogo entre Brasil e México com a família, na sua residência. 

José Estelita – Diferente dos dois outros políticos que disputam a eleição majoritária, o pré-candidato a governador, Zé Gomes (Psol), acompanha desde as 7h30 a desocupação do Cais José Estelita. Contrário ao Projeto Novo Recife, Gomes alegou ter levado alguns objetos e montado uma barraca no lugar, porém, está com dificuldade de encontrar os pertencentes. “Estou tentando recuperar meus pertences, roubaram toda a comida da cozinha. Estou tentando recuperar minha bolsa e participar do encaminhamento coletivo, mas até agora não tem nenhuma negociação”, contou. 

Segundo Gomes, a Polícia Militar chegou por volta das 5h30 de forma bruta marcando apenas dez minutos para as pessoas saírem do local. “A polícia atirou em pessoas sentadas, chegaram com bombas de efeito moral e existem algumas pessoas detidas e ao menos três feridas”, detalhou, revelando ter dormido alguns dias no Cais.

O pré-candidato do Psol garantiu discutir questões políticas apenas na tarde desta terça, já que na próxima quinta-feira (19) será realizada a convenção estadual da chapa que encabeça. Ele também não confirmou se assistirá ao jogo da Seleção Brasileira. “Hoje não sei se vai ser possível assistir”. Gomes também acusou a Prefeitura do Recife de pactuar irregularidades. “A gente é contra o projeto, o modelo. Todo o processo tem várias ilegalidades, inclusive são apontadas pelo Ministério Público de Pernambuco desde o leilão da área até a aprovação. São quatro ações populares”, descreveu.

O PTB e o PT realizam, nesta segunda-feira (9), a primeira plenária do Projeto Pernambuco 14 no Recife. Além de recolher propostas para compor o programa de governo da chapa, os pré-candidatos ao governo do estado, senador Armando Monteiro (PTB), e a senador, o deputado federal João Paulo (PT), resolveram apelar para que a militância deixasse o carro em casa e fosse participar do evento utilizando outros meios de transporte. 

“Contribua com a mobilidade da nossa cidade: escolha outros meios de transporte para chegar ao nosso evento”, diz o texto do convite. A plenária no Recife terá um formato diferente das demais. Segundo a assessoria de imprensa da chapa, não haverá ato político. Armando e João Paulo darão as boas vindas aos convidados, que logo em seguida serão divididos em salas temáticas para promover os debates sobre questões como saúde, educação, mobilidade urbana e infraestrutura.

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O evento será realizado às 18h30, no Colégio Vera Cruz, no bairro das Graças, Zona Norte do Recife.

Histórico -  O Projeto Pernambuco 14 já foi realizado em todas as regiões do Estado e mobilizou cerca de 20 mil pessoas, de acordo com o PTB. As contribuições colhidas em todas as plenárias estão sendo organizadas e aprofundadas por uma equipe formada por 15 técnicos de diversas áreas. Esses técnicos, segundo a assessoria de imprensa, também estão trabalhando em paralelo para concluir um diagnóstico do Estado e elaborar o programa de governo que será apresentado na campanha por Armando Monteiro e João Paulo.

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