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A realização da Copa do Mundo de futebol no Brasil em 2014 precipitou, indiretamente, a decisão do Papa emérito, Bento XVI, de anunciar sua renúncia um ano antes, em fevereiro de 2013, revelou seu secretário particular à imprensa alemã.

Questionado pelo jornal bávaro Süddeutsche Zeitung sobre se o anúncio, pouco antes da Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro, inicialmente prevista para 2014, para não coincidir com a Copa do Mundo de futebol no país, precipitou a saída de Bento XVI, o arcebispo Georg Gänswein respondeu que isso "aconteceu exatamente desta forma".

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O Papa alemão Bento XVI tomou a decisão de renunciar ao posto -um ato histórico- em agosto de 2012 e comunicou ao seu secretário em dezembro do mesmo ano.

Ele queria que seu sucessor participasse da JMJ na cidade do Rio de Janeiro. "Minha reação espontânea foi de dizer 'Não, Santo Padre, você não tem esse direito'. Mas essa seria uma reação afetiva, e muito rapidamente compreendi que ele me dizia isso porque já havia tomado sua decisão", explicou Gänswein.

O Papa revelou sua decisão para apenas quatro pessoas. "Ele me fez prometer manter a notícia sob segredo papal. Você pode imaginar que não foi fácil e que houve situações em que eu estava quase rasgado internamente", contou.

Os cardeais presentes durante o anúncio feito pelo Papa, feito em latim, levaram algum tempo para compreender o que estava acontecendo, acrescentou. "Alguns rostos estavam petrificados, outros incrédulos, confusos, chocados. Eles se entreolharam perguntando 'é isso mesmo o que eu entendi?".

O exemplo de João Paulo II, que concluiu seu ministério na doença e sofrimento, foi fundamental para a sua decisão. "Continuar como o seu antecessor fez, ou mesmo imitá-lo, não era o estilo dele", disse.

O papa emérito Bento XVI negou nesta quarta-feira (26) as especulações de que ele foi pressionado a renunciar, afirmando que sua decisão foi uma escolha livre e somente dele. As declarações do papa emérito foram divulgadas pelo jornal italiano La Stampa em meio a uma nova rodada de especulações sobre as razões que o levaram a deixar o comando da Igreja Católica, a primeira renúncia de um pontífice desde o século XV.

"Não há o mínimo de dúvida sobre a validade de minha renúncia ao ministério de Pedro. A única condição para a validade é a liberdade integral da minha decisão. As especulações sobre invalidez são simplesmente absurdas", escreveu Bento XVI em carta enviada ao correspondente do jornal La Stampa no Vaticano, Andrea Tornielli.

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O pontífice emérito também defendeu sua decisão de continuar vestindo a batina branca de papa, dizendo que não tem outras roupas disponíveis. Fonte: Associated Press.

Relator do processo criminal contra Eduardo Azeredo, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luis Roberto Barroso afirmou que ainda não decidiu se a ação continuará no STF ou se será transferida para a Justiça de 1ª Instância.

"Acabei de tomar conhecimento. Tem dez minutos. Vou fazer uma reflexão e tomar uma decisão. Eventualmente até decidir se vou levar a matéria em questão de ordem para o plenário", disse o ministro. "Até o relator pode decidir monocraticamente, mas é possível, depois de uma reflexão que eu ainda não tive tempo de fazer, que eu opte por levar ao plenário", afirmou.

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No Brasil, autoridades, como deputados, somente podem ser processadas perante o STF. Esse direito é conhecido como foro privilegiado. Mas, em tese, quando o congressista perde ou renuncia ao mandato, o processo deve ser remetido à 1ª Instância.

"Como regra geral, quando a pessoa deixa de ter esse tipo de foro, a competência deixa de ser do STF. Essa é a regra geral. No entanto, há precedentes em que o STF considera que a renúncia se deveu a uma manobra processual e tem deixado de declinar da competência para as instâncias inferiores. Não estou dizendo que esse seja o caso. Eu vou analisar", afirmou o ministro. Ele observou que os precedentes referiam-se a casos em que o processo estava em fase final, já pautado para julgamento.

Renúncia

Eduardo Azeredo (PSDB-MG) apresentou nesta quarta-feira, 19, sua carta de renúncia à Câmara dos Deputados. Em três páginas, o tucano, que é réu no processo do "Mensalão Mineiro", reclamou de ataques e pressões de adversários e disse que não aceitará que seu nome e o de seu partido sejam "enxovalhados".

"Minhas forças já se exaurem, com sério risco para a minha saúde e para a integridade de minha família. Não aceito que o meu nome continue sendo enxovalhado, que meus eleitores sejam vítimas, como eu, de mais decepções, e que sejam atingidos o meu amado Estado de Minas Gerais e o meu partido, o PSDB", afirma Azeredo.

Acusado de peculato e lavagem de dinheiro no esquema do mensalão mineiro, Eduardo Azeredo (PSDB-MG) vai renunciar ao mandato de deputado federal nesta quarta-feira (18). A estratégia é tentar atrasar o processo que tramita contra ele no Supremo Tribunal Federal (STF). Com a renúncia, o tucano abre mão do foro privilegiado para que a ação seja remetida à primeira instância da Justiça mineira. Outro objetivo é não causar constrangimento à provável candidatura presidencial do senador Aécio Neves (PSDB-MG).

Azeredo, que nega envolvimento no caso, não vai a Brasília para abrir mão do mandato. A carta de renúncia será entregue por seu filho, Renato Azeredo, ao presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). O teor do documento deve ser divulgado durante discurso em plenário do presidente do diretório mineiro do PSDB, deputado federal Marcus Pestana, previsto para esta quarta. Azeredo está em Belo Horizonte e alegou problemas de saúde para cancelar o pronunciamento que faria na semana passada.

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No início do mês, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, entregou ao STF suas alegações finais no processo e pediu condenação de 22 anos de prisão e multa de R$ 451 mil para Azeredo. Pela denúncia, o tucano participou de desvio de recursos de estatais mineiras em 1998 para financiar sua campanha pela reeleição para o governo de Minas em esquema que também ficou conhecido como valerioduto tucano, devido ao envolvimento no caso do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, já condenado a mais de 40 anos de prisão pelo Supremo por participação no mensalão federal.

Após Janot entregar suas alegações finais à Corte, correligionários de Azeredo se dividiram. Parte saiu em defesa do ex-governador. Pestana, por exemplo, chegou a comparar sua situação à do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva diante do mensalão federal. Mas outra parte do tucanato já defendia sua renúncia por causa de possíveis constrangimentos que o caso poderia causar à candidatura presidencial de Aécio. A ação poderia ser julgada pelo STF - onde a condenação é considerada certa pelos próprios tucanos - próxima ao período eleitoral. Azeredo não atendeu o telefone na manhã desta sexta-feira.

A renúncia ao mandato era considerada como uma saída jurídica para Azeredo se livrar do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF). Com isso, a Corte terá de decidir se mantém o processo sob seus cuidados ou se o encaminha para a primeira instância, o que prolonga o caso e pode causar a prescrição de alguns crimes.

A carta de renúncia ao mandato do ex-deputado João Paulo Cunha (PT-SP) foi lida no início da tarde desta segunda-feira (10) pelo presidente da sessão, deputado Gonzaga Patriota (PSB). O documento será publicado no Diário da Câmara dos Deputados e encerra qualquer possibilidade de processo de cassação do mandato do parlamentar, que foi preso na semana passada em decorrência da sua condenação no processo do mensalão.

O pedido de renúncia foi encaminhado à Casa na sexta-feira, às 20h21. O documento é curto e cita frase do escritor cubano Leonardo Padura segundo o qual “a dor e a miséria figuram entre aquelas poucas coisas que, quando repartidas, tornam-se sempre maiores". Cunha argumenta ainda que renuncia com a consciência do dever cumprido.

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Com a renúncia, a deputada Iara Bernardi (PT-SP), que atualmente está na Câmara como suplente, passa a ser a titular da vaga. Para o lugar da deputada será chamado, como suplente, Gustavo Petta (PCdoB-SP).

Após a renúncia de João Paulo, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), deverá cancelar a reunião da Mesa Diretora que havia marcado para quarta-feira (12), quando seria discutida a abertura de processo de perda de mandato do deputado.

No final do ano passado outros três deputados renunciaram aos cargos após condenação no processo do mensalão: José Genoino (PT-SP), Valdemar Costa Neto (PR-SP) e Pedro Henry (PP-MT).

Corrupção e peculato - João Paulo está desde terça-feira (4) preso no Complexo Penitenciário da Papuda (DF), depois de ter sido condenado na ação penal 470 (processo do mensalão) pelos crimes de corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro, totalizando 9 anos e 4 meses de prisão.

A pena que ele cumpre em regime semiaberto refere-se apenas aos dois primeiros crimes – que somam 6 anos e 4 meses –, já que o parlamentar aguarda o julgamento de um recurso contra a pena de lavagem de dinheiro no Supremo Tribunal Federal (STF).

Nesta semana, o advogado de João Paulo, Alberto Toron, chegou a protocolar na Justiça um pedido para que seu cliente pudesse exercer o mandato na Câmara no período diurno, retornando depois ao presídio.

*Com informações da Agência Câmara

O deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP), preso desde terça-feira por sua condenação no processo do mensalão, renunciou ao mandato na noite desta sexta-feira, 7. Em uma carta curta encaminhada à Casa e recebida às 20h21, o parlamentar diz que deixa a função "com a consciência do dever cumprido'.

"É com a consciência do dever cumprido e baseado nos preceitos da Constituição Federal e no Regimento Interno da Câmara dos Deputados que eu RENÚNCIO ao meu mandato de deputado federal", diz João Paulo.

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A carta tem ainda uma citação do escritor e jornalista cubano Leonardo Padura: "...pois a dor e a miséria figuram entre aquelas poucas coisas que, quando repartidas, tornam-se sempre maiores".

O embaixador dos Estados Unidos na Rússia, Michael McFaul, o arquiteto da política de "restabelecimento" do governo Obama com o Kremlin, anunciou nesta terça-feira (4) que vai deixar o cargo após dois anos.

McFaul, professor de ciência política da Universidade de Stanford que atuou como principal auxiliar de Barack Obama na Rússia antes de se tornar embaixador, citou razões familiares para sua saída, que segundo ele vai acontecer pouco depois do fim dos Jogos Olímpicos de Inverno, em Sochi.

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"Eu deixarei a Rússia com relutância. Eu adoro este trabalho. É uma enorme honra representar meu país aqui", escreveu ele em seu blog no site da embaixada dos Estado Unidos. "Nos últimos cinco anos temos alimentado uma calma cooperação sobre várias questões que vão de contraterrorismo a segurança cibernética, assim como mantivemos cooperação em dezenas de assuntos de interesse mútuo entre os dois países, da exploração espacial à proteção ambiental. Tomados em conjunto, este é um verdadeiro recorde de conquistas em alguns dos interesses nacionais mais importantes da América."

Acadêmico de longa data e especialista em Rússia e na União Soviética, McFaul foi confirmado no posto em dezembro em 2011, tornando-se o segundo embaixador norte-americano na Rússia nos últimos 30 ano que não têm carreira diplomática.

Determinado a forjar um novo caminho de abertura, McFaul quebrou as tradições ao se comunicar ativamente com o público russo pelo Twitter e falando em eventos públicos. Ele logo se viu em dificuldades depois de discutir com repórteres ligados ao Kremlin e ver as imagens serem amplamente difundidas, e ao cometer gafes em seus comentários no Twitter. E também foi alvo de críticas por causa dos artigos escritos contra o presidente Vladimir Putin antes de integrar o governo Obama e por se reunir com líderes da oposição logo depois de assumir o cargo.

Autoridades russas criticaram a abordagem de McFaul desde o início, acusando-o de usar dinheiro norte-americano para apoiar os protestos contra o Kremlin que tiveram início em Moscou após as contestadas eleições no final de 2011. Posteriormente, o Kremlin ordenou que a Agência Internacional de Desenvolvimento dos Estados Unidos interrompesse suas operações no país.

Depois de um tempo, McFaul recuou em sua abordagem e se tornou uma figura menos visível, mas durante o período em que ficou no cargo, as relações entre Rússia e Estados Unidos ficaram cada vez mais tensas, com os governos discordando de temas como sobre como lidar com a guerra civil na Síria e as ambições nucleares do Irã.

As coisas ficaram ainda mais tensas depois de a Rússia proibir a adoção de crianças russas por norte-americanos e de conceder asilo político ao ex-analista terceirizado da inteligência dos Estados Unidos, Edward Snowden, que foi acusado pela lei de espionagem por vazar detalhes de programas de vigilância norte-americanos.

McFaul disse que apesar das desavenças, ele sente que houve progressos. "Eu deixarei a Rússia com um forte sentimento de satisfação pela forma como nosso governo cuidou dessas questões sem comprometer nossos interesses ou valores", disse ele.

Fonte: Dow Jones Newswires.

A Oxfam International informou nesta quinta-feira que o fato de a atriz norte-americana Scarlett ter feito o comercial para uma empresa que opera em um assentamento na Cisjordânia é incompatível com seu papel como embaixadora da Oxfam.

Em comunicado, a organização diz que aceita a decisão da atriz, que na quarta-feira anunciou que estava deixando seu cargo na Oxfam por causa de uma "diferença fundamental de opinião".

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A organização humanitária internacional disse nesta quinta-feira que acredita que a SodaStream e outras empresas que operam em assentamentos israelenses na Cisjordânia contribuem para "a negação dos direitas das comunidades palestinas que nós trabalhamos para dar apoio".

A Oxfam afirma que se opõe a todo o comércio com assentamentos israelenses "que são ilegais sob a lei internacional".

Cerca de 550 mil israelenses vivem em assentamentos da Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, terras que Israel tomou em 1967, juntamente com a Faixa de Gaza. Os palestinos querem todos esses territórios para a formação de seu futuro Estado.

Ativistas pró-palestinos, que defendem boicotes de consumidores a bens produzidos em assentamentos judaicos - considerados ilegais pela comunidade internacional - encorajaram o público a evitar as máquinas para a fabricação doméstica de refrigerante da SodaStream. A principal fábrica da empresa está instalada numa zona industrial israelense nas proximidades do assentamento de Maaleh Adumim, na Cisjordânia. Fonte: Associated Press.

O presidente da Ucrânia, Viktor Yanukovich, aceitou nesta terça-feira (28) o pedido de renúncia apresentado mais cedo pelo primeiro-ministro Mykola Azarov, mas pediu a ele que permaneça interinamente no cargo até que um novo governo seja formado.

A renúncia de Azarov tira de cena um político altamente impopular entre as forças de oposição, cujos protestos praticamente paralisaram a capital ucraniana pelos últimos dois meses.

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Não há previsão de quanto tempo levará até que um novo governo seja formado. Fonte: Associated Press.

O Grupo Pão de Açúcar (GPA) anunciou nesta segunda-feira, 20, que o diretor-presidente da companhia, Enéas Pestana, apresentou hoje sua carta de renúncia ao conselho de administração. O presidente do conselho, Jean-Charles Naouri, indicou o nome de Ronaldo Iabrudi, atualmente conselheiro de administração da companhia, para substituir Pestana. Iabrudi foi eleito hoje mesmo pelo conselho para o cargo.

A saída de Pestana da presidência do GPA já era esperada pelo mercado. No último dia 7, a colunista Sonia Racy, do jornal O Estado de S.Paulo, havia adiantado que o executivo havia avisado ao Casino, controlador do GPA, que não pretendia seguir no comando do grupo este ano.

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No comunicado, Pestana afirma que "este é um momento adequado para a conclusão de um ciclo importante na liderança do GPA. Completo uma importante fase em minha vida após dedicar 11 anos ao desenvolvimento desta companhia. Estou orgulhoso de ter conduzido o GPA até aqui, e desejo muito sucesso ao Ronaldo".

Na mesma nota, Naouri diz que "o GPA é grato ao Enéas por tudo que ele representou para a companhia nos últimos 11 anos. Seu extraordinário desempenho e sua lealdade ao interesse da companhia, mesmo nos momentos mais difíceis, merecem todo respeito. A valiosa experiência do Ronaldo, aliada ao seu grande talento profissional, contribuirão fortemente para o desenvolvimento e sucesso do GPA".

Iabrudi declara, no comunicado, que "a indicação para suceder um executivo como o Enéas é uma honra. Sua liderança interna e sua capacidade são exemplos a seguir. Estou certo que o GPA, com todo nosso time, continuará seu caminho de sucesso, crescimento, liderança e aprimoramento das boas práticas de gestão e de governança".

O ex-presidente da Telebras, Caio Bonilha, entregou o cargo nesta quarta-feira, 15, ao então diretor comercial da estatal Francisco Ziober Filho. O engenheiro entregou ontem carta de renúncia à presidência da empresa, alegando motivos pessoais e profissionais. Ele explicou que a distância da família - que não reside em Brasília - foi um dos fatores que o levaram a deixar a presidência da companhia.

De acordo com o Bonilha, sua renúncia ocorreu em comum acordo com o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo. Ele ocupava a presidência da Telebras desde junho de 2011. "Durante esses três anos não faltaram recursos à Telebras. A companhia estava desativada e voltou a ser competitiva no mercado por meio do Plano Nacional de Banda Larga", destacou.

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Para Bonilha, que deve voltar ao mercado como consultor, este seria o melhor momento para deixar a Telebras, já que um ciclo de desenvolvimento de projetos da estatal estaria sendo encerrado. "Estamos fechando um ciclo importante, que foi a implantação e operação de um backbone nacional, com uma estrutura que irá atender a Copa do Mundo para a transmissão de TV", afirmou.

Ele relatou que 75% das obras para o Mundial estão concluídos, faltando ainda a conclusão da instalação das redes nos estádios que ainda estão em construção. "Não vai fazer diferença a minha presença aqui para a Copa", acrescentou.

O agora ex-presidente da Telebras também citou o desenvolvimento de projetos estratégicos, como o satélite nacional e o novo cabo submarino ligando o Brasil à Europa, cujos principais acordos para a construção dos equipamentos já foram assinados. "O novo ciclo da empresa, que começa agora, focará no aumento da capilaridade da infraestrutura e implantação de redes metropolitanas, além da execução dos projetos do satélite e do cabo submarino", completou.

Bonilha disse ainda que, por enquanto, a Telebras não tem a intenção de abrir capital e também não está prevista uma capitalização com recursos do Tesouro Nacional. Segundo ele, a empresa continua buscando recursos junto a instituições financeiras para arcar com seus planos de investimento.

Brasília – O representante especial da Organização das Nações Unidas (ONU) na República Centro-Africana, Babacar Gaye, pediu à população do país que mantenha calma depois da renúncia do presidente, Michel Djotodia, e do primeiro-ministro, Nicolas Tiangaye.

Em comunicado divulgado neste sábado (11), o chefe do Gabinete Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na República Centro-Africana apela aos membros do Comitê Nacional de Transição para que se mobilizem por um governo provisório e pede à população “calma e maturidade”.

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A cidade de Bangui registrou, na última madrugada, nova onda de pilhagens, após a demissão de Djodotia. A demissão do presidente deixa o país sem governo até as eleições do novo Conselho Nacional de Transição, que funciona como um Parlamento provisório.

O Conselho de Transição é composto por 135 membros que foram nomeados em março do ano passado pelo chefe de Estado, incluindo os diferentes partidos políticos do país, o movimento Seleka e organismos da sociedade civil e das instituições públicas.

Ontem (10), o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, pediu à União Africana para organizar, o mais rápido possível, a força de interposição africana e considerou que a situação no país piorou, apesar da presença de 3.500 soldados de países africanos e de 1.600 soldados franceses.

*Com informações da Agência Lusa

Três ministros que fazem parte do gabinete do premiê da Turquia, Recep Erdogan, renunciaram nesta quarta-feira (25), em meio a um escândalo de corrupção que tem abalado o governo. O ministro da Economia, Zafer Caglayan, e o ministro do Interior, Muammer Guler, entregaram suas cartas de renúncia nesta manhã, segundo divulgado pela agência estatal de notícias Anadolu.

"Está muito claro que a operação iniciada em 17 de dezembro é uma armação suja contra nosso governo, nosso partido e nosso país. Eu renunciei ao meu cargo de ministro da Economia para ajudar a revelar a verdade e acabar com esse jogo feio, que envolveu meus filhos e amigos próximos", escreveu Caglayan. Já Guler disse que já tinha informado sua renúncia para Erdogan no dia 17, mas entregou a carta formalizando a saída apenas hoje. Segundo uma emissora de televisão local, o ministro de Meio Ambiente e Planejamento Urbano, Erdogan Bayraktar, também teria renunciado.

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O escândalo eclodiu na semana passada, quando a polícia encontrou US$ 4,5 milhões escondidos em caixas de sapato na casa do executivo-chefe do banco estatal Halk Bank, Suleyman Aslan. Os filhos dos ministros e outros indiciados são suspeitos de aceitarem ou facilitarem propinas. Eles foram presos e agora aguardam julgamento.

Erdogan tem dito que a investigação é uma "operação suja" que visa desestabilizar seu governo e prometeu punir as autoridades envolvidas no inquérito. Diversos graduados oficiais de polícia foram removidos de suas funções, incluindo comissários encarregados de combater o crime organizado, contrabando e atividades financeiras criminosas. O chefe de polícia de Istambul, Huseyin Capkin, também foi afastado. Fonte: Dow Jones Newswires.

O ministro da Economia do Uruguai, Fernando Lorenzo, renunciou neste sábado, em meio à investigações sobre suspeita de fraude na falência da companhia aérea nacional Pluma. O presidente uruguaio, José Mujica, não quis responder perguntas ao anunciar a renúncia do ministro. O presidente do estatal Banco República, Fernando Calloia, também está sendo acusado de participação na fraude.

A Pluna operou durante 75 anos antes de falir no ano passado, custando ao Estado milhões de dólares. Lorenzo tentou vender os ativos da companhia em um leilão onde apenas um comprador apareceu: o empresário argentino Carlos López Mena. A empresa de Mena, a Buquebus, domina as viagens entre Montevidéu e Buenos Aires.

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Um promotor quer acusar Lorenzo e Calloia por abuso de poder e o controlador privado no último ciclo de operação da Pluna, Matias Campiani, por fraude. Qualquer uma das acusações deverá ser aplicada pela Suprema Corte do Uruguai. Fonte: Associated Press.

A espanhola Telefónica afirmou nesta sexta-feira, 13, que seus dois representantes no conselho da Telecom Itália vão renunciar para evitar potenciais conflitos de interesse. César Alierta, que é o presidente da Telefónica, e Julio Liñares vão renunciar imediatamente, segundo a companhia.

A decisão ocorre em meio à crescente controvérsia sobre a função da Telefónica na Telecom Italia, onde ela é a maior acionista, mas não controladora.

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Na semana passada, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) criticou os planos da Telefónica de aumentar sua participação na empresa italiana, dizendo que isso prejudicaria a competição no mercado de telefonia móveis brasileiro. Isso porque as unidades da Telefónica e da Telecom Italia no Brasil são concorrentes. Fonte: Dow Jones Newswires.

Pouco depois que a Polícia Federal confirmou ter recebido a ordem de prisão de Pedro Henry (PP-MT), foi apresentada a carta de renúncia do deputado à mesa diretora da Câmara dos Deputados. No texto dirigido a Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), presidente da Casa, o parlamentar argumenta sua inocência e diz não querer expor a instituição mais do que já está exposta com o caso do mensalão.

Henry foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 7 anos e 2 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. "Apesar de abreviar em um ano este mandato, meu sentimento é de dever cumprido para com os Mato-grossenses", afirmou no texto.

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Na carta, o parlamentar argumentou que foi condenado apesar da ausência de provas, além de dizer que tentou provar inocência, mas teve negado o direito de duplo grau de jurisdição para garantir a defesa.

O pedido de renúncia do mandato feito pelo ex-presidente do PT José Genoino nesta terça-feira, 03, foi discutido entre integrantes da bancada da Câmara e o ex-presidente Lula e o atual presidente da legenda Rui Falcão.

Segundo o líder do PT na Casa, José Guimarães (CE), a possibilidade de Genoino deixar o mandato chegou a ser avaliada antes do encontro da Mesa Diretora realizado no início da tarde, em que se chegou a iniciar uma votação pelo abertura do processo de cassação contra o deputado.

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Questionado se tinha conversado com Lula a respeito do processo, Guimarães respondeu aos jornalistas: "Vocês acham que acontece alguma coisa no PT que o Lula e Rui não saibam?"

O vice-presidente da Câmara, André Vargas (PT-PR), disse após reunião da cúpula da Casa, que a renúncia foi combinada na véspera do encontro da Mesa. Foi ele quem apresentou a carta de Genoino com o pedido para renunciar do mandato. A iniciativa de Vargas só ocorreu quando o placar pela abertura do processo de perda de mandato configurava uma maioria dos sete integrantes da Mesa.

A renúncia nesta terça-feira, 03, do agora ex-deputado José Genoino (PT-SP) ampliou as pressões de correligionários para que sigam o mesmo caminho os deputados Valdemar Costa Neto (PR-SP), Pedro Henry (PP-MT) e João Paulo Cunha (PT-SP), também condenados à prisão no julgamento do mensalão.

A informação é de companheiros de partido dos três parlamentares e, assim como no caso de Genoino, seriam anunciadas como decisão unilateral e irrevogável no momento em que a Mesa da Câmara anunciasse a intenção de abrir o processo de cassação do mandato deles. Os dois ainda não tiveram a ordem de prisão expedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF). As assessorias dos dois parlamentares, no entanto, negaram que eles planejam a renúncia.

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João Paulo Cunha (PT-SP) deverá esperar até o ano que vem para decidir o que fazer. Ele foi condenado a nove anos e quatro meses de prisão em regime fechado por corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro, além do pagamento de R$ 360 mil em multas (valores não atualizados). João Paulo apresentou embargos infringentes para obter novo julgamento na parte relativa à lavagem de dinheiro - conforme o regimento interno do STF, em caso de quatro votos a favor, o acusado pode fazer o recurso. O advogado Alberto Toron, que defende João Paulo, trabalha com a informação de que o STF não tomará nenhuma decisão neste ano.

"A situação do deputado João Paulo só será resolvida no ano que vem. Até lá ele dispõe de tempo para organizar seus recursos e tocar sua vida de parlamentar", disse o deputado Ricardo Berzoini (PT-SP). Toron disse ao Estado que ainda não conversou com João Paulo sobre a perda do mandato e o processo na Câmara. O deputado tinha consultas médicas durante todo o dia de ontem, em São Paulo.

Desde que foram processados no escândalo do mensalão, Valdemar Costa Neto e Pedro Henry decidiram ficar de fora de todo tipo de polêmica. Eles não fazem discursos da tribuna, vão pouco às comissões as quais pertencem e não respondem a nenhuma pergunta quando abordados por repórteres. Com amigos parlamentares comentam que podem renunciar, porque enfrentar um processo de cassação do mandato é muito desgastante.

Tanto Costa Neto quanto Henry têm experiências anteriores sobre processos de cassação. Em 2005, Costa Neto, que era presidente do extinto PL (hoje PR) foi o primeiro parlamentar a renunciar ao mandato para fugir do processo de cassação pedido pela CPI dos Correios, que investigou o escândalo do mensalão. Henry, que foi líder do PP, já enfrentou processo de cassação por causa do mensalão e por causa de outro escândalo, o dos sanguessugas, quando mais de 70 parlamentares foram envolvidos com a chamada máfia das ambulâncias. Pedro Henry disse a amigos que não suportaria outro processo, pois em cada um a exposição da família é muito grande.

O líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR), afirmou que a renúncia do ex-deputado José Genoino (PT) evita o desgaste para a Câmara. "Essa renúncia já deveria ter acontecido em virtude de todo o processo de julgamento e os indicativos de condenação. Agora não temos mais o desgaste de deputado presidiário", disse.

Genoino cumpre pena, temporariamente em regime domiciliar, depois da condenação por corrupção no processo do mensalão. Bueno defendeu, no entanto, uma eventual aposentadoria do ex-deputado. "A renúncia não tem a ver com a aposentadoria. Pedir a aposentadoria é um direito legal", disse.

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Sobre os demais deputados condenados – João Paulo Cunha (PT-SP), Pedro Henry (PP-MT) e Valdemar da Costa Neto (PR-SP) –, Bueno defendeu que a Mesa Diretora declare vago o cargo deles assim que o Supremo Tribunal Federal (STF) expedir os mandados de prisão.

*Com informações da Agência Câmara

O pedido de renúncia do mandato do ex-presidente do PT José Genoino foi combinado entre os integrantes da cúpula do partido na véspera da reunião realizada nesta terça-feira (3), pelos integrantes da Mesa Diretora que discutiu a abertura de um processo de cassação do deputado.

A renúncia de Genoino foi anunciada pelo vice-presidente da Câmara, André Vargas (PT-PR), durante a reunião da Mesa antes mesmo do final da contagem dos votos. No momento do anúncio, o placar já apontava para uma maioria a favor (4 a 2) da abertura do processo contra Genoino. A Mesa é composta por sete integrantes.

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"Foi combinado desde ontem à noite. Hoje eu recebi a notícia, conversei com o deputado Genoino e ele me informou que não queria passar pelo constrangimento de uma Comissão de Ética. O único pleito que o deputado Genoino queria era não ter inscrito no seu currículo deputado cassado", disse Vargas após a reunião. "Tratava-se de uma situação absolutamente de concluir os seus 25 anos aqui como um homem honrado, que não quebrou o decoro parlamentar", concluiu. O petista também não poupou críticas ao presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e o considerou como um "militante" pela abertura do processo contra Genoino.

"Não faço julgamento de nenhum (dos demais integrantes da Mesa), só do presidente que poderia de ofício ter aguardado. Lamento muito que o presidente tenha essa postura. Na verdade, ele militou por essa causa", disparou Vargas, que no início da reunião pediu o adiamento do processo até que terminasse o prazo de licença médica de Genoino.

Condenado no processo do mensalão a seis anos e 11 meses de prisão em regime semiaberto, o petista apresentou licença médica em julho após ser submetido a cirurgia cardíaca. Desde então estava afastado das atividades na Câmara. "Henrique Eduardo Alves poderia de ofício ter acolhido esse pedido de efeito suspensivo já que o parlamentar está afastado. Não tem os seus direitos políticos mais, está temporariamente invalido e não pode se defender. Ao instaurar o processo, a Mesa estaria instaurando o processo de alguém que não pode se defender mais", afirmou Vargas.

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