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Desde a segunda-feira (13), os portugueses não são mais obrigados a usar máscara nas ruas, no momento em que avança a vacinação contra a covid. O uso obrigatório foi instituído em outubro do ano passado. O avanço da vacinação foi o principal argumento para rever a medida. Autoridades, porém, recomendam o uso em caso de aglomerações.

O país tem cerca de 80% da população com a vacinação completa e mais de 85% vacinados com pelo menos uma dose. Portugal, com 10 milhões de habitantes, somou pouco mais de 1 milhão de casos positivos e 17.866 mortes por covid-19 desde o início da pandemia. (Com agências internacionais)

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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em uma revisão que mostra a gravidade do surto de covid no Peru, o governo aumentou nesta segunda-feira (31) o número oficial de mortos pela pandemia de 69 mil para 180 mil. A alteração, segundo Violeta Bermúdez, presidente do Conselho de Ministros, ocorreu depois que o governo recebeu a recomendação do grupo técnico composto por especialistas peruanos e organizações internacionais. O balanço oficial anterior era de 69.342 mortos até domingo.

Com o número anterior de mortos, o Peru era o país que tinha a 13.ª maior taxa de mortalidade mundial, com 2.103 mortes por milhão de habitantes, segundo contagem elaborada pela France Presse com cifras oficiais. Com a atualização, os peruanos passam a ser o país com maior taxa de mortalidade do mundo, com 5.484 mortes por milhão de habitantes, bem à frente das 3.077 mortes do segundo colocado, a Hungria.

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Com 33 milhões de habitantes, o Peru registra mais de 1,9 milhão de infecções e tem sido um dos países mais afetados da América Latina pela pandemia, que superlotou seus hospitais e causou uma escassez aguda de oxigênio medicinal nos meses anteriores. Especialistas há muito alertavam que o verdadeiro número de mortos estava sendo subestimado nas estatísticas oficiais.

Os dados atualizados levam em conta os chamados "números de mortes em excesso", que os pesquisadores usaram no Peru e em outros países para corrigir um possível cálculo subestimado. O excesso de mortes mede o número total de óbitos em um período de tempo e o compara com o mesmo período pré-pandemia.

O grupo propôs modificar os critérios de registro de óbitos na pandemia após determinar que a metodologia atual tem duas limitações que provocam um sub-registro no número de óbitos por covid-19.

A partir de agora, o balanço registrará como casos de morte por covid-19 aqueles que atenderem a sete critérios técnicos estabelecidos, incluindo infecções confirmadas, mas também um caso provável que apresenta vínculo epidemiológico com caso confirmado. Também será considerado óbito por pandemia caso suspeito de covid-19 que apresente quadro clínico compatível com a doença.

"Graças ao trabalho desta equipe, teremos números mais exaustivos que serão muito úteis para monitorar a pandemia no Peru e tomar as medidas adequadas para a enfrentá-la", disse Bermúdez.

O Peru, que enfrenta a segunda onda da pandemia, desde dezembro, começou a vacinação em 9 de fevereiro, mas a campanha avançou lentamente. Vários políticos e personalidades influentes foram flagrados furando a fila de imunização. Até agora, o programa de vacinação atingiu apenas 5% da população adulta. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) emitiu uma nota, nesta semana, anunciando que fez uma revisão das imagens das redações dos alunos que realizaram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020. De acordo com o texto, todas as redações foram revistas pelo Consórcio Cesgranrio-FGV e “não há inconsistências nas notas disponibilizadas na Página do Participante”.

A revisão, segundo o Inep, aconteceu entre os dia 1º e 4 de abril. Ao detalhar o método que usaram, o Instituto disse que “a folha de redação do Enem é personalizada e possui um código de barras atribuído individualmente a cada participante”.

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De acordo com a nota, “a verificação realizada pela FGV em toda a base de imagens de redações, confrontando o nome do participante extraído a partir da leitura dos códigos de barra com o nome impresso na folha de redação, não apresentou inconsistências”.  Além disso, “novas amostras das reclamações em redes sociais e veículos de imprensa também foram verificadas em casos pontuais e não foi identificada qualquer divergência”.

Veja a nota na íntegra:

Nota de esclarecimento | Verificação das folhas de redação do Enem 2020

Em respeito a todos os participantes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020 e reforçando seu compromisso com a integridade e seriedade do exame, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) esclarece que solicitou ao Consórcio Cesgranrio-FGV, contratado para operacionalização do exame, nova averiguação de 100% das imagens de redações do Enem 2020 e reitera que não há inconsistências nas notas disponibilizadas na Página do Participante.

Durante todo o feriado e fim de semana recentes, entre 1º e 4 de abril, foram feitas novas verificações e, após análise realizada em toda a base de imagens de redações, confrontando o nome do participante com os códigos de barra impressos nas folhas de redação, não foram identificadas inconsistências e as notas apresentadas na Página do Participante correspondem à realidade da nota atribuída pelos corretores dos textos.

A folha de redação do Enem é personalizada e possui um código de barras atribuído individualmente a cada participante. Também são impressas nela outras informações pessoais vinculadas ao participante, como nome completo, número de inscrição no exame, CPF e data de nascimento. A partir disso, a Fundação Getulio Vargas (FGV), membro do consórcio aplicador responsável por operacionalizar as correções das redações do Enem, revisou a totalidade das imagens digitalizadas pela operação reversa do Consórcio Cesgranrio-FGV, contratado para operacionalização do Enem. A verificação ocorreu da seguinte forma:

1.     Importação da imagem na aplicação do robô de verificação;

2.     Identificação e separação da folha de redação de cada participante;

3.     Leitura do número de inscrição, presente no código de barras impresso em cada folha, realizada por meio do reconhecimento óptico de código de barras (BCR);

4.     Identificação do nome do participante impresso na folha de redação, realizada por meio do reconhecimento óptico de caracteres (OCR);

5.     Execução de pesquisa de dados do participante na base oficial de inscritos, a partir da inscrição obtida com o resultado da leitura do código de barras;

6.     Comparação do nome obtido a partir de pesquisa realizada na base de inscritos, com o nome existente na folha de redação. 

Dessa forma, a verificação realizada pela FGV em toda a base de imagens de redações, confrontando o nome do participante extraído a partir da leitura dos códigos de barra com o nome impresso na folha de redação, não apresentou inconsistências. Novas amostras das reclamações em redes sociais e veículos de imprensa também foram verificadas em casos pontuais e não foi identificada qualquer divergência. 

O Inep aproveita para reforçar que o processo de correção das redações do Enem é acompanhado em todas as suas etapas e segue rigorosamente os critérios estabelecidos pelo Instituto. Os textos dos participantes, transcritos na folha de redação, podem passar por até quatro correções para o cálculo da média final. Os corretores de redação são selecionados em um processo rigoroso e capacitados pelo consórcio aplicador. Destaca-se que os profissionais selecionados para o processo de correção atendem critérios de formação inicial (graduação em Letras e Linguística) e continuada (exigência mínima de mestrado para as funções de supervisores e subcoordenadores), além da experiência comprovada em coordenação de correção de produção textual em avaliação educacional, exames ou concursos.

Damares Alves, ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, gravou vídeo de quatro minutos nesta terça (2) para responder às críticas que vem sofrendo sobre a portaria Nº 457, publicada no último dia 11 e que tem como objetivo rever as políticas de Direitos Humanos adotadas pelo Governo Federal. Um dos pontos mais polêmicos é a reavaliação do Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3), que institui diretrizes sobre o tema. As contestações ocorrem devido ao grupo de trabalho, instituído pela ministra, não ter nenhum representante da sociedade civil.

Na gravação desta terça, Damares confirma que o grupo será formado apenas por integrantes do governo, mas garante que o processo de revisão das políticas contará com ampla participação popular e que está sendo estudado o 'mecanismo' que permitirá o acesso 'de todos' no processo. Sobre o PNDH-3, ela sustenta que a população não foi devidamente consultada: "Quantos de vocês participaram da construção do PNDH-3?", pergunta a ministra. Ela atribui as críticas a 'ex-ministros' e à 'esquerda', que 'já deixou o poder e disse que nós vamos mexer e vamos modificar o PNDH-3'.

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Na sequência, ela argumenta que o decreto que instituiu o programa é de 2009 e que, portanto, já há tempo suficiente para a sua revisão. "Muita coisa mudou em 11 anos, hoje em dia existem violações de Direitos Humanos que não existiam antes", diz. A ministra também insinua que nem todas as metas estipuladas no programa são possíveis de ser realizadas. "Vocês já leram o PNDH-3?", questiona. Em resposta, ela orienta que as pessoas leiam o decreto, mas não informa quais dispositivos, metas ou objetivos pretende rever e o que considera inviável de executar. "Leiam os objetivos e as metas que estão no PNDH-3. É só isso que a gente quer, fazer uma avaliação", afirma.

O PNDH-3 institui diretrizes sobre como devem ser encaradas as políticas públicas adotadas pelo governo, em observância às garantias dos Direitos Humanos. Dessa forma, em relação à segurança pública, por exemplo, se institui como objetivos a democratização e modernização da segurança; transparência e participação popular no sistema de segurança e justiça criminal, além de prevenção da violência e criminalidade, mediante profissionalização da investigação de atos criminosos. O programa ainda versa sobre outros eixos de atuação como educação, desenvolvimento social e combate à desigualdade.

PCdoB ENTRA COM AÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL

O PCdoB contestou a portaria de Damares Alves no Supremo Tribunal Federal. O partido deu entrada em uma Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental, com objetivo de anular o texto da portaria. A sigla argumenta que o processo de revisão das políticas públicas voltadas para os Direitos Humanos deve contar com representantes da sociedade civil e pondera que o dispositivo publicado pelo ministério comandado por Damares viola os princípios consitucionais da participação social; e da promoção de políticas públicas voltadas à construção de uma sociedade livre, justa e solidária, sem preconceitos de todo tipo e livre de quaisquer formas de discriminação. Além disso, questiona-se a necessidade, conveniência e o momento de alteração das políticas públicas então existentes.

O partido argumenta que a revisão das políticas públicas de direitos humanos não pode acontecer como mero expediente da pasta, a portas fechadas, e que exige o debate com a sociedade. "Não resulta da singela criação de um grupo de trabalho, que poderia transparecer um ato administrativo cotidiano, mas sim da possibilidade concreta de que a avaliação de políticas de direitos humanos e dos programas a elas pertinentes possam se dar sem participação da sociedade civil, em sua diversidade e multiplicidade, violando a perspectiva democrática que transcende a linha programática de um governo e alcança os grandes comandos de origem constitucional nessa matéria", diz a ADF.

No próximo sábado (27), a partir das 9h, a Faculdade UNINASSAU Belém dará continuidade ao projeto “Foca no concurso”. Nesta edição, foram organizadas revisões para o certame da Polícia Militar do Estado do Pará (PM), a ser realizado no dia seguinte (28). A programação é gratuita, aberta ao público, via plataforma Microsoft Teams, com inscrições pelo site https://extensao.uninassau.edu.br.

O "Foca no Concurso" é um projeto de extensão organizado pelo curso de Direito da unidade Quintino Bocaiúva. Em geral, ocorre uma vez por mês e prevê a resolução de questões das principais disciplinas na área do Direito Público cobradas nos últimos concursos. Para este certame, as revisões ficaram da seguinte forma: Direito constitucional, com o prof. Alberto Papaleo; Língua Portuguesa, com a prof. Ana Carvalho; Direito Administrativo, com o Prof. Pedro Sarraf; e Direito Penal e Processual Penal Militar, com o prof. Ivanildo Alves.

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De acordo com a coordenadora do curso de Direito da UNINASSAU Belém, Bárbara Feio, a iniciativa é uma oportunidade para os concurseiros garantirem uma preparação qualificada. “As aulas são ministradas pelos nossos docentes, que selecionam os principais conteúdos e questões cobrados nos concursos. O nosso empenho é levar esta preparação de qualidade aos candidatos”, finaliza.

*Da assessoria de imprensa

Terminam, no domingo (14), as inscrições para selecionar professores interessados em elaborar e revisar itens do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituição de Educação Superior Estrangeira (Revalida). As candidaturas devem ser feitas pelo Sistema BNI.

A seleção é destinada à elaboração e revisão de itens que abordam conteúdos referentes à medicina para compor o Banco Nacional de Itens (BNI). Os candidatos deverão escolher, no ato da inscrição, uma das seguintes áreas: clínica médica, cirurgia geral, pediatria, ginecologia e obstetrícia, medicina de família e comunidade/saúde coletiva.

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Para participar, os docentes precisam atender alguns requisitos básicos, como ter diploma de conclusão de curso de graduação de nível superior registrado por instituição de ensino credenciada pelo poder público competente, exercer ou ter exercido atividade docente nos últimos 24 meses, no curso de graduação em medicina, entre outros listados no edital.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão responsável pela aplicação do exame, reforça que os professores inscritos que não comprovarem as informações declaradas terão a candidatura cancelada e não poderão participar de qualquer processo de seleção ou de outras chamadas públicas do Inep pelo período de dois anos. Veja mais detalhes através do edital.

Nesta sexta-feira (22), o LeiaJá e o Vai Cair No Enem realizam mais uma live para auxiliar os estudantes que estão se preparando para o segundo dia de provas impressas do Exame Nacional do Ensino Médio 2020. Às 20h, os estudantes poderão conferir a transmissão exclusiva no youtube.com/vaicairnonem e Instagram @vaicairnoenem.

O professor Valter Jr. preparou uma aula de revisão sobre conceitos de massa e matéria, termoquímica e reações orgânicas. Já os docentes André Luiz e Leandro Gomes trarão dicas sobre ecologia, citologia e programa de saúde.

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No próximo domingo, os candidatos do Enem enfrentarão questões de Ciências da Natureza e a tão esperada prova de matemática. No dia 17 deste mês, eles responderam questões de Ciências Humanas, Linguagens e redação.

A Câmara dos Deputados promove às 11 horas uma reunião virtual para instalar a Comissão de Juristas que estudará o aperfeiçoamento das leis de combate ao racismo estrutural e institucional no Brasil.

O evento ocorrerá por meio da plataforma Zoom e será transmitido pelos veículos de comunicação da Câmara e pelas redes sociais da instituição.

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A comissão foi criada em dezembro do ano passado, conta com 20 membros e tem como presidente o ministro Benedito Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O relator é o advogado e professor Silvio de Almeida, autor do livro "Racismo estrutural".

*Da Agência Câmara de Notícias

Nesta quinta-feira (14), o Vai Cair no Enem e o LeiaJá realizam uma live para auxiliar a revisão dos estudantes que farão o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020 nos próximos dias 17 e 24 de janeiro, quando serão aplicadas as provas de redação, Linguagens e Ciências Humanas. 

A partir das 20h, os professores de geografia e atualidades Benedito Serafim e de português Felipe Rodrigues estarão ao vivo no YouTube do Vai Cair no Enem dando dicas sobre o texto da redação e abordando a guerra comercial entre os Estados Unidos e a China. O público também poderá acompanhar a transmissão através do Instagram @vaicairnoenem

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LeiaJá também

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No dia 22 de janeiro será realizado o aulão gratuito “48 Horas”. A iniciativa tem o objetivo de revisar assuntos de matemática 48 horas antes da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020. Para participar e receber o material, é necessário que os interessados se inscrevam pela internet.

Os estudantes irão realizar a prova de matemática no segundo dia de aplicação do Enem 2020, marcado para 24 de janeiro. O aulão conta com explicações dadas pelos professores Ricardo Berardo e Marconi Sousa. A transmissão será realizada por meio do canal no YouTube dos professores.

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Ele ainda acrescenta que o aulão também é pensado pra aqueles alunos que mesmo estudando ficam com receio, ansiedade e medo. “48h antes do Enem selecionamos os assuntos que você sabe que vai abrir a prova domingo e vai encontrar. Não tem achismo, meio termo e nem propaganda”, comenta Ricardo Berardo.

O senador Paulo Paim (PT-RS) apresentou  um projeto para alterar a revisão da Lei de Cotas, que garante a reserva de vagas para negros, indígenas, pessoas com deficiência, alunos de baixa renda e estudantes de escolas públicas em universidades públicas e institutos federais (PL 4.656/2020).

Sancionada em 2012, a lei deve ser reavaliada após dez anos de execução, em 2022. De acordo com Paim, a revisão poderá concluir que a política de cotas não será mais necessária, caso os percentuais de participação de alunos pretos e pardos nas instituições federais alcancem a proporção respectiva dessas raças na população da unidade da Federação em que vivam. O mesmo critério valerá para as cotas de indígenas e pessoas com deficiência.

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A extinção das cotas, diz o senador, significaria um "um pesado golpe nas camadas mais necessitadas e discriminadas da população", ainda que alguns estados já tenham se aproximado da participação dos setores beneficiados no ensino superior em relação à população total. Paim lembra que a miséria e a desigualdade voltaram a crescer a partir de 2016. Para ele, enquanto não forem adotadas novas políticas para melhorar a qualidade do ensino nos níveis fundamental e médio e para reduzir a desigualdade social as cotas devem ser mantidas.

O projeto prevê que, em vez da revisão única prevista para 2022, a lei seja sempre reavaliada a cada 10 anos. Caso se verifique que em determinada unidade da Federação o preenchimento das vagas pelos setores beneficiados está abaixo do percentual de cada grupo no total da população, a cota é automaticamente renovada por mais dez anos. Se o preenchimento das vagas igualar ou superar esse percentual, a política será mantida por pelo menos mais cinco anos. E se após a suspensão da política a participação dos setores beneficiados cair, a aplicação das cotas é retomada.

Instituições particulares

O projeto também propõe que as cotas sejam aplicadas aos processos seletivos em todos os cursos de graduação de instituições particulares. Hoje, a política de cotas só beneficia estudantes que ingressam em faculdades particulares com bolsa do Programa Universidade para Todos (Prouni).

Para facilitar o controle do cumprimento da lei, a proposta prevê ainda que o estudante informe sua raça no ato da matrícula.

Segundo Paim, as políticas de cotas têm alcançado resultados positivos não só no Brasil, mas também na Índia, nos Estados Unidos e na África do Sul, entre outros países. "Sem elas, a desigualdade se torna ainda mais aguda. Sua presença contribui para a redução da desigualdade, e o acesso à educação é uma das mais importantes formas de promover a inclusão social e econômica dos menos favorecidos", afirma na justificativa.

O senador lembra que as políticas afirmativas começaram a ser adotadas no Brasil a partir de 2003. A Universidade de Brasília (UnB) foi a primeira do país a estabelecer o sistema. Paim cita um estudo dos economistas Renato Vieira e Mary Paula Arends-Kuenning, da Universidade de Illinois, em Chicago, segundo o qual os programas de ação afirmativa adotados no Brasil nos anos 2000 foram eficazes para aumentar a matrícula de estudantes de grupos desfavorecidos em universidades públicas, especialmente em programas altamente competitivos. O aumento significativo no número de matrículas de negros só foi observado em universidades que adotaram critérios raciais explícitos em seus programas, de acordo com a pesquisa. E mais: o desempenho dos cotistas nas universidades avaliadas foi semelhante ao de alunos não cotistas, desmontando o falso argumento de que a Lei de Cotas promoveria o “rebaixamento” da qualidade dos profissionais egressos do sistema de ensino.

*Da Agência Senado

O Ministério da Saúde alterou a portaria que obrigava médicos e profissionais de saúde a notificarem para a polícia quando atendiam vítimas de estupro que queriam realizar aborto legal. A mudança ocorre após críticas de especialistas e pressão de parlamentares, que ameaçavam derrubar a norma no Congresso. Um grupo de senadores se reuniu na semana passada com o ministro Eduardo Pazuello para cobrá-lo do assunto.

Pela nova redação, publicada na edição desta quinta-feira (24), do Diário Oficial da União, a portaria ainda prevê que médicos comuniquem as autoridades policiais, mas sem a palavra "obrigatória", que constava na primeira versão da norma. A medida é recomendada nos "casos em que houver indícios ou confirmação do crime de estupro".

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Outra alteração ocorreu no trecho que determinava que os profissionais de saúde deveriam "informar acerca da possibilidade de visualização do feto ou embrião por meio de ultrassonografia, caso a gestante deseje, e essa deverá proferir expressamente sua concordância, de forma documentada". Esta parte foi totalmente suprimida na nova versão da portaria.

Para especialistas, a regra representava uma forma de "maus-tratos" às vítimas de estupro e tinha o objetivo de convencê-las a não realizar o aborto legal. "É o uso de tecnologia médica para assustá-las: a oferta de visualizar o embrião ou feto não é para cuidar da vítima, mas para ideologizar o aborto", afirmou à época a professora da Universidade de Brasília e pesquisadora do Instituto Anis de Bioética, a antropóloga Debora Diniz.

A interrupção da gravidez é permitida em três situações: quando a mesma é resultado de violência sexual, se não há outro meio de salvar a vida da gestante e em casos de fetos com anencefalia.

No início do mês, as Defensorias Públicas de São Paulo, da União (DPU) e outras dez Defensorias estaduais ajuizaram ação civil pública pedindo a revogação da portaria. "As meninas, adolescentes e mulheres já encontram muitos obstáculos para conseguir acessar o direito à interrupção legal que está previsto desde o Código Penal de 1940. Quando a portaria traz etapas procedimentais que não têm embasamento em evidências científicas, o direito à intimidade e à confidencialidade é ferido", diz nota da defensora pública Paula Sant'Anna Machado de Souza, coordenadora do Núcleo Especializado de Promoção e Defesa dos Direitos das Mulheres (Nudem) da Defensoria paulista.

Na reunião com parlamentares na semana passada, realizada a portas fechadas, senadores afirmaram que Pazuello havia sinalizado que faria as alterações. O documento chegou a ser classificado como "completamente ilegal" pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). O senador Humberto Costa (PT-PE) apresentou projeto de decreto legislativo para suspender a norma.

O Ministério da Infraestrutura reuniu 116 portarias, resoluções e instruções normativas que vão passar por um processo de revisão e consolidação até novembro do próximo ano. O "revisaço" faz parte de um programa do governo que abrange todos os ministérios. Desenhado desde o ano passado e instituído por decreto, o projeto tem como meta melhorar a qualidade do ambiente de negócios ao simplificar o emaranhado de regras presente nesses instrumentos.

Também se tornou um dos braços do Pró-Brasil, programa de infraestrutura em elaboração pelo governo.

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Segundo apurou o Estadão/Broadcast, a principal meta da Infraestrutura com essas revisões é consolidar as regras - e não necessariamente fazer alterações de mérito. A pasta avalia que, para alguns casos, mudanças no escopo podem se tornar uma opção, mas isso vai depender do andamento e da conclusão dos trabalhos.

Além das 116 instruções editadas pela pasta, o ministério também vai supervisionar a revisão e consolidação de normativos do Conselho Nacional de Trânsito e do Departamento Nacional de Trânsito. O ministério ainda vai monitorar as análises das resoluções das agências de Aviação Civil, de Transportes Terrestres e Aquaviários, além do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes.

A revisão das normas regulatórias, no entanto, são tocadas pelas agências. Para esses casos, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, já afirmou que a intenção é tornar a regulação mais fácil, além de eliminar regras que possam ser intervencionistas.

O ministério publicou uma portaria com o cronograma e os procedimentos dos trabalhos, que vão envolver as Secretarias de Aviação, de Portos, de Transportes Terrestres, de Fomento, Planejamento e Parcerias e a subsecretaria de Planejamento, Orçamento e Administração. Uma outra portaria deve ser divulgada em breve com a atualização desse cronograma (a redação atual fala em agosto, e não novembro).

Segundo a portaria, os funcionários envolvidos na tarefa deverão elaborar uma minuta de ato normativo e encaminhar à secretária executiva quando concluírem que as normas revisadas devam ser revogadas, consolidadas ou alteradas, junto de uma avaliação técnica para embasar o entendimento. Se apontarem que os atos em vigor são adequados, também devem elaborar uma nota técnica para justificar essa conclusão.

As análises vão ocorrer em cinco etapas, por eixos temáticos. A primeira deve ser concluída até 30 de novembro e, a última, no mesmo período em 2021. Entre os temas estão regulação de transporte ferroviário, concessão rodoviária, infraestrutura rodoviária, tarifas aeroportuárias, outorgas aeroportuárias, autorização de terminais portuários privados, planejamento portuário, aviação regional, e fundos de investimento. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, avalia que será possível aprovar as mudanças legais para a implementação do novo programa de assistência social para a população carente, o chamado Renda Brasil, ainda neste ano. Algumas revisões de benefícios, porém, como a do abono salarial, dependem de alteração na Constituição - ou seja, têm de passar pelo Congresso e precisam do apoio de 308 deputados e 49 senadores, em dois turnos de votação.

Para tirar o novo programa do papel e ampliar as transferências à população, a estratégia da equipe econômica é acabar ou reformular os programas considerados ineficientes, como foco no lado das despesas. A medida permitiria conciliar a demanda política por programas de transferência de renda com a manutenção do teto de gastos - regra constitucional que limita o avanço das despesas à inflação.

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Reversão de desonerações tributárias concedidas no passado e que beneficiariam os mais ricos estão sendo analisadas dentro do contexto da reforma tributária, mas não resolvem o problema do limite para gastos, uma vez que o efeito seria apenas um incremento nas receitas.

Com o objetivo de garantir o espaço fiscal, a área econômica conta com uma solução política para impedir a ampliação do alcance do Benefício de Prestação Continuada (BPC), aprovada pelo Congresso e que pode custar R$ 20 bilhões ao ano. O BPC é pago a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda, e um número elevado de concessões é obtido pela via judicial. Medidas para diminuir a judicialização estão sendo elaboradas pela Secretaria de Previdência.

No ano passado, a ideia do governo era ampliar em R$ 4,5 bilhões o Bolsa Família, que foi encolhendo nos últimos anos com a ausência de correção no valor dos benefícios pela inflação, eliminação de beneficiários e atrasos gigantes nas filas de pedidos. A pandemia da covid-19, que vai aumentar a população miserável do País, mudou o tom do governo, que agora fala num programa robusto para suceder o auxílio emergencial.

Congresso

Guedes e sua equipe querem se antecipar no debate para não serem surpreendidos com propostas do Congresso que, na avaliação do governo, poderiam colocar em risco o teto de gastos. A concessão de uma renda mínima, de pelo menos R$ 100 por pessoa, ganha cada vez mais adeptos e apoiadores, não só na oposição, como mostrou o Estadão. O governo tem avaliado que o mais adequado no Brasil seria uma "política focalizada", que permita atender a famílias realmente necessitadas.

Com o avanço do debate no Congresso para a criação de um programa de renda básica, um grupo de 45 deputados de vários partidos apresentou ontem projeto de lei para ampliar o auxílio emergencial de R$ 600 em mais seis parcelas. O projeto também faz ajustes na concessão, entre elas, a fixação de prazo de dez dias para análise dos requerimentos do pedido e dos recursos.

Na avaliação do presidente da Rede Brasileira de Renda Básica, Leandro Ferreira, é possível dobrar os recursos do Bolsa Família. "O dobro do Bolsa não é tanto mais assim, a ponto de exceder o teto de gasto, mas seria preciso, nesse movimento, ter um mínimo de aperfeiçoamento de distribuição das transferências e um entendimento com o Congresso Nacional, para incluir os gastos tributários, como deduções por dependente do Imposto de Renda, para esse fim, sem prejudicar o teto de gastos."

Ex-partido do presidente Jair Bolsonaro, o PSL vai ganhar R$ 5,7 milhões a mais do fundo eleitoral após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) revisar a distribuição dos R$ 2 bilhões de recursos públicos destinados ao financiamento das campanhas deste ano. A legenda segue no posto de segunda com mais recursos do fundo, com um valor atualizado de R$ 199,4 milhões, atrás apenas do PT, que vai receber agora R$ 201,3 milhões. No caso dos petistas, o repasse aumentou apenas R$ 371 mil com os novos cálculos de repartição.

Por outro lado, o PSD - partido do ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab e do novo ministro das Comunicações, Fábio Faria - foi a sigla que mais perdeu com a mudança nos cálculos, vendo sua fatia do fundo passar de R$ 157,1 milhões para R$ 138,8 milhões, um encolhimento de 18,3 milhões.

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O ranking dos que tiveram "prejuízo" com o recálculo é seguido por Podemos, Pros e MDB, que deixarão de receber R$ 10,68 milhões, R$ 7,47 milhões e R$ 6,6 milhões, respectivamente. Agora, o repasse para esses três partidos será da ordem de R$ 77,96 milhões para o Podemos, R$ 37,18 milhões para o Pros e R$ 148,2 milhões no caso dos emedebistas.

Já a lista dos que saíram ganhando é liderado pelo PTB, que vai receber R$ 11,55 milhões a mais com a revisão dos repasses do Fundo Eleitoral, seguido por Rede (R$ 8 milhões), Patriota (R$ 7,6 milhões) e Democratas (R$ 6,2 milhões). Agora, o PTB vai ganhar R$ 46,6 milhões e a Rede, R$ 28,4 milhões. O repasse do fundo eleitoral para o Patriota e o DEM passa a ser de 35,1 milhões e R$ 120,8 milhões.

Criado pelo Congresso como alternativa à proibição do financiamento eleitoral por empresas, o fundo será utilizado para custear as campanhas políticas pela segunda vez.

Com a indefinição sobre o calendário eleitoral por causa da pandemia do novo coronavírus, o TSE chegou a ser questionado se o dinheiro poderia ser disponibilizado já às siglas, para que fosse aplicado financeiramente, até a definição das eleições. A provocação, feita por um assessor parlamentar por e-mail, ficou sem resposta até hoje.

Recálculo

Na última terça-feira, o TSE decidiu recalcular o fatiamento do fundo, após partidos questionarem a Corte Eleitoral sobre um dos critérios utilizados na divisão dos recursos - a bancada de senadores de cada sigla. Antes, o TSE havia dividido o fundo eleitoral considerando o número de senadores que cada partido mantinha atualmente.

O mandato de senador é de oito anos. Agora, no caso dos senadores que já estão na reta final do mandato, o TSE vai levar em conta em qual partido se encontravam no primeiro quadriênio de seus mandatos. Para aqueles que ainda estão no começo do mandato, o TSE vai considerar as legendas pelas quais os senadores foram eleitos em 2018.

A lei prevê que 15% dos recursos do fundo devem ser divididos entre os partidos na proporção do número de representantes no Senado. Na prática, cada senador representa cerca de R$ 3,7 milhões para os cofres de cada partido.

No caso do PSDB, por exemplo, o TSE havia considerado inicialmente sete senadores, mas, com o novo cálculo, levou em conta oito, incluindo a cadeira de Antonio Anastasia (MG). Anastasia se filiou neste ano ao PSD, mas como integrou o PSDB na primeira metade do mandato, o TSE vai considerar a sua vaga ao definir os recursos que serão destinados aos candidatos tucanos.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu, na noite desta terça-feira (16), revisar o cálculo da divisão dos recursos do Fundo Eleitoral, cuja cifra para 2020 é de R$ 2,034 bilhões. Criado pelo Congresso como alternativa à proibição do financiamento eleitoral por empresas, o fundo será utilizado para custear as campanhas políticas pela segunda vez.

O recálculo da divisão do fundo será feito após partidos questionarem a Corte Eleitoral sobre um dos critérios utilizados na definição do fatiamento dos recursos - a bancada de senadores de cada partido. Antes, o TSE havia dividido o Fundo Eleitoral considerando o número de senadores que cada partido mantinha atualmente.

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O mandato de senador é de oito anos. Agora, no caso dos senadores que já estão na reta final do mandato, o TSE vai levar em conta em qual partido se encontravam no primeiro quadriênio de seus mandatos. Para aqueles que ainda estão no começo do mandato, o TSE vai considerar as legendas pelas quais os senadores foram eleitos em 2018.

A lei prevê que 15% dos recursos do Fundo Eleitoral devem ser divididos entre os partidos na proporção do número de representantes no Senado. Na prática, cada senador representa cerca de R$ 3,7 milhões para os cofres de cada partido.

O novo entendimento da Corte Eleitoral deve beneficiar PSDB, PTB, Solidariedade, Rede, PDT e Patriota, segundo fontes que acompanham as discussões.

No caso do PSDB, por exemplo, o TSE havia considerado inicialmente sete senadores, mas com o recálculo, vai levar em conta oito, incluindo a cadeira de Antonio Anastasia (MG). Anastasia se filiou neste ano ao PSD, mas como integrou o PSDB na primeira metade do mandato, o TSE vai considerar a sua vaga ao definir os recursos que serão destinados aos candidatos tucanos.

O Solidariedade, por sua vez, terá direito ao equivalente a vaga de um senador, mesmo sem contar atualmente com nenhuma representação na Casa. Isso porque o senador Eduardo Gomes (TO) foi eleito pelo partido nas eleições de 2018. Depois, deixou a legenda e migrou para o MDB.

A demolição de monumentos confederados e das estátuas de Cristóvão Colombo é uma expressão da força com a qual os americanos estão enfrentando seu passado racista após a morte de George Floyd.

"Parece que chegamos a um ponto de virada no relato de quem somos como povo americano", disse David Farber, professor de história da Universidade do Kansas.

"Estamos vendo dezenas de milhões, senão centenas de milhões, de americanos fazendo perguntas fundamentais sobre o que fazemos com os aspectos desagradáveis e, sejamos francos, até imorais, do nosso passado".

O assassinato em 25 de maio do afro-americano George Floyd por um policial branco em Minneapolis provocou uma onda de protestos exigindo justiça e uma reforma da polícia.

Mas a morte desse homem de 46 anos também levou a um questionamento do passado.

Em várias cidades dos Estados Unidos, os manifestantes concentraram sua raiva nos monumentos erguidos em memória de generais e políticos pró-escravidão do sul durante a Guerra Civil.

Em Richmond, por exemplo, derrubaram uma estátua de Jefferson Davis, o presidente confederado durante o conflito que ocorreu entre 1861 e 1865.

"Os símbolos da Confederação são, acredito, os mais polarizadores desses monumentos. Mas o fenômeno está se espalhando pelos Estados Unidos", disse Farber.

"Em Nova York, as estátuas de Colombo foram derrubadas. No Novo México, uma do conquistador considerado um genocida dos povos indígenas foi retirada", apontou o historiador.

"Há escolas do ensino médio em todo o país com o nome de John Calhoun", um ex-vice-presidente que foi um defensor declarado da escravidão.

"Protesto público"

Farber observou que o debate sobre os memoriais confederados não é exatamente novo.

Os manifestantes pelos direitos civis das décadas de 1950 e 1960 denunciaram o fato de estarem "marchando por ruas com os nomes de racistas e supremacistas brancos".

Os esforços para remover os monumentos confederados ganharam força depois que um supremacista branco matou nove afro-americanos em uma igreja em Charleston, Carolina do Sul, em 2015.

"O ritmo agora está aumentando por causa dos protestos", disse Andra Gillespie, professora associada de ciências políticas da Universidade de Emory.

"Acho que muitas de nossas suposições estão sendo reexaminadas e as várias maneiras pelas quais a história afetou os afro-americanos estão sendo questionadas", disse Gillespie.

"Este é um momento em que o foco está no racismo anti-negro, mas não exclui outras formas de opressão racial".

Laura Edwards, professora de história da Universidade Duke, disse que há uma percepção maior de que "esses símbolos têm significado político e são problemáticos".

"Hoje é mais complicado falar de herança, por exemplo", disse Edwards, referindo-se a um argumento frequentemente usado pelos opositores à eliminação dos símbolos confederados, para quem demolir esses monumentos seria apagar parte da orgulhosa história do sul.

Edwards disse que ficou "impressionado" com o fato de a franquia de carros de corrida NASCAR ter proibido a exibição da bandeira confederada em seus eventos.

"Os símbolos associados à supremacia branca e à Confederação faziam parte dessa marca".

"Amplo ajuste de contas"

A derrubada de estátuas de confederados e de Colombo está "intimamente relacionada", disse Edwards, já que ambos representam a "colonização violenta dos Estados Unidos".

"Os europeus que vieram para cá reivindicaram um lugar que pertencia aos povos indígenas e depois se envolveram em um genocídio para eliminá-los".

Isso foi seguido pela importação de escravos da África, o que Alan Kraut, professor de história da Universidade Americana, chamou de "o pecado original que o país nunca foi capaz de superar".

"Agora estamos testemunhando uma revisão da história em resposta a um momento político", embora "essa reavaliação tenha levado tempo", disse ele.

"As estátuas já estavam sendo criticadas e removidas", mas "a morte de George Floyd serviu como catalisador" para acelerar esse processo.

Steven White, professor assistente de ciências políticas da Universidade de Syracuse, disse que as pessoas estão "vendo o racismo ao longo da história americana de maneira mais ampla".

"Um número crescente de americanos brancos está prestando mais atenção às razões de longo prazo da persistência da desigualdade racial" no país, apontou.

"Acho que a pergunta é se essas mudanças continuarão. É o começo de uma evolução realmente substancial?", concluiu.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) aprovou revisão extraordinária do contrato de concessão do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro Antônio Carlos Jobim (Galeão), em razão de frustração da receita não tarifária devido ao atraso de obras. A revisão tem o objetivo de recompor o equilíbrio econômico-financeiro. A decisão está publicada no Diário Oficial da União (DOU).

O ato diz que a recomposição do equilíbrio econômico-financeiro do contrato será realizada, após a anuência do Ministério da Infraestrutura, por meio da revisão da contribuição mensal devida pela concessionária e estabelece que a parcela da contribuição mensal devida em 2020 será deduzida pelo valor referente ao desequilíbrio verificado, o correspondente a R$ 4,511 milhões.

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"O valor a ser descontado em 2020 deverá ser atualizado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), acumulado entre dezembro de 2019 e o mês anterior ao do pagamento da contribuição mensal, e pela taxa de desconto do fluxo de caixa marginal de 6,81%, estabelecida pela Resolução nº 355, de 17 de março de 2015, proporcional ao número de meses correspondentes", cita a decisão.

O Produto Interno Bruto (PIB) da França encolheu 0,1% no quarto trimestre de 2019 ante o trimestre anterior, segundo revisão divulgada hoje pelo Insee, o instituto de estatísticas do país.

A queda, que confirmou estimativa preliminar divulgada no fim de janeiro, veio após um aumento de 0,3% no terceiro trimestre ante o segundo.

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Em 2019, o PIB da França cresceu 1,3%, desacelerando ante o ganho de 1,7% de 2018, informou o Insee.

Uma ala do Supremo Tribunal Federal (STF), mais crítica à Operação Lava Jato, pretende usar a delação do ex-governador do Rio Sérgio Cabral (MDB) para rever o atual entendimento da Corte que permite que delegados de polícia fechem acordos de colaboração premiada. A delação firmada entre Cabral e a Polícia Federal é contestada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que entrou nesta semana com um recurso no Supremo contra a homologação do acordo.

A delação, sob sigilo, envolve ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e políticos. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo apurou com uma pessoa que teve acesso ao teor da colaboração, o ex-governador do Rio aborda a indicação de magistrados a tribunais.

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As primeiras tratativas entre Cabral e a PF começaram no início de 2019, na época em que o ex-governador do Rio confessou pela primeira vez os crimes cometidos. "Meu apego a poder e dinheiro é um vício", disse, em fevereiro do ano passado. O Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro foi contra firmar colaboração premiada, posição também adotada pelo procurador-geral da República, Augusto Aras. O recurso da PGR está sob análise do relator da Lava Jato, ministro Edson Fachin. Ao contestar a homologação do acordo por Fachin, Aras alega que há "fundadas suspeitas" de que Cabral segue ocultando o dinheiro ilícito que recebeu do esquema criminoso, o que comprovaria que o acordo viola a condição de "boa-fé" exigida do delator.

Fachin pode levar o pedido da PGR contra a delação para julgamento na Segunda Turma (composta por cinco ministros) ou no plenário (formada pelos 11 integrantes da Corte). Ao menos dois colegas do relator avaliam que o ideal seria submeter o tema para exame de toda a Corte.

A controvérsia com a delação de Cabral reacendeu, nos bastidores do STF, o debate sobre a necessidade ou não de aval do MP sobre os acordos fechados pela Polícia Federal.

Um ministro do STF ouvido reservadamente pela reportagem levanta dúvidas sobre a validade do acordo do ex-governador, ressaltando a rejeição do Ministério Público. Outro ministro acredita que o tema deve ser levado a plenário, junto de outra delação polêmica: o acordo fechado pela própria PGR com os irmãos Joesley e Wesley Batista, da J&F. A Procuradoria quer a extinção dos acordos dos executivos, mas a manutenção das provas colhidas - a palavra final caberá ao plenário do STF em julgamento marcado para 17 de junho.

Autorização

Em 2018, pelo placar elástico de 10 a 1, o STF decidiu que a Polícia Federal pode fechar acordos de colaboração premiada. O único voto contrário foi justamente de Fachin. Em 2018, o STF decidiu que delegados de polícia - tanto da Federal como da Civil - podem fechar delações. No mesmo ano, por 8 votos a 3, os ministros também firmaram o entendimento de que não é obrigatório que o Ministério Público dê aval à colaboração feita com a polícia.

Em outro ponto delicado daquele julgamento, por 8 a 3, os ministros entenderam que o acordo da PF pode ser fechado mesmo sem anuência do Ministério Público. Os três votos contrários foram de Fachin, Rosa Weber e Luiz Fux.

Para o ministro Marco Aurélio Mello, no entanto, não há motivos para o plenário do Supremo retomar a discussão sobre as delações fechadas pela PF. "Decidimos há tão pouco tempo que é possível, vamos reabrir? Causa insegurança", disse. Marco Aurélio foi o relator da ação julgada em 2018 sobre as colaborações premiadas fechadas por delegados.

Um quarto ministro ouvido pelo Estado concorda com Marco Aurélio e avalia que o tema não deve ser revisitado pelo STF, já que a decisão do tribunal foi "massacrante" a favor da PF. Para esse magistrado, a insistência de Aras contra a delação de Cabral é "corporativa e institucional", no sentido de reiterar a posição de que só o Ministério Público pode fazer a delação. A defesa de Cabral informou que não vai se manifestar. 

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