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O lançamento do programa estadual Juntos pela Segurança, assinado pela governadora Raquel Lyra (PSDB), na última segunda-feira (31), levantou o debate sobre segurança pública em Pernambuco. Com investimento de mais de R$ 1 bilhão, o programa tem o maior orçamento já feito para a área de segurança no estado. A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), que aprovou o programa com certa urgência, a pedido do gabinete executivo, certamente se divide quanto à opinião. 

A líder da oposição, Dani Portela (PSOL), vê o programa com críticas, desde sua idealização. Durante sua avaliação acerca do primeiro semestre legislativo, a parlamentar já havia adiantado ao LeiaJá os problemas vistos nos bastidores, antes da aprovação do programa pela Casa.

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“Este projeto foi debatido às portas fechadas, sem qualquer consulta prévia ao Poder Legislativo ou às organizações da sociedade civil. Na ALEPE aprovamos, como um gesto de boa vontade, a autorização para realizar um empréstimo bilionário para implementar este programa que não recebemos nenhuma informação até a presente data”, afirmou. 

"Tenho absoluta certeza de que se um projeto ou programa contar com a participação popular e diálogo entre os deputados e deputadas não teremos nenhuma dificuldade de validar um projeto que seja considerado interessante para Pernambuco”, complementou Portela. 

Sinpol reage negativamente 

Ainda antes do início do lançamento do programa, realizado no Centro de Convenções, em Olinda, o Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol-PE) esteve presente com cobranças de posicionamento por parte da governadora. Ao final da cerimônia, mesmo com o anúncio de investimentos e da abertura de concursos públicos para aumentar o efetivo, o Sinpol-PE declarou que as novidades ainda foram abaixo do esperado, segundo o presidente do órgão, Rafael Cavalcanti.

“Nós esperávamos mais do projeto 'Juntos Pela Segurança'. (...) Vimos apenas a divulgação de concurso com vagas muito aquém das necessidades reais”, afirmou. 

Cavalcanti ainda declarou que vai aguardar para ver como será construído o programa, que tem previsão para ser finalizado apenas no final de setembro, e não descarta a possibilidade de greve após a passeata marcada para o dia 28 de agosto.

“Não podemos deixar o Governo empurrar nossa justa valorização com a barriga, nem permitir que continuemos com essa absurda falta de efetivo, de estrutura e, acima de tudo, de valorização salarial. Por isso que nossa passeata no dia 28 de agosto com a possibilidade de decretar uma operação padrão tem que ser extremamente forte”, finalizou. 

Presidente da Alepe aprova programa  

Por outro lado, o presidente da Alepe, Álvaro Porto (PSDB), afirma que os investimentos e anúncios feitos pela gestora são positivos, por atenderem às demandas ouvidas ainda na época da campanha eleitoral, em 2022.

“Sabemos das dificuldades que a governadora encontrou na segurança no estado. Eu mesmo, várias vezes, cobrei, na Assembleia, por mais estrutura para a Polícia Militar e para a Polícia Civil”, afirmou o parlamentar.

O que promete o Estado?

Segundo o Governo de Pernambuco, o 'Juntos pela Segurança' terá seis eixos estratégicos: prevenção à violência; cidades seguras e articulação com os municípios; polícia e defesa social; articulação com o sistema de justiça; administração prisional e, por fim, ressocialização.

A iniciativa ainda prevê articulação com municípios para atuação na prevenção e utilização da inteligência de dados para definição de metas. Desta forma, o governo irá disponibilizar dados de violência para os municípios.

O governo também projeta implantar o Ilumina Pernambuco, em parceria com a Neoenergia, para substituir 35 mil lâmpadas de iluminação pública por tecnologia LED. As lâmpadas serão instaladas nos territórios que concentram mais de 90% dos crimes violentos em Pernambuco.

Através do site juntospelaseguranca.pe.gov.br, o governo promete promover escuta sobre a segurança pública no Estado. A ideia é que a sociedade opine em relação à melhoria da segurança.

As mortes em decorrência de intervenção policial subiram 9,4% nos seis primeiros meses do ano no Estado de São Paulo. Foram 221 registros, ante 202 no mesmo período do ano passado, segundo dados divulgados nesta terça-feira, 25, pela Secretaria de Segurança Pública (SSP). Os casos foram puxados por ocorrências envolvendo agentes em serviço, que saltaram 28,57% no primeiro semestre - de 133 para 171.

A alta ocorre após período de queda por causa, entre outras medidas, da implantação das câmeras nas fardas dos policiais, que fez a letalidade policial em São Paulo chegar, no ano passado, ao menor índice para o primeiro semestre desde 2005. Sob a gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos), os índices voltam a subir em São Paulo. Procurada, a secretaria não comentou.

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Conforme as estatísticas divulgadas nesta terça-feira, das 221 mortes notificadas nos seis primeiros meses deste ano no Estado, 155 envolveram policiais militares em serviço (alta de 26% em relação ao mesmo recorte do ano passado) e 16, policiais civis também em ação (aumento de 60%).

Por outro lado, quando se leva em conta as mortes decorrentes da intervenção de agentes com folga, houve queda. Foram 50 registros nos seis primeiros meses deste ano, 27,5% a menos do que o registrado no mesmo período do último ano (69). Delas, 46 envolveram PMs e quatro, policiais civis.

No começo deste mês, o coronel Cássio Araújo de Freitas, comandante-geral da Polícia Militar de São Paulo, pediu em um vídeo publicado numa rede social da corporação para que a tropa "não hesite em utilizar a legítima defesa a seu favor". A postagem foi feita horas depois de um tenente aposentado ser morto na Grande São Paulo.

Em janeiro deste ano, dois homens suspeitos de roubo a uma residência foram mortos e outro ficou ferido durante uma perseguição das Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota), grupo de elite da PM, na Rua da Consolação, região central da cidade.

No mês seguinte, um motoboy de 22 anos foi morto a tiros por policiais, em abordagem na zona oeste da capital. Após a repercussão do episódio, o secretário de Segurança Pública do Estado, Guilherme Derrite, afirmou nas suas redes sociais, na época, que "nenhum policial que sai de casa para defender a sociedade será injustiçado".

Das 221 mortes por policiais registradas no primeiro trimestre deste ano, 104 foram na capital paulista. O número representa alta de 13% em relação ao mesmo período do ano passado (92). Puxam o aumento, assim como no Estado, as mortes decorrentes da ação de policiais em serviço, que subiram 60% no período - de 45 para 72.

A alta de mortes envolvendo policiais vai na contramão do comportamento dos assassinatos no Estado. Foram 1.395 registros de homicídio nos seis primeiros meses deste ano em São Paulo, queda de 4,9% em relação às 1.327 notificações do ano passado. É o menor patamar para o semestre em 23 anos, segundo a Secretaria de Segurança Pública.

No site da instituição, a Secretaria de Segurança Pública destacou que o trabalho das forças policiais no Estado resultou na prisão e apreensão de 95,4 mil pessoas no primeiro semestre, 8,4% a mais do que os quase 88 mil detidos em igual período do ano passado. "Em junho, o aumento das detenções foi de 2%, passando de 15.239 para 15.548", publicou a pasta.

Segundo acrescentou a secretaria, "o aumento da produtividade policial é resultado de medidas tomadas desde o começo do ano no combate à criminalidade". Uma delas, continuou, foi o reforço no policiamento ostensivo e preventivo, com 17 mil policiais a mais diariamente nas ruas do Estado.

Uso de câmeras levou a queda recorde no ano passado

No ano passado, com 202 vítimas contabilizadas entre janeiro e junho, as polícias Civil e Militar de São Paulo chegaram ao menor índice de letalidade para o primeiro semestre desde 2005, quando esta taxa era de 178.

O uso de câmeras corporais por policiais militares de São Paulo, implementado de forma gradativa há três anos, reduziu em 62,7% as mortes decorrentes da intervenção de agentes em serviço entre 2019 e 2022, segundo estudo recente divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública e pelo Unicef (fundo da ONU para a infância).

Em batalhões com a tecnologia, a queda chegou a 76,2%, mais do que o dobro da redução observada no restante da corporação (33,3%), o que mostrou de forma ainda mais destacada o impacto da medida no Estado. Praticamente a metade dos batalhões da PM de São Paulo trabalha com câmeras.

Especialistas ouvidos pelo Estadão na época afirmaram que a redução também ocorreu por causa de outras ações, como a criação, pela PM, de uma comissão para analisar ocorrências de mortes por intervenção policial, mas disseram que foi impulsionada pela adoção das câmeras corporais.

Agora, os dados apontam para uma possível reversão na tendência de queda da letalidade policial, mesmo com o uso das chamadas COPs ou bodycams. A reportagem buscou contato com a Secretaria de Segurança Pública para comentar os dados divulgados nesta terça-feira, mas ainda não obteve retorno.

O presidente Lula (PT) assinou, nesta sexta-feira (21), junto com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flavio Dino, uma série de decretos que abordam a segurança pública no país. O evento contou com a presença de outros ministros, como a da Cultura, Margareth Menezes.

Um dos termos assinados na ocasião revoga a permissão de clubes de tiros de funcionarem 24h por dia. A normativa também retira o aval de atiradores esportivos transitarem com a arma carregada ao se deslocarem para competições.

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Outro trecho do decreto transfere a responsabilidade do Exército em fiscalizar os clubes de tiro, para a Polícia Federal (PF). Os agentes federais também ficam designados de acompanhar os registros de caçadores, atiradores e colecionadores (CAC).

O decreto, certamente, incomodou a ala armamentista das lideranças políticas. O deputado estadual Coronel Feitosa (PL) comentou em suas redes sociais que o decreto impede que “pais e mães de família que,obedecendo [sic] legalmente todos os requisitos exigidos por Lei,tinham [sic] o direito a prática de tiros esportivos e a a defesa de suas vidas”.

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Durante o evento da assinatura, o ministro Flavio Dino comentou sobre a importância de retomar a fiscalização do porte e uso de armas no Brasil. “O armamentismo irresponsável fortaleceu as facções criminosas no Brasil, porque essas armas foram parar, em parte, com essas quadrilhas”, declarou.

O presidente Lula também opinou sobre o porte de armas por parte de civis. “Uma coisa é o cidadão ter arma em casa, de proteção, de garantia, porque tem gente que acha que ter arma em casa é uma segurança. Que a tenha. Mas a gente não pode permitir que haja arsenais de armas nas mãos de pessoas”, afirmou.

 

O governo da Bahia, Estado líder em número absoluto de mortes pela polícia em 2022 e segundo maior em taxa proporcional, disse nesta quinta-feira, 20, que as pessoas mortas em confrontos com os agentes são "homicidas, traficantes, estupradores, assaltantes, entre outros criminosos". Por essa razão, informou a Secretaria da Segurança local, não computa os registros junto com os dados de "morte praticada contra um inocente".

Dados divulgados nesta quinta-feira pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostrou que 1.464 pessoas morreram em confronto com a polícia baiana em 2022. O dado representa uma alta ante as 1.335 mortes registradas em 2021. A taxa no período passou de 9,5 para 10,4 por 100 mil habitantes. No País, os indicadores de letalidade policial registraram queda, de 6.524 para 6.430.

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A lei prevê que o policial que matar uma pessoa em ação de legítima defesa de si ou de terceiro não responderá a crime de homicídio desde que comprovada a necessidade de intervenção. Óbitos registrados em ocorrência são investigados pelas corregedorias das corporações e pela Polícia Civil dos Estados.

O Ministério Público, que tem prerrogativa do controle externo da atividade policial, também monitora as investigações e pode oferecer denúncia em caso de transgressão. O julgamento dos casos e de eventuais suspeitos envolvidos cabe à Justiça. A Constituição, destacam especialistas, prega a presunção de inocência.

O Fórum contabiliza o que chama de mortes violentas intencionais (MVI), cálculo que leva em consideração os casos de homicídio dolosos, latrocínios, lesões seguidas de morte e mortes decorrentes de intervenção policial. O cálculo foi alvo da crítica da secretaria baiana. A Bahia registrou 6.659 mortes violentas intencionais, queda ante os 7.069 casos de 2021. A taxa por 100 mil habitantes é de 47,1, a segunda maior do País.

"A SSP destaca ainda que não coloca o homicídio, latrocínio ou lesão dolosa seguida de morte praticado contra um inocente, na mesma contagem dos homicidas, traficantes, estupradores, assaltantes, entre outros criminosos, mortos em confrontos durante ações policiais", declarou a pasta baiana.

Sobre a letalidade policial, a pasta mencionou que "tem investido em capacitação e inteligência policial, buscando sempre atuar na proteção da sociedade". "Reforça que aqueles criminosos que atacam as forças de segurança, receberão resposta proporcional e dentro da legalidade", declarou.

Segundo a 17ª edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado na manhã desta quinta-feira (20), Pernambuco tem cinco das 50 cidades mais violentas do país. Além disso, o estado teve a quinta maior taxa de assassinatos do Brasil e a terceira da região Nordeste. 

Para chegar aos números, o fórum utilizou informações fornecidas pelas secretarias de segurança pública estaduais, Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Federal, entre outras fontes oficiais como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

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Dessa forma, o levantamento considerou a taxa de Mortes Violentas Intencionais (MVI) nas cidades brasileiras em que há mais de 100 mil habitantes. Com isso, em Pernambuco foram registradas 3.423 mortes violentas em 2022, o que interrompe uma sequência de quatro anos de redução do número de homicídios. 

Foram considerados os números de vítimas de homicídio doloso, latrocínio, lesão corporal seguida de morte e mortes decorrentes de intervenções policiais. 

O Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife (RMR), ocupa a quinta posição no ranking nacional, com taxa de 81,2 homicídios para cada 100 mil habitantes, conforme os dados de 2022. Sendo assim, o município ultrapassa a taxa média do país que é de 23,4 mortes. 

Os números sobre a cidade de Vitória de Santo Antão, na Zona da Mata Sul do estado, também chamaram atenção: 51,5 homicídios para cada 100 mil habitantes. 

Outros três municípios pernambucanos aparecem no ranking: São Lourenço da Mata (51,5), Garanhuns (44,9) e Jaboatão dos Guararapes (44,6). 

Vale ressaltar que, a alta de 1,3% vai na contramão da média nacional, que reduziu em 2,4% as mortes violentas no ano passado. 

População LGBTQIAPN+ foi a que mais sofreu violência 

Entre todos os estados, Pernambuco foi o que mais registrou episódios de violência contra pessoas LGBTQIAPN+ no Brasil. O levantamento apontou o maior número absoluto de casos de lesão corporal e de estupro. 

Ao todo, 540 vítimas sofreram com lesões corporais, 52 foram estupradas e 30 foram mortas. Com isso, Pernambuco teve o segundo maior número de assassinatos, atrás apenas do índice do Ceará, que teve 32 homicídios. 

O anuário não trouxe dados específicos sobre a população LGBTQIA+ em seis estados: Acre, Bahia, Maranhão, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo. Segundo o mapeamento, a informação não foi disponibilizada pelas unidades federativas. 

Pouco investimento em segurança 

O relatório também aponta que o estado teve um dos menores gastos per capita com segurança pública em 2022. Na prática, o estado gastou, em média, R$ 334,09 com a segurança de cada morador, assumindo o quarto menor investimento do país.  

O Amapá, na região Norte, foi a unidade federativa com maior gasto por habitante, com R$ 1.236,64. Isso equivale a quase quatro vezes o que Pernambuco investe em sua população. 

Em números absolutos, Pernambuco investiu R$ 2,81 bilhões em policiamento e R$1,38 bilhão em informação e inteligência durante o ano passado. Outros R$ 275 milhões foram destinados à defesa civil e R$ 233 milhões com demais gastos envolvendo segurança.

Os crimes de feminicídio estão em alta no País. No ano passado, segundo dados divulgados nesta quinta-feira, 20, pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o Brasil registrou 1.437 casos. O Estado com maior taxa proporcional desse tipo de crime é Rondônia, com 3,1 casos por 100 mil habitantes.

O Estado é seguido por Mato Grosso do Sul (2,9) e Acre (2,6). Entre os menos inseguros nesse aspecto estão Ceará (0,6), São Paulo (0,9) e Rio Grande do Norte (0,9). Abaixo veja a lista completa.

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Em 2015, o governo federal sancionou a Lei do Feminicídio, que transforma em crime hediondo o assassinato de mulheres decorrente de violência doméstica ou de discriminação de gênero.

Taxa de feminicídios por 100 mil habitantes em 2022

Rondônia: 3,1

Mato Grosso do Sul: 2,9

Acre: 2,6

Mato Grosso: 2,6

Amapá: 2,2

Maranhão: 2,0

Rio Grande do Sul: 2

Alagoas: 1,9

Tocantins: 1,9

Espírito Santo: 1,7

Sergipe: 1,7

Minas Gerais: 1,6

Goiás: 1,6

Pernambuco: 1,5

Bahia: 1,5

Santa Catarina: 1,5

Piauí: 1,4

Rio de Janeiro: 1,3

Paraná: 1,3

Distrito Federal: 1,3

Paraíba: 1,3

Pará: 1,2

Amazonas: 1,1

Roraima: 1

Rio Grande do Norte: 0,9

São Paulo: 0,9

Ceará: 0,6

Em número absolutos, a maior quantidade de feminicídios cometidos no ano passado ocorreu em São Paulo, com 195 vítimas, seguido por Minas (171) e Rio (111). No fim da lista estão Roraima, com três casos, Amapá, com 8, e Acre, com 11. Veja a lista completa abaixo.

Números absolutos de feminicídio em 2022, por Estado:

São Paulo: 195

Minas Gerais: 171

Rio de Janeiro: 111

Rio Grande do Sul: 110

Bahia: 107

Paraná: 77

Pernambuco: 72

Maranhão: 69

Goiás: 56

Santa Catarina: 56

Pará: 49

Mato Grosso: 47

Mato Grosso do Sul: 40

Espírito Santo: 33

Alagoas: 31

Ceará: 28

Paraíba: 26

Rondônia: 24

Piauí: 24

Amazonas: 21

Sergipe: 19

Distrito Federal: 19

Rio Grande do Norte: 16

Tocantins: 14

Acre: 11

Amapá: 8

Roraima: 3

Dados divulgados nesta quinta-feira, 20, pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostram que as polícias brasileiras mataram 6.430 pessoas ao longo do ano passado. O número é menor que os 6.524 óbitos registrados em 2021. Entre os Estados, quem registrou a maior taxa proporcional de mortes pelas polícias foi o Amapá, com 16,6 vítimas por 100 mil habitantes.

Bahia, com 10,4, e Rio, com 8,3, aparecem na sequência entre as polícias que mais matam no País. Minas (0,7), Santa Catarina (0,6) e Distrito Federal (0,5) são os Estados com menos vítimas proporcionais pelos agentes de segurança pública. Veja abaixo a lista completa.

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Taxa de mortes pela polícia por 100 mil habitantes em 2022

Amapá: 16,6

Bahia: 10,4

Rio de Janeiro: 8,3

Sergipe: 7,9

Pará: 7,7

Goiás: 7,6

Paraná: 4,2

Rio Grande do Norte: 3,2

Mato Grosso: 3,0

Amazonas: 2,5

Acre: 2,3

Tocantins: 1,7

Ceará: 1,7

Espírito Santo: 1,7

Mato Grosso do Sul: 1,6

Alagoas: 1,6

Roraima: 1,6

Maranhão: 1,4

Paraíba: 1,3

Piauí: 1,2

Rondônia: 1,1

Pernambuco: 1

Rio Grande do Sul: 1

São Paulo: 0,9

Minas Gerais: 0,7

Santa Catarina: 0,6

Distrito Federal: 0,5

Em números absolutos, a Bahia apresentou a maior quantidade de vítimas pela polícia. Foram 1.464 casos ao longo do ano passado. Rio (1.330), Pará (621) e Goiás (538) aparecem na sequência. Já Rondônia (18), Distrito Federal (15) e Roraima (10) tiveram a menor quantidade de mortes dessa natureza.

Veja a lista completa de mortes pela polícia

 

Bahia: 1.464

Rio de Janeiro: 1.330

Pará: 621

Goiás: 538

Paraná: 479

São Paulo: 419

Sergipe: 175

Ceará: 150

Minas Gerais: 148

Amapá: 122

Mato Grosso: 109

Rio Grande do Norte: 107

Rio Grande do Sul: 106

Amazonas: 99

Maranhão: 92

Pernambuco: 90

Espírito Santo: 65

Paraíba: 51

Alagoas: 50

Mato Grosso do Sul: 45

Santa Catarina: 44

Piauí: 38

Tocantins: 26

Acre: 19

Rondônia: 18

Distrito Federal: 15

Roraima: 10

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciará nesta semana medidas na área de segurança pública, antecipou o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, em postagem nas redes sociais neste domingo (16).

Segundo ele, Lula irá "anunciar e concretizar" a ampliação de estruturas contra organizações criminosas, mais operações policiais integradas com os Estados, ampliação da presença da Segurança na Amazônia e nas fronteiras, além da liberação de recursos para Estados e municípios, "entre outras medidas".

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Dino ainda citou o "controle responsável sobre armas". A revisão de normas nesse segmento é uma promessa do governo Lula 3, que, nos primeiros seis meses de administração, já reviu alguns atos editados durante a gestão de Jair Bolsonaro.

Os assassinatos relacionados ao tráfico de drogas reduzem a expectativa de vida da população do Rio de Janeiro em 7,4 meses, quase o dobro do impacto observado no restante do Pais (4,2 meses). Em São Paulo, a diminuição é de cerca de três dias, índice bem abaixo da média.

Isso é o que aponta versão preliminar de estudo inédito divulgado nesta quinta-feira (22), pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). As projeções foram apresentadas em evento realizado em Belém, no Pará.

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"Enquanto em São Paulo cada indivíduo ao nascer perde alguns dias de expectativa de vida, no Rio de Janeiro, cada pessoa vive em média 7,4 meses a menos devido à guerra às drogas", aponta o estudo. No Brasil, a diminuição da expectativa de vida é, em média, de 4,2 meses.

Conforme o autor da pesquisa, o economista do Ipea e conselheiro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública Daniel Cerqueira, os achados têm relação direta com os efeitos da política de "guerra às drogas".

"O paradoxo é que, ao a polícia aplicar recursos para proibir, o preço da droga a curto prazo aumenta, faz com que a receita dos traficantes aumente e isso faz com que haja incentivos para que os traficantes se perpetuem no mercado", disse.

O estudo aponta que não só no Rio de Janeiro, como em outros Estados, "grupos de narcotraficantes fortemente armados dominam territórios para manter o funcionamento do negócio". Entre as principais organizações criminosas, estão o Primeiro Comando da Capital (PCC), de São Paulo, e o Comando Vermelho (CV), do Rio.

Os assassinatos, segundo o estudo, normalmente ocorrem por disputa de mercado ou mesmo por acerto de contas, mas mesmo quem não possui relação com o tráfico é afetado. "Morrem policiais, morrem policiais, morrem inocentes e toda a sociedade fica aterrorizada, temerosa de ter sua vida prematuramente perdida em meio a esses confrontos", diz o estudo.

As projeções do estudo têm como base os índices criminais de 2017. Na época, a expectativa de vida do brasileiro era de 76 anos, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) - nos anos mais recentes, esse indicador se aproximou dos 77 anos, mas ainda não se sabe ao certo qual foi o impacto da pandemia.

O comparativo apresentado na pesquisa foca principalmente no Rio, em que quase metade dos assassinatos estão relacionados ao tráfico, e em São Paulo, em que aproximadamente três em cada dez homicídios têm esse perfil - a média nacional é de 34%. Nove em cada dez vítimas são homens, a maioria com idades entre 15 e 40 anos.

População perdeu 1,1 milhão de anos potenciais de vida, segundo estudo

O estudo aponta que, apenas em 2017, 1,1 milhão de anos potenciais de vida foram perdidos pela população brasileira, sendo 10% disso no Rio de Janeiro (153 mil). Em São Paulo, foram 64 mil anos perdidos. "Se um jovem de 20 anos morreu, levando em conta que a expectativa de vida para ele era de 80 anos, 60 anos em potencial foram perdidos", exemplificou Cerqueira.

Segundo o estudo, intitulado "Custo do Bem-Estar Social dos Homicídios Relacionados ao Proibicionismo de Drogas no Brasil", os homicídios atribuídos ao tráfico geram um custo de bem-estar anual da ordem de R$ 50 bilhões anuais, ou 0,77% do Produto Interno Bruto (PIB). O cálculo leva em conta não só o potencial de renda que a vítima poderia gerar, mas os custos associados aos gastos para combater a criminalidade.

Para fazer a estimativa, Cerqueira usou como base referências como a teoria econômica dos mercados ilegais, além de outras referências na área. "A droga gera problemas, afeta famílias inteiras", disse o pesquisador. "Mas nós temos que atacar com política de redução de danos, políticas de saúde."

*Repórter viajou a Belém a convite do Fórum Brasileiro de Segurança Pública

A governadora interina do Distrito Federal, Celina Leão, anunciou o delegado da Polícia Federal (PF) Sandro Avelar como novo secretário de Segurança Pública. Ele substitui o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, exonerado após os atos golpistas de 8 de janeiro.

Até dia 31, a segurança do DF é chefiada pelo interventor federal Ricardo Cappelli, que também estava presente no anúncio. Segundo ele, a nomeação de Avelar foi antecipada para possibilitar uma transição entre os comandos e para o novo secretário se familiarizar com o plano de segurança para o dia 1º de fevereiro, quando haverá a eleição da mesa da Câmara e do Senado e a abertura do ano judiciário no Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com Cappelli, no entanto, "não há nada alarmante" em vista.

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Capelli ainda confirmou que a intervenção federal na segurança no DF se encerra no dia 31, como previsto inicialmente. "A partir do dia 1º, o Ministério da Justiça e Segurança Pública vai continuar esse trabalho de cooperação em harmonia". No dia 30, às 17h, 48 horas antes da eleição das mesas diretoras no Congresso, os comandos das forças de segurança farão uma reunião para ajustar o planejamento, se necessário.

Avelar é delegado da PF desde 1999, e diretor-executivo da instituição desde dezembro de 2021. É a segunda vez que ele comanda a Secretaria de Segurança Pública - cargo que já assumiu de 2011 a 2014. "Estou sendo apresentado hoje para ter condição de trabalhar com Cappelli e a equipe que já está lá", disse durante a coletiva realizada no Palácio do Buriti na tarde desta quarta-feira.

A Casa Civil editou decreto de nomeação de Francisco Tadeu Barbosa de Alencar para o cargo de secretário nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça e Segurança Pública. O ato está publicado no Diário Oficial da União desta terça-feira (24).

A edição do DOU traz ainda a nomeação de Augusto de Arruda Botelho Neto para o cargo de secretário nacional de Justiça do Ministério da Justiça e de Gessé Santana Borges para ocupar a diretoria de Gestão do Fundo Nacional de Segurança Pública.

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A Câmara dos Deputados aprovou, na noite desta segunda-feira (9), a intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal. O decreto de intervenção federal foi assinado ainda no domingo (8) pelo presidente Lula, na esteira dos atos de vandalismo cometidos no Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal (STF) por uma multidão de criminosos de extrema direita. Agora, o texto segue para análise do Senado, onde a sessão para votação está marcada para esta segunda-feira, às 11h.

Um acordo foi costurado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira, pela votação simbólica. Todos os partidos orientaram pela aprovação do Projeto de Decreto Legislativo, com exceção do PL e do Novo, que liberaram a bancada.

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Lira fez uma pequena fala antes da votação. Citou a “angústia” sofrida ao assistir às cenas de ontem e agradeceu à Polícia Legislativa por ter mantido intacto o plenário da Casa, apesar do Salão Verde, onde está a entrada do plenário, ter sido bastante danificado. “Para tudo que aconteceu dentro da Câmara, esse plenário foi preservado como símbolo da nossa democracia”.

O secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Capelli foi nomeado o interventor. Ele terá o controle operacional de todos os órgãos distritais de segurança pública no período. Capelli ficará subordinado ao presidente da República e poderá requisitar recursos financeiros, tecnológicos, estruturais e humanos do Distrito Federal e de órgãos, civis e militares, da administração pública federal para atingir os objetivos da intervenção.

*Com informações da Agência Câmara de Notícias

O ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres exonerou e nomeou novos nomes da equipe de inteligência e operações especiais da pasta em publicação no Diário Oficial cinco dias antes dos atos com teor golpista que ocorreram domingo (8), em Brasília. As exonerações foram publicadas no dia 3 de janeiro deste ano. 

Um dos nomes demitidos foi o de George Estefani de Souza do Couto, que tem treinamento técnico na área de negociação, gerenciamento de crises e compreensão ao fenômeno terrorismo. Ele foi substituído pelo delegado da Polícia Federal Fernando de Souza Oliveira. 

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Segundo levantamento feito pelo SBT News, as pessoas exoneradas atuavam no monitoramento de possíveis manifestações golpistas e eram experientes na área. Um outro servidor afastado foi Milton Rodrigues, que atuava na coordenação de operações policiais do Distrito Federal, e foi substituído por Marília Ferreira de Alencar. 

O ex-secretário e o governador do Distrito Federal Ibaneis Rocha (MDB) foram incluídos no inquérito que investiga atos antidemocráticos pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que citou a conivência das duas autoridades após os atos terroristas que ocorreram na Praça dos Três Poderes. 

O futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, anunciou os novos nomes que vão compor a pasta nesta quarta-feira (21) e, dentre eles, o deputado federal por Pernambuco, Tadeu Alencar (PSB), será o novo secretário nacional de Segurança Pública. Ele integra a equipe de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

No anúncio, Dino destacou o currículo de Tadeu Alencar, que é formado em direito na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), foi bancário do Banco do Brasil e procurador da Fazenda Nacional. Além disso, tem experiência jurídica, de gestão e parlamentar. 

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Pelas redes sociais, o parlamentar agradeceu a indicação. Ele se disse "animado e motivado" para integrar a equipe do novo governo de Lula. 

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Um dos nomes mais cotados para o Ministério da Justiça, o ex-governador do Maranhão e senador eleito Flávio Dino (PSB-MA) disse, nesta quinta-feira que defende a união dos ministérios da Justiça e da Segurança Pública. Ressaltou, porém, que a decisão sobre um possível desmembramento dessas Pastas caberá ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.

"Tecnicamente sempre defendi o modelo de integração na Segurança porque sou juiz, fui juiz criminal e sei que só existe política pública de segurança integrada com Justiça e com diálogo com as instituições de outros Poderes", afirmou a jornalistas ao chegar ao Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB), onde funciona o governo de transição de Lula, na manhã desta quinta-feira.

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A separação, de acordo com o senador eleito, é um "equívoco metodológico e político" e conduz à ineficiência.

O grupo técnico que tratará desses assuntos no governo de transição e do qual ele faz parte não discutirá sobre a divisão. "Essa questão organizacional, vamos esperar. Lula é o técnico e jogadores não escalam time", brincou. Com a insistência sobre qual seria sua posição, respondeu: "Minha posição é que não sou presidente da República."

Cresceu o número de policiais e militares da chamada bancada da segurança pública na Câmara dos Deputados. O número de parlamentares saltou de 28 na atual legislatura para 38 a partir do ano que vem, o que representa um aumento de 35%. Apesar de maiores em quantidade, a ligação de parlamentares do setor à agenda do presidente Jair Bolsonaro (PL) faz com que temas caros à corporação fiquem em segundo plano. Entre os eleitos estão os policiais "influencers" e quadros que foram demitidos pelo Conselho da Polícia Civil.

O levantamento, feito pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública com base em dados divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mostra que a esmagadora maioria dos parlamentares é de partidos de direita. Eles representam 37 dos 38 deputados. Somente uma parlamentar, Delegada Adriana Accorsi (PT-GO), foge à regra. Mais da metade dos quadros é de policiais civis e militares, que, juntos, representam 28 dos eleitos. Quatro policiais federais, cinco membros das Forças Armadas e um bombeiro completam a lista.

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A maior concentração está em São Paulo, principal colégio eleitoral do País, onde sete deputados foram eleitos, sendo cinco delegados e dois oficiais. Minas e Rio, com três deputados cada, completam a lista dos Estados que mais elegeram representantes do setor.

Segundo Renato Sérgio de Lima, diretor do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, apesar do maior número de policiais na Câmara, as pautas apresentadas pelos eleitos fogem das demandas do setor, que foram substituídas por temas caros ao bolsonarismo. "Isso acabou reduzindo a bancada da segurança pública strictus sensus", afirmou.

Nesse contexto, nomes de força em pautas corporativistas tiveram dificuldade de angariar apoio este ano. Um exemplo é o deputado Subtentente Gonzaga (PSD-MG), que, após quatro mandatos seguidos na Casa, não conseguiu se reeleger. "Candidatos que não professaram sua fé irrestrita na liderança e na pauta de Jair Bolsonaro foram ejetados. A segurança pública ficou circunscrita a temas externos aos problemas das corporações", disse Lima no estudo.

Demitidos e influencers

Em São Paulo, dois dos cinco delegados eleitos estão afastados da Polícia Civil. Paulo Bilynskyj (PL-SP) foi demitido da corporação em julho, após publicar um vídeo que faria apologia dos crimes de estupro e racismo. Já Carlos Alberto da Cunha (PP-SP) foi demitido no fim de agosto, por causa de críticas a integrantes da cúpula da instituição. O deputado eleito já havia sido alvo de processo anterior, ao ser acusado de forjar a prisão do chefe de uma facção criminosa e postar em suas redes sociais.

Os dois delegados foram demitidos pelo Conselho da Polícia Civil de São Paulo. A decisão precisa ser homologada pelo governador para que ambos se tornem ex-policiais civis. Procurados, os deputados eleitos não foram localizados.

Entre os eleitos estão os chamados policiais "influencers", que divulgam vídeos da atividade policial nas redes. Capitão Alberto Neto (PL-AM) é um deles. Ele foi eleito deputado federal em 2018, após o sucesso de suas publicações, nas quais mostrava sua participação nas operações.

"Muitos desses candidatos surgem dessa onda de influenciadores digitais. Tem alguns candidatos que criam canais, filmam operações, filmam que prenderam bandidos e se impulsionam", declarou o pesquisador da USP Caio Marcondes Barbosa. "Muitas vezes a atuação parlamentar fica em segundo plano", completou.

Pernambuco terá 36.634 postos ativos de segurança pública durante o fim de semana das eleições, que tem o primeiro turno marcado para 2 de outubro. O número foi anunciado durante coletiva de imprensa realizada, nesta quinta-feira (1º), em conjunto entre a Secretária de Defesa Social, Polícia Federal, Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e Polícia Rodoviária Federal em Pernambuco. Na ocasião, foi detalhado o planejamento de segurança das eleições, que em 2022 conta com um investimento estadual de R$ 11.423.520 milhões. Esse total é superior aos dois últimos pleitos eleitorais (2020 - R$ 9 milhões e 2018 - R$ 9,5 milhões).

Em Pernambuco, de acordo com o secretário da SDS, Humberto Freire, há 3.264 locais de votação e todos contarão com agentes de segurança. Ainda segundo o secretário, as ações adotadas durante as eleições foram construídas desde fevereiro deste ano. "Esse planejamento foi construído desde 21 de fevereiro, quando realizamos a primeira reunião do GT [Grupo de Trabalho] Eleições", disse Humberto Freire.

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Freire detalhou dados sobre o quantitativo de postos de trabalho ativos durante o que ele chamou de "festa da democracia": Polícia Militar: 27.850; Polícia Civil: 4.518; Corpo de Bombeiros Militar: 1.580; Polícia Científica: 27; Corregedoria: 205; SDS (e outros órgãos): 454. Total: 36.634 postos ativos para as eleições 2022.

Para o primeiro turno, Pernambuco contabilizará no Recife e Região Metropolitana 10.622 postos de trabalho, o Agreste e Zona da Mata reunirá 14.782; já o Sertão terá um quantitativo de postos de 9.230.

"A Polícia Militar já estará presente desde a sexta-feira fazendo a guarda, que foi uma solicitação do Tribunal Regional Eleitoral. Então, nós faremos as guardas diurnas desde a sexta-feira. E no domingo, propriamente dito o dia da eleição, nós estaremos presente fazendo policiamento preventivo em cada local de votação para que cada cidadão pernambucano se sinta seguro para exercer o direito do voto", afirmou o comandante José Roberto de Santana, Comandante Geral da PMPE.

 

O candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, prometeu nesta terça-feira (30), se eleito, criar o Sistema Único de Segurança Pública (SUSP), que seria subordinado a um Ministério da Segurança Pública. Após reunião com governadores e ex-governadores, o petista se comprometeu ainda com a criação de uma Universidade Federal da Segurança Pública para a formação dos profissionais.

"Vamos criar o SUSP, Sistema Único de Segurança Pública que vai incluir Ministério Público e Defensoria Pública. Vamos retomar as bolsas para melhor formar os policiais", afirmou Lula após o encontro. "Vamos contribuir para que Estados cumpram com suas funções para diminuir de verdade a violência. Vamos assegurar recursos ao fundo de segurança pública e fundo penitenciário, vamos fazer fundo funcionar de verdade", acrescentou, sem detalhar a fonte de recursos para expansão dos gastos públicos na área.

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Lula também fez aceno ao público feminino e prometeu implantar a patrulha Maria da Penha em cooperação com guardas municipais. "Os homens que gostam de bater em mulheres que se preparem, vamos ser muito mais duros com eles", afirmou.

Lula afirmou que pretende, se eleito, fazer acordo com países vizinhos para combater o tráfico de drogas e fortalecer as fronteiras. "Se não quebrar o poder financeiro das organizações criminosas, fica muito mais difícil vencê-las", avaliou o candidato. "Vamos reorganizar o sistema penitenciário separando presos com grau de periculosidade", seguiu, em leitura de listas de promessas.

Para o petista, a criação de escolas em tempo integral também é uma ferramenta para combater o crime.

Antes de Lula, seu candidato a vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), afirmou que a chapa tem a melhor proposta de segurança pública para o País. "Ouvimos hoje a experiência de quem está na ponta", declarou, sobre a reunião com governadores e ex-governadores que sistematizou as propostas para a segurança pública da campanha.

Assim como o presidente da República é o chefe do Poder Executivo nacional, o governador é chefe do Executivo estadual. Ele é quem administra o estado e o representa em ações jurídicas, políticas e administrativas. O governador atua com apoio da Assembleia Legislativa, onde estão os deputados estaduais. No Distrito Federal, esse papel é da Câmara Legislativa, formada por deputados distritais.

Nas eleições gerais, como a de outubro deste ano, os estados brasileiros e o Distrito Federal escolhem um governador, com mandato de quatro anos e direito a uma reeleição. O governador pode propor leis de alcance estadual, sancionar ou vetar leis aprovadas nas assembleias legislativas e deve gerir as finanças do estado. Nesse aspecto, também faz parte de sua atribuição garantir investimentos e defender os interesses do estado, negociando com o governo federal ou com o Congresso Nacional.

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Cabe ao chefe do Executivo administrar o estado em todas as áreas, como saúde, educação, economia e infraestrutura. Uma de suas principais responsabilidades é a segurança pública, o que envolve o controle das polícias Civil e Militar e a construção e administração de presídios.

No entanto, o sucesso na administração de áreas como segurança pública, saúde, transporte e educação depende de uma boa relação entre o governador e o presidente da República. A segurança pública é uma das áreas que dependem de financiamento e políticas públicas promovidas pela União. Da mesma forma, a construção de linhas de metrô, rodovias, hospitais e escolas pode depender, em sua totalidade ou em parte, de recursos federais.

Para entender as carências do estado, o governador precisa se relacionar bem com os prefeitos municipais. Quanto maior a sintonia entre governador e prefeito, melhor para os interesses do município. Essa sintonia, no entanto, deve independer de afinidade partidária ou ideológica entre os dois gestores.

No Distrito Federal, não há a figura do prefeito, pois lá não existem municípios.

Eleição e mandato

A eleição para governador ocorre em sistema de maioria simples, ou seja, o candidato que tiver mais votos, vence.

No entanto, pode haver segundo turno entre os dois candidatos mais votados. Isso ocorre quando o primeiro colocado tem menos votos válidos que o total da soma dos votos obtidos pelos demais candidatos.

*Com informações da Agência Senado

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