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A Caixa Econômica Federal paga nesta segunda-feira (21) o auxílio emergencial para 4,2 milhões de brasileiros nascidos em setembro. Cerca de R$ 1,5 bilhão serão depositados nas contas poupança social digital dos beneficiários que integram esse grupo.

Segundo a Caixa, os pagamentos são referentes ao Ciclo 6 do benefício. Destes, 64 mil receberão R$ 96,8 milhões referentes às parcelas do Auxílio Emergencial; e 4,1 milhões, receberão as parcelas do Auxílio Emergencial Extensão, em um montante de R$ 1,4 bilhão.

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O Auxílio Emergencial Extensão será pago em até quatro parcelas de R$ 300 cada e, no caso das mães chefes de família monoparental, o valor é de R$ 600. O calendário de pagamentos do auxílio emergencial é organizado em ciclos de crédito em conta poupança social digital e de saque em espécie. Os beneficiários recebem a parcela a que têm direito no período, de acordo com o mês de nascimento.

“A partir desta data, os valores já podem ser movimentados pelo aplicativo CAIXA Tem para pagamento de boletos, compras na internet e pelas maquininhas em mais de um milhão de estabelecimentos comerciais”, informou, por meio de nota, o banco.

Saques e transferências para quem recebe o crédito nesta segunda serão liberados a partir do dia 20 de janeiro de 2021.

“Cerca de 1,2 milhão de beneficiários do Auxílio Emergencial que têm direito apenas à parcela de dezembro do Auxílio Emergencial Extensão vão receber os R$ 300 ou R$ 600 a partir do dia 21 de dezembro. São pessoas que receberam a primeira remessa do Auxílio em julho”, complementa o banco.

A CAIXA fará os créditos para esse público da seguinte forma: 900 mil beneficiários nascidos de janeiro a setembro vão receber no dia 21 de dezembro; 100 mil beneficiários nascidos em outubro, no dia 23; 100 mil beneficiários nascidos em novembro, no dia 28; 100 mil beneficiários nascidos em dezembro, no dia 29.

O banco acrescenta que os nascidos em janeiro e fevereiro terão seus créditos liberados no dia 21 para movimentações de forma digital pelo aplicativo CAIXA Tem e também para transferência e saque em espécie.

As desigualdades históricas do mercado de trabalho brasileiro, agravadas em meio à pandemia, se mantiveram na passagem do segundo para o terceiro trimestre, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta sexta-feira, 27, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A diferença entre as taxas de desocupação da população que declara ter a pele preta e aquelas que dizem ter a pele branca ficou em 7,3 pontos porcentuais, praticamente a mesma discrepância registrada no segundo trimestre, quando o fosso foi recorde e ficou em 7,4 pontos. No terceiro trimestre, a taxa de desemprego ficou em 14,6%, com a seguinte desagregação por cor da pele: preta (19,1%), parda (16,5%) e branca (11,8%).

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Além do racismo, a desigualdade de gênero permanece como um problema no mercado de trabalho. A taxa de desocupação entre as mulheres ficou em 16,8% no terceiro trimestre, ante 12,8% para os homens.

Os desagregados por nível de instrução revelam que os menos escolarizados foram os mais atingidos pelo desemprego em meio à pandemia. A taxa de desocupação entre as pessoas sem instrução ou com menos de um ano de estudo foi de 12,2% no terceiro trimestre, ante os 14,6% da média.

Ainda assim, a maior taxa de desocupação no terceiro trimestre foi registrada entre as pessoas com ensino médio incompleto, com 24,3%. Para quem tem curso superior completo, a taxa de desocupação foi de apenas 7,0%.

No desagregado por faixa etária, a taxa de desocupação entre os jovens (de 18 a 24 anos) foi de 31,4%. Entre os trabalhadores na faixa de 25 a 39 anos, a taxa foi de 14,2% no terceiro trimestre. Os trabalhadores entre 40 e 59 anos de idade registraram taxa de 9,9%.

O volume de vendas do varejo em Pernambuco teve queda de 3,6% entre agosto e setembro, de acordo com a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada nesta quarta-feira (11) pelo IBGE. O resultado interrompe uma trajetória de quatro meses seguidos de alta nos índices e está na contramão dos números nacionais, que registraram um aumento discreto, de 0,6%, no período. Este é quinto pior resultado para o mês entre todos os estados, deixando Pernambuco atrás apenas do Maranhão (-5,9%), Amapá (-5,5%), Ceará (-4,4%) e Acre (-3,9%).

No entanto, quando se compara o volume de vendas do comércio varejista no período entre agosto de 2020 e agosto de 2019, todas as unidades da federação têm desempenho positivo. No entanto, Pernambuco, com variação de 6,8%, apresentou números abaixo da média nacional (7,3%). Na variação acumulada do ano, enquanto o Brasil alcançou a estabilidade, o estado registrou queda de -2%. Já na variação acumulada dos últimos 12 meses, o país teve índice positivo de 0,9%. Em Pernambuco, ao contrário, o resultado foi negativo: -1%.

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Material de construção ajuda a amortecer queda no comércio varejista ampliado

Quando se consideram os dados do comércio varejista ampliado, que inclui Veículos, motos, partes e peças e Material de construção, o volume de vendas teve queda menor, de -1%, entre agosto e setembro. No Brasil, contudo, houve avanço de 1,2%. Também houve um aumento de 10,7% na comparação entre agosto/2020 e agosto do ano passado. No entanto, os outros indicadores foram negativos: o acumulado em 2020 foi de -4,1% e o acumulado nos últimos 12 meses foi de -2,1%.

Das 13 atividades pesquisadas, a que teve maior alta foi a venda de materiais de construção, cujo crescimento foi de 32,9% em relação ao mesmo mês do ano anterior. O mesmo segmento conseguiu se recuperar tanto no acumulado do ano, com aumento de 1,7%, quando no acumulado dos últimos 12 meses, com avanço de 1,9%.

Em seguida, vieram os equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (20,4%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (19,2%) e Veículos, motos, partes e peças (15,6%). E, embora os eletrodomésticos tenham apresentado uma alta menos expressiva em setembro, de 8,6% são eles os responsáveis pela maior variação de vendas tanto no acumulado do ano (40,8%) quanto no acumulado dos últimos 12 meses (33,7%).

Duas atividades apresentaram queda em setembro de 2020 frente ao mesmo mês de 2019: o setor de livros, jornais, revistas e papelaria, com redução de -50,8% e tecidos, vestuário e calçados, com -0,5%. Esses também são os dois segmentos que ostentam a maior variação negativa nos demais índices, tanto no acumulado no ano quanto na variação acumulada dos últimos 12 meses.

Vendas do comércio crescem em 13 das 27 Unidades da Federação

Em setembro, na série com ajuste sazonal, houve resultados positivos em 13 das 27 Unidades da Federação, com destaque para Piauí (5,7%), São Paulo (2,1%) e Espírito Santo (1,8%). Por outro lado, pressionando negativamente, figuram 14 das 27 Unidades da Federação.

Para a mesma comparação, no comércio varejista ampliado, a variação entre agosto e setembro foi de 1,2%, com predomínio de resultados positivos em 14 das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Roraima (3,7%), Bahia (3,2%) e Espírito Santo (3,1%). Por outro lado, pressionando negativamente, figuram 13 das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Maranhão (-3,9), Ceará (-3,7) e Paraíba (-3,3%).

Na série sem ajuste sazonal, frente a setembro de 2019, houve resultados resultados positivos em todas das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Piauí (23,9%), Maranhão (21,6%) e Acre (19,9%). Quanto à participação na composição da taxa do varejo, os destaques foram: São Paulo (5,8%), Minas Gerais (12,6%) e Santa Catarina (5,7%).

Considerando o comércio varejista, o varejo ampliado, no confronto com setembro de 2019, teve resultados positivos todas as 27 Unidades da Federação, com destaque para: Acre (24,5%), Maranhão (23,4%) e Amapá (22,9%). Quanto à participação na composição da taxa do varejo ampliado, destacaram-se São Paulo (3,9%), Minas Gerais (11,3%) e Santa Catarina (11,5%).

Do IBGE.

A Secretaria do Trabalho, Emprego e Qualificação (Stqe) divulgou, nesta quinta-feira (29), que Pernambuco conquistou, pelo segundo mês consecutivo, o maior desempenho do Nordeste na geração de empregos com carteira assinada. O mês de setembro, segundo o órgão, foi o melhor dos últimos seis anos, mesmo em meio à pandemia da Covid-19.

De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), 45.481 pessoas foram admitidas e 23.680 desligadas, gerando um saldo positivo de 21.801 postos de trabalho no mês passado. Foi quase o dobro de agosto (12.321).

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A maior geração de postos de empregos em Pernambuco se deu, respectivamente, nos setores da indústria (10.015), agropecuária (4.521), serviços (3.182) e construção (1.640). Na área de Jovem Aprendiz, o saldo também foi positivo, contabilizando 62 vagas. O setor que mais contratou nessa faixa etária, de 14 a 24 anos, foi o comércio.

O saldo acumulado no ano, de janeiro a setembro, ainda tem um impacto de -28.963 postos de trabalho, pesando ainda os meses de março e abril, no auge da pandemia. No Brasil, houve 1.379.509 admissões e 1.065.945 desligamentos, gerando um saldo positivo de 313.564 no mês de setembro contra 244.024 de agosto. No acumulado do ano, o País teve um saldo de -558.597 empregos com carteira assinada.

Protagonistas de trocas de farpas constantes desde as eleições de 2018, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT), reuniram-se para uma conversa na tentativa de selar a paz e iniciar uma reaproximação. O encontro aconteceu em setembro, segundo informações divulgadas pelo jornal O Globo. Reunião teve o intermédio do governador do Ceará, Camilo Santana (PT), que é aliado dos irmãos Ferreira Gomes. 

Ciro e Lula já foram fortes aliados, inclusive, o pedetista atuou como ministro da Integração Nacional no primeiro governo de Lula. Ainda de acordo com a reportagem, as tratativas para a realização do encontro durou mais de um mês e os dois, além de lavar a roupa suja, também trataram sobre o governo do presidente Jair Bolsonaro e a situação da pandemia da Covid-19 no país. 

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Chapa Ciro-Lula

Sabendo ou não o encontro entre eles, nesta semana o ex-marqueteiro do PT, João Santana, disse em entrevista ao Roda Viva que uma chapa formada por Ciro tendo o ex-presidente como vice seria "imbatível" na disputa presidencial de 2022. Santana, contudo, também reconheceu ser "impossível" essa junção.

Se ela será possível, só o tempo dirá, mas em 2018 o inverso da chapa foi oferecido a Ciro pelo PT, uma vez que a legenda já tinha certeza do indeferimento da candidatura de Lula, que teve o nome enquadrado na Lei da Ficha Limpa. Na época, Ciro chegou a classificar a proposta como  “aberração” e “papelão” e disse que não aceitaria ser um “vice de araque”. 

Motivo do afastamento e gatilho da troca de ofensas

Foi também nas eleições de 2018 que Ciro ficou magoado com o PT e iniciou os disparos constantes contra Lula e o partido. Isso aconteceu depois que a legenda rifou a candidatura da deputada federal Marília Arraes ao Governo de Pernambuco para garantir o apoio nacional do PSB à candidatura ao Palácio do Planalto. A sigla pessebista estava em tratativas para endossar o palanque de Ciro, que perdeu a aliança e não gostou muito o desfecho do cenário eleitoral.

Com as famílias em dificuldades para fechar as contas durante a pandemia do novo coronavírus, em meio à retração da atividade e ao desemprego, o juro médio total cobrado pelos bancos no rotativo do cartão de crédito caiu 0,3 ponto porcentual de agosto para setembro, informou nesta segunda-feira, 26, o Banco Central. A taxa passou de 310,2% para 309,9% ao ano.

Os dados apresentados nesta segunda-feira pelo BC são influenciados pelos efeitos da pandemia, que colocou em isolamento social boa parte da população, reduzindo a atividade das empresas e elevando o desemprego. Com a carência de recursos, as famílias aumentaram a demanda por algumas linhas de crédito nos bancos. O rotativo do cartão, juntamente com o cheque especial, é uma modalidade de crédito emergencial, muito acessada em momentos de dificuldades.

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O juro do rotativo é uma das taxas mais elevadas entre as avaliadas pelo BC. Dentro desta rubrica, a taxa da modalidade rotativo regular passou de 270,3% para 268,6% ao ano de agosto para setembro. Neste caso, são consideradas as operações com cartão rotativo em que houve o pagamento mínimo da fatura.

Já a taxa de juros da modalidade rotativo não regular passou de 335,2% para 336,8% ao ano. O rotativo não regular inclui as operações nas quais o pagamento mínimo da fatura não foi realizado.

No caso do parcelado, ainda dentro de cartão de crédito, o juro passou de 137,8% para 142,1% ao ano.

Considerando o juro total do cartão de crédito, que leva em conta operações do rotativo e do parcelado, a taxa passou de 65,1% para 62,3%.

Em abril de 2017, começou a valer a regra que obriga os bancos a transferir, após um mês, a dívida do rotativo do cartão de crédito para o parcelado, a juros mais baixos.

A intenção do governo com a nova regra era permitir que a taxa de juros para o rotativo do cartão de crédito recuasse, já que o risco de inadimplência, em tese, cai com a migração para o parcelado.

Atualmente, porém, o risco de inadimplência aumentou, justamente porque muitas famílias estão enfrentando redução de renda, na esteira da pandemia.

Na quarta semana de setembro, o País tinha cerca de 46,1 milhões de estudantes que frequentavam escolas ou universidades, mas 6,4 milhões deles (13,9% do total) não tiveram atividades escolares. Na semana anterior, 6,3 milhões de estudantes não tiveram atividades educacionais.

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Covid (Pnad Covid-19) semanal, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira. Entre os 39,2 milhões de estudantes que tiveram atividades escolares na quarta semana de setembro, 26,1 milhões (66,7% deles) tiveram atividades em cinco dias da semana.

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Isolamento

A população brasileira diminuiu a adesão às medidas de isolamento social na quarta semana de setembro, segundo os dados da Pnad Covid-19 semanal. A parcela da população que ficou rigorosamente isolada somou 31,6 milhões na quarta semana, 2,2 milhões de pessoas a menos em isolamento social em apenas uma semana.

Outros 7,4 milhões disseram que não adotaram qualquer tipo de restrição de contato em função da pandemia do novo coronavírus na quarta semana de setembro, 900 mil pessoas a mais nessa condição que na semana anterior.

Aproximadamente 84,7 milhões de pessoas ficaram em casa e só saíram por necessidade básica na quarta semana de setembro, o equivalente a 40,0% da população. O resultado representa cerca de 200 mil pessoas a mais em distanciamento social em uma semana.

Uma fatia de 86,7 milhões de pessoas declarou ter reduzido o contato social, mas continuaram saindo de casa ou recebendo visitas, 41% da população brasileira nessa condição, um milhão a mais de pessoas que na semana anterior.

Na semana de 20 a 26 de setembro, 8,3 milhões de pessoas, o equivalente a 3,9% da população brasileira, apresentavam pelo menos um dos 12 sintomas associados à síndrome gripal investigados pela pesquisa: febre, tosse, dor de garganta, dificuldade para respirar, dor de cabeça, dor no peito, náusea, nariz entupido ou escorrendo, fadiga, dor nos olhos, perda de olfato ou paladar e dor muscular.

Levantamento da plataforma digital Fogo Cruzado, obtido com exclusividade pela Agência Brasil, mostra que, desde o início do ano até agora, dez crianças foram baleadas na região metropolitana do Recife. Duas morreram e oito ficaram feridas. Mesmo em meio a medidas de isolamento social por causa da pandemia, houve uma tendência de piora nessa realidade.

Os dados mostram um aumento no número de crianças baleadas em comparação ao mesmo período do ano passado, quando nove crianças foram baleadas, com dois óbitos e sete feridos.

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A análise dos dados mostra também que as crianças nem sempre são os alvos, mas acabam se tornando vítimas em meio ao fogo cruzado. Neste ano, vítimas de bala perdida são a maioria entre crianças baleadas no Grande Recife, com total de oito das dez atingidas por arma de fogo. Esse número dobrou em comparação ao mesmo período do ano passado, quando 4 crianças foram atingidas (1 morta e 3 feridas).

Ipojuca, região sul do Grande Recife, foi o município com maior número de crianças baleadas, com três atingidas, seguido de Cabo de Santo de Agostinho, com duas vítimas.

Em Goiana, Igarassu, Itapissuma, Recife e São Lourenço da Mata houve um criança baleada em cada cidade.

A plataforma Fogo Cruzado é uma iniciativa colaborativa que registra dados da violência armada nas regiões metropolitanas do Recife e do Rio de Janeiro.

O Índice Nacional da Construção Civil subiu 1,44 % em setembro, a maior alta desde julho de 2013, ficando 0,56 ponto percentual acima da taxa de agosto. No ano, o índice acumula alta de 4,34% e, nos últimos 12 meses, de 4,89%, resultado bem acima dos 3,78% registrados nos doze meses imediatamente anteriores. Em setembro de 2019, o índice foi 0,37%.

Os dados foram divulgados hoje (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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“Estamos atingindo três meses seguidos - fechando o terceiro trimestre -, com altas sucessivas da parcela dos materiais, que estão sendo impactantes na variação do índice nacional. Os custos da mão de obra têm se mantido estáveis. O que pesou no índice de 1,44% foi a alta em todos os segmentos de materiais – cimento, condutores elétricos, cerâmicas”, disse, em nota, o gerente da pesquisa, Augusto Oliveira.

Segundo o IBGE, o custo nacional da construção, por metro quadrado, que em agosto fechou em R$ 1.191,84, passou em setembro para R$ 1.209,02, sendo R$ 645,56 relativos aos materiais e R$ 563,46 à mão de obra.

A parcela dos materiais aumentou 2,55%, registrando o maior índice considerando a série com desoneração da folha de pagamentos iniciada em 2013. Os aumentos observados foram de 0,95 pontos percentuais acima do mês anterior (1,60%), e 2,28 pontos percentuais em relação a setembro de 2019 (0,27%).

A parcela da mão de obra com os dois reajustes observados, registrou taxa de 0,20%, subindo 0,11 ponto percentual em relação ao mês anterior (0,09%) e caindo 0,27 ponto percentual se comparada ao índice de setembro de 2019 (0,47%).

De acordo com a pesquisa, de janeiro a setembro os acumulados são 6,59% (materiais) e 1,85% (mão de obra), sendo que em 12 meses ficaram em 6,90% (materiais) e 2,62% (mão de obra).

O grupo de despesas com alimentação e bebidas teve uma alta de preços de 2,28% em setembro, e foi o principal responsável pela inflação oficial no mês, de 0,64%. A alta dos alimentos foi maior do que a observada em agosto, de 0,78%.

Os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foram divulgados  nesta sexta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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A alta dos alimentos ocorreu principalmente por causa da refeição dentro do domicílio, que subiu 2,89%. Entre os produtos com maiores aumentos de preço estão o óleo de soja (27,54%) e o arroz (17,98%). O tomate teve alta de 11,72%; o leite longa vida, 6,01%, e as carnes, 4,53%. 

“O câmbio num patamar mais elevado estimula as exportações. Quando se exporta mais, reduz os produtos para o mercado doméstico e, com isso, temos uma alta nos preços. Outro fator é a demanda interna elevada, que por conta dos programas de auxílio do governo, como o auxílio emergencial, tem ajudado a manter os preços num patamar elevado. No caso do grão de soja, temos ainda forte demanda da indústria de biodiesel”, explicou o pesquisador do IBGE Pedro Kislanov.

Outro grupo de despesas com impacto importante na inflação em setembro foi o de transportes (0,70%), cuja alta de preços foi puxada pela gasolina (1,95%), óleo diesel (2,47%), etanol (2,21%) e passagens aéreas (6,39%).

Também tiveram altas de preços os grupos artigos de residência (1%), habitação (0,37%), vestuário (0,37%), comunicação (0,15%) e despesas pessoais (0,09%).

Por outro lado, saúde e cuidados pessoais teve deflação (queda de preços) de 0,64%, principalmente devido ao item plano de saúde, cujos preços recuaram 2,31% devido a decisão da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) de suspender até o fim do ano os reajustes dos planos. Educação também teve deflação de 0,09%.

Com temperatura máxima de 37,3°C, registrada na tarde de ontem na estação do Mirante de Santana, na zona norte, a cidade de São Paulo voltou a apresentar mais um dia de extremo calor. Esta é a terceira maior temperatura para um mês de outubro e a terceira maior na série histórica das medições feitas pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) desde 1943. Na terça-feira (6), os termômetros na capital chegaram aos 36,4°C.

Entre quarta-feira (30) e sexta-feira (2) passada, a cidade registrou ainda sequência inédita de três dias com temperatura acima de 37°C, sendo que, na sexta, a capital registrou 37,4°C, maior temperatura do ano e a segunda marca da série histórica. O recorde de temperatura máxima na capital ainda pertence aos 37,8 °C registrados em 17 de outubro de 2014.

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Com a temperatura de 43,5°C às 15 horas de ontem, a cidade de Lins, no centro-oeste do Estado de São Paulo, tem agora a maior temperatura já registrada oficialmente pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) no Estado de São Paulo. Até então, o posto de maior temperatura medida em São Paulo era de Iguape, no litoral sul de São Paulo, que registrou 43,0°C em 3 de fevereiro de 1933.

Segundo a Climatempo, esta onda de calor ainda estará bastante presente sobre o Estado de São Paulo até amanhã. Uma nova frente fria chegará hoje ao litoral paulista e vai aumentar a nebulosidade e as condições para chuva amanhã e no fim de semana de feriado prolongado.

Recorde

Em mais um sinal claro do processo de aquecimento global pelo qual passa o planeta, o mês passado foi o setembro mais quente apontado no registro histórico, anunciou ontem o Serviço de Mudança Climática Copernicus, do Programa de Observação da Terra da União Europeia, que registra essa informação desde 1979.

Com base no observado nos primeiros nove meses do ano, a instituição estima que 2020 pode bater os recordes de temperatura e se tornar o mais quente já registrado, superando 2016.

A média global foi 0,05°C superior à observada em setembro do ano passado, até então o recorde de mais quente da série histórica para o mês. Este ano, a média para setembro superou ainda em 0,63ºC a média geral para o mês (registrada entre 1981 e 2010) e em 0,08ºC a média para o mesmo mês em 2016 - que, como um todo, foi o ano mais quente já registrado na história e teve o segundo setembro mais quente do registro.

Esse aumento na temperatura do ar foi registrado em diferentes pontos do planeta. O calor também foi observado no mês passado no Brasil, com vários dias de temperatura acima da média e quebra de recordes, que se mantiveram agora em outubro, culminando em um alerta de risco de morte emitido pelo Inmet na terça-feira.

Com o maior volume mensal em dez meses, a produção das montadoras subiu 4,4% na passagem de agosto para setembro. No mês passado, 220,2 mil unidades - entre carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus - saíram das linhas de montagem, conforme balanço divulgado nesta quarta-feira (7) pela Anfavea, a entidade que representa a indústria nacional de veículos.

O resultado confirma a recuperação da produção após o choque da pandemia, mas ainda em ritmo abaixo do ano passado. Na comparação com setembro de 2019, a produção de veículos caiu 11%. Ainda assim, desde novembro do ano passado, quando as montadoras produziram 227,5 mil unidades, a fabricação de veículos não alcançava patamar tão alto, o que, contudo, segue longe de reverter a queda no ano. De janeiro a setembro, a produção de 1,33 milhão de veículos significou um recuo de 41,1% em comparação com os nove primeiros meses de 2019.

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Desagregando os números por segmento, a produção de carros de passeio e utilitários leves, como picapes e vans, subiu 3,4% na comparação de setembro com agosto, chegando a 208,8 mil unidades no mês passado. Frente a setembro de 2019, houve queda de 11% no segmento.

A produção de caminhões, de 9,4 mil unidades no mês passado, subiu 28,9% no comparativo com agosto e caiu 9,4% em relação ao mesmo mês do ano passado.

Completa a estatística a produção de 1,96 mil ônibus, o que representa um aumento de 14,3% em relação ao número de agosto. Na comparação com setembro de 2019, a produção de coletivos caiu 18,8%.

Vendas

As vendas de veículos novos no País tiveram no mês passado o melhor volume do ano, com 207,7 mil unidades licenciadas, uma alta de 13,3% sobre agosto. Desde fevereiro, quando as vendas somaram 201 mil unidades, até então o maior volume do ano, o mercado não passava dos 200 mil veículos, entre carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus.

Mesmo assim, o mercado segue abaixo do padrão de antes da crise. Na comparação com setembro de 2019, as vendas recuaram 11,6%. Já no acumulado de janeiro a setembro, a queda foi de 32,3%, com 1,37 milhão de veículos vendidos nos nove meses, segundo a Anfavea.

No segmento de carros de passeio e utilitários leves, como picapes e vans, as vendas do mês passado subiram 14,6% em relação a agosto e caíram 11,1% na comparação com setembro de 2019. No total, 199,2 mil carros saíram das concessionárias no mês passado.

As vendas de caminhões somaram 7,3 mil unidades no mês passado, com queda de 9,5% na comparação com agosto e de 19,6% em relação a setembro de 2019. Os emplacamentos de ônibus, de 1,2 mil unidades no mês passado, recuaram 17,6 % frente a agosto e 29% no comparativo anual.

Exportações

As montadoras exportaram 30,5 mil veículos no mês passado, um volume 16,7% inferior aos embarques registrados no mesmo período de 2019. Em relação a agosto, as exportações de veículos, que têm a Argentina como principal destino, avançaram 8,5%, conforme mostra o balanço divulgado nesta quarta pela Anfavea.

De janeiro a setembro, as montadoras embarcaram a mercados internacionais 207,3 mil veículos, entre carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus. O total é 38,6% menor do que o dos nove primeiros meses do ano passado.

Durante setembro, a indústria faturou US$ 693,2 milhões com exportações, em cifra que também inclui os embarques de peças, motores e veículos desmontados, além das vendas internacionais das fábricas de tratores agrícolas, também associadas à Anfavea.

O montante ficou 14,1% abaixo do registrado em setembro do ano passado, mas supera em 3,8% o faturamento obtido com vendas a mercados internacionais em agosto.

No acumulado dos nove primeiros meses do ano, as exportações das montadoras alcançaram US$ 5 bilhões, com queda de 34% na comparação com igual período de 2019.

O mês de setembro foi o mais quente da história, segundo divulgou nesta quarta-feira (7) o Serviço Copernicus de Mudanças Climáticas (C3S), com uma temperatura 0,05 grau Celsius maior em relação ao recorde anterior, registrado em setembro de 2019.

Por conta dos constantes números altos, o órgão aponta que este ano pode ser o mais quente da história, superando 2016. Segundo o boletim, o mês foi mais quente tanto de maneira global como na Europa, com "muitas regiões" do mundo tendo temperaturas acima da média.

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O C3S diz que um dos motivos para a elevação foi a presença do fenômeno La Niña no Oceano Pacífico e o aumento da emissão de gases que causam o efeito estufa pela humanidade.

De acordo com o Copernicus, esses são também os motivos que provocaram intensos incêndios pelo mundo, como no Brasil, na Califórnia e em partes da Austrália e o dia mais quente já registrado na história com os 54,4ºC no Vale da Morte, nos EUA.

Além disso, é apontado como uma das principais causas do excesso de chuvas vistos no sul da França recentemente.

O documento ainda aponta que durante o mês de setembro foi constatada a segunda menor cobertura de gelo no Mar Ártico, indicando o maior derretimento desde setembro de 2012. A extensão ficou 40% menor do que a média entre os anos de 1981-2020. Na Antártica, a camada de gelo teve sua extensão um "pouco" acima da média.

O mês de setembro é, normalmente, o que atinge o mínimo da extensão nas camadas de gelo na superfície, voltando a crescer nos meses seguintes. No entanto, uma retração muito intensa mostra que o aquecimento está acima da média.

Da Ansa

A despeito da crise econômica provocada pela pandemia do novo coronavírus, o mercado imobiliário tem mostrado uma recuperação significativa. O preço anunciado médio dos imóveis residenciais no País teve em setembro a maior alta para o mês em seis anos. O valor pedido de venda das moradias subiu 0,53% em setembro, mostrando aceleração da alta em relação a agosto, quando cresceu 0,37%. No acumulado deste ano, os preços já aumentaram 2,31%.

Os dados são do Índice Fipezap, pesquisa realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) com base nos anúncios online em 50 cidades.

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O levantamento mostra que a oscilação dos preços anunciados no mercado imobiliário bateu a inflação projetada para o mês de setembro (0,43%) e para o acumulado do ano (1,13%), considerando estimativas de economistas compiladas pelo Boletim Focus, do Banco Central (BC).

O resultado surpreendeu o coordenador da pesquisa, Eduardo Zylberstajn. "Com a chegada da pandemia, em março e abril, era difícil encontrar alguém que imaginasse uma alta no mercado imobiliário como estamos vendo hoje", comentou.

Ele disse que a alta nos preços anunciados é um reflexo de três fatores. O primeiro deles é a recuperação da demanda por imóveis. Isso vem acontecendo porque os juros baixos aumentaram a capacidade de financiamento das famílias e atraíram investidores da renda fixa, impulsionando as vendas.

A pesquisa mais recente do Sindicato da Habitação (Secovi-SP) mostrou que as vendas de residências na capital paulista em agosto já ultrapassaram os níveis vistos antes da pandemia, uma verdadeira recuperação em V.

O segundo ponto é que o nível de confiança da população e seu interesse em buscar um imóvel foi preservado. "As pessoas acreditam que a pandemia vai passar, mais cedo ou mais tarde, e ainda querem negociar", observou Zylberstajn.

Por fim, ele avaliou que há uma mudança de comportamento por causa da pandemia, e mais pessoas estão ficando em casa. Daí a procura por um espaço maior e mais confortável, que tem influenciado a demanda. "Esta não é uma crise como as outras. Não é uma recessão típica. Do ponto de vista do mercado imobiliário, a atividade se manteve", disse.

Caso não haja nenhuma ruptura no ciclo de juros baixos, a tendência é que as vendas e os preços mantenham a trajetória de alta, estimou o coordenador. O que pode mudar essa trajetória é alguma medida do governo federal que eleve o risco do País, ponderou.

"O flerte do governo com a quebra do compromisso firme de austeridade fiscal é um fator de risco. Não é o cenário mais provável, mas sim um cenário alternativo que está no radar". A consequência seria o aumento nas taxas do financiamento da casa própria, uma operação de crédito de longo prazo que considera as expectativas para o País nos anos seguintes.

Cidades

O Índice Fipezap revela também que a alta dos valores dos imóveis foi praticamente generalizada em setembro, ainda que a força da alta tenha mostrado intensidade diferente em cada uma das regiões.

Entre as 16 capitais pesquisadas, foram registradas altas em 15 delas no mês. A única baixa foi em Porto Alegre (-0,05%).

A Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) informou hoje (2) que foram emplacados 328.233 veículos, em setembro. Com os registros, o acumulado do ano chegou a 2.132.549, quantidade 27,77% menor que a de 2019.

Em relação a agosto, a variação foi positiva, de 9,55%, indicando recuperação. Na contagem, são considerados automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motocicletas, implementos rodoviários, entre outros.

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O que se observou foi um crescimento em apenas duas categorias: a de motocicletas (3,77%) e a de automóveis e comerciais leves (14,56%). Ao todo, foram vendidas 99.623 motocicletas e 198.792 unidades de automóveis e comerciais leves. Na comparação com setembro de 2019, os índices apresentaram, respectivamente, alta de 13,55% e queda de 10,92%.

Sobre o segmento de caminhões, a Fenabrave disse, em nota, que, "mesmo com a demanda aquecida, continua enfrentando um gargalo na produção". Pela explicação da entidade, foi esse o fator que ocasionou a diminuição de 8,29% no volume de emplacamentos, ante agosto, fazendo com que setembro fosse encerrado com 7.411 unidades. O desempenho foi bastante inferior ao de setembro de 2019, de queda de 20,31%.

Dificuldades na esteira de produção

Conforme afirmou o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior, um dos principais percalços da produção é a falta de componentes. Na sua avaliação, um dos pontos que têm contribuído para a melhora nos números do segmento de caminhões é a concessão de créditos. Segundo ele, houve, no período, "uma boa oferta", com oito a cada dez solicitações de crédito sendo deferidas. O financiamento foi mais fácil do que os relativos à aquisição de motocicletas, seção em que somente 4,2 pedidos foram aprovados.

A demanda de implementos rodoviários também caiu, no mês passado. Em agosto, havia registrado emplacamento de 6.523 unidades, passando para 6.408 unidades em setembro, gerando uma diferença de 1,76%. Houve, porém, alta de 22,83%, quando a referência é setembro de 2019 (5.217 unidades).

O relatório da Fenabrave destaca também que, em setembro, os emplacamentos de ônibus tiveram uma retração de 13,62%, na comparação com agosto, totalizando 1.535 unidades, contra 1.777 do mês anterior. Quanto a setembro de 2019 (2.323 unidades), o volume foi 33,92% menor. Tomando como parâmetro o acumulado do ano, a queda foi de 34,03%.

Máquinas agrícolas

De acordo com a Fenabrave, o segmento de tratores e máquinas agrícolas tem, como os demais setores, enfrentado problemas de produção. Isso, diz a entidade, tem impedido as montadoras de suprir a demanda.

'Em agosto, as vendas (3.983 unidades) registraram queda de 9,83%, na comparação com o mês de julho (4.417). Ante agosto de 2019, a queda foi de 6,96% – quando o segmento registrou 4.281 unidades comercializadas. No acumulado do ano, de janeiro a agosto, a queda foi 5,17%, contra o mesmo período de 2019. Em 2020, foram comercializadas 26.662 unidades, contra 28.117, em 2019", detalha a Fenabrave, salientando que, por não serem emplacados, os tratores e as máquinas agrícolas apresentam dados com um mês de defasagem, que são fornecidos pelos fabricantes.

Perspectivas para 2020

No comunicado, a Fenabrave complementa o balanço com projeções para o fechamento deste ano. Em julho, estimava-se queda de 35,8%. Porém, com a recuperação verificada, o índice foi revisado para 25,3%.

No início do ano, imaginava-se que o segmento de automóveis e comerciais leves fosse alcançar um crescimento de 9%. Em julho, a previsão tornou-se de queda de 37,1%. Agora a estimativa é de que a redução seja de 29,4%, enquanto aquelas esperadas para caminhões, ônibus e motocicletas são de 14,9%,  33,1% e 17,7%. Os implementos rodoviários, por sua vez, deverão fechar o ano com alta de 2,9%.

O Pantanal registrou 8.106 focos de incêndio no mês de setembro, informou o Instituto Nacional de Pesquisas Especiais (Inpe) nesta quinta-feira (1º). O número é recorde na comparação com todos os meses desde 1998, quando o monitoramento começou, e supera o recorde de até então: em agosto de 2005, foram 5.933 focos de calor.

Além disso, o órgão do governo federal confirmou as queimadas e incêndios de 2020 já superam todo o ano de 2019 - a três meses do fim do ano. São 18.259 focos de fogo no Pantanal entre 1º de janeiro e 30 de setembro. Nos 12 meses de 2019, foram 10.025. O recorde anterior também era de 2005, quando 12.536 queimadas foram registradas.

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O Inpe lembra que setembro é um mês que costuma registrar mais queimadas do que os demais, mas na comparação com a média entre 1998 e 2019, esse número é de 1.944 focos - muito distante do que foi contabilizado em 2020.

- Amazônia: O Inpe também atualizou os números da Amazônia, que registrou 32.017 focos de incêndios em setembro desse ano - alta de 61% na comparação com setembro de 2019, quando foram 19.925.

No entanto, o número ficou abaixo da média histórica para setembro, que é de 32.812 pontos de calor. O recorde para queimadas no período é de 2007, quando 73.141 focos foram contabilizados.

Considerando todos os biomas brasileiros, o país teve 76.030 focos de incêndio até 30 de setembro, um número maior do que o somado em todo o ano passado, quando foram 66.749. 

Da Ansa

O Indicador de Incerteza da Economia Brasileira (IIE-Br) caiu 14,5 pontos na passagem de agosto para setembro, para 145,8 pontos, divulgou nesta quarta-feira a Fundação Getulio Vargas (FGV). Foi o quinto mês seguido de queda do indicador após uma alta de 95,4 pontos no bimestre março-abril, auge da pandemia da Covid-19. Apesar da melhora no mês, o indicador ainda está 9 pontos acima do nível máximo anterior a pandemia, alcançado em setembro de 2015.

"Depois de uma preocupante desaceleração em agosto, a queda do IIE-Br voltou a acelerar em setembro. O resultado reflete a constatação pelos agentes de um retorno sólido das atividades econômicas e a continuidade do movimento de relaxamento de medidas de isolamento social impostas pela pandemia de Covid-19", afirma em nota Anna Carolina Gouveia, economista da FGV/Ibre.

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A economista classifica o resultado de "ainda incômodo" e lembra que ele ocorre sob influência da crise de saúde e seu impacto sobre a economia, com destaque para a piora da situação fiscal do País.

A FGV destaca que devido às incertezas em torno da continuidade de recuperação após a retirada dos auxílios e da velocidade de recuperação do setor de Serviços, grande demandante de mão de obra na economia, a dispersão das previsões dos especialistas continua extremamente elevada.

Os dois componentes do Indicador de Incerteza caminharam na mesma direção em setembro. O componente de Expectativas recuou 12,6 pontos, para 190 pontos, uma contribuição negativa de 2,7 pontos. É a primeira vez que o indicador fica abaixo dos 200 pontos desde o início da pandemia. Já o componente de Mídia recuou 13,5 pontos, para 130 pontos, contribuindo negativamente em 11,8 pontos para a queda do indicador geral no mês.

Segundo a FGV, os indicadores setoriais vêm sinalizando que a retomada da economia está acontecendo em etapas, o que ajudou a acentuar a queda de dois dígitos entre julho e setembro do componente de Expectativas.

Segundo a Oganização Pan-Americana da Saúde (Opas), cerca de 800 mil pessoas morrem por suicídio anualmente. As principais causas são depressão e abuso de substâncias. Pensando nessa realidade, foi criado o Setembro Amarelo, o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. 

No Brasil, são registrados 12 mil suicídios por ano, muitos cometidos por jovens. Diante dessa realidade, o Centro de Valorização da Vida (CVV) apoiou o Setembro Amarelo com o objetivo de combater esses números crescentes.

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O psisquiatra Dirceu Rigoni ressalta a importância do Setembro Amarelo, principalmente entre o público jovem. "A psiquiatria ainda é vista com certo preconceito, o que dificulta impedir muitos casos. Para os profissionais e para os pacientes, essa época é benéfica para divulgar os fatores de risco dos transtornos mentais numa tentativa de acabar com o preconceito que só atrapalha e impede a luta contra possíveis causas. Daí a necessidade de quebrar o preconceito e falar sobre o assunto, fazendo com que os pacientes busquem ajuda antes que o pior aconteça", afirmou o psiquiatra.

O psicólogo Pedro Cristo ressalta que, antes de a pessoa se suicidar, ela mostra alguns sinais que podem ser percebidos pelos parentes e amigos. Esses indicadores são fundamentais para evitar muitos casos, especialmente durante a adolescência. "A gente parte do princípio de que as pessoas suicidas estão em profundo sofrimento. Podemos observar mudanças significativas na vida da pessoa. Pessoas que passam a se isolar, pessoas chorosas, uma certa insastifação com a vida e sentimento de fracasso. O suicídio nunca é um ato isolado. É um processo. Uma pessoa que pensa em tirar sua própria vida precisa de ajuda e apoio. Julgar apenas pioraria as coisas", afirmou o psicólogo.

Atividades físicas também podem ajudar no combate ao suicído e na qualidade de vida, criando a possibilidade de não só ajudar na saúde física como na mental, o que ajuda na socialização das pessoas que passam por episódios depressivos, é o que ressalta Ariane Mendes, profissional de educação física. "O exercício físico tem benefícios para a gente. Estudos mostram os aspectos positivos no tratamento da depressão, ansiedade, estresse e estado de humor. Mas não precisamos de muitas horas de treino. O exercício ajuda no tratamento de pessoas depressivas, liberando hormônios que proporcionam bem-estar e prazer, ajuda no tratamento contra a ansiedade, além de aumentar a energia física e mental. O tipo de exercício influencia o fluxo de preocupação na cabeça do aluno. O estresse faz parte da rotina de todos nós e quando nos exercitamos liberamos diversos hormônios tratando tudo isso", destacou a educadora.

O CVV - Centro de Valorização da Vida é uma organização não governamental que realiza apoio emocional contra o suicídio. O atendimento é gratuito, pelo telefone 188 ou pelo site www.cvv.org.br.

Por Lucas Rodrigues e Suellen Cristo.

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Indexador usado para corrigir contratos de aluguel de imóveis, o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) deve fechar o ano com variação até cinco vezes maior do que o índice que geralmente é usado como parâmetro para os reajustes de salários. O IGP-M já acumula alta de 13,02% nos 12 meses encerrados em agosto e a previsão é bater em 15,28% até dezembro, enquanto o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) deve ficar em 2,45%.

Se essas projeções se confirmarem, um contrato de R$ 3 mil com aniversário em janeiro de 2021 poderá chegar a R$ 3.458,40, caso não haja uma renegociação entre locador e locatório.

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Calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), o IGP-M também bate com folga o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 12 meses, o indicador usado para medir a inflação oficial do País está em 2,44%.

A discrepância está ligada à metodologia de cálculo dos índices. "A primeira grande diferença é que o IGP-M não é um índice 'construído', mas sim a média ponderada de três outros índices", diz o economista André Braz, coordenador do Índice de Preços ao Consumidor da FGV.

O primeiro componente do IGP-M está ligado aos preços no atacado para produtores, com peso de 60%. Os preços no varejo para os consumidores têm peso de 30% e na construção civil, de 10%. A pressão atual está justamente no atacado - ou na "inflação da porta da fábrica", como dizem os economistas.

Com a pandemia, os preços de várias commodities subiram, em meio à demanda maior vinda de outros países. Apenas em agosto, a soja em grão subiu 7%. "A economia global puxa a demanda por commodities para cima e, por consequência, toda a cadeia de derivados", diz Braz. "A desvalorização cambial (alta do dólar) também tem pesado bastante. Ela foi de 30% nos últimos 12 meses e ganhou mais fôlego durante a pandemia."

Já o IPCA é calculado com base numa ampla base de preços ao consumidor. Se por um lado o preço do arroz ficou mais alto, por outro há queda de custos em serviços como hotelaria e passagens aéreas, por exemplo.

Renegociação

O movimento do IGP-M ocorre em meio à retração do emprego, da renda e do consumo no Brasil, na esteira da pandemia. "Não há como repassar este aumento de 13% para o aluguel. Não há explicação plausível para o aluguel ter uma correção tão alta por um índice que está sendo elevado por fatores não ligados ao mercado", afirma o diretor executivo da Rede Lopes, Matheus de Souza Fabrício.

Segundo ele, inquilinos comerciais e residenciais estão procurando, neste momento, os proprietários dos imóveis para renegociar os valores. "O locador muitas vezes sabe que não pode aumentar o valor da locação agora ou o inquilino sai. E a economia não está tão bem assim. Não é um momento tão bom para se exercer o contrato sob o ponto de vista de correção", diz.

Nas negociações, diz Fabricio, as correções têm ficado entre 2% e 3% - algo mais próximo do IPCA. Essas renegociações, segundo ele, estão ocorrendo principalmente entre os empresários e os proprietários de pontos comerciais, em um cenário de dúvidas sobre o ritmo de recuperação da economia após o isolamento social.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Como já era esperado, os preços dos alimentos continuaram subindo em setembro e puxaram a aceleração do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) deste mês, que avançou 0,45%, como informou mais cedo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O grupo Alimentação e Bebidas teve aumento de 1,48%, contribuindo com 0,30 ponto porcentual (p.p.) do total, o maior impacto de alta entre os nove grupos pesquisados pelo IBGE.

Os preços dos alimentos comprados para consumo no domicílio avançaram, em média, 1,96% em setembro, ante 0,61% no IPCA-15 de agosto. Já a alimentação fora registrou alta de 0,36%, acelerando ante a queda de 0,30% que fora registrada no IPCA-15 de agosto.

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Na cesta de alimentos consumidos em casa, o grande vilão da inflação foram as carnes, 3,42% mais caras em setembro. Isoladamente, esse conjunto de preços contribuiu positivamente com 0,09 p.p. de alta no IPCA-15 de setembro.

Itens já que já vinham ficando mais caros nos últimos meses seguiram em alta, como o de soja (20,33%), o arroz (9,96%) e o leite longa vida (5,59%). Esses produtos acumulam no ano altas de, respectivamente, 34,94%, 28,05% e 27,33%. Mesmo assim, a maior alta no IPCA-15 de setembro ficou com o tomate (22,53%), cujos preços haviam caído 4,20% em agosto.

O IBGE ressaltou, em nota, que alguns alimentos ficaram mais baratos no IPCA-15 de setembro. Foram os casos da cebola (-19,09%), do alho (-11,90%) e da batata-inglesa (-8,20%).

Na alimentação fora do domicílio, a alta de 0,36% foi composta pelos preços da refeição, 0,09% mais caras no IPCA-15 de setembro, e do lanche, com alta de 0,89%. Em agosto, esses preços estavam mais comportados - a refeição tinha ficado 0,52% mais barata, enquanto os preços dos lanches tinham avançado apenas 0,06%.

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