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O Supremo Tribunal Federal (STF) começou há pouco a julgar a possibilidade de pais darem aula a seus filhos em casa, sem matriculá-los em uma escola, conhecido também como homeschooling.

Relatado pelo ministro Luís Roberto Barroso, o processo em discussão no Supremo deve estabelecer uma diretriz válida para todos os casos do tipo que tramitam na Justiça brasileira - a chamada repercussão geral. O caso chegou ao STF após a Justiça do Rio Grande do Sul rejeitar o modelo de liberdade educacional por falta de previsão legal.

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O caso que será julgado pelo STF e servirá de parâmetro para os demais. Ele foi levado ao Supremo pelo microempresário Moisés Dias e sua mulher, Neridiana Dias. Em 2011, o casal decidiu tirar a filha de 11 anos da escola pública em que estudava no município de Canela (RS), a aproximadamente 110 quilômetros de Porto Alegre, e passar a educá-la por conta própria.

Há sete anos, a dona de casa Sharol Werneck Gomes educa os filhos, que hoje têm 10 e 8 anos, em casa. A experiência começou com a filha que, quando tinha 4 anos e meio, foi alfabetizada em casa. “Eu optei, em princípio, porque achei interessante ter essa opção de educar meus filhos em casa”, conta. A filha chegou a ir para a escola, mas a experiência não foi boa, o que fez com que Sharol tivesse mais certeza do caminho escolhido inicialmente.

“A professora gritava muito na sala de aula. Como estava adiantada, minha filha foi colocada como monitora, trouxe um peso sobre ela, que não tinha maturidade para lidar com essa situação. Então, ela ficou bem desgastada. E a professora ainda colocou para ajudar coleguinhas, que implicavam muito com ela. Era bem ruim, ela chorava todos os dias”, diz.

O filho, mais novo, nem chegou a frequentar as salas de aula. Sharol, que não passou por nenhuma capacitação formal para dar aulas, diz que está constantemente pesquisando e lendo sobre os melhores métodos. “Eu pesquiso a base curricular para saber mais ou menos o que preciso ensinar, uso como um norte, mas não fico presa a ela não”. Atualmente, ela e o marido coordenam um grupo de apoio para educação familiar em Cascavel (PR), do qual participam 30 famílias.

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O número de famílias que optam pela educação em casa, prática conhecida como homeschooling, cresce a cada ano no Brasil, de acordo com Associação Nacional de Educação Domiciliar (Aned). Em 2018 chegou a 7,5 mil famílias, mais que o dobro das 3,2 mil famílias identificadas em 2016. A estimativa é de que hoje 15 mil crianças recebam educação domiciliar.

O homeschooling, no entanto, não é regulamentado no país. Um julgamento marcado para esta semana no Supremo Tribunal Federal (STF) deve trazer à tona uma longa disputa entre pais que desejam educar seus filhos em casa e o Poder Público, que diz que a Constituição obriga a matrícula e a frequência das crianças em uma escola.

Desde 2015 o assunto aguarda julgamento pelo Supremo, que deve definir um entendimento único para todos os casos desse tipo que tramitam na Justiça brasileira, estabelecendo o que o tribunal chama de tese de repercussão geral.

Ação

O caso que será julgado em plenário e servirá de parâmetro para os demais foi levado ao Supremo pelo microempresário Moisés Dias e sua mulher, Neridiana Dias. Em 2011, o casal decidiu tirar sua filha de 11 anos da escola pública em que estudava no município de Canela (RS), a aproximadamente 110 km de Porto Alegre, e passar a educá-la por conta própria.

Eles alegaram que a metodologia da escola municipal não era adequada por misturar na mesma sala alunos de diferentes séries e idades, fugindo do que consideravam um “critério ideal de sociabilidade”. O casal disse que queria afastar sua filha de uma educação sexual antecipada por influência do convívio com colegas mais velhos.

Outro argumento foi o de que a família, por ser cristã, acredita no criacionismo – crença segundo a qual o homem foi criado por Deus à sua semelhança – e por isso “não aceita viável ou crível que os homens tenham evoluído de um macaco, como insiste a Teoria Evolucionista [de Charles Darwin]”, que é ensinada na escola.   

Em resposta, a família recebeu um comunicado da Secretaria de Educação de Canela ordenando a “imediata matrícula” da menina em uma escola. O Conselho Municipal de Educação também deu parecer contra o ensino domiciliar, “por considerar que o mesmo não se encontra regulamentado no Brasil”.

O casal recorreu à Justiça, mas teve negado um mandado de segurança em primeira e segunda instâncias. Em sua sentença, o juiz Franklin de Oliveira Neto, titular da Comarca de Canela, escreveu que a escola é “ambiente de socialização essencial” e que privar uma criança do contato com as demais prejudica sua capacidade de convívio.

“O mundo não é feito de iguais”, escreveu o juiz. “Uma criança que venha a ser privada desse contato possivelmente terá dificuldades de aceitar o que lhe é diferente. Não terá tolerância com pensamentos e condutas distintos dos seus”.

O caso seguiu até chegar ao STF, onde é relatado pelo ministro Luís Roberto Barroso.

Posicionamentos contrários

Provocada, a Advocacia-Geral da União (AGU) disse que as normas brasileiras estabelecem que a educação deve ser oferecida gratuita e obrigatoriamente pelo Poder Público. “É muito importante destacar que a escola possibilita um aprendizado muito mais amplo que aquele que poderia ser proporcionado pelos pais, no âmbito domiciliar, por maiores que sejam os esforços envidados pela família. Isso porque ela prepara o indivíduo para situações com as quais inevitavelmente haverá de conviver fora do seio familiar, além de qualificá-lo para o trabalho”, diz a AGU.

Para a instituição, por mais diferentes que sejam os membros de uma família, nenhum núcleo familiar será capaz de propiciar à criança ou ao adolescente o convívio com tamanha diversidade cultural, como é próprio dos ambientes escolares. "Sendo assim. a escola é indispensável para o pleno exercício da cidadania”, acrescenta.

A Procuradoria-Geral da República também se manifestou, concluindo: “a utilização de instrumentos e métodos de ensino domiciliar para crianças e adolescentes em idade escolar. em substituição à educação em estabelecimentos escolares, por opção dos pais ou responsáveis, não encontra fundamento próprio na Constituição Federal".

Há oito anos, o Conselho Nacional de Educação (CNE) emitiu um parecer orientando que as crianças e os adolescentes sejam matriculados em escolas devidamente autorizadas. O CNE também entende que a legislação vigente enfatiza “a importância da troca de experiências, do exercício da tolerância recíproca, não sob o controle dos pais, mas no convívio das salas de aula, dos corredores escolares, dos espaços de recreio, nas excursões em grupo fora da escola, na organização de atividades esportivas, literárias ou de sociabilidade, que demandam mais que os irmãos apenas, para que reproduzam a sociedade, onde a cidadania será exercida”.

Educação individualizada

Quem é a favor do homeschooling argumenta, entre outras questões, que a educação em casa garante o direito à dignidade e ao respeito, assegurando uma educação mais individualizada e, portanto, mais efetiva. “Mesmo nas melhores escolas, a educação necessariamente é provida de forma massificada, sem atentar para as necessidades específicas de cada criança e sem prover a elas as técnicas, os instrumentos e as metodologias do ensino-aprendizagem mais adequadas e qualificadas ao tempo presente”, diz a Aned.

“Estamos buscando a autonomia educacional da família, não somos antiescola, não estamos lutando contra escola, apenas somos a família buscando uma nova opção que, no nosso entender, é melhor para o nosso filho”, diz o presidente da Aned, Rick Dias. Ele conta que tirou os filhos da escola há oito anos, quando a mais velha tinha 12 anos e o mais novo, 9. Hoje, a mais velha cursa relações internacionais em uma universidade particular. “Não cremos que o Estado deva definir como devemos educar nossos filhos”.

Após o deputado federal Danilo Cabral (PSB) se opor à MP do Saneamento [nº 844/18], editada pelo presidente Michel Temer no início de julho, o PSB protocolou uma ação direta de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a medida. 

De acordo com Cabral, entre outros pontos, a MP prevê medidas de aumento dos gastos públicos no setor de saneamento básico. “Tanto em forma de despesas com pessoal, além de despesas orçamentárias decorrentes de transferências obrigatórias e dotações orçamentárias específicas”. Além disso, o deputado afirma que a medida provisória alterou as atribuições no setor de saneamento básico, com esvaziamento da autonomia e competências constitucionais dos municípios. 

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“O texto atribuiu à Agência Nacional das Águas (ANA) a competência para elaborar normas de referência nacionais para regulação da prestação dos serviços públicos de saneamento básico. Assim, a ANA, que até então atuava como agência reguladora na gestão de recursos hídricos vinculada ao Ministério do Meio Ambiente, passa a ser uma entidade central em matéria de saneamento básico”, explicou. 

Segundo Danilo Cabral, a MP é inconstitucional e lesiva ao patrimônio público. “A MP permite que a condução política do setor de saneamento seja feita pela iniciativa privada. Não podemos abrir de que o Estado seja o condutor dessa política, assim como deve ser em relação ao setor energético. A MP é inconstitucional e lesiva ao patrimônio público, só servirá para aumentar a tarifa e tornar o serviço pior. O saneamento é um direito de todos os cidadãos e não um negócio. É o lucro social que deve ditar as políticas de estado”, criticou. 

Danilo, antes do PSB entrar com a ação no STF, já havia ajuizado uma ação popular para barrar os efeitos da MP na Justiça Federal. “O processo foi distribuído para a 2ª Vara no Recife, mas o juiz entendeu que não cabia uma ação popular para suspender atos legislativos de competência do chefe do Poder Executivo. Por isso, procuramos o partido para questionarmos a MP através de uma ADI”. 

 

 

 

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, recorreu na terça-feira (8) do habeas corpus concedido pelo ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), ao deputado cassado Eduardo Cunha.

Cunha está preso desde 19 de outubro de 2016 no Paraná, em decorrência da Operação Lava Jato. Em junho, Marco Aurélio Mello concedeu habeas corpus ao ex-deputado e suspendeu um dos mandados de prisão que pesavam contra o ex-deputado, o que foi expedido pela Justiça Federal do Rio Grande do Norte no âmbito da Operação Manus.

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No entanto, Cunha permaneceu preso em decorrência dos outros três mandados que possui contra si, com origem no Paraná e em Brasília, onde ele é investigado na Operação Greenfield.

No recurso contra o habeas corpus já concedido, Raquel Dodge refuta o argumento da defesa de que a prisão preventiva se tornou ilegal por excesso de prazo. Para ela, o alongado tempo de prisão se deve não a uma demora do Judiciário, mas à complexidade do caso de Cunha e “à contribuição da própria defesa” que, segundo ela, tentou alongar o processo em sua estratégia de atuação.

Condenações

Em junho, Cunha foi condenado a 24 anos e 10 meses de prisão, pelos crimes de corrupção, pela Justiça Federal do DF. Ele foi acusado de ter recebido propina de empresas interessadas na liberação de verbas do Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS). Henrique Eduardo Alves também foi condenado no mesmo caso.

Cunha foi condenado ainda na Lava Jato a 15 anos e 4 meses, pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Nesse caso, ele foi acusado de receber 1,3 milhão de francos suíços em propina desviada de um contrato para exploração de um campo de petróleo no Benin, na África, pela Petrobras.

Em relação à Lava Jato, a pena foi reduzida, em novembro, para 14 anos e seis meses pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), com sede em Porto Alegre. Em todos os casos, Cunha teve negado o direito de recorrer em liberdade.

Outros pedidos

Ontem (8), Raquel Dodge pediu também ao ministro Dias Toffoli que reveja a decisão que soltou Juarez José de Santana, técnico do Ministério da Agricultura preso na Operação Carne Fraca, que investigou irregularidades na fiscalização de alimentos. Ela alega risco à ordem pública e econômica e à continuidade das investigações caso ele permaneça solto.

A procuradora-geral da República pediu ainda, dessa vez ao ministro Gilmar Mendes, que mantenha a prisão dos empresários Miguel Iskin e Gustavo Stelitta, presos preventivamente na Operação Ressonância, que investiga fraudes em licitações de equipamentos para o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad (Into), no Rio de Janeiro.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e relator dos processos da Operação Lava Jato, Edson Fachin, foi eleito nesta quarta-feira (1º) para o cargo de membro efetivo do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), responsável pela organização das eleições no país.

A eleição foi realizada de forma simbólica pelo plenário do Supremo, responsável pela indicação, porque Fachin já atua como ministro substituto da Corte eleitoral.

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A partir do dia 15 agosto, o TSE também terá entre seus membros a ministra Rosa Weber, como nova presidente, o ministro Luís Roberto Barroso, além de Fachin. A ministra entrará no lugar do atual presidente, Luiz Fux, que completará dois anos no cargo.

O TSE é formado por sete ministros: três oriundos do STF, dois do Superior Tribunal de Justiça (STJ), além de dois membros da advocacia.

Manifestantes ligados a movimentos sociais fizeram nesta terça-feira (31) um protesto em frente do Supremo Tribunal Federal (STF) a favor da concessão de liberdade ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O protesto durou cerca de 40 minutos e houve um princípio da confusão, quando pouco mais de dez pessoas tentaram permanecer em frente à entrada exclusiva dos ministros. Os manifestantes foram retirados por um cordão humano formado por seguranças do tribunal. Algumas pessoas chegaram a cair no chão, mas deixaram o local. 

Seis dos manifestantes anunciaram o início de uma greve de fome por tempo indeterminado até que o ex-presidente seja beneficiado com um habeas corpus. Eles são ligados ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e a outras entidades que atuam em defesa de indígenas e atingidos por barragens.

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Lula está preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba desde o dia 7 de abril, por determinação do juiz Sérgio Moro, que ordenou a execução provisória da pena de 12 anos e um mês de prisão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, no caso do tríplex em Guarujá (SP). A prisão foi executada com base na decisão do STF que autorizou prisões após o fim dos recursos na segunda instância da Justiça.

O vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, assumiu hoje (23) o comando da Corte interinamente. Até o final da semana, Toffoli ficará responsável por decidir questões urgentes que chegarem ao plantão do tribunal. Neste mês, o Supremo está em recesso, e os trabalhos serão retomados no dia 1º de agosto.

Em função do período de recesso, a Corte deveria estar sob o comando da presidente, Cármen Lúcia, no entanto, a ministra teve de assumir a presidência da República interinamente em função da viagem do presidente Michel Temer ao México.

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Cármen Lúcia, terceira na linha sucessória, assumiu interinamente a Presidência da República em função da legislação eleitoral. Como o cargo de vice-presidente está vago, a primeira pessoa da linha sucessória no país é o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o segundo, o do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE).

No entanto, a legislação eleitoral impede a candidatura de ocupantes de cargos no Executivo nos seis meses que antecedem as eleições. Dessa forma, se Maia ou Eunício assumissem a Presidência, ficariam inelegíveis e não poderiam disputar as eleições de outubro.

Cármen Lúcia tem agenda de trabalho a partir das 14h, no Palácio do Planalto. Entre as autoridades que receberá estão os governadores do Rio Grande do Sul, Ivo Sartori; do Piauí, Wellington Dias, e de Minas Gerais, Fernando Pimentel.

Em setembro, Dias Toffoli assumirá a cadeira de presidente do STF por dois anos em função do término do mandato de Cármen Lúcia, que começou em 2016.

O Tribunal Supremo da Índia confirmou nesta segunda-feira (9) as penas de morte impostas a três homens pelo estupro em grupo e assassinato de uma mulher em Nova Délhi em 2012, um caso que comoveu o país e o mundo.

Em dezembro de 2012, Jyoti Singh, uma estudante de Fisioterapia de 23 anos, foi violentada com extrema brutalidade por seis homens em um ônibus da capital indiana, diante de seu namorado. A jovem não resistiu aos ferimentos e faleceu poucos dias depois.

"A demanda de revisão dos três condenados foi rejeitada", afirmou A. P. Singh, advogado dos acusados.

Quatro réus foram condenados em setembro de 2013 por assassinato, estupro em grupo, roubo, conspiração e "atos antinaturais", após sete meses de julgamento.

Apenas três deles estavam envolvidos na apelação rejeitada nesta segunda-feira.

Um quinto suspeito, o motorista do ônibus, apresentado como líder do grupo, morreu antes do início do julgamento: ele cometeu suicídio na prisão.

O sexto acusado, que no momento do crime tinha 17 anos, cumpriu apenas três anos de prisão, pena máxima prevista para menores de idade. Sua libertação no fim de 2015 provocou protestos em todo o país.

Após a decisão do Tribunal Supremo, os condenados ainda têm a possibilidade de um último recurso legal para comutar a pena capital ou inclusive solicitar o indulto presidencial.

O caso, repleto de simbolismo, provocou uma grande comoção na sociedade indiana e evidenciou a violência cometida contra as mulheres neste país.

A Índia reforçou a legislação contra as agressões sexuais e acelerou os processos judiciais para este tipo de caso.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski convocou hoje (29) audiência pública para discutir a transferência do controle acionário das empresas públicas e suas subsidiárias. A data do debate ainda não foi marcada, mas deverá ocorrer somente a partir de agosto, após o recesso de julho na Corte.

“Considerando a relevância político-jurídica do tema versado na presente ação, convoco audiência pública, em data a ser oportunamente divulgada, para ouvir o depoimento de pessoas com experiência e autoridade em processos de transferência do controle acionário de empresas públicas, sociedades de economia mista e de suas subsidiárias ou controladas”, decidiu Lewandowski.

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Na quarta-feira (27), Lewandowski impediu que o governo venda, sem autorização do Legislativo, o controle acionário de empresas públicas de economia mista, como a Petrobras e a Eletrobras, por exemplo.

Para o ministro, “a venda de ações de empresas públicas, sociedades de economia mista ou de suas subsidiárias ou controladas exige prévia autorização legislativa, sempre que se cuide de alienar o controle acionário”. Na decisão, Lewandowski disse ter interpretado, conforme a Constituição, o Artigo 29 da Lei das Estatais, que prevê dispensa de licitação para a venda de ações de empresas públicas.

Lewandowski proferiu a decisão ao julgar uma ação direta de inconstitucionalidade (ADI) aberta em novembro de 2011 pela Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenaee) e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/Cut), questionando dispositivos da Lei das Estatais (13.303/2016).

O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quinta-feira (21), por unanimidade, declarar a inconstitucionalidade do artigo 45 da Lei 9.504/97, conhecida como Lei das Eleições, que criou restrições a programas humorísticos veiculados no rádio e televisão durante o período eleitoral.

Em 2010, a norma foi suspensa pela Corte e os ministros começaram a julgar o caso definitivamente na sessão de ontem.

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A legalidade da norma é contestada pela Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e Televisão (Abert). O artigo 45 da lei diz que, após a realização das convenções partidárias, as emissoras de rádio e televisão ficam proibidas de usar montagem ou outro recurso de áudio ou de vídeo que “degradem ou ridicularizem candidato, partido ou coligação”.

O julgamento começou ontem (20), quando o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, votou pela inconstitucionalidade do artigo e afirmou que a Constituição não prevê a restrição prévia de conteúdos e votou pela declaração de inconstitucionalidade do trecho da norma. O voto foi seguido por Edson Fachin, Luís Roberto Barroso e Dias Toffoli.

Na retomada a sessão hoje, Luiz Fux também entendeu que o artigo representa censura prévia. “Acompanhado a maioria, eu estou entendendo que há inconstitucionalidade nessas limitações à liberdade de expressão e de imprensa”, afirmou.

Celso de Mello acrescentou que o STF não pode admitir qualquer tipo de restrição estatal para controlar o pensamento crítico. “O humor como causa e o riso como sua consequência qualificam-se como elementos de desconstrução de ordens autoritária, impregnadas de corrupção, cuja nocividade à prática democrática deve ser neutralizada. ”, argumentou.

Ricardo Lewandowski, Gilmar Mende e Marco Aurélio também acompanharam a maioria. A presidente Cármen Lúcia, última a votar, disse que causa espécie que, após 30 anos da promulgação da Constituição, existam tantos questionamentos judiciais sobre liberdade de imprensa."O que se contém nesses dispositivos é uma censura prévia, e censura é a mordaça da liberdade. Quem gosta de mordaça é tirano", afirmou.

Durante o julgamento, o advogado Gustavo Binenbojm, representante da Abert, defendeu a declaração de inconstitucionalidade por entender que a norma gera restrições ao funcionamento dos veículos, além de violar normas constitucionais, como a liberdade de manifestação do pensamento e ao direito de acesso à informação.

O advogado também ressaltou que, desde 2010, quando a norma foi suspensa pelo STF, não foram registrados excessos por parte de jornalistas, cartunistas e humoristas. "Proibir a sátira política e o uso do humor e tentar transformar os programas de rádio e televisão em algo tão enfadonho e tão desinteressante como já é hoje a propaganda eleitoral obrigatória no nosso país”, argumentou.

A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) vai julgar, na próxima terça-feira (26), um pedido da para suspender a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O colegiado vai se reunir pela manhã e à tarde. A liberação do recurso para julgamento foi do ministro relator da Lava Jato no Supremo, Edson Fachin, que também sugeriu a data, que foi confirmada na pauta de julgamentos da Corte na tarde desta terça-feira (19).

Se a condenação for suspensa, como pedem os advogados de defesa, o ex-presidente poderá deixar a prisão imediatamente e também se candidatar às eleições.

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Lula está preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba desde o dia 7 de abril, por determinação do juiz Sérgio Moro, que ordenou a execução provisória da pena de 12 anos e um mês de prisão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, no caso do tríplex em Guarujá (SP). A prisão foi executada com base na decisão do STF que autorizou prisões após o fim dos recursos na segunda instância da Justiça.

Na petição enviada ao Supremo, a defesa do ex-presidente alega que há urgência na suspensão da condenação, porque Lula é pré-candidato à Presidência e tem seus direitos políticos cerceados diante da execução da condenação, que não é definitiva. 

"Além de ver sua liberdade tolhida indevidamente, corre sério risco de ter, da mesma forma, seus direitos políticos cerceados, o que, em vista do processo eleitoral em curso, mostra-se gravíssimo e irreversível", argumentou a defesa. 

Esse mesmo pedido da defesa já havia sido negado, na semana passada, pelo ministro Felix Fischer, que é relator da Lava Jato no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ao decidir o caso, Fischer entendeu que o recurso protocolado não tem o poder de suspender a sentença condenatória contra o ex-presidente.

A defesa de Lula reitera ainda argumentos apresentados no recurso interposto no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), de que teria havido irregularidades no processo que resultou na condenação do ex-presidente, como a incompetência do juiz Sergio Moro para analisar o caso e falta de imparcialidade no julgamento.

Além de Fachin, fazem parte da Segunda Turma do STF os ministros Gilmar Mendes, Ricardo Lewadowski, Dias Toffoli e Celso de Mello. Com exceção do próprio Fachin, todos os ministros da Segunda Turma votaram contra a execução de prisão em segunda instância, em abril, no julgamento de um habeas corpus preventivo pedido pelo ex-presidente. O resultado desse julgamento abriu caminho para a decretação da prisão de Lula.

O Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu hoje (10) mais um recurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no qual seus advogados pedem para ele ser solto. O caso deve ser encaminhado para análise inicial do ministro Edson Fachin.

Trata-se de um recurso contra um primeiro habeas corpus preventivo de Lula, que foi negado em março, por unanimidade, pela Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

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A defesa de Lula recorreu dessa decisão, mas tal recurso ainda não foi julgado, tendo sido enviado ao STF no último dia 19 pelo ministro Humberto Martins, vice-presidente do STJ.  

Um outro habeas corpus preventivo, paralelo àquele que tramitou no STJ, já foi negado, por 6 a 5, pelo plenário do STF, em 4 de abril. Lula foi preso três dias depois.

O ex-presidente está preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba desde o dia 7 de abril, por determinação do juiz Sérgio Moro, que ordenou a execução provisória da pena de 12 anos e um mês de prisão pelo crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, no caso do tríplex em Guarujá (SP).

Durante passagem no Recife, nesta sexta-feira (4), o advogado José Roberto Batochio, que compõe a equipe de defesa do ex-presidente Lula, definiu como “absolutamente inconstitucional” o Supremo Tribunal Federal (STF) aprovar a restrição do foro privilegiado para deputados e senadores. De acordo com Batochio, o STF está “legislando” e “usurpando” uma atribuição exclusiva do Poder Legislativo. “Então, nós estamos vivendo aquilo que o ministro Marco Aurélio disse: tempos estranhos, muito estranhos”, disse. 

“O que está disposto na nossa Constituição da República Federativa do Brasil é que, após a diplomação, os membros do Congresso Nacional deverão ser julgados pelo Supremo Tribunal Federal. Não disse se era no exercício da função, fora do exercício da função, mas estabelece de uma maneira muito clara. Os romanos já diziam, onde a lei é clara ninguém pode se meter a interpretá-la”, argumentou. 

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Batochio também falou sobre a postura do STF em relação a prisão de condenados na Operação Lava Jato. “Vejo com pesar o STF entrando a legislar. A Constituição diz que nenhum senador e deputado pode ser preso senão em flagrante delito por crime inafiançável. Está escrito na Constituição e o Supremo manda prender Delcídio do Amaral, afasta do cargo o presidente na Câmara, cassa a nomeação de um ministro de Estado por parte de um presidente da República. Quem tem atribuição privativa para nomear ministro de estado é o presidente da República, está na Constituição”, continuou alfinetando. 

O advogado ainda falou que a ditadura do Judiciário é a pior de todas as ditaduras. “Temos que defender a democracia e, para defender a democracia, temos que defender o Judiciário como nós defendemos. Agora está na hora de abrirmos os olhos para não deixar que não entre em processo de falência o Poder Legislativo do nosso país. Sem o Legislativo, não há democracia”, 

 

O mestre em direito penal ainda salientou que os advogados, principalmente, da área criminal são alvo de críticas por parte da sociedade por muitos acreditarem que defendem clientes considerados culpados. “Tem essas coisas de quem é leigo”, declarou. 

 

A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta terça-feira (24) derrubar a decisão individual do ministro Edson Fachin que determinou o envio de acusações de delatores da Odebrecht contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a 13ª Vara Federal em Curitiba, comandada pelo juiz federal Sérgio Moro.

De acordo com os delatores, entre eles Marcelo e Emílio Odebrecht, a empreiteira teria custeado despesas pessoais de Lula, como reformas em um sítio frequentado por sua família em Atibaia (SP), a compra do terreno para instalação do Instituto Lula em São Paulo e pagamentos por palestras realizadas pelo ex-presidente em eventos organizados pela empreiteira no exterior.

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Por 3 votos a 2, seguindo voto divergente do ministro Dias Toffoli, a Turma entendeu que as acusações contra Lula não têm relação com os desvios de recursos na Petrobras, cujo relator é o juiz Sérgio Moro.  Dessa forma, o processo deve ser enviado para a Justiça Federal em São Paulo, onde os supostos crimes ocorreram. Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes seguiram o voto de Toffoli. Edson Fachin e Celso de Mello não conheceram o recurso.

Na decisão, após pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), Fachin desmembrou parte dos depoimentos de delação de executivos da empreiteira Odebrecht e enviou os fatos para Justiça Federal em Curitiba. No entanto, a defesa de Lula discordou da decisão, e o recurso foi julgado na sessão do colegiado.

Em entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira (5), a presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffman (PT-PR), afirmou que negar o habeas corpus do ex-presidente Lula foi uma injustiça realizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A petista afirmou estar decepcionada com a decisão e criticou alguns ministros da Corte.

A petista afirmou que não reconhece a decisão do Supremo e que o Estado de Direito foi afrontado pelo tribunal. “A prisão do ex-presidente é uma injustiça, lamentamos a retirada de direito de um homem inocente e não aceitamos a prisão como está sendo estabelecida”, enfatizou a senadora.

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Segundo a presidente do partido Lula é o único líder político com condições de recompor a harmonia e o ambiente democrático no país, e que prendê-lo será uma violência contra a população. “A possível prisão do ex-presidente pode causar graves transtornos no país, e a visão do Brasil no exterior ficará marcada para sempre”, disse.

A parlamentar afirmou que Lula está tranquilo quanto à decisão, e que vai enfrentar todos os desafios juntamente com sua militância.

Por Fabio Filho 

A vereadora do Recife Michele Collins (PP) decidiu se pronunciar, nesta quarta-feira (4), sobre o julgamento do habeas corpus preventivo impetrado pela defesa do ex-presidente Lula, que acontece no Supremo Tribunal Federal (STF). Em uma transmissão ao vivo pelo Facebook, a missionária disse que sentiu no seu coração a necessidade de fazer uma oração pelo Brasil porque a nação estava sendo “passada a limpo”. 

“É um julgamento muito importante que acontece no Supremo e o nosso dever como cristão, como servos de Deus, é orar, interceder e clamar pelo Senhor. Sei que muitas igrejas hoje estão orando, muitas pessoas estão intercedendo, e eu queria convidar você também agora para poder orar conosco”, disse. 

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Collins pediu que fosse dada sabedoria e discernimento aos ministros porque eles foram escolhidos “pelo pai” para decidir o futuro do país. “Senhor, existem algumas pessoas que estão com o coração cheio de raiva, de ódio, e de rancor pelo que vem acontecendo. As pessoas estão divididas, mas eu creio que o Senhor, que é o Deus todo poderoso, é quem vai definir e dar a última palavra. Tua vontade é que vai prevalecer”, continuou orando. 

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A vereadora ainda falou que Deus está “trabalhando” pela nação, pelo futuro do país, e por tudo o que há de vir. “Eu sei que Deus está operando”, enfatizou.

 

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia gravou um pronunciamento nesta segunda-feira (2), na TV justiça para pedir “serenidade” e respeito a ideias divergentes. A presidente do STF fez apelo para que “as pessoas possam expor suas ideias e posições, de forma legítima e pacífica”.

No pronunciamento, ela disse que “O fortalecimento da democracia brasileira depende da coesão cívica para a convivência tranquila de todos. Há que serem respeitadas opiniões diferentes”, defende a presidente da Corte. Pouco comum, o pronunciamento ocorre a dois dias do julgamento pela Corte do habeas corpus do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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Nesta segunda-feira (2), Cármen Lúcia se reuniu com o diretor-geral da Polícia Federal, Rogério Galloro, a fim de discutir a segurança no dia do julgamento do habeas corpus preventivo apresentado pela defesa do ex-presidente Luiz, que acontece nesta quarta-feira (4). Mas se sabe que ela tem sofrido forte pressão sobre o tema da prisão após condenação em segunda instância pelo fato de ser presidente da Corte responsável por pautar as ações relativas ao assunto. A atenção sobre todo Supremo se intensificou desde que Cármen resolveu pautar o habeas corpus de Lula no fim de março.

O pronunciamento, de 3 minutos e 18 segundos de duração, cujo texto foi divulgado antecipadamente pela assessoria do STF. A assessoria não informou o que motivou o pronunciamento da ministra.

Confira na íntegra o pronunciamento da presidente do STF:

"A democracia brasileira é fruto da luta de muitos. E fora da democracia não há respeito ao direito nem esperança de justiça e ética.

Vivemos tempos de intolerância e de intransigência contra pessoas e instituições.

Por isso mesmo, este é um tempo em que se há de pedir serenidade.

Serenidade para que as diferenças ideológicas não sejam fonte de desordem social.

Serenidade para se romper com o quadro de violência. Violência não é justiça.

Violência é vingança e incivilidade.

Serenidade há de se pedir para que as pessoas possam expor suas ideias e posições, de forma legítima e pacífica.

Somos um povo, formamos uma nação. O fortalecimento da democracia brasileira depende da coesão cívica para a convivência tranquila de todos. Há que serem respeitadas opiniões diferentes.

Problemas resolvem-se com racionalidade, competência, equilíbrio e respeito aos direitos. Superam-se dificuldades fortalecendo-se os valores morais, sociais e jurídicos. Problemas resolvem-se garantindo-se a observância da Constituição, papel fundamental e conferido ao Poder Judiciário, que o vem cumprindo com rigor.

Gerações de brasileiros ajudaram a construir uma sociedade, que se pretende livre, justa e solidária. Nela não podem persistir agravos e insultos contra pessoas e instituições pela só circunstância de se terem ideias e práticas próprias. Diferenças ideológicas não podem ser inimizades sociais. A liberdade democrática há de ser exercida sempre com respeito ao outro.

A efetividade dos direitos conquistados pelos cidadãos brasileiros exige garantia de liberdade para exposição de ideias e posições plurais, algumas mesmo contrárias. Repito: há que se respeitar opiniões diferentes. O sentimento de brasilidade deve sobrepor-se a ressentimentos ou interesses que não sejam aqueles do bem comum a todos os brasileiros.

A República brasileira é construção dos seus cidadãos.

A pátria merece respeito. O Brasil é cada cidadão a ser honrado em seus direitos, garantindo-se a integridade das instituições, responsável por assegurá-los."

Por Lory Vieira 

O ex-presidente Lula tem sua liberdade garantida, pelo menos, até 4 de abril quando o Supremo Tribunal Federal (STF) vai analisar o pedido de habeas corpus preventivo impetrado pela sua defesa. Mesmo faltando mais de uma semana para o julgamento, militantes, lideranças petistas e simpatizantes já organizam mais atos em apoio ao líder petista. Nesta segunda-feira (26), na Praça do Diário, no Recife, movimentos pró-Lula realizam uma atividade contra a possibilidade de sua prisão.

Além do já conhecido cruxifixo onde diz que Lula e Jesus foram “condenados sem provas”, outro cartaz chama atenção ao afirmar que “Pernambuco quer Lula Livre” e que “o povo tem direito de votar no melhor presidente do Brasil”. 

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Apesar de todas as especulações já apontadas, Lula garantiu na últíma sexta-feira (23) que “tem certeza” de que não vai ser preso. “Eu não vou ser preso porque não cometi nenhum crime e eu tenho certeza de que nesse país haverá justiça”, chegou a ressaltar. 

A briga protagonizada entre os ministros Gilmar Mendes e Luís Roberto Barroso, durante sessão do Supremo Tribunal Federal (STF), ainda está dando o que falar. Durante o episódio, Barroso chegou a dizer que Gilmar “envergonhava” os demais ministros. “Vossa Excelência sozinho desmoraliza o tribunal”, disparou Barroso.

A discussão agressiva, que aconteceu na última quarta-feira (21), continua causando grande repercussão. O deputado federal Waldir (PR) comentou o caso afirmando o que muitos deverão concordar. “O STF deveria ser a Casa de juízes de carreira escolhido pelos próprios pares em votação direta e não como é hoje: juízes escolhidos por partidos e políticos, muitos envolvidos em falcatruas e investigações como FHC, Collor, Lula, Dilma e Temer”, declarou.

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Waldir salientou que a atual forma de escolher os ministros resulta no quadro de hoje. “Impunidade, medidas contra a Lava Jato e contra a corrupção. Covardia pura, pior, pagamos os salários e mordomias dessas aberrações. São fiscalizados por quem? Deitam e rolam em decisões para lá de suspeitas no favorecimento de criminosos. Até quando? Bolsonaro vem aí e o bicho vai pegar, eu acredito”.

O parlamentar ainda chamou Gilmar Mendes de “compadre de bandidos”. “Ouviu na sua casa, no STF, algumas verdades. Herança do PSDB, do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, aquele contrário ao armamento do cidadão, favorável a liberação do uso de drogas, favorável ao aborto, contra o aprisionamento de criminosos, contrário a redução da maioridade penal, defensor dos Direitos Humanos, da bandidagem, e mencionado na Lava jato”, alfinetou.

Os "centros de crise da gravidez" foram objeto de um sensível debate nesta terça-feira (20) na Suprema Corte dos Estados Unidos, marcado pela pressão de grupos cristãos e conservadores.

Neste centros distribuídos por todo os Estados Unidos, as mulheres encontram assistência, exames e até cartilhas sobre a gravidez, mas há algo que não conseguirão: informações sobre como abortar.

O caso debatido no Supremo envolve uma lei da Califórnia que exige que tais centros, contrários ao aborto, informem a suas clientes grávidas que têm a opção de abortar e de acesso a métodos anticonceptivos gratuitos em outras instituições, subsidiadas pelo estado. A lei também obriga estes centros de acolhimento a informar claramente se estão autorizados a praticar medicina.

Os ativistas "Pró-Vida", opostos ao aborto, consideram que a lei de 2015, de inspiração democrata, viola sua liberdade de consciência, protegida pela primeira emenda da Constituição.

"O direito fundamental ao aborto se tornou mais fundamental que o direito à liberdade de expressão", denunciaram os advogados da organização antiaborto Liberty Counsel.

"Mas o primeiro foi considerado fundamental há 45 anos e o segundo está estabelecido constitucionalmente há 227 anos", acrescentaram os advogados em referência ao caso Roe x Wade, que levou à legalização do aborto em 1973 em todos os Estados Unidos, e à Declaração dos Direitos de 1791.

Apenas na Califórnia, há centenas de "centros de crise da gravidez" administrados por cristãos conservadores.

Conhecidos em alguns casos como "falsas clínicas", estes centros têm sido acusados ​​de atrair as mulheres fazendo-as acreditar que receberão assistência médica, incluindo para um aborto.

Mas sob a desculpa de assistir e aconselhar mulheres que não desejam engravidar ou querem abortar, os membros destes centros tentam convencê-las a ter o filho.

"Estes falsos centros de saúde não podem funcionar sem recorrer à mentira e ao engano para atrair as mulheres", comentou diante do prédio do Supremo Ilyse Hogue, presidente do NARAL, associação que luta contra as restrições ao direito ao aborto.

Durante os debates desta terça-feira, vários juízes da maioria conservadora do Supremo questionaram a constitucionalidade da lei da Califórnia.

"Se você deseja informar os direitos a certo segmento da população, é bastante estranho exigir que um estranho o faça", disse Neil Gorsuch, um juiz nomeado por Donald Trump.

O progressista Stephen Breyer recordou que alguns Estados republicanos exigem que os médicos informem às mulheres que querem abortar que podem ter a criança e entregá-la para a adoção.

"Então, por que um Estado favorável (ao direito ao aborto) não deveria exigir de um médico ou um centro que informem ao público sobre o aborto?!" - questionou.

A decisão final adotada pelo Supremo certamente terá repercussões além das fronteiras da Califórnia, em um momento que avança a causa contra o aborto com Donald Trump na Casa Branca.

"Os nove juízes tomarão uma decisão muito importante para todos os americanos, e não apenas para as mulheres", disse o procurador-geral da Califórnia, Xavier Becerra.

O Supremo deve comunicar sua decisão até o final de junho.

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