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O prefeito de São Paulo Bruno Covas (PSDB) deu sequência nesta terça-feira (8) a uma minirreforma em seu secretariado iniciada em novembro, após a vitória do ex-prefeito João Doria (PSDB) nas eleições para o governo do Estado. Entre as principais trocas, estão as das pastas de Educação e Habitação.

Segundo Covas, as nomeações têm, "em primeiro lugar", objetivo de cumprir seu plano de metas, mas reconheceu que atendem ao interesse de "consolidar o apoio" ao governo. Covas deve ser candidato à reeleição em 2020.

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O novo titular da Educação é João Cury, ex-tucano e amigo pessoal do prefeito, que foi expulso da legenda pelo grupo ligado a Doria ao decidir ficar na Secretaria Estadual da Educação da gestão Márcio França (PSB). Ele é contemporâneo de Covas na juventude do PSDB e já havia indicado sua equipe para cargos na Prefeitura após deixar a sigla.

Na semana passada, a gestão Doria criticou a atuação de Cury na pasta estadual, ao afirmar que ele não havia comprado material escolar para o início do ano letivo. De acordo com Cury, o contrato foi assinado em dezembro e os kits chegariam a tempo.

A demissão de Alexandre Schneider da Educação trouxe o maior ruído. Tido como bom gestor até por opositores e de bom trânsito na rede municipal de ensino, havia zerado a fila de espera na pré-escola, entre outras metas. Ele soube da demissão na segunda-feira, dia 7, por volta das 19 horas, quando a edição do Diário Oficial da Cidade que trazia a exoneração já estava pronta.

Covas abriu espaço para o PRB, dando ao partido ligado à Igreja Universal do Reino de Deus a Secretaria de Habitação. O novo chefe da pasta, Aloisio Pinheiro, era secretário do Verde de Suzano, na Grande São Paulo, e assumiu o lugar de Fernando Chucre - que continua na gestão, agora na pasta de Urbanismo.

A titular de Urbanismo e Licenciamentos, Heloísa Proença, também deixou a administração. A pasta foi dividida, e o atual secretário de Gestão, César Boffa, vai cuidar de Licenciamentos. Sua adjunta, Malde Villas Boas, fica como titular de Gestão.

Além disso, a pasta de Relações Internacionais deve ser eliminada e o titular, Emílio Massot, fica só até o fim do processo de extinção. Do secretariado que assumiu em janeiro de 2017, só André Sturm (Cultura), Daniel Annenberg (Inovação) e Cid Torquato (Pessoa com Deficiência) continuam. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente eleito, Jair Bolsonaro, que toma posse nesta terça-feira, 1.º, em Brasília, terá na Câmara uma base inicial projetada de 112 deputados, uma das menores desde a redemocratização, formada pelo PSL, pelo PR e pelas legendas que declararam apoio no segundo turno das eleições: PTB, PSC e Patriota/PRP.

O número, bem distante do mínimo necessário para aprovar, por exemplo, uma proposta de emenda à Constituição (PEC) - 308 votos - deixa o futuro governo dependente de uma negociação com os partidos do Centrão, bloco que soma 210 deputados, e com quem o presidente eleito já ensaia uma aproximação.

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Para tentar aprovar reformas econômicas como a da Previdência (são necessários também 308 votos), Bolsonaro enfrentará a oposição de 150 deputados de partidos como PT, PSB, PDT, Solidariedade, PCdoB, PPL, PSOL e Rede - parte deles decidiu faltar à cerimônia de posse presidencial. O PT segue como maior partido na esquerda, com 56 eleitos, mas verá sua hegemonia desafiada pelo bloco de 70 deputados formado por PSB, PDT, PCdoB e PPL.

Para atingir maioria e a governabilidade, o futuro governo avalia fazer um gesto público: ceder as lideranças do governo na Câmara, no Senado e no Congresso a parlamentares de siglas que venham a integrar a base. Os futuros ministros que têm carreira na política já foram orientados a ir a campo na articulação e pedir apoio par os segmentos que representam, partidos a que são filiados e parlamentares com os quais têm proximidade.

Além disso, Bolsonaro ordenou que o PSL não tome lado na disputa pela presidência da Câmara. O partido promete abrir mão de ter candidatura própria na Câmara e no Senado, mas não acenou em apoio aos atuais grupos que comandam as Casas. Tanto Bolsonaro quanto a bancada do PSL dão sinais de incentivos a candidaturas alternativas às de Rodrigo Maia (DEM-RJ), que tenta a reeleição na Câmara, e de Renan Calheiros (MDB-AL), no Senado. Os 52 deputados eleitos do PSL prometem votar em bloco em um candidato só.

Capacidade

"A base dele é o PSL e ponto. Não vamos falar em base agora para não causar um clima ruim de relacionamento, mas os outros partidos se colocaram muito à disposição para essas reformas que ele quer fazer, à disposição de estar junto", disse o deputado Carlos Manato (PSL-ES), convocado para responder pela articulação na Câmara. "(O líder do governo na Casa) não precisa ser do PSL, pode ser alguém com capacidade de articulação, de outro partido. Tanto no Congresso quando no Senado também", afirmou o parlamentar.

A expectativa na equipe governista é a de que Bolsonaro encontre no Congresso um ambiente favorável a ele e às reformas, sem uma adesão automática. O presidente eleito vem sendo aconselhado a negociar e a conversar previamente com os partidos e parlamentares sobre as votações e a tentar aprovar o máximo de reformas econômicas no primeiro ano e de uma só vez, aproveitando a popularidade. A partir de 2020, parte dos parlamentares começa a se voltar para as eleições municipais, disse um aliado.

Grupos

Três grupos claros devem se formar na Câmara dos Deputados: a base e a oposição, nos extremos, e os partidos médios no centro - a maioria com um histórico fisiológico, em postura de independência e cooperação. Parlamentares experientes avaliaram que o excesso de novatos na política eleitos em 2018 e a heterogeneidade da bancada do PSL, formada por diversos representantes de classes (como juízes, policiais e militares) podem dificultar a aprovação de pautas consideradas controversas, entre elas a reforma da Previdência.

Um dirigente do PSD afirmou que o presidente eleito dificilmente terá uma base formal folgada como seus antecessores se esforçaram para costurar, pelo estilo pessoal de "desprezo" à política e aos caciques - Bolsonaro sempre foi um parlamentar isolado nos partidos por que passou - e pelo método de articulação escolhido.

Ainda segundo esse dirigente, o novo presidente vai ter dificuldade na relação com o Poder Legislativo, e, para superá-las, o futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, responsável por coordenar a transição de governo, precisará montar um colegiado de aconselhamento amplo. A aposta é que, nas negociações, Bolsonaro comece a abrir espaços no governo, cedendo cargos de segundo escalão à indicação partidária ou de parlamentares, modelo a que o presidente eleito tanto resiste.

Oposição

Ainda sob o impacto da eleição presidencial, os principais partidos de oposição ao governo Jair Bolsonaro (PSL) enfrentam uma disputa pela hegemonia no campo da esquerda.

O PT, maior partido na Câmara com 56 deputados eleitos e força hegemônica na esquerda nas últimas três décadas, vai enfrentar a concorrência do bloco formado por PSB, PDT e PC do B que, juntos, têm 70 cadeiras. Correndo por fora, o PSOL, com 10 vagas, mantém a estratégia de independência e aposta na relação com grupos organizados de esquerda que estão fora dos partidos políticos.

Para evitar que essa disputa se transforme em fragmentação e enfraquecimento da oposição, os partidos negociam a criação de plataformas nas quais possam construir entendimentos sem a contaminação dos interesses eleitorais de cada agremiação.

Uma delas é uma ampla frente democrática que pode incluir partidos para além da centro esquerda e setores da sociedade organizada em reação a possíveis retrocessos nos direitos civis durante o governo do PSL. Líderes dessa articulação, no entanto, acreditam que a iniciativa só vai vingar depois que Bolsonaro concretizar as primeiras promessas de campanha.

Outra plataforma, a ser lançada no dia 31 de janeiro, é o Observatório da Democracia, formado pelas fundações de seis partidos (PT, PSB, PDT, PC do B, PROS e Solidaridade) com o objetivo de estudar as primeiras medidas do governo Bolsonaro e apresentar propostas de atuação conjunta.

"É uma forma indireta de fazer oposição. As fundações não são exatamente como os partidos, não estão contaminadas pela disputa política direta. O esforço é de produzir elementos que sejam oferecidos aos partidos", disse o presidente da Fundação Maurício Grabois (PC do B), Renato Rabelo.

Publicamente os partidos negam mas o pano de fundo dessa disputa são os projetos eleitorais de cada legenda. Em 2018 o PT chegou ao segundo turno, teve o apoio de Guilherme Boulos (PSOL - que pretende capitalizar a exposição conquistada na campanha), mas não engoliu a recusa de Ciro Gomes (PDT- que não esconde o desejo de liderar a nova esquerda) em apoiar Fernando Haddad.

"O PT hegemonizou a esquerda por três décadas, mas essa hegemonia está desgastada. É natural, portanto, que outros partidos e movimentos disputem maior protagonismo", disse o presidente nacional do PSOL, Juliano Medeiros.

Segundo ele, "em alguns casos é evidente" o interesse eleitoral por trás de cada movimento partidário. Articuladores do bloco PSB-PDT-PC do B negam que o objetivo seja isolar o PT e o PSOL com vistas à eleição de 2022.

"2022 está muito longe. O objetivo é não ter nenhuma força hegemônica. Vamos dialogar com o PT e o PSOL normalmente em todas votações", disse o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi.

Para o deputado Orlando Silva, líder do PC do B na Câmara, pelo tamanho do partido, a presença do PT no bloco desequilibraria as forças. Ele admitiu, no entanto, que se der certo a articulação pode se transformar em um projeto eleitoral por meio de uma federação de partidos.

Segundo Orlando, sem o risco da hegemonia petista o bloco oferece mais condições para atrair outros partidos como o Solidariedade, PV, Rede, PPS além de setores do PSDB, MDB e outras siglas que queiram se opor ao governo Bolosonaro.

A ideia é fazer uma oposição pontual ao governo do PSL e fugir da pecha de defensores do "quanto pior, melhor". "Queremos que o Congresso seja um espaço de mediação", disse o líder do PDT, André Figueiredo.

A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, também nega que o partido esteja isolado. "Na realidade, não tem como isolar alguém na oposição. Os partidos têm feito discussões junto com a gente. O bloco é mais para a composição das forças no Congresso Nacional. Já conversei com os presidentes e todos concordam que vamos estar juntos fazendo oposição ao governo Bolsonaro", disse ela.

Embora não tenha participado das articulações, o ex-ministro José Dirceu resumiu o que deve ser a oposição a Bolsonaro no lançamento de seu livro de memórias em São Paulo, no final de novembro. "Cada um tem de cumprir o seu papel. Lá na frente a gente se encontra." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A lista com os 50 nomes da equipe de transição estava quase fechada quando Jair Bolsonaro determinou novo toque de recolher na campanha e avocou para si a tarefa de escolher cada um dos aliados que farão parte de seu primeiro time de governo. A decisão pegou alguns do grupo de surpresa, mas foi vista apenas como recuo estratégico. No entorno de Bolsonaro, há poucas dúvidas sobre o time que, ao lado presidente eleito, emergirá ao poder.

O núcleo duro do candidato do PSL é composto por aliados de longa data e outros conquistados mais recentemente, já no curso das tratativas rumo à disputa eleitoral. Diferentemente de outros candidatos, Bolsonaro tem um núcleo político robusto dentro de casa.

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Levados à política pelo pai, o senador eleito Flávio, o vereador Carlos e o deputado federal Eduardo - os três primeiros dos cinco filhos de Bolsonaro - contam com a confiança do presidenciável e compõem seu grupo mais próximo.

Fora do círculo familiar, quatro personagens detém atualmente inegável influência no entorno do militar. O advogado Gustavo Bebianno, presidente interino do PSL, conheceu Bolsonaro apenas em 2017 após inúmeras tentativas de aproximação, mas hoje é peça central nas articulações políticas do grupo bolsonarista. É cotado para compor o ministério do governo e tem atuado nos bastidores sondando nomes para compor a nova administração.

Até pouco tempo neófito no mundo político, o economista Paulo Guedes foi apresentado a Bolsonaro em novembro do ano passado e uniu-se ao grupo oficialmente neste ano. Tornou-se fiador de seu projeto liberal e muleta de primeira quando o assunto na campanha se voltou para a economia - passou a ser chamado jocosamente pelo próprio candidato de "Posto Ipiranga".

Sondagens. Guedes, indicado por Bolsonaro como seu futuro ministro da Economia, coordena um grupo grande de técnicos, entre economistas, advogados e outros especialistas, que trabalham no plano de governo. Ele tem feito sondagens para cargos no futuro governo entre executivos de bancos e gestoras e integrantes da equipe de Michel Temer.

Também apontados como ministros de seu governo, outros dois nomes completam o primeiro time de aliados: o deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS), que assumirá a Casa Civil, e o general da reserva Augusto Heleno, convidado para assumir a Defesa. Com Heleno, a relação remonta à década de 1970, quando se conheceram na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN).

A proximidade, no entanto, veio após o impeachment de Dilma Rousseff. Procurado pelo próprio Bolsonaro para ajudar com a campanha, Heleno montou uma equipe ampla para discutir propostas de governo. Lorenzoni, cuja amizade com Bolsonaro veio dos tempos de Congresso, é entusiasta e apoiador de sua candidatura desde o início. Trabalhou em costuras locais pró-Bolsonaro nas eleições e está encarregado das conversas com outros deputados para angariar apoio e montar a base parlamentar do governo.

Da caserna. O núcleo militar, no qual Heleno exerce liderança, é composto ainda pelos generais Oswaldo Ferreira, outro nome cotado para ocupar um ministério de Bolsonaro, e Aléssio Souto Ribeiro, que trabalha no grupo de governo que elabora propostas paras as áreas de educação e ciência e tecnologia.

O time da caserna foi ganhando força ao longo da campanha e a expectativa é de que ocupe espaço relevante em Brasília - fala-se até em um militar na presidência da Petrobrás.

O núcleo político, que tem Lorenzoni em papel de destaque, é composto ainda por nomes que se tornaram pontes importantes de Bolsonaro com grupos do Congresso. O senador eleito Major Olímpio, filiou-se ao PSL neste ano no encalço do capitão, tornou-se presidente do partido em São Paulo e compõe a chamada "bancada da bala". O senador Magno Malta (PP-ES), ex-pastor que não conseguiu se reeleger, tem trânsito entre lideranças evangélicas.

No grupo de conselheiros empresariais, Paulo Marinho foi ganhando relevância durante o avanço da campanha. Entusiasta inicialmente da candidatura de João Doria (PSDB) ao Palácio do Planalto, foi se aproximando do grupo bolsonarista com a ajuda de Bebianno, de quem é amigo.

Marinho tornou-se primeiro suplente de Flávio Bolsonaro, eleito senador pelo Rio, e transformou sua casa nos últimos meses em base da campanha do capitão da reserva - é na residência do empresário onde Bolsonaro grava vídeos para o horário eleitoral, por exemplo.

O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, criticou a manifestação de apoio da Frente Parlamentar Agropecuária (FPA) a Jair Bolsonaro (PSL). O tucano disse que deputados e senadores da frente não foram consultados e a manifestação foi um ato "individual e extemporâneo". "A manifestação da FPA foi até desrespeitosa. Eu também sou agricultor e não fui consultado. Deputados e senadores não foram consultados. Quem eles consultaram?", questionou Alckmin, que participou de um encontro de lideranças convocado pela União-Geral dos Trabalhadores (UGT), em São Paulo.

Com 210 deputados e 26 senadores, muitos deles oriundos de partidos do Centrão - como sua presidente, deputada Tereza Cristina (DEM-MS) -, a FPA é um grupo forte dentro do Congresso. Em carta publicada na página da entidade na internet, a parlamentar afirmou que a decisão "atende ao clamor do setor produtivo nacional, de empreendedores individuais aos pequenos agricultores e representantes dos grandes negócios".

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Punição

Questionado sobre o anúncio feito pela deputada, o presidente do DEM, ACM Neto, afirmou que Tereza não fala em nome do partido.

"A deputada Tereza Cristina fala em nome da frente, mas não do DEM", afirmou ACM Neto, que também é prefeito de Salvador.

Segundo ele, "o DEM continua firme com Alckmin". "A posição mencionada é a de um segmento, mas não é o retrato do partido", disse.

Questionado se Tereza Cristina seria punida, ACM Neto disse que esse assunto não está na pauta. "O objetivo maior é nos unirmos em torno da campanha de Alckmin." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidenciável do PSDB, Geraldo Alckmin, está sendo pressionado por tucanos e integrantes do Centrão a mudar a estratégia de campanha após recente divulgação de pesquisas de intenção de votos. Na do Ibope do dia 11, Alckmin tinha 9% das intenções de votos, oscilando negativamente um ponto porcentual em comparação com o levantamento anterior.

"O foco principal do PSDB não deve ser o (candidato do PSL, Jair) Bolsonaro, mas o PT", disse ao Estado o ex-governador e ex-presidente nacional do PSDB Alberto Goldman. O tucano, que atualmente é secretário de relações internacionais do PSDB, foi neste domingo, 16, ao comitê central da campanha de Alckmin, no centro de São Paulo, para tentar convencer o candidato a mudar de estratégia.

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Como Alckmin estava em campanha, a conversa deve ocorrer ao longo da semana. Após Bolsonaro ser esfaqueado na semana retrasada, a campanha de Alckmin suspendeu os ataques ao candidato do PSL nas inserções de TV, rádio e internet.

A trégua, porém, durou pouco. A avaliação de que a esquerda deve emplacar um nome no segundo turno fez a campanha tucana retomar a ofensiva contra Bolsonaro, sobretudo nas inserções de rádio.

Deputados

Goldman verbalizou a mesma avaliação que é feita em caráter reservado por deputados do PSDB ouvidos pela reportagem. Os aliados pregam que o voto útil antipetista é o único caminho para Alckmin crescer nas pesquisas e disputar uma vaga no segundo turno.

Fiador da candidatura de Alckmin à Presidência, o Centrão também está desnorteado com o imobilismo do tucano nas pesquisas de intenção de voto. Em conversas reservadas, aliados avaliam que, se o tucano não reagir nem mostrar fôlego em uma semana, a campanha entrará em fase de agonia.

Formado por DEM, PP, PR, PRB e Solidariedade, o Centrão se divide agora sobre a estratégia a ser adotada, na tentativa de fazer o ex-governador de São Paulo decolar. A maior parte do grupo acha que é preciso concentrar o ataque em Bolsonaro e pregar o voto útil com mais vigor, deixando a artilharia pesada contra o petista Fernando Haddad para o final.

De acordo a mais recente pesquisa do Ibope, metade dos eleitores antipetistas declara voto em Bolsonaro. O deputado do PSL detém 53% das intenções de voto nessa fatia do eleitorado, que soma 44 milhões de pessoas, ou 30% do total de votos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Enquanto se prepara para usufruir de principal trunfo nas eleições 2018, os 43% do tempo do horário eleitoral na TV e no rádio, a campanha de Geraldo Alckmin (PSDB) começou a identificar aliados nos Estados que decidiram ignorar o ex-governador em seu material de campanha. Para conter o movimento, a campanha do PSDB decidiu reforçar em seus comitês regionais iniciativas como o alinhamento das agendas, a distribuição de material do tucano, assim como o acompanhamento da situação eleitoral geral no Estados.

Um caso já conhecido de um integrante de uma das oito siglas aliadas ao PSDB no plano nacional e ignoram o candidato tucano ocorreu há duas semanas, quando o presidente do PP, senador Ciro Nogueira, andou pelas ruas de Teresina acompanhado de Fernando Haddad (PT).

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Na quinta, 30, Alckmin foi a Mogi das Cruzes, interior de São Paulo, participar de um encontro com prefeitos e lideranças locais da região. Nas ruas da cidade, era possível recolher no chão santinhos como o da candidata a deputado federal Juliana Cardoso (PR), que não trazem o nome do tucano.

Na capital paulista, os integrantes do MBL Kim Kataguiri e Arthur Mamãe Falei, que concorrem a deputado federal e estadual pelo DEM, respectivamente, também distribuem santinhos sem nenhuma menção a Alckmin ou João Doria, que concorre ao governo do Estado com um vice do DEM, Rodrigo Garcia.

No Rio Grande do Sul, um integrante o PP - partido da vice, Ana Amélia - disse à reportagem que até imprimiu santinhos de Alckmin, mas que não está distribuindo. Ele afirmou que a escolha da senadora não foi construída dentro do partido e que, por isso, se sente desobrigado de fazer campanha para o tucano. "A entrada da Ana Amélia não foi construída pelo Ciro Nogueira. Foi o Alckmin que a escolheu", argumentou. "Aqui vamos todos com Bolsonaro. Se tem Alckmin em santinho aqui (no RS), não vi nenhum ainda."

Líder do PR na Câmara, o deputado José Rocha (BA) lembrou que o acordo nacional nem sempre se adequa aos acertos nos Estados. "Aqui na Bahia, por exemplo, o PSDB é adversário nosso, então não podemos estar no mesmo palanque de Alckmin", disse Rocha, cujo partido integra a base do governador Rui Costa (PT), que tenta a reeleição. "Aqui, os materiais de campanha vão ter Lula."

Tesoureiro do PSDB, o deputado Silvio Torres negou que a tarefa dos coordenadores regionais seja o de fiscalizar os aliados nos Estados. "É até previsível que isso aconteça. Estamos com nove partidos, uma coligação que foi feita praticamente nos últimos dias. Os acordos regionais já haviam sido fechados, é difícil impor uma coisa de cima para baixo", disse o deputado. "O importante é que a ampla maioria, quase 90%, está trabalhando normalmente, fazendo material junto. Este não é um assunto que preocupa."

O ex-governador e candidato tucano ao governo de Roraima, José Anchieta Junior, tem reiterado a lideranças nacionais do partido que apoiará Geraldo Alckmin. Anchieta, porém, priorizou a pauta da segurança pública para associar a campanha à candidatura presidencial de Jair Bolsonaro (PSL). Ao mesmo tempo em que ressalta sua fidelidade a Alckmin, Anchieta disse que é o "Bolsonaro de Roraima".

A situação de Alckmin é de risco também em dois palanques onde é aliado ao DEM no Centro-Oeste. No Distrito Federal, o deputado Alberto Fraga, postulante ao Palácio do Buriti, disse que "respeita" Alckmin, mas apoia Bolsonaro.

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Em Goiás, o senador Ronaldo Caiado tentará conquistar o Palácio das Esmeraldas contra o governador José Eliton (PSDB), por isso rejeita receber Alckmin e acena para o candidato do Podemos a presidente, o senador paranaense Alvaro Dias, e também a Bolsonaro.

Na visita de Bolsonaro a Goiânia e Rio Verde, no mês passado, os apoiadores do candidato espalharam faixas com fotos dele e do senador. Caiado chegou a subir num carro de som onde Bolsonaro estava num evento de ruralistas, em maio, em Brasília.

O presidenciável do PSDB poderá ainda sofrer com traições nas regiões Nordeste e Norte. Apesar de o PTB ter se aliado nacionalmente ao tucano, o senador Armando Monteiro, candidato ao governo de Pernambuco, é histórico aliado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o visitou na cadeia em Curitiba.

Em 2014, quando perdeu a eleição para o Palácio das Princesas, Monteiro foi apoiado por Lula. Do PSD, que também coligou-se com Alckmin nacionalmente, o governador de Sergipe, Belivaldo Chagas, é outro nordestino que defende Lula e tentou visitar o petista na prisão.

No MDB, na maior parte das "traições" candidatos a governador do partido também tentam atrair para si eleitores de Lula.

O petista conta com o apoio de João Arruda, deputado que deve ser lançado na disputa ao governo do Paraná pelo presidente estadual da legenda, o senador Roberto Requião. Ele é opositor do governo Temer e da candidatura de Meirelles. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Políticos e jornais norte-americanos teceram duras críticas à postura adotada pelo presidente Donald Trump no encontro com o líder russo, Vladimir Putin, nessa segunda-feira (16), na Finlândia, durante o qual defendeu uma melhora nas relações entre Washington e Moscou e negou qualquer interferência de hackers russos nas eleições à Casa Branca de 2016. O republicano chegou a criticar a investigação conduzida dentro do próprio país sobre o caso.

O ex-vice-presidente Joe Biden afirmou que a coletiva de imprensa de Trump e Putin "não foi digna de um presidente dos Estados Unidos", pois não reflete aquilo que os cidadãos "pensam e nem o que são". "Trump insultou nossos amigos e se aliou aos nossos adversários", alegou Biden.

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Já o ex-diretor do FBI James Comey pediu que os patriotas "se coloquem de pé para rechaçar o comportamento" de Trump, que "eximiu um criminoso mentiroso e se negou a apoiar o próprio país". Até Newt Gingrich, um dos maiores aliados e defensores de Trump, disse que o mandatário cometeu "o erro mais grave da sua Presidência e deve se corrigir imediatamente". A imprensa dos EUA também repercutiu as declarações de Trump.

Para o jornal "The Washington Post", Trump "confabulou abertamente com o líder criminoso de uma potência hostil", negando-se a admitir o comportamento de Moscou e "destroçando o sistema judiciário de seu país". O "The New York Times" disse, por sua vez, que Trump "está trabalhando duramente para sabotar os laços dos Estados Unidos com a Otan e com a União Europeia, e para debilitar a influência norte-americana no Oriente Médio". O "The New York Daily News" foi mais fundo e chamou a postura de Trump de "traição", em um artigo ilustrado com uma imagem do republicano apontando uma arma para o "Tio Sam".

Da Ansa

Uma parte da população desgostosa com o atual governo ficou estarrecida com a declaração do presidente do MDB, Romero Jucá, nessa quarta-feira (21), ao afirmar que o presidente Michel Temer (MDB) é uma opção da legenda para ser candidato a presidente na eleição deste ano, “se ele assim o entender”. 

Jucá foi além e sem modéstia disse que o tempo vai dizer se Temer será candidato. “O presidente vai definir no momento apropriado se ele poderá ser ou não candidato”, afirmou. Nos bastidores, comenta-se que o decreto de intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro é um “sinal” que Temer quer se candidatar à reeleição. 

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O ex-presidente Lula chegou a falar sobre o assunto dizendo acreditar que o presidente está “encontrando um jeito” de ser candidato ressaltando ainda que ele pretende “pegar um nicho de eleitores de Bolsonaro”. 

De acordo com a cientista política Priscila Lapa, em entrevista ao LeiaJá, a princípio parece algo completamente “desvairado” um presidente com uma avaliação extremamente negativa tentar novamente disputar o pleito ao mesmo cargo. “No primeiro momento, pode parecer um erro estratégico que uma pessoa com esse tipo de avaliação seja candidato”, explicou.

No entanto, Lapa ressaltou que é preciso olhar todo o contexto que vem se desenhando na política nos últimos meses. “Ele [Temer] tem uma base na Câmara e no Senado, mas que está passando por um momento de agitação política muito grande onde cada partido tem seu próprio interesse e os partidos menores que começam a reivindicar mais espaço político. Em um contexto de falta de consenso, é possível que o presidente seja lançado como um nome de consenso”, explicou. 

“Se escolherem um candidato do PSDB, nem todo mundo vai apoiar. Se for do PTB, também não e por aí vai. Então, o mais consensual ou o mais estratégico seria um nome de consenso em torno de todas essas forças que hoje compõe o governo. Não seria, nesse caso, estrategicamente equivocada alçar o nome dele por varias questões de fortalecimento político”, complementou. 

Priscila Lapa ainda ressaltou que Temer vem buscando um fortalecimento político como, por exemplo, um recuo na votação da reforma da previdência, que estava marcada para acontecer neste mês. “Ele foi extremamente estratégico para que o governo não fosse considerado derrotado, por outro lado ele vem fazendo outras ações para melhorar essa imagem perante a sociedade como essa intervenção lá no Rio de Janeiro. É um conjunto de ações que está começando a favorecer em torno de um nome que possa representar essa força política que hoje governa. Aos poucos vai se desenhando, sim, um cenário que seja possível e viável uma candidatura dele a reeleição”, salientou. 

De acordo com O Estado de S.Paulo, em reunião da Executiva Nacional do MDB, a portas fechadas, que aconteceu nessa quarta (21), o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, defendeu a candidatura de Temer afirmando que o presidente "todas as chances de ganhar”. 

Na primeira reunião do ano no Palácio da Alvorada, o presidente Michel Temer pediu na quarta-feira, 3, à noite a aliados que continuem empenhados na defesa da reforma da Previdência e que não deixem "o tema morrer". O governo ainda está distante dos 308 votos necessários para aprovar a reforma, mas tem apostado em um discurso otimista na tentativa de viabilizar a aprovação da reforma.

Participaram do encontro de quarta à noite no Alvorada, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil), Moreira Franco (Secretaria-Geral) e Carlos Marun (Secretaria de Governo).

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Marun, que é o responsável por tratar de liberação de emendas parlamentares, por exemplo, já avisou que vai criar um esquema especial de trabalho com os líderes para angariar apoio a proposta. "Eu reservei as quartas-feiras para atender os líderes, só líderes, para ter conversas, não reservadas, mas tratar de questões específicas. Isso já passa a fazer parte da nossa agenda", afirmou.

Em entrevista ao Broadcast (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado) na quarta, o ministro afirmou que hoje o ambiente está "muito mais favorável" para a reforma. "Saindo de um restaurante, tinha uma mesa de jovens, e eles me disseram: 'Ministro, vamos aprovar a reforma da Previdência'. Saindo do hotel, um hóspede disse: 'Ministro, vamos aprovar a reforma'. Se isso está acontecendo comigo, deve estar acontecendo com os parlamentares. Isso é muito importante, por que, o que leva alguém que não é oposição, da base, a votar contra a reforma? É o medo, de que um voto favorável à reforma possa trazer impacto eleitoral negativo. É justo", explicou.

No período da manhã, Maia reuniu-se em sua residência oficial com os ministros da área econômica Henrique Meirelles (Fazenda) e Dyogo Oliveira (Planejamento) para tratar da reforma.

Conforme calendário já anunciado, a votação da reforma da Previdência na Câmara está marcada para o dia 19 de fevereiro. Mas o presidente da Casa quer começar as discussões sobre a matéria ainda antes do carnaval, no dia 5 de fevereiro.

O presidente Michel Temer vai usar uma agenda de governo para dar palanque a aliados, entre eles 18 ministros que pretendem concorrer a algum cargo eletivo nas eleições de 2018. Na próxima quarta-feira, eles serão anfitriões na entrega de 25 mil casas e apartamentos do programa Minha Casa Minha Vida, espalhados por 30 municípios em 14 Estados.

De acordo com a programação, Temer pode viajar a Maceió, base eleitoral de dois ministros - Maurício Quintella (PR), dos Transportes, e Marx Beltrão (PMDB), do Turismo. Ambos planejam concorrer ao Senado em 2018.

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"Serão entregues 3.900 unidades. Fora isso, ainda vai ter uma visita à duplicação da BR-101, que foi retomada", afirmou Quintella. O ministro disse não ter certeza da presença de Temer na cerimônia, por causa das restrições médicas. O presidente passou por uma cirurgia para desobstrução do canal da bexiga na quinta-feira passada e está usando uma sonda.

Na manhã deste domingo, 17, Temer foi ao Palácio da Alvorada gravar vídeos que serão exibidos nos locais onde serão entregues imóveis do programa, mas que não haverá representante do governo. A ideia era gravar mensagens para cada uma das cidades beneficiadas. Ainda está em discussão quem liderará a cerimônia nessas cidades. A entrega das unidades será feita sob a marca do programa Avançar, lançado no mês passado, cuja prioridade imediata é concluir obras sob responsabilidade do governo federal que estavam em andamento.

Responsável pelo Avançar, o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco, esteve ontem com Temer no Alvorada em reunião que também contou com a presença do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Reuniões. Com Maia, Temer discutiu estratégias para a votação da reforma da Previdência, que ficou para fevereiro de 2018. A conversa passou também por outro ponto de agenda positiva do governo.

O presidente da Riachuelo, Flávio Rocha, foi recebido e falou sobre a abertura de novas vagas na rede varejista.

A geração de empregos é uma agenda positiva na qual o governo aposta fortemente. A Coluna do Estadão informou ontem que há intenção de se instalar, na Esplanada, um painel mostrando a abertura de postos de trabalho, o "trabalhômetro".

Mais cedo, Temer recebeu o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente Michel Temer está neste momento reunido no Palácio da Alvorada com o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Wellington Moreira Franco, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e o presidente da Riachuelo, Flávio Rocha. A informação é da assessoria de imprensa do Palácio do Planalto.

Mais cedo, o presidente reuniu-se com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, também no Alvorada. Antes de recebê-lo, o presidente gravou um vídeo sobre o programa Minha Casa Minha Vida. Nenhum desses compromissos consta da agenda oficial.

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Ainda de acordo com o Planalto, o executivo da Riachuelo foi informar ao presidente sobre sua intenção de abrir um grande número de vagas. A geração de empregos é uma agenda positiva na qual o governo aposta fortemente. A Coluna do Estadão informa hoje que há intenção de se instalar, na Esplanada, um painel mostrando a abertura de postos de trabalho, o "trabalhômetro", atualizado a cada vaga criada. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente Michel Temer se reuniu neste domingo (19) com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, em Brasília. A reunião foi realizada na residência oficial de Maia e durou cerca de duas horas. Foi o segundo encontro entre Temer e o presidente da Câmara neste fim de semana. Ontem (18), no Palácio da Alvorada, os dois conversaram sobre a reforma da Previdência e a pauta de votações da Câmara para os próximos dias.

A pauta da reunião deste domingo não foi divulgada oficialmente. O encontro ocorre na semana na qual Temer pretende definir o sucessor do ex-ministro das Cidades Bruno Araújo, que pediu exoneração na última segunda-feira (13), e reunir votos de aliados para aprovar a reforma da Previdência.

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Além do presidente, participaram do encontro o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco, o líder do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), e líderes dos partidos aliados na Casa.

Afastado do mandato pela segunda vez neste ano em decorrência das acusações criminais da delação premiada de Joesley Batista, da JBS, e com a liberdade restringida no período noturno, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) passou o dia nesta quarta-feira, 27, com sua mulher e os filhos na casa alugada pelo Senado no Lago Sul, bairro nobre de Brasília. O tucano esperava uma notificação do Supremo Tribunal Federal, mas o oficial de Justiça não bateu à sua porta.

A casa branca permaneceu fechada, com janelas e persianas cerradas. Os jornais do dia nem sequer foram recolhidos na porta da entrada social. A reclusão contrasta com a movimentação intensa de conselheiros e aliados que marcou, em maio, o primeiro afastamento do senador. No auge da divulgação das gravações em que o tucano pedia dinheiro a Joesley, quando a Procuradoria-Geral da República chegou a pedir sua prisão (o que foi negado duas vezes pelo Supremo), a irmã Andrea Neves e o primo Frederico Pacheco foram presos, flagrados cuidando dos trâmites do pagamento em dinheiro - propina, segundo delatores e investigadores. O episódio custou ao ex-presidenciável o comando do PSDB.

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Segundo funcionários da residência parlamentar, Aécio passou o dia trabalhando. O senador manteve-se a par das articulações no Senado para derrubar a decisão do Supremo, em contato direto com seu aliado, o senador Antônio Anastasia (PSDB-MG), que o visitara na véspera, assim como o vice-presidente do Senado, Cássio Cunha Lima (PSDB-PB).

Anastasia foi o pivô da reação tucana monitorada por Aécio. O tom buscou focar na preservação da independência entre os poderes da República, uma tentativa de desvincular os discursos na tribuna de uma defesa do senador. Ele classificou a decisão do Supremo como "uma mácula na harmonia entre os poderes" e disse que "o equilíbrio era fundamental para evitar a ditadura de um poder sobre outro".

Cunha Lima disse que Aécio se mostrou "perplexo" com a decisão, comparada a uma prisão domiciliar pelos tucanos. "Ele se considera injustiçado, foi assim que ele reagiu", disse à reportagem o criminalista Alberto Toron, advogado de Aécio.

Toron afirmou que não cabe recorrer ao plenário do Senado e preferiu aguardar a publicação do acórdão pelo tribunal e os "atos concretos do Senado".

Como o presidente interino, senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), estava nos Estados Unidos para exames de saúde, o diretório nacional do PSDB não se posicionou oficialmente sobre a suspensão de seu presidente afastado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O deputado estadual Odacy Amorim (PT) disse, nesta terça-feira (5), que o alinhamento político que existia entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-governador Eduardo Campos fez com que “grandes obras” chegassem ao estado de Pernambuco. “Imagina Pernambuco hoje sem essas obras que mudou a indústria porque os milhões eram para o Sul e o Sudeste. A transposição e outras obras, muitos falam que é uma coisa grande, mas grande é o resultado dessas obras”, disse durante pronunciamento no plenário da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).

Em entrevista ao LeiaJá, Odacy também falou que Lula teve Eduardo Campos como um aliado, o que viabilizou obras como Porto de Suape e a Transposição. “Tratava-se de um alinhado, ou seja, não tinha a intenção de atrapalhar, sempre tinha uma intenção de ajudar, então, foi importante”. 

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“A discussão começou antes com Dr. Arraes, que sempre defendeu o projeto de Lula. Arraes tinha uma série de ideias de projetos para Pernambuco, então, é dentro dessa linha que eu digo que o alinhamento de Eduardo com Lula foi importante, a presença de um governador aliado como facilitador dos grandes investimentos do governo federal para Pernambuco”, explicou. 

O deputado petista ainda falou, durante o plenário, sobre a caravana de Lula no Nordeste. “Por onde tem passado, embora não se tenha cobertura da grande mídia, são imagens muito fortes as que vemos. Uma multidão tomou conta, por exemplo, de Oricuri. Foi muita emoção. Ali, partidos de direita e esquerda estavam no palanque de Lula. O prefeito de Oricuri, do PSDB, o recebeu com nenhuma discriminação”. 

Entre os elogios a Lula, Odacy disse que o ex-presidente era “um homem muito simples” nas suas origens e que fez grande diferença no Nordeste e no Brasil. “Em Pernambuco, eu diria que foi onde o governo mais investiu. A passagem de Lula prova que o povo tem que ter referência na vida deles. Não só de comida, mas para se desenvolver e crescer”.

 

O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), durante visita ao Recife na noite desta sexta (18), demonstrou que não está nem um pouco incomodado com as acusações que envolvem o nome do presidente nacional do seu partido, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), que chegou a ser afastado do seu mandato acusado de corrupção passiva e obstrução da Justiça. Aécio também foi acusado de pedir e receber R$ 2 milhões a um dos donos da JBS, Joesley Batista. 

Questionado pelo LeiaJá se o senador, que já foi candidato à presidência da República, estaria sendo um "articulador" para uma possível candidatura dele, Doria, que nega disputar o pleito disse que desconhecia esse fato. "Mas se essa possibilidade existir, vamos trabalhar sobre ela. Eu não recebi essa informação, mas aproveito para reafirmar aqui o meu carinho e a minha admiração pelo senador Aécio Neves", frisou.

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Doria também fez uma série de elogios ao senador mineiro. "Eu tenho muito respeito pelo senador, que é um amigo e um parceiro. Eu ajudei na campanha presidencial dele, aliás, fiz isso com muito entusiasmo e com muita vibração", rememorou.

O prefeito também chegou a dizer que ficou "muito triste" com a derrota de Aécio para Dilma Rousseff.

O deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) saiu em defesa do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ), nesta sexta-feira (18), diante da manutenção da condenação dele por danos morais a também parlamentar Maria do Rosário (PT-RS). Em vídeo publicado nas redes sociais, Feliciano disse que o correligionário “não cometeu crime nenhum”, apenas revidou ao que classificou como “calúnia” proferida pela petista.  

“Existe um princípio de direito que após a injusta agressão o revide é isento de licitude, ou seja, quando a deputada Maria do Rosário chama o deputado Bolsonaro de estuprador, ela sim cometeu um crime, crime de calúnia. A frase que ele usou contra ela foi um revide e, em simples análise, em nenhum momento fez apologia ao estupro”, disse. 

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Para Marco Feliciano, “o que fica claro neste julgamento foi o que nós chamamos de ânimos políticos, em conflito com a maioria da opinião pública que sabe que Bolsonaro não cometeu crime nenhum”. Jair Bolsonaro foi condenado a pagar R$ 10 mil a Maria do Rosário por ter dito, em 2014, que ela “não merecia ser estuprada” porque a considerava “muito feia”. Além de uma retratação pública em favor da parlamentar

De acordo com a avaliação de Marco Feliciano, a imunidade de fala do deputado na tribuna deveria ter sido levada em consideração no julgamento. “Neste momento, o que tentam criminalizar é a única arma que tem o deputado que é a imunidade de fala. Portanto, reputo esse julgamento como injusto. temos o dever cívico de não nos conformar com as injustiças”, observou. 

Após classificar como injusta a decisão, Marco Feliciano disparou contra Maria do Rosário. “Ela é useira e vezeira em criar confusão, o que é incompatível a uma parlamentar. Ele está sempre pronta a processar quem a contrarie o regime maldito implantado pela esquerda. Eles tentam destruir a reputação e macular as pessoas. Tentam apagar da história aqueles que falam de maneira libertária e democrática as verdades que o povo gostaria de ouvir”, alfinetou. 

Veja as declarações de Marco Feliciano:

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O presidente licenciado do PSDB, senador Aécio Neves (MG), disse hoje (15), após reunião com o presidente Michel Temer, que o partido seguirá no governo, mesmo que perca ministérios, enquanto houver por parte do Palácio do Planalto o compromisso em aprovar reformas como a da Previdência.

Desde a votação no dia 2 de agosto em que foi arquivada a denúncia da procuradoria-geral da República contra Temer na Câmara dos Deputados, partidos da base aliada têm pressionado o governo para obter ministérios atualmente ocupados por tucanos, pois o PSDB votou dividido na apreciação da denúncia. Dos 47 deputados tucanos, 22 votaram pelo arquivamento da denúncia, 21 pela investigação e quatro se ausentaram. Atualmente, o PSDB têm quatro ministérios: Cidades, Relações Exteriores, Secretaria de Governo e Direitos Humanos.

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“Os cargos não são do PSDB, jamais foram. Os cargos são do presidente da República que tem toda a liberdade para utilizá-los da forma que achar melhor para o seu governo”, disse Aécio. Segundo o tucano, o compromisso do partido não é com cargo, mas sim com as reformas.

“Não pedimos cargos para o presidente no início do governo. Ele buscou o PSDB e nós liberamos para que o fizesse, quadros altamente qualificados e que prestam relevantes serviços ao país. Se, por determinadas circunstâncias, amanhã ele achar melhor ocupar esses cargos de outra forma, o PSDB continua tendo o mesmo compromisso com as reformas. Isso não altera um voto no PSDB”, disse o senador mineiro.

Aumento da meta

Sobre a elevação da meta do déficit fiscal, o presidente afastado do PSDB disse que não é “o melhor dos mundos”, mas a decisão possível diante da frustração de receitas. Aécio Neves ponderou que o país ainda vive um momento “extremamente conturbado”, apesar de sinais de recuperação em alguns setores da economia e que, ao elevar o déficit fiscal, o governo age “com prudência”.

“Não é o melhor dos mundos. Preferiríamos que não houvesse essa mudança na meta e insistimos nas conversas que tivemos com a área econômica e com o próprio presidente da República para que o esforço maior fosse feito na outra ponta, da inibição dos gastos, mas o governo, na ponta do lápis, aponta para frustração de receitas e gastos irremovíveis, que não são flexíveis, que são obrigatórios. Infelizmente, vamos ter uma sinalização que não é a mais adequada mas que, segundo o governo, é a sinalização possível”.

O presidente Michel Temer deixou por volta das 21h deste domingo (30), o Palácio do Alvorada, após uma reunião de cerca de 1h30 com aliados. Depois de passar a tarde no Rio de Janeiro para acompanhar o trabalho das Forças Armadas, o presidente Michel Temer chegou por volta das 19h30 em Brasília e seguiu direto para o Alvorada para mais um encontro de domingo com aliados. Desde que a crise política eclodiu com a gravação de Joesley Batista, Temer tem feito encontros aos domingos para articular as estratégias da semana.

Neste domingo, o governo quer fazer mais ajustes no discurso e nas ações para garantir que a denúncia de corrupção passiva contra o presidente seja derrubada já nesta semana, quando está marcada a sessão na Câmara. Apesar de interlocutores do presidente afirmarem que a preocupação em derrubar a denuncia não é do governo, que segue trabalhando, o presidente Michel Temer reitera sempre aos auxiliares que quer "tirar logo essa pauta do caminho".

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Participaram do encontro os ministros Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo), Eliseu Padilha (Casa Civil), Raul Jungmann (Defesa) e alguns parlamentares como André Moura, Darcisio Perondi e Beto Mansur.

Às vésperas da votação na Câmara, o presidente Michel Temer mantém sua rotina quase que diária de encontros com aliados para derrubar a denúncia de corrupção passiva contra ele. Neste domingo, 30, Temer deve reunir ministros e deputados de sua base de apoio para tratar dos acertos finais na estratégia adotada para engavetar o processo. O encontro deve ocorrer no Palácio do Jaburu, no fim do dia, depois que Temer retornar de uma visita ao Rio de Janeiro para acompanhar o trabalho das Forças Armadas no Estado.

Na reunião de hoje, o governo deve fazer um balanço dos votos e traçar novas ações para ampliar o número de deputados contrários à denúncia. Nos últimos meses, Temer tem se dedicado a atrair aliados e a convencer indecisos a ficarem de seu lado. Ele só precisa de 172 votos para descartar a denúncia. Como o jornal O Estado de S. Paulo mostra na edição deste domingo, nessa corrida, Temer já recebeu 160 deputados e senadores e liberou R$ 4,1 bilhões em emendas parlamentares.

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Apesar de afirmar que já tem os votos necessários a favor de Temer, a estratégia do Palácio do Planalto ainda inclui exonerar todos os ministros com mandato de deputado federal para que retornem à Câmara e votem pelo arquivamento da denúncia. Ao todo, 12 ministros poderão se licenciar dos cargos para ajudar Temer na votação.

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