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Cerca de 3,2 milhões de pessoas estão à procura de emprego há dois anos ou mais no Brasil. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta terça-feira (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), isso representa 25,2% dos 12,5 milhões de desocupados do país.

Ainda segundo o IBGE, cerca de 1,8 milhão, ou 7,1% dos desocupados, estavam há menos de um mês procurando emprego. A taxa de desemprego no país no terceiro trimestre deste ano, divulgada no fim de outubro, ficou em 11,8%, abaixo dos 12% registrados no segundo trimestre.

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A Pnad-Contínua divulgada hoje trouxe ainda dados sobre taxa de desemprego dos estados. O estado de São Paulo foi o único a apresentar queda na taxa de desemprego do segundo para o terceiro trimestre deste ano. A taxa recuou de 12,8% para 12% no período em São Paulo.

Segundo a pesquisadora da IBGE, Adriana Beringuy, a queda ocorreu devido à redução do número de desempregados e não em função do aumento da ocupação.

Já Rondônia foi o único estado com alta na taxa de desemprego, ao passar de 6,7% para 8,2%. As outras 25 unidades da federação tiveram estabilidade na taxa, de acordo com os dados do IBGE.

As maiores taxas foram observadas nos estados da Bahia (16,8%), Amapá (16,7%) e Pernambuco (15,8%). Já os menores níveis foram registrados em Santa Catarina (5,8%), Mato Grosso do Sul (7,5%) e Mato Grosso (8%).

Na comparação com o terceiro trimestre do ano passado, houve altas em Goiás (que passou de 8,9% para 10,8%) e Mato Grosso (de 6,7% para 8%). Três estados tiveram queda neste tipo de comparação: São Paulo (13,1% para 12%), Alagoas (de 17,1% para 15,4%) e Sergipe (17,5% para 14,7%).

A taxa composta de subutilização da força de trabalho (percentual de pessoas desocupadas ou subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas) foi de 24% no país. Maranhão (41,6%) e Piauí (41,1%) apresentam estimativas acima de 40%.

Por outro lado, as menores taxas foram observadas em Santa Catarina (10,6%), Mato Grosso (14,7%), Rio Grande do Sul (16,3%) e Mato Grosso do Sul (16,3%).

Desalentados

O número de desalentados (pessoas que desistiram de procurar emprego) foi de 4,7 milhões de pessoas no terceiro trimestre. Os maiores contingentes estavam na Bahia (781 mil) e no Maranhão (592 mil) e os menores em Roraima (17 mil) e Amapá (19 mil).

O percentual de pessoas desalentadas foi de 4,2%. Os maiores percentuais estavam no Maranhão (18,3%) e Alagoas (16,5%) e os menores em Santa Catarina (1,1%), Rio Grande do Sul (1,3%) e Distrito Federal (1,3%).

Empregos formais

Santa Catarina tinha o maior percentual de empregados com carteira assinada (87,7%). Já o menor percentual estava no Maranhão (49,9%).

As unidades da federação com maior percentual de trabalhadores sem carteira de trabalho assinada no setor privado foram Maranhão (50,1%), Pará (49,9%) e Piauí (49,9%). As menores taxas foram observadas no Rio Grande do Sul (18,1%) e Santa Catarina (12,3%).

O mistério continua. A mais recente busca dos restos do avião de Amelia Earhart, a famosa aviadora americana que desapareceu sobre o Pacífico em 1937, terminou sem resultados.

O jornal The New York Times noticiou nesta terça-feira (15) que uma ampla busca realizada por uma equipe liderada por Robert Ballard, descobridor de restos do Titanic, não encontrou evidência alguma da aeronave de Earhart.

O canal National Geographic, que patrocinou a expedição, emitirá no domingo (20) um documentário sobre a busca. Earhart desapareceu durante um voo pioneiro ao redor do mundo com o piloto Fred Noonan.

Seu desaparecimento é um dos maiores mistérios da história da aviação, fascinando historiadores durante décadas e dando origem a livros, filmes e teorias em abundância.

A crença predominante é que Earhart, de 39 anos, e Noonan, de 44, ficaram sem combustível e pousaram seu bimotor Lockheed Electra no Pacífico, perto da remota ilha Howland, quando estavam em uma das últimas etapas da viagem.

Uma das teorias mais populares é que Earhart e Noonan caíram na ilha desabitada de Gardner, hoje conhecida como Nikumaroro, parte da República de Kiribati, onde ela sobreviveu por pouco tempo.

O Times disse que Ballard e sua equipe realizaram uma busca de duas semanas em volta de Nikumaroro em agosto, utilizando o navio de pesquisa de última geração Nautilus, submarinos e drones.

Apesar de não ter encontrado nenhuma peça do Lockheed Electra de Earhart, Ballard disse ao jornal que confia em que eventualmente encontrará. "Esse avião existe (...) e vai ser encontrado", disse Ballard. "Não vou me render", afirmou.

Earhart, que ganhou fama em 1932 como a primeira mulher a voar sozinha sobre o Atlântico, decolou em 20 de maio de 1937 de Oakland, Califórnia, com a esperança de se tornar a primeira mulher a voar ao redor do mundo.

Ela e Noonan desapareceram em 2 de julho de 1937, depois de decolar de Lae, na Papua-Nova Guiné.

A Polícia Federal (PF) realizou na tarde desta sexta-feira (27) uma ação de busca e apreensão na casa e no escritório do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, em Brasília. As buscas foram autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e ocorreram após Janot afirmar, em entrevista, que chegou a ir armado com um revólver ao STF com a intenção de matar o ministro Gilmar Mendes e depois se suicidar. O fato teria ocorrido 2017.

Mais cedo, ao tomar conhecimento das declarações, Gilmar Mendes pediu a Moraes, que é relator de um inquérito que investiga fake news e ofensas contra a Corte, a suspensão do porte de arma de Janot e a proibição de sua entrada no STF.

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O episódio é narrado por Janot no livro que lança esta semana, Nada Menos que Tudo, porém sem citar o nome de Gilmar Mendes. O ex-PGR, entretanto, resolveu agora revelar a quem se referia. O nome de Mendes foi citado em entrevista à imprensa.

“Num dos momentos de dor aguda, de ira cega, botei uma pistola carregada na cintura e por muito pouco não descarreguei na cabeça de uma autoridade de língua ferina que, em meio àquela algaravia orquestrada pelos investigados, resolvera fazer graça com minha filha”, escreve Janot no livro.

Em 2017, circulou na imprensa a informação de que a filha de Janot, Letícia Ladeira Monteiro de Barros, defendia a empreiteira OAS, envolvida na Lava Jato, em processos no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). O ex-PGR atribuiu a divulgação da informação a Mendes e, por isso, cogitou matá-lo, segundo o relato.

Em nota, Mendes declarou que Rodrigo Janot é “um potencial facínora” e questionou a forma como é feita a escolha do ocupante do cargo.

Rodrigo Janot foi procurador-geral da República por dois mandatos de dois anos, de 2013 a 2017. As duas indicações foram feitas pela então presidente Dilma Rousseff, após ele ter ficado em primeiro na lista tríplice elaborada por membros do Ministério Público. Nas duas ocasiões, Janot foi sabatinado e aprovado pelo Senado.

 

O desemprego na família e a primeira gravidez fez com que Carla Beatriz Damasceno, de 32 anos, mergulhasse em cursos online de confeitaria. Muitas horas na frente do computador depois, abriu o próprio negócio para vender bolos de pote. "Comecei do zero, mas hoje vivo do que aprendi pela internet. Claro, precisa de disciplina e organização. Mas é possível aprender online, sim."

Essa história não tem sido tão incomum. Entre as atividades mais buscadas pelos mais de 8 milhões de microempreendedores individuais no País está a de produção para confeitaria e padaria. Segundo o Sebrae, esse tipo de negócio caseiro aumentou 22% nos últimos 4 anos - e é um dos que têm maior potencial de crescimento.

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Rápida pesquisa no YouTube por "cursos de gastronomia" traz uma infinidade de vídeos sobre o tema. Há material gratuito e outros mais estruturados, com apostilas e possibilidade de conversar com os chefs por meio de chats pagos.

Diretor de produtos da EduK (plataforma de cursos online), Emílio Mesquita diz que cursos de confeiteiro e chef estão entre os mais buscados - e os motivos para isso são bem concretos. "Acredito que esse sucesso tenha relação com o potencial de empreendedorismo."

Para a chef e professora do Edu K, Georgia Lousada, especializada em bolos, a vantagem do online é "difundir técnicas que não estariam acessíveis em muitos lugares do Brasil". A chef Patricia Helu, especializada em culinária saudável (vegetariana e vegana), e com mais de 208 mil seguidores no Instagram, também é professora virtual. Para ela, o que também motiva a pessoa a ver a aula de culinária "é a preocupação com o próprio corpo, com aquilo que se come e como esse cuidado pode trazer benefícios à saúde".

Formação

Depois dos reality shows, da glamourização da vida dos chefs e, claro, experiências gastronômicas mais recompensadoras, é natural que as pessoas procurem mais conhecimento e formação sobre o tema. Hoje, além de aulas online, as presenciais também estão em voga - com cursos de um dia, uma semana ou de meses (com temas específicos, como ceviche ou cozinha tailandesa). Quem procura formação mais academicamente estruturada também vai encontrar a possibilidade de graduações e pós.

O Estado visitou a Accademia Gastronomica, em Moema, zona sul. Lá, alunos de confeitaria aprendiam técnicas de como trabalhar com chocolate. Em uma bancada, sob o comando da chef Dani Barreto, alunos de Medicina, técnicos de informática, donas de casa, publicitários e até cozinheiros profissionais seguiam o passo a passo da professora. "É diferente de ser chef ou trabalhar em restaurante. Minha alegria é ver o aluno indo além. Não guardo segredinhos de cozinha", afirma.

"Claro que programas de TV atraem, mas temos alunos que vieram até por recomendação médica. Gente que aprende a cozinhar para vencer o estresse", diz o coordenador da Accademia Gastronomica, Rosny Gerdes.

São Paulo ainda tem escolas importantes como Wilma Kövesi (com 37 anos no mercado) e o Instituto de Artes Culinárias Le Cordon Bleu (de Paris), aberto em 2018 no Brasil. "Quando minha mãe, Wilma Kövesi, começou com os cursos, o público era diferente. A gente tinha adultos que iriam morar sozinhos e não sabiam cozinhar. Hoje, o ambiente do curso é mais diversificado, com pessoas que têm a culinária como hobby e, eventualmente, querem transformar isso em profissão", diz a coordenadora, Betty Kövesi.

"Temos cursos de curta duração e também módulos mais aprofundados para quem pretende se profissionalizar", diz Patrick Daniel Marie Lucien Martin, o diretor técnico e executivo Le Cordon Bleu São Paulo.

Universidade

Há 20 anos, o País ganhava o primeiro curso superior em Gastronomia, na Anhembi Morumbi. No início, eram só duas cozinhas de aulas práticas. Agora são 17 cozinhas pedagógicas, para chocolataria e panificação e outras aulas. "Hoje a procura por formação mais sólida aumentou muito porque os próprios proprietários de restaurante querem profissionais com mais qualificação e exigem diploma", diz a responsável por criar o curso, Rosa Moraes.

O Senac também tem graduação e pós em várias áreas desse mercado - com parcerias com empregadores. A Universidade São Judas Tadeu está prestes a iniciar uma pós em Gastronomia Brasileira e Cozinha Autoral. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em 2017, Giovanna Ballerini Ribeiro Gomes fez seis meses de high school no Canadá. Antes, estudou inglês nos Estados Unidos. E teve a certeza de querer cursar o ensino superior fora do Brasil. "Sempre foi meu sonho", conta a estudante, agora com 18 anos, que faz parte de uma geração de alunos do País que, de modo crescente, vai para graduação no exterior.

Dos 365 mil brasileiros que em 2018 foram estudar no exterior, 50,4 mil buscaram graduação. Isso representa um aumento de 37,7% em relação a 2017 (36,6 mil). Os dados são da pesquisa Selo Belta 2019, encomendada pela Associação das Agências Brasileiras de Intercâmbio (Belta). E dos 50,4 mil estudantes que foram fazer graduação no exterior, 36,6% (um em cada três) eram de São Paulo.

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Os levantamentos da Belta, que responde por 75% do mercado, se dividem em duas partes: a primeira com agências e outra com estudantes (quantitativa). Na parte referente às agências, graduação no exterior subiu no ranking dos tipos de intercâmbio mais vendidos. Saiu da 7.ª posição (2016) para a 4.ª (em 2018). "Antes era um bicho de sete cabeças, hoje é mais acessível", afirma Maura Leão, presidente da Belta. "Se a família quer qualidade acadêmica, pode somar o custo de uma boa faculdade e acomodação lá fora e ainda tentar uma bolsa. Aí vê que de repente consegue pagar. Antes as pessoas não faziam essa conta", diz Maura, CEO do Yázigi Travel.

Saída da crise

Carla Gama, diretora-geral da Experimento Intercâmbio Cultural, ressalta que à medida em que a competição por empregos no Brasil se torna mais acirrada, cresce o interesse. "Os cursos estão mais acessíveis à classe média."

"Muitas pesquisas indicam que até 2030 uma parcela relevante das profissões que conhecemos deixará de existir e, de outro lado, o mercado vem migrando suas exigências, deixando de lado apenas diplomas, para exigir habilidades", afirma Abdul Nasser, professor da FGV In company e do Ibmec no Rio. "As famílias perceberam que investir em educação no exterior amplia os horizontes e possibilita a formação de um networking globalizado."

Para Daniela Ronchetti Perkins, diretora operacional da FPP Edu-Media no Brasil - empresa organizadora das feiras EduExpo e EduCanada -, os estudantes cada vez mais consideram que uma experiência no exterior vai ajudá-los em tempos de crise. "Muitos também têm a intenção de permanecer no exterior após a graduação. Por exemplo, o Canadá dá a oportunidade de o estudante ficar no país legalmente para trabalhar na área após a conclusão do curso."

"Comecei a pesquisa pelos Estados Unidos, mas fazer o curso não iria ajudar a imigrar. No Canadá, essa experiência contaria para um futuro processo (de imigração)", explica Bruno Cortez Sibella, de 34 anos, que buscava uma possibilidade de fazer sua vida fora do Brasil após ter sido demitido. Com o auxílio da Canada Intercambio, o paulista de Santo André fez Broadcast Television and Independent Production no Conestoga College.

Brasil

A preocupação com o futuro do Brasil também conta. "O contexto político-econômico é muito mencionado por quem nos procura", diz Laila Parada Worby, gerente da Crimson Education Brasil, empresa internacional de consultoria que trabalha com universidades de EUA e Inglaterra. "Alguns pais acreditam que esses cortes (de verba pelo governo federal) vão prejudicar muito o ensino no País."

As agências também vêm se especializando no recrutamento de estudantes em língua portuguesa. "As pessoas precisam de ajuda nos processos", diz Laila. Esse apoio ajudou a convencer a família de Giovanna Gomes, que embarca este ano para fazer Bioquímica na Universidade Central Florida. "Minha mãe nunca foi a maior fã da ideia de me ter tão longe assim."

"De 2017 para 2018, houve crescimento de 20% nas vendas. Em 2019, já podemos afirmar que temos aumento de 15%", diz o gerente Carlos Eduardo Madeira, da recém-criada STB Universidades. Outras agências também registraram acréscimo nas vendas. Na Experimento e na CI, ficou entre 15% e 20%. O mesmo ocorre com a Canadá Intercâmbio. A empresa tem perspectiva de crescer 20% na modalidade de graduação naquele país.

Sobre os países mais procurados, os EUA ainda estão no topo do ranking - com destaque para Exatas. "Eles têm cerca de 4,7 mil instituições de ensino superior e muitas oportunidades de bolsa", explica Maura Leão, da Belta.

Voluntariado

Ser estudante da América Latina, ter ótimas notas no colégio e na prova de proficiência em inglês, praticar esportes, fazer trabalho voluntário, ter determinada condição socioeconômica, tudo pode contar na hora de pedir bolsa a uma instituição de ensino superior nos Estados Unidos. "Acho bem democrático o processo de bolsas no Estados Unidos. Diferentes aspectos vão agregando para o aluno obter bolsa", explica Maura Leão, da Belta.

De acordo com Laila Parada Worby, gerente da Crimson Education Brasil, as instituições americanas tendem a ser mais generosas com bolsas. "Segundo a Fulbright Commission, são 600 universidades americanas que oferecem bolsas de mais de US$ 20 mil para alunos internacionais", conta. "No ano passado, 55% dos alunos atendidos pela Crimson receberam bolsa, sendo que nem todos solicitaram. A média de bolsa por aluno foi de US$ 25.131 por ano", diz.

No Canadá, a política muda de uma instituição para outra, então o estudante deve escolher em qual pretende estudar e entrar em contato para saber como proceder. O governo canadense também concede bolsas. Uma delas é a Elap (Programa de Futuros Líderes das Américas), que há dez anos mantém acordos com instituições latino-americanas. Entre 2009 e 2017, os brasileiros ficaram com um quarto das bolsas concedidas: 1.070.

Já o governo português não concede bolsas a estudantes internacionais. Mas as instituições de ensino podem escolher dar algum apoio financeiro - que nunca chega a 100%.

Maura Leão ressalta a importância de prestar a atenção às datas de inscrição. "O pedido de bolsa às vezes é em janeiro, mas as aulas vão começar só em setembro." Na França, por exemplo, as candidaturas para universidades públicas, realizadas pelo Campus France Brasil, costumam ir do meio de novembro até janeiro.

Portugal

A ida de brasileiros para estudar em Portugal só cresce: do ano letivo 2017/18 para 2018/19, a alta é de 32%, segundo a Direção Geral de Estatísticas da Educação e da Ciência, que não dispõe do total só em cursos de graduação. "Mas a maioria, cerca de 70%, é para graduação", diz Cristiane Lazoti, diretora e fundadora da EduPortugal, entidade privada que capta alunos do Brasil para cerca de 40 instituições lusas de ensino superior.

Além disso, o país é atraente pelo idioma, pela cultura, por aceitar as notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para o ingresso de algumas universidades e pelos bons preços das anuidades, como destaca Tomás Furtado de Souza, de 20 anos, aluno de Gastronomia no Politécnico de Coimbra desde 2018. "Minha primeira opção era o Canadá, mas os custos eram elevados", conta o jovem. "Gastaria mais ou menos o equivalente a R$ 100 mil por ano só com universidade." Pela graduação em Portugal, o aluno paga R$ 11 mil anuais.

Países onde o idioma oficial não é nem o português nem o inglês, como Alemanha, Holanda e França, também têm ganhado a procura de brasileiros, sobretudo via cursos na língua inglesa, com valores mais em conta. "Nunca me imaginei na Holanda, mas enviei currículo e me aceitaram", relata a paulistana Amanda Raith, de 18 anos, que começa neste ano na reconhecida University of Twente. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse nessa quarta-feira (1º) que a Justiça está em busca dos responsáveis pela revolta militar que foi contida na terça-feira (30) pelo governo, e que eles, "mais cedo ou mais tarde", pagarão com a prisão pelo crime de traição.

"Estão fugindo de embaixada em embaixada", disse Maduro diante de milhares de simpatizantes, que se reuniram nos arredores do Palácio Presidencial de Miraflores para celebrar o 1º de Maio, em referência ao líder oposicionista Leopoldo López, a quem não mencionou diretamente.

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"A Justiça está em busca dos responsáveis e, mais cedo ou mais tarde, eles pagarão com prisão por sua traição e seus crimes", acrescentou o presidente. "Aqui não são as balas nem os fuzis que vão impor um presidente marionete em Miraflores, é absolutamente inviável", afirmou Maduro. "Nos próximos dias, mostrarei todas as provas de quem conspirou e como conspirou para que o povo saiba quem são os traidores e que a Justiça faça a sua parte".

López burlou a pena de quase 14 anos que cumpria em seu domicílio. Ele acompanhou o presidente do Parlamento venezuelano, Juan Guaidó, que é reconhecido por mais de 50 países como presidente interino da Venezuela, em seu discurso aos militares, no qual pediu que se voltassem contra Maduro.

Durante a manhã dessa quarta-feira, o opositor compareceu a várias concentrações da oposição no leste de Caracas e depois se refugiou na residência do embaixador da Espanha em Caracas, Jesús Silva. As palavras de Maduro também faziam alusão a Guaidó, que liderou as manifestações da oposição em Caracas.

A Justiça venezuelana já tem duas linhas de investigação contra o líder do Parlamento: uma por ter proclamado um governo interino e outra pelos apagões que deixaram quase todo o país paralisado e às escuras em março passado.

Maduro também acusou o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, John Bolton, de ter conduzido pessoalmente a revolta de uns 20 militares, que classificou de "escaramuça golpista". "Assim denuncio e peço que se averigue nos Estados Unidos as ações ilegais e golpistas de John Bolton contra a democracia venezuelana", disse.

Governo interino

Juan Guaidó afirmou que continuará libertando os presos políticos, depois que intercedeu pela libertação de López. "Vamos seguir libertando os presos políticos, (como) Juan Requesens, Gilber Caro", disse o líder oposicionista diante de centenas de simpatizantes, no leste de Caracas, próximo a Petare, a maior favela do país.

"Estamos mais fortes, mais determinados", insistiu o deputado, que recebeu apoio nas ruas depois de uma revolta militar fracassada que liderou na terça-feira.

Guaidó afirmou que López, que cumpria em casa uma pena de quase 14 anos de prisão, foi libertado por funcionários do Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin) que cumpriram sua ordem de presidente interino, depois que ofereceu a eles "anistia e garantia de indultos".

Em discurso aos seus seguidores, Guaidó anunciou que os trabalhadores públicos venezuelanos iniciam a partir de hoje uma greve escalonada, até chegar a uma paralisação geral no país. "Amanhã [quinta-feira], vamos acompanhar a proposta que nos fizeram de greves progressivas, até conseguir uma greve geral. Todos os setores vão se integrar nesse processo".

Crise

A Venezuela vive enorme tensão política desde janeiro deste ano, quando Maduro tomou posse de um novo mandato que não é reconhecido pela oposição e por parte da comunidade internacional. Guaidó se autoproclamou presidente de um governo interino que conta com o apoio de mais de 50 países.

Paralelamente,, o país sul-americano vive a pior crise econômica de sua história, o que gera protestos diários para denunciar a escassez severa de alimentos e remédios e a péssima prestação de serviços públicos.

*Com informações da Deutsche Welle (agência pública da Alemanha)

De acordo com o levantamento do site de busca de produtos e pesquisa de preços Buscapé, o Galaxy J8 e o J6, ambos da Samsung, além do Moto G6 Play da Motorola foram os celulares mais buscados ao longo do mês de fevereiro. Os aparelhos da Apple apareceram em sétimo (iPhone X), oitavo (iPhone 8 Plus) e nono lugar (iPhone 8), respectivamente.

Os dados foram compartilhados pelo Techtudo e levam em conta a média e os menores preços praticados durante o mês de fevereiro unicamente na ferramenta de pesquisa do site Buscapé, que também funciona como centro de comércio virtual, onde se pode comprar produtos de várias lojas diferentes.

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Nas buscas feitas, a preferência das pessoas foram pelos aparelhos da Samsung. Das 10 posições dos mais buscados, os celulares da empresa sul-coreana abocanharam 5 - sendo o Samsung Galaxy S9 Plus o 10º mais buscado. Já a Motorola ficou com duas posições acima da Apple, que garantiu três modelos entre os mais buscados: iPhone X; 8 Plus e o 8.

Horas depois de o presidente Jair Bolsonaro postar no Twitter um vídeo explícito, o próprio mandatário perguntou na rede: "O que é golden shower?" E ele não foi o único a se questionar. As buscas brasileiras no Google pelo termo em inglês - que significa a prática de envolver urina na relação sexual - registraram pico na manhã desta quarta-feira, 6, e já vinham crescendo desde ontem à noite, quando foi publicado o primeiro tuíte do presidente.

A plataforma Google Trends mostra que, no período de uma semana analisado, o interesse por "golden shower" permanecia estável - uma linha reta no gráfico, sem grandes oscilações. A partir da noite desta terça-feira, porém, a linha sobe e, após uma queda durante a madrugada, dispara com o segundo tuíte de Bolsonaro. Veja no gráfico abaixo:

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O Trends também mostra quais são os termos de busca relacionados à expressão-chave que proporcionaram o aumento de procuras. Todos estão ligados ao presidente. "Golden shower bolsonaro" e "golden bolsonaro" foram os principais.

No Twitter, a hashtag #goldenshowerpresident entrou nos tópicos mais falados do mundo, junto com #ImpeachmentBolsonaro e #BolsonaroTemRazão. Após reclamações quanto ao grau de exposição do tuíte, a rede social chegou a colocar um aviso de "conteúdo sensível" na mensagem do presidente.

Bolsonaro postou o vídeo por volta das 21h desta terça-feira, último dia de Carnaval. Na mensagem, alega que "muitos blocos de rua" estariam vivenciando cenas como a do vídeo, no qual um homem urina no outro diante do público. Depois da repercussão, o presidente voltou ao Twitter nesta manhã para questionar "o que é golden shower", já que, mesmo sem citá-lo na primeira publicação, o termo, não tão conhecido, passou a ser comentado nas redes sociais.

Os destroços do avião que transportava o jogador argentino Emiliano Sala foram encontrados. Um barco de busca localizou partes da aeronave no Canal da Mancha, que separa a Inglaterra da França. Ainda não há informações se os corpos do atleta ou do piloto Dave Ibbotson foram localizados. O avião desapareceu em 21 de janeiro.

A fuselagem da aeronave foi localizada por um barco que fazia parte do serviço de buscas privado contratado pela família e agentes do atleta, por volta das seis horas da manhã no horário local (nove horas no horário de Brasília). As peças estavam no fundo do mar, a aproximadamente 38 quilômetros ao norte da ilha de Guernsey.

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Segundo a imprensa inglesa, a identificação ocorreu porque a embarcação estava equipado com sonares de última geração. Na manhã desta segunda-feira, a Agência de Investigação de Acidentes Aéreos, que ajudava nas buscas, fará um pronunciamento para dar mais detalhes.

"Os restos da aeronave em que viajava Emiliano Sala e que era pilotada por David Ibboston foram localizados hoje pela manhã", escreveu, em seu perfil no Twitter, David Mearns, responsável pelo barco. Ele também garantiu que as famílias de Sala e Ibbotson já foram notificadas pela polícia.

Sala viajava de Nantes, na França, a Cardiff, no País de Gales, para fechar sua transferência ao Cardiff, quando o avião em que este se encontrava desapareceu dos radares. Buscas foram feitas pelas autoridades britânicas, mas posteriormente foram interrompidas. Uma campanha na internet, então, arrecadou dinheiro para contratar um serviço de buscas privado.

Neste fim de semana, Sala recebeu homenagens no jogo do Cardiff, daqueles que seriam seus novos colegas de time e torcedores, assim como dos ex-companheiros, fãs e amigos do Nantes.

Uma operação policial está sendo realizada hoje, 6, em comunidades da zona norte do Rio de Janeiro, para encontrar os bandidos que balearam na tarde de ontem o soldado Daniel Henrique Mariotti, 30 anos, que não resistiu aos ferimentos e morreu durante a noite no Hospital Federal de Bonsucesso (HFB).

Primeiro policial morto este ano, Mariotti foi ferido na cabeça em combate durante uma ação na Linha Amarela, quando criminosos armados tentavam assaltar motoristas.

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Em mensagem pelo Twitter, o presidente Jair Bolsonaro prestou solidariedade à família de Mariotti: "Meu pesar à família de mais um PM assassinado no RJ, o soldado Mariotti. A caça aos agentes de segurança e o massacre dos cidadãos de bem sempre foram tratados como números. Legislativo, Executivo e Judiciário juntos, devem na lei, propiciar garantias para que o bem vença o mal", disse.

O governador do Rio, Wilson Witzel, também se manifestou por meio da sua assessoria de imprensa e prometeu investigar o caso com todo rigor e não esmorecer no combate ao crime em todo do Rio de Janeiro.

"O Rio de Janeiro acaba de perder mais um herói nesta guerra contra os terroristas nas ruas do nosso Estado. Quero manifestar meu mais profundo pesar pelo assassinato do soldado PM Mariotti e minhas condolências à família. Que Deus o abençoe e o receba. Como governador, a morte de um policial é como perder um filho. Vamos investigar este caso com todo o rigor e não vamos parar o combate ao crime até devolvermos a paz ao Estado", disse o governador em nota.

O enterro de Marrioti será realizado hoje, às 16h30, no Jardim da Saudade, em Sulacap. De acordo com a Polícia Militar do RJ, em 2017 e 2018 foram mortos 146 e 92 policiais, respectivamente.

Dez servidores do Superior Tribunal de Justiça são suspeitos de terem pago R$ 83 mil para comprar o gabarito de um concurso realizado em 2015. Segundo a Polícia Civil, denúncias anônimas de pessoas que tentaram participar do esquema, mas não obtiveram sucesso, levaram até os suspeitos, assim como o baixo desempenho deles dentro da instituição.

Os dez candidatos aprovados entre 167 pessoas naquele concurso teriam sido beneficiados pela Máfia de Concursos investigada pela Polícia Civil desde 2017. "Uma candidata confirmou que desembolsou isso (R$ 83 mil) e na casa de outra pessoa foi encontrado um recibo de empréstimo na mesma quantia", afirmou o diretor da Divisão de Repressão ao Crime Organizado da Cecor, Adriano Valente, em coletiva de imprensa.

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Em nota, o STJ confirmou que os funcionários passaram a ser investigados por baixo desempenho, mas não detalhou se alguma punição foi aplicada a eles. As buscas e apreensões referentes a esse concurso são um desdobramento da Operação Panoptes, que já chegou a prender professores do DF por fraudes e prendeu uma quadrilha que pretendia fraudar o Enem 2017.

Policiais civis e integrantes do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) cumprem nesta sexta-feira (14) onze mandados de prisão contra acusados de desviar recursos públicos da saúde no Rio de Janeiro. Entre os alvos, está o empresário Daniel Gomes da Silva, acusado de desviar R$ 15 milhões através de contratos firmados junto a unidades de saúde.
 
Também estão sendo cumpridos 44 mandados de busca e apreensão. Ao todo, 22 pessoas foram denunciadas pelos crimes de organização criminosa, peculato e lavagem de dinheiro.
 
Os mandados judiciais estão sendo cumpridos no Rio de Janeiro, Duque de Caxias, Itaboraí e Nova Friburgo, além dos estados de Goiás e da Paraíba.
 
A chamada Operação Calvário foi autorizada pela 42ª Vara Criminal do Rio de Janeiro e conta com o apoio da Polícia Federal e dos ministérios públicos da Paraíba e Goiás.

A família do sanfoneiro Benedito da Macuca está buscando informações que ajudem a descobrir o seu paradeiro. De acordo com Andréia Gomes, enteada de Benedito, ele saiu de casa sozinho e sem dizer para onde ia por volta do meio-dia desta terça (18) e, desde então, não foi mais visto e nem há informações sobre onde ele possa estar. 

“Estamos esperando dar 24 horas para poder registrar o desaparecimento oficialmente na polícia”, explicou Andréia, que também destacou que Benedito, atualmente com 73 anos, costuma sair sozinho mas sempre avisa à esposa para onde está indo. Além disso, a enteada do artista explica que Benedito precisa tomar medicamentos diariamente, uma vez que é hipertenso, tem problemas cardíaco e está com um edema pulmonar. 

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A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), por maioria, aceitou pedido do Senado Federal e anulou busca e apreensão no apartamento funcional da senadora e presidente do PT Gleisi Hoffmann, de junho de 2016. O alvo da Operação Custo Brasil, desdobramento da Lava Jato em São Paulo, era o esposo da senadora e ex-ministro Paulo Bernardo. Seguindo o voto do relator do caso, ministro Dias Toffoli, a turma reconheceu a ilicitude de eventuais provas obtidas.

Como Gleisi tem foro, o Senado apresentou reclamação à Suprema Corte, ainda em 2016, afirmando que somente o STF podia autorizar a busca no apartamento. Na ocasião, o juiz responsável pela operação, Paulo Bueno de Azevedo, defendeu sua decisão, afirmando que "não é o apartamento funcional que tem foro por prerrogativa de função. É a senadora da República".

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O argumento foi usado pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato, na sessão de hoje. Fachin ficou vencido, em oposição aos votos de Toffoli, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski.

"É um absurdo juiz de primeira instância determinar que se faça busca e apreensão de apartamento funcional de senador. É inadmissível num estado democrático de direito. Nós não vamos tolerar esse tipo de expediente. O mandado era para fazer uma limpa geral (no apartamento)", afirmou Lewandowski.

Na ocasião em que o Senado recorreu ao Supremo contra a busca e apreensão, o juiz de São afirmou ao STF que a operação teve como alvo não a senadora mas sim seu marido, que acabou preso na ocasião, e solto por ordem do ministro Dias Toffoli.

Hoje, Toffoli disse que, ao prestar informações ao Supremo, o magistrado "mentiu", e que teve a "pachorra" de pedir a suspeição do ministro no caso.

Fachin, por sua vez, defendeu que foro de prerrogativa "não se aplica" a espaço físico. "Entendo que a decisão do magistrado nesse caso tinha essa especificidade, a ordem restringia-se a pessoa física nominada, não havendo foro", observou o ministro.

Por outro lado, Toffoli e Lewandowski destacaram que não haveria como haver distinção dos bens da senadora e do ex-ministro, uma vez que são casados. O decano Celso de Mello não estava presente na sessão.

Custo Brasil

No mesmo ano da busca e apreensão, em agosto, a 6ª Vara Federal Criminal em São Paulo aceitou denúncia contra Paulo Bernardo e mais 12 investigados na Operação Custo Brasil. Com a decisão, todos os acusados viraram réus e vão responder a uma ação penal pelos crimes de organização criminosa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

De acordo com a investigação, Paulo Bernardo recebia recursos de um esquema de fraudes no contrato para gestão de empréstimos consignados no Ministério do Planejamento. Os serviços da Consist Software, contratada para gerir o crédito consignado de servidores públicos federais, eram custeados por uma cobrança de cerca de R$ 1 de cada um dos funcionários públicos que solicitavam o empréstimo. Desse montante, 70% eram desviados para empresas de fachada até chegar aos destinatários, entre eles o ex-ministro.

 

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Há um mês, Roberto se alimenta dos sopões solidários oferecidos aos moradores de rua. (Rafael Bandeira/LeiaJá Imagens)

De camisa de botão, calças bem passadas e sapatos sociais, o desempregado Roberto Silva aguarda um dos encontros mais importantes de sua vida. Há um mês, ele tirou os cerca de R$ 600 que guardava em uma conta bancária e comprou uma passagem só de ida, de São Paulo para o Recife, deixando esposa, filhos, casa e carro próprio na esperança de descobrir o paradeiro de seu pai, o pernambucano Amaro Mariano Silva. Desde então, Roberto dorme nas ruas do Centro do Recife e conta com a ajuda de desconhecidos para se alimentar e bancar as passagens para continuar as buscas.

 “Minha mãe é paraibana e veio morar no Recife. Aqui, conheceu meu pai, com quem viajou para São Paulo. Eles tiveram cinco filhos, comigo, e se separaram. O que ela me contou foi que foi traída, o que ocasionou o rompimento do casamento e a volta do Seu Amaro para Pernambuco”, relata Roberto. Depois disso, o desempregado sabe apenas de fragmentos da própria história. “Não sei o que deu na cabeça dela, mas resolveu vender a casa em vivíamos muito bem. Meu pai era torneiro mecânico, nos sustentava com tranquilidade. Nos mudamos para uma favela e sei que ela chegou a ser presa, desconheço o motivo”, lamenta. Roberto era recém-nascido quando o pai deixou a família.

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Com outro companheiro, a mãe de Roberto teria ainda mais dois filhos. “Ela, até hoje, mal fala do meu pai. Sempre questionei, mas nunca recebi respostas concretas. Ela criou ódio dele por causa da traição, não queria nem que a gente tocasse no assunto”, completa. A cada novo natal sem respostas, Roberto se inquietava sozinho, em oposição à apatia dos irmãos em relação ao pai. Capacitado para trabalhar como vigilante, era com essa atividade profissional que sustentava a companheira e os filhos, até que ficou desempregado.

Aos 55 anos, sem uma foto sequer do pai e com a exclusiva informação de que ele trabalhou na antiga “Minerva”, uma fábrica de papéis do Bairro de Caixa d’Água, em Olinda, fechada há mais de 30 anos, Roberto decidiu que era o momento de investigar o paradeiro de Amaro. 

Foram três dias em um ônibus e um desembarque apressado. Da rodoviária, com R$ 40 no bolso e uma mala com uma bíblia, documentos e algumas roupas, Roberto se apressou em ir a Caixa d’Água. “Passei a noite pra cima e pra baixo, procurando informações sobre meu pai com a população. Dormi na rua pela primeira vez. Me disseram que, de lá, quando a empresa fechou, ele se mudou para Rio Doce (Olinda)”, afirma. 

Roberto no local onde costuma dormir. (Chico Peixoto/LeiaJá Imagens)

Vida no Centro

Embora tenha sido racionado durante a viagem em um lanche por dia, o dinheiro logo acabou. Com os abrigos para moradores de rua lotados, restou a Roberto hospedar-se debaixo da marquise de um edifício, no cruzamento entre a Rua do Sol e a Avenida Guararapes. “Os seguranças sempre estão de olho, qualquer coisa podem me dar uma força. Lá embaixo, perto da Praça do Diario, a coisa é mais pesada, comecei a recuar, mas ao mesmo tempo tinha que jogar o jogo deles, na forma de falar, no jeito de me vestir, se não poderia ser roubado ou morto”, explica. 

Roberto chegou a ter o celular, que utilizava para se comunicar com a esposa, roubado. Com “vergonha de pedir”, foi vender água até conseguir R$ 20 para comprar um novo aparelho, mais simples, na Avenida Dantas Barreto. “Sinceramente, nos primeiros dias me senti meio inseguro, mas depois que comecei a ter contato com as pessoas, vi que os pernambucanos são pessoas muito amorosas, carismáticas. Encosto numa banca a pessoa já me dá um cafezinho, sem eu pedir”, conta. Alimentando-se dos sopões organizados por instituições de caridade para os moradores de rua e carregando o celular em Igrejas, Roberto vai levando uma rotina cheia de incertezas e espaços vazios. 

Se a coisa não mudar, em duas semanas, ele pretende desistir do sonho de reencontrar o pai e voltar à São Paulo. “Preciso de alguma notícia dele, vivo ou morto. Se eu pelo menos arrumasse um emprego, poderia ficar mais. Todos os meus documentos estão com a prefeitura”, conta. Aos cuidados do Centro POP Glória, espaço de referência do Ministério de Desenvolvimento Social voltado para o atendimento especializado de pessoas em situação de rua, Roberto foi abordado pelo educador social Bartyson Souza há cerca de 3 semanas.

“Sabemos que ele veio em busca do pai e que a situação ficou apertada. Caso ele decida ir, a gente vai tentar conseguir o recurso com a Secretaria de Desenvolvimento Social”, afirma Bartyson. De acordo com o educador social, nos últimos quatro anos, histórias como a de Roberto tornaram-se comuns nas ruas do Recife. “Neste período de crise, estamos nos deparando com pessoas de fora que, devido ao desemprego, vêm em busca de familiares, mesmo que não tenham vínculos com eles. Esses indivíduos retornam na tentativa de encontrar um contexto melhor”, relata.

Serviço//Contatos

Centro POP Glória

Endereço: Rua Bernardo Guimarães, 135, Santo Amaro, Recife-PE

Roberto Silva

Telefone: (81) 98859-0155 

Moradores da região da Sibéria, na Rússia, iniciaram uma verdadeira corrida ao ouro após um avião derrubar 3,5 toneladas de barras de ouro e prata. A carga está avaliada em R$ 1,2 bilhão.

A população tem enfrentando temperaturas de até 24ºC negativos, com pás e outros equipamentos, para encontrar as barras. Já foram recuperadas cerca de 3,5 toneladas da carga.

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A polícia chegou a informar que tudo havia sido recuperado, mas, segundo a imprensa local, moradores alegaram ter encontrado ouro, encorajando outros a procurarem também.

Os profissionais contratados para recuperar a carga passaram por detectores de metais ao fim do expediente. Polícia também fez longas buscas em carros, segundo o jornal The Siberian Times - a grande quantidade de polícia na área também foi alvo de críticas dos moradores.

O Google atualizou seu aplicativo Google Flights com diversos recursos que devem ajudar os passageiros a evitar problemas em sua próxima viagem. Uma ferramenta usa o aprendizado de máquina para prever os próximos atrasos e outra explica ao usuário quais amenidades eles têm direito ao comprar uma passagem em diversas companhias aéreas.

De acordo com uma publicação no blog do Google, a plataforma irá analisar os dados históricos de atrasos nos voos para procurar padrões. Estes incluem fatores como localização, clima e o tipo de aeronave.

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Uma vez que os algoritmos detectam 80% de possibilidade de ocorrer um atraso, as informações aparecerão nos resultados de pesquisa quando você procurar o número do seu voo, a rota ou a companhia aérea. A empresa, porém, afirma que o usuário deve comparecer ao aeroporto independentemente das suas previsões.

"Usando os dados históricos do status do voo, nossos algoritmos de aprendizado de máquina podem prever alguns atrasos mesmo quando esta informação ainda não está disponível nas linhas aéreas - e os atrasos são marcados apenas quando temos pelo menos 80% de confiança na previsão", informou a empresa, em um post de blog.

Já um segundo recurso informa se o usuário tem direito a lanches, franquia de bagagem e outras amenidades em voos de companhias como Delta, American Airlines e United Airlines. O aplicativo do Google agora avisará o que está ou não incluído na passagem. Os detalhes aparecem diretamente nos seus resultados de pesquisa. As novidades, por enquanto, não estão disponíveis no Brasil.

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Era para ser uma noite diferente. O rapaz chegou em casa, pegou o um pedaço de pizza e correu para a frente da TV para assistir a uma comédia no seu serviço de streaming favorito. Mas, poucos minutos depois, lá estava ele assistindo a outro filme de ação, como em todas as noites anteriores. Seria só uma coincidência? Na verdade, é mais um triunfo de uma sequência de linhas de código, repleta de complexos cálculos matemáticos, que é chamada de algoritmo. Eles viraram o núcleo dos serviços digitais na última década.

Embora a vida tenha ficado mais fácil desde que eles apareceram - basta lembrar de como era pesquisar sobre qualquer assunto sem o Google -, há indícios de que esses softwares não sejam tão neutros e inofensivos quanto parecem.

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"Os algoritmos têm um grande papel nas escolhas das pessoas hoje em dia", diz o professor de Ciências da Computação da Universidade de Washington, Pedro Domingos. "Eles determinam o que vemos no Google, escolhem três quartos dos filmes assistidos no Netflix e sugerem um terço de tudo o que é comprado na Amazon."

Isso não seria um grande problema, se todo mundo soubesse como os algoritmos funcionam e que, dependendo de quem o desenvolveu, eles podem apresentar resultados enviesados. Contudo, hoje eles são como segredos industriais. "Os algoritmos são feitos para beneficiar quem está por trás deles", alertou, em entrevista ao Estado, a matemática norte-americana Cathy O’Neil, autora do livro Weapons of Math Destruction (Armas de Destruição Matemática, em tradução livre). "Eles têm sido usados para separar vencedores de perdedores na internet."

Viés

Nos Estados Unidos, os exemplos de algoritmos "viciados" se acumulam. Em 2016, a agência de notícias Bloomberg revelou que a Amazon não entregava produtos no mesmo dia em bairros predominantemente negros. A empresa negou que seu algoritmo levasse em conta a raça dos clientes.

Outro caso envolve o uso da tecnologia por juízes norte-americanos para determinar penas. Uma investigação da organização sem fins lucrativos ProPublica mostrou que negros tinham o dobro de chances de receberem uma pena mais longa que brancos. Há também casos de sites de emprego que não mostram vagas com altos salários para mulheres e de financeiras que cobram taxas mais altas de quem mora na periferia.

"Os algoritmos aprendem com os dados que são oferecidos a ele", explica Júlio Monteiro, doutorando em Ciências da Computação na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP). "Se quem está por trás é preconceituoso, ele pode manter esse perfil."

Para o professor da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Fábio Malini, o uso intensivo de algoritmos prejudica a sociedade, pois limita o acesso à web. "A regulação algorítmica melhora a democracia? Acredito que não", defende o pesquisador. "É o acesso pleno a todos os conteúdos da rede que me ajuda a ampliar os pontos de vista." Essa curadoria automatizada é o que tem provocado o "efeito bolha" nas redes sociais, em que as pessoas só veem conteúdos que reforçam suas crenças.

Solução

Especialistas consultados são unânimes em defender que é preciso criar órgãos independentes para auditar os algoritmos. "Imagino um futuro em que decisões são tomadas por eles", diz Cathy. "Mas é preciso poder pedir explicações."

Por enquanto, esse tipo de garantia só está prevista na União Europeia, onde o Regulamento Geral de Proteção de Dados (GDPR) deve entrar em vigor em maio de 2018. A nova lei, que representa a maior mudança na área de privacidade online em 20 anos, prevê que cidadãos possam exigir explicações às empresas por trás dos algoritmos.

Apesar de apresentarem riscos, esses programas são considerados um mal necessário no mundo digital. "Antes, a TV decidia o que veríamos, mas na internet passamos a escolher livremente o que consumir", diz Edney Souza, professor da ESPM. "A maioria não estava pronta para este salto. O algoritmo está no meio do caminho." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Marinha do Brasil e a Força Aérea Brasileira (FAB) enviaram três embarcações e duas aeronaves para o Sul da Argentina, onde um submarino que transportava 44 tripulantes desapareceu na última quinta-feira (15).

O último contato do ARA San Juan com as autoridades argentinas foi feito na altura do Golfo de San Jorge, quando estavam em deslocamento da Base Naval de Ushuaia, no Sul do país, para a Base Naval de Mar del Plata.

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Na manhã de hoje (19), o navio brasileiro Almirante Maximiliano chegou ao ponto do último contato dos militares argentinos, mas o tempo ruim no local dificulta as buscas, devido às ondas, que chegam a 6 metros de altura. A Força Aérea Brasileira (FAB) enviou uma aeronave de busca e outra de patrulha para a região.

Em mensagem encaminhada ao presidente da Argentina, Mauricio Macri, o presidente Michel Temer refirmou compromisso de ajudar nas buscas do submarino. "Meu governo está totalmente empenhado para encontrar o submarino argentino e seus tripulantes. Envio mensagem de fé e de esperança às famílias dos marinheiros", disse o presidente brasileiro.

A Marinha da Argentina está aumentando os esforços de busca pelo submarino desaparecido há três dias. O porta-voz da Marinha, Enrique Balbi, explicou neste sábado que a área de busca na costa do país foi expandida e que seis países estão colaborando com a missão de encontrar o submarino ARA San Juan, incluindo Estados Unidos, Grã-Bretanha. O Brasil também manifestou apoio e se ofereceu para participar dos trabalhos de busca.

A última vez que autoridades argentinas conseguiram contato com o submarino foi na quarta-feira, por volta das 23 horas. Haviam 44 tripulantes no submarino, que estava deixando o Ushuaia, na região Sul do País, a caminho de Mar del Plata, na parte central da costa atlântica.

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O presidente argentino Mauricio Macri escreveu no Twitter que o país usará "todos seus recursos necessários, nacionais e internacionais, para encontrar o submarino". Do Vaticano, o Papa Francisco, que é argentino, disse que está fazendo orações pela tripulação. Fonte: Associated Press.

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