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Um tripulante de uma companhia aérea contou nesta quarta-feira (30) que ouviu a comunicação entre o avião que levava a delegação da Chapecoense e a torre de controle do aeroporto de Medellín e que o piloto do Avro RJ85 da LaMia pediu ajuda desesperadamente, segundo a Rádio Caracol, da Colômbia. "Ajude-nos, ajude-nos" teriam sido suas palavras.

O piloto teria solicitado prioridade de pouso por conta de problemas de combustível. "Solicitamos prioridade para proceder, solicitamos prioridade para proceder ao localizador, temos problemas de combustível", teria dito o piloto Miguel Quiroga.

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As informações são de que dois aviões solicitaram emergência quase ao mesmo tempo à torre de comando do aeroporto de Medellín, e a prioridade para aterrissar foi dada a um Airbus A320, com capacidade maior de passageiros. Uma hipótese é de que o Avro RJ85 teve de dar duas voltas na cidade para esperar o pouso do outro avião e, por isso, o combustível acabou.

O A320 também estava com pouco combustível e em situação de emergência. Tratava-se de um avião da Aerolinea VivaColombia, que vinha com turistas da ilha de San Andres, no Caribe. Radares mostraram dois aviões voando próximos no local da queda da aeronave onde estava a equipe da Chapecoense. Após dar prioridade de pouso ao Airbus, o piloto da LaMia decretou situação de emergência. "Agora temos uma falha elétrica, temos uma total falha elétrica".

Ximena Suárez, aeromoça da companhia aérea e uma das sobreviventes da tragédia, afirmou que sua única lembrança foi o apagar das luzes dentro da aeronave. "As luzes se apagaram e não lembro mais de nada", disse para a secretária de governo do departamento de Antioquia, Victoria Eugenia Ramírez, ao ser resgatada.

Além de Ximena e do comissário Erwin Tumiri, também sobreviveram ao acidente os jogadores Alan Ruschel, Jackson Follmann, e Hélio Neto, e o jornalista Rafael Henzel, que foram internados em diferentes hospitais próximos de Medellín.

O avião bateu em um morro e deixou 71 mortos, sendo 19 jogadores do time da Chapecoense. A delegação da equipe de Chapecó estava a bordo para a disputa do primeiro jogo da final da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional.

Nesta quinta (17) e também nesta sexta-feira (18), das 19h30 às 21h30, será realizado o I Meeting de Publicidade Propaganda, promovido pela Faculdade Joaquim Nabuco, na unidade Recife. A temática central do evento são "Os Avanços na Publicidade Propaganda na Arena de Comunicação e Marketing Digitais".

O encontro, que teve início nessa quarta-feira (16), conta com workshops com profissionais e empresas das áreas de produção de conteúdo, gerenciamento de mídias e redes sociais, publicidade online e multimídida. "O encontro pretende chamar a atenção de estudantes e profissionais para essa temática que tem tomado conta dos debates acadêmicos nas faculdades”, afirma Jademilson Silva, coordenador do curso de publicidade e propaganda da Joaquim Nabuco

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O I Meeting de Publicidade e Propaganda da Faculdade Joaquim Nabuco é gratuito e não necessita de inscrição prévia. A unidade Recife da Joaquim Nabuco fica na Avenida Guararapes, 233, área central da capital pernambucana.

Programação

Dia 17/11 – 19h30  às 21h30 – Sala 002

Workshop: “Criação em Marketing Digital”

Facilitador: Rodrigo Vitor

Diretor de Criação da Mídia 10

Cinthia Costa

Diretora de Mídia Digital da Mídia 10

Dia 19/11 – 19h30  às 21h30 – Sala 002

Workshop: “Gestão de Redes Sociais e Conteúdo”

Facilitador: Paulo Rebêlo

Diretor Geral e Fundador da Paradox Zero

Ferramenta consolidada no meio tecnológico, o WhatsApp confirmou, por meio do seu blog, um novo recurso que promete facilitar ainda mais a comunicação dos usuários. A empresa divulgou, nessa segunda-feira (14), que o público passará a contar com chamadas de vídeo por meio dos sistemas operacionais. 

De acordo com a empresa, nos próximos dias mais de um bilhão de usuários poderão realizar chamadas de vídeos pelas plataformas Android, iPhone e Windows Phone.

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"Estamos introduzindo este recurso ao WhatsApp, pois sabemos que as mensagens de texto e as mensagens de voz às vezes não são suficientes. Sabemos também que não existe nada que substitua a sensação de ver os netos dando seus primeiros passos, ou ainda o rosto dos seus filhos que estão estudando no exterior", diz o post.

"Nosso objetivo é de que este recurso esteja disponível indiscriminadamente para todos, e não somente para aquelas pessoas que podem comprar aparelhos mais caros ou que residam em um país com excelente serviço de cobertura de telefonia celular, informou o WhatsApp pelo blog oficial.

A companhia ainda divulgou que vários usuários pediram a utilização do vídeo como forma de comunicação. Inclusive, em outubro deste ano, a ferramenta ganhou uma atualização que permitiu a utilização do recurso como teste, mas apenas para o sistema Android.

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Entidades representativas de veículos de comunicação divulgaram nessa segunda-feira (14) nota para manifestar "integral apoio" à Folha de S.Paulo contra a decisão de um juiz do interior do Rio que mandou o jornal apagar da internet trecho de reportagem publicada em 2010. O pedido foi feito pelo ativista Eduardo Banks, presidente de uma associação que propôs alteração na Lei Áurea para indenizar descendentes de proprietários de escravos.

O juiz Alexandre Paixão Ipolito, de Itaperuna, acatou o pedido de Banks para que fosse suprimido um parágrafo da reportagem que relata a defesa da indenização a herdeiros de proprietários de escravos em razão de supostos prejuízos financeiros causados pela abolição em 1888, no Império. A associação tem sede no Rio e leva o nome de Eduardo Banks.

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"As associações consideram fundamental que toda informação de interesse público seja levada à sociedade e condenam qualquer tentativa de impedir veiculações na imprensa, o que caracteriza uma violação ao princípio da liberdade de expressão, previsto na Constituição Federal", diz a nota, assinada pela Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), Associação Nacional de Editores de Revistas (Aner) e Associação Nacional de Jornais (ANJ).

Esta não é a primeira vez que Banks entra na Justiça contra um veículo de comunicação. Em fevereiro, a revista eletrônica Consultor Jurídico (Conjur) foi absolvida em uma ação movida pela associação que pedia a retirada de trechos de uma notícia publicada no site. A reportagem dizia que o ativista era "contrário à legalização do aborto e à união homoafetiva, mas favorável a causas nazistas e à criminalização da prostituição". O Conjur divulgou na semana passada a decisão do juiz Alexandre Paixão Ipolito.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Viber, um dos aplicativos de mensagens mais populares depois do WhatsApp, anunciou nesta quarta-feira (9) o lançamento de um espaço específico para empresas e marcas na plataforma. O serviço, que tem 800 milhões de usuários, começou a permitir que companhias criem uma conta para conversar diretamente com seus clientes.

Segundo o aplicativo, a nova funcionalidade permite aos usuários se comunicar com empresas e marcas com a mesma simplicidade e conveniência do que conversar com amigos. As conversas com estas companhias aparecem na lista de bate-papo para que sejam facilmente acessíveis. Uma pizzaria, por exemplo, pode usar o recurso para receber pedidos.

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A novidade está disponível para a versão 6.5 do Viber nas plataformas iOS e Android. As contas para negócios parecem ser a seguinte fronteira entre os aplicativos de comunicação. O WhatsApp, o aplicativo mais popular deste tipo, disse que vai começar a usar os dados de seus usuários para facilitar a comunicação deles com empresas e marcas.

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Com patrocínio do Grupo RBS e apoio da Intercom e Jeduca, o Portal IMPRENSA está promovendo a segunda edição do Professor Imprensa, prêmio que reconhece os professores mais inspiradores de Comunicação do Brasil. Até o dia 24 de outubro, alunos e ex-alunos dos cursos de Comunicação Social, com habilitação em jornalismo, publicidade, relações públicas e Rádio e TV podem indicar professores universitários para concorrerem.

Dentre os indicados, 25 professores serão classificados – sendo cinco de cada região: Centro-oeste, Nordeste, Norte, Sudeste e Sul. Os docentes irão para votação popular, que será em novembro.

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Os cinco vencedores – um de cada região do país – receberão um certificado digital e serão entrevistados para uma matéria especial no Portal IMPRENSA sobre o raio-x do ensino tido como referência na Comunicação. E os estudantes que tiverem suas indicações validadas receberão uma senha de acesso gratuito ao Acervo IMPRENSA, que traz todas as edições dos 30 anos da Revista IMPRENSA.

Serviço

Realização: Portal IMPRENSA

Data: indicações até 24/10

Indicações: pelo site www.portalimprensa.com.br/professorimprensa

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O Google passa a disponibilizar o Allo essa semana para todos os smartphones. A iniciativa da empresa é mais uma tentativa de fazer frente ao WhatsApp, mensageiro que se tornou tão ou mais essencial nos telefones quanto sua função primordial: ligações. Com recursos e funcionalidades semelhantes às do concorrente, o aplicativo do Google tem algumas peculiaridades interessantes e polêmicas. A empresa não esconde que o item privacidade, por exemplo, não “blinda” as mensagens de serem interceptadas ou capturadas sem prévio conhecimento do usuário.

Além do P2P (Peer-to-Peer, protocolo utilizado para criptografar dados de ponta-a-ponta, permitindo assim que somente os envolvidos na conversa tenham acesso as mensagens enviadas) adotado pelo Facebook, dono do WhatsApp, o serviço oferece a já citada chamada de voz, o espelhamento de conversas com um PC através da leitura de códigos QR e é esteticamente “limpo”, com layout descomplicado e simplista.

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Já o Allo não possui protocolos de segurança muito restritivos, o usuário poderá, inclusive, solicitar ajuda do suporte incluindo @google em qualquer mensagem. Na prática, um terceiro pode ter acesso à conversa a qualquer momento. A aposta desse aplicativo se baseia na aparência e nos recursos de mensagem propriamente ditos: além dos tradicionais emojis (expressões e animações que expressam o temperamento nas mensagens), o Allo possui um recurso que permite alterar o tamanho do texto enviado que, pode parecer um recurso desnecessário, mas atinge o público-alvo em cheio.

Quando percebeu que estava gritando muito com os filhos, Ana Lúcia dos Santos buscou ajuda. Não de um familiar ou terapeuta, mas de uma "treinadora". "Eles ficavam magoados e eu ficava arrasada. Procurei o coaching porque precisava ser mais delicada com eles", afirma a artesã, de 39 anos, mãe de dois meninos: Matias, de 7, e Miguel, de 4.

Conhecido no ambiente corporativo, o coaching, método de autoconhecimento para alcançar resultados em pouco tempo, tem ajudado mães na comunicação com os filhos, na organização do tempo entre casa e trabalho e a vencer etapas como o desmame do bebê e a introdução de alimentos. Dilemas para conciliar carreira e maternidade também entram com frequência na pauta.

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No caso de Ana Lúcia, as sessões de uma hora com uma coach, como é chamado o profissional que conduz o processo, ocorriam uma vez por semana, a distância, por meio de chamadas de vídeo. Durante três meses, ela relembrava as brigas, enquanto a profissional a ajudava a enxergar os motivos. Até "lição de casa" era passada: a cada semana, Ana Lúcia retornava com anotações sobre o que tinha acontecido. "Consegui reconhecer o que cada um precisava e a forma de linguagem mais adequada."

Apesar de ser uma ferramenta para a solução de questões específicas, como ocorreu com Ana Lúcia, o coaching passa longe de oferecer um manual de instruções para as mães. "Não é uma consultoria. Tenho mais perguntas e menos respostas. Meu incentivo é para que cada mulher descubra o seu caminho", explica a coach de mães Anna Gallafrio.

De modo geral, o trabalho começa na identificação do problema e na delimitação da meta. A partir disso, a mulher é estimulada a refletir sobre si mesma, as atividades que realiza, o tempo para cada tarefa e quais as alternativas possíveis para mudar a rota. O processo pode terminar até com um plano de ações. Segundo Anna Gallafrio, o malabarismo para dar conta de tudo é uma queixa recorrente das mães que procuram o coaching. "A gente até colore (um quadro de horários) para que a mulher enxergue o tempo que passa com o filho, com ela mesma e o que dedica ao casal, que também está em adaptação."

Mãe e profissional

De acordo com os coaches, a busca pelo serviço é maior logo após o nascimento do filho, quando grandes dúvidas sobre como conciliar a atenção dedicada às crianças e à carreira vêm à tona.

No caso da arquiteta Marina Tonussi, de 40 anos, a procura veio quatro meses depois da chegada da pequena Laura. Acelerada na carreira e ocupada com uma grande reforma na casa, ela conta que dar à luz não foi suficiente para se sentir mãe. "Não foi natural desligar o botão da profissional e ligar o da mãe. Demorou para eu abrir espaço para ela". As reflexões no coaching, segundo Marina, a ajudaram a se permitir viver a maternidade e até mesmo negar trabalhos. Agora que Laura tem 8 meses, ela consegue se dedicar à profissão durante as manhãs e passar o restante do dia com a filha.

Questão social

Para a coach de mulheres Rita Monte, os dilemas para conciliar carreira e filhos precisam sair das quatro paredes dos lares e ganhar o debate social. "A mãe é um ser invisível nas relações produtivas". Um dos trabalhos de Rita é ajudar mulheres a identificar pessoas que possam apoiá-las nos desafios da maternidade. As sessões podem ser em grupos de até 15 mães ou individuais. "Mesmo nesses casos, dou um jeito de conectá-las". Há dez anos com o trabalho voltado para mães, Rita percebe aumento na procura.

Em São Paulo, dez sessões de coaching para mães custam, em média, R$ 2,5 mil. Embora possa ser usado em vários tipos de conflito, o coaching é diferente da terapia e não a substitui, pondera o presidente do Instituto Brasileiro de Coaching, José Roberto Marques. "O foco do coaching é o futuro, em direção a uma meta específica. Já a terapia reelabora um transtorno do passado. O coach não tem conhecimento para trabalhar a dor emocional", explica Marques. Em caso de depressão pós-parto, por exemplo, a recomendação é de que o profissional indique à mulher um psicoterapeuta. 

O presidente Michel Temer vem se reunindo com um "grupo informal de comunicação" de nove pessoas ligadas ao meio político, com experiência em marketing e campanhas eleitorais, para assessorá-lo na forma de anunciar ações e se posicionar frente a temas do governo.

A criação do grupo foi uma sugestão do cientista político Gaudêncio Torquato, amigo pessoal de Temer, que resgatou uma ideia praticada em 1986, durante o governo José Sarney. "Criei grupo de comunicação composto por 25 pessoas, os maiores comunicadores do País. Depois de três meses e ótimas sugestões, Sarney não atendendo a propostas, eu mesmo propus dissolução do grupo", afirmou. "Desta vez, um grupo menor e bem entrosado pode dar certo, já que o presidente sabe ouvir e ponderar."

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Temer já esteve reunido com seus "auxiliares" em pelo menos três ocasiões. A última reunião foi na sexta-feira passada, 16, em São Paulo, antes de embarcar para Nova York. A ideia é que o grupo se reúna pelo menos uma vez por mês.

Torquato é o responsável pela pauta prévia do debate, mas todos levam sugestões de assuntos que consideram importantes de serem debatidos.

Além dele, integram o conselho o jornalista e consultor de marketing político Chico Santa Rita; o publicitário do PMDB, Elisinho Mouco; o cientista político Rubens Figueiredo; o jornalista e advogado Antonio Lavareda; o jornalista e consultor político Eduardo Oinegue - que deve ser anunciado porta-voz oficial do governo -; o secretário de comunicação da Presidência, Márcio Freitas; o historiador Marco Antonio Villa; e o advogado Ruy Altenfelder.

De volta ao Brasil, Temer recebe nesta quinta-feira (22) Oinegue para convidá-lo para o cargo de porta-voz. A avaliação do Planalto é de que o governo precisa afinar o discurso para evitar ruídos e desgastes, que o obrigou a ter seguidos "recuos". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Cuba triplicou o número de áreas com wi-fi para conexão à Internet, passando de 65 em 2015 para mais de 200 em setembro de 2016 - informou a estatal Empresa de Telecomunicações (Etecsa).

"Até este 5 de setembro já existiam 200 zonas wi-fi em toda Cuba", disse o diretor de Comunicação da Etecsa, Luis Díaz, ao jornal Juventud Rebelde. Embora o plano da empresa fosse estender o serviço a mais 80 zonas em 2016, "entre janeiro e setembro, a Etecsa montou outras 135 zonas wi-fi, número que demonstra a vontade de dar acesso à rede em nosso país", acrescentou.

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As zonas wi-fi ficam em praças, parques e espaços abertos, onde diariamente dezenas de pessoas são vistas conversando no viva-voz com amigos e familiares em outros países, olhando para a tela de seus smartphones. Em Cuba, ainda não existe o serviço de Internet em domicílio, que está disponível apenas para médicos, acadêmicos e jornalistas.

Embora existam muitas salas de navegação, a Etecsa encontrou nas áreas wi-fi um meio de ampliar seu serviço, que tem baixa densidade para os 11,1 milhões de habitantes. Seguindo dados oficiais, 348 cubanos em cada 1.000 tiveram acesso à Internet em 2015. Instituições públicas, universidades, centros de pesquisa e outras entidades também recebem o serviço.

A dificuldade principal continua sendo os custos. Embora a Etecsa tenha reduzido suas tarifas no ano passado, a hora de conexão custa US$ 2, alto para a média mundial e para um país onde o salário médio é de aproximadamente US$ 20 por mês. Segundo o Juventud Rebelde, em 2016 Etecsa vendeu 5,3 milhões de cartões de conexão de uma hora.

O palestrante desta terça-feira (24), primeiro dia oficial da Jornada de Comunicação da Universidade Guarulhos (UNG), foi o jornalista Guilherme Prado. Com passagens pela assessoria de imprensa dos clubes São Caetano, Palmeiras e Corinthians, de profissionais como o ex-jogador Ronaldo, Mano Menezes, Dorival Júnior e empresas como Nike e Gatorade, Prado falou sobre o atual mercado da informação e das possibilidades geradas pela mudança no foco das grandes corporações na busca pela audiência e consequentemente venda de seus produtos, sejam físicos, como no caso das marcas, ou de valores, como a reputação de um jogador ou de uma empresa.

“A imprensa tradicional está empregando menos profissionais, ao passo que a internet, os veículos que possuem a abordagem online, e até mesmo os profissionais que trabalham sozinhos e produzem conteúdo exclusivamente para esses canais têm melhores chances de destaque no mercado”, enfatizou Prado. O assessor lembrou que diversas empresas tradicionais de comunicação estão “enxugando” suas equipes para poder manter um negócio rentável. “Pouca gente hoje lê jornal, mas todos consomem informação; e essa gente que consome informação hoje, consome muito mais que na época que o impresso tinha exclusividade”, explicou Guilherme.

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Segundo o assessor e empresário, os futuros profissionais devem estar atentos a essa mudança do mercado e começar a produzir conteúdo conforme a área de interesse. Num futuro próximo, com uma transformação quase que definida dos meios de comunicação, talvez os jornalistas, repórteres, fotógrafos e demais pessoas ligadas a comunicação não tenham mais os empregos formais de décadas atrás. “Para estar bem preparado é preciso saber um mínimo de web. Saber se virar na rede é primordial e, depois, se aprofundar em um assunto do seu interesse e fazer com que ele seja atraente para o público que você pretende alcançar”, conclui.

O líder do PT no Senado, Humberto Costa, criticou as intervenções do presidente em exercício Michel Temer (PMDB) na Empresa Brasileira de Comunicação (EBC). Segundo o senador, a gestão peemedebista iniciou o processo de desmonte da emissora e já estuda propostas para a extinção do órgão. 

O petista afirmou que nesta semana a gestão do peemedebista anunciou mudanças na grade TV Brasil. As alterações, inclusive, foram questionadas pelo conselho curador, órgão responsável por garantir a autonomia sobre a programação da EBC.

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“O que a gente vê é, passo a passo, a tentativa de desmonte da EBC. Primeiro, eles tentaram ilegalmente destituir o presidente da empresa, Ricardo Melo, e depois tiveram que voltar atrás por determinação judicial. Agora resolvem mudar a grade sem ao menos conversar com o conselho curador. Isso só mostra o desapreço dessa gestão temerária com a comunicação pública”, afirmou.

Segundo o líder do PT, as mudanças propostas na grade, inclusive, “reforçam preconceitos”.  É o caso do programa "Estação Plural", que debate temas relacionados à diversidade sexual. Ele teve o horário alterado na programação. Anteriormente exibido nas sextas, o programa será veiculado nas segundas-feiras.

“Vi em um jornal um diretor executivo da TV Brasil contratado por Temer falar que o programa mudou de dia porque o público LGBT nas sextas ‘prefere às noitadas’. Isto só reforça os estereótipos que precisam ser combatidos. O programa fala sobre pluralidade, aceitação. Coisa que esse governo não entende”, afirmou o senador.

Segundo Humberto, é fundamental a mobilização da sociedade em torno da EBC. “A EBC não é patrimônio de nenhum governo. É patrimônio público. É um instrumento para garantir uma comunicação pública, democrática e de qualidade. Não podemos deixar que esse patrimônio seja aniquilado”, defendeu o senador.

Anunciado em maio deste ano, o Google Duo finalmente chega ao Brasil nesta terça-feira (16) para competir com serviços já consolidados como o WhatsApp, Viber, Telegram e Skype. O novo aplicativo possui versões para Android e iOS, e promete funcionar bem até mesmo nas conexões mais lentas. Basta ter um número de telefone para ligar para alguém da lista de contatos.

A ideia é tornar as videochamadas simples e dinâmicas. Ao receber uma ligação, o usuário pode visualizar uma prévia do vídeo de quem está ligando. O Google diz que aperfeiçoou o aplicativo para funcionar bem em qualquer tipo de rede, por isso, se a largura de banda for limitada, o serviço automaticamente ajusta a qualidade da imagem da transmissão para evitar engasgos.

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"Todos nós sabemos como é frustrante quando uma chamada falha ao conectar ou um vídeo fica instável. Nós construímos o Duo para ser rápido e confiável, para que as chamadas de vídeo conectem rapidamente e funcionem bem, até mesmo em conexões mais lentas", explica o Google, em um post de blog.

Para chamadas de vídeo em movimento, o aplicativo irá alternar entre Wi-Fi e dados do celular, automaticamente, sem deixar sua ligação cair. Além disso, o Duo também traz a chamada criptografia de ponta-a-ponta, o que garante uma camada extra de segurança, recurso já presente no WhatsApp e Viber. O software funciona em smartphones Android Jelly Bean ou superiores e iPhones com iOS 9 ou superiores.

Um workshop sobre comunicação audiovisual em transição será realizado no dia 5 deste mês, na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). O evento gratuito é produzido pelo Laboratório de Análise de Música e Audiovisual (Lama) do Programa de Pós-Graduação em Comunicação (PPGCOM).

O encontro, a ser realizado no Centro de Arte e Comunicação (CAC), promete tratar dos vínculos entre cultura e tecnologia, tal como configurados em produtos e processos comunicacionais audiovisuais. A professora Itania Gomes irá discutir o protagonismo da comunicação no processo de transformação cultural e fazer exercícios de crítica de tendências culturais contemporâneas.

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Informações sobre inscrições podem ser solicitadas pelo e-mail lama.ufpe@gmail.com. O CAC fica no Campus Recife, cujo endereço é Avenida Professor Moraes Rego, 1235, no bairro da Cidade Universitária, Zona Oeste da cidade.

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A sonda europeia Rosetta cortou nesta quarta-feira (26) a comunicação com o robô espacial Philae, pousado no cometa 67P/Churiumov-Guerasimenko, anunciou a Agência Espacial Europeia (ESA). "Hoje, a comunicação com o Philae foi cortada", declarou à AFP Andreas Schuetz, porta-voz da Agência Espacial Alemã (DLR). "É o fim de uma missão fascinante e bem sucedida", acrescentou.

"Mantínhamos esta escuta de maneira um pouco simbólica", explicou à AFP, por sua parte, Philippe Gaudon, da agência espacial francesa CNES. Mas a sonda Rosetta, que escolta o cometa 67P/Churiumov-Guerasimenko (conhecido como "Churi"), se afasta cada vez mais do sol e seus painéis recebem cada vez menos luz.

É preciso poupar energia para que a Rosetta possa continuar fazendo funcionar dez instrumentos, explicou o especialista. Depois de dez anos de viagem como passageiro da sonda Rosetta, Philae conseguiu um marco histórico ao pousar no cometa "Churi". Depois de várias cambalhotas, se estabilizou em uma zona de sombra.

Equipado com 10 instrumentos, o robozinho trabalhou durante 60 horas e depois dormiu por falta de energia. Em junho de 2015, despertou de novo inesperadamente e manteve vários contatos com a Terra, mas não voltou a dar sinais de vida desde 9 de julho do ano passado.

Em fevereiro, as equipes responsáveis pelo robô decidiram não enviar mais ordens, mas continuavam na escuta por precaução.

Uma mesa-redonda com a participação dos juízes Jônatas dos Santos Andrade, diretor de Direitos Humanos da Associação dos Magistrados da Justiça do trabalho da 8ª Região – Pará e Amapá, e José Anselmo Oliveira, do Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe, falou sobre a importância da comunicação dentro dos tribunais, na tarde desta-sexta-feira (17), no último dia do Congresso Brasileiro dos Assessores de Comunicação da Justiça (Conbrascom). O evento teve como tema “A comunicação pública como instrumento para transformação social”. O congresso se encerra nesta sexta-feira à noite, com um stand-up de Epaminondas Gustavo, personagem criado pelo juiz de execução penal Cláudio Rendeiro, que é um grande sucesso nas redes sociais. A apresentação será na Estação das Docas, durante a entrega do Prêmio Nacional de Comunicação e Justiça.

Segundo José Anselmo Oliveira, Mestre em Direito Constitucional e professor universitário, a comunicação de qualidade é fundamental para o bom funcionamento dos tribunais. Para ele, a comunicação é tão importante quanto o setor financeiro, ou outros setores dentro do tribunal.

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Ainda segundo o juiz, outra questão importante que deve ser discutida é o direito de informação e o direito ao esquecimento. Muitas vezes, explicou, os jornalistas não sabem se devem ou não divulgar o nome do réu, principalmente após o cumprimento da pena. “Eu concordo que os direitos fundamentais devem ser ponderados, não há direito fundamental mais importante que outro. Cada um funciona de maneira equilibrada. Então se eu tenho direito à informação sobre alguém que cometeu um crime e foi condenado, esse é um direito sagrado que vai ser cobrado do mesmo jeito que aquele que foi reabilitado tem o direito a não ter uma pena eterna e isso ofende também a sua dignidade, como pessoa humana”, diz. Outro tema debatido foi o papel da grande mídia e dos jornalistas. 

 

O WhatsApp liberou nesta semana uma ferramenta muito esperada pelos seus mais de um bilhão de usuários. Agora, é possível responder uma mensagem específica em conversas em grupo, o que deverá facilitar a comunicação e evitar mal entendidos. Para ter acesso à novidade, é preciso atualizar o aplicativo no Android ou iOS.

Quando um grupo possui dezenas de integrantes, fica difícil acompanhar as mensagens e respondê-las imediatamente. Para evitar o problema, o aplicativo te permite selecionar uma mensagem específica e escrever uma resposta apenas para aquele texto. O procedimento é simples.

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Basta clicar na mensagem que deseja citar especificamente e selecionar a opção responder que aparece no menu. Esta função não é inédita, e já existe no principal rival do WhatsApp, o Telegram. O Twitter também já trabalha com opção parecida, que permite responder tuítes de outros usuários.

Com as inovações tecnológicas, informar passou a ser um grande desafio para o profissional de Comunicação Social. A internet é hoje o veículo de comunicação mais utilizado por todos os segmentos para compartilhar informações. A rede permite que todos possam compartilhar dados e opiniões. Nesse contexto, o profissional precisa entender de que maneira a comunicação está sendo produzida.

As inovações tecnológicas, desde a prensa até os dias atuais, com inúmeras redes sociais e portais de notícias, promoveram grandes mudanças na forma de se fazer comunicação. No dia 31 de maio é celebrado o Dia Mundial da Comunicação Social. Em referência à data, especialistas discutem o papel da comunicação na sociedade contemporânea.

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O mestre em cibercultura e coordenador do curso de Comunicação Social, Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Universidade da Amazônia (Unama), professor Mário Camarão, acredita que a data é muito importante para refletir sobre o papel que a Comunicação Social tem no momento em que tudo é informação. “Acredito que cada vez a Comunicação estará atrelada a uma produção mais democrática e colaborativa, onde todos produzem e compartilham informação e conhecimento ao mesmo tempo. O papel do comunicador é digerir essa infinidade de conteúdo, ser uma espécie de editor e gerenciador, ou seja, mediador da informação”, disse.

As práticas comunicacionais mudam constantemente e os profissionais precisam estar preparados para se adaptar e evoluir. De acordo com Mário, a comunicação ganha cada vez mais importância em todas as esferas, sejam políticas, econômicas e pessoais. Isso faz com que o comunicador seja imprescindível na formação educacional e profissional de cada pessoa.

A dica do coordenador para quem quer seguir a área de Comunicação Social é investir no aprendizado para entender o lado ético e social da profissão, não somente a técnica. “Temos um compromisso social, não só aprender técnica, editar vídeo ou foto, mas sim ter responsabilidade social, ética profissional, que é adquirida por meio das teorias e estudos”, disse. Ele afirma ainda que a instituição acadêmica possui um grande papel na formação do profissional. “A Comunicação Social tem uma grande importância hoje na sociedade. Os cursos têm de preparar os alunos para entenderem essa nova formatação do mercado de trabalho que possui novidades, conhecimento, além da prática e da ética do profissional”, concluiu.

O campo da Comunicação Social possui muitas áreas de atuação e aproveitar todas as oportunidades durante a graduação é essencial para um estudante se tornar um grande profissional. A Universidade da Amazônia oferece diversos projetos de extensão para dar experiência aos alunos nas mais diversas áreas. Os principais projetos ofertados são o portal LeiaJá Pará, Agência de Comunicação (Agecom), Rádio Unama FM 105.5 e TV Unama.

Leandro Müller, 20 anos, cursa o terceiro semestre de jornalismo na Unama e estagia há mais de um ano na TV Unama. Ele fez o processo seletivo para ingressar na TV porque acredita ser a área do jornalismo que quer seguir. “Sempre gostei muito dos meios de comunicação, principalmente a TV, desde adolescente acompanhava os telejornais locais e isso me envolvia muito. Pretendo me inserir ainda mais no mercado do telejornalismo e ser repórter”, afirmou.

Por Vanessa Van Rooijen.

A presidente Dilma Rousseff nomeou ontem o jornalista Ricardo Melo diretor-presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), para mandato de quatro anos. A escolha do novo chefe do órgão ocorre no momento em que a equipe do vice-presidente Michel Temer avalia mudanças bruscas na política de comunicação, com o enxugamento dos custos da empresa, a diminuição do orçamento de publicidade das estatais e o fim da contratação de veículos limitados à divulgação de textos opinativos.

Atualmente, a empresa de comunicação do governo possui 2.563 funcionários nas redações da Agência Brasil, TV Brasil, Portal EBC, Canal NBr e oito rádios, incluindo a Nacional e a MEC. Desse total, 178 funcionários estão em cargos de confiança, livre provimento sem vínculo com a administração pública.

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O orçamento da EBC em 2016 é de R$ 538,5 milhões. Em constantes movimentos de greve, os empregados da EBC reclamam dos privilégios dados pelo Planalto a um seleto grupo de 51 pessoas, entre servidores de carreira e comissionados, com salários acima de 20 mil reais, sem contar gratificações. Um dos campeões da lista dos altos vencimentos é Roberto Gontijo de Amorim, do quadro de carreira. Dados do Portal da Transparência mostram que, fora as gratificações, ele recebe salário de 32 mil.

Pessoas próximas de Michel Temer afirmam que a política de pagar blogs e sites de opinião sem levar em conta a qualificação de público e a audiência será analisada no eventual governo do PMDB. Esses aliados do vice argumentam que é impraticável manter contratos com veículos que produzem apenas opinião política.

Também argumentam que, diante da variedade de correntes de opiniões e ideologias, um governo deve priorizar veículos que produzem conteúdo. Traduzindo: o grupo de Temer avalia que o foco dos blogueiros "progressistas" se limita hoje a defender o atual governo e o PT, sem dar atenção nem mesmo a questões de direitos humanos e da realidade brasileira.

Em 2014, a Petrobrás, a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil gastaram um total de quase R$ 10 milhões com blogs e sites chamados de "progressistas", geralmente tocados por um jornalista ou equipes familiares, que se especializaram em oferecer textos opinativos.

Na defesa do governo, esses espaços focaram em críticas à imprensa tradicional, numa linha seguida por setores do PT e do Planalto. Os blogueiros alinhados ao palácio e a partidos da base governista não poupam nem mesmo trabalhos de direitos humanos desenvolvidos por profissionais dos chamados grandes veículos.

Caso a presidente Dilma seja afastada e Temer assuma o Planalto, o jornalista Márcio Freitas deverá assumir a chefia da Secretaria de Comunicação, Secom, comandada desde março de 2015 pelo ex-deputado petista Edinho Silva. O órgão não terá mais status de ministério.

Assessor do vice-presidente há 14 anos, Márcio Freitas enfrentou, no mês passado, um bombardeio de postulantes ao comando da política de comunicação do novo governo. A Secom conta hoje com cerca de 200 funcionários que trabalham em gabinetes no Planalto e na Esplanada dos Ministérios.

Interlocutores do vice-presidente brincam que, diferentemente do que ocorreu nos governos petistas, a Secom não colocará "arames farpados" e "minas" para impedir o trabalho de repórter nos eventos da Presidência.

Em 2005, em um evento de Lula em Vitória da Conquista, na Bahia, a secretaria recorreu a telas de galinheiro para delimitar a área destinada a jornalistas. Hoje, nos eventos de Dilma no Planalto, os assessores do governo montam "cercadinhos" distantes do palco e impedem a circulação dos jornalistas nas cerimônias.

Conteúdo

Pelas propostas analisadas pela equipe de Temer, a verba publicitária deverá focar em campanhas de esclarecimento e pedagógicas, especialmente num momento de ajuste fiscal e redução de despesas. Não há ainda um diagnóstico geral da verba de publicidade e do trabalho da EBC, mas os assessores dizem estar certos de que se gasta muito e mal. "Não queremos favorecer nenhum tipo de opinião. A prioridade é o conteúdo."

Ligado ao ministro Edinho Silva, da Secretaria de Comunicação do Governo, Ricardo Melo, tem passagens pelos principais jornais e emissoras de TVs do País. Pela Lei 11.652 que cria a EBC, assinada em 2008 pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, um diretor-presidente ou outros membros da diretoria executiva da empresa só podem ser retirados do cargo nas hipóteses legais ou se receberem dois votos de desconfiança do conselho curador, no período de 12 meses, emitidos com interstício mínimo de 30 trinta dias. Sindicalistas da EBC, porém, observam que a Constituição, no artigo 37, estabelece a livre nomeação e exoneração. Ou seja, Temer pode demitir Melo se quiser. É a mesma situação de Pedro Varoni, nomeado há 15 dias para o cargo de diretor-geral da empresa, com mandato de três anos.

Protesto

Hoje, empregados da EBC fazem um protesto em repúdio à contratação do jornalista Sidney Rezende para âncora de um programa de notícias da emissora. O contrato dele está orçado em R$ 480 mil por ano, mas estaria atrelado a um outro de quatro jornalistas que trabalhariam com ele, de R$ 600 mil por ano, totalizando o custo de sua contratação em R$ 1 milhão por ano. Representante dos empregados no conselho de administração da EBC, Edvaldo Cuaio relata que questionou, em reunião do colegiado, as últimas contratações da EBC.

"Nós orientamos a direção a não fazer essas contratações pela situação da empresa, mas a diretoria não deu ouvidos ao conselho de administração", afirmou. "Sem demérito do profissionalismo, é preciso observar que a empresa está passando por dificuldades financeiras e deve mais de R$ 30 milhões a prestadoras de serviços e terceiros", completou. "Os empregados estão preocupados porque o projeto da EBC não nasceu com finalidade politica, mas com a ideia de uma TV pública."

Segundo a EBC, Rezende foi contratado para "atender aos objetivos da EBC e contribuirá para fazer a comunicação pública cada vez mais ampla, plural e apartidária".

A empresa justifica ainda que "trata-se de jornalista de reconhecida competência profissional cujo trabalho será remunerado de acordo com os salários de mercado". Sobre os outros quatro profissionais da equipe, a EBC disse que eles "estão sendo contratados dentro de funções já existentes na Empresa, não significando acréscimos de valores ou de ônus extra para a EBC".

A diretoria da empresa virou alvo de ataques pela sua conduta durante o processo de impeachment. A ouvidoria da empresa recebeu reclamações que o noticiário da TV e das rádios da EBC tratou a reunião do PMDB, no dia 29 de março, que decidiu pela saída da base aliada do governo, como um evento "qualquer", na análise crítica do próprio ouvidor. A diretoria ainda é criticada por um contrato de R$ 2,8 milhões para cobrir neste ano a Série 2 do futebol paulista.

Em março, a diretoria mandou cortar a transmissão do debate na Câmara sobre o impeachment para transmitir um ato político do ex-presidente Lula, no Rio, que contou com a presença do cantor Chico Buarque. Os funcionários ainda observam que no 13 de março, quando ocorreu a maior manifestação contra Dilma, a TV Brasil veiculou 2h30 de protestos. Já nos dias 17, 18 e 31 de março, quando foram realizados atos a favor do governo, a empresa teve uma cobertura total de 12h30 de manifestações.

A presidente da República, Dilma Rousseff. nomeou Ricardo Pereira de Melo para exercer o cargo de diretor-presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), com mandato de quatro anos. Melo substitui o jornalista Américo Martins, que deixou a empresa de comunicação do governo no fim de março.

Oficialmente a saída de Martins seria por "motivações pessoais", mas, na empresa, as informações são de que ele estava insatisfeito com constantes tentativas de interferência do governo nas decisões internas da EBC, que é vinculada à Secretaria de Comunicação Social da Presidência, comandada pelo ministro Edinho Silva. A nomeação de Melo está publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira, 3.

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A mesma edição do Diário Oficial ainda traz a dispensa do ministro Edinho Silva da presidência do Conselho de Administração da EBC. Segundo o decreto, Edinho deixa a função "a pedido". No lugar dele, assume Olavo Noleto Alves, cuja designação também foi publicada nesta terça.

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