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A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber, marcou para a próxima quarta-feira a retomada do julgamento sobre o marco temporal - tese que prevê a necessidade de ocupação de uma área até 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal, para que ela possa ser demarcada como terra indígena. A ministra incluiu o tema na pauta logo após o ministro André Mendonça, que havia pedido vista (mais tempo para análise), em junho, devolver o caso para avaliação da Corte.

Segundo apurou o Estadão/Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, a decisão do Supremo de pautar o assunto ocorreu após a aprovação, na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado, na quarta-feira, 23, do projeto de lei que institui o marco temporal. Parlamentares da bancada ruralista levaram a Mendonça o entendimento de que avançariam com as discussões legislativas sobre a questão.

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Além disso, Mendonça havia se comprometido a devolver a ação a tempo de Rosa proferir seu voto. A presidente do Supremo vai se aposentar no dia 2 de outubro, quando completará 75 anos, e a questão indígena tem sido uma das marcas de sua gestão.

Até o julgamento ser suspenso, o placar no STF estava em 2 a 1 para derrubar a tese do marco temporal. Os ministros Edson Fachin e Alexandre de Moraes se manifestaram contra o entendimento; Kassio Nunes Marques votou a favor.

Legislativo

Aprovado nesta semana pela Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado, o projeto de lei do marco temporal divide representantes indígenas no Congresso. Enquanto a deputada Silvia Waiãpi (PL-PA) vê a tese como uma forma de "dar um ponto final" nos conflitos fundiários, sua colega de Câmara Célia Xakriabá (PSOL-MG) afirma que o marco pode significar um "assassinato" dos direitos dos povos originários resguardados pela Constituição.

A comissão do Senado aprovou, por 13 votos a 3, o parecer favorável apresentado pela senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), que foi a relatora do tema. O próximo passo é a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, que avaliará a legalidade da proposta. Se for aprovado, o texto segue para o plenário e, caso seja validado por mais da metade dos parlamentares, irá para a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Silvia Waiãpi recebeu duras críticas por parte de movimentos indígenas após ter votado, em maio, a favor da tese do marco temporal quando ele foi aprovado pelo plenário da Câmara dos Deputados por 283 votos a 155. Segundo a parlamentar, seu posicionamento reflete uma necessidade de garantir "segurança jurídica" para todos. "Eu vim para cá sabendo que eu ia ser criticada, mas eu não voto em projetos em que eu não estou de acordo", declarou a deputada.

Críticas

Célia Xakriabá, que estava no Senado acompanhando a aprovação do marco temporal na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária, disse que a tese é um "golpe" nos indígenas, Para ela, a bancada ruralista do Congresso quer "paralisar a demarcação dos territórios". "Nós não vamos permitir. A Constituição é muito certa, e é inconstitucional qualquer tentativa de adentrar os territórios indígenas."

No início deste mês, a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, afirmou ao Estadão que a sua expectativa é a de que o Supremo enterre de vez a tese do marco temporal para demarcação de terras indígenas.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Supremo Tribunal Federal (STF) avançou ontem no entendimento de que somente o porte de maconha deve ser descriminalizado no Brasil. E já há maioria para definir um critério objetivo (uma quantidade de droga), que diferencie usuário e traficante - provavelmente entre 25 e 60 gramas, mas isso é algo que só será definido ao fim do julgamento. O ministro Cristiano Zanin votou nesta quinta-feira (24) por manter a criminalização, embora seja favorável à diferenciação.

O julgamento foi interrompido na sequência por um pedido de vista (mais tempo para análise) do ministro André Mendonça. Mas Rosa Weber, presidente do Supremo, que seria a última a votar, adiantou o posicionamento, pois se aposenta compulsoriamente no próximo mês. O placar até o momento está em 5 a 1 pela descriminalização.

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Logo no início da sessão, o ministro Gilmar Mendes, decano do STF e relator do processo, de repercussão geral, revisou seu voto inicial de 2015, para buscar uma redação que reunisse as contribuições feitas por ele e pelos outros três ministros que haviam votado anteriormente pela descriminalização (Luís Roberto Barroso, Edson Facchin e Alexandre de Moraes). Dessa forma, defendeu que a decisão se restrinja à droga que é foco da ação, a maconha. Também com os demais ministros propôs a posse de até 60 gramas como limite de consumo, tese defendida neste ano por Alexandre de Moraes, na retomada da análise - caso não estejam presentes outros elementos que indiquem que se trata de tráfico.

No caso concreto que está sendo julgado, do Estado de São Paulo, mas que valerá para todo o País, a defesa de um condenado pede que o porte de maconha para uso próprio deixe de ser considerado crime. O acusado foi detido com 3 gramas de maconha.

Invasão de competência

O decano ainda aproveitou para rebater as críticas que recebeu por defender que a criminalização do porte seja considerada inconstitucional. "O evento foi objeto de muita desinformação, potencializada pelas disputas ideológicas e moralismos que orbitam esta delicada controvérsia", disse o ministro ao acrescentar que as críticas ao tribunal são "absolutamente infundadas".

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), chegou a se manifestar publicamente contra o julgamento no mês passado. O senador defende que a regulação das drogas cabe ao Congresso Nacional e não deveria estar sendo discutida no STF.

Antes da retomada da votação, o relator defendeu o "diálogo institucional" e negou uma invasão de competências do Legislativo. "Não houve, em nenhum momento, um gesto do tribunal em direção à liberação de entorpecentes nem mesmo qualquer espécie de avanço indevido sobre as competência do Congresso Nacional quanto ao reconhecimento do caráter ilícito do porte drogas, ainda que para consumo próprio."

Fake News

O ministro também afirmou que o julgamento tem sido alvo de fake news. "Como se a proposta apresentada representasse um aceno do Poder Judiciário à liberação das drogas ou um salvo-conduto para o uso indiscriminado em vias públicas de substância psicotrópica", reagiu. "Não há um direito a drogar-se e permanecer drogado."

O decano também voltou a defender que os esforços no combate às drogas sejam deslocados do campo penal para o da saúde pública. "É necessário conjugar esforços para, sem moralismos ou preconceitos, arquitetar uma solução multidisciplinar que reconheça a interdependência e a natureza complementar das atividades de prevenção ao uso de drogas, atenção especializada e reinserção social", afirmou. "O que se busca é uma solução eficaz e constitucionalmente adequada desse grave drama social."

Assim como os demais ministros favoráveis à descriminalização, ele destacou o grande número de pessoas levadas à cadeia sem outros indicativos de tráfico além do porte. Os ministros também destacaram a necessidade de o Estado combater as grandes organizações criminosas e patrulhar as fronteiras - uma vez que a maior parte das drogas aqui consumidas vem de outros países da América do Sul.

Votos de ontem

Recém-chegado à Corte, Cristiano Zanin foi quem abriu a divergência, votando pela manutenção do artigo da Lei de Drogas que prevê sanções administrativas a usuários. Mas admitiu que seja colocado como critério para identificar o usuário com base no porte de 25 gramas de maconha, ou 6 plantas fêmeas - nos debates posteriores aceitou, porém, que seja construído um consenso sobre a quantidade com os demais ministros.

Na sequência, André Mendonça pediu vista e tem 90 dias para devolver a ação. Se não respeitar o prazo, o processo será liberado automaticamente para ser incluído novamente na pauta. Rosa, porém, pediu a palavra, pois queria dar seu voto antes da aposentadoria compulsória, que ocorre em setembro.

A presidente do Supremo Tribunal Federal seguiu o voto do relator e dos demais ministros, sendo a favor da descriminalização do porte de maconha para uso pessoal. Ela afirmou que decidir o contrário seria "transformar todo usuário de entorpecente em potencial traficante e criminoso". "A autonomia é a parte da liberdade que não pode ser suprimida por interferências sociais ou estatais."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O deputado Alencar Santana (PT-SP), relator da medida provisória do Desenrola, disse nesta quinta-feira (24) que seu parecer vai incluir artigo para limitar os juros do rotativo do cartão de crédito a 100% ao ano caso o setor financeiro não apresente uma proposta de autorregulação. Santana disse também que o texto não tratará do fim do parcelamento de compras sem juros, modalidade apontada pelos bancos como responsável pelas altas taxas - que chegaram em junho a 437% ao ano. O parecer será apresentado oficialmente na próxima terça-feira.

O Desenrola é o programa do governo federal que facilita a renegociação de dívidas de consumidores com bancos. Durante a tramitação da medida provisória, houve articulação para determinar um limite para as taxas cobradas pelas operadoras no crédito rotativo, acionado quando a fatura não é paga integralmente em dia.

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Segundo o relator, o Brasil adotaria o modelo britânico, pelo qual a dívida total renegociada não pode ultrapassar o dobro do valor principal. "Se nada for feito em 90 dias, e o Conselho Monetário Nacional e o Banco Central não disciplinarem, os juros máximos serão até o valor da dívida principal. Se a pessoa deve R$ 1 mil, os juros cobrados ao longo do tempo só podem fazê-la chegar a R$ 2 mil", disse Alencar. Conforme o deputado, propor o "Desenrola e não tratar desse 'mal' (os juros do crédito rotativo) seria remédio paliativo".

No parecer, foi incluído um dispositivo para incentivar a portabilidade das dívidas do rotativo. A ideia seria induzir a concorrência entre os bancos para os juros baixarem na ponta do consumidor. Um possível obstáculo seria a falta de garantias dessas dívidas - débitos imobiliários, por exemplo, são garantidos pelos imóveis.

Parcelamento

Santana afirmou também que não há sentido em limitar o parcelado sem juros e que o tema não consta de seu parecer. "Foi conquista da sociedade brasileira", disse.

Santana disse que houve discussão com alguns setores que queriam limitar as parcelas. Há duas semanas, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou em sessão no Senado que a solução para os juros do rotativo estava se "encaminhando" para o fim da modalidade, acrescentando que poderia haver algum dispositivo para desestimular o parcelado sem juros "longo".

Conforme interlocutores do Congresso ouvidos pela reportagem, os bancos pressionam para que o CMN tenha poder para decidir sobre o tema e extinguir a compra parcelada. Os bancos também defendem que a tarifa máxima de 100% dos juros do rotativo do cartão só tenha validade por um ano, podendo aumentar depois. Para os bancos, uma operação de crédito de longo prazo, devido ao seu risco, deveria ser mais cara do que o pagamento à vista. No entanto, a sinalização dos líderes é de que não há acordo para votação da MP se houver mudanças no parcelado sem juros.

Em relação ao Desenrola, não houve mudanças. Segundo os bancos, o programa, que começou em 17 de julho, havia negociado até a primeira semana deste mês R$ 5,4 bilhões, envolvendo 905 mil contratos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As criações do professor e pioneiro do design João Carlos Cauduro se tornaram mais do que logomarcas ao longo de décadas: são parte da identidade de São Paulo. Autor de criações icônicas - como os símbolos e as sinalizações do Metrô, da CPTM, da Avenida Paulista, da TV Cultura e do Zoológico paulistano -, ele morreu nesta quarta-feira (23), aos 88 anos. "Se você faz um projeto, ele precisa ter como objetivo final melhorar o nosso labirinto urbano. Ou você consegue isso ou só piora a destruição da cidade", disse ao Estadão em 2012. "É difícil explicar como ocorre, é muito intuitivo, não é racional. Muitas vezes estou dormindo e sonho com uma solução."

Nascido em 1935, em São Paulo, Cauduro se formou pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo em 1960. Também estudou desenho industrial na Itália. Por mais de 30 anos foi professor na FAU-USP. Ali, projetou parte dos móveis da Cidade Universitária e instalou a disciplina de Planejamento Visual e Urbano. "A matéria tinha como foco organizar visualmente a cidade, com o objetivo de criar uma cidade mais fácil, mais interessante e agradável", disse anos atrás ao jornal.

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Público

Quantos milhões de moradores e visitantes já não consultaram o mapa da rede metroviária paulistana? Ou identificaram uma estação de longe apenas ao avistar a marca das duas flechas sobre um fundo azul? Ou, então, posaram para uma foto na frente dos totens da Avenida Paulista? Identificaram o ônibus que precisariam embarcar de longe, apenas pela cor do veículo? Os exemplos mostram que as criações mais icônicas de Cauduro envolvem a mobilidade urbana e o uso público.

Ele é autor da identidade visual do Metrô, como a marca, as placas de sinalização das estações e o mapa da rede, desenvolvidos a partir de 1967 e anos seguintes. "Até que foi fácil, tentei dar a ideia do 'leva e traz', do 'sobe e desce', de ir para o trabalho e voltar para casa, e chegamos nas duas setas azuis", disse ao Estadão. Junto a Ludovico Martino, no escritório Cauduro Martino Associados, destacou-se no cenário nacional por quase 50 anos e produziu mais de mil marcas.

A morte do pioneiro foi lamentada por instituições públicas e privadas. A FAU recordou os trabalhos e a carreira como "professor notável". O Metrô destacou a trajetória do arquiteto, que chamou de "um dos maiores expoentes do design brasileiro". Já o Conselho de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo (CAU/SP) salientou o "papel central na consolidação do design gráfico brasileiro; e foi pioneiro no País no chamado 'design total'." O Instituto de Arquitetos do Brasil - São Paulo (IAB/SP) igualmente lamentou a morte de "um dos principais nomes do design gráfico moderno no Brasil".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Foto: ATEC Original Design/Reprodução

Mesmo sem negociação prévia com a equipe econômica, deputados articulam a inclusão de uma emenda ao projeto de lei que prorroga a desoneração da folha de pagamento para 17 setores prevendo a redução da alíquota de contribuição previdenciária de todos os municípios do País. O texto é de autoria do líder do União Brasil na Câmara, Elmar Nascimento (BA).

A urgência e o mérito do projeto de lei serão votados na próxima terça-feira. O texto da emenda de Elmar, obtido pelo Estadão/Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, prevê uma redução escalonada do porcentual cobrado sobre a folha dos municípios, calculado a partir do Produto Interno Bruto (PIB) per capita. Essa contribuição é paga pelas prefeituras sobre os vencimentos dos servidores para custear os regimes próprios de Previdência.

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Se aceita, a proposta substituiria emenda já aprovada pelo Senado que prevê a redução da contribuição de 20% para 8% sobre a folha de pagamento para cidades com até 142,6 mil habitantes. A equipe econômica estima um impacto de cerca de R$ 9 bilhões por ano à União com o texto aprovado pelos senadores.

Ontem, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse que o Ministério da Fazenda é contrário à emenda proposta por Elmar, mas reforçou que deputados e prefeitos estão preocupados com as finanças municipais. "Prefeitos estão apavorados, e essa emenda do Senado causa um problema de um impacto de R$ 9 bilhões, o que preocupa muito a economia. O governo não teve força no Senado para segurar isso numa comissão terminativa, o problema veio para Câmara", disse Lira.

Já o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), afirmou que ainda não há um acordo com o Ministério da Fazenda, e que o tema será tratado após o retorno do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de viagem à África do Sul para reunião do Brics. Ainda segundo ele, é necessário ter uma resposta para a crise financeira das prefeituras. "Vamos ter de tratar da crise dos municípios."

Critério

A emenda de Elmar foi baseada em um projeto de lei apresentado, em 2021, pelo líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), que estabelece a criação de um "Simples Municipal" e alíquotas progressivas de contribuição previdenciária dos municípios.

De acordo com a emenda, os municípios seriam atendidos com alíquotas escalonadas: quanto menor o PIB per capita, menor a alíquota. Os porcentuais oscilariam de 8% a 18%. De acordo com Elmar, a emenda já foi acordada com o presidente da Câmara. O deputado ainda não comunicou a equipe econômica sobre a medida e também não estimou o impacto orçamentário. Elmar acrescentou que a emenda aprovada no Senado não teria fundamento e que trataria os "desiguais de forma igual".

Uma forte onda de calor tem castigado os países do sul da Europa com incêndios florestais e elevado as temperaturas, que atingem recorde em vários países. Na Grécia, 20 pessoas morreram em três dias vítimas das chamas - 18 corpos carbonizados foram encontrados em Alexandroupolis, perto da fronteira com a Turquia.

A onda de calor vem aumentando as temperaturas nos Alpes, pulverizando as geleiras e mudando a paisagem da região. A altitude em que a temperatura cai a zero subiu para 5.298 metros, batendo o recorde anterior de 5.184 metros, de julho de 2022, segundo a Meteo Suisse.

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Na prática, isso significa que todos os picos glaciais dos Alpes estão abaixo do nível de congelamento, segundo o pesquisador e meteorologista do Conselho Nacional de Pesquisa da Itália, Claudio Tei.

Redução

Entre as paisagens mais afetadas estão o Glaciar de Aletsch, na Suíça, o maior da Europa, com pouco mais de 4 mil metros, e o Mont Blanc, na fronteira franco-italiana, o pico mais alto do continente, com pouco mais de 4,8 mil metros.

Especialistas de Áustria, França e Itália, entrevistados pela Reuters, confirmaram que as geleiras estavam sofrendo perdas recordes. Em julho, as temperaturas chegaram a 30ºC nas montanhas - 7ºC acima da média histórica.

Longe dos Alpes, a onda de calor tem sido mortal. Na Grécia, centenas de bombeiros lutam contra incêndios florestais impulsionados pelo tempo seco e ventos fortes. Os 18 corpos encontrados ontem, segundo os bombeiros, eram provavelmente de imigrantes. Uma equipe de especialistas foi acionada para identificar as vítimas.

Alexandroupolis fica ao longo da rota frequentemente percorrida por pessoas que fogem da pobreza e dos conflitos no Oriente Médio e buscam entrar na União Europeia. Nos arredores, em cidades como Avantas, autoridades decidiram ordenar a retirada da população, com alertas em grego e em inglês enviados para todos os telefones celulares na região.

O incêndio florestal mais letal da história recente da Grécia matou 104 pessoas, em 2018, em um resort à beira-mar perto de Atenas, quando moradores e hóspedes não foram avisados de que deveriam sair. Desde então, autoridades gregas são extremamente cautelosas, emitindo ordens rápidas de retirada em massa sempre que áreas habitadas são ameaçadas pelo fogo.

Espanha

Outro grande incêndio está queimando Tenerife, nas Ilhas Canárias, há uma semana - embora nenhum ferido ou dano a casas tenha sido relatado. Estima-se que as chamas, que atingiram 150 quilômetros quadrados, já tenham queimado mais de um terço das florestas de Tenerife.

Autoridades da União Europeia culparam as mudanças climáticas pelo aumento da frequência e da intensidade dos incêndios florestais na Europa, observando que 2022 foi o segundo pior ano registrado em prejuízos, atrás apenas de 2017. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Com os votos dos ministros Kassio Nunes Marques e Edson Fachin, o Supremo Tribunal Federal (STF) formou, nesta quinta-feira (17), maioria para validar em todo o País o modelo do juiz de garantias, em que um magistrado fica responsável somente pela condução de inquéritos, enquanto outro deve julgar o mérito do caso. A mudança no ordenamento do sistema de Justiça penal foi aprovada pelo Congresso em 2019 e, na prática, estabelece uma clara separação entre a fase processual e a de investigação. Restam votar os ministros Luís Roberto Barroso, Rosa Weber, Gilmar Mendes e Cármen Lúcia.

A instituição do juizado de garantias é uma consequência da Operação Lava Jato e seus desdobramentos. A atuação do ex-juiz Sérgio Moro, então titular da 13.ª Vara Federal de Curitiba, desagradou a muitos no mundo jurídico, principalmente depois que a divulgação de mensagens trocadas com os procuradores da força-tarefa da Lava Jato mostrou indícios de que o juiz e membros do Ministério Público combinavam movimentos nos processos.

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Em 2019, Moro, já ministro da Justiça de Jair Bolsonaro, enviou ao Congresso Nacional uma série de medidas que ficaram conhecidas como "pacote anticrime". A figura do juiz de garantias entrou nele por uma emenda, sugerida por um grupo de deputados que incluía Paulo Teixeira (atual ministro do Desenvolvimento Agrário), Margarete Coelho (então deputada federal pelo PP-PI), e Marcelo Freixo (que era deputado pelo PSOL, hoje está no PT e é presidente da Embratur). Bolsonaro vetou 25 trechos do pacote, mas manteve a emenda. Esse, aliás, foi um dos pontos de desgaste entre Bolsonaro e Moro, que acabou por deixar o ministério.

Em seu voto no julgamento, o ministro Gilmar Mendes usou o caso da Lava Jato como exemplo da utilidade do juizado de garantias. "Quando nós verificamos os episódios de Curitiba (base e origem da Lava Jato), nós sabemos que a 'República de Curitiba' tem porões e esqueletaços. Tudo o que se sabe é ruim", disse.

Mudança

A principal mudança instituída pelo "juiz de garantias" é a divisão da jurisdição do processo criminal. Hoje, quando a polícia abre um inquérito, ele é sempre acompanhado por um juiz, que é quem autoriza diligências mais invasivas, como busca e apreensão, quebra de sigilo bancário e prisão preventiva. Depois, caso a investigação se torne uma ação penal, o mesmo magistrado é quem conduz o processo, avalia provas, ouve os argumentos da defesa e interroga as testemunhas.

Com o juiz de garantias, isso mudo. A jurisdição é dividida, para que o juiz que cuidou do inquérito não cuide do processo criminal. O juiz de garantias será responsável pela primeira etapa do processo, e terá a tarefa de garantir que os direitos de todos os envolvidos serão respeitados. Não é uma mudança pequena, portanto. Justamente por isso, o julgamento vinha se arrastando desde 2019.

Votos

Na retomada do julgamento, ontem, os ministros acompanharam o voto do ministro Dias Toffoli, no sentido de confirmar a constitucionalidade do artigo 3-B da lei anticrime - o artigo que institui a mudança. Já haviam votado nesse sentido os ministros Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin e André Mendonça.

Em seu voto, Kassio ressaltou que a Constituição não impõe nem proíbe o juiz de garantias, estando sua criação dentro da "margem de discricionariedade" do legislador. Ele classificou a implementação da dinâmica como a "maior mudança do processo penal brasileiro desde o Código de Processo Penal", instituído em 1941. Indicou que, mesmo após o modelo entrar em vigor, surgirão novos questionamentos a serem enfrentados pelo Judiciário.

Segundo Kassio, que integrou o Tribunal Regional Federal da 1ª Região antes de ser alçado ao STF, "haverá um aumento de custos seguramente", mas é possível a implementação do modelo. Ele sugeriu um prazo de até 36 meses para que os tribunais de todo o País se adaptem à nova dinâmica, mas sinalizou apoio ao prazo inicialmente proposto por Toffoli, de 12 meses. Indicou ainda que deve haver um "reconhecimento" em caso de tribunais que realizem uma "implementação mais célere" do modelo.

Prazo

O ministro Edson Fachin se manifestou sobre a constitucionalidade do juiz de garantias logo no início de seu voto. Ele ressaltou que a Corte ainda deve discutir o prazo de implantação do modelo, mas indicou que segue o posicionamento de Dias Toffoli.

Durante seu pronunciamento, o ministro fez referência ao Departamento de Inquéritos Policiais (DIPO), já citado em outros momentos do julgamento. Trata-se de um grupo de magistrados de São Paulo que fiscalizam investigações policiais e autorizam diligências, inclusive medidas cautelares. Concluído o inquérito, os autos são distribuídos para uma vara criminal, para processamento do caso por juiz que nunca teve contato com a investigação.

O relator, Luiz Fux, segue isolado quanto à implementação do juiz de garantias. O ministro defendeu tornar facultativa a implementação. Foi uma decisão liminar de Fux que travou a implementação da mudança, inicialmente prevista para entrar em vigor em 23 de janeiro de 2020. Ele afirmou que esperou o "amadurecimento" do debate para pautar o julgamento.

Como relator das ações, Fux abriu a votação, na sessão de 28 de junho. O ministro precisou de duas sessões para concluir a leitura do voto, que tem mais de 200 páginas. Em diversos momentos, afirmou que a aprovação do texto no Congresso foi "açodada" e provocará mudanças profundas no Código Penal.

A Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), que apresentou a ação contra a implementação do juiz das garantias, divulgou nota AMB dizendo que está pronta para auxiliar os magistrados na execução das determinações previstas na legislação. "É fundamental, porém, que a implantação do novo modelo se dê dentro de um prazo razoável e com respeito à autonomia dos Tribunais", diz o documento.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

No mesmo dia em que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), enviou à Assembleia Legislativa um projeto de lei para anistiar multas aplicadas por descumprimento de medidas de combate à Covid-19, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou ontem que depositou R$ 913,3 mil como garantia de sua dívida com o Estado por não usar máscara na pandemia.

No período da pandemia, o então presidente da República recebeu oito multas por infrações sanitárias, que somam mais de R$ 1 milhão. A defesa de Bolsonaro pleiteia no Tribunal de Justiça de São Paulo a redução dos valores sob o argumento de que o ato administrativo da gestão João Doria previa multas de R$ 500 a R$ 5 mil. Em caso de uma decisão favorável do TJ, o montante depositado em juízo seria resgatado.

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Mesmo que Bolsonaro perca essa batalha na Justiça, ele ainda pode ser beneficiado se a proposta do governo Tarcísio for aprovada pelos deputados estaduais. Nesse caso, o processo de Bolsonaro na Justiça de São Paulo seria extinto por perda de objeto e os R$ 913,3 mil voltariam para o ex-presidente. A aprovação da medida também livraria o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que tem um débito de R$ 133 mil em multas no Estado.

"Ficam canceladas as multas administrativas aplicadas por agentes públicos estaduais em razão do descumprimento de obrigações impostas para a prevenção e o enfrentamento da pandemia de Covid-19", afirma um dos artigos do anteprojeto de lei remetido ontem à Assembleia Legislativa.

De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, ao longo da pandemia foram aplicadas 10.163 multas a estabelecimentos comerciais e locais de festas clandestinas, além de 579 autuações a cidadãos. Ainda segundo dados da pasta, há um total aproximado de R$ 72 milhões em multas. Pelo texto enviado aos deputados estaduais, quem já liquidou o débito não terá direito a nenhum tipo de restituição.

Alto custo

Em defesa do projeto, o secretário de Saúde, Eleuses Paiva, argumentou que a manutenção das sanções impostas "não mais condiz com o fim dos estados emergenciais de saúde pública e acaba por sobrecarregar a administração com o gerenciamento de processos administrativos e de cobranças de multas sem finalidade arrecadatória".

"Além de gerar um alto custo de processamento de milhares de débitos, a maioria de pequeno valor, a manutenção da cobrança das multas, quando já superamos a fase mais crítica da doença, também não contribui para o desenvolvimento social e econômico do Estado", declarou o secretário.

Essa continuidade das cobranças, acrescentou o titular da Saúde, pode, ainda, "dar ensejo à inscrição em dívida ativa, levar o título a protesto, à cobrança judicial e até mesmo à negativação do cidadão ou da empresa devedora, agravando ainda mais a situação financeira dessas pessoas".

A proposta de anistia aos infratores na pandemia foi inserida em um projeto de lei que versa sobre a cobrança de dívida ativa - débitos com o Estado. "Tenho a honra de encaminhar o projeto de lei que dispõe sobre a transação e a cobrança de débitos incluídos em dívida ativa e cancela multas administrativas impostas pela Secretaria da Saúde", escreveu o governador, pedindo ainda que o texto seja apreciado em regime de urgência.

Vaquinha

Por causa das multas impostas pelo governo de São Paulo durante a pandemia, Bolsonaro teve mais de R$ 800 mil em imóveis e ativos financeiros bloqueados. Para ajudá-lo a pagar as dívidas, aliados do ex-presidente organizaram uma vaquinha.

No mês passado, um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) revelou que o ex-presidente recebeu R$ 17,1 milhões por meio de transferências Pix - na ocasião, Bolsonaro afirmou que o montante foi doado por apoiadores.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou, nesta terça-feira (15), que o arcabouço fiscal pode ser votado no plenário da Casa na próxima terça-feira (22), se houver consenso sobre a emenda do Senado que autoriza a previsão de despesas condicionadas no Orçamento de 2024. O dispositivo, defendido pelo governo, garante um espaço de cerca de R$ 30 bilhões na peça orçamentária, que deve ser enviada ao Congresso até o dia 31 de agosto.

Também ontem, Lira voltou a criticar as declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao jornalista Reinaldo Azevedo. O petista disse que hoje a Câmara tem "um poder muito grande" e que o Legislativo não pode usá-lo para "humilhar" o Senado e o Executivo.

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Após a entrevista ir ao ar nesta segunda (14), uma reunião que ocorreria na residência oficial da presidência da Câmara para debater o arcabouço fiscal foi cancelada. "Temos até o dia 31 de agosto (para aprovar a nova regra fiscal). Ontem (anteontem), infelizmente, não houve clima. Alguns líderes não queriam que a reunião acontecesse", disse.

O deputado afirmou que não quer acirramento de ânimos, mas reforçou que seu posicionamento em relação à fala de Haddad foi "necessário".

"Em primeiro lugar, eu queria tranquilizar todo mundo que a Câmara nunca foi e nunca será irresponsável com os temas que são essenciais para o Brasil", disse Lira, a jornalistas, ao chegar ao Congresso. "Não temos nenhum interesse em promover nenhum acirramento de ânimos, mas o posicionamento foi necessário", disse. Em postagem no X (ex-Twitter) anteontem, sem citar Haddad, Lira disse que "manifestações enviesadas" não ajudam na "construção de pontes".

Nessa terça, ficou definido que o encontro entre Lira, os líderes partidários, técnicos do Ministério da Fazenda e o relator do arcabouço, deputado Claudio Cajado (PP-BA), vai ocorrer na próxima segunda-feira. "É para que se discuta a única matéria mais polêmica ainda, que é a questão da modificação do prazo do cálculo do IPCA (para prever as despesas condicionadas). Então, isso sendo acordado, na terça-feira essa matéria vai a plenário", disse o presidente da Câmara.

Mal-estar

Lira disse que os deputados e líderes não gostaram da fala de Haddad. "Nós não tensionamos. Ficamos surpresos. Como eu disse na minha nota, acho que foi inapropriado. Talvez um relaxamento excessivo do ministro numa entrevista", afirmou o presidente da Casa, ao ser questionado se o clima na Câmara já estava menos tenso após o mal-estar com o ministro da Fazenda.

Na mesma entrevista a Reinaldo Azevedo, Haddad disse também que o País "hoje vive uma coisa estranhíssima, que é um parlamentarismo sem primeiro-ministro". As declarações causaram incômodo na cúpula da Casa, que estranhou a postura do petista, tido pelos parlamentares como o "principal articulador político" do governo Luiz Inácio Lula da Silva.

Após a entrevista ter ido ao ar, o ministro disse que ligou para Lira para esclarecer a situação e recebeu do deputado uma sugestão de declaração pública para evitar ruído. Nos bastidores, lideranças também atribuem o atraso na apreciação do arcabouço à demora do pelo presidente Lula em anunciar quais ministérios serão destinados ao Progressistas e ao Republicanos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

No primeiro aumento de preços desde o início do governo, a Petrobras anunciou nesta terça, 15, reajuste de 16,2% para a gasolina (o equivalente a R$ 0,41 por litro) e de 25,8% (R$ 0,78) para o diesel nas suas refinarias. O anúncio levou o mercado a rever suas projeções para o IPCA no ano. Até o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, falou em impacto na inflação por conta do "grande aumento".

"O impacto da gasolina é direto na cadeia", afirmou ele. Nas suas contas, a alta dos combustíveis deve puxar o IPCA em "mais ou menos 0,40 ponto porcentual entre agosto e setembro".

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Já o Itaú Unibanco reviu sua estimativa para o índice no fim do ano, de 4,9% para 5,1%. O banco calcula que o reajuste da gasolina deve gerar um impacto de 0,32 ponto, enquanto o do diesel deve responder por uma alta adicional de 0,02 ponto. "O movimento veio acima da nossa expectativa de curto prazo, que embutia um reajuste menor na gasolina, próximo de 5%", disse o banco. Outra instituição que reviu seus números foi a Warren Rena, de 4,6% para 5%.

A atual direção da Petrobras vinha sendo criticada por retardar o repasse de aumento de custos com a compra do petróleo para os preços no mercado nacional. Em maio, a empresa abandonou o antigo modelo de PPI (Preço de Paridade de Importação), que acompanhava a oscilação de valores internacionais.

Ontem, no comunicado que trouxe os novos valores, disse que, "estando a Petrobras no limite da sua otimização operacional", foi "necessário realizar ajustes de preços para ambos os combustíveis, dentro dos parâmetros da estratégia comercial, visando reequilíbrio com o mercado e com os valores marginais para a Petrobras". Segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), mesmo com o reajuste os preços mantêm defasagem com os valores no exterior.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Uma falha no sistema elétrico nacional provocou um apagão que atingiu 25 Estados e o Distrito Federal nesta terça-feira (15). Segundo estimativa do próprio governo, afetou um terço dos consumidores brasileiros. O blecaute, que durou cerca de seis horas em algumas cidades, foi mais intenso no Norte e Nordeste. Apenas Roraima, que ainda não está conectado ao sistema, não registrou problemas.

As causas do apagão ainda não foram determinadas oficialmente, e a informação é de que o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), responsável pela coordenação e controle dos setores de geração e transmissão de energia no País, vai apresentar relatório em até 48 horas. No entanto, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que as investigações terão a participação da Polícia Federal e da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

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"A única motivação que nos leva a pedir que o Ministério da Justiça, através da Polícia Federal, também participe da apuração do ocorrido é a sensibilidade do setor elétrico nacional. Com esse setor, não podemos transigir na segurança. Não há da nossa parte apontamento leviano de responsabilidade", disse ele. No começo do ano, a PF atuou na apuração de casos de sabotagem a torres de transmissão no Paraná e em Rondônia.

Silveira disse que o apagão não tem relação com suprimento energético ou com a segurança do sistema. Ele também negou problemas de planejamento - "diferentemente do evento de dois anos atrás, no qual, por falta de planejamento, estivemos à beira do colapso do sistema elétrico brasileiro". O ministro repetiu que eventos como o de ontem são "extremamente raros", e uma contingência planejada pelo ONS conseguiu "minimizar a carga das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste para que não houvesse a interrupção total".

Eletrobras

Segundo o ministro, relatório mais recente do ONS aponta como único evento que poderia estar relacionado ao apagão o que ocorreu em linha de transmissão da Chesf no Ceará. A empresa é uma subsidiária da Eletrobras. Na entrevista, porém, Silveira não citou o nome da companhia para, segundo ele, não "terceirizar responsabilidades" - embora tenha feito várias referências à Eletrobras em outros momentos, e afirmado que a privatização da empresa fez "muito mal" para a "harmonia" do sistema elétrico brasileiro.

"Não quero terceirizar a responsabilidade às empresas privadas. A responsabilidade é nossa, de dar respostas aos brasileiros e brasileiras. O que devemos fazer é nos robustecer cada vez mais, por isso minha crítica à privatização da Eletrobras."

Ao longo do dia, especialistas levantaram a possibilidade de o blecaute estar relacionado ao aumento de fontes de geração intermitente - como solar fotovoltaica e eólica - na matriz elétrica do País. "O sistema tem de se aperfeiçoar e se adaptar às energias limpas e renováveis. Fato é que elas são fundamentais e imprescindíveis para a transição energética", afirmou Silveira.

Apagão afeta escolas, transporte e hospitais

O apagão que interrompeu ontem o fornecimento de energia em todas as regiões do País causou transtornos ao transporte público em várias capitais ao longo da manhã, onde houve também problemas no trânsito em razão do desligamento de semáforos. Escolas suspenderam as aulas e unidades de saúde e hospitais tiveram de remarcar consultas. Estabelecimentos comerciais e residências também ficaram sem energia.

Em São Paulo, um dos serviços mais afetados foi o do metrô, que teve cinco linhas prejudicadas. A Linha 4-Amarela operou, entre 8h30 e 9h25, com velocidade reduzida e maior tempo de intervalo dos trens entre as estações, o que resultou em plataformas lotadas de passageiros à espera de transporte.

"A energia foi restabelecida de forma gradual, sendo totalmente normalizada no Rio de Janeiro às 8h48 e, em São Paulo, às 9h20", informou a Enel, empresa de distribuição de energia desses Estados, além do Ceará, onde o fornecimento só foi restabelecido às 12h14.

Em Fortaleza, moradores reclamaram de semáforos totalmente apagados pela manhã. Residências e estabelecimentos comerciais também foram afetados pela falta de energia.

O apagão também afetou todo o Estado da Bahia e fez com que passageiros do metrô da capital, Salvador, e da cidade de Lauro de Freitas abandonassem as composições e caminhassem em meio aos trilhos. O sistema ficou inoperante e metade do Estado da Bahia continuou sem luz pelo menos até o início da tarde.

Amazonas

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde de Manaus, algumas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) que não têm geradores precisaram remarcar exames e consultas. Todas as 502 escolas de Manaus foram impactadas e os alunos, dispensados às 9h30.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, teve de se movimentar nesta segunda-feira (14) para conter danos políticos após afirmar que a Câmara estaria com "um poder muito grande" e que não poderia usá-lo para "humilhar" o Senado e o Executivo. Diante do mal-estar, o presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), cancelou reunião marcada para ontem à noite com líderes de partidos para debater o novo arcabouço fiscal - uma das prioridades do governo.

"As minhas declarações foram tomadas como uma crítica (à atual legislatura). Eu estava falando sobre o fim do presidencialismo de coalizão", afirmou Haddad, a jornalistas, logo depois de ligar para Lira.

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Em entrevista ao jornalista Reinaldo Azevedo, o ministro disse que a negociação dos projetos do governo na Câmara "não está fácil". "Não pense que está fácil. A Câmara está com um poder muito grande, e não pode usar esse poder para humilhar o Senado e o Executivo. Mas, de fato, ela está com um poder que eu nunca vi na minha vida. Tem de haver uma moderação, que tem de ser construída", disse. Gravada na sexta-feira, a conversa foi divulgada ontem.

Haddad disse ainda que o País vive uma situação "estranha" em um tipo de parlamentarismo sem primeiro-ministro. "A gente saiu do presidencialismo de coalizão e, hoje, vive uma coisa estranhíssima, que é um parlamentarismo sem primeiro-ministro. Não tem primeiro-ministro, ninguém vai cair, quem vai pagar o pato político é o Executivo."

O governo tem dificuldades para avançar pautas sem o apoio do Centrão, comandado por Lira. O cenário aumentou o apetite do grupo por cargos, levando a uma reforma ministerial que está na mesa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

'Manifestações enviesadas'

Sem citar o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), usou ontem as redes sociais para dizer que "manifestações enviesadas e descontextualizadas" não contribuem para o "processo de diálogo" e para a "construção de pontes" entre os Poderes.

Logo depois de conhecer as declarações dadas por Haddad ao jornalista Reinaldo Azevedo, Lira cancelou reunião que estava marcada para ontem à noite com o relator do novo arcabouço fiscal, deputado Claudio Cajado (PP-BA), líderes partidários e técnicos da equipe econômica para discutir as mudanças feitas no texto durante sua tramitação no Senado. O encontro ocorreria na residência oficial do presidente da Câmara, em Brasília.

Lira também disse que a "formação de maioria política" é uma missão do governo, e não do presidente da Câmara, mas que, mesmo assim, tem se empenhado nesse sentido. O presidente da Casa ainda afirmou ser equivocada a avaliação de que a formação de consensos no Congresso revela uma concentração de poder "de quem quer que seja". "A formação de maioria política é feita com credibilidade e diálogo permanente com os líderes partidários e os integrantes da Casa."

A declaração do ministro foi classificada como "infeliz" nos bastidores da Câmara, o que teria deixado a reunião sobre o arcabouço "sem ambiente". As lideranças partidárias têm reforçado que a Câmara aprovou todas as pautas de interesse do governo no primeiro semestre, e que Haddad sempre teve uma boa relação com os deputados.

A relação do governo com a Câmara já estava desgastada por conta da pressão do Centrão por uma reforma ministerial, mas o que mais pesou na reação das lideranças foi o fato de a fala ter partido justamente de Haddad, que tem sido elogiado e recebido apoio nas votações.

'Cavalo de batalha'

Diante da reação, Haddad teve de ligar para Lira e dar a sua versão sobre o teor da entrevista. "Falei com Lira, fiz questão de ligar a ele", disse o ministro, a jornalistas. Ele descreveu a conversa com o presidente da Câmara como "excelente". Segundo o ministro, Lira indicou que caberia um esclarecimento por parte do chefe da Fazenda, porque, da forma como foi colocada, a declaração poderia soar como uma crítica direcionada.

"Não vamos fazer disso um cavalo de batalha. A primeira providência que tomei foi ligar para o presidente Arthur Lira e esclarecer o contexto das minhas declarações. As minhas declarações não dizem respeito à atual legislatura. Eu sou só elogios para a Câmara, o Senado e o Judiciário. Nós não teríamos chegado até aqui sem a concorrência dos Poderes da República", disse Haddad.

Ainda segundo o ministro, a exposição tinha como contexto os dois primeiros mandatos do presidente Luiz Inácio Lulla da Silva, enquanto funcionou o chamado presidencialismo de coalizão. Na avaliação de Haddad, o modelo não foi substituído por uma relação institucional mais estável e, portanto, existiria a necessidade de se estabelecer um sistema mais harmônico. "Longe de mim criticar a atual legislatura", disse o ministro.

Além da pressão pela reforma ministerial, outros dois pontos têm desgastado a relação entre Congresso e o governo. Um deles é a estratégia dos parlamentares de aumentar o poder sobre o Orçamento, por meio da ampliação das emendas impositivas (de pagamento obrigatório) e com a criação de um cronograma para o pagamento desses montantes, como adiantou o Estadão. Isso iria, portanto, na contramão dos interesses do governo, que quer aumentar os investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), inclusive usando os valores reservados para as emendas.

Outro ponto que já começa a causar atrito é o pacote de medidas arrecadatórias defendidas por Haddad, que vem sendo chamado de "Robin Hood", por mirar a fatia mais rica da população. Há resistências na Câmara para aumento de impostos e preocupação com "a criação de narrativas", por parte do governo, de que o Parlamento estaria protegendo os mais ricos.

Convite

A reunião que aconteceria ontem à noite estava marcada desde a semana passada - Haddad chegou a ser convidado por Lira antes da divulgação das declarações do ministro. A expectativa era de que Cajado e a cúpula da Câmara chegassem a um consenso sobre as alterações feitas pelo Senado no arcabouço, e indicassem uma data para votação em plenário.

No Senado, os parlamentares deixaram fora dos limites fiscais despesas com ciência e tecnologia, com o Fundeb e o Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF). Também aprovaram uma emenda que garante uma folga em torno de R$ 30 bilhões para o governo, ao autorizar a previsão de despesas condicionadas no Projeto de Lei Orçamentária Anual de 2024 - que precisa ser enviado ao Congresso até o fim de agosto.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O sargento do Exército Luis Marcos dos Reis, que atuava na equipe dos ajudantes de ordem do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), movimentou em suas contas R$ 3,34 milhões entre 1.º fevereiro do ano passado e 8 de maio deste ano. Com salário de R$ 13,3 mil, ele recebeu dezenas de depósitos e repassou parte dos recursos para o tenente-coronel Mauro Cid, seu chefe e principal auxiliar de Bolsonaro.

Juntos, os dois militares movimentaram cerca de R$ 7 milhões. Os dados são do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e foram enviados à CPMI do 8 de Janeiro após requerimento do senador Jorge Kajuru (PSB-GO). Segundo o Coaf, os repasses de recursos de Reis para Cid, incompatíveis com a renda do militar, foram considerados como indícios de possível lavagem de dinheiro.

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Reis foi preso pela Polícia Federal em maio na operação sobre fraude em cartões de vacinação, incluindo o de Bolsonaro. Cid também foi detido nessa ação da PF. O Coaf já tinha apontado que Cid movimentou, entre 26 de julho do ano passado e 6 de maio deste ano, R$ 3,75 milhões. Antes de ser preso, o sargento Reis chegou a participar dos atos em Brasília que depredaram as sedes do Congresso, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF) em 8 de janeiro.

Ele foi um dos alvos da PF na Operação Venire, sob suspeita de participar de um esquema que emitiu comprovantes falsos de vacinação contra a covid-19. O sargento teria acionado seu sobrinho, o médico Farley Vinicius Alcântara, para preencher e carimbar um dos cartões falsos emitidos em nome da mulher de Cid.

Na ação da PF a partir da investigação de fraude nos cartões de vacinação também foram detidos outros assessores do ex-presidente: Max Guilherme e Sergio Cordeiro. Além deles, foram presos o secretário de Governo de Duque de Caxias (RJ), João Carlos Brecha, e o advogado Ailton Gonçalves Moraes Barros - que foi candidato a deputado estadual no Rio pelo PL em 2022.

'Lavagem de dinheiro'

Dados do Coaf em relação à movimentação do tenente-coronel Mauro Cid já haviam indicado que o sargento Reis tinha repassado no intervalo de três meses R$ 82 mil ao seu superior. O relatório registra que o salário mensal do sargento era de R$ 13,3 mil, incompatível para justificar os repasses que ele fez.

"Considerando a movimentação atípica, sem clara justificativa, e as citações desabonadoras em mídia, tanto do analisado quanto do principal beneficiário, comunicamos pela possibilidade de constituir-se em indícios do crime de lavagem de dinheiro", diz o relatório do Coaf. O Estadão não havia localizado a defesa do sargento até a noite de ontem.

Apuração da PF indica que Cid e pessoas próximas montaram esquema para vender no exterior joias e relógios que Bolsonaro recebera como presidente e que deveriam ter sido destinados ao acervo da União.

A PF descobriu que os presentes foram colocados em leilão nos Estados Unidos. Conversas trocadas por meio de WhatsApp revelaram ainda que Cid e seu pai, o general Mauro Lourena Cid, atuaram para trazer do exterior dinheiro a ser entregue pessoalmente a Bolsonaro.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um ano depois do silêncio e do tratamento protocolar que sempre marcaram o estilo da ministra Rosa Weber à frente do Supremo Tribunal Federal, o tribunal se prepara para empossar, em 28 de setembro, um novo presidente, o ministro Luís Roberto Barroso, cuja maneira de se relacionar com diferentes interlocutores, em praticamente tudo, contrasta com sua antecessora. Advogados que têm ações no STF, por exemplo, comentam que Barroso - inclusive pelo fato de continuar dando aulas - fará do diálogo uma das suas marcas no Supremo e que, dessa forma, a Corte poderá construir uma relação de maior proximidade com trabalhadores e empresários, ambientalistas e representantes do agronegócio, entre outros setores.

Nomeado para o cargo pela presidente Dilma Rousseff, em 2013, Barroso tem 65 anos, se formou na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), fez mestrado na Universidade Yale - uma das mais tradicionais e renomadas escolas do mundo - e é Senior Fellow na Harvard Kennedy School. É viúvo, tem dois filhos e é profundamente espiritualizado. Aos amigos tem confessado sua alegria em assumir a presidência do STF neste momento em que ele considera que existe um clima de tanta afetividade na Corte. Acha, dizem colegas próximos, que é preciso desarmar o debate de ideias e pacificar a sociedade brasileira.

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Ataques

O próprio Barroso se viu envolto nesse debate acalorado que marca o Brasil em tempos recentes ao reagir a um manifestante com um "Perdeu, mané", em Nova York, e ao falar que "derrotamos o bolsonarismo", durante Congresso na UNE, no mês passado. Alvo de movimentos por um impeachment por grupos ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro, ele justificou ter se referido ao "extremismo golpista".

Ao assumir, como tem dito em suas palestras, deverá dar ênfase à ideia de que é preciso explicar melhor à sociedade o funcionamento da Justiça e o papel do STF, assinalando que é preciso trabalhar de maneira mais ágil e ampliar a interlocução seja com a sociedade civil, com o Congresso ou com a iniciativa privada. "Quero falar do MST à CNI", costuma dizer o ministro à interlocutores.

Eleições

Passados o primeiro e o segundo turnos da eleição presidencial, Barroso, em manifestações públicas, assinalou a tranquilidade com que o pleito ocorreu, o que, em sua opinião, foi mais uma demonstração da importância de o STF e o Tribunal Superior Eleitoral terem se mantido firmes na defesa da urna eletrônica.

A convicção aumentou após a tentativa de golpe do 8 de Janeiro, quando arruaceiros invadiram as sedes dos Três Poderes. Muitos ministros chegaram a comparar esse cenário com a hipótese do que poderia ter acontecido nos dias da eleição se houvesse cédulas em papel, como reivindicava Bolsonaro. Nessa perspectiva, muitos acreditam que poderiam ter havido tumultos e quebra-quebra em importantes seções eleitorais, de maneira a deixar sob suspeita ou até anular o resultado do pleito.

O ministro Barroso presidiu o TSE entre 2020 e 2022, em meio à pandemia da Covid-19. Assessores do tribunal lembram que ele conduziu um grande esforço para manter as eleições municipais de 2020, sem que o pleito se tornasse um foco de contaminação, como muitos temiam.

Sem tempo para promover licitações, contam esses auxiliares, Barroso chamou empresas que poderiam contribuir com o material necessário - álcool em gel, máscaras, luvas - para diminuir o risco de contágio. Ao final do primeiro turno, ele afirmou: "Tudo na vida pode ser aperfeiçoado ao longo do tempo. Mas, lembramos que, em nenhum país do mundo, no mesmo dia de uma eleição, você pode divulgar o resultado na mesma noite. Isso continua sendo extraordinário em uma das maiores democracias do mundo", destacou.

Drogas

Integrantes e ex-integrantes da Corte acreditam que Barroso dará continuidade ao trabalho de seus antecessores e, em especial, a temas que lhe são caros, como a descriminalização do aborto e mudanças na política de combate às drogas. Suas opiniões sobre esses temas estão em seu livro Sem Data Venia, de 2020. O ministro também deverá buscar solução para o calote nos precatórios (dívidas judiciais que o governo é obrigado a pagar).

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou a senadores nesta quinta-feira (10) que o crédito rotativo no cartão de crédito deve ser extinto. Segundo ele, o grupo de trabalho formado por BC, Ministério da Fazenda e bancos para analisar o tema deve apresentar nos próximos 90 dias uma solução no âmbito do Conselho Monetário Nacional (CMN).

O rotativo é um tipo de crédito oferecido ao consumidor quando ele não faz o pagamento total da fatura do cartão até o vencimento. O exemplo mais comum é a quitação do chamado valor mínimo da fatura. O rotativo, porém, passa a valer quando o consumidor paga qualquer quantia que não seja o valor integral.

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A diferença entre o valor total e o que foi pago de fato se transforma em um empréstimo. Assim, passam a ser cobrados juros sobre o valor que faltou pagar. A taxa média de juros do crédito rotativo cobrada pelos bancos está em torno de 437% ao ano. No mês passado, a inadimplência na modalidade ficou em 49,1%.

No entanto, o entendimento do setor é de que apenas o fim da modalidade, com a dívida sendo automaticamente parcelada com juros mais baixos, não deve ser suficiente para realmente baixar as taxas. Desde 2017, na segunda fatura depois que o consumidor recorre ao rotativo os bancos são obrigados a transferir a dívida para um parcelamento com juros mais baixos. Nessa modalidade, as taxas hoje estão em 196,1% ao ano.

"A solução está se encaminhando para que não tenha mais rotativo, que o crédito possa ir direto para o parcelamento (mensal), e seja uma taxa ao redor de 9% (de juro mensal, equivalente a 181% em 12 meses)", afirmou ele, durante audiência pública no plenário do Senado.

Desenrola

Além do grupo de trabalho, a Câmara também discute os juros do rotativo como parte da Medida Provisória do Desenrola, programa de renegociação de dívidas para quem está com o nome sujo. O relator da MP, deputado Alencar Santana (PT-SP), deve incluir no texto um dispositivo que obrigaria a autorregulação dos bancos sobre os juros do rotativo. Nesse caso, se os bancos não estabelecessem uma norma em 90 dias, seriam obrigados a cobrar no máximo 8% ao mês - o teto das taxas do cheque especial, uma outra modalidade de crédito.

Para aceitar a autorregulação, porém, os bancos querem limitar o parcelamento de compras no cartão em até 12 meses. As instituições dizem que o parcelamento sem juros e a inadimplência implicam cobrança de taxas maiores no cartão de crédito.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Incêndios florestais devastadores no Havaí mataram 36 pessoas, segundo autoridades do condado de Maui. Os incêndios se alastraram por duas ilhas do Estado americano, prendendo moradores e visitantes. Alguns se jogaram no mar para se salvar.

O presidente dos EUA, Joe Biden, declarou estado de catástrofe natural no Havaí nesta quinta-feira (10) o que permitiu colocar recursos federais à disposição dos afetados, explicou a Casa Branca, em comunicado.

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A rede hospitalar de Maui estava saturada com pacientes com queimaduras e pessoas que inalaram fumaça, segundo a vice-governadora Sylvia Luke, que descreveu a situação como dramática. Na ilha, a popular cidade de férias de Lahaina foi dizimada pelo fogo, segundo Luke. "O caminho para a recuperação das áreas afetadas levará anos." A cidade já foi capital do Havaí.

Pelo menos três incêndios florestais tiveram início e começaram a se alastrar em Maui na terça-feira, 8. Alguns foram tão intensos que pelo menos uma dúzia de pessoas escapou apenas após pular no Oceano Pacífico, onde foram posteriormente resgatadas pela Guarda Costeira dos EUA.

Destruição

Os incêndios, em grande parte contidos até a noite de quarta-feira, 9, foram tão destrutivos devido ao isolamento da ilha, às frágeis cadeias de suprimentos e à dependência do turismo. Eles também destruíram alguns dos patrimônios culturais mais importantes do Havaí. Mais de 800 hectares foram queimados.

O Pentágono mobilizou ontem 134 membros da Guarda Nacional, um corpo militar de reserva, para ajudar nas tarefas de resgate e de combate aos incêndios. Segundo o porta-voz do Departamento de Defesa americano, general Pat Ryder, a Guarda Nacional também forneceu dois helicópteros Chinook para apoiar as missões.

Ryder acrescentou que essas tropas já resgataram 14 sobreviventes nas águas do Havaí, que tentavam se proteger do fogo e da fumaça. A 25ª Brigada de Aviação do Exército e da Marinha dos EUA também enviou quatro helicópteros Blackhawk e um Chinook.

As autoridades do condado pediram aos visitantes que deixassem a ilha o quanto antes e organizaram ônibus para levar turistas ao aeroporto de Kahului. No local, muitos turistas ficaram bloqueados, pois seus voos foram cancelados ou atrasaram. As pessoas tiveram de dormir no chão.

Fatores

Algumas companhias aéreas, como a United Airlines, cancelaram voos para Maui para poder levar aviões vazios para a ilha e retirar passageiros de volta aos EUA continental.

Embora meses de seca tenham preparado o cenário para os incêndios, foi a confluência de dois sistemas climáticos - alta pressão, ao norte, e o furacão de categoria 4 Dora, ao sul - que incitaram os ventos que espalharam as chamas em velocidades devastadoras no Havaí.

Incêndios florestais são relativamente comuns nas ilhas. Cerca de 0,5% da área terrestre do Havaí queima a cada ano, igual ou maior que a proporção queimada de qualquer outro Estado dos EUA, segundo a Hawaii Wildfire Management Organization.

A tempestade de fogo desta semana, no entanto, foi incomum em sua ferocidade, destruindo centenas de edifícios, forçando resgates em massa e cortando energia para cerca de 13 mil.

Em todo o mundo, milhões de pessoas têm sofrido com os efeitos de eventos meteorológicos extremos nas últimas semanas. Segundo cientistas, esses fenômenos têm sido exacerbados pelas mudanças climáticas. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Deputados e senadores de duas das maiores frentes parlamentares do Congresso articularam-se para derrubar os vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a uma lei que cria uma espécie de nota fiscal unificada no País. Eles entendem que houve influência da Receita Federal na decisão de derrubar dispositivos do Estatuto Nacional de Simplificação de Obrigações Tributárias Acessórias, sancionada por Lula na semana passada com 11 vetos.

Autor da proposta, o senador Efraim Filho (União Brasil-PB) já se reuniu com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e indicou a intenção de reverter a decisão de Lula.

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A lei, aprovada em julho no Senado depois de ter recebido aval da Câmara no fim de 2022, tem o objetivo de simplificar o envio de declarações fiscais das empresas à Receita. Com menos burocracia, a expectativa é a de que os contribuintes tenham um incentivo para cumprir as obrigações tributárias.

Lula, contudo, vetou o trecho que previa a criação da Nota Fiscal Brasil Eletrônica (NFB-e), que substituiria vários documentos que hoje as empresas têm de preencher por um modelo unificado. O presidente também vetou a Declaração Fiscal Brasil Digital (DFBD) e o Registro Cadastral Unificado (RCU), que reuniriam as informações da Receita e das secretarias de Fazenda dos Estados e municípios em uma única base de dados.

'Ganha-ganha'

"A sanção é motivo de celebração e manteve a essência do projeto, seguindo na linha da desburocratização e simplificação de procedimentos. A lei retira dos ombros do empreendedor o encargo de estar preenchendo dezenas de formulários no fim do mês. Os vetos vieram principalmente na parte que encaminha a implementação da lei e aí é o nosso questionamento e o que nos levará a lutar para derrubar os vetos", disse Efraim ao Estadão/Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

O senador almoçou com Haddad na última quinta-feira, 3, um dia após a sanção da lei. Ele disse que explicou a Haddad a essência do projeto e indicou que defenderia a derrubada dos vetos de Lula. "Acredito que teremos muitas chances de conseguir essa derrubada. Foi um projeto aprovado quase na unanimidade na Câmara e no Senado porque se viu que era um projeto de ganha-ganha", disse. Segundo Efraim, Haddad defendeu o diálogo e disse que faria uma ponte com o secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas.

Surpresa

Secretário-geral da Frente pelo Brasil Competitivo, composta por 206 parlamentares, o deputado Julio Lopes (PP-RJ) também vê uma ação da Receita como motivo para os vetos de Lula. "Foi uma surpresa, porque nós tratamos com os líderes do governo, tanto da Câmara quanto do Senado, e nenhuma questão do governo foi apresentada em relação a isso. O que nós estamos achando é que a Receita, internamente, num espírito de corpo, está querendo proteger mecânicas e sistemáticas que ela já tem desenvolvida e que são arcaicas", disse. A Frente do Empreendedorismo (FPE), que reúne 240 parlamentares, informou que também vai trabalhar a favor da derrubada dos vetos.

Lopes diz que a justificativa do governo para vetar a nota fiscal unificada não se sustenta. O Planalto alegou que a medida aumentaria custos ao prever a atualização de sistemas da Receita e que já há um conjunto de documentos fiscais eletrônicos em funcionamento.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A capital paulista deve ter um mês de agosto um pouco mais quente e seco do que o normal neste ano, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A previsão do tempo mostra mínimas e máximas com oscilações. Nesta quinta (3), por exemplo, a máxima prevista é de 31ºC e a mínima, de 15ºC. No sábado (5), a temperatura cai e fica entre 13ºC e 22ºC.

O mês deve seguir o padrão de julho, que teve uma média mensal de temperatura acima do comum para esta época do ano e oscilações bruscas. No mês passado, o dia mais frio na capital paulista (média de 9,8ºC, em 15 de julho) veio logo após o dia mais quente (média de 28,6ºC, em 12 de julho).

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Para esta primeira semana de agosto, o Inmet prevê uma massa de ar seco que deve deixar o tempo estável e sem chuva. Poderão ser registrados baixos valores de umidade relativa do ar, chegando a um número inferior a 30%, o que indica estado de atenção. Já na segunda semana de agosto, deve chover, aliviando um pouco a falta de umidade do ar.

No litoral paulista, chove neste sábado, e a mínima e máxima ficam em 19ºC e 28ºC em Santos e Itanhaém, ao sul, segundo o Climatempo. Já em Ubatuba, no litoral norte, não chove e a temperatura fica entre 16ºC e 29ºC no sábado.

No interior do Estado de São Paulo, a região central repete o padrão da capital, com sol na primeira semana inteira e chuva na segunda semana de agosto. A mínima é de 14ºC e a máxima de 30ºC na sexta-feira, 4, em Campinas, e de 16ºC e 34ºC, em Araraquara.

Em outras partes do Estado, o clima permanece seco até o fim da segunda semana, pelo menos. São José do Rio Preto tem mínima e máxima de 18ºC e 34ºC e Franca, de 16ºC e 30ºC no sábado.

Restante do País

Na Região Sul, a previsão é de volumes de chuva próximos ou acima da média no leste dos três Estados, enquanto no noroeste do Paraná chove abaixo da média para esta época. As temperaturas ficam mais baixas principalmente nas regiões de maior altitude do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, que podem ter mínimas abaixo de 10ºC.

No Sudeste, as áreas mais distantes da costa devem ter volumes de chuva próximos ou ligeiramente abaixo da média. A cidade do Rio marca entre 18ºC e 31ºC no sábado; Belo Horizonte (MG) tem de 14ºC a 30ºC

As temperaturas devem ficar acima da média para o mês em todo o Centro-Oeste, principalmente em Mato Grosso, onde os valores médios devem chegar a 28ºC. Em Brasília (DF), a mínima é de 14ºC e a máxima de 30ºC no sábado.

No Nordeste, o tempo é seco. Maranhão e Piauí devem ter média mensal acima de 28ºC. Neste sábado, Salvador (BA) fica entre 21ºC e 29ºC e Natal (RN), entre 22ºC e 30ºC.

A chuva fica abaixo da média na maior parte do Norte ao longo do mês, exceto no Pará e no Amapá, onde são esperados volumes acima do esperado para este período do ano. Neste sábado, Palmas (TO) deve marcar entre 22ºC e 37ºC e Manaus (AM), entre 25ºC e 38ºC.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O clima é de tensão e medo no Guarujá em meio à operação que a Polícia Militar realiza na cidade do litoral paulista desde o fim da semana passada, após a morte de um soldado das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) na quinta-feira (27). Moradores relataram ao Estadão tiroteios, temor de sair de casa à noite e comércios vazios. "Todo mundo está com medo de andar na rua de noite, porque tem muitas viaturas por aí e pode ter confronto entre policial e bandido, e quem sofre são as pessoas que não têm nada a ver com isso", diz Almir Carvalho, morador do bairro Parque Estuário, onde um homem foi assassinado na sexta.

A operação da Polícia Militar no Guarujá contra o crime organizado e o tráfico de drogas ao longo do fim de semana deixou oito pessoas mortas entre sexta, 28, e domingo, 30. E a Polícia Civil do Guarujá confirmou mais duas mortes em confrontos na tarde desta segunda, 31. A operação continuará por pelo menos 30 dias. "Tá feia a situação. Fiquei sabendo que mataram uns aí. A gente que mora no morro ouve que nem é para ficar de bobeira na rua de noite. Sou catador e vejo muitas viaturas por todo lado. Tenho medo de acontecer alguma coisa comigo, mas tenho de trabalhar para ganhar um dinheirinho pelo menos para comer", disse Fabiano Oliveira, morador do morro da Vila Edna.

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Ao menos três tiroteios ocorreram ontem, segundo relatos ouvidos pelo Estadão. Um deles teria sido na região da Paecara, a poucas quadras da Avenida Santos Dumont, e outro em Conceiçãozinha, próximo do centro, nos arredores do terminal rodoviário. "Aqui do lado tem uma lanchonete que fica sempre cheia, mas agora está vazia", diz um comerciante que não quis se identificar. Viaturas passam em alta velocidade pelas principais ruas da cidade a todo momento. "Está uma insegurança muito grande, todo mundo tenso", disse.

Governo

Questionado, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) disse na manhã de ontem que "não houve excesso". "Não podemos permitir que a população seja usada, não podemos sucumbir às narrativas. Estamos enfrentando o tráfico de drogas, o crime organizado. A gente tem de ter consciência disso. A gente tem uma polícia extremamente profissional que sabe usar a força na medida que ela tem de ser usada. Não houve hostilidade, excesso, houve atuação profissional que resultou em prisões e vamos continuar com as operações", disse.

Tarcísio disse que os casos que resultaram em mortes serão investigados pela Polícia Civil. "Cada ocorrência é investigada", disse, ressaltando que "a polícia quer evitar o confronto de toda forma". "Nós temos uma polícia treinada e que segue à risca a regra de engajamento. A partir do momento que a polícia é hostilizada, do momento que há o confronto, do momento que a autoridade policial não é respeitada, infelizmente há o confronto."

Tarcísio destacou que "aqueles que resolveram se entregar foram presos". "O autor do disparo (contra o PM da Rota) foi preso, entregue à Justiça. A gente não quer o confronto, mas não vai tolerar a agressão porque a polícia reage e vai reagir." Entre as oito pessoas mortas na operação deste fim de semana, quatro já foram identificadas e têm passagens pela polícia, segundo o governo. Outras quatro continuam em processo de identificação. A gestão estadual disse ainda que dez pessoas foram presas, incluindo o homem suspeito de atirar contra o soldado Patrick Bastos Reis, de 30 anos, morto na quinta.

Arma

Segundo o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, não foi apreendida ainda a arma usada no disparo contra o policial. No entanto, a perícia mostrou que seria uma pistola de calibre 9 milímetros. O secretário informou ainda que o PM utilizava colete quando foi atingido, mas a bala penetrou em seu ombro em um ângulo em que foi possível chegar até o peito.

Derrite justificou as mortes dizendo que a violência parte dos criminosos e a polícia supostamente reage de maneira proporcional a ela. De acordo com ele, serão investigadas as imagens das câmeras das fardas dos PMs que participaram da operação para averiguar se houve excessos.

Direitos humanos

Representantes de entidades de proteção aos direitos humanos e de controle policial, além de entidades da sociedade civil, viajaram ao Guarujá nesta segunda-feira, para apurar denúncias de abuso policial e tortura de moradores sem ligação com o tráfico de drogas.

Participaram da comitiva integrantes da Ouvidoria das Polícias, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe). O ministro dos Direitos Humanos e Cidadania (MDHC), Silvio Almeida, acionou a Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos para acompanhar o caso.

Claudio Aparecido da Silva, ouvidor das Polícias de São Paulo, assinou um documento publicado também nesta segunda-feira em que aponta o relato de movimentos sociais sobre uma série de possíveis violações de direitos na cidade do litoral paulista. "Diversos órgãos de direitos humanos vêm relatando uma série de possíveis violações de direitos na região, à margem da legalidade, com indicativos de execução, tortura e outros ilícitos nas ações policiais na região, por ocasião da referida operação." (COLABORARAM GONÇALO JUNIOR e MARCO ANTÔNIO CARVALHO)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, afirmou à Polícia Federal que foi alvo de duas investidas no aeroporto de Roma, no último dia 14. Segundo ele, Roberto Mantovani Filho e Andréia Munarão - apontados como autores das hostilidades - disseram que o magistrado havia "fraudado as urnas e roubado as eleições".

O ministro e quatro integrantes de sua família foram ouvidos pela PF nessa segunda (24), em São Paulo. Nos cinco depoimentos foi destacado que as hostilidades dirigidas ao magistrado eram "políticas" e teriam o intuito de "constrangê-lo". A família garantiu que as imagens do aeroporto italiano comprovariam a versão.

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Sala vip

Segundo relataram Moraes e seus familiares à PF, Andréia abordou o ministro no momento em que ele se credenciava para entrar na sala vip da companhia aérea TAP. Os depoimentos sustentam que ele foi chamado de "comunista, bandido e comprado".

Conforme as oitivas, depois que Moraes entrou na sala vip, Andréia teria começado a gravar o magistrado e afirmado que ele havia "fraudado as urnas e roubado as eleições".

Os três filhos do ministro, que ainda estavam no credenciamento, teriam alertado Andréia, indicando que, se não parasse, seria gravada e processada. Segundo a versão da família do ministro do STF, foi quando ela chamou o marido, Roberto Mantovani, que avançou contra o filho de Moraes dizendo: "Filho de bandido, comunista, ladrão. Seu pai fraudou as eleições".

Ainda de acordo com relatos de Moraes e familiares, neste momento, na porta da sala vip, o filho do ministro tentou pegar seu celular para gravar o ocorrido, ocasião em que Mantovani teria dado um tapa em seu rosto, o que fez com que seus óculos caíssem. Conforme o depoimento, o empresário foi contido por um estrangeiro.

Essa foi relatada como a primeira investida contra o ministro. O casal teria deixado o local, mas retornou instantes depois, passando a gravar Moraes e seus familiares dentro da sala vip. No depoimento, o ministro disse que foi até Mantovani e Andréia e avisou que tiraria fotos para identificá-los. Afirmou ainda que eles seriam processados no Brasil.

O depoimento relata que, após o aviso, Mantovani e Alex Zanatta Bignotto (seu genro) continuaram a ofender o ministro, dizendo que "havia fraudado as urnas e que era um bandido". Enquanto isso, Andréia também proferia ofensas, ainda segundo a versão de Moraes e seus familiares.

Roberto Mantovani e Andréia Munarão já foram ouvidos pela Polícia Federal. No mesmo dia em que prestou depoimento à PF, o casal teve sua casa vasculhada. As diligências são questionadas por constitucionalistas. Alex Zanatta Bignotto também foi ouvido pelos investigadores. Ele negou qualquer hostilidade ou agressão ao ministro.

'Curiosa inovação'

O criminalista Ralph Tórtima Filho, que representa a família Mantovani na investigação, afirmou que o relato do ministro do Supremo à PF contém "curiosa inovação". "O que se pode dizer, de forma objetiva, é que nenhuma das ofensas agora divulgadas, envolvendo fraude às urnas ou interferência no resultado eleitoral, constou da representação ofertada pelo ministro Alexandre de Moraes, elaborada imediatamente após os fatos", disse Tórtima Filho. "Trata-se de uma curiosa inovação."

Ele sustentou também que os investigados "mantêm, na íntegra, o que já esclareceram à Polícia Federal". "Inclusive, estão convictos de que as imagens do aeroporto de Roma confirmarão suas versões, reiterando que não houve qualquer ofensa direcionada ao ministro Alexandre de Moraes", afirmou o advogado da família. (COLABOROU RUBENS ANATER)

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