Tópicos | contestação

Representantes da Aliança Republicana Nacionalista (Arena), um do principais partidos de oposição de El Salvador, apresentou ontem um recurso ao Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) para anular a candidatura à reeleição do presidente, Nayib Bukele. Segundo o deputado César Reyes, ela é inconstitucional.

"Estamos defendendo o nosso Estado democrático, queremos que se cumpram e façam cumprir as leis", disse Reyes. "Vimos como o TSE, com 4 votos a favor, autorizou o registro da chapa presidencial do partido Novas Ideias (NI) em clara violação à Constituição. A democracia salvadorenha está ameaçada e completamente deteriorada. O país não tem independência institucional."

##RECOMENDA##

O presidente da Arena, Carlos García Saade, reafirmou que "a Constituição estabelece que é vedada a reeleição imediata" e apelou aos juízes do TSE para "serem corajosos e seguirem o juramento que fizeram à Constituição".

Sinal verde

Na sexta-feira, 3, a Justiça Eleitoral deu parecer favorável à inscrição da candidatura de Nayib Bukele para a eleição de 4 de fevereiro, apesar de a Constituição proibir a reeleição. Na releitura dos magistrados - indicados pelo presidente -, o texto constitucional se refere apenas a presidentes que estejam a 10 anos no poder.

Aos 42 anos e bastante ativo nas redes sociais, Bukele é o presidente mais popular da América Latina, com 90% de aprovação, segundo a pesquisa Latinobarómetro 2023 publicada em julho. O apoio é impulsionado por sua política de segurança pública, que impôs um regime de exceção e restrição de direitos civis, mas que devolveu a tranquilidade a comunidades aterrorizadas pelo crime organizado.

Com o regime de exceção, que permite prisões sem mandado judicial, o governo colocou atrás das grades 72,6 mil supostos membros de gangues - a grande maioria, segundo ativista, não tem qualquer relação com o crime organizado. De acordo com autoridades do governo, em torno de 7 mil inocentes foram libertados.

A fórmula, no entanto, tem apelo em vários países da América Latina, que vivem problemas semelhantes aos de El Salvador. Bukele, que comemorou a queda brusca na taxa de homicídios do país, se tornou popular em países vizinhos, como Guatemala e Honduras.

Mas nem tudo são flores. Na semana passada, Bukele foi acusado de desviar US$ 200 milhões para sua estratégia de converter o Bitcoin em moeda do país. As acusações foram publicadas pelo jornal La Prensa.

O jornal The Washington Post, dos Estados Unidos, afirmou que Eduardo Bolsonaro se encontrou com Donald Trump e que o ex-presidente americano teria aconselhado a família a contestar o resultado da eleição no Brasil. Em reportagem publicada nesta quarta-feira, 23, o Post diz que a reunião do "filho 03" do presidente Jair Bolsonaro (PL) com Trump aconteceu no 'Mar-a-Lago', resort de luxo que pertence ao republicano em Palm Beach, na Flórida, depois da vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas urnas.

Steve Bannon, ex-estrategista de Trump que já foi preso e recentemente condenado por obstruir a investigação sobre o ataque de 2021 ao Capitólio, confirmou que conversou com Eduardo Bolsonaro no Estado do Arizona. Bannon declarou ao Post que o assunto foi "a força das manifestações pró-Bolsonaro e potenciais desafios sobre o resultado eleitoral no Brasil".

##RECOMENDA##

A reportagem, assinada pelas jornalistas Elizabeth Dwoskin e Gabriela Sá Pessoa, aponta que aliados e conselheiros do atual chefe do Executivo estão divididos sobre os "próximos passos". Enquanto alguns recomendam a contestação imediata do resultado, outros querem "uma guerra global em defesa da liberdade de expressão".

Alegação de censura

Jason Miller, ex-assessor de Trump, também confirmou que almoçou com o deputado Eduardo Bolsonaro na Flórida e que eles discutiram "a censura digital e a liberdade de expressão". Outros encontros de aliados próximos de Bolsonaro com conselheiros políticos de Trump vêm ocorrendo, além de ligações, segundo a notícia, intitulada "Trump auxilia Bannon e Miller a aconselhar os Bolsonaro nos próximos passos" - em tradução livre.

O Post procurou Donald Trump e Eduardo Bolsonaro para comentar a reportagem, mas nenhum dos dois respondeu. O jornal também destaca que a tentativa de Bolsonaro e de seu partido, o PL, de contestar o resultado do segundo turno na Justiça "provavelmente falhará, mas pode encorajar apoiadores", citando que muitos eleitores do atual presidente seguem em manifestações e vigílias em várias cidades do Brasil.

"Manifestantes já foram fotografados segurando cartazes nos quais se lia #BrazilianSpring e #BrazilWasStolen, em inglês, mostrando grande ligação entre os movimentos de direita nos dois países", afirma o texto, em referência aos termos "primavera brasileira" e "o Brasil foi roubado" que vêm aparecendo em protestos de rua e publicações de redes sociais de apoiadores de Jair Bolsonaro.

As Procuradorias Eleitorais de todo o País contestaram 850 candidaturas neste ano. Além disso, 35 mil novas ações eleitorais foram registradas no sistema do Ministério Público Federal (MPE). É o que aponta o balanço da Procuradoria-Geral da República (PGR), referente a setembro de 2021 a setembro de 2022, penúltimo ano da gestão Augusto Aras.

De acordo com o relatório, no período analisado, a Procuradoria-Geral Eleitoral enviou 11,7 mil manifestações ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre questões relacionadas a registro de candidatura, propaganda eleitoral, prestação de contas, cota de gênero, abuso de poder e outros temas ligados às eleições 2022 e pleitos anteriores.

##RECOMENDA##

A cúpula do Ministério Público Federal destaca a atuação do órgão no combate à violência política de gênero, destacando o grupo de trabalho criado em 2021 sobre o tema. Segundo o órgão, desde dezembro do ano passado, esse grupo encaminhou 16 representações aos procuradores regionais eleitorais para análise e tomada de providências cabíveis na esfera criminal.

Ainda de acordo com o relatório, desde a criminalização da violência política de gênero até a primeira quinzena de setembro, o Ministério Público Federal abriu pelo menos de 40 procedimentos sobre o tema. As informações relativas à atuação e resultados do MP Eleitoral ocupam uma das seções do relatório da PGR, referente à toda atuação da cúpula da Procuradoria entre setembro de 2021 e setembro de 2022.

DENÚNCIAS

O documento indica também que a Procuradoria-Geral da República apresentou 12 denúncias às Cortes superiores - quatro ao Supremo Tribunal Federal (STF) e oito ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) - com 49 acusados. Segundo o relatório, no período indicado, a PGR propôs 111 casos ao Supremo e ao STJ, além de oferecer à Corte máxima 63 ações ligadas a temas constitucionais. Foram quase 30,9 mil manifestações apresentadas ao STF e 10,9 mil ao STJ.

Ainda segundo a PGR, foram instaurados 33 novos inquéritos - 21 no STF e 12 no STJ - e o valor total de multas pagas entre setembro de 2021 e o mês passado alcançou R$ 457 milhões. No relatório, o órgão ressalta pontos da atuação do órgão no último ano. Entre eles, a Procuradoria diz que um "aspecto recorrente" das manifestações apresentadas em ações constitucionais foi a questão da separação dos Poderes, dando destaque à "necessidade de se preservar as capacidades técnicas e as competências institucionais dos poderes constituídos".

"O PGR defende a autocontenção do Poder Judiciário e os limites dessa atuação na definição ou implementação de políticas públicas, quando demandam reavaliação de decisões técnicas dos órgãos de governo", diz trecho do documento.

"Nos pareceres, o PGR destaca que substituir a atuação dos poderes Legislativo e Executivo pelas ações pretendidas pelos requerentes representaria ingerência do Judiciário no mérito das ações adotadas", segue o relatório.

Na esfera administrativa, a PGR destaca "ações estruturantes" para suprir demandas internas como a instalação da Procuradoria Regional da República da 6ª Região, com sede em Belo Horizonte. O relatório também cita a criação de 300 ofícios digitais para atuação em Juizados Especiais e a expansão dos Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaecos), que chegaram a mais 13 Estados no último ano.

Já na frente criminal, a PGR cita os recursos e manifestações apresentados no inquérito das milícias digitais - investigação derivada do agora arquivado inquérito dos atos antidemocráticos. O órgão menciona em especial a atuação no caso dos empresários bolsonaristas alvo de operação da Polícia Federal no dia 23 de agosto.

QUEDA DE BRAÇO

Como mostrou o Estadão, o caso gerou uma queda de braço entre a PGR e o ministro Alexandre de Moraes. A cúpula do Ministério Público Federal disse não ter tido acesso aos autos antes da ofensiva, informação que foi rebatida pelo ministro. Em seguida, a PGR pediu a anulação e trancamento do caso, solicitação negada pelo relator. O órgão insiste em derrubar a apuração. Outro caso citado pela PGR no relatório foi a denúncia contra o deputado Daniel Silveira, que foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a oito anos e nove meses de prisão por incitar agressões a ministros e atentar contra a democracia ao defender, em vídeos, o fechamento da Corte.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Procuradoria Regional Eleitoral em São Paulo (PRE-SP) apresentou, nesta terça-feira (16), a lista com as primeiras ações para impugnação de candidaturas registradas no Estado.

Neste primeiro bloco, há 83 registros contestados pela PRE. O Estadão apurou que a maior parte das candidaturas está sendo questionada por pendências na documentação exigida pela Justiça Eleitoral. O rol de documentos obrigatórios vai desde o balanço financeiro de campanhas anteriores até certidões criminais e de quitação eleitoral.

##RECOMENDA##

O deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil), que tenta a reeleição, está na lista. Ele tem quatro multas eleitorais em aberto. As autuações foram aplicadas entre fevereiro de 2018 e setembro de 2019.

"Impugnado não comprovou estar quite com a Justiça Eleitoral", escreveu o procurador regional Eleitoral substituto Paulo Taubemblatt em manifestação enviada ao Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP).

Procurado pelo Estadão, o deputado informou que as multas foram parceladas e estão sendo pagas regularmente. "Esta impugnação é um procedimento padrão dentro de uma campanha eleitoral e não vislumbro nenhuma complicação jurídica mais séria para minha campanha", disse.

Os nomes enquadrados na Lei da Ficha Limpa são minoria na lista da PRE-SP: 20 candidatos. É o caso do ex-deputado Eugênio José Zuliani (União Brasil), candidato ao cargo de vice-governador na chapa de Rodrigo Garcia (PSDB). A Procuradoria diz que ele está inelegível porque teve as contas julgadas irregulares quando foi prefeito de Olímpia, no interior de São Paulo.

A PRE-SP também analisou se os servidores públicos que registraram candidatura pediram afastamento das funções no prazo legal. A promotora Gabriela Manssur, do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), teve o registro impugnado justamente por não ter se descompatibilizado com a antecedência necessária.

O Estadão mostrou que a direção do MP deu autorização para promotores e procuradores entrarem de licença para disputar as eleições, sem perder os cargos e salários. A decisão administrativa é arriscada, uma vez que a Justiça Eleitoral exige a exoneração.

As pendências e irregularidades encontradas pela Procuradoria Eleitoral não têm potencial de deixar os candidatos automaticamente fora das eleições de outubro. As ações apresentadas ainda serão analisadas pelo TRE-SP, que tem até 12 de setembro para decidir se aprova ou não os registros. Em caso de derrota, os candidatos ainda podem recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ao Supremo Tribunal Federal (STF).

COM A PALAVRA, O DEPUTADO KIM KATAGUIRI

"A impugnação feita pelo Ministério Público Eleitoral tem por base a suposta falta de pagamento de multas eleitorais da campanha de 2018. Informo que as multas foram parceladas e estão sendo pagas regularmente. Dentro do prazo legal de sete dias, apresentarei à Justiça Eleitoral o comprovante de quitação de todas as dívidas. Esta impugnação é um procedimento padrão dentro de uma campanha eleitoral e não vislumbro nenhuma complicação jurídica mais séria para minha campanha."

Depois da investida contra o ex-juiz Sérgio Moro (União Brasil), que teve a mudança de domicílio eleitoral derrubada pelo Tribunal Regional Eleitoral em São Paulo (TRE-SP), a empresária Roberta Luchsinger mira agora o ex-procurador da República Deltan Dallagnol (Podemos), que foi coordenador da Lava Jato em Curitiba e planeja se lançar candidato a deputado federal pelo Paraná.

Filiada ao PSB e também pré-candidata a deputada federal, Roberta entrou com uma representação na Procuradoria Regional Eleitoral do Paraná alegando que, se registrar a candidatura, Deltan deve ser declarado inelegível.

##RECOMENDA##

O argumento é o de que o ex-procurador responde a processos disciplinares no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).

Por lei, magistrados, promotores e procuradores não podem ter procedimentos pendentes na esfera administrativa se quiserem disputar eleições. A "quarentena" é de oito anos a partir do pedido de exoneração.

"O que o dispositivo previsto pela Lei da Ficha Limpa visa impedir é a renúncia ao cargo com o objetivo claro de exclusivamente preservar direitos políticos, antes de uma sanção que também determinaria eventual inelegibilidade", diz um trecho da representação assinada pelas advogadas Maíra Recchia, Priscila Pamela e Gabriela Araujo.

Outro ponto levantado no documento é o de que a conclusão dos processos administrativos não tem relevância no caso.

"Pouco importa o resultado do processo administrativo disciplinar, já que o regramento não traz qualquer diferença quanto a eventual conclusão ou penalidade, sendo sua interpretação de natureza lógica e que não deixa margens à interpretação. O fato é que pedir exoneração na pendência de processo disciplinar, pouco importando a consequência, está inelegível", argumentam ainda as advogadas.

Deltan pediu exoneração do Ministério Público Federal (MPF) em novembro do ano passado. Embora o período para registro das candidaturas ainda não tenha sido aberto, ele já começou a receber doações por meio de uma "vaquinha" virtual para custear a campanha.

Domicílio eleitoral de Sergio Moro

Na semana passada, o TRE-SP anulou a transferência de domicílio eleitoral do ex-juiz da Lava Jato de Curitiba para a capital paulista. Com a decisão, ele não pode sair candidato por São Paulo. Por maioria de votos, o tribunal concluiu que Moro não conseguiu provar "vínculo" com a cidade.

Além da ação eleitoral, há uma investigação sobre a mudança em curso no Ministério Público de São Paulo (MP-SP), aberta a partir de uma representação de Roberta.

O objetivo é apurar se Moro cometeu fraude. O promotor Reynaldo Mapelli Júnior disse que as primeiras explicações enviadas "não convencem" e que é preciso aprofundar a investigação "para melhor compreensão dos fatos".

COM A PALAVRA, DELTAN DALLAGNOL

"É esperado que integrantes da velha política e seus aliados se oponham à candidatura de Deltan Dallagnol. Contudo, não há qualquer chance de a impugnação à sua candidatura prosperar porque a situação de Deltan Dallagnol não se enquadra em nenhuma previsão da lei de inelegibilidade. Conforme simples consulta (já feita por alguns veículos de imprensa) ao Conselho Nacional do Ministério Público comprova, Deltan Dallagnol não respondia a nenhum Processo Administrativo Disciplinar quando saiu do Ministério Público. A existência de meras reclamações, que são simples pedidos feitos à Corregedoria, sem exame de mérito, por força da lei, que é clara, não torna ninguém inelegível. Os políticos corruptos e representantes do sistema querem, a todo custo, inventar uma narrativa de que Deltan estaria inelegível, mas essa batalha eles já perderam."

O presidente Jair Bolsonaro (PL) rompeu o silêncio e comentou nesta sexta-feira a mais recente pesquisa Datafolha, que mostrou nesta quinta, 26, ampla vantagem do ex-presidente Lula (PT) sobre ele na corrida pelo Palácio do Planalto. Bolsonaro contestou os números do levantamento e questionou se o instituto fazia "tabelinha com outra instituição", sem detalhar a qual se referia.

De acordo com Datafolha, Lula aparece com 48% das intenções de voto no primeiro turno, contra 27% de Bolsonaro. Nos votos válidos, o petista tem 54% e o presidente, 30%, o que aponta para a possibilidade de a eleição acabar em primeiro turno.

##RECOMENDA##

Em transmissão ao vivo nas redes sociais nesta noite, Bolsonaro rejeitou o resultado do Datafolha, que ainda aponta uma divisão entre o chefe do Executivo e Lula dentro do eleitorado evangélico.

"Não sou unanimidade em lugar nenhum. Mas, por exemplo, se fizer pesquisas nas Forças Armadas, uma pesquisa séria, não vai dizer que militares estão divididos, que policiais estão divididos, ainda mais depois que o Lula falou que policial não é gente", declarou o presidente na live. "O lado de lá defende o aborto, eu não. Vai falar que os evangélicos estão divididos?", perguntou. Em seguida, voltou a afirmar que o Brasil terá eleições "limpas" neste ano.

Integrantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) participam, a partir desta semana, de eleições para as diretorias regionais e o Conselho Federal da entidade em meio ao desafio de cumprir cotas raciais e de gênero nas chapas inscritas. A regra prevê que metade dos integrantes seja composta por mulheres e ao menos 30% dos concorrentes seja de pretos ou pardos. Mas o cumprimento da cota racial se revelou especialmente complicado para a entidade, que já registrou mais de 200 denúncias de supostas fraudes, e hoje está rachada quanto à aplicação das próprias ações afirmativas.

As denúncias foram recebidas pela Comissão Especial de Mapeamento e Monitoramento da Advocacia Negra na Ordem (Cemmano), órgão da Associação Nacional da Advocacia Negra (Anan) cujo interesse é assegurar que todas as chapas tenham advogados pretos na composição.

##RECOMENDA##

Na tentativa de coibir o descumprimento, a Anan decidiu entrar com impugnação em todas as seccionais da OAB, que correspondem às 27 unidades da federação. A ideia era pressionar as comissões eleitorais a dar atenção à regra. Mas, como pelo regulamento esse tipo de pedido deve ser feito pelas chapas adversárias, apenas sete unidades federativas deram retorno à Anan e a maioria rejeitou a abertura de processos de investigação.

Para o presidente da Cemmano, Marcelo Toledo, os casos suspeitos somariam muito mais do que as duas centenas de denúncias registradas. "Muitos (advogados negros) não querem apresentar denúncia, preferem ficar no anonimato", afirmou Toledo, para quem o porcentual de participação de advogados negros não é apenas uma cota, mas uma reparação. "Defendemos uma maior participação de negros em cargos de liderança. Nós não queremos tirar espaço de ninguém. Se você não se vê representado em uma diretoria, acaba não pertencendo àquela classe que você contribui."

Algumas chapas pediram o impedimento de concorrentes por supostas irregularidades com base no critério racial. No Paraná, por exemplo, a Justiça determinou a publicação aos concorrentes das declarações raciais de todos os candidatos, alegando a necessidade de transparência para execução de políticas públicas.

Na chapa Artigo 5º, que concorre à diretoria da seccional no Estado, o candidato Rômulo Quenehen se declarou branco quando foi candidato a vice-prefeito de Curitiba em 2020. Já no processo eleitoral da OAB, este ano, ele se apresenta como pardo.

Em resposta ao Estadão, Quenehen afirmou que não mudou o entendimento. "A segregação nunca foi uma preocupação pessoal, e é a primeira vez que me deparo com esta situação esdrúxula de imposição que eu declare minha raça entre branco ou pardo", disse em nota. "O que existe na verdade é uma imposição social para que o cidadão brasileiro se auto segregue." Quenehen também enviou fotos e documentos da família, indicando ser descendente de negros.

IMPUGNAÇÃO

Para Marcelo Trindade, presidente da chapa Algo Novo e responsável pela impugnação, o suposto descumprimento das cotas revela "falta de respeito com a advocacia". "Não é uma questão de ser a favor ou não. É uma regra", diz. O concorrente Romulo Quenehen diz que deve entrar com impugnação contra integrantes da Algo Novo, pois considera que há candidatos que "não aparentam ser pardos".

No Distrito Federal, uma decisão unânime da comissão eleitoral contrariou um relatório feito pela Subcomissão de Heteroidentificação da OAB local, que sugeriu o impedimento de 13 dos 15 concorrentes da chapa Você na Ordem, presidida pela advogada Thais Riedel. A contestação apontava "o claro intuito de burlar a ação afirmativa instituída pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil".

Thais Riedel ressaltou que é favorável à política de cotas e que considera legítimo o questionamento da Anan. "Jamais fraudaria um processo eleitoral e muito menor usaria qualquer subterfúgio para não cumprir uma regra tão meritória quanto essa. Respeitei a autodeclaração e entendo que não cabe a mim questionar um aspecto tão sensível da vida das pessoas", disse em nota.

A chapa também questionou o parecer da subcomissão, que segundo ela, fez as análises com base em fotos de internet.

CRITÉRIO

Ao Estadão, o presidente da Comissão Nacional Eleitoral da OAB, Airton Molina, lembra que para esta eleição o critério adotado é a autodeclaração. "As comissões eleitorais seccionais têm que aceitar a autodeclaração, e quando houver impugnação teria que se basear nos elementos que ela tem na ficha de inscrição. Sendo possível levar em consideração o fato fenótipo, que vai nortear a política de cotas em todos os sentidos", disse. Para o próximo pleito, ele defende que o Conselho Federal nomeie um relator para a matéria e normatize o caso, criando bancas de heteroidentificação.

Esse tipo de critério é o mesmo usado em concursos públicos e processos seletivos para as universidades federais, estabelecido em uma decisão do Supremo Tribunal Federal em 2012. Para o presidente da Comissão Especial de Validação da Autodeclaração de candidatos pretos e pardos, da Universidade Federal do Paraná, Paulo Silva, a ideia de se avaliar o fenótipo, e não apenas a herança familiar do candidato, tem como base o fato de que as pessoas são discriminadas no Brasil pela aparência e trata-se, portanto, da maneira com que são reconhecidas socialmente. "O primeiro passo é a autodeclaração, mas ela não é suficiente porque (as cotas) têm uma relação direta com ocupação de espaços de poder", afirmou.

Para a Anan, a heteroidentificação permite evidenciar os preconceitos e limitações vividos pelos advogados negros. "Não basta você ter ascendência negra. Tem que ter características negras. Quanto mais características, mais vai sofrer racismo, o que significa não poder acessar certos cargos, certos trabalhos", afirmou Edna Ramos, da Cemmano.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acaba hoje (12) o prazo para o trabalhador que teve a nova rodada do auxílio emergencial negada contestar a decisão. Os pedidos devem ser feitos no Portal de Consultas da Dataprev , que fornece a relação de quem teve o benefício liberado em 2021.

A contestação, no entanto, não pode ser feita por qualquer beneficiário. Só pode pedir a reativação do benefício quem recebia o auxílio emergencial de R$ 600 ou a extensão de R$ 300 em dezembro do ano passado. O prazo para novos pedidos de benefícios acabou em 3 de julho do ano passado e não foi reaberto para a nova rodada.

O pedido de contestação pode ser feito após o trabalhador fazer a consulta no site da Dataprev, estatal que cadastra os dados dos beneficiários, e constatar que teve o benefício cancelado. Caso o resultado dê “inelegível”, a própria página oferecerá a opção de “contestar”, bastando o trabalhador clicar no botão correspondente.

##RECOMENDA##

O sistema aceitará somente pedidos considerados passíveis de contestação, que permitem a atualização das bases de dados da Dataprev, como data de nascimento errada, CPF não identificado e informações incorretas sobre vínculos empregatícios e recebimento de outros benefícios sociais e trabalhistas. O prazo de contestação começou no dia 2 e seguirá por dez dias corridos, até esta segunda-feira. 

Reavaliação

O Ministério da Cidadania também esclarece que, mesmo após o recebimento da primeira parcela, o auxílio emergencial pode ser cancelado. O governo fará um pente fino constante para verificar eventuais inconsistências ou irregularidades no pagamento do benefício.

Caso o pagamento seja cancelado, o beneficiário também poderá contestar a decisão no site da Dataprev. Também é possível reverter o cancelamento por meio de decisão judicial ou de processamentos de ofício realizados pelo Ministério da Cidadania.

A Agência Brasil elaborou um guia de perguntas e respostas sobre o auxílio emergencial. Entre as dúvidas que o beneficiário pode tirar estão os critérios para receber o benefício, a regularização do CPF e os critérios de desempate dentro da mesma família para ter acesso ao auxílio.

Trabalhadores informais e inscritos no Cadastro Único de Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) têm até esta sexta-feira (18) para contestar o bloqueio, o cancelamento ou o indeferimento do auxílio emergencial extensão de R$ 300 (R$ 600 para mães solteiras). Os pedidos podem ser feitos desde o dia 9 no site da Dataprev, estatal que processa os requerimentos do auxílio emergencial.

O processo será inteiramente virtual, dispensando a necessidade de ir a uma agência da Caixa Econômica Federal ou a um posto de atendimento do CadÚnico.

##RECOMENDA##

Segundo o Ministério da Cidadania, a pasta promove mensalmente um pente-fino entre os beneficiários do auxílio emergencial para verificar se eles atendem a todos os requisitos definidos pela lei que criou o benefício. Quem não se enquadra em um dos critérios é excluído da lista de beneficiários, mesmo tendo recebido alguma parcela.

De acordo com a pasta, a verificação é necessária para garantir que o público-alvo do auxílio emergencial seja atendido e impedir que pessoas que não precisam do benefício recebam a ajuda. Entre as principais situações verificadas, estão morte, descoberta de irregularidades ou obtenção de emprego formal durante a concessão do auxílio

Contestações

Começou nessa quinta-feira(17) o prazo de contestação para trabalhadores informais que tiveram o auxílio emergencial extensão negado por não atenderem aos novos critérios de concessão. O prazo vai até o dia 26.

Ao editar a medida provisória que estendeu o auxílio emergencial por até três parcelas com metade do valor original, o governo endureceu os critérios. Um dos exemplos foi o uso de dados fiscais de 2019, em vez de 2018, para prorrogar o benefício. Quem não se enquadrou nos novos parâmetros teve a extensão negada.

O Ministério da Cidadania também reabriu o prazo para quem teve o auxílio cancelado por indícios de irregularidade verificados pelo Tribunal de Contas da União (TCU) ou pela Controladoria-Geral da União (CGU). Os requerimentos podem ser feitos até o dia 20.

A pasta também abriu prazo para que beneficiários do Bolsa Família que tiveram o auxílio emergencial extensão cancelado, bloqueado ou negado possam requerer o benefício. Os pedidos poderão ser feitos a partir de domingo (20) até o dia 29. Todos os processos são exclusivamente feitos na página da Dataprev na internet.

A segunda fase da XXX edição do Exame de Ordem Unificado será realizada no próximo dia 1° de dezembro, em todo o Brasil. Nela, os candidatos responderão às questões discursivas e farão uma peça profissional na área do direito que escolheram. Para ajudar os estudantes que estão no processo de revisão, o Vai Cair na OAB, projeto multimídia realizado em parceria com o LeiaJá, publica a aula desta sexta-feira (22).

Nesta edição, o professor Fábio Milhomens mostra como os candidatos devem abordar a contestação na prova prático-profissional. No vídeo, o docente também explica detalhes sobre as regras e exceções de como esse argumento pode ser aplicado. Confira o vídeo abaixo:

##RECOMENDA##

 

A anulação de uma questão do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), anunciada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), pegou muitos participantes de surpresa. Diante do ocorrido, é comum que os estudantes se perguntem se há a possibilidade de mais questões da prova serem anuladas. 

O LeiaJá procurou professores para analisar a prova do Enem e os gabaritos oficiais para saber se há questões passíveis de contestação. Na prova de ciências da natureza, o professor de física Carlos Júnior apontou um problema na questão 111 na prova azul - que corresponde à questão 113 no caderno rosa, 107 na prova amarela e 118 no caderno cinza. A questão apresenta um tijolo de 2,5 kg em queda livre atingindo um capacete e pede ao estudante que descubra a força impulsiva média do impacto. O enunciado ainda solicita que o aluno diga a quantos tijolos iguais, em peso, essa força equivale. Segundo o professor, a questão tem um enunciado mal feito e possibilitou erros ao desconsiderar um princípio físico. 

##RECOMENDA##

“Quando se fala de força resultante não se trata apenas de uma única força e sim da soma de todas no sistema. Tratar força impulsiva como sinônimo de resultante, ficaria a pergunta, ‘qual força não é impulsiva?’. Se a questão assumir o valor de 2p poderia assumir o valor das outras alternativas. Como um tijolo cai de uma altura de 5 m, ele irá atingir o capacete com velocidade de 10m/s. Se considerarmos apenas uma dimensão, ocorrerá que certo momento a velocidade relativa tijolo-capacete será nula ou seja não importa o tipo de colisão, o "X" da questão está no tempo de colisão, pois, tal tempo, não seria possível desprezar a força peso. Nesse caso, teríamos como força normal média o valor de 75 N. Então, a razão entre a força normal média com peso daria uma mínima equivalência de 3 tijolos ou mais”, disse o professor. 

[@#galeria#@]

Já na prova de ciências humanas, a professora de filosofia e sociologia Cristiane Pantoja apontou a redação do enunciado da questão 69 da prova branca como problemática por poder levar os estudantes à dúvida. De acordo com ela, o texto apresenta a relação entre ser humano e natureza e questiona a respeito de qual corrente filosófica essa característica remete. O problema, segundo a professora, é que tanto o materialismo dialético quanto o racionalismo cartesiano, que é a resposta correta, estavam entre as alternativas e discutem a relação humana com a natureza. 

O LeiaJá também ouviu os professores José Carlos Mardock (história), Benedito Serafim (geografia e atualidades), Diogo Xavier (linguagens), Ricardinho Rocha (matemática), Gustavo Holanda (química) e André Luiz (biologia). Todos eles afirmaram não ter encontrado nenhuma questão passível de contestação nas provas. 

LeiaJá também

-> Questão do Enem 2019 é anulada

-> Pós-Enem tem maratona de vestibulares

-> Último dia para pedir reaplicação do Enem

-> Entenda todas as fases da correção da redação do Enem

O Órgão Especial do Tribunal de Justiça de São Paulo deverá analisar até o dia 3 de outubro a impugnação (contestação) do projeto de obras de um prédio no centro da cidade destinado a alojar exclusivamente os gabinetes de todos os 360 desembargadores da Corte estadual.

O prazo foi estipulado pelo presidente do Tribunal, desembargador Manoel de Queiroz Pereira Calças, após o colegiado deliberar pela postergação da abertura dos envelopes da licitação do projeto, na sessão de 4 de setembro. A medida do Órgão Especial foi tomada a partir de questionamentos da desembargadora Maria Lúcia Pizzotti. Os envelopes do edital deveriam ser abertos no dia 9.

##RECOMENDA##

Pizzotti pretende buscar o cancelamento do projeto, orçado em R$ 26 milhões. Ela argumenta que, em um momento de crise, os custos do projeto e das obras são elevados. O edifício, projetado para ser construído em um terreno na esquina das Ruas Conde de Sarzedas, Tabatinguera e Conselheiro Furtado, deverá consumir R$ 1,2 bilhão.

"Impugnei o edital do inacreditável valor de quase R$ 26 milhões só para o projeto executivo, por conta de inúmeras nulidades", afirma a desembargadora. "Após reunião 'reservada' na sala da Presidência, antes da sessão do Órgão Especial, deliberou-se, por votação unânime, por acolher o meu pedido de suspensão da licitação. Agora vou buscar o seu cancelamento."

'Postergação'

A presidência do TJ diz que não houve suspensão da licitação. Em nota, a assessoria de Calças informou que o procedimento foi distribuído e entrará em votação no Órgão Especial até o dia 3 de outubro. "Houve postergação da abertura dos envelopes, que já foram entregues, até a decisão do Órgão Especial."

Uma das grandes metas do presidente do TJ, que encerra seu mandato em dezembro, é o edifício para alojar os gabinetes dos 360 desembargadores e também dos juízes substitutos em segunda instância.

O empreendimento já recebeu sinal verde da Prefeitura. "O assunto é de interesse público, pois envolve vultosa quantia de dinheiro público", disse a desembargadora Pizzotti. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) enviou manifestação ao Supremo Tribunal Federal (STF) em que opina pela cassação do habeas corpus (HC) concedido ao prefeito do Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife (RMR), Lula Cabral (PSB). O político teve a prisão preventiva decretada em outubro do ano passado, pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5) sob a acusação de ter participado de esquema que desviou cerca de R$ 93 milhões do Instituto de Previdência Social do município. A soltura do prefeito foi determinada pelo ministro Dias Toffoli, na última quarta-feira (9), durante o plantão do Judiciário.

Para a PGR, a medida liminar deve ser anulada uma vez que é "concreto o perigo à ordem pública, à instrução criminal e à aplicação da lei". Segundo a contestação, caso Lula Cabral seja mantido em liberdade, “ele poderá influenciar nas investigações, como já fez anteriormente, e tentar ocultar o patrimônio, obtido de forma ilícita”.

##RECOMENDA##

O parecer chama a atenção para o fato de que, anteriormente, o habeas corpus havia sido negado pelo TRF5 e também pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Segundo a PGR, o entendimento, de acordo com a Súmula 691, do STF, é de que esta Corte não tem competência para conhecer o pedido de soltura impetrado contra decisão do relator que indefere a liminar, sob pena de supressão de instâncias do Judiciário.

A análise do HC pelo STF só é cabível quando as ordens de prisão são manifestamente ilegais ou teratológicas. “Este caso, entretanto, não revela essa situação de flagrante ilegalidade. Diante desse contexto, não há justificativa para que a questão seja apreciada em detrimento da competência jurisdicional do Superior Tribunal de Justiça”, ressalta a subprocuradora-geral da República, Cláudia Sampaio, que assina o documento.

Além disso, a manifestação da PGR destaca que o TRF5 fundamentou a sua decisão e demonstrou, com base em fatos concretos e em vasta documentação, que a prisão cautelar é necessária. A decisão pela prisão preventiva levou em consideração o modus operandi do grupo, a influência política do réu, e o grande prejuízo ao erário e à população municipal. É que as investigações realizadas no âmbito da Operação Abismo revelaram complexo esquema criminoso envolvendo políticos e empresários, que receberam recursos públicos provenientes do Instituto de Previdência dos Servidores Municipais do Cabo de Santo Agostinho (Caboprev) para serem geridos pela empresa Terra Nova, em fundos de investimentos de alto grau de risco. Foi constatado que Lula Cabral, utilizando-se de sua influência política, era um dos principais articuladores da gestão fraudulenta, atuando para a concretização das fraudes.

Para a PGR, a conduta do prefeito é ainda mais grave do que a dos demais envolvidos, uma vez que, em decorrência de seu cargo e poder decisório, ele ordenou a movimentação ilegal de valores milionários do Caboprev em troca de vantagem indevida. Agrava sua situação o fato de ter sido encontrado dinheiro de origem irregular na residência do político. Há indícios de que outros valores foram retirados do cofre localizado na sua casa de praia antes da chegada da Polícia Federal, para o cumprimento do mandado de busca e apreensão. A subprocuradora-geral lembra também que, mesmo após a deflagração inicial da operação policial, as atividades ilegais continuaram ocorrendo, inclusive, com a prática de atos no intuito de obstruir e dificultar as investigações.

A avaliação da PGR é de que não há elementos no caso que contrariem as razões apresentadas pelo TRF5 no decreto de prisão preventiva, sendo que é inviável a aplicação de medidas cautelares diversas. Isso porque, mesmo após o afastamento provisório do cargo de prefeito municipal, há relatos sobre a enorme influência política de Lula Cabral na região. “Diante desse quadro, a imperatividade da custódia cautelar impõe-se em razão da imprescindibilidade de desarticulação da atuação criminosa do prefeito, em detrimento da Administração Pública Municipal e do erário, inclusive, com reflexos atuais e futuros nas aposentadorias dos servidores municipais”, conclui o parecer.

[@#video#@]

*Da Assessoria de Imprensa

 

A Universidade de Pernambuco (UPE) divulgou nesta quinta-feira (6) a quantidade de questões contestadas nas provas da primeira e segunda parte do Sistema Seriado de Avaliação (SSA1 e SSA2), realizadas no último domingo e na última segunda-feira.

Ao todo, nas quatro provas aplicadas para alunos do primeiro e segundo ano do ensino médio, foram contestadas 60 questões, 28 no SSA1 e 32 no SSA2. Agora, a instituição tem cinco dias úteis para responder às contestações. A UPE afirmou que o gabarito definitivo será divulgado até a próxima semana com alterações que sejam necessárias.

##RECOMENDA##

Confira as questões contestadas:

SSA 1:

1º dia:

Língua Portuguesa: 3 / 5 / 7 / 10 / 12

Matemática: 19 / 22

Física: 24 / 27 / 28

Inglês: 33

Espanhol: 36

Filosofia: 39

2º dia:

Biologia: 2 /3

Química: 11 / 12 / 13 / 14 / 15 / 18 / 19

História: 27 / 29

Geografia: 40

Sociologia: 43 / 44 / 46

SSA 2

1º dia:

Língua Portuguesa: 2 / 3 / 4 / 6 / 8 / 9 / 10 / 11

Matemática: 13 / 17 / 18 / 20 / 21 / 22

Física: 27 / 30 / 31 / 32

Filosofia: 40

2º dia:

Biologia: 1 / 2 / 5 / 6

Química: 11 / 12 / 13 / 14 / 15 / 17 / 18 / 19 / 20

Em discurso na Reunião Plenária dessa segunda (20), a deputada Priscila Krause (DEM) contestou a metodologia empregada na elaboração do Ranking de Eficiência dos Estados, lançado pelo jornal Folha de S.Paulo e pelo instituto de pesquisa Datafolha. A parlamentar afirmou que pedirá a revisão do resultado – apresentado na edição de domingo (19) do veículo de imprensa – por, segundo ela, contrariar números oficiais do próprio Governo de Pernambuco.

De acordo com a classificação, Pernambuco é o quarto Estado que oferece melhores condições em saúde, educação, segurança e infraestrutura com menos recursos, e o único do Nordeste entre os cinco considerados eficientes. A parlamentar questionou os dados e a metodologia utilizados. Citando o Relatório de Gestão Fiscal do Governo do Estado, ela afirmou que a receita total é de R$ 32,34 bilhões, e não R$ 33,3 bilhões, como citado no estudo. Já a despesa com pessoal é de R$ 15,47 bilhões, em vez dos R$ 12,2 bilhões mencionados.

##RECOMENDA##

No caso da educação, a universalização do acesso ao Ensino Fundamental, de acordo com a deputada, foi obtida “ao longo de vários governos, a partir de uma política nacional”. Em relação à saúde, a cobertura por equipes de atenção básica, que teria elevado a nota, é “uma política dos governos municipais”. No tocante às estradas, ela acentuou que a pesquisa teria se baseado na média geral, sem a distinção entre as que estão sob jurisdição federal (percentual de ótimo e bom de 61% em pesquisa da Confederação Nacional dos Transportes) e as administradas pelo Estado (5,9% de aprovação).

“Essa eficiência, dita na pesquisa, não dialoga com a vida das pessoas. O Estado não paga a fornecedores, atrasa salários de terceirizados, não repassa valores para compra de remédios… Queremos, e vamos solicitar, uma reelaboração da pesquisa; que os dados sejam reanalisados a partir das fontes primárias, que são os relatórios de gestão fiscal dos estados”, disse.

Em aparte, Teresa Leitão (PT) ressaltou que a Educação Infantil e a primeira fase do Ensino Fundamental (do 1º ao 5º ano) em Pernambuco são “absolutamente municipalizadas”. O líder da Oposição, Silvio Costa Filho (PRB) disse que o resultado da pesquisa não condiz com a realidade. “Observamos, nesses três anos e meio, que a vida do povo piorou muito. O quadro na saúde é caótico, o governador foi vaiado pelos professores, e há 1.500 obras paradas ou inacabadas, de acordo com o Tribunal de Contas do Estado”, afirmou. José Humberto Cavalcanti (PTB) tratou da situação das rodovias, pontuando que a PE-89, um ano após ser reformada ao custo de R$ 25 milhões, já está deteriorada.

*Do site da Alepe

A candidatura ao Senado por Minas Gerais da presidente da República cassada Dilma Rousseff (PT) teve uma contestação registrada no Tribunal Regional Eleitoral do Estado (TRE-MG) na quarta-feira, 15. A impugnação foi protocolada pelo candidato a deputado estadual Leonardo Vitor (PSC), ligado ao Movimento Brasil Livre (MBL) e usa como justificativa o processo de impeachment enfrentado pela candidata petista em 2016.

De acordo com a contestação, que foi entregue no mesmo dia em que a ex-presidente registrou a candidatura, Dilma não pode concorrer a cargos públicos por ter sido condenada por crime de responsabilidade.

##RECOMENDA##

No documento, Leonardo Vitor alega que o "fatiamento" do impedimento - a votação no Senado não declarou Dilma inelegível - é inconstitucional.

Por meio de nota, a petista afirmou que Vitor é "um testa de ferro dos tucanos, um laranja do MBL".

"O esforço dos golpistas de me calar é odioso. Querem, agora, impedir que o povo de Minas escolha nas urnas quem representará o Estado no Senado da República", declarou a ex-presidente no comunicado.

O professor de direito eleitoral da UFMG Rodolfo Viana afirmou que, mesmo pela Lei da Ficha Limpa, Dilma pode se candidatar nas eleições de outubro pois o artigo que regula os critérios de inelegibilidade por cassação exclui o cargo de presidente da República.

'Arrependimento'

O governador de Pernambuco e candidato à reeleição, Paulo Câmara (PSB), disse na quinta que se arrepende de ter liberado quatro secretários de Estado com mandatos de deputados federal para votar a favor do pedido de impeachment de Dilma.

Apoiado pelos petistas em Pernambuco, depois de um acordo nacional entre PT e PSB, o governador tenta colar sua imagem à do ex-presidente Lula, condenado e preso pela Lava Jato. Na quarta, Câmara foi a Brasília para participar do ato que pediu o registro da candidatura de Lula.

"Quero deixar claro que fui muito criticado por ser um dos últimos governadores a se posicionar sobre o impeachment. Está documentado que a minha posição e a do PSB era pela saída de Dilma e de Michel Temer. No contexto histórico sim (me arrependo), disse Câmara à Rádio Jornal, no Recife.

Depois da destituição de Dilma, o PSB, do qual Câmara é vice-presidente nacional, comandou o Ministério de Minas e Energia até abril deste ano. O cargo de ministro foi ocupado pelo deputado federal Fernando Filho, na época do PSB e atualmente candidato à reeleição pelo DEM.

Câmara afirmou que teve dificuldades de governar durante a gestão de Dilma, mas que "Michel Temer é muito pior". "Esse governo persegue Pernambuco. Tenho contrato com a Caixa de R$ 340 milhões, e eles colocaram defeitos e novas regras para beneficiar São Paulo, Rio de Janeiro e os Estados do Sul. É um governo sem compromisso com o Nordeste." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Vereador do Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife (RMR), José Arimateia (PSDB) acionou o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), nesta quarta-feira (25), para contestar o decreto do prefeito da cidade, Lula Cabral (PSB), que estabelece “Estado de Calamidade” nas contas públicas. Para o tucano, não há “motivos relevantes e jurídicos” para a medida. No decreto, Lula Cabral diz ter herdado uma dívida de R$ 59,8 milhões em restos a pagar deixado pelo seu antecessor, Vado da Farmácia (sem partido). 

Na representação, o tucano ressalta que tal regra só é prevista para desastres naturais e reafirma a necessidade de o Ministério Público questionar esse decreto, para evitar que ele seja utilizado como manobra para driblar a Lei das Licitações (Lei 8.666/93). 

##RECOMENDA##

O vereador contesta, inclusive, o que alguns especialistas nominam como calamidade financeira. Segundo ele, a cidade tem uma previsão orçamentária de R$ 795 milhões para 2017 e somado a isso, há o recebimento do FPM, além da cota do ICMS e receitas próprias de ISS e IPTU.

“Mesmo essa debilidade do governo anterior não é suficiente para se tomar uma medida tão extrema. Não justifica a pintura de um quadro caótico e que leve à decretação de calamidade pública”, avalia. “Não pode ser séria a iniciativa de um prefeito que ressalta as dificuldades financeiras da cidade, mas, por outro lado, permite o aumento dos salários dele, do vice e dos secretários municipais. Reajuste, esse, que vai gerar um impacto de R$ 400 mil nas contas da prefeitura”, acrescenta. 

Arimateia acredita ainda que a “atitude de alardear que a cidade está quebrada” serve para que o prefeito possa “se beneficiar” em dois aspectos: a atração de recursos federais através de “processos mais frouxos” e a isenção de cobrança das “promessas de campanha e das obrigações de atendimento à população em serviços vitais como saúde e educação”.

O deputado Mendonça Filho (DEM-PE), líder do partido na casa, disse nesta quinta-feira (13), que vai contestar a urgência dada ao projeto que altera a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), e que elimina a meta fiscal para 2014.

“Acredito que o presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros, vai rejeitar esse pedido de urgência que é inconstitucional e fere a independência do parlamento e os princípios democráticos”, disse Mendonça.

##RECOMENDA##

O parlamentar classificou a medida como “esdrúxula” já que a urgência não se aplica a proposições com tramitação no Congresso Nacional, apenas para matérias que tramitam separadamente na Câmara e no Senado. Caso não haja a suspensão do pedido enviado pelo governo, Mendonça Filho vai questionar a medida no Supremo Tribunal Federal (STF).

“Se a urgência for mantida vamos questionar no STF esse atentado a Constituição. Depois de desmoralizar completamente a politica econômica com a eliminação da meta de superávit primário, o governo agora vem com essa medida que é uma aberração jurídica e política”, criticou o democrata. 

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, afirmou nesta quarta-feira (14) que o diretor nomeado para a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), José Carlos de Souza Abrahão, tem "plenas condições de exercer as funções para as quais foi designado." Abrahão, que teve sua nomeação publicada segunda-feira no Diário Oficial, é criticado por sua estreita ligação com operadoras de saúde e pelo fato de ter se posicionado contrariamente ao ressarcimento ao Sistema Único de Saúde - obrigatório quando clientes das empresas são atendidos na rede pública.

O Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) deve entrar até o início da próxima semana com uma representação no Conselho de Ética Pública da Presidência da República pedindo o afastamento de Abrahão. Medida semelhante foi adotada pelo instituto ano passado, quando a entidade questionou a isenção do então diretor nomeado, Elano Figueiredo, que já havia atuado como advogado do setor.

##RECOMENDA##

"O indicado preenche todos os requisitos técnicos, o Senado aprovou o nome. Democraticamente as instituições têm direito de apresentar o pedido ao conselho. Vamos aguardar o posicionamento", afirmou Chioro sobre Abrahão. Numa nota divulgada anteontem, o Conselho Nacional de Saúde criticou a indicação de Abrahão para o cargo, sob a argumentação de que ele estaria impedido de votar em processos envolvendo temas prioritários na fiscalização da ANS -, numa clara referência aos processos de ressarcimento.

Sociedades de saúde coletiva e de defesa do consumidor também são contrárias à permanência de Abrahão na diretoria. Chioro, no entanto, discorda dessa avaliação. Questionado, ele argumentou ser necessário separar a trajetória profissional da sua capacidade ou de seu compromisso. Ele argumentou ainda que os julgamentos na ANS são feitos por um colegiado e embasados na legislação. "Não temos nenhuma pretensão de abrir mão do ressarcimento", disse.

O diretor nomeado esteve à frente da Confederação Nacional de Saúde de Hospitais, Estabelecimentos e Serviços, entidade que representa hospitais e outros serviços de atendimento do setor - incluindo planos de saúde. Abrahão também foi diretor presidente da Assim Assistência Médica, empresa de planos de saúde. No ano passado, o diretor da ANS Elano Figueiredo pediu demissão, após a Comissão de Ética Pública da Presidência decidir recomendar sua exoneração. O Estado revelou que Figueiredo omitiu de seu currículo atuação em favor de plano de assistência médica em processos contra a ANS.

O deputado federal Mendonça Filho (DEM) denunciou uma “maquiagem” no balanço demonstrativo da Petrobras que resultou em um lucro de R$ 23,6 bilhões na movimentação da empresa no ano passado. De acordo com o deputado, mais de R$ 20 bilhões do montante apareceram por meio de um cálculo contestável.

“Como tudo que acontece no governo da presidenta Dilma, esse balanço pode ser caracterizado como um balanço ‘fake’, para usar a linguagem da Internet, dos jovens brasileiros. Um balanço falso. Na verdade ele esconde que R$ 8,5 bilhões são decorrentes de ativos que foram vendidos pela Petrobras. Alienados. Venda realizada durante a gestão de Graça Foster, nos últimos 12 meses, o que mostra inclusive uma dúvida com relação a muitas das operações de venda dos ativos”, declarou o democrata.

##RECOMENDA##

Mendonça alega que algumas plataformas foram desmobilizadas a empresas como a holandesa SBM Offshore, suspeita de pagar suborno a funcionários da estatal em um escândalo internacional denunciado pelo jornal De Telegraaf. Além dos R$ 8,5 bilhões outros R$ 12 bilhões que seriam decorrentes de uma questão da variação cambial do real frente ao dólar.

“Se a gente soma R$ 12 bilhões com mais R$ 8,5 bilhões o que é que vai sobrar? Praticamente nada. R$ 3 bilhões. Esse é o lucro real, efetivo, da empresa, o que mostra que a mania adotada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, de maquiar as contas do governo está se disseminando por toda a área governamental”, sugeriu.

O líder alega que a maneira suspeita de calcular balanços governamentais tem gerado comentários negativos na imprensa internacional especializada e levantado suspeitas sobre a credibilidade dos dados oficiais.

Corrupção internacional

Além da má gestão, o democrata voltou a tratar sobre as denúncias de corrupção envolvendo funcionários da estatal. O PT tenta barrar a aprovação do requerimento que irá criar uma comissão externa para ir à Holanda investigar as acusações de suborno realizadas pela SBM Offshore e investigadas pelo ministério público local.

“Essa investigação não foi uma questão que foi iniciativa da oposição, que foi iniciativa de A ou B, e sim iniciativa do processo investigativo lá fora, na Holanda, envolvendo países como a Inglaterra e os Estados Unidos, denunciando ou colocando sob suspeita as operações de contratação de plataforma por esta empresa que pertence a todo o povo brasileiro”, concluiu.

*Com informações da Assessoria de Imprensa

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando