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A pesquisa de intenção de votos para a Presidência da República no pleito de 2022, divulgada pelo Ipec na noite desta quarta-feira (22), revelou um cenário pouco definido para os candidatos da chamada “terceira via”. Segundo o levantamento realizado entre os dias 16 e 20 de setembro, nomes como Datena (PSL), João Doria (PSBD) e Luiz Henrique Mandetta (DEM) pontuam de 1% a 3%, com margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

No primeiro cenário simulado pelo instituto, o governador de São Paulo, João Doria, aparece com 3% das intenções de voto. No segundo, 2%. Ele protocolou a inscrição como pré-candidato à Presidência da República na última segunda-feira (20) e ainda precisa disputar as prévias do partido com os nomes de Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, Tasso Jereissati, senador pelo Ceará, e o ex-prefeito de Manaus (AM), Arthur Virgílio Neto.

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Seguindo a mesma tendência, o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS), foi citado por 3% da população na primeira simulação. Na segunda, pontuou 1%. Nesta quarta-feira (22), após a reunião da Executiva Nacional do DEM, que aprovou a fusão com o PSL, o ex-titular de Jair Bolsonaro (sem partido) mostrou entusiasmo no que chamou de “chance de viabilizar a terceira via”.

Já Datena (PSL-SP), que não foi incluído no primeiro cenário, aparecendo na segunda simulação com 3% das intenções de voto, se mostrou apreensivo com o avanço das negociações entre as legendas. Durante entrevista à Revista Veja no início da semana, o apresentador elogiou os nomes de Mandetta e Rodrigo Pacheco (DEM-MG), presidente do Senado, para “vice” e deixou claro que só ficará no PSL caso seu nome seja cabeça de chapa na disputa eleitoral. Na mesma ocasião, acenou ao PDT com elogios a Ciro Gomes (PDT-CE).

Primeiro cenário

Entre os candidatos que compuseram o primeiro cenário simulado pelo Ipec, estão Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que lidera com 48% das intenções de voto, Jair Bolsonaro (sem partido), 23%, Ciro Gomes (PDT), 8%, João Doria e Luiz Henrique Mandetta. Os votos brancos ou nulos somam 10%. Não sabem ou preferiram não responder são 4%.

Polarização

Na segunda simulação, a polarização entre Lula, que teria 45% dos votos e Bolsonaro, com 22%, permanece. Além de Doria, Datena e Mandetta, Ciro aparece com 6%; o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, teria 1%; e o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Simone Tebet (MBD-MS), também senadora, não pontuam. Brancos e nulos somam 9%, não sabem ou não responderam, 5%.

Para este levantamento, o instituto ouviu 2.002 pessoas em 141 municípios. O nível de confiança é de 95%.

 

Em uma reunião realizada na noite desta terça-feira (21) a Executiva Nacional do Democratas (DEM) aprovou, por unanimidade, a possível fusão com o PSL. Os 41 votos  favoráveis e nenhum contrário submetem a decisão à convenção nacional, que deve acontecer em outubro. A possibilidade de revisão, no entanto, é quase nula.

A aprovação massiva do “super  partido de direita” contou com os votos favoráveis dos ministros Onyx Lorenzoni, do Trabalho, e Tereza Cristina, da Agricultura. Ambos são possíveis candidatos a disputar o governo do Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul, respectivamente. Ademais, também participaram da reunião o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) e o presidente do partido, ACM Neto (DEM-BA), além de outros quadros da legenda.

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Durante o encontro da Cúpula, os discursos de oposição ao governo e também ao PT foram marcados pela disputa interna entre os nomes que almejam o pleito presidencial no ano que vem. O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, por exemplo, sinalizou a disponibilidade de seu nome para “enfrentar a esquerda”. Da mesma forma, o ex-ministro da Saúde, Henrique Mandetta, mostrou entusiasmo no que chamou de “chance de viabilizar a terceira via”.

De acordo com ACM Neto, ainda é cedo para falar sobre o projeto nacional que surgirá da fusão, mesmo assim, a estimativa é de que “o partido tenha papel decisivo nas eleições, inclusive na sucessão presidencial”. Caso seja confirmado, ainda neste ano, a nova legenda terá outro nome e novas diretrizes.

 

 

Após representação do PTB, assinada pelo seu presidente Roberto Jefferson, o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados decidirá na próxima terça-feira (21), se julgará o deputado Luis Miranda (DEM), por quebra de decoro parlamentar.

Miranda é responsável por apontar as irregularidades nas negociações da vacina Covaxin pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da pandemia. O PTB acusa Miranda de mentir à CPI com o objetivo de prejudicar Bolsonaro. 

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O caso será relatado pelo deputado Gilberto Abramo (Republicanos), que apresentará o primeiro relatório. 

Em defesa de mudanças no sistema eleitoral brasileiro, o ex-presidente José Sarney afirmou, nessa quarta-feira (15), que é preciso partir para o parlamentarismo e acabar com o voto proporcional, como forma de vencer as recorrentes crises pelas quais passam o País. "Temos que partir para um regime como o português, francês", disse Sarney.

As declarações foram feitas em painel do ciclo de debates virtuais 'Um Novo Rumo para o Brasil', organizado por quatro partidos políticos - MDB, PSDB, DEM e Cidadania. Os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Michel Temer também participaram.

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Na avaliação de Sarney, voz bastante ouvida dentro do MDB, o Brasil tem uma tradição pacífica e deve deixar o ódio de fora dos debates. "Há desejo de pacificação do País e, através de diálogo, de encontremos soluções", declarou, no evento.

Em seguida, o ex-presidente teceu críticas à "judicialização da Justiça e politização da política" e chamou o golpe de 1964, que deu início à ditadura militar, de "última intervenção salvacionista" da história brasileira. Sarney foi aliado dos militares, inclusive nos anos de arbítrio e tortura, mas se distanciou das Forças Armadas ao final do regime e tornou-se o primeiro presidente civil depois de 21 anos de ditadura. Ele assumiu o poder com a morte de Tancredo Neves, o cabeça de chapa, falecido antes mesmo de tomar posse.

Ainda dentro o MDB, o presidente do partido, Baleia Rossi, que também participou do evento virtual, afirmou que a legenda é independente, mas colaborativa com as pautas do Brasil. "Temos dever de fiscalizar, e estamos fazendo isso com presença marcante na CPI da Covid", disse.

Rossi elogiou o ex-presidente Michel Temer, outro participante, pela produção da carta à nação assinada pelo presidente Jair Bolsonaro. O documento selou a aparente trégua do Planalto nos ataques ao Judiciário. "Temer fez um gesto de pacificação do país muito comentado e comemorado por todos. Temos nesse momento problemas reais que precisamos enfrentar. Presidente Michel, parabéns por sua atuação", declarou.

O presidente do MDB também voltou a criticar os aspectos antidemocráticos nas manifestações de 7 de setembro e reafirmou o compromisso da sigla com a democracia brasileira.

"Respeito à democracia e às instituições deve ser algo inerente no nosso dia a dia", acrescentou, sobre o tema, o presidente do DEM, ACM Neto, que também integrava o painel.

Sem citar nenhum dos três Poderes, o ex-presidente Michel Temer afirmou, nessa quarta-feira (15), que as instituições brasileiras "saem do seu quadrado constitucional" com muita frequência.

"Eu percebo, com muita frequência, que as instituições saem do seu quadrado constitucional. Eu chamo de quadrado constitucional as competências e as funções que foram dadas pela soberania popular", afirmou Temer em painel do ciclo de debates virtuais 'Um Novo Rumo para o Brasil', organizado por quatro partidos políticos - MDB, PSDB, DEM e Cidadania.

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Autor da "carta à nação" assinada pelo presidente Jair Bolsonaro, que selou a "trégua" entre o Executivo e o Judiciário, Temer ainda voltou a clamar pela harmonia entre os poderes no Brasil. Segundo o ex-presidente, a paz é um princípio constitucional que deve ser respeitado. "Basta que nós ajamos no sentido de pacificar o País, de fazer relacionamento entre poderes, dar ao povo esta visão de que todos estamos todos trabalhando pela paz interna", seguiu. "Isso faria muito bem como está fazendo muito bem essa iniciativa", acrescentou Temer, sobre a rodada de debates.

Bolsonaro costuma acusar ministros do STF de extrapolar seus limites constitucionais quando tomam decisões contrárias ao governo ou aos seus apoiadores mais próximos.

Enquanto grupos políticos tentam dirimir divergências em nome de uma frente contra o presidente Jair Bolsonaro, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, presidente de honra do PSDB, ressaltou, nessa quarta-feira (15), a necessidade de uma união pela liberdade e pela democracia.

"Não dá para negar o fato de que o presidente Bolsonaro tem arroubos que não são condizentes com futuro democrático. Ele não vai conseguir, nem creio que tenha objetivo de consegui-lo, mas cabe a nós, que temos experiência histórica, reavivar na memória de todos os brasileiros a necessidade de estarmos juntos em defesa da liberdade e pela democracia", disse FHC em painel do ciclo de debates virtuais 'Um Novo Rumo para o Brasil', organizado por quatro partidos políticos - MDB, PSDB, DEM e Cidadania. "É chegada a hora de um toque de alerta", acrescentou.

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Além de FHC, participaram da plenária os ex-presidentes Michel Temer e José Sarney, além do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Nelson Jobim e os presidentes dos quatro partidos organizadores: Baleia Rossi, do MDB; Bruno Araújo, do PSDB; ACM Neto, do DEM; e Roberto Freire, do Cidadania.

O tucano afirmou ainda que a estabilidade nunca está garantida, mas ponderou que a situação do País é de "relativa tranquilidade, apesar de tudo". "Apesar de que as vezes sentimos certa intranquilidade, o fato de pertencermos a partidos diferentes e estarmos juntos é importante. Mostra que há clima para isso", declarou FHC. "O significado do nosso encontro é importante para o momento atual do Brasil."

Prestes a ser oficializada, a fusão entre DEM e PSL vai criar uma megapotência partidária. A nova legenda deve nascer com 81 deputados federais e conquistar o posto de maior bancada na Câmara, com força para decidir votações importantes e ter peso significativo num eventual processo de impeachment de Jair Bolsonaro. Será a primeira vez em vinte anos que a direita reunirá tantos parlamentares em uma única agremiação. A última vez foi no segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso, quando o PFL (atual DEM) elegeu 105 representantes.

Caso a nova sigla seja concretizada, vai desbancar o PT, que desde 2010 elege as maiores bancadas na Câmara. Em 2018, foram 54. Mesmo que 25 parlamentares bolsonaristas deixem o novo partido, como esperado, a sigla que será criada seguirá com o maior número de deputados.

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A ideia de dirigentes de PSL e DEM é usar a megaestrutura que está sendo formada para atrair uma candidatura à Presidência em 2022 capaz de rivalizar com Bolsonaro e com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Além de maior partido da Câmara, a nova legenda deve controlar três Estados, favorecendo a formação de palanques regionais nas disputas eleitorais. Hoje, o PSL governa Tocantins, com Mauro Carlesse, e o DEM administra Goiás, com Ronaldo Caiado, e Mato Grosso, com Mauro Mendes.

O novo partido também deve ser o mais rico de todos. Terá perto de R$ 158 milhões por ano de Fundo Partidário, dinheiro público que abastece as legendas para gastos que vão de manutenção de sede, pagamento de salários, aluguel de jatinhos, entre outros. Em comparação, o PT ganhará R$ 94 milhões dessa verba pública neste ano.

A sigla que pode sair da fusão DEM-PSL receberá ainda, no que ano vem, a maior fatia do fundo eleitoral, cujo valor ainda deve ser fixado pelo Congresso. Se considerada a soma dos valores de 2020, o novo partido teria R$ 478,2 milhões, à frente do PT, que ficou com R$ 295,7 milhões somando as duas fontes de dinheiro público.

Do lado do DEM, a união é vantajosa justamente por causa do aumento de recursos públicos. Para o PSL, os principais atrativos para a fusão são a capilaridade regional e estrutura que a outra sigla pode oferecer.

O partido resultante da fusão reuniria ainda 554 prefeitos, 130 deputados estaduais e 5.546 vereadores, segundo o número de eleitos nas últimas eleições. No Senado, a alteração não seria significativa, pois o PSL acrescentaria apenas mais uma parlamentar - a senadora Soraya Thronicke (MS) - à bancada de seis senadores do DEM.

Dentro do PSL a união já é dada como certa e esperam anunciá-la em 21 de setembro. Mas a possibilidade de fusão desagrada a uma parte do DEM.

Resistências

Na primeira demonstração de união, os dois partidos divulgaram nota com críticas a Bolsonaro após as ameaças ao Supremo Tribunal Federal (STF) nos atos de 7 de Setembro. DEM e PSL afirmaram que repudiam "com veemência" o discurso de Bolsonaro "ao insurgir-se contra as instituições de nosso País".

O texto gerou insatisfação em parte do DEM. O ministro do Trabalho, Onyx Lorenzoni, que é deputado licenciado pelo DEM do Rio Grande do Sul, afirmou que a nota não o representa. Disse ainda que a nova legenda "talvez nasça grande", mas, "se não mudar o comportamento, será um partido nanico".

O Estadão apurou que há também conflitos no DEM do Rio. Lá, o deputado Sóstenes Cavalcante, aliado de Bolsonaro, comanda provisoriamente o diretório estadual. Trabalha para ficar com o cargo permanente.

O DEM fez uma intervenção no Estado para retirar o ex-prefeito e vereador Cesar Maia da presidência estadual. A medida ocorreu após a saída do ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia, filho de Cesar, da legenda. Se for concretizada a fusão, o controle do diretório do Rio ficará com um nome do PSL.

Em Pernambuco, o ex-ministro da Educação e presidente do DEM no Estado, Mendonça Filho (DEM), também resiste. "A minha preocupação é com a governança, como o partido vai se estabelecer, de que forma vai harmonizar os interesses regionais, nomes históricos do partido em posições regionais."

Negociações. Detalhes como nome e número da nova sigla não estão definidos. A operação tem como principais articuladores o atual presidente do PSL, Luciano Bivar, o vice-presidente do PSL, Antonio Rueda, e o presidente do DEM, ACM Neto. Bivar deve ser o presidente do novo partido, Rueda deve ficar com a vice-presidência e Neto, com a secretaria-geral.

Apesar das resistências no DEM, a fusão tem o apoio de Neto e do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta. O ex-ministro tem articulado a sua pré-candidatura ao Planalto. Pelo lado do PSL, o pré-candidato é o apresentador José Luiz Datena. Outro citado como opção para 2022 é o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) - ele é cobiçado pelo PSD e pode acabar saindo do DEM.

Resultante da articulação do deputado estadual Antonio Coelho (DEM), o vice-prefeito João Marreca Filho, do município de Barreiros, está de malas prontas para o Democratas. A ficha filiação foi assinada, nesta segunda-feira (13), durante visita do líder da Oposição à cidade da Mata Sul pernambucana, onde também se reuniu com o prefeito Carlinhos da Pedreira (PP). Ainda no encontro, o gestor municipal não só confirmou presença no ato de filiação do prefeito Miguel Coelho ao DEM, marcado para o próximo dia 25, como deixou clara sua insatisfação com o governo estadual e reforçou sua aposta no caminho da mudança.

Celebrando mais essa conquista para o Democratas, Antonio Coelho destacou que a chegada do vice-prefeito João Marreca Filho ao partido, apoiada pelo prefeito Carlinhos da Pedreira, representa mais um gesto do quão descontentes estão os gestores pernambucanos com o rumo tomado pelo Estado nos últimos anos.

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“Esse é mais um sinal que reforça essa insatisfação. O prefeito sabe das dificuldades que vem enfrentando com o governo do PSB e nos manifestou sua disposição e do seu grupo em seguir ao lado da mudança, caminhando em busca de novos ares para todo o Pernambuco”, destacou o parlamentar.

ASSENTAMENTO XIMENES 

Ainda em Barreiros, a semana também começou com boas notícias para famílias do Assentamento Ximenes, onde foram anunciados investimentos, que ultrapassam a marca de R$ 1 milhão.

“É com alegria que participo de momentos como esse, no qual anunciamos junto com o Incra a construção de casas para o assentamento. Uma iniciativa que está trazendo dignidade às famílias, submetidas a condições de sobrevivência indigna. E, finalmente, vão ter uma casa para chamar de sua”, ressaltou o parlamentar. O deputado assinalou, ainda, a importância de avançar também na concessão de outros benefícios, na liberação de créditos, a fim de que se possa dar um novo impulso na agricultura familiar dentro do assentamento Ximenes.

O superintendente do Incra em Pernambuco, Thiago Angelus, destacou que a missão do órgão é levar desenvolvimento para as áreas de assentamento, escutar as demandas e debater a melhoria da vida das famílias assentadas. “Chegamos felizes nesta primeira visita, porque já chegamos mostrando ação. Vendo casas prontas, outras moradias em construção, e contratos novos sendo assinados”, comemorou.

*Da assessoria 

 

Depois de 40 anos de amizade, a morte da esposa em decorrência da Covid-19 fez com que o ex-deputado Alberto Fraga bloqueasse Jair Bolsonaro do WhatsApp. Ele diz não compreender “essa falta de sensibilidade” do presidente

Após 40 anos de amizade com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o ex-deputado Alberto Fraga (DEM-DF) declarou ter se afastado do mandatário depois da morte prematura da esposa, Mirta, em decorrência de complicações ocasionadas pela Covid-19.

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Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Fraga disse que chegou a bloquear Bolsonaro no aplicativo de mensagens WhatsApp e que não consegue compreender “essa falta de sensibilidade do presidente com relação à morte das pessoas”.

O ex-aliado conheceu o chefe do Executivo em 1980, durante a Escola de Educação Física do Exército no Rio de Janeiro (RJ). Nos anos que sucederam, continuaram juntos quando foram deputados e, posteriormente, se encontravam com frequência no Palácio da Alvorada (DF).

Durante a pandemia, no entanto, Fraga e a esposa pegaram o novo coronavírus. “Ela teve pneumonia viral. Ficou 73 dias internada e veio a óbito em virtude do pulmão não ter se recuperado. O sentimento mais comum de todos nós que passamos uma situação dessa é que gostaríamos de ter tido a vacina o mais rápido possível”. Para ele, “enquanto se disputava politicamente quem era ‘o pai da criança’, a população ficou sem vacina”.

Coronel da reserva da PM do Distrito Federal e expoente da chamada “bancada da bala” durante o mandato na Câmara, o ex-parlamentar acusa Jair Bolsonaro de ter “politizado” a vacina. Segundo suas declarações, quando o presidente percebeu que havia necessidade de imunizantes contra a doença, “não quis dar o braço a torcer porque o mérito ficaria para o Doria [governador de São Paulo]”.

Na entrevista, Fraga disse ainda que esse era um dos principais pontos de inflexão com o ex-aliado, já que sempre considerou a vacina importante. “Eu disse algumas vezes que a economia se recuperava. As vidas não. Isso fez com que, em diversas situações, eu fosse me decepcionando com algumas posturas”.

Questionado se o rompimento era definitivo, o político disse que se afastou para não estragar a amizade. "Em hipótese alguma eu posso culpar o presidente pela morte da minha mulher. Nunca insinuei isso, mas achei por bem me afastar, não romper. Sempre fui amigo do Jair Messias Bolsonaro. Nunca fui amigo do presidente", afirmou.

Fraga relembrou também a morte do senador Major Olimpio, em março deste ano, que também foi vítima da Covid-19. Segundo o ex-parlamentar, a ausência de manifestação pública de Bolsonaro já mostrava sua "insensibilidade". “Deus foi tão bondoso com ele que ele não teve nenhuma perda. Os que tiveram têm uma visão diferenciada dessa questão”.

“Tem um general aí que está mais para puxar saco do que para ser conselheiro de governo”

Sobre o time de ministros e aliados que cercam o presidente, Fraga ressaltou que “Bolsonaro escolheu muito mal seus conselheiros”. Segundo ele, “tem um general aí que está mais para puxar saco do que para ser conselheiro de governo”, se referindo ao general Luiz Eduardo Ramos, atual ministro da Secretaria-Geral da Presidência. Na avaliação do ex-deputado, a atuação de Ramos agrada o presidente pois o mesmo “não gosta de ser contrariado”.

No que se relaciona às manifestações do dia 7 de setembro, Fraga avaliou que o chefe do Executivo nacional “exagerou na dose”, pronunciando “coisas que era impossível de realizar”, a exemplo do pedido para que o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) retirasse o ministro Alexandre de Moraes do cargo que ocupa. Ele também sugeriu que “não existe a menor chance de as polícias se insurgirem”, e completou declarando que o impeachment só seria possível caso houvesse “algum tipo de esgarçamento na relação entre Centrão e Bolsonaro”.

 

 

De saída do PSDB, o ex-governador Geraldo Alckmin recebeu na semana passada uma ligação do presidente nacional do DEM, ACM Neto, pedindo que ele espere o resultado de uma possível fusão do partido com o PSL antes de decidir sua futura filiação. Alckmin trabalha para ser candidato novamente ao Palácio dos Bandeirantes no ano que vem e vinha negociando a entrada no PSD de Gilberto Kassab.

Depois de ensaiar uma aproximação com o MDB, o PSL reavaliou sua estratégia e avançou nas tratativas para fazer uma fusão com o DEM com o propósito de criar um "super partido" para disputar as eleições de 2022. Liderado pelo deputado Luciano Bivar (PE), o PSL deixou de ser nanico e alcançou a segunda maior bancada da Câmara em 2018 (52 deputados federais) na esteira da eleição do presidente Jair Bolsonaro em 2018 - Bivar depois rompeu com o chefe do Executivo.

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Conforme noticiou o Estadão, já em outubro de 2019 a cúpula do DEM articulava com o grupo político ligado a Bivar uma possível fusão entre os dois partidos. Segundo aliados, após a conversa com ACM Neto, Alckmin ficou animado com a proposta, mas quer antes o aval de Kassab. "A criação desse novo partido deve ser considerada uma opção, mas isso não significa que vamos nos distanciar do PSD e do PSB", disse o ex-deputado Floriano Pesaro, um dos coordenadores políticos do ex-governador. Essa operação, porém, exigiria um expurgo da ala que hoje comanda o DEM paulista e é ligada ao governador João Doria (PSDB), que vai apoiar seu vice, Rodrigo Garcia (PSDB), para o governo.

A avaliação reservada de integrantes do DEM e do PSL é que a união beneficiaria a ambos: o PSL tem dinheiro e tempo de TV, mas não conta com quadros fortes para eleger uma bancada do mesmo tamanho no ano que vem, enquanto o DEM tem puxadores de voto e uma estrutura forte nos Estados, mas poucos recursos em caixa. A fusão ainda enfrenta resistências no DEM. Procurado, ACM Neto não quis se manifestar.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

“Alto lá”: o ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni, publicou vídeo nesta quarta-feira (8) afirmando que a nota em repúdio ao discurso do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no 7 de Setembro, emitida pelo Democratas, não representa a opinião dos filiados. Veterano na sigla e aliado do presidente, o ministro diz ter sido surpreendido e fala que outros democratas não foram consultados. "A nota diz que repudia veementemente a fala do presidente da República. Alto lá: qual filiado do DEM foi consultado a respeito do teor dessa nota?", questionou Lorenzoni.

“Esta nota não me representa e eu a repudio em nome de milhões de brasileiros que querem um Brasil democrático, livre, em que todas as instituições representam verdadeiramente o pensamento da sociedade brasileira. Vamos ficar do lado de quem? Da bolha, da velha política ou do novo caminho de liberdade e de democracia do Brasil? Eu já escolhi o meu. Espero que os senhores, presidentes do DEM e do PSL, tenham essa consciência”, continuou o também parlamentar.

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O DEM assinou, junto ao PSL, uma nota de repúdio ainda na terça-feira (7), durante a repercussão das manifestações do Dia da Independência. As legendas afirmam que Bolsonaro insurgiu contra as instituições STF e TSE. “Repudiamos com veemência o discurso do senhor presidente da República ao insurgir-se contra as instituições de nosso país. Hoje se torna imperativo darmos um basta nas tensões políticas, nos ódios, conflitos e desentendimentos que colocam em xeque a Democracia brasileira e nos impedem de darmos respostas efetivas aos milhões de pais e mães de família”, escreveram as siglas no manifesto conjunto.

O PSL é o partido pelo qual Bolsonaro foi eleito em 2018 e desde então, ganhou expressividade no Congresso Nacional. Em 2019, o presidente deixou o PSL por conflitos de interesse e tensão com os dirigentes.

Entre posicionamentos progressistas ou conservadores, o uso do capital político familiar é uma prática oligárquica persistente em Pernambuco, que abrange, sobretudo, os poderes Legislativo e Executivo. Às vésperas do processo eleitoral de 2022, os herdeiros políticos de direita e centro-direita seguem a toada e começam sinalizar quais nomes estarão na disputa pelo governo do Estado.

O LeiaJá reúne, a seguir, um apurado sobre as principais famílias conservadoras pernambucanas e como elas estão se movimentando nos meses que antecedem o pleito governamental.

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A expansão da família Ferreira

A candidatura do atual prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira (PL), tem se apresentado como uma certeza entre os conservadores. Em visita ao Agreste pernambucano no último domingo (22), ele chegou a ser chamado de “futuro governador” por aliados.

Reeleito ainda no primeiro turno, Anderson reforçou sua posição contrária ao PSB ao declarar apoio à Marília Arraes (PT) na disputa pelo segundo turno da capital pernambucana. O político, que comanda uma das principais cidades da Região Metropolitana (RMR), também tem afirmado publicamente que as pessoas foram “abandonadas” pela atual gestão do governo, liderada por Paulo Câmara (PSB).

Sob a forte influência do patriarca Manoel Ferreira (PSC), que está em seu oitavo mandato como deputado estadual, o clã dos Ferreira conseguiu se infiltrar em diversas estruturas políticas do Estado. Entre as conquistas da família, que costuma contar com o apoio do universo evangélico, está a cadeira na Câmara dos Deputados, ocupada por André Ferreira (PSC), irmão gêmeo de Anderson.

No Recife, o poder se expandiu também para Câmara Municipal: Fred Ferreira (PSC), cunhado dos herdeiros políticos, cumpre seu segundo mandato como vereador.

O legado dos Coelho

A história política que já passou por quatro gerações, hoje desemboca no nome de Miguel Coelho (DEM), atual prefeito de Petrolina, cidade do Sertão pernambucano. Recém-chegado no Democratas, partido que já conta com os nomes de seus irmãos, Fernando Filho, deputado federal, e Antônio Coelho, deputado estadual, Miguel é apontado como um dos principais nomes da disputa pelo governo estadual.

O titular da oligarquia é Fernando Bezerra Coelho (MDB), atual senador por Pernambuco e pai de Miguel, Fernando e Antônio. FBC viu a força política familiar se originar em Clementino Coelho, seu pai, também conhecido como Coronel Quelê, e Dona Josefa, a matriarca que, posteriormente, tornou-se uma notável articuladora da dinastia na Região do São Francisco.

Embora Bezerra Coelho atue como o líder do governo federal no Senado, o político tem agido de maneira mais discreta nas últimas semanas. No início de agosto, por exemplo, ele se mostrou contrário ao desfile de militares em conjunto com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) realizado na Praça dos Três Poderes, em Brasília (DF). Além disso, o deputado Fernando Filho votou contra a PEC do voto impresso, tornando o cenário de possível apoio dos setores bolsonaristas ao nome de Miguel Coelho ainda mais incerto.

Casal Collins: o conservadorismo ao lado do PSB

Atual aliado da Frente Popular de Pernambuco, de Paulo Câmara (PSB), Cleiton Collins (PP), ou Pastor Cleiton Collins, como prefere se apresentar, deu o pontapé inicial na carreira política em 2014, quando foi eleito deputado estadual pela primeira vez. Atualmente, cumpre o quarto mandato consecutivo na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).

Cleiton Collins é pastor da Assembleia de Deus, Ministério Madureira, e se auto intitula “defensor da família”. Ademais, fundou, em 2003, a Organização Não Governamental (ONG) Saravida, com o objetivo de atuar na recuperação de dependentes químicos. O combate às drogas através da religião, inclusive, é uma das principais bandeiras defendidas pelo político, que também tem envolvimento com pautas relativas à educação, criança e juventude, pessoas com deficiência e do consumidor.

Bolsonarista e antipetista, Collins foi à Brasília (DF) no início de agosto, para protestar a favor da PEC do voto impresso, posteriormente derrotada na Câmara.

Embora ainda “pequeno”, o espólio dos Collins é considerado influente entre as denominações evangélicas pernambucanas. Em 2016, a missionária da Assembleia de Deus e esposa do pastor, Michele Collins (PP), foi a vereadora mais votada no Recife, com mais de 15 mil votos.

Defensora de pautas consideradas ultraconservadoras, Michele foi reeleita em 2020, com 6.823 votos, o menor número do partido. Especula-se que o casal se mantenha sob as asas do PSB nas eleições de 2022, visto que ambos declararam apoio integral ao PSB no processo eleitoral que levou João Campos (PSB) à Prefeitura do Recife, no ano passado.

Família Tércio mira alargamento do poder

A líder do PSC na Alepe, Clarissa Tércio, figura como a principal voz do clã Tércio em Pernambuco. Em seu segundo mandato como deputada estadual, a “estreante” na política é uma das personalidades conservadoras mais alinhadas às decisões do atual presidente Jair Bolsonaro (sem partido), sendo cotada, inclusive, para se lançar candidata ao governo do Estado em 2022.

Filha do pastor Francisco Tércio, que é presidente da Igreja Assembleia de Deus, Ministério Novas de Paz, Clarissa se envolve, de maneira frequente, em polêmicas ligadas ao discurso fundamentalista que propaga. Em maio, ela chegou a denunciar uma escola municipal que, de acordo com ela, estaria praticando “doutrinação de gênero”.

O episódio gerou mal estar com a Secretaria de Educação e Esportes (SEE), que defendeu a formação “cidadã, ética, inclusiva e plural” praticada nas unidades de ensino. Durante a pandemia, a parlamentar também fez publicações negacionistas sobre o novo coronavírus nas redes sociais, além de defender o tratamento com o uso medicamentos comprovadamente ineficazes contra a doença.

Em 2020, Clarissa conseguiu expandir a atuação da família para a Câmara Municipal, através do mandato do marido, o pastor Júnior Tércio (Podemos). Também “defensor da família”, o pastor e agora vereador, é vice-presidente do Ministério Novas de Paz, além de radialista na rádio evangélica Novas de Paz. O casal é considerado um dos principais expoentes do bolsonarismo em Pernambuco.

Os Lyra e o patrimônio político nas mãos de Raquel

Atual prefeita de Caruaru, cidade do Agreste pernambucano, Raquel Lyra (PSDB) é a primeira mulher a ocupar o cargo. Apesar do ótimo desempenho nas urnas, Lyra, que foi reeleita com 66% dos votos e é presidenta estadual do partido, ainda não confirmou a participação na disputa pelo lugar no Palácio do Campo das Princesas. Nos bastidores, contudo, seu nome é citado com frequência.

Raquel é a terceira geração do grupo de políticos da família Lyra, que construiu o legado na Princesinha do Agreste a partir da iniciativa de João Lyra Filho. O mascate e caminhoneiro estacionou o veículo em Caruaru e começou a erguer o futuro político que culminaria em dois mandatos como prefeito da cidade. Os herdeiros seguiram os mesmos passos: João Lyra Neto (PSDB), pai de Raquel, chegou a ser governador do Estado, e Fernando Lyra, ex-ministro da Justiça, além de ex-deputado federal.

Oposição ao governo do PSB, Raquel Lyra declarou, no início de agosto, que ainda não é “momento” para falar sobre a possível candidatura. Segundo ela, ainda é preciso fazer um “diagnóstico” em relação à situação do Estado. “Estamos discutindo com outros partidos a montagem desse amplo diagnóstico e vamos fazer avaliações, ouvir a população e especialistas para que a gente possa fazer uma leitura do nosso Estado para entender quais são os principais caminhos e apontá-los para o futuro”, projetou.

 

 

O prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, vai se filiar ao Democratas em ato marcado para o dia 25 de setembro, no Recife, oficializando sua pré-candidatura ao governo de Pernambuco. Miguel aceitou o convite do presidente estadual do DEM, Mendonça Filho, em encontro realizado em Brasília, nesta quarta-feira (25), com a participação do presidente nacional do DEM, ACM Neto. A filiação Miguel Coelho é um passo importante para o fortalecimento do DEM em Pernambuco, com o ingresso de prefeitos, vereadores e lideranças políticas. Com isso, o partido se consolida para liderar um novo ciclo político no Estado, a partir das eleições de 2022. “Miguel é um político e gestor jovem, talentoso e vem somar aos quadros do Democratas. É uma excelente opção para liderar um projeto de mudança em Pernambuco e tirar o estado da estagnação econômica e do domínio das forças do PSB e do PT”, afirmou Mendonça.

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O prefeito Miguel Coelho afirmou que encontra no Democratas o ambiente e as condições para debater o futuro político de Pernambuco. “Estou à disposição do partido para contribuir para o regaste do protagonismo do Estado e para a construção de um novo tempo para Pernambuco. Há um sentimento de fadiga com as forças políticas que governam o Estado e um claro desejo de renovação”, afirmou. Miguel Coelho coloca-se como pré-candidato e defende a unidade das forças de oposição, através do diálogo e da convergência de ideias, para apresentar um projeto de mudança, que inspire e devolva a esperança ao povo de Pernambuco.

Mendonça Filho reforçou a defesa da unidade das forças de oposição. “Defendo a unidade e entendo que o momento agora é de colocação de pré-candidaturas para o debate aberto com a sociedade”, afirmou Mendonça, destacando que respeita as pré-candidaturas do prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira, e da prefeita de Caruaru, Raquel Lyra. Segundo Mendonça, a oposição tem bons quadros, com experiência, trabalho e tem condição de construir a unidade a partir de um projeto para Pernambuco.

Mendonça destacou que o Democratas tem quadros qualificados como a deputada estadual e presidente do Democratas no Recife, Priscila Krause, que tem muito como contribuir para esse debate. “Priscila tem um excelente trabalho e é uma força grande no Recife e Região Metropolitana”, destacou. Segundo Mendonça, com o fim das coligações, com a indicação de que o Senado manterá as regras atuais, a formação de chapa para a Câmara dos Federal e Assembléia Legislativa será fundamental para o fortalecimento de qualquer partido

“Hoje nós temos três deputados estaduais – Priscila Krause, Antônio Coelho e Gustavo Gouveia.  Vamos montar chapa para reeleger os atuais deputados estaduais e ampliar a bancada na Assembleia e aumentar a representação na Câmara Federal com a reeleição de Fernando, a minha eleição e a de outros federais pelo Democratas”, afirmou Mendonça. A filiação do prefeito de Petrolina será com a presença do presidente nacional do Democratas, ACM Neto.

*Da assessoria

 

De passagem pela cidade de Canhotinho, localizada no Agreste pernambucano, o prefeito do Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira (PL), voltou a reforçar o interesse em assumir o governo do Estado em 2022. Anderson esteve na Festa do Agricultor, nesse domingo (22), e foi recebido por aliados políticos, chegando a ser chamado de “futuro governador” em diversos momentos do encontro.

O convite para que participasse do evento partiu da prefeita do município, Sandra Paes (DEM). Segundo ela, o político foi até a festa como “prefeito de Jaboatão”, mas voltará a Canhotinho como “amigo e governador de Pernambuco”.

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Seguindo a mesma tendência, o deputado Álvaro Porto (PTD), oposição ao PSB na Assembleia Legislativa de Pernambuco, aproveitou a ocasião para reforçar o apoio a quem chamou de “futuro governador de Pernambuco”. Ele destacou o que chamou de perfil “jovem, determinado e experiente” de Anderson Ferreira, que “tem transformado Jaboatão em uma referência para o Estado”.

“O povo de Pernambuco espera um governador que seja firme, e não frouxo. Que tenha sensibilidade de identificar os problemas de cada região e a capacidade de resolvê-los. Vejo em Anderson Ferreira as melhores credenciais para comandar a oposição em Pernambuco. Tem carisma, é prefeito do segundo maior colégio eleitoral e preside o maior partido de oposição do Estado, o que garante a legenda, o tempo de TV e densidade eleitoral, já comprovada na sua trajetória política”, enfatizou Porto.

Em um palco montado na festa, Ferreira fez questão de agradecer aos elogios e destacou ainda o “belo trabalho” feito pelos aliados políticos. A liderança de Jaboatão acrescentou que, como prefeito, “sente na pele” as dificuldades vividas nos municípios, e que as pessoas foram ”abandonadas” pela atual gestão do governo. Ao final da fala, disparou: “A chave vai virar. Pernambuco precisa mudar”.

Na manhã deste sábado (21), durante uma visita à cidade de Eldorado (SP), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) falou aos jornalistas sobre o pedido de impeachment enviado ao Senado contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.  Segundo ele, a iniciativa não seria fruto de “revanche”.

“Não é revanche, cada um tem que saber o teu lugar. Só podemos viver em paz e harmonia se cada um respeitar o próximo e saber que tem um limite, e o limite é nossa Constituição”, declarou. Apesar disso, Bolsonaro citou o que classificou como “inquérito do fim do mundo”.

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“Eu fiz tudo dentro das quatro linhas da Constituição. Engraçado, quando eu entro com uma ação no Senado fundada no artigo 52 da Constituição, o mundo cai na minha cabeça. Quando uma pessoa, com um inquérito do fim do mundo, me bota lá, ninguém fala nada”, disse o mandatário, se referindo ao inquérito das fake news, no qual foi incluído por Moraes após fazer ataques infundados ao sistema eleitoral brasileiro.

No documento em que solicita a abertura do primeiro impeachment de um ministro da Corte, Bolsonaro ressaltou que o “Judiciário brasileiro, com fundamento nos princípios constitucionais, tem ocupado um verdadeiro espaço político no cotidiano do País” e, “justamente por isso, deve estar pronto para tolerar o escrutínio público e a crítica política, ainda que severa e dura”.

Após o pedido ser protocolado, nesta sexta-feira (20), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) se pronunciou. Ele afirmou que, da mesma forma em que não enxerga fundamentos para o impeachment do presidente da República, também não observa sustentação para a abertura de processo contra Alexandre de Moraes.

"Mas eu terei muito critério nisso, e sinceramente não antevejo fundamentos técnicos, jurídicos e políticos para impeachment de ministro do Supremo, como também não antevejo em relação a impeachment de presidente da República. O impeachment é algo grave, algo excepcional, de exceção, e que não pode ser banalizado. Mas cumprirei o meu dever de, no momento certo, fazer as decisões que cabem ao presidente do Senado", enfatizou Pacheco.

O governador de São Paulo (SP), João Doria (PSDB), anunciou, na manhã desta quinta-feira (19), a nomeação do deputado federal Rodrigo Maia (sem partido) para o cargo de secretário de Projetos e Ações Estratégicas do Estado. A publicação no Diário Oficial deverá ocorrer ainda nesta semana.

Na prática, o cargo entregue ao ex-presidente da Câmara dos Deputados é responsável por cobrar celeridade nos projetos de desestatização, acelerando as parcerias público-privadas e as concessões já em andamento. Em nota, Doria elogiou a trajetória política de Maia.

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“A experiência do Rodrigo Maia à frente da Câmara fortaleceu nele a capacidade de dialogar com governos, sociedade civil e setor produtivo, com eficiência e credibilidade", disse. Para o governador, “todas as reformas que passaram sob sua liderança [de Rodrigo Maia] só foram possíveis por causa do diálogo, do senso de urgência e do olhar estratégico de quem sabe o que é verdadeiramente importante para o país”.

Rodrigo Maia tem 51 anos e exerce o sexto mandato como deputado federal pelo Rio de Janeiro (RJ), foi presidente da Câmara entre julho de 2016 e fevereiro de 2021, quando foi sucedido por Arthur Lira (PP-AL). Entre os projetos aprovados durante sua gestão, estão a reforma da previdência, reforma trabalhista, a lei da terceirização e o novo ensino médio.

Maia trabalhou também como secretário da Prefeitura do Rio de 1997 a 1998. Ele foi expulso do DEM em junho deste ano, após discordância com o presidente do partido, ACM Neto, que apoiou a campanha de Arthur Lira para a presidência da Câmara.

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 no Senado recomeça os trabalhos nesta terça-feira (3), após duas semanas de recesso parlamentar. Durante o período, os senadores dividiram-se em núcleos e avançaram nas investigações a partir da análise de documentos entregues à CPI. O retorno dos depoimentos presenciais deverá ser marcado pelas denúncias de desvios de recursos públicos na que envolvem negociações para a compra de imunizantes durante a pandemia.

Com o início dos trabalhos em abril de 2021, a comissão instaurada para investigar as ações e omissões do governo na pandemia, bem como os repasses federais aos estados, ouviu, até agora, ex-ministros, membros da equipe do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), personalidades envolvidas em teorias negacionistas e pessoas ligadas às ofertas suspeitas de vacinas para o Ministério da Saúde. As desconfianças de superfaturamento e pedido de propina nas negociações resultaram em desgaste para o chefe do Executivo, cuja aprovação está em queda.

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A CPI já conseguiu prorrogar seu funcionamento até o dia 5 de novembro.

No texto a seguir, o LeiaJá relembra os avanços da comissão e mostra as principais linhas de investigações seguidas pelos senadores.

Longe do fim

Nesta segunda etapa, a ideia da cúpula da comissão é concentrar os primeiros esforços nos casos de suposto superfaturamento da vacina indiana Covaxin, além do esquema de propinas envolvendo a empresa norte-americana Davati Medical Group. Dessa forma, será possível ganhar tempo hábil para, nas próximas semanas, mobilizar as atenções às novas frentes de investigação.

O caso envolvendo o reverendo Amilton Gomes de Paula, depoente desta terça-feira (3), por exemplo, terá centralidade. Fundador da ONG Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários (Senah), de Paula foi convocado para explicar a participação da ONG na negociação feita por Luiz Paulo Dominguetti, o policial militar que ofereceu 400 milhões de doses da AstraZeneca sem autorização do laboratório sem origem comprovada.

A ponte entre o Ministério da Saúde e Dominguetti, que dizia representar a empresa Davati, foi feita pela Senah. Ademais, uma reportagem da Folha mostrou também que a organização não governamental autorizada pelo Ministério a negociar a compras de vacinas para o Brasil, fazia tratativas com uma outra empresa norte-americana, a International Covid Solutions Corp, que não conseguiu comprovar como disponibilizaria os imunizantes.

Segundo o jornal Folha de São Paulo, que teve acesso a troca de mensagens, a Senah intercedeu em nome do governo brasileiro para negociar com essa empresa a compra de vacinas da Pfizer e da AstraZeneca, além de luvas e seringas. A AstraZeneca nega que negocie venda para empresas privadas.

Novas frentes?

Entre os novos alvos da CPI, segundo a Folha, estão as suspeitas de corrupção nos hospitais federais do Rio de Janeiro (RJ), além de negócios da empresa VTCLog com o Ministério da Saúde. A linha de investigação sobre as unidades hospitalares está sob a responsabilidade do senador Humberto Costa (PT-PE), que na próxima semana deve apresentar nomes a serem convocados para as oitivas.

A Folha apontou o nome de Marcelo Lambert, superintendente do escritório da Saúde no Rio supostamente indicado por Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), como um possível primeiro nome a ser chamado.

Quanto aos contratos suspeitos da VCTLog com o Ministério, devem ser investigados a partir do depoimento da presidente da empresa, Andreia Lima. A quebra de sigilo telefônico de Roberto Dias, ex-diretor de logística da pasta, demonstrou inúmeros contatos com a VTC, o que reforça as desconfianças de irregularidades em licitações milionárias vencidas pela empresa.

As notícias falsas na berlinda da CPI

O compartilhamento massivo de notícias falsas também deve ganhar espaço na comissão. Conforme reportagem do jornal O Globo, a missão da CPI é identificar agentes públicos que difundiram as chamadas “fake news” durante a pandemia. Na lista em posse dos senadores, estão 26 parlamentares cujas postagens em redes sociais contém “conteúdos de desinformação”.

No entanto, o relator da comissão, Renan Calheiros (MDB-AL), avalia que “depoimentos nesse caso não serão necessários”. Segundo O Globo, Calheiros considera os próprios posts como provas contundentes que serão anexadas ao relatório final das investigações.

A CPI deve abrir uma outra linha de investigação para apurar também a participação direta do governo, via Secretaria de Comunicação (Secom), no financiamento e estímulo à propagação de desinformação sobre a Covid-19. O raciocínio a ser seguido, nesse caso, seria a quebra de sigilo fiscal da agência Artplan, contratada pela Secom.

Existem suspeitas de que o contrato teria ligação com o financiamento de influenciadores digitais atuantes como “porta-vozes” de informações falsas. Apesar disso, até agora os dados mostram que a verba paga pelo governo federal à agência foi direcionada a duas empresas subsidiárias da Artplan. A CPI pretende, por esse motivo, pedir a quebra de sigilo das subsidiárias para descobrir quem recebeu a verba pública.

Outro veículo suspeito de servir como megafone de notícias falsas é a rádio Jovem Pan, que entrou na mira da CPI. Após Renan Calheiros sinalizar a possibilidade de solicitar a quebra de sigilo bancário do veículo, setores representantes da mídia comercial se pronunciaram. A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), por exemplo, emitiu nota de repúdio classificando a investida do senador como “uma afronta à liberdade de expressão”.

“O presidente não mandou investigar absolutamente nada”

Na quinta-feira (29), em entrevista ao canal MyNews, o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM) afirmou que a comissão já conseguiu provar três crimes cometidos pelo governo. Sendo: crime contra a vida, crime sanitário e crime de prevaricação. Com relação a eles, não seria preciso ouvir mais nenhuma testemunha.

Aziz explicou que o governo federal recebeu orientações de um gabinete paralelo e agiu deliberadamente para atrasar a compra de vacinas. A partir disso, houve a crença de que a imunidade poderia ser adquirida naturalmente pela população, o que aconteceria com o vírus circulando sem dificuldades no país. Isso motivou o governo a se posicionar contra medidas como o isolamento social e incentivar o uso de remédios sem eficácia comprovada.

O crime de prevaricação diz respeito ao aviso feito pelos irmãos Luis Cláudio Miranda, deputado federal pelo DEM-DF, e Luis Ricardo Miranda, servidor do Ministério da Saúde. Eles afirmam ter noticiado pessoalmente o presidente Bolsonaro sobre as suspeitas de irregularidades na compra da Covaxin.

O presidente, por sua vez, confirmou o encontro, mas disse ter passado o caso para o então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. No mês de julho, Jair Bolsonaro passou a ser investigado pela Polícia Federal sob suspeita de prevaricação.

Para Aziz, Bolsonaro cometeu o crime. “O presidente não mandou investigar absolutamente nada (...). Para quem joga pedra em todos, ele prevaricou”, enfatizou.

Além disso, o presidente da CPI disse que a comissão deve voltar a ouvir Pazuello, a diretora técnica da Precisa Medicamentos, Emanuela Medrades, os servidores da Saúde Luis Ricardo Miranda e William Santana, e o ex-secretário-executivo da pasta Élcio Franco. Informações sobre o contrato de compra da Covaxin passadas por eles nos depoimentos foram conflitantes.

O ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia (sem partido) se ofereceu para apoiar a articulação do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições presidenciais de 2022. A oferta teria acontecido durante uma conversa fechada no Palácio da Cidade, sede da Prefeitura do Rio de Janeiro, na última sexta-feira (11). A informação é da colunista Malu Gaspar, do Globo.

Também participaram da reunião o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), e a presidente do PT, Gleisi Hoffmann. Rodrigo Maia foi expulso do Democratas nessa segunda-feira (14), após conflitos de interesse com o presidente da sigla, ACM Neto. Dos vários partidos querendo recrutar o deputado federal, desponta o PSD, que também acolheu Paes no fim de maio deste ano.

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Segundo a coluna, na conversa de 20 minutos com Lula, Maia disse que poderia ajudar a fazer a interlocução de sua campanha com políticos e setores da sociedade que hoje rejeitam o PT, em razão do histórico de escândalos e problemas econômicos dos últimos anos de governo do partido. Também se ofereceu para organizar debates e discutir soluções para a crise provocada pela pandemia da Covid-19.

Aliados dizem que o ex-presidente considera o apoio estratégico para trazer o apoio de eleitores de centro, e vai trabalhar para incorporar Maia ao time. Especula-se, no entorno de Lula, que Maia deseja uma vaga de vice na chapa petista. Por enquanto, porém, não há discussões a respeito, uma vez que o presidente do PSD, Gilberto Kassab, defende publicamente a candidatura do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, para o Palácio do Planalto.

Lula, por sua vez, procura um empresário para compor a chapa. Seu preferido é Josué Alencar, dono da Coteminas e filho do ex-vice de Lula, José Alencar, morto em 2011. 

Depois da conversa a portas fechadas, Maia se juntou aos secretários de Paes para participar do almoço que o prefeito do Rio ofereceu a Lula e sua comitiva.  Não houve registro fotográfico e nem declarações públicas dos dois a respeito do encontro. Procurado, Maia também não comentou a conversa com Lula.

O ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia se manifestou em publicação no Twitter, após a executiva nacional do Democratas anunciar, nesta segunda-feira (14), que optou pela sua expulsão do quadro do partido.

"O DEM decidiu me expulsar de seus quadros. O presidente Torquemada Neto, usando o seu poder para tentar calar as merecidas críticas à sua gestão, tomou essa decisão. É lamentável o caminho imposto pelo Torquemada para o partido. Não só por isso, mas também pela sua deslealdade e falta de caráter, pedi a minha desfiliação. O partido diminuiu. Virou moeda de troca junto ao governo Bolsonaro. Agora é virar a página e juntar forças para um projeto de desenvolvimento do Brasil e em prol dos brasileiros", escreveu o deputado federal pelo Rio de Janeiro.

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Desde as eleições que renovaram a presidência da Câmara e do Senado, Maia tem aumentado o tom com relação ao presidente nacional do DEM, ACM Neto. Em sua mensagem, logo após o anúncio de sua expulsão, Maia compara Neto com Tomás de Torquemada, um inquisidor geral espanhol no século XV.

A executiva nacional do Democratas anunciou nesta segunda-feira, 14, que optou pela expulsão do ex-presidente da Câmara e deputado federal Rodrigo Maia (RJ). Em nota, o partido informou que, "após garantir o amplo direito de defesa ao parlamentar, os membros da Executiva apreciaram o voto da relatora, deputada Prof. Dorinha". "A comissão nacional, à unanimidade de votos, deliberou pelo cometimento de infração disciplinar, e consequente expulsão do deputado", comunica o texto.

Os atritos entre Maia e o partido, presidido pelo ex-prefeito de Salvador ACM Neto, cresceram desde que a sigla decidiu apoiar para a sucessão de Maia na presidência da Casa o indicado pelo Palácio do Planalto, Arthur Lira (PP-AL), no lugar de Baleia Rossi (MDB-SP). No mês passado, o deputado Arthur Maia (DEM-BA) havia indicado que a situação havia se tornado insustentável após fortes críticas de Maia ao dirigente da sigla. "Mesmo sendo expulso, Rodrigo Maia deverá perder o mandato, pois é óbvio que a agressão gratuita e grosseira contra o presidente do partido configura uma desfiliação indireta", declarou na ocasião Arthur Maia nas redes sociais.

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À época do pedido de desfiliação do partido, Maia se referiu a ACM Neto como "malandro baiano" e disse que "esse baixinho não tem caráter".

Considerando os meses recentes, Rodrigo Maia é a terceira autoridade a deixar o DEM: em maio, tanto o vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, quanto o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, anunciaram que se desligariam da sigla. Na sequência, Garcia anunciou a filiação ao PSDB, enquanto Paes foi para o PSD. (Colaboraram: Pedro Venceslau e Matheus de Souza)

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