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Pelo menos três vezes por semana nos últimos quatro anos, o americano Paul Rossen, 58 anos, faz plantão em frente ao edifício Trump Tower, na luxuosa Quinta Avenida, em Nova York. Aproveitando a movimentação em frente ao prédio, ele se posiciona estrategicamente diante da torre envidraçada, onde o presidente residia antes de se mudar para a Casa Branca, para vender buttons anti-Trump e destilar sua repulsa contra o governo do republicano.

"Aqui é o lugar perfeito para isso, pois 75% das pessoas chegam com raiva do Trump, e aí bum, elas compram", explica, com o sorriso de quem aprendeu a transformar a indignação em fonte de lucro. Rossen diz vender "dezenas" de buttons a cada dia, com designs que ele mesmo cria (como um que coloca a face alaranjada de Trump no corpo de um salgadinho Cheetos).

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Sua satisfação, porém, não vem apenas dos dólares que entram no seu bolso. Ele se diverte vendo dezenas de pedestres apontarem o dedo do meio em direção ao edifício, numa espécie de ritual catártico. "Acho terapêutico, antes da pandemia eu via umas cem pessoas por dia fazendo isso", estima o vendedor, apertando os olhos atrás de uma máscara preta com a frase "vote".

Na calçada oposta, a torre imponente de 68 andares - que também é a sede das Organizações Trump - se mantém como um símbolo do tempestuoso caso de amor não correspondido entre Trump e sua terra natal. E a animosidade só cresce. Em 2016, o candidato nova-iorquino recebeu apenas 9,8% dos votos em Manhattan, e ficou 22 pontos porcentuais atrás de Hillary Clinton na votação do Estado, com 36,8% dos votos.

Neste ano, as pesquisas sugerem crescimento na rejeição de Trump. Segundo o site FiveThirtyEight, que mede a média nacional de diferentes sondagens, Trump deve terminar a eleição quase 30 pontos atrás de Biden no Estado, com 32,9% votos, ante 62,3% do adversário. Em Manhattan, a repetição da derrota de lavada é tão previsível que os institutos de pesquisa nem perderam tempo calculando a diferença durante a campanha, mas Rossen não tem dúvida de que a reprovação a Trump vem se intensificando entre seus conterrâneos.

"Nova York odeia Trump porque o conhece melhor", opina Rossen, que alcançou as manchetes na campanha de 2016 ao aparecer ao fundo de uma transmissão ao vivo da CNN fantasiado de pênis e segurando um cartaz dizendo: "Fotos de graça com Trump."

O clima de crescente hostilidade contrasta com a histórica adoração que Trump sempre nutriu por Nova York. No livro The Art of the Deal (A Arte da Negociação), o presidente descreve sua obsessão em se tornar alguém em Manhattan. Nascido e criado no Queens, cresceu alimentando o sonho de ganhar fama no centro financeiro da cidade - e não apenas nos negócios.

Tanto que no início da carreira começou a espalhar fofocas para os colunistas, fazendo-se passar por seu próprio publicitário, sobre supostas celebridades com quem estaria flertando. "Acreditava, talvez em um nível até irracional, que Manhattan sempre seria o melhor lugar pra viver, o centro do mundo."

Se esse amor nunca foi recíproco, nos últimos quatro anos a relação de Trump com Nova York azedou de vez. Por isso, independentemente do resultado da eleição, o presidente não voltará a morar na Trump Tower.

Em novembro, ele anunciou mudança de domicílio eleitoral para Palm Beach, na Flórida, dizendo que estava sendo "muito maltratado" pelos líderes da cidade e do Estado. "Poucas pessoas foram tratadas pior", escreveu no Twitter. Por trás da retórica magoada, reportagem do New York Times revelou que a mudança era motivada por interesses fiscais, após a abertura de investigação em Nova York contra Trump por sonegação de impostos.

Em uma reação irônica, o prefeito de Nova York, Bill de Blasio, disse na época para Trump não esquecer de bater a porta quando saísse. A torcida de nova-iorquinos como Rossen é de que antes disso Trump saia, definitivamente, da Casa Branca. O vendedor seguia otimista nessa terça (3) com a vitória de Biden, mas também apreensivo com as tentativas de Trump de travar uma guerra judicial para contestar os resultados. "Se ele não trapacear, ele vai perder", previa. Pelo sim, pelo não, Rossen decidiu encurtar o expediente ontem em frente à Trump Tower para beber com amigos enquanto acompanhava as notícias da apuração. "Preciso de algo forte, tipo uísque , vodca, talvez tudo junto", contou, com um riso nervoso, horas antes do fim da votação.

Confira abaixo os estados já conquistados pelo presidente dos EUA, o republicano Donald Trump, e seu oponente democrata, o ex-vice-presidente Joe Biden, segundo as projeções dos principais jornais americanos.

Entre parênteses está a quantidade de grandes eleitores por estado. Para chegar à Casa Branca, são necessários 270.

Em torno das 9h GMT (6h em Brasília) desta quarta-feira (4), Biden liderava a corrida, mas Trump ganhou territórios importantes, como Flórida e Texas. Os resultados de nove estados, incluindo Pensilvânia, Michigan, Wisconsin e Carolina do Norte ainda são desconhecidos.

TRUMP (213)

Alabama (9)

Arkansas (6)

Carolina do Sul (9)

Dakota do Norte (3)

Dakota do Sul (3)

Flórida (29)

Idaho (4)

Indiana (11)

Kansas (6)

Kentucky (8)

Louisiana (8)

Montana (3)

Mississippi (6)

Missouri (10)

Nebraska (4)

Ohio (18)

Oklahoma (7)

Tennessee (11)

Texas (38)

Utah (6)

Virgínia Occidental (5)

Wyoming (3)

BIDEN (238)

Arizona (11)

Califórnia (55)

Colorado (9)

Connecticut (7)

Delaware (3)

Havaí (4)

Illinois (20)

Maine (3)

Maryland (10)

Massachusetts (11)

Minnesota (10)

Nebraska (1)

New Hampshire (4)

Nova Jersey (14)

Nova York (29)

Novo México (5)

Oregon (7)

Rhode Island (4)

Vermont (3)

Virgínia (13)

Washington, D.C. (3)

Estado de Washington (12)

Donald Trump atacou o que chamou de críticos "estúpidos" procedentes de seu próprio partido e pediu unidade no domingo, depois de observar o aumento do temor entre os republicanos e as advertências de que podem enfrentar "um banho de sangue" nas eleições de 3 de novembro.

Tanto o presidente como seu rival democrata, Joe Biden, fizeram campanha em vários estados cruciais na reta final de uma eleição em que as pesquisas mostram Trump em grande desvantagem.

Durante um comício em Nevada, o presidente atacou Biden e elogiou as políticas econômicas de seu mandato, além de ter comentado a pressão da água dos chuveiros e a camisa do comissário da Liga Nacional de Futebol Americano.

Mas também teve tempo para falar sobre o senador republicano Ben Sasse, de Nebraska, que recentemente afirmou que Trump enaltece ditadores, maltrata as mulheres e usa a Casa Branca como negócio.

Outros republicanos foram enfáticos também ao advertir sobre uma possível derrota nas urnas, como o senador Ted Cruz, que disse que no dia da eleição pode acontecer um "banho de sangue".

"Temos algumas pessoas estúpidas", declarou Trump durante o comício em Carson City, capital de Nevada.

"Temos este cara Sasse, vocês conhecem, que quer fazer uma declaração... Os republicanos devem permanecer mais unidos", completou.

Em plena luta para recuperar o terreno perdido, Trump iniciou uma corrida frenética por vários estados, que o legou no domingo de Nevada a Califórnia, para depois retornar e prosseguir com mais atos de arrecadação de fundos, antes de seguir para o Arizona na segunda-feira.

Pouco religioso, o presidente compareceu na manhã de domingo a um culto em uma igreja evangélica de Las Vegas. Os participantes rezaram por ele Trump depositou várias notas de 20 dólares na cesta de coações, segundo um dos fotógrafos.

Biden, um católico praticante, compareceu à missa ao lado da esposa na região de Wilmington, Delaware, antes de rezar diante do túmulo de seu filho Beau, que morreu em 2015 vítima de um tumor cerebral.

Com uma campanha limitada pela preocupação com a pandemia de covid-19, Biden, de 77 anos, retornou em seguida a Carolina do Norte para alguns eventos.

Em Durham, o ex-vice-prediente democrata, sempre de máscara, discursou em um estacionamento para seguidores que o esperavam em seus carros.

"Escolhemos a esperança ao medo, escolhemos a unidade à divisão, a ciência antes da ficção e, sim, escolhemos a verdade sobre as mentiras", afirmou.

O tradicional debate final entre os candidatos na televisão acontecerá na próxima quinta-feira em Nashville, Tennessee.

O primeiro encontro foi marcado por uma série caótica de interrupções de Trump, réplicas irritadas, enquanto o segundo foi substituído por duas entrevistas realizadas por cidadãos em programas separados, depois que Trump se recusou a debater virtualmente após o contágio pela Covid-19.

O debate final acontecerá frente a frente.

Na manhã desta quarta-feira (14), a chapa do Democratas, composta por Mendonça Filho e Priscila Krause, lançou uma proposta de campanha que almeja proporcionar o que classificaram como "Justiça tributária" aos recifenses através da redução de impostos. A promessa é que, já no dia 1º de janeiro de 2021, o valor do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e da Taxa de Lixo seja congelado até 2022.

Comparada a outras capitais do Norte e Nordeste, Recife é a cidade que mais cobra imposto do contribuinte, equivalente a R$ 1.250 por habitante, e a segunda que mais paga IPTU. Segundo os candidatos, desde o início do primeiro mandato de Geraldo Julio (PSB), o IPTU subiu 90%, enquanto a Taxa de Lixo sofreu um acréscimo médio de 185%. "A gente vai instituir o congelamento do reajuste e da correção de IPTU a partir do dia 1º de janeiro de 2021", garantiu a candidata a vice, Priscila Krause.

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Em relação à Coleta Seletiva, a chapa entende que o aumento de 33% adicionado à Taxa de Lixo desestimula o cidadão que recicla e contribui com o meio ambiente. "A gestão do PSB é a lógica punitiva para quem cuida da cidade. Reciclar lixo é cuidar da cidade", reforçou a candidata.

A projeto dos Democratas é suspender as reavaliações imobiliárias que aumentam o valor venal dos imóveis até 2022 e modificar a tabela de cálculo com revisão da Legislação Tributária (CTM). "A gente quer Justiça Tributária e não um município esfolando o já sacrificado trabalhador dentro da nossa cidade", destacou Mendonça Filho.

Na prática, o contribuinte pagaria um IPTU 6,25% mais barato. Já o valor da Taxa de Lixo sofreria a queda de 3,14% no primeiro ano e de 3,02% no segundo, o que representa as projeções anuais de inflação. Para os cofres públicos, haveria um impacto de R$ 60,8 milhões ao ano.

Para compensar a queda na receita, a saída seria renegociar contratos da Prefeitura em pelo menos 10%. Nos cálculos da chapa, só os gastos com consultorias, manutenção predial, locação de veículos, além de coleta e destinação de lixo, somaram R$ 366 milhões em 2019. "Eu não sei como se gasta tanto dinheiro, R$ 49 milhões, e os prédios são tão mal cuidados", criticou o candidato.

Questionado pelo LeiaJá se a proposta de congelamento seria implantada em outros impostos municipais futuramente, Mendonça revelou a intenção de garantir tranquilidade financeira aos recifenses. "Não tô pensando em reajustar nada de impostos. Quem gosta de taxar o cidadão e aplicar multa é o candidato do PSB. Eu não gosto disso e quero dar mais folga ao recifense, que não aguenta mais pagar imposto", complementou.

Centenas de pessoas fazem fila na Filadélfia, todos os dias, para votar no democrata Joe Biden a menos de um mês para as eleições nos Estados Unidos, enquanto o presidente Donald Trump insiste em apontar este bastião democrata como uma fonte potencial de fraude.

Em um dia ensolarado de outubro, uma longa fila de eleitores, de máscara, espalha-se ao redor da imponente prefeitura da Filadélfia: eles esperam para votar em duas grandes urnas, vigiadas por funcionários municipais e por alguns policiais. Esta é uma das mudanças provocadas pela pandemia do coronavírus.

Pela primeira vez, os eleitores deste Estado-chave para a eleição presidencial podem solicitar que uma cédula de voto por correio lhes seja enviada. Ela então será encaminhada - sob o risco de não chegar a tempo de ser contabilizada -, ou depositada pessoalmente em um local de votação temporário.

Desde a abertura desses postos de votação em 29 de setembro, os eleitores têm se inclinado por esta última opção. Milhares de pessoas devem votar desta forma antes de 3 de novembro.

E, nesta cidade onde 82% dos eleitores votaram na democrata Hillary Clinton em 2016, a linha está longe de ser equilibrada entre os dois campos.

Cerca de 15 pessoas, questionadas aleatoriamente pela AFP, disseram que queriam deixar claro nas urnas sua rejeição a Trump.

Os olhos de Nancy Rasmussen, de 74 anos, enchem-se de lágrimas assim que ela começa a falar.

"Tenho a impressão de que já é 3 de novembro. É tão importante (...) que nos livremos (de Trump). Estou disposta a entrar em uma longa fila para votar", afirmou ela, feliz em ver tantas pessoas antecipando o voto.

Kenneth Graitzer, um bibliotecário aposentado, optou por votar cedo, porque considera "mais seguro" do que esperar pelo dia 3 de novembro neste período de crescente tensão política.

O presidente dos Estados Unidos instou seus seguidores a irem em massa às urnas "observar" a evolução da votação e da apuração, um apelo que os democratas interpretam como incitamento à violência.

"Estou com medo dele, com medo de pessoas que o consideram um deus. Acho que ele é um perigo para o país", disse Graitzer.

Curtis Adams, dono de um bar e historiador da arte, diz que não tem medo de suas "táticas de intimidação". Ele garante que não vão funcionar, pelo menos nas grandes cidades "acostumadas a todo tipo de situação".

Mesmo assim, ele decidiu votar imediatamente após receber a cédula. "Não queria arriscar que meu voto não fosse contado (...) Tive que esperar uma, ou duas horas, mas queria fazer isso", frisou.

Embora comemore o sucesso da votação antecipada, Lisa Deeley, presidente da comissão municipal que supervisiona as eleições, admite que "a pressão é real" este ano para garantir o bom andamento do processo eleitoral.

A comissão recrutou centenas de pessoas adicionais para lidar com o voto antecipado, mas ela se preocupa com o fato de Trump sugerir a possibilidade de fraude em sua cidade.

- "Coisas ruins" -

"Coisas ruins estão acontecendo na Filadélfia", disse Trump no debate contra Joe Biden no final de setembro, depois que um de seus apoiadores foi expulso da sala de votação da prefeitura, onde filmava com seu telefone sem autorização.

Nenhuma fraude foi comprovada na Filadélfia até hoje, mas algumas suspeitas são levantadas por alguns políticos republicanos locais.

A fraude é particularmente tentadora em uma cidade onde os democratas detêm uma esmagadora maioria dos cargos eleitos e em um estado onde todos os votos contam, já que Trump ganhou na Pensilvânia, em 2016, com uma maioria de 44.000 votos.

"Já houve acusações parecidas do candidato Trump em 2016 (...) mas, uma coisa é quando um candidato diz isso, outra, quando ele é o presidente", afirmou Lisa Deeley.

Embora seja democrata, ela se diz imparcial, conforme exigência de seu papel como comissária eleitoral.

Ela garante que todo o possível está sendo feito para assegurar que a eleição transcorrerá sem problemas.

"Estamos na Filadélfia. Somos o berço da democracia americana. Faremos de tudo para que essa democracia continue a prosperar", completou.

Com o slogan "Recife acima de tudo", o ex-ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM), confirmou a sua candidatura à gestão da capital pernambucana na tarde desta quarta-feira (16), no Mar Hotel, localizado em Boa Viagem, Zona Sul do Recife. Segundo o candidato, a expectativa agora é de vitória para "devolver Recife aos recifenses". 

Como já era conversado nos bastidores, está confirmada a deputada estadual Priscila Krause (DEM) como candidata a vice-prefeita de Mendonça na eleição de 2020, concretizando uma chapa 'puro sangue'. 

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"A expectativa é de vitória. Vamos apresentar uma proposta de mudança para a cidade, segura, tocando as pautas que afetam diretamente a população do Recife", disse o ex-ministro. 

Foto: Arthur Souza/LeiaJáImagens

Além do Democratas, claro, três partidos apoiarão a candidatura de Mendonça: PL, PTB e PSDB. “Temos o apoio de quatro grandes partidos que compõem a nossa aliança, que é uma aliança, sobretudo, com o povo do Recife. Vamos apresentar um caminho de mudança seguro para a cidade e vamos convencer que é hora de dar um basta em um projeto que tem como única finalidade preservar o projeto de uma família", disse.

Falta de unidade na oposição

Ainda na fase da pré-campanha, o ex-ministro anunciou que conversava com os partidos de oposição na tentativa de formar uma frente de oposição ao PT e, sobretudo, ao PSB, que tenta reeleição na capital pernambucana e já conta com 11 partidos no seu palanque.

No entanto, essa tentativa de agregar força para tentar ganhar a eleição não deu certo, já estando os partidos que Mendonça esperava apoio com seus respectivos candidatos. Junto com o democrata, o deputado Daniel Coelho (Cidadania) também esperava por uma unidade da oposição, sobretudo com ele sendo o cabeça de chapa. 

Sem acordos imaginados, Mendonça confirmou candidatura e Daniel, que especulava-se que iria apoiar o DEM, anunciou que iria apoiar a candidata do Podemos, a delegada Patrícia Domingos. "O campo da esquerda está rachado, também. Tem uma candidatura do PT e outra do PSB. As divisões que ocorrem no campo da direita, são as mesmas que ocorrem no campo da esquerda. Respeitei e respeito a posição do deputado federal Daniel Coelho. Ele tem a liberdade de escolha e eu respeito a decisão tomada por ele", analisou Mendonça Filho.

E se eleito?

“Se eleito, haverá uma mudança radical na postura (da Prefeitura do Recife), uma gestão voltada para a qualidade de vida dentro da cidade do Recife. Teremos um cuidado especial para as áreas pobres, em termos de encostas dos morros, saneamento básico, habitação popular. Ao mesmo tempo iremos cuidar daquilo que afeta o dia a dia do recifense como o trânsito, acabar com a indústria da multa. Teremos transporte público de melhor qualidade", pontua o candidato à Prefeitura do Recife.

O ex-ministro e pré-candidato a prefeito do Recife Mendonça Filho (Democratas) publicou, na última sexta-feira (4), um vídeo que chamou de “protesto” à decisão do governo Paulo Câmara (PSB) de permitir a realização de eventos corporativos para mais de 100 pessoas em Pernambuco. Para ele, é inevitável pensar que o PSB não agiu por conveniência, já que a medida foi tomada às pressas, diante da convenção para a candidatura do deputado federal João Campos, pré-candidato pela Frente Popular à Prefeitura do Recife e também oposição de Mendonça Filho.

Em contraste à nova decisão, os setores de eventos e entretenimento aguardam posicionamento definitivo do estado, que segue avaliando as possibilidades de reabertura para esses trabalhadores.

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Utilizando o atraso no retorno como argumento, Mendonça comentou no Instagram que o “desrespeito do PSB com quem trabalha no Recife e em Pernambuco a cada dia se supera”, e que é típico de “governos socialistas” agir para benefício próprio.

Na legenda do vídeo, escreveu: “Depois de massacrar os profissionais de eventos com falta de diálogo e sem um protocolo de abertura das atividades, o Governo Paulo Câmara anunciou às pressas a liberação de eventos corporativos para mais de 100 pessoas com um único objetivo: permitir que a convenção de seu candidato João Campos tenha aglomeração. Os eventos sociais e culturais continuam proibidos”, ao lado das hashtags #faltagestao, #recife, #mudarecife, #covid_19 e #vamosvencer.

No vídeo, disse ainda que atitudes como essa já formam tradição no PSB e que o partido beneficia “os de casa”, “enquanto os produtores culturais e quem vive de eventos em Recife e Pernambuco, continuam no sofrimento e no esquecimento”.

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Indicado oficialmente como candidato dos republicanos nesta segunda-feira (24), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusou os democratas de quererem "roubar" as eleições. Apesar de seu rival democrata, Joe Biden, ser o favorito nas pesquisas, Trump se mostrou confiante na reeleição em 3 de novembro.

Para atiçar sua base eleitoral, ele apareceu de surpresa na convenção republicana em Charlotte, Carolina do Norte, logo depois que os delegados o confirmaram como candidato, e levantou a acusação, que ele já sustenta há semanas, de que o voto pelo correio pode abrir espaço para fraude.

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"Vão usar a COVID para roubar a eleição", disse. "A única maneira de eles nos privarem da vitória é por meio de uma eleição fraudulenta", declarou ele aos delegados do partido.

Como previsto, cerca de 300 delegados do Grand Old Party reunidos em Charlotte indicaram o presidente como seu candidato no primeiro dia da convenção republicana. Um a um, os representantes republicanos de cada um dos 50 estados americanos anunciaram seu apoio ao presidente.

"Esta é a eleição mais importante da história de nosso país", disse Trump no início de seu discurso em que relembrou seus anos na Casa Branca.

O presidente viajou até Charlotte para a convenção ansioso por se diferenciar de seu rival democrata Joe Biden, recluso em sua residência em Delaware devido à pandemia do novo coronavírus.

"Fizemos isso em respeito à Carolina do Norte e acho que eles se lembrarão disso em 3 de novembro", afirmou Trump.

Viciado em provocar, enquanto os presentes gritavam "mais quatro anos", o presidente respondeu: "se quiserem deixá-los loucos, digam mais 12 anos".

Trump está atrás nas pesquisas, que colocam Biden como favorito, em um momento em que seu governo enfrenta forte pressão pela gestão da pandemia, que deixa mais de 177.000 mortos no país e uma economia em crise, com milhões de desempregados.

Diferentemente do evento do Partido Democrata, que foi majoritariamente virtual, a convenção republicana será marcada por um peso maior das atividades presenciais.

- Um assunto de família -

O vice-presidente dos EUA, Mike Pence, que será novamente o colega de chapa de Trump, tomou a palavra durante a votação para defender a reeleição.

"Na semana passada ouvi dizer que a democracia estava em jogo", mas "sabemos que o que está em jogo é a economia; a lei e a ordem é que estão em jogo", disse o vice-presidente, referindo-se ao mantra repetido pelos democratas em sua convenção.

A programação da convenção do Partido Republicano conta com especial preponderância dos familiares de Trump. Além de sua esposa Melania, seus quatro filhos adultos estão entre os principais oradores do evento: Donald Jr, Eric, Tiffany e Ivanka.

O principal objetivo dos republicanos é defender a administração do 45° presidente da história dos Estados Unidos, muito questionado pela gestão da pandemia de COVID-19 e que não pode contar mais com o que sua campanha apresentava como seu principal ativo e eventual carta de triunfo: a boa saúde da economia.

Antes da pandemia, o desemprego era de 3,5%, mas agora está acima dos 10%. Trump, que promete uma convenção "otimista e positiva", destacou em seu discurso a nomeação de dois juízes conservadores para a Suprema Corte durante seu governo.

Sua principal mensagem é que a economia logo se recuperará e que a crise terá forma de V, com uma recuperação espetacular. Porém, ele também não abriu mão do tom sombrio, alertando em seu discurso que, se Biden vencer, "o sonho americano vai morrer".

- Os limites entre governo e campanha -

A convenção também reservou espaço para vários oradores afro-americanos, incluindo Tim Scott, o único senador republicano negro, em uma tentativa de chegar a uma comunidade majoritariamente hostil ao partido de Trump.

Do Oriente Médio, onde está para uma visita de cinco dias, o secretário de Estado Mike Pompeo deve ressaltar os avanços diplomáticos registrados durante a administração Trump, um discurso incomum neste tipo de evento.

Na quinta-feira, com um discurso no jardim da Casa Branca, o presidente aceitará oficialmente - pela segunda vez - a indicação do partido.

Mas antes ele já terá discursado em cada dia do evento, quando habitualmente os candidatos falam ao público apenas no ato de encerramento.

A utilização da Casa Branca gerou polêmica devido ao fato de romper com a tradição de separar as ações do governo das ações de campanha.

Joe Biden tornou-se oficialmente nesta quinta-feira (20) o candidato democrata à Casa Branca. Na última noite da convenção do partido, Biden aceitou a indicação e prometeu usar sua empatia pessoal e sua experiência profissional para tirar os EUA da crise.

Desde o início das prévias do partido, ele se apresenta como o nome capaz de criar uma coalizão de forças ampla o bastante para vencer Donald Trump. O argumento de que ele era o pré-candidato melhor colocado nas pesquisas em Estados-chave vinha sendo explorado por ele desde janeiro. De lá para cá, as crises econômica e sanitária aumentaram o grau de insatisfação com o governo Trump e fizeram o democrata ser confirmado com ares de favorito para ganhar a eleição.

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Sua história de trabalho na vida pública, perdas pessoais e resiliência são apresentadas como fatores que o fazem capaz de "curar uma nação". As palavras que foram usadas durante os quatro dias da convenção democrata para descrever Joseph Robinette Biden Jr. são "empatia" e "decência" - ambas usadas pelos democratas como um contraste em relação a Trump.

Se eleito, Biden será o presidente mais velho a tomar posse nos EUA, aos 78 anos (que serão completados em novembro). Ele está na vida política há 47 anos e chegou a ensaiar candidaturas à Casa Branca outras duas vezes. Em 1973, foi eleito pelo Senado por Delaware, Estado onde vive desde a infância, e foi reeleito seis vezes. Nasceu em Scranton, uma região da Pensilvânia identificada pela classe branca operária.

A mensagem do candidato democrata agora é a de que ele é não só o unificador do partido e da sociedade, como também o nome a conseguir salvar o país de uma crise sem precedentes.

Aos 30 anos, Biden perdeu a mulher e a filha caçula em um acidente de carro. Os outros dois filhos, Beau e Hunter, de 3 e 2 anos, sobreviveram. Casou-se com Jill Tracy, hoje conhecida como Jill Biden, com quem teve outra filha, Ashley.

Em 2015, a família chorou a morte de Beau, vítima de um câncer. "Deve ser Beau quem está concorrendo", disse Biden em entrevista neste ano, ao lembrar dos apelos do filho, quando doente, para que o pai não desistisse da vida pública. As perdas o aproximam da dor de americanos que vivem o luto. O país contabiliza mais de 170 mil mortos pela covid-19, o número mais alto no mundo.

Biden foi um jovem ambicioso e autoconfiante. Lançou a primeira candidatura à presidência com 44 anos. A primeira campanha à Casa Branca foi desastrosa, em parte pelos atropelos do próprio democrata. Ele chegou a ser acusado de plágio em discursos de campanha, teve seu histórico acadêmico questionado e foi colocado contra a parede por ter inflado sua suposta participação em movimentos civis. Para tentar estancar o problema, Biden disse que havia feito coisas idiotas. "E eu vou fazer de novo", afirmou.

Ele age de improviso. Seu jeito o leva a gafes, mas acabou sendo um ativo como vice-presidente do governo de Barack Obama. Na época, ele ficou conhecido por dizer o que pensava, mesmo quando discordava de Obama. Agora, ele diz que espera o mesmo de Kamala Harris: lealdade e questionamento.

Como vice-presidente, Biden ganhou poder pela ampla experiência em política externa no Senado e pela bagagem de visitas a Iraque e Afeganistão.

Ele impulsionou sua nomeação, em 2020, ao ser consagrado como o preferido do eleitorado negro e ganhar apoio do establishment partidário. Hoje, como um político da geração mais velha do partido e de centro, Biden enfrenta a resistência da ala progressista e da juventude democrata, que cobram mais diversidade. A resposta foi a promessa de ter uma mulher na vice-presidência, uma forma de abafar as acusações de uma ex-assessora de que ele teria cometido abuso sexual. Ele nega.

O partido uniu-se para derrotar Trump, mais do que para apoiar Biden, mas ele fez movimentos para conseguir ampliar suas alianças. Se eleito, segundo ele mesmo prometeu, será um candidato de transição, abrindo as portas para uma nova geração em 2024.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O levantamento do Instituto Conectar apontou que o pré-candidato a prefeito do Recife mais associado ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) é Mendonça Filho (DEM). Dos 800 entrevistados, 32% relacionaram o ex-ministro da Educação do Governo Temer ao atual mandatário.

Depois de Mendonça (DEM), os recifenses acreditam que Daniel Coelho (Cidadania) é o candidato que representa Bolsonaro, com 16% das respostas. Em seguida, a estreante Patrícia Domingos (Podemos) figura a lista, com 15%.

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No fim do ranking, aparecem o deputado estadual Alberto Feitosa (PSC) e Charbel Maroun (Novo), com 7% e 3%, respectivamente. Para 14%, nenhum destes nomes representa Bolsonaro no Recife.

A pesquisa foi solicitada pelo Democratas Nacional e ocorreu entre os dias 1º e 3 de agosto. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais para mais ou para menos, enquanto o nível de confiança é de 95%.

Parlamentares democratas no Congresso dos Estados Unidos se ajoelharam nesta segunda-feira (08) para prestar 8:46 minutos de silêncio em homenagem a George Floyd e outros negros americanos "que perderam a vida injustamente" pela violência de policiais brancos, antes de apresentar uma proposta de reforma orgânica da Polícia.

A presidente democrata do Congresso, Nancy Pelosi, o líder da minoria de seu partido no Senado, Chuck Schumer, assim como cerca de 20 parlamentares opositores, incluindo vários representantes negros, se reuniram no "Salão da Emancipação", assim nomeado em homenagem aos escravos que trabalharam na construção da sede legislativa em Washington, o Capitólio, no século XVIII.

A duração da homenagem não foi casual. Este foi o tempo que um policial branco passou com seus joelhos apoiados no pescoço de George Floyd, um afro-americano de 46 anos, até que o matou por asfixia em 25 de maio durante sua prisão por uma denúncia de suposto uso de uma nota falsa.

Esse incidente registrado na cidade de Minneapolis (Minnesota) provocou indignação nos EUA e no mundo, gerando múltiplos protestos contra o racismo e a violência policial em todo o país, em geral de tom pacífico e algumas violentamente reprimidas pelas forças de ordem. Também foi levada uma onda de críticas contra o governo do republicano Donald Trump, por sua estratégia de mão dura para encarar a crise.

Neste domingo, foi anunciado que o Conselho Municipal de Minneapolis se comprometeu a desmantelar seu Departamento de Polícia para reconstruí-lo totalmente. Os quatro policiais envolvidos no caso Floyd foram acusados com cargos e o que lhe asfixiou é acusado, entre outros, de homicídio culposo e assassinato sem premeditação.

Colin Powell, que serviu como principal oficial militar e diplomata dos Estados Unidos em presidências republicanas, disse neste domingo (7) que votará no democrata Joe Biden, e que Donald Trump não segue a Constituição americana.

"Temos uma Constituição. Temos que segui-la. E o presidente se afastou", disse Powell ao canal de notícias da CNN.

Em sua acusação, Powell classificou Trump como um perigo para a democracia, cujas mentiras e insultos afetaram a imagem da América para o mundo.

Powell, ex-presidente do Estado-Maior Conjunto dos EUA, foi o mais recente de uma série de altos oficiais militares aposentados a criticar publicamente o tratamento de Trump aos massivos protestos antirracismo que agitam os Estados Unidos desde o assassinato de George Floyd, um homem negro desarmado sufocado durante sua prisão por um policial branco em Minneapolis, Minnesota.

Aparentemente, um ponto de virada foi alcançado na semana passada entre oficiais aposentados, geralmente relutantes em fazer declarações, quando Trump ameaçou usar militares para reprimir os protestos, provocando um confronto com o chefe do Pentágono.

"Estamos em um ponto de virada", disse Powell, criticando os senadores republicanos por não enfrentarem Trump.

"Ele mente sobre as coisas. E se safa porque as pessoas não o responsabilizam", disse ele.

Powell, que também atuou como secretário de Estado durante o governo George W. Bush (2001-2009), também repreendeu Trump por ofender "quase todos no mundo".

"Estamos contra a Otan. Estamos retirando mais tropas da Alemanha. Eliminamos nossas contribuições para a Organização Mundial da Saúde. Não estamos felizes com as Nações Unidas", afirmou.

E com a proximidade das eleições presidenciais de novembro, Powell fez um anúncio contundente: não votará em Trump, a quem também não apoiou em 2016. E apoiará o democrata Joe Biden.

"Sou muito alinhado a Joe Biden nas questões sociais e políticas. Trabalhei com ele por 35, 40 anos. E agora ele é o candidato e vou votar nele", afirmou.

O ex-presidente Barack Obama formalizou apoio ao agora único pré-candidato do Partido Democrata à Presidência dos Estados Unidos, Joe Biden. Em um vídeo gravado de casa, e postado no Twitter, Obama diz que Biden é o melhor líder do país durante a crise de saúde e econômica provocada pela pandemia do novo coronavírus.

"Se há algo que aprendemos como país, em momentos de grande crise, é que o espírito de cuidar um do outro não pode ser restrito a nossas casas, locais de trabalho, vizinhanças ou casas de culto, mas deve se refletir também no governo nacional", disse Obama. "O tipo de liderança guiada por conhecimento e experiência, honestidade e humildade, empatia e graça. Esse tipo de liderança não pertence apenas a legisladores e líderes estaduais, pertence à Casa Branca, e é por isso que tenho tanto orgulho em apoiar Joe Biden como presidente dos Estados Unidos", acrescentou Obama.

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No discurso, Obama faz questão de frisar que "o outro lado republicano tem um enorme arsenal de guerra, uma rede de propaganda com pouca consideração pela verdade", atacando diretamente o presidente Donald Trump.

"Pela segunda vez na história do nosso país, temos o desafio de reconstruir nossa economia", acrescentou Obama. "Agora precisamos que americanos de boa vontade se unam em um grande despertar contra uma política que, muitas vezes, tem sido caracterizada por corrupção, descuido, negação, desinformação, ignorância e pura maldade", atacou o ex-presidente.

Mesmo diante da pandemia de coronavírus, os democratas realizam hoje primárias em três Estados: Flórida, Arizona e Illinois. Em Ohio, que faria a quarta prévia do dia, o governador Mike DeWine pediu o adiamento da votação para junho nesta segunda-feira (16). A decisão, no entanto, ainda depende de uma decisão judicial.

"Minha recomendação é adiar o processo para o dia 2 de junho", disse DeWine. "Não há como sabermos quem nas filas de votação está infectado. Não deveríamos obrigar as pessoas a escolher entre sua saúde e seu direito constitucional." Ohio já registra 50 casos de coronavírus, segundo dados oficiais.

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O governador, que é republicano, explicou que o adiamento se refere apenas aos votos presenciais - cédulas enviadas pelos correios continuariam a ser aceitas. DeWine disse ainda que não tem o poder de adiar a prévia de maneira unilateral, mas afirmou que entrou com uma ação na Justiça e aguarda a decisão a qualquer momento.

O Estado da Geórgia já remarcou suas primárias para o dia 24 de março. A Louisiana, para o dia 4 de abril. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) recomendou o cancelamento de todos os eventos com mais de 50 indivíduos. Ontem, autoridades americanas pediram para que a população evite reuniões com mais de 10 pessoas.

O coronavírus já afetou a campanha eleitoral americana. No domingo, 15, o senador Bernie Sanders e o ex-vice-presidente Joe Biden realizaram um debate a portas fechadas. Durante o enfrentamento, os dois prometeram escolher uma mulher como vice-presidente. Ontem, ambos optaram por eventos virtuais, sem contato com os eleitores.

Em princípio, analistas acreditam que a pandemia poderia afetar mais diretamente a campanha de Biden, que tem um apoio muito maior entre os eleitores mais velhos, grupo de risco que talvez se sinta ameaçado pelo coronavírus e não compareça hoje às urnas. Sanders, cuja base é composta por jovens, seria beneficiado. No entanto, nos quatro Estados existe votação antecipada, que tem batido recorde nesta temporada de primárias.

No Arizona, que tem 16 casos confirmados de coronavírus, a metade dos eleitores já votou. Em Phoenix, cerca de 80% das seções de votação foram fechadas, seja por falta de mesários ou de material de limpeza para higienizar os locais. Por isso, o governo do Estado autorizou que os eleitores votem em qualquer seção - e não apenas na mais perto de casa.

Em Chicago, maior cidade de Illinois, o número de pessoas que votou antecipadamente foi o maior desde a 2.ª Guerra. O Estado já tem 93 casos confirmado de coronavírus e alterou 168 dos 2.069 locais de votação, que foram retirados das proximidades de asilos para idosos. Todas as mudanças poderiam atenuar a desvantagem de Biden, que lidera as pesquisas em todos os quatro Estados.

Na Flórida, o quadro parece mais grave. Com 155 casos confirmados, 5 pessoas já morreram. Os números da votação antecipada são fracos e cerca de 20% da população está acima dos 65 anos. O governador republicano Ron DeSantis declarou estado de emergência e trocou locais de votação, para afastar as seções eleitorais de setores da população mais vulneráveis.

O Estado também enfrenta escassez de voluntários. Em Palm Beach, das 3,5 mil pessoas que trabalham nas 435 seções do condado, 650 disseram que não aparecerão nos locais de votação hoje, o que pode significar atrasos e longas filas. "Eu não tenho ideia de como serão as coisas", disse Wendy Sartory Link, que supervisiona as eleições em Palm Beach, o segundo maior dos 67 condados do Estado.

A situação caótica e a incerteza embaralham ainda mais a disputa democrata em um momento decisivo. Biden mantém uma vantagem de 151 delegados sobre Sanders. O placar atual seria de 894 a 743, segundo estimativa da Associated Press - 1.991 delegados são necessários para obter a nomeação do partido.

Sanders precisa, portanto, de vitórias decisivas sobre o rival nas primárias que ainda restam, um resultado que vem sendo cada vez mais improvável. Em condições normais, com vitórias devastadoras de Biden, segundo pesquisas, as prévias de hoje significariam o último suspiro de sua candidatura. No entanto, agora tudo parece possível.

"O coronavírus vem afetando cadeias de suprimentos globais, derrubando mercados e estimulando países a fecharem suas portas para isolar suas populações. Seria muita arrogância pensar que a campanha presidencial americana ficasse imune a esse caos", disse Joe Trippi, estrategista democrata. (Agências Internacionais)

Vídeo postado pelo chefe de comunicação da Casa Branca e compartilhado pelo presidente dos EUA é o primeiro na história do Twitter a ser classificado como "manipulado".

Apesar da classificação, o vídeo tem mais de seis milhões de visualizações e foi compartilhado pelo presidente dos EUA, Donald Trump.

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O diretor de mídias sociais da Casa Branca, Dan Scavino, publicou um vídeo com um dos potenciais opositores de Donald Trump nas eleições presidenciais deste ano, Joe Biden, na noite desse sábado (7).

O vídeo mostra o democrata dizendo que os eleitores "só podem reeleger" o presidente republicano, Donald Trump.

No vídeo, Biden afirmaria: "Desculpem, nós só podemos reeleger Donald Trump."

No entanto, o conteúdo foi editado para remover o contexto no qual o discurso de Joe Biden foi proferido.

Na verdade, o potencial candidato democrata à presidência dos EUA disse: "Desculpem, nós só podemos reeleger Donald Trump se ficarmos de fato presos nessa lógica de atirar uns nos outros aqui", disse, referindo-se às divisões internas de seu partido.

"Devemos fazer uma campanha positiva, então junte-se a nós", concluiu Biden no vídeo original.

O vídeo ainda está disponível na plataforma, mas foi classificado pelos administradores da rede social como "mídia manipulada".

A classificação é parte da nova política da empresa, que passará a alertar os usuários sobre conteúdo manipulado ou sintético, como vídeos editados e os chamados "deep fake" – vídeos modificados ou produzidos inteiramente de forma digital.

Da Sputnik Brasil

No escritório de Elizabeth Warren, em Houston, um grupo de voluntários do Texas se apressa em uma manhã de fevereiro para colocar os últimos letreiros em espanhol na parede e posicionar as cadeiras em círculo.

Aguardam a chegada de uma dúzia de eleitores latinos para discutir o programa da candidata democrata nas primárias.

No Texas, o cerne da questão na disputa pela nomeação democrata é a participação do eleitorado latino-americano na “Superterça” em 3 de março, quando 14 estados votarão no candidato para desafiar Donald Trump nas eleições presidenciais de novembro.

“Muitas vezes somos ignorados como comunidade”, contou à AFP a romancista Ariane Navarro, que foi ao fórum com o marido e seus dois filhos.

Durante uma hora e meia, idosos, jovens e até algumas famílias conversam sobre imigração, saúde e seus sentimentos como latino-americanos.

“Estou rodeada de latinos com estudos e todos acreditamos que temos voz e somos capazes de transformar o Texas”, afirmou a ex-professora, que quer ajudar os jovens de sua família a se registrar para votar.

A equipe de campanha de Elizabeth Warren se orgulha de ter organizado um tour dedicado especificamente à comunidade hispânica em todo o Texas.

“Muitas pessoas dizem que o Texas é um estado vermelho, mas não é verdade: é um estado onde as pessoas não votam", diz María Martínez, encarregada de construir as pontes com a comunidade hispânica em todo o país.

Poder Quinze

Os candidatos democratas estão competindo ferozmente pelo apoio dessa base crescente: em 2020, podem votar 1,4 milhão de migrantes da América Central e do Sul a mais do que em 2012.

A publicidade em espanhol e a campanha de porta em porta já não são mais suficientes, aponta Antonio Arellano, diretor executivo da organização Jolt.

O grupo lançou a iniciativa Poder Quinze, que oferece registro aos eleitores durantes as festas de 15 anos das meninas mexicanas. Uma “nova tradição de compromisso cívico” que “aproveita o poder da cultura latina”, afirma o ativista indocumentado de 29 anos.

Outra ideia para alcançar os jovens foi um debate organizado em Houston, em fevereiro, entre estudantes e candidatos às primárias democratas. O favorito da disputa, Bernie Sanders, concordou em estar presente por videoconferência.

O autoproclamado socialista, que lidera as pesquisas com 30% das intenções de voto entre os latinos, é particularmente popular entre os jovens e recebeu muitos aplausos da multidão.

"Um peso sobre os ombros"

Entre bolos de arroz e manteiga de amendoim, velas elétricas e franjas recortadas em papel rosa ou amarelo, o escritório permanente de Jolt é atendido toda quinta-feira por voluntários como Víctor Ibarra, que quer “garantir que os jovens latinos tenham voz no futuro”.

“Significa muito para mim que (os candidatos) reservaram um tempo para conversar conosco e responder às nossas perguntas”, conta o jovem de 23 anos em uma pequena sala coberta de pôsteres coloridos no leste de Houston.

“Nós nos concentramos nos jovens, porque queremos que entendam que é sua responsabilidade informar suas famílias”, explicou Leslie Hernández, encarregada do censo de Jolt que supervisiona os voluntários.

Para eles, votar nas primárias democratas é apenas uma gota no oceano de batalhas políticas que devem ser travadas: ecologia, censo, antirracismo.

Antes de preparar as listas de políticos para contatar antes de seu próximo evento cívico e gravar um pequeno vídeo promocional para suas redes sociais, meia dúzia de jovens fecha os olhos e se dá cinco minutos para meditar com uma música de fundo relaxante.

“Como latina, sinto que carrego um peso sobre os ombros o tempo todo”, afirma Hernández, pedindo aos voluntários que respirem e relaxem. “Agora estão em um lugar seguro”.

O Partido Democrata faz nesta terça-feira (11) em New Hampshire a segunda prévia do processo de nomeação do candidato que rivalizará com Donald Trump em novembro. A disputa em Iowa, na semana passada, intensificou a divisão ideológica do eleitorado, que rachou entre um candidato centrista, Pete Buttigieg, e um progressista, Bernie Sanders.

Como Iowa e New Hampshire são os primeiros Estados que realizam prévias, os democratas esperam que o número de candidatos se reduza o mais breve possível. Em New Hampshire, a média das pesquisas mostra Sanders na frente, com 26,1% das intenções de voto. Buttigieg vem em segundo, com 21,1%, seguido de Elizabeth Warren (12,8%) e Joe Biden (12,2%). Dias antes das prévias de Iowa, Biden estava em segundo nas pesquisas em New Hampshire. Mas, desde a derrota em Iowa, vem perdendo força em outros Estados.

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Um dos trunfos de Biden - uma imagem que ele tem tentado disseminar - é a de que é o único capaz de vencer Trump. A chance dos democratas contra o presidente é citada pelos eleitores como um fator crucial para decidirem o nome que preferem para disputar a Casa Branca. O problema do ex-vice-presidente é que isso deixou de ser verdade. Agora, pesquisas nacionais já mostram Sanders e Michael Bloomberg com mais chances de derrotar o presidente.

Biden espera começar a ganhar prévias só a partir da Carolina do Sul, dia 29, Estado com grande número de eleitores negros, com os quais Biden é popular. New Hampshire tem 1,3 milhão de habitantes, 90% deles brancos. A importância dos negros para o Partido Democrata é histórica. Foram eles que impulsionaram as candidaturas de Jimmy Carter, em 1976, e de Barack Obama, em 2008 e 2012. Por isso, os candidatos democratas precisam mostrar que não só conseguem superar a fratura ideológica como também as divisões raciais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os democratas, que atuam como promotores no julgamento político de Donald Trump, pediram aos colegas do Senado que cumpram com seu dever e condenem o presidente republicano ao impeachment, em uma última tentativa de tirá-lo do poder, que parece fadada ao fracasso, faltando dois dias para a provável absolvição do mandatário.

"Ninguém está acima das leis nos Estados Unidos, nem mesmo o presidente", declarou um destes promotores democratas, o membro da Câmara de Representantes Jason Crow, perante os cem senadores encarregados de julgar o ocupante da Casa Branca.

"É seu dever declará-lo culpado" de abuso de poder e obstrução do Congresso, acrescentou, lembrando que a Câmara Alta do Congresso americano se propôs a ser "sábia", "imparcial" e "estar acima das disputas partidárias".

Trump "violou seu juramento", mas "ainda não é tarde demais para respeitarmos o nosso", afirmou Adam Schiff, que atua como promotor-chefe do julgamento.

Em sua última intervenção, Schiff disse aos senadores que "não se pode confiar em que este presidente faça o que é certo". "Ele não vai mudar e vocês sabem disso".

"Agora, façam justiça imparcial e condenem-no", acrescentou.

Os advogados do presidente concluíram suas argumentações, pedindo a absolvição de Trump.

"O presidente não fez nada de errado", disse aos senadores o advogado da Casa Branca, Pat Cipollone.

- "Uma farsa" -

As declarações da oposição e da defesa provavelmente não mudarão em nada o desenlace do julgamento. A Constituição americana exige maioria de dois terços no Senado, 67 dos 100 assentos, para destituir um presidente, e Trump pode contar com o apoio irrestrito dos 53 senadores republicanos.

Embora um ou dois senadores surpreendam ao votar contra o presidente, ele está certo de que será absolvido na quarta-feira às 16H00 locais (18h00 de Brasília), o que lhe permitirá se concentrar em sua campanha de reeleição.

Por acasos do calendário, essas intervenções vão se seguir ao tradicional discurso sobre o estado da União, que Trump fará no Congresso perante todos os legisladores na noite de terça-feira.

"Espero que os republicanos e os americanos se deem contra de que esta farsa totalmente partidária é exatamente isso: uma farsa", tuitou o presidente nesta segunda-feira, antecipando o que poderia ser seu discurso de terça.

Trump criticou, ainda, os "democratas da esquerda radical que não fazem nada" e voltou a atacar o funcionário anônimo, cuja denúncia resultou em seu julgamento no Congresso.

No verão passado, um membro dos serviços de Inteligência informou sua preocupação após ter se inteirado de um telefonema entre Trump e seu contraparte ucraniano, Volodimir Zelenski.

Durante esta conversa, Trump pediu a Zelenski que investigasse o democrata Joe Biden, um dos favoritos a enfrentá-lo nas presidenciais de 3 de novembro. Nesse mesmo momento, a Casa Branca congelou uma ajuda militar crucial para a Ucrânia, que há anos vive um conflito com separatistas pró-russos.

- "Fazer trapaças" -

A partir da denúncia, os democratas, majoritários na Câmara dos Representantes, abriram uma investigação com vistas ao julgamento político de Trump, alegando que o presidente abusou dos poderes do Estado para "manchar" seu adversário, Biden, e "fazer trapaças".

Mas os senadores republicanos não estão dispostos a depor seu presidente. Alguns admitiram que Trump fez algo condenável, mas consideram que isso não justifica a sua destituição.

Os republicanos da Câmara Alta já deixaram claro seu apoio ao presidente na sexta-feira, quando se negaram, com apenas dois votos discordantes em suas fileiras, a convocar testemunhas durante o julgamento. Um fato pelo qual, segundo os democratas, o veredicto não terá "nenhum valor".

Seis pré-candidatos democratas se enfrentam, nesta terça-feira (14), no último debate antes do início das primárias nos Estados Unidos, em um clima que promete choques entre concorrentes até então preocupados com se mostrar minimamente unidos.

A campanha teve início com um número recorde de aspirantes à indicação do partido para disputar a Casa Branca com o presidente em busca da reeleição em novembro, o republicano Donald Trump.

Agora, apenas seis candidatos atingiram os critérios mínimos para subir ao palco na Universidade Drake, em Iowa, às 21h locais (23h em Brasília).

Isso equivale a menos de um terço dos que se qualificaram para participar do primeiro debate transmitido pela televisão, em junho passado. Foram tantos nomes que o programa teve de ser dividido em dois dias, com dez pré-candidatos em cada um.

Joe Biden, vice-presidente no governo Barack Obama, chega como favorito em nível nacional, com 28%, seguido do senador Bernie Sanders (20%) e da senadora Elizabeth Warren (16%), conforme a média de pesquisas coletada pelo site RealClearPolitics (RCP).

Também estará presente o ex-prefeito de South Bend Pete Buttigieg. Após um bom desempenho nos debates, ele conseguiu cativar a atenção dos eleitores e aparece com média de 7,5% das preferências nas sondagens. Encerram a lista de participantes a senadora moderada Amy Klobuchar (3%) e o milionário Tom Steyer (2%).

Os principais temas em pauta serão Irã, mudança climática, luta contra a violência pelas armas de fogo e reforma do sistema de saúde dos Estados Unidos.

Desde o debate de dezembro, dois candidatos desistiram: Julián Castro, o ex-secretário da Habitação de Obama e único latino na corrida; e o senador Cory Booker, que anunciou ontem (13) a retirada de sua candidatura.

Sanders avança

O debate acontece em Iowa, que será o primeiro estado do país a se pronunciar nas primárias, em 3 de fevereiro. Nas pesquisas, neste estado rural que decide seu candidato por meio do "caucus" (uma espécie de assembleia), há um empate técnico entre Biden (20,7%), Sanders (20,3%), Buttigieg (18,7%) e Warren (16%).

Sanders deslanchou nos últimos meses, superando as dúvidas, após sofrer um infarto em outubro.

Depois de fechar 2019 com números impressionantes de arrecadação, no fim de semana, sua equipe de campanha se lançou contra outros candidatos, apontando o dedo para Biden com seu voto a favor da guerra no Iraque em 2002.

O senador progressista defende um sistema de cobertura de saúde universal, um plano de luta contra o aquecimento climático e o cancelamento de parte das dívidas estudantis.

Além disso, propõe uma moratória para as deportações e um sistema migratório aberto para os refugiados, em um momento no qual o governo Trump restringe as chegadas de estrangeiros.

Com seu avanço nas pesquisas, surgiram vazamentos sobre sua campanha que complicam sua posição.

Até agora, Sanders evitou se chocar com Warren, já que são politicamente próximos e dizem ser amigos.

Neste fim de semana, porém, o site Politico publicou uma matéria, descrevendo como os voluntários da campanha de Sanders são treinados para destacar pontos fracos da senadora. Warren reagiu, manifestando sua "decepção" à imprensa.

Enquanto isso, Trump parece se comprazer com os conflitos, os quais comenta com frequência.

"Todo mundo sabe que sua campanha está morta", afirmou, referindo-se ao declínio de Warren nas pesquisas.

Depois, divertiu-se com um possível distanciamento entre Warren e Sanders.

Já Biden chega fortalecido ao encontro. Vem contando com o apoio de vários congressistas jovens, que defendem-no como a melhor opção para recuperar eleitores que decidiram votar em Trump em 2016.

Antes disso, porém, aos 77 anos, o ex-vice deverá superar as reservas quanto à sua idade e a seu equilíbrio e saúde mental, alimentadas por suas gafes recorrentes.

Os democratas Joe Biden, Bernie Sanders e Elizabeth Warren, que estão entre os principais pré-candidatos do partido às eleições presidenciais deste ano, criticaram a decisão do presidente americano, Donald Trump, de ordenar um ataque aéreo no Iraque, com objetivo de matar o general Qassem Soleimani, comandante das Forças Quds, uma unidade especial da Guarda Revolucionária do Irã.

No Twitter, Biden, senador e ex-vice-presidente dos Estados Unidos, afirmou que Trump acaba de jogar "um dinamite em uma caixa de areia" com o ataque e, assim, poderia deixar seu país "à beira de um grande conflito no Oriente Médio". Ele cobrou ainda uma explicação da estratégia do republicano para manter as tropas e a embaixada em Bagdá seguros. "O Irã certamente responderá", disse. Teerã prometeu "retaliação severa".

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Também na rede social, o senador Sanders afirmou que "a perigosa escalada de Trump no conflito com o Irã nos aproxima de outra guerra desastrosa no Oriente Médio que pode custar inúmeras vidas e trilhões de dólares a mais". Já a senadora Warren chamou a ação de "imprudente", pois "aumenta a probabilidade de mais mortes e novos conflitos no Oriente Médio. Nossa prioridade deve ser evitar outra guerra cara".

Republicanos

Membros do Partido Republicano de Trump, por sua vez, defenderam a decisão. O senador Lindsey Graham, apoiador próximo do presidente, afirmou que o ataque foi uma "resposta direta à agressão iraniana orquestrada pelo general Soleimani e seus procuradores".

Também senador, o republicano Jim Inhofe afirmou que os EUA "não buscam nem devem procurar guerra, mas responderão em espécie àqueles que ameaçam nossos cidadãos, soldados e amigos".

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