Tópicos | dificuldade

O Big Brother Brasil acabou, mas a vida dos brothers ainda repercute bastante por aqui e com Babu Santana não poderia ser diferente. O ator revelou que mesmo tendo feito 43 filmes, nunca teve uma média de R$ 5 mil por mês. "Dos 43 filmes que eu fiz, em menos de dez eu fiz personagens grandes. Só fiz cinco novelas com contrato fechado com a Globo", explica.

Além disso, o ator revelou ao site Extra que nunca conseguiu fazer muito dinheiro com a sua profissão. "As pessoas têm que entender que, quando você faz uma peça com 30 pessoas,não tem salário de R$ 10 mil para todos - isso quando tem patrocínio, porque a maioria das peças que eu fiz foi sem patrocínio", salienta.

##RECOMENDA##

Quando perguntado sobre o dinheiro que fez com o seu maior e mais famoso papel no cinema, Santana pontua que não ganhou o suficiente para comprar a sua casa própria e manter uma família de quatro pessoas. "O 'Tim Maia' teve um orçamento aproximadamente de R$ 3 a 4 milhões e umas 200 pessoas trabalhando. Quanto você acha que eu ganhei? De 40 anos de vida, apenas uns três ou quatro eu fiz mais de R$ 100 mil no ano", pontua.

Jornalistas de todo o mundo estão enfrentando um novo desafio na profissão nestes tempos de pandemia. Considerado um trabalho essencial - pela importância de se levar informação à população -, muitos continuam indo às ruas para desempenhar o seu ofício e outros estão dando continuidade às atividades dentro de casa. Nos dois casos, o ineditismo da situação e a necessidade de improvisar têm ocasionado momentos constrangedores e até engraçados, que vão de interferências de pets à nudes acidentais. 

Quando se trabalha de maneira um tanto improvisada, sobretudo em transmissões ao vivo, tudo pode acontecer. Que o diga Melinda Meza, repórter  da emissora KCRA 3, de Sacramento, na Califórnia, Estados Unidos (EUA). Ela falava do banheiro de sua casa sobre como manter a saúde dos cabelos durante a quarentena quando seu marido surgiu totalmente pelado no reflexo do espelho. A situação gerou muitas piadas na internet. 

##RECOMENDA##

Já o meteorologista Jeff Lyons, da WFIE, afiliada da NBC no estado de Indiana, também nos EUA, acabou ganhando uma nova companheiro de trabalho após sua gata de estimação, Betty, invadir uma de suas transmissões. A pet fez tanto sucesso que virou, oficialmente, a Gata do Tempo, e além de ter virado atração fixa do noticiário gahou um perfil no Instagram. 

[@#video#@]

As interferências e surpresas, no entanto, não acontecem somente com aqueles que estão trabalhando no regime ‘home office’. No Brasil, o apresentador Douglas Belan, que comanda o telejornal Bom Dia MT, na afiliada da TV Globo do Mato Grosso, foi surpreendido com um nude de um telespectador que enviou a foto enquanto o jornal estava ao vivo. Já na CNN brasileira, a jornalista Renata Agostini teria dormido durante um debate ao vivo. Ela dividia a transmissão com William Waack e outros comentaristas quando, de repente, fechou os olhos e não respondeu mais. Noticiar a pandemia do coronavírus certamente tem dado muito trabalho aos profissionais da informação. 

Com mais de 838 mil seguidores no Instagram, a modelo americana Jenna Lee, de 27 anos, decidiu ajudar os fãs que estão sobrevivendo com dificuldades financeiras após o surto da covid-19 nos Estados Unidos. Ela elegeu dois seguidores e garantiu que vai custear seus aluguéis durante o período de quarentena.

Jenna fez um post pedindo que os seguidores enviassem mensagens contando sobre as dificuldades de se sustentar durante o isolamento domiciliar. Ela também solicitou a apresentação do comprovante de aluguel, além de provas que confirmassem os problemas financeiros.

##RECOMENDA##

"Não fique constrangido. Todos estamos tento problemas. Você não está sozinho", publicou a modelo. Após a análise, ela escolheu os dois perfis. O primeiro trata-se de Tess, uma mãe solteira de duas crianças, e o segundo será o Matt, pai de quatro filhos.

No último fim de semana, alguns internautas tiveram que lidar com um problema ocasionado pelo Instagram. Quem tentou entrar na rede social percebeu que o login não finalizava. Muitas pessoas relataram que uma mensagem, ao iniciar o acesso, afirmava que a conta precisava passar por uma etapa de verificação de autenticidade. 

Segundo a direção do Instagram, a falha está sendo avaliada para que os usuários possam, em breve, voltar a navegar no aplicativo. Foram afetados com o erro internautas dos Estados Unidos, Itália, Alemanha e França. No Brasil, as reclamações tomaram conta do Twitter.

##RECOMENDA##

No microblog, as pessoas ficaram irritadas com o problema e desabafaram por meio das hashtags #InstagramDown e #FixYourAppInstagram. "Eu quero minha conta de volta. Meu login e senha estão corretos e vocês ficam nessa frescura", comentou um dos internautas.

Heloísa Wolf Bolsonaro, esposa do deputado Eduardo Bolsonaro, fez um desabafo através do Instagram sobre a vida que leva com o seu marido e os "perrengues" que passa com o salário de R$ 33 mil que Eduardo pelo cargo que ocupa. "A gente foi pro Havaí, mas nosso almoço era US$ 2 ou US$ 3, no mercadinho. Ficava até mais magrinha", lembra. 

##RECOMENDA##

A nora do presidente Jair Bolsonaro afirma que a "glamourização da vida política tem que acabar". Para economizar, Heloísa diz que prefere fazer faxina na sua casa - além de ter achado caro pagar R$ 60 para fazer as unhas. 

Mesmo com alguns "perrengues", a esposa de Eduardo relata: "Não nos falta nada. A vida é muito boa com a gente. A gente consegue fazer viagens nas férias e jantar bem com os amigos", desabafa. Inclusive, segundo relato da Heloísa, é assim que o casal mais gosta de gastar os 'poucos' R$ 33 mil que o parlamentar recebe mensalmente.

"Não estou reclamando, só quero que vocês entendam que não é esse luxo. A gente não fica andando de iate e barco à toa, de jatinho, de primeira classe. A gente passa muito perrengue também. Quando a gente vai pros Estados Unidos, economiza", pontua Heloísa Bolsonaro. 

 

A calamidade em que se encontra o Hospital Getúlio Vargas (HGV), localizado na Caxangá, Zona Oeste do Recife, só vem piorando a cada dia. Em visita à unidade de saúde na última quarta-feira (14), o LeiaJá sentiu de perto a situação degradante do espaço: pacientes literalmente jogados pelos corredores da unidade, praticamente amontoados um em cima do outro. Com poucos leitos disponíveis no local, devido tamanha superlotação, as ambulâncias que chegam com os pacientes tem que deixá-los “acomodados” na maca que poderia ser usada para socorrer outras pessoas.

A superlotação do HGV obriga que os pacientes, seja em estado grave ou não, tenham que ficar em cadeiras e até em pé, sem essa de prioridade, para tomar as medicações na medida do possível. Quem procura o hospital reclama da situação e diz que isso não deveria ser a realidade nem dos cachorros. “Eu estou aqui com a minha mãe que caiu e fraturou o osso do pé. Agora você vê a situação dela, uma fratura exposta, com a carne aberta capaz de pegar uma infecção por conta da realidade desse hospital - absurdo”, exclamou uma acompanhante que não quis se identificar.

##RECOMENDA##

Para além das dificuldades de leitos, macas e espaços para medicação dos pacientes, a unidade sofre de um mal cheiro muito grande, possivelmente por conta das feridas dos pacientes e a falta do ar-condicionado nos corredores que não deveriam estar tomados pelas pessoas. 

Dois vídeos mostram a realidade do HGV em 2018 e 2019, confira

[@#podcast#@]

Procurando atendimento na última quarta (14), uma idosa de 70 anos precisou ser atendida no chão, já que não conseguia se locomover e não tinha maca necessária para atender a demanda dela. Enfermeiros e médicos, diante dessa situação, também tentam se virar como podem para que, pelo menos, os atendimentos sejam garantidos em meio ao caos.

Sem querer se identificar, um profissional do Getúlio Vargas apontou que esse problema de superlotação não é exclusividade do HGV. “Se você for em outros hospitais do Recife, com toda certeza vai ver essa dificuldade dos pacientes. Não tem leito para todo mundo em lugar nenhum porque a demanda está grande. Muito disso se deve porque as pessoas não estão tendo mais condições de pagar planos de saúde e toda a demanda começa a voltar para o SUS”, relata.

A afirmação do profissional não bate com a última atualização da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). De acordo com o órgão, no mês de junho deste ano o setor de planos de saúde contabilizou em todo o país mais de 47 milhões de beneficiários. Os dados apontam crescimento em número de clientes na segmentação médica, em comparação ao mês de maio de 2019 e ao ano de 2018 - o que mantém a tendência de estabilidade. Pernambuco, por exemplo, saltou de 1.339.690 em junho de 2018 para 1.343.527 em junho de 2019. Isso representa um acréscimo de 3.837 ao plano de saúde.

A triste situação do HGV não é de pouco tempo, há pelo menos 10 anos pacientes reclamam da superlotação no local que é referência no atendimento de ortopedia em Pernambuco. O governo do Estado garante que vem fazendo o possível para amenizar a calamidade instaurada no local. No início de julho deste ano, 28 leitos foram inaugurados, com a instalação das salas vermelha e amarela para o atendimento aos pacientes mais graves na unidade de saúde. No entanto, tal “novidade” já apresenta problemas. 

Nas redes sociais, um paciente compartilhou um vídeo que mostra uma queda de água vindo de um ar-condicionado na ala vermelha, recém entregue pelo governo. Procurada, a Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco aponta que o aparelho apresentou falha no sistema de congelamento. 

[@#video#@]

Confira a nota, na íntegra, da Secretaria de Saúde de Pernambuco

A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) reconhece a grande demanda na emergência do Hospital Getúlio Vargas (HGV), mas informa que, mesmo diante da situação, a unidade vem garantindo o atendimento à população, priorizando os casos mais graves. É importante destacar, ainda, que o HGV está funcionando em sua plena capacidade e não recusa atendimento, garantindo a assistência a todos. Todos os pacientes são acompanhados diariamente e ficam em observação contínua para reavaliação de seus quadros e definição de conduta terapêutica.  

É importante explicar também que os pacientes internados na emergência da unidade são acomodados de acordo com a gravidade do quadro de saúde nas alas vermelha e amarela. Diariamente, recebem visita de equipe multidisciplinar, que avalia a necessidade de transferência para leitos internos ou de convênio de acordo com a disponibilidade de vagas, priorizando de acordo com o quadro clínico e gravidade do caso. 

Sobre o ar condicionado, a direção da unidade esclarece que o aparelho, recém-instalado, apresentou falha no sistema de congelamento, por isso precisou ser desligado para troca dos filtros e descongelamento do equipamento. A equipe de manutenção foi acionada e já realizou os reparos necessários. Vale ressaltar também que os aparelhos da unidade passam, periodicamente, por manutenção preventiva.

O Governo do Estado vem investindo fortemente no reforço das escalas na rede hospitalar. Desde 2015, foram 6,6 mil profissionais concursados convocados - o maior chamamento da história de Pernambuco. Para suprir a crescente demanda, qualificar a assistência e manter as escalas completas no Hospital Getúlio Vargas, mais de 500 profissionais, entre médicos e outras categorias de saúde, foram convocados para a unidade nos últimos anos.

Sobre a nova emergência, o Governo de Pernambuco inaugurou, no início de julho, mais 28 leitos, com a instalação das salas vermelha e amarela para o atendimento aos pacientes mais graves – sendo 14 em cada uma delas. A primeira fase da reforma foi concluída e entregue ainda no final de setembro de 2018. Foi realizada também a modernização da subestação de energia, promovendo um aumento de 50% em sua capacidade elétrica.

 

##RECOMENDA##

O colapso em que vive o sistema materno de Pernambuco, com maternidades superlotadas, falta de insumos, leitos, mulheres sofrendo violência obstétrica e outras dificuldades motivaram o LeiaJá a desenvolver o especial "À Luz do Sofrer", uma publicação multimídia para mostrar a população a realidade difícil que as gestantes do Estado enfrentam para conseguirem dar à luz. 

São três reportagens desenvolvidas com foco para a Região Metropolitana do Recife, local onde se registram as maiores dificuldades do sistema. Na reportagem “Maternidade: a falta da dignidade humana na saúde pública”, o site mostra o que, possivelmente, são os fatores determinantes para o caos instalado nas maternidades que funcionam “adequadamente”. 

A reportagem “Outro filho? Só se for castigo de Deus” personifica as consequências de se ter uma rede materna colapsada, com estrutura defasada e a dificuldade no meio do desconhecido. Esta segunda reportagem ainda traz à tona a violência obstétrica relata pelas jovens mulheres que passaram pelo sistema.

“Precaridade afeta saúde dos profissionais da rede materna” é a terceira e última reportagem deste especial. Aqui são mostradas as dificuldades dos médicos que são sobrecarregados pela alta demanda, sem condições de trabalho, tendo que “se virar” para conseguirem acomodar as pacientes - seja na cadeira de rodas, no chão, ou "onde der". 

Os autores das reportagens são Jameson Ramos e Victor Gouveia. A edição de texto ficou a cargo de Alexandre Cunha; edição de vídeo Danilo Campelo; artes/ilustrações de João de Lima e Imagens de Júlio Gomes e Rafael Bandeira.

Confira as reportagens do especial À Luz do Sofrer

- Maternidades: a falta da dignidade humana na saúde pública

- "Outro filho? Só se for castigo de Deus"

- Precariedade afeta saúde dos profissionais da rede materna

Sem leitos para todos os pacientes e com superlotação, profissionais que atuam na Maternidade Barão de Lucena tem que trabalhar "do jeito que dá". Imagem Cortesia.

##RECOMENDA##

"Aplicarei os regimes para o bem do doente segundo o meu poder e entendimento, nunca para causar dano ou mal a alguém. A ninguém darei por comprazer, nem remédio mortal nem um conselho que induza a perda. Do mesmo modo não darei a nenhuma mulher uma substância abortiva." Esse é um trecho do juramento que os médicos fazem ao se formarem. No entanto, todo dia é uma luta para que esses profissionais consigam cumprir o juramento e, assim, auxiliar quem precisa de ajuda. Afinal, como dar conta de um hospital com leitos insuficientes, falta de medicamentos, infraestrutura inadequada e uma escala de profissionais defasada - sobrecarregando quem ainda insiste em cumprir o que foi prometido?

Essa é a realidade dos profissionais que atendem a rede materna pública de Pernambuco, que vive um caos diário com as unidades superlotadas e a falta da capacidade humana para atender toda a demanda. De acordo com os relatos de alguns médicos obstetras, existem maternidades no Estado com uma ocupação que chega a 400% do que poderia suportar. “Você vira para o lado e ‘pergunta meu Deus, o que é que está acontecendo? Quem é que eu vou poder priorizar aqui em detrimento das outras pessoas?.’ Isso mexe com o emocional do profissional”, relata Agostinho Machado, membro da câmara técnica de ginecologia e obstetrícia do Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe).

Essa realidade faz com que esse profissional chegue ao final do plantão com o desgaste físico e mental. Machado diz que já viu médicos passarem no concurso público, começarem a atuar na área e, com pouco tempo de exercício, pedem para sair porque não aguentam a realidade do sistema. “O que muitas vezes deixa o profissional triste é que entra e sai secretário e não há um avanço. Isso causa uma aflição e o profissional adoece. Lidar com a saúde é uma responsabilidade muito grande. A obstetrícia (por exemplo) está lhe dando com duas vidas e tem uma responsabilidade dobrada. Está muito difícil atualmente”, aponta Agostinho Machado.

A Maternidade Bandeira Filho deveria atender apenas os casos de Alto Risco, mas por conta do colapso que o sistema materno vive, o cotidiano dos profissionais e pacientes é o que mostra a foto. Imagem Cortesia

Em 2017, o Conselho Federal de Medicina (CFM) entregou mais de 15 mil páginas impressas com os relatórios de fiscalização de quase 3 mil ambulatórios e postos de saúde distribuídos por todos os Estados e Distrito Federal do Brasil. As visitas foram realizadas entre janeiro de 2015 e junho de 2017; uma série de irregularidades foi encontrada. Com a realidade "em mãos", o órgão afirma que o Sistema Único de Saúde (SUS) está “abandonado”. No Manifesto, os profissionais destacaram as dificuldades que prejudicam o sistema ao longo dos anos. 

A falta de leitos é considerada um dos principais “gargalos” do SUS. De acordo com o CFM, de 2010 a 2015, o Brasil perdeu 23,6 mil unidades destinados aos pacientes que precisam ficar por mais de 24 horas internados. O efeito colateral apontado pelo órgão é a sobrecarga nos serviços de urgência e emergência. No Brasil, psiquiatria, pediatria cirúrgica, cirurgia geral e obstetrícia são as especialidades que mais sofreram o impacto do fechamento dos leitos de internação. O Conselho Federal de Medicina aponta que, em números absolutos, os estados das regiões Sudeste e Nordeste foram os que mais sofreram redução no período. 

À assessoria do CFM, Mauro Ribeiro, então vice-presidente do órgão, disse que  “Todos os dias nós, médicos, testemunhamos a morte de pessoas que poderiam ser salvas pela disponibilidade de um leito de UTI. Para os governos, quando um paciente morre, trata-se apenas de mais um número. Para a família, no entanto, é uma tragédia”, pontua.

Cláudia Beatriz, presidente do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (SIMEPE), reforça que maioria das maternidades do Estado estão com as escalas de plantões defasadas. “A Barros Lima, por exemplo, era para estar trabalhando, a cada plantão de 12 horas, com 5 obstetras, 3 neonatologistas e 2 anestesistas. A Bandeira Filho e a Arnaldo Marques deveriam atuar com 4 obstetras, 3 neonatologistas e 2 anestesistas. Atualmente, nenhuma dessas 3  tem equipes completas os sete dias da semana”, diz Beatriz. 

Um levantamento do Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (CREMEPE), obtido em primeira mão pelo LeiaJá, mostra a situação das maternidades de Alto Risco do Estado. Todas elas estão localizadas no Recife. 

Beatriz, que também atua como obstetra na Maternidade Barros Lima, localizada em Casa Amarela, Zona Norte do Recife, lembra que no dia 11 de março, a unidade contava com 2 obstetras, 2 neonatologistas e 2 anestesistas. Ou seja, só contando os obstetras, foram menos 3 profissionais para dar conta de todas as parturientes que procuraram a maternidade para terem o seu bebê.  

“A capacidade dos profissionais reduzida faz com que nós não consigamos dar conta, devidamente, de tudo. São esses hiatos que fazem com que tenham bebês morrendo na barriga da mãe. Não é porque o médico deixou de fazer uma cesariana, não. Eu já vi colegas chorando por perderem vidas de pacientes por conta das dificuldades que enfrentam no sistema público de saúde”, lamenta Cláudia.

Como ninguém está livre de doenças, esses profissionais médicos sobrecarregados estão desenvolvendo cada vez mais a Síndrome de Burnout. De acordo com o Ministério da Saúde, a principal causa da doença, conhecida também como "Síndrome do Esgotamento Profissional", é justamente o excesso de trabalho. Esta síndrome é comum em profissionais que atuam diariamente sob pressão e com responsabilidades constantes, como médicos, enfermeiros, professores, policiais, jornalistas, dentre outros.

Ainda não há um levantamento do órgão federal que demonstre a imensidade desse problema. Imagem Pixabay.

Estes profissionais médicos estão padecendo de estigmas e expectativas sociais. Por um lado é adorado e endeusado quando suas intervenções são imediatamente bem sucedidas. Por outro lado, são cobrados a nunca errar e sempre fazer viver, ou não deixar morrer ninguém. No entanto, mesmo sendo um interventor, esse profissional não tem o dom da vida. 

"Quem está na linha de frente é quem geralmente recebe essa cobrança e carga emocional. Algumas vezes, já me deparei com essa indignação e eu digo ao paciente que estou do lado dele. O que eu quero para ele é o mesmo o que ele quer para a esposa dele. Mas, muitas vezes, o desfecho desfavorável é porque faltou um leito, uma acomodação adequada”, exclama o doutor Agostinho Machado. Ele complementa que está faltando as pessoas irem aos órgãos públicos cobrarem para que os problemas sejam minimizados. 

“Os médicos, dentro desse cenário, são tão vítimas quanto eles (pacientes). Quando eu saio de casa e vou para o plantão, saio com a sensação de que vou querer ajudar alguém e oferecer o meu melhor. Mas há um limite para isso. Se não tem estrutura, não tem equipe, não tem acomodação que te permite fazer isso, você acaba tendo o risco de acontecerem os desfechos desfavoráveis que machucam demais. Nós cobramos, mas não temos as respostas à altura”, pontua o membro da câmara técnica de ginecologia e obstetrícia do Cremepe. 

LeiaJá também

- Maternidades: a falta da dignidade humana na saúde pública

- "Outro filho? Só se for castigo de Deus"

Após os passageiros do Grande Recife, que dependem do metrô, começarem a semana enfrentando dificuldades para se deslocarem, a CBTU Recife informa que está trabalhando de forma ininterrupta para resolver os problemas, mas que - mesmo assim -, não haverá operação na Linha Centro do Metrô Recife nesta terça-feira (16), e na quarta (17), com as estações da Linha Centro fechadas.

A equipe de manutenção aponta que equipamentos elétricos das duas linhas que auxiliam na troca de via foram danificadas na manhã deste último domingo (14). Devido a essa ocorrência não será possível que o sistema opere em via singela, que é quando o trem circula em uma única via. 

##RECOMENDA##

A previsão, de acordo com a CBTU, é que a normalidade seja restabelecida na quinta-feira (18). "A Companhia lamenta transtornos causados devido à paralisação da Linha Centro do Metrô do Recife. As Linhas Sul e VLT do Metrô do Recife funcionam normalmente", acentua o órgão.

A cena teatral pernambucana acaba de sofrer uma baixa. Os realizadores do festival Trema! anunciaram, nesta segunda (8), através de um post em sua página no Facebook, o fim do evento. Segundo a postagem, a falta de apoio e o não recebimento do aporte prometido pelo Governo de Pernambuco e da Prefeitura de Camaragibe seriam os motivos.

Realizado pelo Trema Plataforma de Teatro, o festival já havia realizado seis edições, trazendo para o Recife e Região Metropolitana, montagens de companhias e grupos de todo o país, além das locais. Além disso, o evento também promovia atividades formativas na área, bem como debates e lançamentos de publicações.

##RECOMENDA##

Os problemas para a viabilização não são novidade. Em 2018, a sexta edição do Trema! chegou a ficar ameaçada, mas os realizadores Pedro Vilela, Mariana Russu e Thiago Liberdade conseguiram contorná-las e levaram uma programação extensa, e até polêmica, por contar com espetáculos que haviam sofrido intolerância em outros festivais, como o paranaense DNA de Dan e O Evangelho Segundo Jesus, Rainha do Céu, protagonizado pela atriz trans Renata Carvalho.

[@#video#@]

Pedro Vilela, idealizador e curador falou, com exclusividade, ao LeiaJá, sobre a falta de incentivo e apoio que vem enfrentando. O realizador disse que o festival tentou o apoio federal da Lei Rouanet, além de ter procurado auxílio junto às Prefeituras do Recife e Camaragibe, e Governo de Pernambuco, sem sucesso. Somado a isso, está o não pagamento dos aportes prometidos pela Prefeitura de Camaragibe e Governo do Estado, para a edição de 2018.

Segundo Pedro, parte do pagamento do Governo do Estado foi feito, porém, o restante não tem nem previsão de chegar: "Eles dizem que não somos só nós, que existem outros artistas para receber. Isso está acontecendo por conta da mudança de secretário e ele ainda está ficando a par de todas as contas". Já em relação à prefeitura de Camaragibe, o problema parece um tanto mais complicado uma vez que o município está passando por investigações em seus cofres por parte do Ministério Público: "É mais complicado. Nós assinamos um contrato e eles alegaram que o empenho foi feito com um valor abaixo; e agora as contas estão travadas porque estão sendo investigadas", disse.

A Prefeitura do Recife também foi procurada pela organização do festival, porém, de acordo com Vilela, desde janeiro de 2019 foram protocolados cinco ofícios, junto à Fundação de Cultura do município com a solicitação mas não houve resposta até então. O Trema! também tentou o edital do Funcultura, que está com recurso sendo avaliado, mas sem previsão de conclusão. Com tantas dificuldades, a decisão foi a de acabar com o evento: "Esse ano a gente já confirmou que não haverá edição. Por mais um ano nós não conseguimos captação de recurso via lei federal e a Prefeitura do Recife, apesar de nos termos protocolado os ofícios, não nos deu resposta. O Governo do Estado por essa dificuldade econômica que está vivenciando disse que não poderia nos apoiar, então tudo isso fez com que a gente não tivesse nem um real para fazer o festival ".

Pedro lamenta a decisão e diz que o sentimento é de abandono, sendo esse um problema recorrente em Pernambuco. "A sensação é de descaso, quando a gente protocola cinco ofícios para uma Fundação de Cultura e eles não fazem nem questão de responder, a gente olha e faz: 'o que se tornou essa cidade'? É uma falta de respeito aos artistas. Isso não é só conosco, a gente sabe que nesse momento diversas entidades culturais estão passando por essa dificuldade".

O pesar do produtor vai além ao mencionar o público que perde mais um evento cultural no calendário local: "Quem perde não somos só nós, é o Estado, a cidade; a gente acredita que (o Trema!) seja uma ação que tenha sua importância e que ao deixar de fazer quem perde é a sociedade".

O que dizem os órgãos

Procurados pelo LeiaJá, a Prefeitura do Recife (PCR) e o Governo do Estado responderam às reclamações do festival. A PCR confirmou o recebimento dos ofícios enviados pela produção do Trema! mas negou a falta de resposta tendo alegado discordância acerca dos valores oferecidos como motivo do insucesso da parceria entre o órgão e o evento este ano: “A Prefeitura do Recife informa que recebeu a documentação e esteve em tratativas com a organização do TREMA!, tendo assegurado o mesmo valor do apoio dado no ano passado. A oferta, no entanto, foi recusada pelos organizadores, que demandaram para esta edição do festival um valor bem mais alto”, disseram, por meio de sua assessoria.

Já o Governo do Estado reiterou sua dificuldade em cumprir com alguns pagamentos, frisando que alguns deles já foram realizados no início de 2019. A respeito do festival, não foi informada previsão para quitação do aporte da edição anterior: “No caso específico dessa peça, precisamos ver qual foi o processo, identificar isso junto ao financeiro e saber a situação”. Ainda segundo a assessoria, a informação está sendo levantada. A Prefeitura de Camaragibe não respondeu aos questionamentos enviados até o fechamento desta reportagem.

Quem está tentando financiar um curso de graduação pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies e P-Fies) enfrenta problemas na manhã desta quinta-feira (7). Segundo estudantes, o site do programa está lento e não permite que os alunos realizem as inscrições.

Em diversas redes sociais, os alunos reclamam do questionário inicial, em que o candidatos devem preencher informações pessoais como nome, município e curso  que desejam concorrer à oportunidade, está com problemas. "Não tá disponível pra preencher as outras opções no Grupo de Preferência do FIES... alguém me ajudaaaaaaaaaaaaaaaa!!! Já tentei no Mozilla, Google explore." [sic], tuitou uma internauta.

##RECOMENDA##

Confira abaixo uma galeria com as reclamações dos estudantes:

[@#galeria#@]

Matemática e suas Tecnologias foi uma das provas do segundo dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) realizado neste domingo (11). Para os professores, a prova teve um aumento na complexidade dos cálculos, em relação ao ano anterior, mas também contou com questões fáceis.

Um assunto que cresceu foi o de geometria. “Principalmente na área de geometria plana. Caíram mais questões este ano”, analisou o professor Alberto César. “Proporção, como a gente sempre sabe, caiu em quantidade, elevada. Probabilidade também”, complementou.

##RECOMENDA##

Uma novidade na prova deste ano foi matriz. “Desde 2009 para cá só tinha caído uma questão, então voltou a cair este ano”, destacou o professor. Em compensação, geometria espacial teve uma queda. De acordo com Alberto César, geralmente caem cinco a seis questões do tema geometria espacial, mas este ano caíram apenas duas.

“No aspecto geral, a prova foi mais conteudista. Precisou de mais cálculos. Está aumentando a complexidade dos cálculos. Mas tiveram também questões fáceis, como sempre tem. Subiu o nível, de modo geral”, disse Alberto.

A química foi um dos assuntos abordados dentro da prova de Ciências da Natureza e suas Tecnologias no segundo dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), realizado neste domingo (11). Para o professor da disciplina, Berg Figueiredo, os alunos se depararam com uma prova aprofundada na questão dos conteúdos, mas bem elaborada e positiva para aqueles alunos que se prepararam desde o começo do ano.

"A prova trabalhou uma pegada de química orgânica, fisicoquímica e também de química geral", afirmou. Solubilidade, compostos químicos e hibridização foram alguns dos assuntos presentes.

##RECOMENDA##

“O aluno teria que ter conhecimento para saber encontrar a resolução de algumas questões”, complementou Berg Figueiredo. “Aquele que veio se preparando, se dedicando, praticando, acredito que fez uma boa prova de química porque, no geral, achei a prova bem elaborada, bem dividida nos assuntos”, concluiu.

Comentários da prova ao vivo

O professor Berg Figueiredo é um dos convidados do Vai Cair no Enem, programa realizado pelo LeiaJá, para comentar a prova e resolver uma questão ao vivo na noite deste domingo. Os alunos que querem saber mais sobre o segundo dia de provas podem acompanhar a live por meio do YouTube e também no Instagram a partir das 20h30 (horário de Brasília).

 

[@#galeria#@]

O segundo dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) terminou às 18h30, horário de Brasília, deste domingo (11). Até os últimos momentos de prova, havia alunos lutando contra o tempo para conseguir entregar as questões.

##RECOMENDA##

O estudante Luciano dos Santos foi um dos últimos a entregar sua ficha na Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), no centro do Recife. "Achei a prova razoável, tinham muitas questões complexas. Fiz um cursinho e me preparei na medida do que deu. Eu também trabalho e não deu para me dedicar tanto ao estudo", comentou o jovem que sonha em cursar Direito.

Jonas Dantas quer um curso na área de tecnologia. Ele gostou da prova, mas preferiu o primeiro dia. "Achei que não conseguiria explorar o tema da redação, mas consegui. A prova de hoje foi tranquila, mas eu gostei mais de Ciências da Natureza, estava fácil", avaliou.

Buscando Engenharia Química ou Eletrônica, Jonathan Soares acredita que o tempo para responder a prova é curto. "Acho que o tempo deveria ser maior ou ter menos questões. Uma coisa boa foi a divisão dos dias. Eu tenho expectativa de tirar uns oito, passar e ser feliz", brincou.

Quem não gostou tanto da prova foi a jovem Débora Vitória, porém desta vez ela fez apenas como experiência. "Hoje a prova foi desmotivadora. Ano que vem é valendo, quero fazer Biomedicina. Vou tentar organizar melhor o tempo, estudar cada vez mais e me dedicar", finalizou. 

Com informações de Taciana Carvalho

Há 7 meses desempregado, Claudio dos Santos, 42 anos, decidiu ir a um dos semáforos da Avenida Agamenon Magalhães, Região central do Recife, em busca de uma oportunidade de emprego. Com cartaz em mãos, o motorista de caminhão e ônibus pede uma vaga de trabalho "urgente", como diz a mensagem.

Com obrigações financeiras em casa, Cláudio recorreu ao meio para tentar chamar atenção, tendo em vista, a demora em conseguir um emprego. "Já coloquei currículos pessoalmente e via e-mail, mas não obtive o resultado esperado. Está muito difícil. Tem muita gente desempregada", pontua.

##RECOMENDA##

A ideia surgiu há pouco tempo e o motorista se inspirou em uma outra pessoa que teve a mesma atitude. Entusiasmado, o processo de execução da ideia demorou pouco tempo. "Fui a uma gráfica, mandei confeccionar o cartaz e decidi ir à rua com muita coragem e força de vontade para atrair o olhar de alguém que possa me ajudar", explica.

Com mais de 9 anos de experiência na área, Claudio, residente do bairro de Boa Viagem, zona sul do Recife, começou nesta terça-feira (10) a ação nas imediações da Praça do Derby. "Muita gente parou e tirou foto para compartilhar na rede social, eu achei isso muito bacana, tentarem me ajudar, mesmo quando não podem oferecer o emprego", comemora. 

O jornalista Mauro Rossiter foi um que compartilharam a imagem de Claudio nas redes sociais. “(...) Quem souber de alguém que possa ajudar esse trabalhador, dá essa força aê! Se puder compartilhar, vai ajudá-lo também!”, diz o post no facebook, que já conta com 16 compartilhamentos.

Ainda sem nenhum retorno sobre possíveis contratações, Cláudio promete voltar ao mesmo local nesta quarta-feira (11), no período da manhã, e continuar a divulgar a sua disponibilidade. Para ajudá-lo, entre em contato pelo telefone: (81) 98712-6986.

Cotado para disputar o cargo de governador de Pernambuco em 2018, o vereador do Recife Ivan Moraes (PSOL) criticou o perfil de Paulo Câmara (PSB) afirmando que o pessebista tem dificuldade em ouvir a população. “Se diz sobre o governador que é um excelente técnico, que é uma pessoa que sabe planejar, uma pessoa que entende de planilha, mas a gente está vendo que ele não tem perfil político. Ele não tem o perfil de dialogar com as pessoas”, alfinetou em entrevista ao LeiaJá. 

Ivan direcionou as críticas aos demais componentes da equipe do governador. “Não é somente a pessoa do governador, o governo do PSB tanto no município como no Estado, é um governo que tem muita dificuldade de ouvir a população, um governo que acredita muito nas fórmulas que eles acreditam e deixam de ouvir a sociedade civil”, lamentou. 

##RECOMENDA##

“Eu não sei nem se o governador é candidato. Eu não sei se eu sou candidato. Estamos em um momento muito interessante: chegamos ao final de 2017 e não tem nenhuma candidatura consolidada para o Governo do Estado, nem a do próprio governador. Certamente, se for candidato, o governador vai ter muita dificuldade. Ele tem um governo muito fácil de criticar, agora o desafio da oposição vai precisar ser mais do que criticar porque criticar qualquer um faz”, declarou. 

O vereador disse acreditar que a disputa de 2018 será diferenciada porque vai existir muita opções na hora que o eleitor precisar escolher os próximos deputados, governadores e demais candidatos a cargos políticos. Ivan falou que o debate será amplo, mas que a população deve prestar atenção no discurso de cada candidato e voltou a ressaltar que está disposto de entrar no pleito. 

“Estou disposto. Quem está na chuva é para se molhar. Eu entrei na vida partidária porque eu acredito na possibilidade da sociedade mudar a forma de fazer política no Brasil. Eu não entrei para ser vereador, para ser deputado ou para ser governador. Eu entrei para ver se mais gente entra, para ver se a gente começa a participar mais. Eu sou uma dessas pessoas. A gente precisa propor e apresentar para a sociedade que dá para fazer diferente. É possível ter prioridades diversas que existem nesse governo. Criticar o governador é fácil demais, qualquer um pode fazer. E ele [Paulo Câmara] está pagando o preço pelo que ele fez e o que ele não fez”, disse. 

Segurança pública

O psolista também falou sobre um dos temas que mais está preocupando a sociedade: a segurança pública. Ele ressaltou que mais do que estar atento à questão das drogas, é preciso enfrentar a quantidade de homicídios. Afirmou, ainda, que menos de 10% das mortes em Pernambuco são investigadas. “A gente não pode estar gastando o nosso recurso prendendo criança porque está com maconha no bolso. Se a gente for fazer o enfrentamento do tráfico, a gente precisa prender grandes quantidades, agora o foco da investigação precisa ser homicídio. O problema da gente é homicídio porque mata-se muita gente no nosso estado. Vamos bater, provavelmente, cinco mil pessoas assassinadas em Pernambuco neste ano”. 

Ivan salientou que é preciso mandar uma mensagem para a sociedade de que homicídios não serão aceitos. “Homicídios serão investigados e de que as pessoas que cometem homicídios serão presas. O tráfico de drogas é um problema, mas o maior problema é a morte. Importa pouco para a sociedade se aqui ou acolá tem gente vendendo ou comprando droga. Importa muito para a sociedade que nesses territórios as pessoas estão sendo assassinadas”, destacou. 

Em meio às negociações do governo com a base aliada para a reforma ministerial e os esforços para a votação das mudanças nas regras da Previdência, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), avalia que o presidente Michel Temer terá dificuldades para aprovar o pacote de medidas de ajuste fiscal de 2018.

Em entrevista ao Estadão/Broadcast, na terça-feira, 14, Maia afirmou que os projetos no Congresso que tratam, por exemplo, do adiamento dos reajustes dos servidores públicos e o aumento da alíquota previdenciária do funcionalismo são "temas difíceis" de serem aprovados este ano.

##RECOMENDA##

"Acho que são temas difíceis (de aprovar). O governo tem que estar com a base organizada. Acho que a suspensão do reajuste dos servidores e o aumento da contribuição previdenciária são mais difíceis do que a questão (da tributação) dos fundos (fechados de investimento)", afirmou.

Para Maia, o governo não teria fôlego para enfrentar protestos organizados por centrais e grupos ligados ao funcionalismo público e os deputados não estariam dispostos a se indispor com as categorias.

"O servidor público, muitas categorias, tem uma boa mobilização. Então, o deputado sempre tem mais preocupação nisso do que em relação a tributar fundos. Até porque a esquerda certamente vai votar a favor da tributação dos fundos, então vai ter uma votação mais tranquila", disse o presidente da Câmara.

Em agosto, o ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Dyogo de Oliveira, anunciou a intenção da equipe econômica de adiar em 12 meses do reajuste de salário para os servidores públicos do Executivo federal. Pelo acordado inicialmente, as categorias teriam aumento a partir de agosto deste ano ou janeiro do ano que vem. O congelamento do reajuste não atinge os militares.

Com a postergação dos aumentos, o governo esperava economizar R$ 5,1 bilhões em 2018. Os reajustes para o Executivo federal foram negociados em 2015, ainda durante o governo da presidente cassada Dilma Rousseff. Quando Michel Temer assumiu, em 2016, manteve os acordos.

O presidente da Câmara criticou o Palácio do Planalto por considerar que há uma tentativa de transferir a responsabilidade pela aprovação da reforma da Previdência ao Congresso. Em conversas com líderes e aliados, o presidente Michel Temer tem condicionado a nova distribuição de cadeiras nos ministérios aos votos dados pelos partidos na proposta que muda as regras previdenciárias.

Temer quer deixar as trocas acertadas, mas só entregar efetivamente os cargos depois de conferir o painel de votação. Por ser uma emenda à Constituição, a reforma da Previdência precisa ser aprovada em dois turnos por, pelo menos, 308 deputados.

Nesta quarta-feira, 15, Maia ofereceu um almoço na residência oficial em que estava o ministro tucano Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo), um dos que podem deixar o cargo na reforma.

Para Maia, a intenção de Temer de antecipar a saída dos ministros-candidatos pode atrapalhar a recuperação econômica do País e até mesmo o ambiente político. "Olhando de longe acho que vai parar o governo".

Reoneração

Maia também adiantou que deseja pautar a reoneração da folha de pagamentos ainda este ano, mas que o projeto enviado "tem problemas". "A MP que o governo encaminhou já caducou, o que significa que não tem acordo no Congresso. Estou tentando um acordo, tanto que escolhi um relator da oposição para que ele possa, transitando nas duas bases, no governo e na oposição, ajudar a construir um texto que não seja aquilo que o governo quer, mas que garanta a arrecadação." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O deputado estadual Joel da Harpa (Podemos), em entrevista concedida ao LeiaJá, declarou que está preocupado com o crescimento de violência em Pernambuco. O parlamentar disse acreditar que, se o cenário continuar assim, o governador Paulo Câmara terá muita dificuldade em ser reeleger em 2018. 

Joel falou que aguarda que o governo tome as atitudes necessárias para uma segurança pública eficaz e pediu que o pessebista e a Secretaria de Defesa Social (SDS) tenham “humildade” para escutar a categoria. “Nas últimas pesquisas, o que se tem apresentado é que a rejeição de Paulo Câmara é mais de 70%. O que a gente também escuta nas ruas é que o governador vai ter dificuldades para conseguir a reeleição, mas a gente está a um ano da eleição e esperamos que o governo tome as medidas necessárias. É preciso humildade para, além de ouvir as pessoas que estão inseridas nessa questão, também ter atitudes que possam representar a segurança. Agora, que ele vai ter dificuldade é notório e todo mundo está vendo”.

##RECOMENDA##

O parlamentar também criticou o Pacto pela Vida afirmando que o programa está se dissolvendo. “Já são mais de 12 mil mortes só nesses três anos de governo. Em 2016, quase 500 mortes em um único mês. Então, o Pacto pela Vida vem se dissolvendo por conta disso. Agrava a ausência do diálogo, principalmente, com os municípios, com as guardas municipais e com a sociedade civil. É o pior momento do Pacto pela Vida desde o início, em 2007”. 

“Além dessa questão dos homicídios, tem que se discutir os motivos pelos quais estão matando muita gente e eu acho que o Pacto pela Vida tem pecado muito nisso. É preciso atenção à questão do tráfico de drogas. Se a gente tivesse um serviço de inteligência mais apurado, se fosse mais fortalecido, a gente pegaria os traficantes, reduziria o avanço das drogas e com isso, com certeza, a gente vai reduzir a questão dos homicídios. Está se discutindo muito o homicídio na ponta”, acredita Joel. 

Ele falou que no interior do estado também é grave a situação. “Além do aumento assustador de assaltos a ônibus e a população cada vez mais em pânico, até na zona rural, que antes íamos para um sítio, fazenda, para descansar, hoje você vê, por exemplo, Caruaru como uma das cidades mais violentas do mundo”. 

“Você tem estado como a Paraíba que reduziu a violência, você tem um número de homicídios menor em São Paulo e, enquanto isso, a gente vê medidas ainda muito tímidas do Poder Executivo, principalmente, da SDS. Também não tem muito diálogo e com as categorias. Na hora que o governo faz o que está fazendo ao prender, excluir e transfeir, isso causa um celeuma muito grande entre governo e a tropa”, ressaltou o deputado. 

Angelina Jolie falou sobre a sua separação de Brad Pitt, confessando ter passado pelo "momento mais difícil" e ficado por meses somente como dona de casa, lavando pratos e limpando o cocô do cachorro.

Jolie, de 42 anos, entrou com o pedido de divórcio em setembro, citando diferenças irreconciliáveis. Ela acusou o ex-marido de maltratar seu filho adolescente durante um voo da França para Los Angeles, levando a uma investigação pelo FBI.

##RECOMENDA##

Depois de ser liberado pelo FBI e por assistentes sociais, o ator de 53 anos entrou com a solicitação de guarda compartilhada de Maddox (15 anos), Pax (13), Zahara (12), Shiloh (11) e dos gêmeos Vivienne e Knox (9), enquanto Jolie exigia a tutela única.

Jolie declarou à Vanity Fair que as "coisas não estavam bem" no verão de 2016. "Foi somente o momento mais difícil", disse ela à revista, pouco depois de se mudar para uma casa de 25 milhões de dólares no bairro Los Feliz, em Los Angeles.

Ela procurou superar a situação se focando em ser uma boa dona de casa, apesar de ter uma vida atribulada e com muitas viagens. "Eu só quero fazer um bom café da manhã e manter a casa limpa. Essa é a minha paixão. A pedido de meus filhos, estou fazendo aulas de culinária", contou.

"Venho tentando há nove meses ser uma boa dona de casa, recolher o cocô do cachorro, lavar os pratos e ler histórias para dormir. E estou indo bem nas três", afirmou à revista.

Também declarou que estava disposta a proteger os filhos. "Não quero que meus filhos fiquem preocupados comigo. Acho importante chorar no chuveiro e não na frente deles".

Brad Pitt admitiu em sua primeira entrevista após o divórcio que estar bebendo muito contribuiu para a sua separação, e que no momento parou de beber. Ele e Angelina estavam juntos desde 2004 e se casaram em 2014.

Durante coletiva de imprensa na qual o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), divulgou as atrações do São João 2017, ele ressaltou que uma das prioridades é cuidar da cultura na capital pernambucana, apesar das dificuldades. O encontro com a imprensa foi realizado, nesta quinta-feira (8), na sede da Prefeitura do Recife.

“Mesmo diante da dificuldade, não vamos abrir mão de fomentar a cultura e valorizar as nossas tradições, que é o maior patrimônio que a nossa cidade tem”, prometeu. O socialista, durante a entrevista concedida, falou que “enquanto Brasília não responde”, é necessário que cada um faça o seu papel. “Esse momento que o Brasil não fácil, é bem desafiador. Três anos de uma economia que está surrando as pessoas, mas temos que ter coragem de enfrentar. Sou prefeito do Recife e eu tenho que cuidar desta cidade”. 

Geraldo Julio também agradeceu a proximidade e o carinho dos artistas. “Estamos fazendo uma coletiva para falar da nossa cultura e quem está aqui para ouvir e falar são os artistas. São eles que ajudam a montar e fazer a festa”, acrescentou. 

##RECOMENDA##

A programação junina deste ano conta com shows de mais de 40 artistas. O Sítio Trindade, na Zona Norte do Recife, será o polo principal do São João, com programação começando no próximo dia 11. O Recife ainda vai contar com nove arraiais descentralizados, montados na Lagoa do Araçá, Campo Grande, Totó, Cordeiro, Santo Amaro, Bongi e Vila Tamandaré.

*Com informações de Bárbara Brandão

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando