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O comício da extrema direita realizado em Milão, no último sábado (18), aprofundou a cisão entre o ministro do Interior e vice-premier da Itália, Matteo Salvini, e a Igreja Católica.

Já criticado nos últimos meses por expoentes e publicações do mundo católico devido à sua ofensiva contra os migrantes resgatados no Mediterrâneo, Salvini comprou uma nova briga ao subir no palco do comício de Milão com um rosário em mãos.

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"Eu, pessoalmente, confio a minha vida e a de vocês ao coração imaculado de Maria, que, tenho certeza, nos levará à vitória", disse Salvini a dezenas de milhares de apoiadores, que também não se furtaram a vaiar o papa Francisco quando seu nome foi citado pelo ministro.

Em um editorial publicado neste domingo (19), a influente revista católica Famiglia Cristiana chamou a exibição de Salvini com o rosário e as vaias a Jorge Bergoglio de "soberanismo fetichista" e acusou o ministro de "instrumentalizar a religião para justificar a violação sistemática dos direitos humanos" por parte da Itália.

"Enquanto o líder da Liga exibia o Evangelho, outro navio carregado de vidas humanas era rechaçado", diz o texto, em referência à embarcação da ONG alemã Sea Watch, que não teve autorização para descer na ilha de Lampedusa 45 migrantes resgatados no Mediterrâneo.

O navio foi apreendido neste domingo pela Guarda de Finanças, que denunciará a tripulação às autoridades judiciárias. Ainda não se sabe o destino dos 45 deslocados internacionais que estão a bordo.

Antes disso, o diretor da revista jesuíta La Civiltà Cattolica, Antonio Spadaro, afirmara que "rosários e crucifixos ainda são usados como sinais de valor político, mas de forma inversa em relação ao passado". "Se antes se atribuía a Deus aquilo que deveria ficar nas mãos de César, agora é César quem empunha e brande aquilo que é de Deus", escreveu Spadaro no Facebook, sem citar Salvini.

"A consciência crítica e o discernimento deveriam ajudar a entender que um comício político não é o lugar para fazer ladainhas. Está claro que o identitarismo nacionalista e soberanista precisa se fundar sobre as religiões para se impor", acrescentou.

Também sem citar Salvini, o secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, segundo na hierarquia católica, afirmou que "Deus é de todos" e que é "muito perigoso invocar Deus para si mesmo".

Resposta - O ministro, por sua vez, rebateu que "uma Europa que nega as próprias raízes não tem futuro". "Sou crente, e meu dever é salvar vidas e despertar consciências. Estou orgulhoso de testemunhar, com ações concretas e gestos simbólicos, minha vontade de uma Itália mais segura e acolhedora, mas no respeito de limites e regras", disse.

Salvini também afirmou que recebe mensagens de "freiras, padres e cardeais" pedindo para ele manter sua política de linha dura.

"Sou o último dos bons cristãos, mas tenho orgulho de andar sempre com o rosário no bolso", ressaltou.

Desde que chegou ao poder, em junho passado, o ministro e vice-premier não se reuniu com o papa Francisco nenhuma vez, apesar de o próprio líder ultranacionalista ter anunciado certa vez que se encontraria com o Pontífice.

Essa distância se aprofundou no início de maio, quando Francisco recebeu uma família cigana alvo de protestos de neofascistas por ganhar um apartamento popular em Roma. Além disso, o esmoleiro do Papa, cardeal Konrad Krajewski, reativou por conta própria o fornecimento de energia elétrica a um prédio ocupado por mais de 400 pessoas - incluindo muitos migrantes - na capital.

A ação gerou críticas de Salvini, que pediu para Krajewski "pagar as contas dos italianos em dificuldade". A gestão do ministro do Interior também é alvo de ataques entre padres, como dom Paolo Tofani, de Pistoia, que em uma homilia chegou a dizer que Jesus teria morrido ainda criança se o Egito tivesse uma política migratória como a da Itália.

Da Ansa

O escritor admirado por idealistas da direita, Olavo de Carvalho, utilizou seu perfil oficial no Facebook nesta terça-feira (7) para tecer uma série de comentários sobre a situação política em que o Brasil passa.

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“A quantidade de tipinhos ridículos, miseráveis e desprezíveis que tem aparecido no Brasil supera a imaginação de todos os vermes e lacraias do universo”, disparou Olavo, que ainda fez críticas à Rede Globo de Comunicação.

Olavo agradeceu ao telejornal da emissora por lhe promover audiência. “Obrigadíssimo ao Jornal Nacional, por atrair mais leitores para a minha obra. Quando a Rede Globo já não existir, meus livros ainda serão lidos”, disse.

Ainda em seus comentários, o escritor garantiu que, mais pra frente, todos vão reconhecer a relevância do que foi dito por ele. “Nesta discussão, como em todas as anteriores, até os que mais me xingam vão acabar descobrindo, tarde demais, que eu disse a verdade”, garantiu.

As menções feitas por Olavo foram alvo de muitas réplicas, tanto positivas, quanto negativas. Mas ele não se acanhou e afirmou que “como cidadão privado, tenho o direito de dar opiniões sobre o que eu bem entenda”.

Por fim, o escritor aproveitou para alfinetar seus oposicionistas ideológicos. “Não posso conversar com oficiais semi-analfabetos (sic) que não sabem sequer distinguir entre a ação individual de um escritor e a de um chefe de grupo ativista que só existe na imaginação deles”, ironizou.

 

Uma pesquisa divulgada pela 'FSB Influência Congresso' apontou que os parlamentares do PSL - partido do presidente Jair Bolsonaro - foram líderes nas interações nas redes sociais durante os meses de fevereiro e março. Eles concentraram 42,6% de todas as interações.

 O número é bastante alto, tendo em vista que o segundo e o terceiro colocado (PSOL e PT, respectivamente) têm apenas 9,9% e 9,7% de interação. O estudo mediu o engajamento dos parlamentares em seus perfis do Facebook, Twitter e Instagram.

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 Para medir o engajamento, a pesquisa contabilizou curtidas, comentários e compartilhamentos nas três redes. No período, foram 203,8 milhões de integrações nas páginas dos parlamentares analisados. Assim como o presidente Bolsonaro, o PSL tem um grande número de deputados que têm forte presença digital e que usam frequentemente as redes sociais.

 A deputada líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP), foi a parlamentar mais influente de acordo com a pesquisa. Ela é seguida por Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o Sargento Fahur (PSD-PR) - que embora não seja do partido de Bolsonaro, é um forte defensor do presidente.

 Mesmo os postos subsequentes são ocupados por parlamentares ligados a Bolsonaro ou a movimentos de direita. O quarto mais influente é Kim Kataguiri (DEM-SP), fundador do MBL (Movimento Brasil Livre), seguido por Marco Feliciano (Pode-SP), Carla Zambelli (PSL-SP) e pelo senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ).

 A oposicionista mais bem colocada na lista é Jandira Feghali (PC do B-RJ), que aparece na nona colocação. Depois dela, surgem a deputada federal e presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR).

 Para elaborar o ranking de parlamentares mais influentes, a FSB Influência Congresso levou em consideração critérios como o número de seguidores e de publicações, assim como o alcance dos conteúdos e sua interação com os usuários.

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Apresentado nas redes sociais como fundador do 1º grupo militante de direita do Brasil, o líder do grupo bolsonarista Direita Pernambuco foi preso por estelionato contra empresas de aplicativos de transporte nesta quarta-feira (3), próximo ao Terminal Integrado de Passageiros (TIP), no bairro da Várzea, Grande Recife. O suspeito recebia 10% de comissão em cada golpe que, somados mensalmente, rendia aproximadamente R$ 40 mil, de acordo com a Polícia Civil.

Leandro Quirino da Silva, de 31 anos, foi apreendido com diversos cartões de crédito, maquineta e o valor de R$ 400. A prática criminosa era feita por meio de empresas fantasmas, criadas com a função de registrar corridas fictícias que eram simuladas com a concordância dos condutores. Estes, cediam os registros no aplicativo para realização dos golpes e ganhavam 40% pelas corridas que nunca foram realizadas.  

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As investigações apontam que o suspeito fraudava dados de empresas pela internet para solicitar e receber por viagens que não eram realizadas. Os motoristas que participaram desse golpe estão respondendo em liberdade, mas podem ser indiciados pela participação no esquema.

De acordo com informações passadas pela Polícia Civil à TV Clube, o dinheiro conseguido de forma ilegal era dividido entre os motoristas, que ficavam com 40% do valor, Leandro Quirino, que ficava com 10%, e um articulador nacional do golpe, que levava a metade do que havia sido ganho pelo estelionato.

Relação com o PSL

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O estelionatário aparece em diversas fotos nas redes sociais ao lado do Presidente Jair Bolsonaro e com os filhos do político, além do Ministro da Casa Civil Onyx Lorenzoni. Leandro Quirino também se envolveu na briga entre alunos dentro da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), durante a exibição do documentário "O Jardim das Aflições", sobre Olavo de Carvalho, em outubro de 2017.

O presidente regional do partido populista de direita Alternativa para a Alemanha (AfD), foi atacado nesta segunda-feira (7), no estado de Bremen, localizada no Norte do país. De acordo com o partido, Frank Magnitz foi atacado por um grupo de pessoas encapuzadas. Após ficar desacordado, e em consequência dos ferimentos graves, ele foi encaminhado a um hospital local.

Os demais partidos alemães se pronunciaram, destacando que nada justifica a violência. Um dos líderes do Partido Verde, Cem Özdemir, declarou que "quem combate o ódio com ódio permite que, ao final, sempre vença o ódio". Já o ministro do Exterior Heiko Mass, afirmou que "a violência jamais deve ser um meio de debate político. Não importa contra quem, nem os motivos". A polícia e a promotoria seguem a linha de investigação a partir do princípio de que o ataque foi motivado por conta do cargo político que a vítima ocupava.

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Na semana passada, a AfD já havia sido alvo de ataques. Em Döbeln, um escritório foi explodido, resultando na prisão de três suspeitos, que depois foram liberados. No fim de semana, a casa de um parlamentar em Meppen foi pichada, e em Berlim, tinta foi jogada contra um escritório do partido.

A onda conservadora que elegeu Jair Bolsonaro (PSL) presidente se espalhou pelos governos estaduais. Ao todo, 14 dos novos governadores se elegeram com discurso marcadamente vinculado à direita. Os partidos da direita e do centro fizeram ao todo 18 executivos estaduais. A fragmentação partidária presente no Congresso se estendeu aos executivos estaduais: ao todo, 13 partidos elegeram governadores em 2018, ante nove legendas em 2014.

Desse grupo de 18 governadores, 13 declararam voto ou apoio ao presidente eleito durante a campanha. O PSL, partido de Bolsonaro, elegeu três governadores - Santa Catarina (Comandante Moisés), Rondônia (Coronel Marcos Rocha) e Roraima (Antonio Denarium).

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Também declararam apoio a Bolsonaro três tucanos (João Doria, Eduardo Leite e Reinaldo Azambuja), os dois governadores do DEM (Ronaldo Caiado e Mauro Mendes), os dois do PSC (Wilson Lima e Wilson Witzel), Romeu Zema (Novo), Gladson Cameli (PP) e Ratinho Junior (PSD). A centro-direita completa esse grupo com Mauro Carlesse (PHS), reeleito para governar o Tocantins.

Quatro outros governadores eleitos por partidos do centro ou apoiaram o candidato derrotado Fernando Haddad (PT) - caso de Belivaldo Chagas (PSD, eleito em Sergipe em coligação com o PT) e Renan Filho (MDB, reeleito em Alagoas) - ou ficaram neutros no segundo turno, como ocorreu com os emedebistas Ibaneis Rocha (DF) e Helder Barbalho (PA).

Nordeste

A onda conservadora ficou afastada apenas da Região Nordeste, onde todos os eleitos apoiaram Haddad. Foi ali que o PT conseguiu reeleger três governadores já no primeiro turno - Camilo Santana, no Ceará, Rui Costa, na Bahia, e Wellington Dias, no Piauí - e eleger neste domingo um quarto, Fátima Bezerra (Rio Grande do Norte).

O PT foi o partido que mais elegeu governadores. E esse ponto dá a dimensão do tamanho da fragmentação partidária nesta eleição. Em 2014, o MDB fez sete executivos estaduais. Naquele ano, o PT havia conquistado cinco Estados, mesma quantidade obtida então pelo PSDB. Os três partidos que juntos haviam eleito a maioria dos governadores (17) conquistaram em 2018 dez executivos estaduais.

Depois do PT, os partidos que mais elegerem governadores neste ano foram o PSL de Bolsonaro, o PSB, o PSDB e o MDB, cada um com três. Outros três partidos do centro-direita - DEM, PSD e PSC -, que compõem o Centrão no Congresso, conseguiram eleger dois governadores cada um. Os socialistas e os democratas são os dois únicos partidos que terminaram a eleição de 2018 com o mesmo número de governadores eleitos em 2014.

A fragmentação fica ainda mais evidente quando o quadro atual é comparado com o registrado após as eleições de 2010. Naquele ano, apenas seis legendas conseguiram eleger governadores - PSDB, MDB, PSB e PT reuniam 24 dos governadores eleitos. Os tucanos eram então o maior partido nos Estados - tinham oito -, seguido pelo PSB (6) e pelo PT e MDB, cada um com cinco.

Sobravam então três governos, divididos entre o DEM (2) e PMN (1). Desta vez, cinco partidos conquistaram um único executivo estadual: o PP (Acre), o Novo (Minas), o PHS (Tocantins), o PDT (Amapá) e o PCdoB (Maranhão).

Renovação

A renovação também foi a marca dessa eleição. Ao todo, 15 governadores eleitos são de legendas diferentes das que haviam conquistado os executivos estaduais em 2014. Houve dez reeleições neste ano, e o partido da situação governista conseguiu se manter no poder com outro candidato em apenas dois Estados - São Paulo e Paraíba.

Em 2014, 11 governadores foram reeleitos e quatro eram os candidatos apoiados pelos chefes de executivo, deixando apenas 11 para serem ocupados pelos opositores aos governos de então. Símbolo da renovação deste ano são os governadores eleitos pelo Novo em Minas e pelo PSC no Rio. Tanto o empresário Romeu Zema quanto o ex-juiz federal Wilson Witzel eram candidatos pouco conhecidos em seus Estados e derrotaram os favoritos - o tucano Antonio Anastasia, em Minas, e o democrata Eduardo Paes, no Rio. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A nova edição da revista britânica "The Economist" traz na capa o candidato à Presidência pelo PSL, Jair Bolsonaro, que é tratado como "a ameaça mais recente da América Latina".

A publicação, um ícone da direita liberal no mundo, afirma que o deputado federal seria um presidente "desastroso". Segundo a revista, uma eventual vitória de Bolsonaro arriscaria piorar o atual cenário do Brasil.

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"Bolsonaro, cujo nome do meio é Messias, promete salvação; na verdade, ele é uma ameaça para o Brasil e para a América Latina", diz a "Economist", que o coloca como um novo membro do "clube dos populistas", ao lado de nomes como o norte-americano Donald Trump e o italiano Matteo Salvini.

A avaliação negativa não é aliviada nem mesmo pela indicação de que o ultraliberal Paulo Guedes comandaria a economia em um eventual governo Bolsonaro. A revista diz que o candidato flerta com a ditadura e alerta para o eleitor não acreditar nas promessas de um político "perigoso".

O Brasil é personagem frequente nas capas da "Economist", como na célebre edição de 2009 em que o Cristo Redentor aparece "decolando". Nos anos seguintes, no entanto, o otimismo deu lugar ao pessimismo com a crise política e econômica do governo Dilma Rousseff.

Em uma edição de 2016, o mesmo Cristo Redentor aparece na revista pedindo "socorro".

Da Ansa

O partido de extrema-direita Frente Nacional, da França, rompeu definitivamente seus laços com o fundador do grupo, Jean-Marie Le Pen, para tentar melhorar a imagem perante os franceses.

O partido também reelegeu a filha de Jean-Marie, Marine Le Pen, para um novo mandato como presidente no congresso. Ela foi a única candidata. Um novo conselho de governo de 100 membros também foi nomeado.

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Neste domingo, a Frente Nacional, por meio de seu Twitter, informou que mais de 79% dos membros que participaram da votação aprovaram os novos estatutos do partido, que incluem o fim da posição de presidente honorário de Jean-Marie Le Pen para toda a vida.

O partido o excluiu em 2015 por conta de declarações anti-semitas, mas manteve a posição de presidente honorário. A votação é considerado um golpe para o político de 89 anos de idade, que fundou o partido em 1972 e ficou em segundo lugar nas eleições presidenciais de 2002. Fonte: Associated Press.

O Democratas realiza nesta quinta-feira sua convenção nacional tentando passar a ideia de "refundação" do partido. Para isso, a legenda promoveu alterações que vão desde a eleição de um novo presidente até a mudança de seu logotipo.

O logotipo da sigla foi alterado para um "D em movimento", como define o líder do partido na Câmara, deputado Rodrigo Garcia (SP), feito com linhas da cor azul e verde. A imagem substituirá o antigo logotipo: uma árvore com folhas com as mesmas cores do "D em movimento".

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O partido também elegerá o prefeito de Salvador, ACM Neto, como seu novo presidente. Ele substituirá o senador Agripino Maia (RN), que comandava a sigla desde março de 2011. A mudança se deu após Agripino virar réu em dezembro por suspeita de corrupção na construção do estádio-sede da Copa de 2014 em Natal.

A primeira medida de ACM Neto como presidente será destituir os presidentes das comissões provisórias estaduais e municipais do partido. Novos dirigentes serão escolhidos nas próximas semanas. A medida visa acomodar a chegada de novos filiados à legenda.

Guinada ao centro

Na convenção, o Democratas também divulgará manifesto no qual apresenta suas prioridades na área econômica e social. No documento, o partido se define como de "centro democrático", abandonando a roupagem de direita que acompanhou a legenda desde que se chamava de PFL.

"Houve, sem dúvida, nos últimos anos, uma mudança geracional no Democratas, que veio fazendo com que o partido refinasse suas ideias. O mundo muda muito rápido, e é natural que partidos possam também mudar. O partido deve modernizar sua compreensão sobre o País, sobre a sociedade, sobre a política", justificou ACM Neto.

No evento, o Democratas deve oficializar a pré-candidatura à Presidência da República do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (RJ). O partido não lançava um candidato desde as eleições de 1989, quando ainda se chamava PFL e lançou Aureliano Chaves como presidenciável.

O deputado federal Marco Feliciano (PSC), durante uma entrevista, fez questão de elogiar o pré-candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSC). Além de chamar Bolsonaro de amigo, o pastor Feliciano ressaltou que o admirava. 

“Bolsonaro é o meu amigo. Admiro Bolsonaro no seu quesito de ser nacionalista, de ser uma pessoa que hoje representa essa revolução da direita em nosso país, aliás a direita não existia no Brasil até pouco tempo. Se existia, estava escondida”, declarou afirmando também que estuda todas as vertentes possíveis para construir o que chamou de uma mente crítica. 

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Assim como Bolsonaro, Feliciano defendeu o porte de armas para uma pessoa poder se proteger dentro de casa. “O cidadão portar arma na rua, eu sou extremamente contrário, mas um homem ter uma arma dentro da sua casa para poder defender a sua família, eu sou aberto a apoiar”, disse. 

Feliciano também falou sobre religião ressaltando que o parlamento não é uma igreja. “O parlamento não é culto. Antes de defender a bíblia sagrada como parlamentar, eu defendo a Constituição Federal. Todos os meus embates, inclusive ideológico com o movimento LGBT, foi em defesa da Constituição Federal”. Sobre a possibilidade de um evangélico chegar à presidência, o pastor salientou que o governo seria para todos. “Nós estamos um país plural. Não vamos governar para uma igreja, a igreja evangélica não tem a pretensão de poder como igreja, como instituição. As igrejas evangélicas nem unidas são”. 

Disse ainda que se irrita quando uma pessoa tem uma visão distorcida dele sem antes ter tido um diálogo. “Não tiveram esse contato, aí as pessoas pensam que eu sou um fundamentalista maluco, um deputado da idade medieval”. 

Durante o lançamento do comitê em apoio a Lula, na noite desta quinta-feira (11), a deputada estadual Teresa Leitão (PT) também esteve presente. A petista falou sobre a atual conjuntura política e, para uma plateia repleta de militantes e representantes de movimentos sociais, voltou a defender Lula. 

A parlamentar afirmou que o momento atual é a continuidade de um processo de “golpe” acumulado e ressaltou que a sociedade vivencia um emblema muito “perverso” da luta de classes. “Por que os coxinhas não batem mais panelas? Por que os coxinhas não fazem adesivos pornográficos com Temer como fizeram com Dilma? Um ato, inclusive muito misógino também. Não fazem e nem farão porque o golpe é de classe”, disparou. 

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Ela também disse que a casa do líder petista foi vasculhada. “Lula contou que procuraram dinheiro até no fogão da casa dele. É de uma intencionalidade de humilhação muito grande para dizer para ele não se meter onde você não devia ter se metido. Para não se meter a inverter prioridades, a transformar minimamente a pirâmide social do Brasil. Não se meter a botar filho de trabalhador na universidade, não se meta porque isso não é coisa de peão, não é coisa de pobre, não é coisa de trabalhador. Fique no seu devido lugar. É esse o recado que os gestos da direita, que os gestos da mídia, que os gestos deste golpe estão transmitindo”, discursou. 

Teresa Leitão ainda lamentou os gestos de desrespeito para com o Lula. “Desde a condução coercitiva, desde a tentativa de prendê-lo no aeroporto, até a forma como a sua casa foi vasculhada. Levantar o colchão de Lula foi um gesto não somente desrespeitoso e absurdo, mas emblemático. Porque quem guarda dinheiro debaixo do colchão é pobre. Rico guarda na Suíça. Vocês imaginam a polícia levantando o colchão de Fernando Henrique Cardoso ou mesmo do Eduardo Cunha? Jamais fariam isso”. 

A petista pediu para que o povo “ganhasse as ruas” porque eleição sem Lula seria um “golpe” e avisou que isso não será admitido. “Vamos nos preparas para o dia 13, nos prepararemos para o dia 24 e, sobretudo, para o dia depois do 24. Que a jornada de janeiro nos fortaleça, nos unifique e nos de vigor e credibilidade entre nós e no diálogo com o povo”, assegurou. 

O moderador de um grupo de direita “alternativa” americano revelou durante que houve uma fraude na avaliação do filme “Star Wars: Episódio VIII- Os Últimos Jedi” no site de críticas Rotten Tomatoes. O grupo político Down With Disney's Treatment of Franchises and its Fanboys ("Abaixo a Disney e seu tratamento das franquias e dos fãs") assumiu que a nota de 53% de aprovação que o filme exibe no site foi alcançada através de perfis falsos.

Em entrevista ao site Huffington Post, um dos moderadores do grupo afirmou que a tentativa de diminuir a nota do filme é um protesto contra o protagonismo feminino que a franquia assumiu desde a retomada em 2015 e contra a suposta homossexualidade de alguns personagens masculinos.

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Em nota oficial, o site Rotten Tomatoes afirma que não identificou nenhuma atividade ilegítima na avaliação do filme, mas vai continuar monitorando.

O Rotten Tomatoes é considerado um dos mais importantes sites de avaliação de filmes do mundo. Nele são apresentadas as fichas da diversos filmes com a porcentagens das avaliações do público e da crítica. Atualmente o novo “Star Wars” está com 92% de aprovação da crítica contra 53% do público.

“Star Wars: Episódio VIII- Os Últimos Jedi” já está em cartaz nos cinemas brasileiros.

"Algum conservadorismo é necessário. Pode não ser desejável mas é necessário". O autor da frase é o cantor e compositor Caetano Veloso, que na segunda-feira, 16, participou de um debate na inauguração da nova sede do coletivo de ativismo digital Mídia Ninja na Casa do Baixo Augusta, região central de São Paulo.

O raciocínio do baiano surpreendeu muitas das mais de 250 pessoas que lotaram o local no início da noite, muitas delas antigos militantes ou jovens simpatizantes de partidos e novas organizações de esquerda.

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"Uma sociedade precisa persistir e para persistir ela tem que ter um aspecto conservador de si mesma. Isso não se manifesta necessariamente em atos reacionários. Não necessariamente todo conservadorismo é reacionário. De todo modo, algum conservadorismo é necessário. Pode não ser desejável mas é necessário", provocou o cantor.

Caetano comentava o surgimento de novos grupos assumidamente de direita como o Movimento Brasil Livre (MBL, que não foi citado nominalmente pelo artista) ao lado do veterano ativista Cláudio Prado, um dos ideólogos da Mídia Ninja. O cantor, que foi perseguido pela ditadura e precisou viver exilado em Londres no final dos anos 1960 e começo dos anos 1970, disse ver alguma semelhança entre grupos da nova direita e os movimentos ruidosos que representavam minorias no passado.

"Esse barulho feito pelos conservadores pode significar que eles estão se sentindo como os não conservadores se sentiam, ou seja, de alguma forma minoritárias. Eles não representam a parte silenciosa do conservadorismo natural das sociedades", afirmou.

Caetano identificou na estridência desses grupos um aspecto que, do ponto de vista da esquerda, pode representar uma vantagem. "Isso, embora assuste, pode denotar alguma fragilidade", disse ele.

De acordo com o compositor baiano, o protagonismo alcançado pela nova direita nos últimos anos é um avanço, pois deixam claras as posições ideológicas colocadas hoje na sociedade brasileira ao contrário de algum tempo atrás, quando uma "maioria silenciosa" dava sustentação velada ao sistema vigente.

"Estamos vivendo um período no mundo e no Brasil em que forças neoconservadoras estão explicitadas e se apresentando como grupos de atividade clara e definida. Isso não é ruim. Antigamente a direita americana usava a expressão maioria silenciosa que era aquela gente que não faz barulho, mas segura o aspecto conservador da sociedade. Hoje essas tendências conservadoras não estão silenciosas e é bom porque ficam claras as visões de mundo que estão espalhadas no seio das sociedades", afirmou.

O tema do debate foi o livro Verdade Tropical, relançado 20 anos depois da edição original em versão revista e ampliada. Depois do evento Paula Lavigne, ex-mulher de Caetano, comandou uma reunião do grupo "342 Arte" que contou com a presença de artistas radicados em São Paulo além do deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL-RJ) e do líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos. O evento faz parte do calendário da Casa do Baixo Augusta, sede do bloco carnavalesco Acadêmicos do Baixo Augusta, o maior de São Paulo, inaugurada duas semanas atrás com o objetivo de ser um espaço para reflexão, difusão de conhecimento e debate para além das fronteiras do Carnaval.

Caetano também comentou os ataques feitos pelos grupos neoconservadores a exposições e outras atividades artísticas. Segundo ele, estas manifestações são uma "cortina de fumaça" usada para enganar uma parcela "inocente" da população e, de alguma forma, desmoralizar a classe artística.

"Tem gente que se utiliza disso (acusações de pedofilia) de uma maneira cínica porque sabem perfeitamente que não se trata disso e dizem que sim para assustar os inocentes. Então um número grande de pessoas inocentes possivelmente pode estar desconfiada dos artistas, o que é uma coisa já velha nas sociedades atrasadas. Uma cantora popular, uma atriz, quando eu era criança essas pessoas eram olhadas como merecendo pouco confiança moral", disse ele.

Pouco antes, respondendo a uma colocação de Cláudio Prado, que sacou o celular do bolso e comparou o aparelho a um coquetel Molotov, Caetano fez uma revelação surpreendente para a plateia jovem e conectada que lotou a Casa do Baixo Augusta: "Eu nunca tive um telefone celular".

As críticas dos opositores já começaram, na noite desta terça-feira (20), após o Supremo Tribunal Federal (STF) decidir adiar o julgamento sobre a prisão preventiva do senador afastado Aécio Neves (PSDB), que foi apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR). O polêmico deputado Jean Wyllys (Psol) chamou, após o fato, o tucano de “menino mimado da direita elitista”. 

“Hoje, o Supremo devia decidir sobre sua prisão, mas a decisão foi adiada. O menino mimado da direita elitista e macarthista brasileira continua recebendo tratamento privilegiado e sendo poupado das consequências dos seus atos. Enquanto isso, hoje faz aniversário a prisão de Rafael Braga, o exemplo oposto ao do senador tucano na lógica do nosso sistema penal, que sempre encarcera ou deixa livres o mesmo tipo de pessoas, independentemente dos fatos e das provas”, disparou. 

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O psolista também declarou que o Senado “tomou todo o tempo possível” para afastar Aécio. “[Ele] teve o mandato suspenso pelo STF, mas o Senado demorou todo o tempo possível para cumprir essa decisão e só o fez depois que eu, através de um ofício, cobrei que isso fosse feito”, contou. 

Nesta terça, a defesa do parlamentar apresentou mais cedo um novo recurso pedindo que o caso dele seja julgado pelo plenário e não pela Primeira Turma. O entendimento do supremo é que esse recurso dos advogados deve ser analisado antes do julgamento. 

Hoje, o STF também determinou a soltura da irmã e do primo de Aécio. Frederico Pacheco e Andreia Neves, que são investigados a partir das delações da JBS, vão cumprir prisão domiciliar.

O presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Rui Falcão, afirmou que as tragédias que aconteceram fora e dentro dos presídios é consequência de políticas equivocadas. “O descaso com que o governo usurpador de Temer vem tratando os massacres nos presídios, a inépcia do ministro golpista da Justiça e o programa ridículo que apresentou para enfrentar o problema reforçam a necessidade da renúncia imediata deste governo ilegítimo, incompetente, e a realização de eleições diretas antecipadas”, disse Falcão, nesta segunda-feira (9), por meio de artigo publicado no site oficial do PT.

Falcão também sentenciou que o pensamento de direita cultiva o ódio. “A explosão da violência, o assassinato de uma família seguido de suicídio do pai em Campinas é igualmente revoltante e expressa a difusão de um perigoso pensamento de direita, que cultiva o ódio, a violência, a intransigência e naturaliza a intolerância na sociedade”. 

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O presidente acrescentou que, neste ano, o PT irá atualizar suas estratégias. “2017 também é o ano do VI Congresso do PT, que já está mobilizando o partido, envolvido em debates e renovação de esperanças. Vamos realizar um balanço dos nossos governos, promover mudanças organizativas necessárias e eleger novas direções. Tudo isso com muita disposição para as lutas do período junto com os movimentos que enfrentam as medidas regressivas do governo golpista e propõem alternativas para combater o desemprego e a recessão”, concluiu.

A direita foi a grande vencedora da eleição municipal de 2016. Dos 5.482 prefeitos que ganharam no primeiro turno, partidos de direita elegeram 3.292; no segundo turno, foram 28 prefeitos em 57 cidades.

Nas capitais, 16 candidatos se elegeram com propostas consideradas conservadoras.

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O resultado se deve, principalmente, ao desempenho do PSDB e do PMDB. Foram eleitos 1.039 peemedebistas e 805 tucanos. Juntas, as siglas elegeram 33,5% do total de prefeitos no País. Outros três partidos alinhados à direita obtiveram resultados expressivos nas urnas: PSD (538), PP (492) e DEM (264). 30 partidos concorreram em 2016.

Ao mesmo tempo, houve enfraquecimento da esquerda, sobretudo do PT. Nas 19 capitais em que concorreram, petistas chegaram ao segundo turno em sete, mas perderam em todas. Ao todo, elegeu 254 prefeitos e apenas um em capital (Marcus Alexandre, em Rio Branco, no primeiro turno).

O PSOL teve crescimento tímido em relação a 2012. Chegou ao segundo turno em três cidades, uma a mais do que há quatro anos, mas elegeu apenas dois prefeitos, ambos em cidades do interior do Rio Grande do Norte. O PCdoB, por sua vez, elegeu apenas 80 prefeitos, o que corresponde a apenas 1,45% dos municípios.

Manifestantes marcaram atos para o fim de semana na avenida Paulista, em São Paulo-SP, no mesmo local, com motivações diferentes. Um grupo de 200 pessoas participava de protestos contra o ex-presidente Lula (PT) e contra o presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB) e pediam a prisão de ambos. No outro ato, que acontecia no mesmo local, grupos feministas e movimentos sociais reuniram-se para manifestar apoio aos protestos realizados na Argentina, motivado pelo feminicídio de Lucía Perez, 16, que foi drogada e violentada até a morte.

Os ativistas solidários a causa Argentina defendem que o feminicídio seja considerado crime hediondo e que as delegacias da mulher operem 24h. Com o encontro das duas manifestações, a troca de provocações se iniciou, e a Polícia Militar (PM) fez um cordão de isolamento para evitar confrontos. Os grupos de direita, que entoavam gritos de apoio ao juiz Sérgio Moro, ao deputado federal Jair Bolsonaro e aos policiais, encontraram-se em frente ao Museu de Arte de São Paulo, quando as manifestantes chegaram ao vão livre do museu, e começaram a trocar insultos.

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Caso Lucía Perez

A adolescente de Mar del Plata, ao sul de Buenos Aires, foi assassinada por dois homens, no dia 8 de outubro, um dia após conhecê-los, com o intuito de que comprassem um cigarro de maconha para ela e a amiga, segundo a apuração da polícia. Matías Farías, de 23 anos, e Juan Pablo Offidiani, de 41, são traficantes que vendiam a droga perto da escola frequentada por Lucía. No dia do crime, a jovem foi dopada com cocaína, para que não conseguisse reagir. Vítima de violência sexual e tortura, a menina não resistiu a uma parada cardíaca.

O primeiro-ministro australiano, Malcolm Turnbull, alertou os cidadãos contra a "fomentação de desconfiança contra muçulmanos" enquanto esboçava medidas mais rígidas contra apoiadores do Estado Islâmico, nesta quinta-feira (1°). O premiê também alertou para o extremismo de direita no país.

Turnbull disse que a legislação australiana será alterada em breve para dar aos pilotos de caça do país a mesma posição legal de seus parceiros na condução de ataques aéreos no Iraque e na Síria.

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A definição legal dos combatentes será expandida, para incluir pessoas que apoiam os combatentes armados, e serão consistentes com as normas internacionais.

Turbull, que está resistindo à pressão dos legisladores para proibir a imigração de muçulmanos e flexibilizar as proibições de discurso de ódio, descreveu o Estado Islâmico como a mais premente ameaça à segurança nacional no país.

Mas ele também alertou para o aumento do extremismo de direita direcionado contra os muçulmanos no país. "Não podemos ser eficientes se continuarmos a criar divisão, ao fomentar a desconfiança dentro da comunidade muçulmana ou incitando medo de muçulmanos em toda a sociedade", disse Turnbull no Parlamento. Fonte: Associated Press

A eleição regional da França terminou sem um vencedor claro, no momento em que a classe política já começa agora a se preparar para a corrida presidencial de 2017. A Frente Nacional, de extrema-direita, venceu na primeira rodada da votação, porém teve desempenho muito ruim na rodada final, realizada neste domingo. Apesar da derrota, a líder do partido contrário à imigração, Marine Le Pen, ainda vê como possível chegar à presidência.

Le Pen deseja capitalizar os temores em relação ao extremismo islâmico e ao aumento no número de imigrantes na Europa. O Partido Socialista retirou candidatos de suas regiões onde Le Pen e seus aliados concorriam e pediram aos eleitores que votassem em seu rival conservador, Os Republicanos, para impedir que a Frente Nacional conseguisse vitórias.

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Com isso, o Partido Socialista ficou totalmente fora dos conselhos em duas regiões. A sigla também perdeu na região de Paris, uma disputa vencida pela conservadora Valerie Pecresse, que foi ministra durante o governo do ex-presidente Nicolas Sarkozy.

Os resultados oficiais das eleições regionais colocam Os Republicanos, de Sarkozy, com 40,2% dos votos. O Partido Socialista ficou em segundo, com 28,9%, e a Frente Nacional veio em seguida, com 27,1%.

Os conservadores tomaram o controle de sete das 13 regiões, enquanto os socialistas venceram em seis regiões. O vencedor na Córsega não é afiliado a nenhum grande partido.

A Frente Nacional obteve seu maior número de votos em uma eleição, com um total de 6,8 milhões, mais que Le Pen obteve na corrida presidencial de 2012. O partido ampliou sua influência, com mais de 350 cadeiras em conselhos regionais.

"Claro, Marine Le Pen pode vencer a eleição presidencial", afirmou o vice-presidente da Frente Nacional, Florian Philippot. "Nós estamos fazendo progressos", disse ele, derrotado no domingo na região da Alsácia, leste do país.

O candidato conservador para a eleição presidencial será escolhido em votação primária em novembro de 2016. Sarkozy é considerado um dos favoritos, mas enfrenta rivais de peso, entre eles o ex-premiê François Fillon. Fonte: Associated Press.

O partido de extrema-direita Frente Nacional (FN) ganhou a maior parte do apoio no primeiro turno das eleições regionais na França no domingo, em uma vitória histórica com cerca de 30% dos votos no país e em primeiro lugar em seis das 13 regiões para uma segunda votação que ocorre no próximo domingo, de acordo com o ministério do Interior.

Em todo o país, o FN conseguiu 30% dos votos, à frente da direita, com 27%, e do Partido Socialista, com 23,5%, segundo as estimativas recentes do ministério do Interior.

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Os resultados da primeira rodada destacam o surgimento do FN, que é liderado por Marine Le Pen, como um terceiro polo na política francesa, capazes de atrair os eleitores tradicionais. Le Pen, que combinou uma postura contra a imigração com apelos por medidas de segurança mais rígidas e um controlo mais apertado das fronteiras da França, apenas reforçou o seu apoio nas três semanas desde os ataques de Paris. Nas eleições de 2010, o FN tinha conquistado apenas 11,4% dos votos no primeiro turno.

Com menos de 18 meses para as eleições presidenciais e legislativas, os resultados também sublinham a dinâmica de desvanecimento do presidente François Hollande, do Partido Socialista, e outros grupos de esquerda, que atualmente presidem a maioria das regiões continentais da França.

"É um resultado magnífico que nós recebemos com humildade, seriedade e um profundo senso de responsabilidade", disse Le Pen. "A Frente Nacional está agora sem concurso para o primeiro participante na França."

A forte pontuação na primeira rodada não garante que o Frente Nacional irá assumir o controle de uma das 12 regiões da parte continental da França. Os eleitores franceses votam em dois turnos - um sistema que permite que os partidos menores participem na primeira votação, enquanto apenas os partidos vencedores disputam o segundo turno.

O partido que conseguir a maior parte dos votos no segundo turno no próximo domingo, receberá um bônus de 25% dos assentos na Assembleia regional, que praticamente garante o controle majoritário da região. A Assembleia regional, em seguida, elege um presidente.

Após a votação no primeiro turno, Sarkozy disse que seu partido deve compreender o "desespero profundo" dos franceses. Crucialmente, o controle de uma região permitirá que o Frente Nacional mostre que ele pode governar antes das eleições presidenciais de 2017.

"Estas eleições representam uma etapa importante na progressão de um partido com aspirações sérias para governar", disse James Shields, professor de política na Universidade de Aston e autor de livros sobre a extrema-direita na França. Os líderes empresariais também estão avaliando o impacto das vitórias regionais para o Frente Nacional. Fonte: Dow Jones Newswires.

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