Tópicos | Fernando Bezerra Coelho

O presidente nacional do “Novo MDB”, senador Romero Jucá (PMDB-RR), ratificou nesta quarta dia 19 de dezembro em Brasília, durante a convenção nacional extraordinária da legenda, que será realizada intervenção no diretório da sigla em Pernambuco. Jucá mandou o recado mais uma vez e desta bem mais direto e objetivo contra o PMDB daqui, leia-se Jarbas Vasconcelos e os demais . Disse Jucá: "Teremos o MDB fortalecido no estado sob o comando do senador Fernando Bezerra Coelho (PMDB-PE) e com a presença de deputados federais que estão ingressando no partido”, afirmou Jucá. Segundo ele, o processo de intervenção deverá ser concluído até o final do próximo mês de janeiro. Romero Jucá continuou alfinetando os peemedebistas pernambucanos: “Meu objetivo é fortalecer o Novo MDB em Pernambuco, agregando forças para fazermos as mudanças que o estado precisa e a população deseja e merece”, destaca Fernando Bezerra, que acompanhou a convenção ao lado de lideranças do partido e de autoridades do Legislativo e do governo federal, com a presença do presidente Michel Temer. Agora resta a Jarbas e os aliados aceitar ou continuar brigando na justiça pelo comando da sigla em Pernambuco.

Paulo afaga Jarbas

A nota do Palácio do Campo das Princesas foi emitida logo após o ocorrido. Abaixo na íntegra:

Temos a convicção de que o bom direito está com o PMDB de Pernambuco, representado pelo vice-governador Raul Henry e pelo deputado federal Jarbas Vasconcelos. Os dois são legítimos representantes do MDB aguerrido e ético que lutou contra a ditadura e pelo restabelecimento da democracia no nosso País. Diante disso, confio que o Poder Judiciário continuará a garantir a direção do PMDB de Pernambuco aos seus legítimos representantes.

Mendonça Filho no Galo da Madrugada

O Galo da Madrugada foi agraciado com a Medalha da Ordem do Mérito Cultural (OMC) 2017, maior honraria pública da cultura brasileira. O bloco foi indicado pelo ministro da Educação, Mendonça Filho, que, este ano, integrou o Conselho da Ordem do Mérito Cultural, grupo responsável por sugerir e avaliar nomes para o prêmio. A entrega aconteceu no Palácio do Planalto com a presença do presidente Michel Temer e do ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão. 

A fala do ministro

“O Galo da Madrugada é uma das maiores manifestações de nossa cultura. A homenagem é justa para o bloco que congrega todas as manifestações artísticas de Pernambuco. Fico muito feliz pelo reconhecimento de um dos grandes patrimônios de nossa cultura e história, ainda mais porque tive a honra de fazer sua indicação ao Ministério da Cultura”, comentou Mendonça Filho.

Armando quer pressa em projetos

O senador Armando Monteiro (PTB-PE) propôs em plenário, prioridade na aprovação dos projetos de lei que aumentam a produtividade da economia listados no relatório do Grupo de Trabalho da Produtividade, que coordenou na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) neste ano. São 20 projetos, dos quais 15 em tramitação no Senado e na Câmara dos Deputados, e cinco novos.

ISS

Um dos dois projetos aprovados na última sessão deliberativa do Senado, no dia 14, amplia a isenção do ISS (Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza) nas exportações de serviços. O outro, uma resolução, obriga o ministro-chefe da Casa Civil a prestar contas à CAE, semestralmente, das ações pela elevação da produtividade da economia.

Garantias do presidente do Senado

O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), comprometeu-se a votar alguns deles em plenário no início do ano legislativo, em fevereiro. “O tema da produtividade é uma agenda central e urgente para criar as condições favoráveis a um novo ciclo de crescimento econômico do país”, assinalou Armando nesta terça, elogiado no plenário pelos senadores Cristovam Buarque (PPS-DF) e Sérgio de Castro (PDT-ES).

Paulo Maluf continua enganando a todos

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF) determinou o “imediato início” do cumprimento da pena de 7 anos, 9 meses e 10 dias de prisão, imposta pelo tribunal ao deputado federal Paulo Maluf (PP-SP).

Motivos

Na condenação, o STF determinou que a pena começará no regime fechado, sem possibilidade de saída durante o dia para trabalho. A sentença também determinou a perda do mandato de deputado, o que deverá ser comunicado à Câmara. Agora se isso vai acontecer aí são outros quinhentos.

Presidente nacional do PMDB, o senador Romero Jucá (RR) afirmou, nesta terça-feira (19), que a intervenção no diretório do partido em Pernambuco vai acontecer no início de 2018. A interferência vai dissolver a atual formação da direção peemedebista no estado, que tem a presidência ocupada pelo vice-governador Raul Henry e a liderança política-eleitoral do deputado federal Jarbas Vasconcelos. Os dois serão substituídos pelo senador Fernando Bezerra Coelho.

“Vamos realizar a intervenção, o processo em Pernambuco será concluído no início do ano e teremos o PMDB ou MDB fortalecido em Pernambuco com a presença do senador Fernando Bezerra Coelho e de diversos deputados federais que estão ingressando no partido”, declarou Romero Jucá. Segundo o presidente nacional, a dissolução do diretório estadual foi aprovada há quatro anos e não inserida no estatuto “por um equívoco”.

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Com a direção passando para Bezerra Coelho, a aliança do PMDB com o PSB de Pernambuco será rompida, já que o senador é um dos nomes que lidera o chamado novo bloco de oposição “Pernambuco quer mudar” e se lançou como pré-candidato a governador, contra à reeleição de Paulo Câmara. Oficialmente os dois partidos são aliados de primeira hora e a intervenção tem a rejeição de Henry.

A direção do PMDB foi um pré-requisito de FBC para se filiar ao partido. Na ocasião, ele já ganhou carta branca para participar da disputa eleitoral de 2018. Henry e Jarbas têm reagido ao processo, eles, inclusive, ganharam uma liminar judicial que impede a intervenção e recorreram na semana passada ao presidente Michel Temer (PMDB). 

O movimento ‘Pernambuco quer Mudar’, lançado por sete partidos de oposição - mais o senador Fernando Bezerra Coelho que é do PMDB, legenda da base do governo Paulo Câmara (PSB) - deve fazer um giro pelas regiões do estado antes de anunciar a composição da chapa que concorrerá às eleições de 2018. A previsão inicial é de que os nomes da majoritária sejam divulgados em março.

De acordo com Bezerra, o grupo já tem dois encontros marcados, um em Petrolina, no Sertão, em janeiro, e outro em Caruaru, no Agreste, em fevereiro. Durante as andanças por Pernambuco, a frente pretende recolher propostas que possam compor uma futura plataforma de trabalho e basear um eventual programa de governo. 

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“A história de Pernambuco exige um novo tempo, até março e abril vamos colher diretrizes e escalar o time”, explicou o senador, durante o primeiro ato oficial da aliança que aconteceu na noite dessa segunda-feira (11) e reuniu cerca de 2 mil pessoas, de acordo com a organização.

Além de Bezerra, o grupo também é formado por nomes como o do também senador Armando Monteiro (PTB), os ministros de Minas e Energia, Fernando Filho (sem partido), e da Educação, Mendonça Filho (DEM); do deputado federal Bruno Araújo (PSDB) e dos ex-governadores Joaquim Francisco (PSDB) e João Lyra Neto (PSDB). 

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Com três pré-candidatos já anunciados, sete partidos que fazem oposição ao governador Paulo Câmara (PSB) lançaram, nesta segunda-feira (11), uma frente chamada “Pernambuco quer mudar”. O evento foi marcado por uma maciça participação política desde prefeitos e vereadores de diversas cidades a lideranças como os senadores Armando Monteiro (PTB) e Fernando Bezerra Coelho (PMDB) – dois dos três nomes que anseiam liderar a majoritária em 2018 -, além de deputados federais, estaduais e os ministros Mendonça Filho (Educação) e Fernando Filho (Minas e Energia). 

Terceiro nome que almeja disputar o comando do Palácio do Campo das Princesas, o ex-prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Elias Gomes (PSDB), foi o primeiro discursar. Ocupando o púlpito por quase vinte minutos, ele arrancou sutis críticas até de quem compunha a mesa durante o encontro. Ao expor seus argumentos, Gomes fez questão de dizer que Pernambuco vive um modelo econômico equivocado e concentrador de desenvolvimento em algumas regiões chaves. 

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“É necessário aceitarmos e deixarmos claro que mesmo na crise Pernambuco teve um desempenho aquém da realidade. O desenvolvimento não pode estar concentrado apenas em Suape ou na indústria automotiva de Goiana. Precisamos de um modelo descentralizado e que chegue a todas as regiões”, salientou.

Além disso, Elias também não deixou de ponderar que na aliança firmada pelos partidos ali presentes (PTB, DEM, Podemos, PV, PRTB, PRB e PSDB) havia diferenças. “Este momento tem uma grande relevância para o estado, estamos reunindo lideranças das mais diversas matrizes políticas e ideológicas. Isso significa que algo nos une, mas não podemos deixar de ser claros que nesta mesa há diferenças. Até porque não se faz alianças entre iguais. Estamos dando o primeiro passo no sentido de formular propostas para enfrentar os problemas enfrentados pelo nosso estado. É salutar que cada partido percorra o estado e seja um debate de conteúdos e ideias, não contra pessoas, mas por um Pernambuco melhor”, destacou.

Ex-governador, Joaquim Francisco (PSDB) disse que a frente “é uma grande obra de engenharia política, social e econômica construída a muitas mãos”. “Estes caminhos e a união destas vontades está representada nesta mesa. É composta por homens de comprovada participação na coisa pública. Não temos medo de grito nem utilizamos a dureza do discurso. Não se veio aqui vender ilusões ou aglutinar pessoas para dizer temos um caminho. Fizemos um diagnóstico de Pernambuco para que viéssemos aqui dizer: temos um roteiro, temos alternativas”, observou. 

Corroborando com o correligionário, o também ex-governador João Lyra Neto (PSDB) argumentou que “nunca houve um início de um movimento político com tanta liderança”. “Isso significa que todas as regiões de Pernambuco estarão unidas para colocar Pernambuco no seu devido lugar. Desta mesa vamos eleger o novo governador de Pernambuco em 2018. A partir de janeiro de 2019 vamos nos reestabelecer”, cravou.

Deputado federal e ex-ministro das Cidades, Bruno Araújo destacou que Pernambuco tem um governo que muitos mandam e pouco é feito. “Pernambuco veio se reencontrar para dizer que acredita na mudança. No meio de uma crise, Pernambuco que sempre foi muito firme, encontramos um governador que sumiu. Nos últimos três anos vivemos um apagão e ele fez com que nos reunissímos para colocar o estado nos trilhos”, ponderou. 

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Balanço do governo de Paulo e manifesto oposicionista

Durante o evento, o vereador do Recife André Régis fez um panorama das taxas econômicas, de emprego e desenvolvimento do estado. Entre os índices, Régis disse que a expectativa é de que o estado cresça 0,6% este ano. “Se Pernambuco não mudar não iremos crescer. Precisamos de uma gestão profissional para fazer com que este estado que foi grande volte a crescer e deixe de viver dias marcados pela incompetência”, salientou.

O encontro culminou em um manifesto marcado por ataques a Paulo Câmara, ressaltando a queda no desenvolvimento estadual, além de dados como o ranking da violência no estado e o quantitativo de obras paralisadas. No documento, a oposição diz que “o pernambucano tem sofrido com a falta de liderança, de ousadia e de capacidade de gestão”. 

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O senador Fernando Bezerra Coelho (PMDB) afirmou, nesta segunda-feira (11), que chegou o momento de “encerrar um ciclo político e um projeto” em Pernambuco que, segundo ele, “já deu o que tinha que dar”. Ao expor o argumento, durante o lançamento oficial da frente de oposições ‘Pernambuco quer mudar’, o peemedebista se referia aos 12 anos de gestão do PSB que hoje administra o estado com o governador Paulo Câmara (PSB). Sob a ótica de Coelho, o pernambucano está “frustrado” com o atual governo. 

“Hoje esta frente política surge com muita força. Chegou a hora de virar a página e encerrar um ciclo político, o projeto que está aí já deu o que tinha que dar”, salientou FBC, que já lançou pré-candidatura a governador, mas durante o evento disse que jogará “em qualquer posição”. 

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“Quem me conhece sabe que me preparei para este momento, mas sou um homem de projeto. O projeto pessoal não vai ser maior de Pernambuco, vou continuar a construir este projeto. A história de Pernambuco exige um novo tempo, até março e abril vamos colher diretrizes e vamos escalar o time”, detalhou. O novo tempo pregado por Fernando no evento é justificado, de acordo com ele, pelo alto índice de desemprego e “a violência que assusta, aterroriza e afugenta investimentos”. 

Ao lado de nomes como o do senador Armando Monteiro (PTB), o ministro da Educação Mendonça Filho (DEM) e o deputado federal Bruno Araújo (PSDB), Bezerra Coelho disse que “a oposição mostrou a sua cara, sua garra e está unida”. “Ergam os olhos e olhem para o horizonte do novo ano que se aproxima vem um Pernambuco novo por aí. Esta luta haverá de ser vencida pela nossa gente”, previu.

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Lideranças que compõem partidos de oposição ao governador Paulo Câmara (PSB) se reúnem nesta segunda-feira (11) no Recife, para lançar a frente chamada 'Pernambuco quer mudar'. Nomes como os dos senadores Armando Monteiro e Fernando Bezerra Coelho, dos deputados federais Bruno Araújo, Ricardo Teobaldo e Zeca Cavalcanti, além do ministro da Educação, Mendonça Filho e de Minas e Energia, Fernando Filho. 

Apesar de ter o senador Fernando Bezerra Coelho como um dos líderes do encontro chama a atenção a ausência da logo do PMDB na imagem que reúne as siglas dos partidos integrantes do grupo: PTB, DEM, Podemos, PV, PRTB, PRB e PSDB. Isto porque, a atual direção estadual peemedebista, capitaneada pelo vice-governador Raul Henry, é contra o alinhamento em oposição a Paulo Câmara.

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Para conquistar a legitimidade do partido, Bezerra Coelho terá que assumir o comando da legenda. Ele enfrenta um processo interno que disputa a direção estadual.

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O vereador do Recife, Ivan Moraes (PSOL), avaliou a composição da frente de oposições capitaneada pelos senadores Fernando Bezerra Coelho (PMDB) e Armando Monteiro (PTB), pré-candidatos a governador de Pernambuco, além do deputado federal Bruno Araújo (PSDB) e o ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM). Para o psolista, que também se colocou à disposição do partido que integra para participar da disputa em 2018, o grupo faz uma “oposição engraçada” porque as lideranças que o integram ajudaram a construir a gestão do governador Paulo Câmara (PSB).

“Acho muito engraçado quando vejo na mídia eles sendo chamados de oposição, pois representam quem manda no país desde sempre. Eles são oposição a quem? A esse governo que ajudaram a montar? Essa mesma rapaziada que cresceu com eles na política, os mesmos nomes e sobrenomes?”, questionou Moraes. “Aí vão fazer um debate, como foram os de Paulo Câmara e Armando Monteiro [em 2014], e ficam ‘vou construir duas escolas’ e o outro diz ‘vou fazer quatro’. Não tem diferença programática nenhuma”, acrescentou.

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Na análise de Ivan Moraes, o grupo político está “pragmaticamente e pontualmente contra esses outros sujeitos apenas porque querem disputar esse espaço de poder, mas eles não têm propostas diferentes”. “Em Pernambuco quem faz oposição de verdade é o PT, ainda, o PRB e o PSOL”, argumentou. 

Definição do PSOL

Ivan Moraes se colocou à disposição do PSOL para disputar o Governo de Pernambuco em 2018. Além dele, Jesualdo Campos que disputou a prefeitura de Olinda em 2016 também pleiteia o espaço na chapa majoritária. De acordo com Ivan, a expectativa interna é de que a direção estadual defina qual será o nome que representará o partido no próximo da 14, quando acontece o primeiro encontro do grupo depois do anúncio das pretensões eleitorais dele e de Jesualdo. 

Um empate na votação suspendeu o julgamento na Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o recebimento de denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o senador Fernando Bezerra Coelho (PMDB-PE), pelo crime de corrupção passiva. Vale dizer que esse empate ocorreu devido à ausência do ministro Ricardo Lewandowski, que está em licença médica. Sendo assim o relator da denúncia, Edson Fachin e Celso de Mello votaram pelo recebimento da denúncia, e Gilmar Mendes e Dias Toffoli pela rejeição. Esse desempate ocorrerá após o retorno de Lewandowski ao tribunal, até lá o senador pernambucano continua respirando ninguém sabe se com tranquilidade. Durante o julgamento, a defesa do senador e já pré-candidato a governo de Pernambuco Fernando Bezerra Coelho afirmou que o parlamentar não participou da campanha de Eduardo Campos e que a denúncia está amparada somente em depoimentos de delatores. Vamos esperar pelo final dessa novela ou pelo menos deste capítulo.

Pernambuco é multado em mais de R$ 28 milhões por crime ambiental

A Penitenciária Doutor Edvaldo Gomes, em Petrolina (PE), foi autuada por lançar esgoto sem nenhum tipo de tratamento nas águas do Rio São Francisco.

A multa

O valor aplicado soma a quantia de R$ 28.480.000,00, referente aos danos ambientais causados em 15 anos de funcionamento da instituição. O presídio tem 10 dias para recorrer ou pagar a multa, contando a partir desta terça-feira (04). 

O registro

Os fiscais da Agência Municipal do Meio Ambiente (AMMA) encontraram no local cinco vezes mais baronesas do que havia na Orla I, antes de iniciado o projeto de revitalização Orla Nossa. A instituição possui fossas sépticas que recebem todos os dejetos da penitenciária e em seguida, despejam no rio, sem o tratamento adequado.

Avisos foram feitos

Segundo o diretor-presidente da AMMA, Rafael Oliveira, a agência já havia solicitado aos responsáveis, a documentação de funcionamento. "Antes de aplicarmos a multa, a AMMA, notificou a Penitenciária Doutor Edvaldo Gomes, em 30 de maio deste ano, para que  apresentasse esclarecimento sobre os efluentes lançados, bem como as licenças de operação e instalação, porém não obtivemos resposta. Voltamos ao local e foi percebido que a situação permaneceu a mesma, não restando outra saída que não a aplicação da penalidade estabelecida por lei", esclarece.

ITV, "com mais dinamismo", anuncia Joaquim Francisco

Ao concluir o último debate do projeto "Conjuntura ITV" de 2017, o presidente do Instituto Teotonio Vilela de Pernambuco, o ex-governador Joaquim Francisco, anunciou que pretende imprimir em 2018 "mais dinamismo" às discussões do instituto.

Balanço

Somente este ano, foram 38 encontros nos quais foram debatidos vários temas da atualidade, fechando ontem à noite com a "Cultura em perspectiva" com a participação dos mestres em economia pela Universidade Federal de Pernambuco, Alfredo Bertini e Jocildo Fernandes. O debate ocorreu na sede do PSDB-PE, no bairro do Derby.

Joaquim falou

O presidente do ITV-PE disse que é difícil buscar uma saída para a crise brasileira, tratando de forma séria dos problemas do país, sem realizar encontros como vem fazendo o Instituto Teotonio Vilela. "É uma contribuição que damos através do ITV e estou absolutamente motivado para que a gente segure essa chama porque 2018 é ano de decisão e como escolher os melhores se não houver a consciência, pelo menos básica, dos problemas existentes no país?", provocou.

PCR promove roda de diálogo Mulheres

A Secretaria da Mulher do Recife em parceira com a Secretaria da Mulher de Pernambuco promovem uma roda de diálogos  Mulheres TRANSformando o Mundo, com participação da ativista e blogueira Leandrinha Du Art. 

Programação

O evento faz parte dos 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher e ocorre nesta quarta (6), às 14h, no Centro da Mulher Metropolitana Júlia Santiago, em Brasília Teimosa. 

Comissão aprova parecer de Armando que destina verbas para bloqueio de celular em presídios

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou, nesta terça-feira (5), parecer do senador Armando Monteiro (PTB-PE) a projeto de lei explicitando a aplicação de recursos do Fundo Penitenciário Nacional (Funpen) na instalação de sistemas de bloqueio de celulares nas penitenciárias. O projeto vai agora à votação da Comissão de Ciência e Tecnologia (CCT) e, em seguida, ao plenário do Senado.

A fala do senador

“A questão da segurança pública é uma das que mais preocupa a sociedade brasileira. Há mais tempo do que devido, o acesso de criminosos à rede de comunicação móvel celular de dentro de presídios tem-se revelado um ponto vulnerável nos esforços de valer a lei e a ordem”, justifica o parecer de Armando.

O projeto de lei

O projeto original, de autoria do senador Lasier Martins (PSD-RS), previa o uso das verbas do Fundo de Fiscalização das Telecomunicações (Fistel). O parecer de Armando trocou o Fistel pelo Funpen, por dois motivos básicos: não estar sujeito a contingenciamento e ter por finalidade justamente apoiar programas de modernização do sistema penitenciário, nos quais se enquadra o bloqueio de celulares. “O parecer do senador Armando foi mais prático e inteligente”, avaliou Lasier, na sessão da CAE.

SERPRO vai parar

Em assembleia realizada os trabalhadores da Empresa Federal em Processamento de Dados (SERPRO), localizada no bairro do Parnamirim, decidiram por ampla maioria, parar as atividades por 24 horas nesta quarta-feira (6/12). Irão parar também os trabalhadores do SERPRO lotados na Delegacia da Receita Federal, o que deverá causar impacto no Centro de Atendimento ao Contribuinte (CAC) e nos sistemas.

Pré-candidato a governador de Pernambuco, o senador Fernando Bezerra Coelho (PMDB) afirmou que o ciclo de gestão do PSB esgotou e o estado necessita de um chefe do Executivo “com um ânimo, que seja maior que a crise”. Para o peemedebista, a administração do governador Paulo Câmara (PSB) “não deixou nenhuma marca” e a população quer mudança.

“Pernambuco tem que ter voz ativa. Pernambuco é um líder natural do Nordeste. Para recuperarmos esta liderança precisamos de um novo jeito de governar, com entusiasmo, ânimo e firmeza. Acho que se esgotou um ciclo”, disse, em entrevista a uma rádio local. Sob a ótica dele, o desenvolvimento do estado caminha “em câmera lenta, com uma velocidade muito menor que os pernambucanos gostariam”.

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Apesar de muitas vezes utilizar a crise econômica como justificativa para defender o governo estadual, agora no campo da oposição Fernando Bezerra Coelho disse que na realidade falta liderança do pessebista para guiar o Estado. “As dificuldades da crise não servem como justificativa, porque os outros estados investiram. A realidade é que falta projeto, falta liderança. O dever de casa foi muito mal feito”, destacou.

“Precisamos de um governador com ânimo, que seja maior que a crise. Quando olhamos para este governo, vemos que ele não deixou nenhuma marca”, acrescentou. O senador ainda disparou críticas contra a as ações de segurança pública. “O Pacto pela Vida, construído por Eduardo Campos, foi abandonado”, constatou. 

Bezerra Coelho é um dos nomes já anunciados para a disputa pela frente de oposições criada com o objetivo de desbancar o PSB e a reeleição de Paulo Câmara em 2018. Além dele, também já anunciaram as pré-candidaturas o senador Armando Monteiro (PTB) e o ex-prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Elias Gomes (PSDB). 

Os três e as demais lideranças oposicionistas vão se reunir na próxima segunda-feira (11) para debater as propostas. O encontro  será a partir das 17h, no espaço Arcádia do Paço Alfândega, no Recife Antigo.

O deputado federal Danilo Cabral (PSB) afirmou, nesta segunda-feira (27), que o senador Armando Monteiro (PTB) “caiu em contradição” ao se colocar como opção para liderar a oposição na disputa pelo comando do Governo de Pernambuco. No último domingo (26), o petebista disse que estava disposto a “construir uma linha de resistência e um projeto vitorioso” para o estado.

De acordo com Cabral, Armando se contradisse quando cobrou do senador Fernando Bezerra Coelho (PMDB) - também pré-candidato a governador - a apresentação de uma proposta concreta para o estado, mas ao anunciar seu nome para a corrida não apresentou nada.  

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“Armando caiu em contradição. Quando Fernando Bezerra Coelho disse que seria candidato, ele foi o primeiro a dizer que precisava discutir uma proposta e um pensamento para Pernambuco. É estranho ele cobrar de Fernando Bezerra um pensamento por Pernambuco, se lançar candidato e não apresentar este pensamento”, declarou Danilo.

Ironizando as forças oposicionistas, o deputado e aliado do governador Paulo Câmara, que deve concorrer à reeleição, disse que o campo “precisa organizar direito o maracatu deles, cada um está falando de um jeito e já tem três candidatos”. 

O imbróglio no PMDB de Pernambuco ganhou um novo capítulo com o anúncio da pré-candidatura do senador Fernando Bezerra Coelho (PMDB) ao comando do Palácio do Campo das Princesas. No fim de semana, o parlamentar afirmou que estava no páreo para a disputa e iria “derrotar esse governo [de Paulo Câmara] por muitos votos”. A fala gerou uma reação negativa da direção estadual da legenda, aliada de primeira hora do governador Paulo Câmara (PSB) que buscará a reeleição. 

Para justificar o anúncio da pré-candidatura, Fernando Bezerra Coelho disse que a atual gestão “não tem correspondido às expectativas da população” e coloca o seu nome “à disposição para o debate que se faz necessário”.

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Presidente da sigla em Pernambuco, o vice-governador Raul Henry classificou a postura de Fernando Bezerra Coelho como “cínica” e ponderou que ele “não tem autoridade” para falar pelo partido. 

“O senador Fernando Bezerra Coelho já consolidou aqui em Pernambuco duas marcas da sua trajetória: a da traição e do oportunismo; que estão se somando a do cinismo. Ele não tem nenhuma autoridade para falar em nome do PMDB de Pernambuco, que tem um diretório eleito e não há nenhum motivo para intervenção ou dissolução”, disparou Raul Henry. 

O vice-governador lembrou também já ter ganho duas vezes na Justiça para a manutenção do diretório constituído em eleição estadual, antes da filiação de Bezerra ao partido. Além disso, salientou que o PMDB tem uma “aliança sólida” com o PSB para 2018. 

Desejo reprimido desde 2014

O desejo de Fernando Bezerra Coelho de disputar o governo não é de hoje, mas se arrasta de forma sutil desde a eleição de 2014, quando foi preterido pelo ex-governador Eduardo Campos que preferiu indicar Paulo Câmara para disputar o cargo. Como não teria espaço para participar da corrida em 2018, com a reeleição de Câmara, o senador deixou o PSB e se filiou ao PMDB no dia 6 de setembro.

Na ocasião, ele recebeu 'carta branca' do presidente nacional do PMDB, senador Romero Jucá, para encerrar a aliança da legenda com os pessebsitas e participar da disputa. Na ocasião, Jucá chegou a dizer que FBC ingressava no PMDB "para cumprir uma finalidade que é a preparação para disputar o Governo de Pernambuco. O PMDB está se reestruturando e vamos ter excelentes candidatos aos governos dos estados". O que, claro, não foi bem recebido pela direção estadual

Logo depois da filiação, FBC entrou com uma ação pedindo a dissolução da Executiva da legenda e destituindo o poder político do deputado Jarbas Vasconcelos. O que ainda segue em tramitação no Conselho de Ética nacional do PMDB. 

A articulação dos partidos de oposição para o embate contra o PSB nas eleições de 2018 tem ficado cada vez mais evidente. Ao participar da convenção do PSDB de Pernambuco nesse domingo (5), lideranças como o senador Fernando Bezerra Coelho (PMDB), o advogado Antônio Campos (Podemos) e a deputada estadual Priscila Krause (DEM) não pouparam críticas ao governador Paulo Câmara, que disputará a reeleição no próximo pleito.

Durante um discurso incisivo, Fernando Bezerra Coelho destacou a importância da unidade da oposição para construir uma alternativa política à atual gestão e lembrou que nos últimos três anos o Estado investiu metade que a Bahia e menos que o Ceará em ações e infraestrutura. 

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“O Estado precisa de outro ritmo, Pernambuco precisa acelerar seus projetos. Falta projeto, falta ousadia e falta coragem, para poder assumir as posições que possam dar a Pernambuco o protagonismo que ele merece. É hora de construir propostas, sem ódio e sem paixões. É hora de unir os melhores, para que possamos estar à altura do desafio que a história nos impõe”, cravou.

Seguindo a mesma linha, Priscila Krause ponderou que o atual modelo de gestão “esgotou”. "A gente não precisa ser cientista político para identificar o quão frágil são as lideranças que tomam conta hoje de Pernambuco e as condições nas quais o Estado se encontra. Desde as condições das estradas, passando pela saúde, chegando àquilo que sentimos todos os dias ao colocar o pé fora de casa, que é a questão da violência e da falta de segurança. Isso tudo só reafirma o que buscamos aqui: uma união de forças que possam se contrapor a isso que está hoje em Pernambuco”, disse. 

“Esse modelo esgotou, chegou à fadiga de material, até porque o material não é de boa qualidade. E esse palanque aqui, essas pessoas que aqui estão, reúnem maturidade política, respeitabilidade, credibilidade, serviços prestados ao estado e ao país e muita competência", acrescentou, fazendo menção a uma união do PSDB, DEM, PTB, PMDB e Podemos para a disputa.

O irmão do ex-governador Eduardo Campos também endossou a unidade. "Neste momento precisamos ter diálogo, precisamos construir convergências, porque é possível sim construirmos um Pernambuco mais forte. Nosso Estado pode muito mais. Vamos discutir ideias, vamos fazer uma agenda para Pernambuco, pois tenho convicção de que o palanque das oposições sairá vencedor", frisou. Na ocasião, o PSDB anunciou a pré-candidatura do ex-prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Elias Gomes, a governador. Nos bastidores, comenta-se que caso haja uma unidade concreta e a formação de um palanque entre os partidos opositores, Gomes não deve ter forças para emplacar a postulação majoritária.  

Durante um evento neste sábado (4), para a assinatura da ordem de serviço para a construção de uma quadra poliesportiva no Instituto Federal do Sertão, em Ouricuri, o senador Fernando Bezerra Coelho (PMDB) não poupou elogios a atuação do ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM). O documento foi assinado pelo democrata em um ato que reuniu lideranças políticas da região, além do ministro de Minas e Energia, Fernando Filho (sem partido). O investimento do é de aproximadamente R$ 10 milhões. 

Na ocasião, o peemedebista disse que o democrata "é digno dos maiores elogios". "O desempenho do ministro Mendonça é digno dos maiores elogios, já são mais de R$ 500 milhões investidos na educação superior de Pernambuco, em novas estruturas, reformas e qualificação. Um fato histórico”, afirmou o senador. “Mendonça vem aos poucos trabalhando para fazer as entregas que a população espera. Nós, no Senado, estamos apoiando para que mais recursos venham para a educação”, acrescentou.

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O DEM é um dos partidos que Bezerra Coelho espera contar em caso de candidatura ao Governo do Estado em 2018. Inclusive, Fernando Filho deve seguir para as hostes democratas agora que deixou o PSB. Nos bastidores, há rumores de que Mendonça pode ser candidato ao Senado

 

Trezentos e sessenta e cinco dias. É este o tempo exato que falta para as eleições gerais de 2018, quando os eleitores de todo o país vão às urnas para escolher, entre outros, quem ocupará os cargos de presidente e governador. Em Pernambuco, a disputa pelo comando do Palácio do Campo das Princesas está começando a ser desenhada com as tratativas para endossar a candidatura à reeleição do governador Paulo Câmara (PSB) e as articulações de uma frente que quer desbancar o PSB da hegemonia de 12 anos à frente da gestão estadual.

Este grupo é liderado pelos senadores Fernando Bezerra Coelho (PMDB) e Armando Monteiro (PTB), além dos ministros da Educação, Mendonça Filho (DEM); das Cidades, Bruno Araújo (PSDB) e de Minas e Energia, Fernando Filho (ainda no PSB). Eles intensificaram as conversas depois do ingresso de FBC no PMDB que, apesar de ser atual aliado de primeira hora do PSB, pode passar a integrar a base de oposição com a pretensão de protagonizar a disputa pelo o comando do governo. 

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A postulação, entretanto, vai ter que enfrentar o diretório estadual do PMDB que é contrário a dissolução da aliança com os pessebistas e, nos últimos dias, conseguiu duas decisões judiciais que impedem o andamento de um processo interno na legenda peemedebista solicitando a dissolução da direção do partido no estado. 

Apesar de a frente ser composta por políticos de peso, ainda não há uma definição de quem será o candidato. Há rumores de que a chapa seja capitaneada por Fernando Filho, que deve deixar o PSB e migrar para o DEM. Por outro lado também tem Armando Monteiro, considerado candidato natural ao governo. O petebista foi derrotado em 2014 por Paulo Câmara, mas ainda é uma incógnita no campo articulado por Fernando Bezerra. 

Na conjuntura atual também se vê a afirmação do PT de que disputará o cargo, mesmo nas últimas eleições tendo apresentado quadros de derrota. Nos bastidores já existe um consenso em torno do nome da vereadora do Recife Marília Arraes. A direção estadual alega, no entanto, que o momento não é ainda para discutir nomes e não confirma a participação da parlamentar. Porém também há a expectativa de que o PT se alinhe ao PSB e suba no palanque de Paulo Câmara

Já entre os partidos menores, o PSOL anunciou que vai concorrer ao comando do Palácio, mas ainda não definiu nomes. O foco principal da legenda é ampliar as vagas na Assembleia Legislativa de Pernambuco e na Câmara Federal. 

Um cenário ainda indefinido

Diante do quadro eleitoral pernambucano, a doutora em ciência política Priscila Lapa acredita que a disputa não vai ser fácil para Paulo Câmara, nem para os demais governadores do país que desejam concorrer à reeleição, uma vez que a crise econômica vai predominar o debate. 

“Os governadores estão mal avaliados e assumindo um papel de coadjuvante no dia a dia. A insatisfação com economia, o medo de ficar desempregado e não honrar com os compromissos, mesmo que haja uma sinalização de melhora, é o que predomina para o eleitor. O eleitor tende a avaliar de forma negativa quem está no poder. Não vai ser fácil a reeleição nem para Paulo nem para outros governadores”, ponderou, lembrando que em 2016 não se chegou nem a 50% de reeleições no país. 

Indagada se o apelo pelo voto oriundo do chamado eduardismo pode reverter tal dificuldade, a estudiosa argumentou que sim. “Temos uma herança forte do legado de Eduardo em Pernambuco. A figura dele era muito forte e isso pesa negativamente para Paulo, ele não tem o perfil de liderança, de encabeçar as ações como Eduardo. Mas por outro lado, Paulo também tem coisas para mostrar e o argumento de que ‘não parou’”, disse. 

“Tem o legado do partido, ninguém fica 12 anos sem nada para mostrar. Talvez o discurso do governador caminhe na linha de que é melhor apostar nos partidos que já mostraram que trabalham, com a lembrança também do eduardismo, do que apostar numa mudança, em um grupo político que ainda não tem o que mostrar. No cenário de instabilidade econômica é mais fácil o eleitor confiar em algo que já conhece do que na mudança”, complementou. 

Já sobre a oposição, Priscila Lapa ponderou que falta um alinhamento. “Será uma oposição mais ligada ao governo federal, dessa agenda de reformas, mais para o centro-direita ou se a gente vai ter uma oposição tradicional, mais popular, voltada a esquerda?”, indagou, citando as articulações do senador Fernando Bezerra Coelho. Na análise dela, apesar dos nomes que surgem como lideranças nacionais, em Pernambuco eles são pouco conhecidos.

“Depois de Eduardo tivemos dificuldade de projeção de lideranças. Na oposição temos pessoas que acabam assumindo um protagonismo nacional, mas não revertem isso no  estado. Os eleitores não acreditam que essas pessoas conseguem assumir a liderança de uma chapa. São lideranças que ainda não se estabeleceram em Pernambuco. Fernando Bezerra Coelho construiu tudo, menos consenso. Eles estão tendo dificuldades e quanto mais a oposição se fragmenta mais beneficia Paulo Câmara”, observou.

Quanto a participação do PT, a doutora em ciência política disse que não acredita em uma candidatura própria. “A oposição do PT é enfraquecida. Temos um partido que está recuperando um pouco a credibilidade, mas teve um desempenho eleitoral ruim em 2016 e perde o poder de barganhar alianças. A tendência para o PT é não ter candidato próprio e se aliar ou ao governo ao a oposição”, sentenciou.

O pensamento foi corroborado pelo professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e cientista político Adriano Oliveira. Segundo ele, em Pernambuco haverá dois palanques em 2018: o de Lula e o de Temer.  

“A eleição tende a ser nacionalizada, de um lado o candidato apoiado pelo lulismo e ancorado no eduardismo e do outro o candidato apoiado pelo Temer. Se o Temer recuperar a economia e esse candidato terá chances reais e Paulo vai buscar pelo lulismo e eduardismo. Vejo que o PT deve caminhar nacionalmente com o PSB e em virtude disso provocará a aliança estadual”, observou. 

Oliveira aposta que o candidato da oposição será Fernando Bezerra Coelho. “A oposição não decidiu ainda se vai ter candidato, embora eu acredite que deve ser Fernando Bezerra Coelho, a vida da oposição é fácil de resolver, pois existem vários cargos a ser distribuídos com as demais lideranças”, salientou o estudioso. 

As cobiçadas vagas para o Senado

Além do Executivo, Pernambuco também tem duas vagas em aberto no Senado para a disputa e alguns nomes começam a ganhar fôlego ou a despontar de forma solo. O deputado federal Silvio Costa (Avante) é um dos que pretende participar da corrida. Defensor ferrenho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ele vem se apresentado como o “senador de Lula” e firmando alianças pelo estado para endossar sua eventual candidatura.

Da base eleitoral, entre os nomes que despontam está o do deputado estadual André Ferreira (PSC). Ele foi um dos deputados estaduais mais bem votados em 2014 e já recebeu, inclusive, o apoio de prefeitos como o do Cabo de Santo Agostinho, da Região Metropolitana do Recife (RMR), Lula Cabral (PSB). O deputado e presidente do PSD em Pernambuco, André de Paula, está entre a lista dos cogitados para uma das vagas. Ele, porém, nega que esteja trabalhando com a intenção de compor a majoritária e alega ter como foco à reeleição para a Câmara Federal. 

Quem também pretende voltar a disputar um assento na Casa Alta é o deputado federal Jarbas Vasconcelos (PMDB). A incógnita, entretanto, é  se isto se dará pela Frente Popular de Pernambuco ou a oposição. No campo oposicionista ainda existem especulações de que o ministro Mendonça Filho (DEM) alce voos eleitorais mais altos e deixe a Câmara para concorrer ao Senado. 

Há ainda o advogado Antônio Campos que confirmou recentemente ter recebido o aval da direção nacional do Podemos para articular e lançar uma candidatura solo ao Senado em 2018, garantindo um palanque em Pernambuco para o senador Álvaro Dias, pré-candidato à presidência pela legenda.

Com as indefinições,  a expectativa no meio político é de que as definições das composições de chapas que disputarão em Pernambuco sejam efetuadas entre fevereiro e maio, quando também já terá ocorrido a janela partidária. Seguindo o calendário eleitoral de 2016, os candidatos serão anunciados oficialmente a partir de 20 de julho de 2018, quando acontecem as convenções partidárias. 

Recém-chegado ao PMDB e querendo se firmar para as eleições 2018, o senador Fernando Bezerra Coelho se reuniu nesta terça-feira (26), no gabinete do Senado, com quatro prefeitos pernambucanos.

Na ocasião, os gestores dos municípios de Salgadinho, José Soares (PMDB), mais conhecido como "Zé de Veva"; Orobó, Cléber Chaparral (PSD); Bodocó, Tulio Alves (DEM); e Paudalho, Marcelo Gouveia (PSD) debateram com o peemedebista, assuntos relacionados às áreas de Saúde, Educação e Desenvolvimento Social. 

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O senador não só ouviu as demandas municipais como recolheu os projetos apresentados pelos prefeitos e acionou o corpo técnico do gabinete, para os encaminhamentos necessários. Também foram pauta do encontro, os cenários políticos de Pernambuco e do Brasil.

*Com informações da assessoria 

Diante da possibilidade de intervenção da direção nacional do PMDB no comando do partido em Pernambuco, o governador de Alagoas, Renan Filho (PMDB), manifestou-se, nesta segunda-feira (25), contrário à medida. Segundo ele, a postura “não retrata as melhores tradições” da legenda. De passagem pelo Recife, para o Fórum Nordeste 2017, o alagoano revelou ter conversado com o presidente estadual da sigla e vice-governador Raul Henry, a quem manifestou sua solidariedade. 

"Posso dizer é que o PMDB não tem tradição de intervencionismo. Aliás, o PMDB é um partido diverso. E por isso ele chegou onde ele chegou. Pela sua capacidade de compreender os momentos políticos, de aceitar o contraditório e de em meio a pensamentos diferentes buscar caminhos para o País. Um partido que exige um caminho único é sempre um partido estreito no sentido político da palavra", criticou o governador.

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"Eu conversei com Raul Henry. Fui deputado com ele. Ele me telefonou, manifestou a sua preocupação com relação ao que está ocorrendo e eu acho que o Raul é um dos grandes quadros que esse partido tem. Foi deputado federal, é uma figura muito densa intelectualmente, que tem representatividade política. Portanto, o processo, a meu ver, não deveria ser assim", acrescentou. 

Caso a tese de intervenções nacionais comecem a preponderar no PMDB, o próprio chefe do Executivo alagoano e o seu pai, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), podem, inclusive, ser alvos de retaliações por se colocarem em oposição a algumas medidas adotadas pelo presidente Michel Temer. “Não temo isso, mas acho que não é da tradição do PMDB de intervir em diretórios. Não retrata as suas melhores tradições”, cravou. 

A definição sobre o processo que deve diluir a direção estadual do PMDB pode ser apresentada até a próxima semana, segundo informações de bastidores. Caso a intervenção seja confirmada, além de perder a direção Raul Henry terá que lidar com o fim da aliança entre o PMDB e o PSB. 

O imbróglio gerado pela filiação do senador Fernando Bezerra Coelho ao PMDB de Pernambuco deve gerar um efeito mais negativo para a base governista, segundo o ministro das Cidades, Bruno Araújo (PSDB). Nesta segunda-feira (25), o tucano disse acreditar que mesmo com o racha interno gerado na legenda peemedebista e a divisão diante da tese de que o partido deve disputar o governo contra seu principal aliado no estado, o governador Paulo Câmara (PSB), o impacto maior será na Frente Popular. 

"Essa é uma questão interna a ser tratada pelo PMDB. Mas eu acho que é o inverso. Um eventual impacto é maior no campo da ala governista, que contava como absolutamente certo o tempo de televisão do PMDB. Significa que há dúvidas em relação a isso agora, que vai levar um tempo para se ter clareza de como vai se chegar a uma posição a termo dessa questão. Mas no momento, independente do impacto que possa causar na eleição estadual, seja uma eventual candidatura de oposição ou na ala do governo, é uma questão interna que nós temos que respeitar. Ser discutida no próprio fórum do PMDB”, afirmou. 

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Bruno é uma das lideranças que articula a criação da frente de oposição para tentar desbancar o PSB do comando estadual. Ele participou nesta segunda da abertura do Fórum do Nordeste 2017, no Recife. Além dele, os ministros da Educação, Mendonça Filho (DEM), e de Minas e Energia, Fernando Filho (ainda no PSB), também estavam no local. Eles optaram por não se posicionar sobre o assunto. Mendonça disse que “o PMDB resolverá suas as discussões”.  O mesmo foi corroborado por Fernando Filho.

Indagado sobre a avaliação de Bruno Araújo, na saída do evento, Paulo Câmara se resumiu a dizer que era “solidário a Jarbas Vasconcelos e Raul Henry” e ponderou que Pernambuco teria a perder com lideranças como eles no campo de oposição. Com o desembarque de Fernando Bezerra Coelho do PSB e o ingresso no PMDB, Raul que é presidente da legenda no estado e vice-governador virou alvo de um processo interno que pode resultar na dissolução da direção estadual. Nos bastidores, a expectativa é de que até a próxima semana a definição sobre o assunto seja tomada e já é dada como certa a intervenção, o que tiraria o PMDB da Frente Popular. 

A pouco mais de um ano da disputa eleitoral, o cenário aponta que os partidos em Pernambuco terão o desafio de aparar as arestas abertas, realinhar as alianças e amenizar a pulverização dos nomes que aparecem como opções para a disputa pelo comando do Palácio do Campo das Princesas. Na conjuntura atual, que já começa a desenhar o perfil da disputa em 2018, rachas internos têm marcado as grandes agremiações partidárias estaduais.

O PSB, por exemplo, que tem a gerência do governo com Paulo Câmara e é o maior partido da Frente Popular de Pernambuco vem sofrendo uma baixa de aliados desde a morte do ex-governador Eduardo Campos e o início da atual gestão. A última estremecida do partido aconteceu com o desembarque o senador Fernando Bezerra Coelho para o PMDB, partido que até o momento é aliado de primeira hora da legenda pessebista e também vive um racha interno. Bezerra tem a intenção de colocar o PMDB para disputar contra Câmara e com a saída dele outras lideranças, como o ministro de Minas e Energia, Fernando Filho e o prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, também devem deixar as fileiras socialistas.

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A partir da desfiliação do senador, segundo o deputado federal Danilo Cabral, o PSB de Pernambuco passou a ter noção de quem dentro da legenda age como aliado ou adversário. “O que tínhamos como ponto de interrogação em Pernambuco era a permanência de Fernando Bezerra Coelho ou não no partido. No ponto de vista interno, defendíamos a decisão da saída dele e a partir disso já sabemos quem são aliados e adversários dentro do partido”, salientou em conversa com o LeiaJá

Para o parlamentar, o que ainda tem prejudicado o PSB não apenas em Pernambuco, mas também no âmbito nacional, é a “ausência de uma definição clara na linha de atuação” desde a morte de Campos. “O partido ficou fraturado, essa fratura se manifestou em vários momentos, desde a ida para o governo Temer, não apoiada internamente pela direção nacional, até o recente debate contra a privatização da Chesf. Isso tudo é fruto de uma ausência de uma posição mais clara. A expectativa é que cheguemos em 2018 com isso definido”, argumentou. 

A definição ressaltada por Cabral diz respeito ao realinhamento das ideologias partidárias junto ao campo de esquerda, o que faz a legenda se reaproximar do PT, outra discussão em voga em Pernambuco. “Tivemos um ponto fora da curva, mas nos realinhamos. A esquerda é o nosso campo histórico. O PSB é anterior ao PT e tantos outros partidos de esquerda”, disse o deputado.  

A recondução ideológica, no entanto, não quer dizer que seja reflexo de uma aliança com o campo petista, mesmo com a abertura de diálogo entre Paulo Câmara, que lidera a Frente Popular, e nomes como o do ex-presidente Lula, o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad e outras figuras petistas.  

“Paulo é mais reservado, mas ele pratica este diálogo para que mesmo em um ambiente diferente haja uma convergência. Isso vai levar a uma aliança? Não dá para dizer. A manifestação da direção do PT é contra. Tem gente que questiona também no PSB. Vocês vão ter muitas águas rolando até 2018”, disse Danilo.  

Mais uma tentativa de eleição com unidade no PT

Se o PT irá marchar junto com o PSB em 2018 ou não, depois das conversas travadas entre as lideranças das duas legendas, ainda não sabemos, porém os petistas já se articulam para  um movimento contrário com a defesa da candidatura da vereadora Marília Arraes para o governo. A participação na corrida eleitoral com a disputa majoritária, segundo o presidente do PT em Pernambuco, Bruno Ribeiro, já é consenso.

“É uma decisão que uniu todo o partido. Temos uma unanimidade no diretório estadual. Apresentar uma candidatura própria não é só uma candidatura, a esquerda tem uma missão de propor ao povo pernambucano uma saída para este retrocesso que essas forças que impuseram ao estado”, salientou, em crítica direta a Paulo Câmara. Para Bruno, a reaproximação com o PSB não passa de especulação.   

“Nós continuamos com a mesma posição de oposição ao governo do PSB. Há muitas distâncias tanto nas posições gerais que o PSB assumiu nos últimos anos ao se afastar de Dilma, ao votar em Aécio, ao voltar no impeachment e em questões locais, que a gente tem discordâncias. Há vários aspectos da gestão, segurança, educação, saúde, enfim, as distâncias são grandes”, garantiu em entrevista recente.

Para o senador Humberto Costa (PT), entretanto, não há como dizer que as portas para o PSB estão fechadas, entretanto, no momento ele não vê “como se construir” uma reaproximação com os socialistas. “Agora, obviamente que nós não fechamos nenhuma porta. Politicamente, sempre tivemos nos últimos anos muito mais aproximação com Armando Monteiro [senador do PTB], mas também no momento em que estamos vivendo hoje, essa aproximação deixou de existir nos termos que existia anteriormente. Então, tudo é incerteza. Mas, eu acho difícil. Se as eleições fossem hoje, o PT necessariamente teria um candidato”, declarou.

A reação do PT diante de Armando diz respeito a aproximação dele com o campo ligado a Fernando Bezerra Coelho, que luta para comandar o PMDB em Pernambuco e montar um campo de oposição que barre a reeleição de Paulo Câmara. Além de Armando, os ministros das Cidades, Bruno Araújo (PSDB), e da Educação, Mendonça Filho (DEM), também alicerçam o debate liderado por Coelho. 

PMDB: da manutenção da aliança com Paulo ao desejo de FBC de disputar o governo

Caso a investida de Fernando Bezerra vingue, a direção estadual do PMDB, comandada pelo vice-governador Raul Henry, e o poder de condução política do deputado Jarbas Vasconcelos serão diluídos. Se por um lado, a cúpula pernambucana peemedebista é contrária às articulações do senador, por outro ele já conseguiu o apoio do presidente nacional, senador Romero Jucá (RR) e vem, no estado, angariando lideranças de outros campos de oposição para montar uma frente contra Paulo Câmara

Acusado de traição por Jarbas, Fernando Bezerra nutre o desejo de disputar o governo desde 2014, quando ainda era do PSB e foi preterido na disputa por Eduardo Campos. Para o senador, a “ficha” dos novos correligionários “vai cair”. “É verdade, temos um projeto para Pernambuco, mas não será de uma pessoa, um grupo ou partido. É o projeto de uma frente política. Certo que caberá ao PMDB um papel de destaque”, declarou recentemente o político petrolinense. 

Nos bastidores do PMDB, há quem já pregue a vitória de Fernando Bezerra e diante disso, Jarbas Vasconcelos já pontuou que não pretende deixar a legenda. No entanto, também tem lideranças, como o deputado federal Kaio Maniçoba que descarta o cenário. “A entrada de Fernando Bezerra está gerando este incômodo. Se ele quiser se manter filiado, que fique, mas estamos trabalhando para manter a aliança com o governador e a Frente Popular de Pernambuco. Se a tese dele vier a acontecer vai gerar um mal estar grande, mas não trabalhamos com esta hipótese. Em momento algum imaginamos ter que sair do partido ou que o comando do partido", frisou. O processo que pode impulsionar a atuação do senador no campo peemedebista está sob análise do Conselho de Ética do partido e ainda não tem data para ser finalizado.

PSDB: disputar ou firmar aliança?

Não distante dos rachas partidários, o PSDB também está na berlinda com a indefinição se vai concorrer majoritariamente ou firmando alianças. O ministro Bruno Araújo já vinha sendo cogitado para o governo, mas com as investidas de Fernando Bezerra ele vem sendo ventilado como opção para o senado, a partir de um acordo político com o PMDB. Recentemente, Araújo disse ao LeiaJá que estava à disposição do partido, mas a discussão em torno do nome dele perdeu fôlego. A postura do ministro e da direção estadual tucana, instigou o ex-prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Elias Gomes, a oficializar a pré-candidatura ao governo pelo partido em forma de protesto, expondo a divisão de teses. 

Nesta sexta-feira (22), Gomes criticou a falta de diálogo interno para o pleito que se aproxima e ponderou a necessidade do partido “assumir  a sua maioridade” no estado, deixando de ser “coadjuvante e força auxiliar”. 

“Como um grande partido nacional que já governou o país e tem candidato a presidente, o PSDB deve assumir a sua maioridade em Pernambuco. Deixando de lado este papel de coadjuvante e de força auxiliar. Isso aconteceu na aliança para eleger Eduardo, Paulo e agora, sem discussão alguma, lideranças isoladas do partido fazem questão de negociar espaço numa chapa liderada por Armando [Monteiro] ou Fernando [Bezerra Coelho]”, salientou.  Gomes disse que “como cidadão sente uma decepção grande de como a política no estado vem sendo conduzida” e argumentou que poderia ser candidato a deputado estadual, federal, senador, mas “pela indignação e decepção” quer concorrer ao Governo.

O LeiaJá não conseguiu contato com o presidente estadual do PSDB, deputado Antônio Moraes, até o fechamento desta matéria. Em novembro, o PSDB tem um Congresso Estadual onde deve definir a postura política para 2018. 

Apesar do imbróglio gerado após o ingresso do senador Fernando Bezerra Coelho no PMDB, com a tentativa de dissolução da direção estadual e do alinhamento político local, o deputado Jarbas Vasconcelos afirmou, nesta segunda-feira (18), que mesmo se a tese do neo peemedebista vir a preponderar ele não deixará o partido. Fernando Bezerra Coelho quer conduzir o PMDB de Pernambuco a partir de agora, inclusive, destituindo a liderança política de Jarbas e fazendo com que a sigla dispute o Governo de Pernambuco e ponha fim a aliança com o PSB.

“Não vou sair do partido, vou lutar dentro do partido. A luta é de perde e ganha. Quero ganhar, vou lutar para ganhar. Ganhar convivendo com todos, não é para botar ninguém para fora. Ao contrário, eu agrego. Essas pessoas que entraram agora vieram pelas minhas mãos, porque falaram comigo, bati palmas quando entraram. Estou tranquilo”, disse Jarbas, em entrevista à imprensa logo após um ato que aconteceu em apoio a ele no Recife. 

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Questionado se manteria a filiação mesmo na oposição, ele reforçou que sim. “Vou ficar dentro do partido numa posição majoritária e vencedora. É minha posição, se for o contrário, também fico dentro do partido que ajudei a fundar e está sob o nosso comando meu e de Raul. A gente vai fazer com que ele cresça mais ainda”, declarou. 

Quanto a possibilidade de se manter na presidência e condução política do PMDB, mas com a candidatura capitaneada pelo senador, Jarbas disse que “não tem nada inviável na política”, mas prefere esperar as coisas acontecerem. 

Entendimento e orgulho de ser político

Jarbas Vasconcelos também pregou que tanto ele como seus aliados devem agora buscar o entendimento interno. “Todos devem procurar o caminho do entendimento, não é bom para o partido conviver permanentemente nas divergências e discussões que não dizem respeito ao amadurecimento do partido. A partir de agora todos devem ter este empenho e cuidado de pensar mais no partido”, salientou. 

Apesar disso, enquanto discursava no evento intitulado “Pernambuco é Jarbas”, o deputado disse que se sentiu surpreso com a tentativa de calarem sua voz. “Estou na política há muitos anos. A tentativa de calar minha voz vindo de dentro do partido não era algo que esperasse. A minha surpresa é menor do que a felicidade de saber que conto com a solidariedade de vocês. Demonstração de apoios vindo de vários lugares do país”, observou.

Dizendo que ia continuar fazendo política, Jarbas disse que não conseguiria sobreviver sem a atuação no setor. “Não sei se conseguiria viver sem a política. Ela é fundamental e importante. Se posso transmitir alguma coisa para os mais jovens e exige de você uma conduta permanente de honestidade. Ao político não é permitido nenhum desvio. Se ele o faz vai ser um pato manco”, discursou.

“Sou daqueles que tenho orgulho de ser político, não tenho receio de ser político, não tenho medo de botar a cara. É importante um político estar preparado para tudo isso. É um processo penoso. Tenho a plena dimensão que eu me preparei para isso. Não ocupei nenhum cargo através de eleição fácil. Todas foram de dificuldades. Nunca me acomodei ou achei que era o melhor, o preferencial. Sempre achei que tinha que buscar o voto. Tenho uma vida política que me satisfaz e posso deixar como herança para os meus filhos e quem me acompanha e confia”, complementou. 

Antes disso, ele também fez questão de reforçar ainda a importância da democracia e dizer que “o poder não é lugar para ser assaltado do dia para noite por ninguém”.

O ato em desagravo ao deputado Jarbas Vasconcelos, que pode perder o poder político dentro do PMDB, na noite desta segunda-feira (18) foi marcado por discursos em apoio ao peemedista e com a tese de que as tratativas lideradas pelo senador Fernando Bezerra Coelho, recém filiado a legenda, foram "desleais". Bezerra ingressou no PMDB com o desejo de mudar a linha política estadual da sigla e disputar o comando do Palácio do Campo das Princesas à revelia da cúpula local que é aliada de primeira hora do governador Paulo Câmara (PSB) e tem nas mãos a vice-governadoria.

O vice-governador de Pernambuco e presidente estadual do PMDB, Raul Henry foi o primeiro a discursar no evento e classificou como "deslealdade e oportunismo" a atuação do senador. "Nela é fácil dizer onde está a lealdade e a traição", salientou Segundo Henry, dois dias antes de se filiar ao partido, Bezerra Coelho teria endossado um processo pedindo da dissolução da atual direção. 

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"Aqueles que querem entrar no nosso partido, temos que falar com clareza e sinceridade, sabem que Pernambuco tem uma linha política. Temos uma aliança com o governador Paulo Câmara. Um homem que fez de tudo para manter Pernambuco de pé. Quem entra no nosso partido tem que saber que vai seguir isto", frisou Henry, dizendo que vai se manter na luta pela manutenção dos direitos atuais que ele e Jarbas tem na legenda.

Entre os deputados federais e estaduais no ato, André de Paula (PSD) disse que “quem faz política com P maiúsculo recebeu de forma desagradável a surpresa de que um homem [como Jarbas] poderia estar sendo desautorizado dentro de um partido que ele fundou”. Sob a ótica do parlamentar, “é uma piada o que estão fazendo”. 

“Jarbas não é um homem admirado apenas pelas suas capacidades, mas sobretudo pelas suas incapacidades. Ele é incapaz de uma deslealdade e de um gesto de desonestidade. É isso que nos faz estar hoje aqui. O pernambucano não vai aceitar e ficar calado, baixar a cabeça… Este foi um gesto vil, imoral e indecente. Vir dizer que o partido precisa crescer é uma piada”, salientou, lembrando da tese da presidência nacional do PMDB de que a legenda não cresceu em Pernambuco na última eleição e, por isso, a mudança no alinhamento. 

Na lista dos ex-governadores presentes, Gustavo Krause (DEM) foi categórico ao dizer que quem muda de lado não consegue vencer e governar Pernambuco. “Em Pernambuco, se mudar de lado não chega ao governo. Estou aqui falando porque tenho lado. Fui chamado não pela afetividade que nos une, que é maior do que vocês imaginam, pois combatemos, mas tivemos a coragem da reconciliação, quando houve oportunidade. Uma mentira não envelhece no tempo, a mentira cuida dela mesmo”, destacou. 

Prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB) foi um dos que disparou sutilmente contra o ex-correligionário. "Ato triste daquilo que não é política. De desrespeito e violência. Contra quem entregou a vida pela democracia e ajudou a fundar o PMDB", frisou, alfinetando que Bezerra "usa a política como projetos pessoais". "Tenho a plena confiança que a justiça será feita. O principal desfecho vai ter a justiça feita nas urnas em 2018. O povo vai fazer justiça, Jarbas", complementou. 

O governador Paulo Câmara, que deve ser um dos mais prejudicados caso a aliança com o PMDB seja rompida, chamou de "mal feito" e "coisa errada" as articulações de Bezerra. “No momento em que estamos vivendo da maior crise econômica, política e ética, estamos vendo querer calar a voz de uma pessoa que representa valores da ética, moral, boa política, espírito público. Como cidadãos não podemos aceitar que o certo seja feito por coisa errada. Temos que reagir”, declarou. “O que vemos hoje é uma reação à valores fundamentais. Estes valores que ele cultiva são os que vão prevalecer e Pernambuco vai mostrar que se combate fazendo política e não malfeitos”, acrescentou. Caso a tese de Bezerra se concretize, o PMDB será o maior desfalque na Frente POpular de Pernambuco para a reeleição de Paulo Câmara.  

Durante um discurso e outro, Jarbas era ovacionado pelos aliados. Além dos que discursaram, figuras como o ex-governador Roberto Magalhães (DEM); o ex-presidente estadual do PMDB, Dorani Sampaio; o advogado João Humberto Martorelli; os deputados estaduais Tony Gel e Ricardo Costa, do PMDB, Vinicius Labanca e Waldemar Borges, do PSB; além de deputados federais, prefeitos e outras lideranças participaram do evento. 

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