Tópicos | Fernando Bezerra Coelho

A reaproximação do PT com o PSB tem gerado alfinetadas de lideranças da oposição para os dois partidos, mas principalmente para a legenda socialista que vem rompendo a nível municipal, estadual e nacional com o PT desde 2012. Questionado, nesta segunda-feira (7), sobre como avaliava a busca da reedição da aliança entre os dois partidos, o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB), disse que preferia não se posicionar sobre o assunto.

Apesar disso, ele acabou pontuando que dentro do PT existem lideranças que também anseiam pela “mudança” no comando de Pernambuco, que está há três mandatos sob a batuta do PSB.  

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“Não acho nada [sobre a aliança], estão em outro campo político e prefiro não opinar, mas percebo que existe dentro do PT uma parcela, que a gente não sabe se é maioria ou minoria, comunga do mesmo sentimentos de mudança. De mudar o que está aí. O projeto que está aí esgotou, acabou e Pernambuco certamente vai usar essas eleições para iniciar um novo ciclo político”, declarou o senador, em conversa com a imprensa depois de participar de um encontro com prefeitos pernambucanos.

Bezerra não é o primeiro dos que compõem o bloco de oposição ao PSB a questionar pontos da aliança. Com um discurso mais ácido, o deputado federal Bruno Araújo (PSDB) lembrou, na última semana, que os socialistas votaram pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). “Michel Temer nasceu pelas mãos do PSB. Paulo Câmara é o padrinho”, chegou a dizer o tucano fazendo referência a pretensa reaproximação do PT com alguém que apoiou a saída da legenda do governo federal. 

Apesar de não ter conseguido firmar posição no comando do MDB de Pernambuco, o senador Fernando Bezerra Coelho afirmou, nesta segunda-feira (7), que permanece como pré-candidato ao Governo do Estado pela chapa que será lançada pela frente Pernambuco Quer Mudar, composta por partidos que fazem oposição do governador Paulo Câmara (PSB). Em conversa com a imprensa, depois de participar de um encontro com prefeitos pernambucanos, Bezerra admitiu que a instabilidade com o partido gera insegurança, mas não retirou o nome da disputa. 

“Continuo pré-candidato. A questão do MDB cria embaraços porque gera insegurança partidária, mas existe uma expectativa que isso seja resolvido num espaço curto. Não adianta ficar fazendo especulação porque é uma ação que está tramitando na Justiça e renovamos o otimismo de que será resolvido em favor daquilo que prevê a Constituição: os partidos têm autonomia para resolver questões internas”, observou o senador. 

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Bezerra briga judicialmente com o vice-governador e atual presidente estadual do MDB, Raul Henry, pelo comando do partido. O fato, além de ter gerado resultado negativo para a legenda em Pernambuco durante a janela partidária, também resultou, segundo informações de bastidores, na perda do fôlego diante da pré-candidatura do senador ao Governo que era, inicialmente, uma das mais fortes e concorria diretamente com a do também senador Armando Monteiro (PTB). 

A composição da chapa organizada pela frente Pernambuco Quer Mudar estava prevista para ser anunciada no dia 20 de abril, mas foi adiada e a insegurança de Fernando no MDB teria sido um dos motivos. Indagado se a oposição iria aguardar a resolução judicial para anunciar quem seriam os candidatos, Fernando Bezerra negou. O mesmo posicionamento foi exposto ao ser inquirido sobre a falta de definição do PT. 

“Estamos próximos desse anúncio. Tem toda expectativa, é natural, mas estamos trabalhando e acredito que dentro de um espaço curto vamos anunciar um nome que vai resgatar o protagonismo de Pernambuco”, projetou o senador.

Oposição unida 

Fernando Bezerra ainda comentou sobre o que chamou de desafios da oposição. Segundo ele, além de estar unida, a oposição terá que apresentar um projeto que dê ânimo aos pernambucanos. 

“Essa frente reúne o maior conjunto de apoios e traduz o sentimento de mudança e renovação. A frente Pernambuco Quer Mudar tem como desafio não só escolher os candidatos para compor a chapa, mas, um maior ainda, que é a construção de uma proposta que possa animar os pernambucanos e resgatar o protagonismo na área política, que perdeu seu espaço, e nos investimentos. Afora a situação de desespero que vimos no nosso estado em função de terríveis indicadores de segurança”, ponderou. 

O deputado Bruno Araújo (PSBD-PE) continua atacando o governador Paulo Câmara (PSB-PE) por uma possível aliança com o Partido dos Trabalhadores (PT). O tucano lembrou que o governador apoiou o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e afirmou que as articulações com o PT são estratégias para reeleição do socialista no estado de Pernambuco.

Nesta sexta-feira (4), o ex-ministro das Cidades publicou em suas redes sociais a foto de um documento emitido pelo PSB em 2016, onde o partido afirma que votará pelo impedimento de Dilma. “Há apenas dois anos o Governador e seu partido rejeitavam o PT e divulgaram carta na véspera da votação do impeachment de Dilma Rousseff. Em nome do governador, o presidente do partido em Pernambuco demonstra total apoio ao impeachment e critica a então presidente que se deslegitimou. (...) pelo futuro de Pernambuco, do Nordeste e do Brasil, o PSB, CONSCIENTE e SEM DÚVIDAS, VOTARÁ PELO IMPEACHMENT", escreveu Bruno.

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O parlamentar apontou incoerência de Paulo quando critica ações do governo Temer. “Michel Temer nasceu pelas mãos do PSB. Paulo Câmara é o padrinho”, cravou. Bruno Araújo é líder do grupo oposicionista “Pernambuco Quer Mudar”, que também conta com o deputado Mendonça Filho (DEM-PE) e o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE).

Por Fabio Filho

Causa impressão a força do ex-presidente Lula e parece que a prisão do mesmo o tornou ainda mais forte diante de todo o processo eleitoral. Tem mais pesquisa na praça e a os números mostram um Lula mais forte do que nunca. Vejam só mesmo após ser preso pelo caso do triplex do Guarujá (SP), o ex-presidente Lula Inácio Lula da Silva mantém a liderança em todos os cenários de intenção de votos para a Presidência, conforme apontou a pesquisa Vox Populi publicada na tarde de ontem terça feira. Em uma das perguntas espontâneas sobre intenção de votos, Lula possui 39% do eleitorado, seguido pelo deputado carioca Jair Bolsonaro (PSL/RJ) com 9%, Joaquim Barbosa (PSB) e Marina Silva (Rede), ambos com 2%, enquanto Geraldo Alckmin aparece com 1%. Levando em conta o segundo turno, o petista registra 56% contra 12% do tucano, 54% vs 16% dos votos de Marina Silva, ao passo que contra o ex-ministro do STF o ex-presidente ganharia com 54% contra 20%. A pesquisa continua dando mais detalhes sobre o que pensam os eleitores brasileiros ainda segundo a pesquisa, 41% dos entrevistados consideram que Lula foi condenado sem provas, de modo que 44% consideram que a prisão foi injusta. Por fim, 58% acreditam que o petista tem o direito de ser candidato novamente à presidência da República mesmo depois da prisão. Este O levantamento do Vox Populi, que foi encomendado pelo próprio PT, ouviu 2 mil pessoas em 118 municípios e foi feito entre os dias 11 e 15 de abril. A margem de erro considerada foi de 2,2%, estimada em um intervalo de confiança de 95%.

Começa a queda de Aécio

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) tornou, hoje, réu o senador Aécio Neves (PSDB-SP) pelos crimes de corrupção passiva e obstrução à justiça. Com a decisão, os ministros confirmam que os indícios apontados pela Procuradoria-Geral da União (PGR) são suficientes, neste momento, para que o senador responda aos crimes por meio de ação penal.

Acusações

A PGR acusa o tucano de receber ilicitamente R$ 2 milhões de Joesley Batista, oriundos do grupo J&F, e de atrapalhar as investigações em torno da Operação Lava Jato. Os demais acusados, Andrea Neves, Frederico Pacheco de Medeiros e Mendherson Souza Lima se tornaram réus pelo crime de corrupção passiva. As informações são do Blog do Fausto Macêdo.

Álvaro Porto cobra posição do governo sobre delações que apontam esquema de corrupção  

O silêncio do Governo do Estado diante das delações em que o empresário João Carlos Lyra Pessoa de Mello Filho revelou ao Ministério Público Federal a existência de um esquema de corrupção que beneficiou o PSB, levou o deputado Álvaro Porto (PTB) a cobrar, nesta terça-feira (17.04), posicionamento do Palácio do Campo das Princesas.

Cobrando

Em discurso, o petebista disse que a seis meses das eleições “os pernambucanos esperam um posicionamento do Governo e não o silêncio” sobre o trabalho que a Polícia Federal tem feito no estado. “Não dá para fazer de conta que nada está acontecendo”, destacou.

Denúncias

Na semana passada foi noticiado que, ao falar ao MPF, Lyra, dono do avião usado pelo PSB na campanha presidencial do ex-governador Eduardo Campos em 2014, declarou ter feito repasses de propinas de empreiteiras a dirigentes socialistas. Foi veiculado também que os nomes do governador Paulo Câmara e do prefeito do Recife, Geraldo Júlio, constariam dos anexos da delação de Lyra como beneficiários do esquema. Os mesmos anexos incluiriam ainda informações sigilosas sobre os três inquéritos da Operação Lava Jato que investigam Paulo e Geraldo.

Perguntas sem respostas

“Há indícios de desvios de recursos públicos por meio de supostos esquemas que envolveriam propinas, superfaturamentos, lavagem de dinheiro, empresas fantasmas e contas no exterior geram não só questionamentos na população”, disse. “Este quadro exige de nós, deputados, uma atitude de cobrança de esclarecimentos e de posicionamento do governo”, disse, endossando a nota que a oposição emitiu no fim de semana cobrando posicionamento do governo.

FBC vai aparecer

O senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) foi eleito para ser o relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Cartões de Crédito. Durante a instalação da CPI, Fernando Bezerra adiantou que o relatório contendo o resultado das investigações do colegiado sobre os juros cobrados pelas operadoras de cartão – classificados pelo senador como “abusivos e até extorsivos” – será apresentado até o próximo mês de julho.

Movimento 23 confirma pré-candidatura de André Carvalho à Câmara dos Deputados

O Movimento 23 confirmou nesta terça-feira, após reunião da Executiva Nacional em Brasília, a pré-candidatura a deputado federal de André Carvalho, diretor da Rádio Maranata FM em Pernambuco e filho do ex-deputado federal Salatiel Carvalho.

Lula

A Procuradoria Regional da República da 4ª Região, órgão que atua junto ao Tribunal Regional Federal da mesma jurisdição, enviou à corte documento pedindo a rejeição dos embargos dos embargos apresentados pela defesa do ex-presidente Lula, cujo julgamento está previsto para hoje quarta-feira (18).

Documentos

Segundo o documento do MPF, assinado pelo procurador Adriano Augusto Guedes, os embargos não devem ser considerados pois a pretensão da defesa seria “rediscutir o mérito da decisão, com a modificação do julgado proferido”. Tal intenção, de acordo com ele, não seria compatível com o julgamento, que deveria se dedicar a analisar omissões no julgamento anterior, dos embargos de declaração, e não no julgamento de origem.

Mais senadores na fila pra fazer coro com Aécio

Com a decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) de tornar réu o senador Aécio Neves (PSDB-MG) por corrupção passiva e obstrução de Justiça, chegou a seis o número de senadores alvos de ações penais na Corte em decorrência da Operação Lava Jato e de seus desdobramentos.

Os outros

Além de Aécio, são réus no STF os senadores Agripino Maia (DEM-RN), Fernando Collor (PTC-AL), Gleisi Hoffmann (PT-PR), Romero Jucá (MDB-RR) e Valdir Raupp (MDB-RO).

O grupo de partidos que faz oposição ao governador Paulo Câmara (PSB) e forma a frente ‘Pernambuco Quer Mudar’ se reúne, neste sábado (7), em Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife (RMR). O encontro, que acontece no Centro de Convenções do Hotel Armação, é o último do grupo antes do anúncio da chapa majoritária, prometida para ser lançada até o dia 20 de abril. 

O bloco tem as pré-candidaturas a governador dos senadores Fernando Bezerra Coelho (MDB) e Armando Monteiro (PTB). Para Bezerra Coelho, entretanto, liderar a chapa ele terá que resolver o imbróglio judicial do comando do MDB em Pernambuco. Uma decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, dessa sexta-feira (6) derrubou a resolução publicada pela Executiva Nacional do MDB determinando que o partido deveria ter candidatura própria ao governo estadual e dando poderes de decisão ao presidente do diretório e vice-governador Raul Henry. Já Armando é considerado um candidato natural ao pleito.

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Além deles, os deputados federais Fernando Filho (MDB), Mendonça Filho (DEM), Bruno Araújo (PSDB), e os ex-governadores João Lyra Neto (PSDB) e Joaquim Francisco (PSDB) também lideram a frente opositora. Todos confirmaram participação no ato. 

Na reunião, assim como das últimas três vezes, eles devem debater sobre os rumos do Estado e as estratégias para desbancar a hegemonia do PSB à frente do governo por três gestões seguidas. O último encontro do grupo foi em Caruaru, no Agreste, em março. Antes dele, a frente que é composta por PTB, DEM, Podemos, PV, PRTB, PRB e PSDB, também esteve reunida em Petrolina e no Recife.

Presidente do MDB em Pernambuco, o vice-governador Raul Henry apresentou um mandado de segurança ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra decisão da Executiva Nacional do partido que determinou a dissolução do diretório estadual da sigla. Na representação, Henry pede que que seja concedida uma liminar para suspender os efeitos da decisão. O relator do processo é o ministro Admar Gonzaga.

No documento, Henry argumenta que o ato de dissolução, assinado pelo presidente nacional e senador Romero Jucá (RR), não tem justa causa, bem como representa ilegalidade e abuso de poder. Além disso, segundo o vice-governador, o ato ofende os princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa. 

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Na ação, ele sustenta também que foi democraticamente eleito para comandar a agremiação regional e que nas últimas eleições municipais, em 2016, conseguiu o maior crescimento do partido em todo o país em relação ao número de prefeitos eleitos. Apesar disso, o argumento usado para dissolver o diretório regional foi a necessidade de que o partido tenha um melhor desempenho eleitoral para as próximas eleições.

“É neste contexto de luta incansável contra o autoritarismo e na defesa dos valores republicanos que se impetra o presente, para anular e fazer cessar o ato coator, emanado do abuso e da arbitrariedade perpetrados pela autoridade coatora”, defende o texto do mandado de segurança.

Raul Henry também destaca “outra arbitrariedade” cometida pela Executiva ao designar uma Comissão Provisória, presidida pelo senador Fernando Bezerra Coelho, para gerir o MDB em Pernambuco. Segundo ele, tal fato atropelou “procedimentos e prazos relacionados com o rito da dissolução de órgãos partidários”.

Para o vice-governador, o precedente passa a permitir “dissolver qualquer órgão partidário até o mês de março, abrindo-se margem, justamente, para a constituição de uma comissão provisória até o início de abril, às vésperas do término da janela de migração e do período de filiação partidária”.

Alega, por fim, que qualquer desvirtuamento da atuação livre e democrática dos partidos políticos fere a normalidade e regularidade do processo político, vulnerando a autenticidade do sistema representativo.

A dissolução foi anunciada na última terça-feira (20), mas três dias depois o Supremo Tribunal Federal suspendeu a ação até que seja julgado o mérito de uma ação contrária à medida também impetrada por Raul Henry. A extinção do diretório pernambucano retira não apenas o comando de Henry, mas a liderança estadual do partido protagonizada pelo deputado federal Jarbas Vasconcelos. 

Ex-presidente do MDB em Pernambuco, o vice-governador Raul Henry não poupou críticas, nesta quarta-feira (21), ao senador Fernando Bezerra Coelho diante da dissolução do diretório do partido no Estado, até então comandado por ele, e a implantação de uma comissão provisória que passou os poderes da sigla para o parlamentar petrolinense. Henry listou uma série de adjetivos contra Bezerra, chamando-o de “traidor”, “oportunista”, “indigno” e “desleal”.

Foi a partir de articulações encabeçadas por Fernando Bezerra que a Executiva Nacional do MDB aprovou a dissolução do diretório por 17 votos a 6, nessa terça-feira. A medida destitui, além de Raul Henry, o deputado federal Jarbas Vasconcelos da liderança política da legenda. O ex-presidente informou que vai recorrer da decisão no Supremo Tribunal Federal (STF) e no plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

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“Sofremos a maior violência da história de Pernambuco e do PMDB do Brasil. Não demos causa para nenhum processo de dissolução. Crescemos 140% o número de vereadores e 140% o de prefeitos nas eleições em 2016. Não impedimos em nada o crescimento do MDB, muito pelo contrário. Não criamos dificuldade e obstáculo para a entrada de quem quer que fosse”, disse o vice-governador em entrevista à Rádio Jornal.

Para Raul, Fernando Bezerra se filiou ao MDB, em setembro de 2017, “com uma faca escondida para enfiar na nossas costas”. “O senador confirmou neste episódio uma fama que carrega de longe, a de ser o maior traidor da história de Pernambuco. Começou com Roberto Magalhães, em 1986, e não parou mais”, cravou.

“Jarbas abriu as portas para ele entrar no partido e, 48 horas antes da filiação, ele pediu a dissolução de uma história de mais de 50 anos. É um traidor, oportunista. Uma pessoa desleal, indigna. Não merece nossa companhia, não queremos a companhia dele”, completou.

Nos bastidores, comenta-se que a dissolução é uma retaliação do presidente nacional do MDB, senador Romero Jucá (RR), ao fato de Jarbas ter votado a favor do prosseguimento de investigação de denúncias contra o presidente Michel Temer (MDB) por corrupção. Para Jarbas, a mudança foi uma "truculência e arbitrariedade" executada por Jucá.

"Isso nunca aconteceu na história do MDB. Esse ato de violência e antidemocrático são as marcas da era Jucá à frente da legenda. Vou junto com Raul continuar brigando e lutando. Eles queriam briga e agora vão ter", garantiu Jarbas Vasconcelos ao se posicionar sobre o assunto.

Com Fernando Bezerra Coelho no comando do MDB de Pernambuco, a legenda passa oficialmente a fazer oposição ao governador Paulo Câmara (PSB). Já que Bezerra é pré-candidato a governador e logo que assumiu o posto ontem tratou de garantir que o partido vai “manter contato com as forças políticas” que querem “virar a página do projeto político” que comanda o Estado.

Também atingido pela mudança, Paulo Câmara emitiu uma nota prestando "apoio e solidariedade" a Jarbas e ao seu vice. "Jarbas Vasconcelos, Raul Henry e os demais integrantes do PMDB de Pernambuco honram qualquer partido político do Brasil. O que estão tentando fazer contra eles é uma das maiores violências da história política nacional. Mas essa luta não se encerrou. Ainda acredito que a Justiça há de prevalecer", destacou no texto.

A reestruturação do alinhamento do MDB em Pernambuco deve causar a desfiliação de algumas lideranças da legenda que têm até o dia 7 de abril para aproveitar a janela partidária sem sofrer sanções, caso tenha mandato de deputado federal ou estadual. O deputado federal Kaio Maniçoba, atualmente licanciado para comandar a pasta de Habitação no Governo de Pernambuco, é um dos que estuda a desfiliação. Enquanto Jarbas e Henry garantem que permanecem no partido por acreditar que a Justiça vai intervir no processo. 

A construção das chapas majoritárias que irão disputar as eleições em Pernambuco tem sido alvo de cobiça no meio político, principalmente as duas vagas para o Senado. O PSC é uma das legendas que já deixou claro que a ocupação de um dos postos é o condicionamento para o apoio ao candidato a governador. A indicação da legenda social-cristã é o deputado André Ferreira, que preside a sigla no estado. Ele, inclusive, já é tratado como 'senador' entre os militantes e as lideranças do partido.

Ferreira não esconde de ninguém a pretensão e, durante o evento de filiação do presidente da Assembleia Legislativa (Alepe), Guilherme Uchoa, ao partido, nessa terça-feira (20), ele disse acreditar que, nesta eleição, a legenda deixará de ser coadjuvante. "Temos trabalhado dia e noite para que o PSC seja forte em Pernambuco e tenho certeza que o partido vai sair de coadjuvante e vai ser protagonista do momento eleitoral", declarou.

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O parlamentar garantiu que apresentar o pleito tanto para a chapa da Frente Popular, que concorrerá com a busca pela reeleição do governador Paulo Câmara (PSB), quanto para a oposição liderada pelos senadores Armando Monteiro (PTB) e Fernando Bezerra Coelho (MDB), que devem definir os candidatos até o dia 20 de abril.

“O PSC tem um jogo muito aberto que quer a vaga no Senado, o governador Paulo Câmara ainda não abriu essa discussão. Ele não tem falado de nomes ainda, tenho ouvido muito de jornais, mas na hora certa vai ser discutido isso e vamos colocar nossa intenção, mas antes disso estamos fortalecendo o partido. Depois do dia 7 [de abril] vamos discutir com a Frente Popular e a oposição”, esclareceu André Ferreira.

A candidatura dele ao Senado é considerada promissora pelo PSC. “Tenho a responsabilidade, disse numa reunião que ia te lançar senador e acredito no seu potencial”, disse o presidente nacional da legenda, pastor Everaldo, que também projetou a possibilidade de, em caso de falta de espaço, o PSC ter candidato próprio ao Governo. 

“Paulo Câmara é o meu governador e André o senador”, projetou Guilherme Uchoa. O presidente da Alepe é visto como uma possível ponte entre o partido e a Frente Popular, por ser amigo de Paulo e ter livre acesso ao Palácio do Campo das Princesas. 

Mesmo não sendo do PSC, o prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira (PR) também defendeu a candidatura do irmão, chamando-o, diversas vezes, de senador por Pernambuco. “A política precisa dessa oxigenação, nosso estado também precisa”, cravou o gestor. 

Em 2014, André foi eleito deputado estadual com 74.448 votos. Já em 2012, ele foi o vereador mais votado no Recife, com 15.774.

O deputado federal Jarbas Vasconcelos prometeu ir à briga contra a dissolução do diretório do MDB de Pernambuco e a transformação da legenda no estado em comissão provisória. A mudança destituiu o vice-governador Raul Henry da presidência do partido e tirou do deputado a liderança política que exercia internamente, com influência direta nas decisões locais. A partir de hoje, os emedebistas pernambucanos serão liderados por uma comissão provisória dirigida pelo senador Fernando Bezerra Coelho.

Para Jarbas, a mudança foi uma "truculência e arbitrariedade" executada pelo presidente nacional do partido, senador Romero Juca (RR), que desde setembro de 2017 prega a dissolução ao lado de Fernando Bezerra.

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"Não faço parte da executiva do partido mas fiz questão de estar ao lado de Raul na reunião de hoje para acompanhar de perto esse ato de truculência e arbitrariedade por parte de Romero Jucá. Isso nunca aconteceu na história do MDB", salientou Jarbas.

"Esse ato de violência e anti-democrático são as marcas da era Jucá à frente da legenda. Vou junto com Raul continuar brigando e lutando. Eles queriam briga e agora vão ter", acrescentou o parlamentar. A dissolução do diretório foi aprovada por 17 votos favoráveis e 6 contrários, durante uma reunião que aconteceu na tarde de hoje.

Desde o início da briga pelo comando do partido, Jarbas vem disparando críticas contra Jucá. Nos bastidores, comenta-se que a dissolução é uma retaliação do presidente nacional ao fato de Jarbas ter votado a favor do prosseguimento de investigação de denúncias contra o presidente Michel Temer por corrupção.

O governador Paulo Câmara (PSB) emitiu uma nota, na noite desta terça-feira (20), comentando a decisão da Executiva Nacional do MDB de dissolver o diretório do partido em Pernambuco e, com isso, tirar o comando da sigla do vice-governador Raul Henry (MDB). A medida transformou o diretório Pernambuco em comissão provisória e quem foi nomeado para liderar o grupo foi o senador Fernando Bezerra Coelho, pré-candidato a governador e que anunciou como uma das primeiras medidas a passagem do MDB para o campo de oposição ao PSB. 

Para Paulo, que agora passa a ter o MDB até então aliado de primeira hora na oposição, dissolver o diretório é uma violência política. "Jarbas Vasconcelos, Raul Henry e os demais integrantes do PMDB de Pernambuco honram qualquer partido político do Brasil. O que estão tentando fazer contra eles é uma das maiores violências da história política nacional. Mas essa luta não se encerrou. Ainda acredito que a Justiça há de prevalecer", destacou no texto. 

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O governador também disse que Jarbas e Raul têm seu "apoio e solidariedade". A dissolução do diretório foi aprovada por 17 votos favoráveis e 6 contrários, durante uma reunião que contou com a condução do presidente nacional do MDB, senador Romero Jucá. O dirigente é favorável a dissolução e vem encabeçando a briga com Bezerra Coelho desde setembro.

A Executiva Nacional do MDB aprovou, nesta terça-feira (20), a dissolução do diretório da legenda em Pernambuco. A medida destitui da presidência da sigla o vice-governador Raul Henry e retira os poderes políticos do deputado federal Jarbas Vasconcelos. A medida foi aprovada  por 17 votos a 6, favorecendo o senador Fernando Bezerra Coelho, nomeado o responsável pela comissão provisória emedebista instalada no estado. 

Agora à frente do MDB pernambucano, Bezerra Coelho tratou logo de direcionar a legenda para o campo de oposição ao governador Paulo Câmara (PSB) e disse que a partir de hoje, oficialmente, o partido vai “manter contato com as forças políticas” que querem “virar a página do projeto político” que comanda o Estado.

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“A partir de hoje, com a liderança do MDB de Pernambuco, vamos manter contato com diversas forças políticas do nosso estado para que possamos construir uma chapa representativa e competitiva. Agora o MDB vai estar presente na próxima reunião lá em Ipojuca [da frente Pernambuco Quer Mudar] para que possamos anunciar uma grande chapa majoritária para dar o que os pernambucanos querem, a mudança. É preciso virar essa página, o projeto que está aí já deu”, declarou.

Fernando Bezerra também disse que estava animado para dirigir o MDB de Pernambuco e deixou claro que os atuais militantes, prefeitos, vereadores e deputados que quiserem permanecer serão bem-vindos. Desde setembro, quando se filiou ao MDB, Bezerra Coleho brigava pelo comando da legenda. O pleito foi levado a uma briga judicial que se arrasta desde então. 

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O imbróglio gerado pela disputa do comando do MDB em Pernambuco pode ser solucionado no próximo dia 20, quando o relator do caso, João Henrique de Almeida Sousa, pretende apresentar sua avaliação sobre o pedido de dissolução da atual direção e o assunto será votado pelo Conselho Nacional da legenda. 

Nessa quinta (8), o senador Fernando Bezerra Coelho, que lidera o grupo que pretende assumir a direção substituindo o atual presidente, o vice-governador de Pernambuco Raul Henry, conseguiu derrubar uma liminar expedida no início desta semana suspendendo o processo. O juiz da 27ª Vara Cível, Ailton Alfredo de Souza, entendeu que a questão era "interna corporis e tem reflexo direto no processo eleitoral". 

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“A atividade do Diretório Nacional, por meio de sua Executiva, em ações que lhe são estatutariamente delegadas, por se tratar de matéria interna corporis, não pode ser impedida de exercer suas atividades”, declara o magistrado na decisão. Raul Henry afirmou que vai recorrer.

A postura favorece Fernando Bezerra, que tem o apoio do presidente nacional do MDB, senador Romero Jucá, na disputa. Jucá deu aval a participação do partido na majoritária da chapa que será montada pelo grupo Pernambuco Quer Mudar, contra a reeleição do governador Paulo Câmara (PSB), atual aliado de Raul Henry e do deputado Jarbas Vasconcelos (MDB). 

O embate tem ocasionado perdas ao MDB diante da proximidade do processo eleitoral. Com o início da janela e esta indefinição, por exemplo, os deputados federais como Marinaldo Rosendo (PSB) e Fernando Monteiro (PP) que ingressariam na legenda descartaram a possibilidade.    

Gestantes inscritas em concurso público podem passar a ter o direito de solicitar uma segunda chamada para realizar testes físicos em momento adequado à saúde delas e do bebê. A medida passará a valer caso a proposta do senador Fernando Bezerra Coelho (MDB), apresentada nesta quinta-feira (8), seja aprovada pelo Congresso Nacional. De acordo com a matéria, caso elas estejam impossibilitadas de serem submetidas a este tipo de prova na data marcada pela banca organizadora do processo seletivo terão uma nova chance. 

“Entendo que a gestante que presta concurso público com etapa de aptidão física não deve ser prejudicada por esta circunstância pessoal transitória. Por isso, é preciso conceder a ela a opção de poder remarcar a prova física, em caso de gestação”, destacou Bezerra. “Na minha avaliação, o poder público deve proteger a maternidade como também o mercado de trabalho para as mulheres. Por isso, este projeto de lei tem o objetivo de incentivar a igualdade de gênero sob a ótica da igualdade de oportunidades”, acrescentou o senador.

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De acordo com o projeto, este direito fica assegurado às grávidas independentemente de previsão no edital do concurso público. Também não poderão ser questionados a data da gestação (se anterior ou posterior ao período de inscrição no concurso), o tempo de gravidez, a condição física e clínica da candidata e o grau de esforço do teste físico. 

Pela proposta do senador Fernando Bezerra, o novo dia, local e horário do exame, em segunda chamada, serão determinados pela banca organizadora do concurso no prazo de 30 a 90 dias após o término da gravidez. 

“Coloco o projeto em debate no Congresso Nacional porque considero indiscutível a concessão deste direito às gestantes”, ressalta o vice-líder do governo no Senado. “É preciso garantir às mulheres mais espaço no mercado de trabalho. É preciso acabar com mais esta barreira que dificulta o acesso delas ao serviço público”, reforçou. Depois de tramitar nas comissões temáticas do Senado, o projeto de lei segue para a avaliação da Câmara dos Deputados.

Um dos discursos mais esperados durante o evento "Pernambuco Quer Mais" sem duvida foi o do senador Fernando Bezerra Coelho (MDB), que protagoniza uma briga com o governo Paulo Câmara e aliados, após se desfiliar do PSB, que ainda vai dar muito o que falar. FBC disse que "a crise" não é pretexto para um bom líder ressaltando que o governado Paulo Câmara não demonstrou "nenhuma qualidade" nesse período difícil. 

"Se conhece um líder no tempo ruim. Não conhece líder e comandante em tempo bom. É no tempo ruim que sabe se presta ou não pelo serviço. Esse governador que está, no período de crise, não demonstrou nenhuma qualidade para merecer de novo o voto de confiança dos homens deste estado", discursou durante o ato que aconteceu na Arena Caruaru, nesse sábado (3).  

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O ex-prefeito de Petrolina não economizou nas críticas afirmando que Pernambuco está "engolindo poeira" de estados como Bahia e o Ceara, além de afirmar que o estado possui a maior taxa de desemprego do Nordeste. Bezerra Coelho também  falou que o grupo de oposição "Pernambuco Quer Mais" acredita que a mudança se avizinha. 

"Estamos escrevendo o primeiro capítulo da grande vitória que vamos construir em outubro (...) Decidimos que vamos continuar juntos e apresentar para Pernambuco apenas um candidato [a governador] e eu quero dizer aos meus amigos que vai ter, na coligação 'Pernambuco Quer Mudar', o nome do MDB".

De acordo com Fernando, está sendo montada a maior frente política da oposição da história de Pernambuco. "Vamos apresentar uma das maiores chapas para deputados federal e estadual".

 Ele ainda contou que até o início das convenções, no final de julho, a oposição irá realizar 12 grandes reuniões em cada região do estado. "Vamos ouvir a população, os sindicatos, os empresários e as lideranças. Saiu de Caruaru com o coração em festa, animado e achando que o destino conspira ao nosso favor", finalizou salientando que é preciso devolver aos pernambucanos a sua autoestima e a liderança política.

O grupo de partidos que faz oposição ao governador Paulo Câmara (PSB) e forma a frente ‘Pernambuco Quer Mudar’ encerra, neste sábado (3), o primeiro ciclo de encontros pelo estado. O evento será em Caruaru, no Agreste, a partir das 9h30. 

Depois desta reunião pública pré-eleitoral, o bloco, que tem as pré-candidaturas a governador dos senadores Fernando Bezerra Coelho (MDB) e Armando Monteiro (PTB), pretende aguardar o fim da janela partidária, em 7 de abril, para fechar o formato que disputará o pleito, se com uma candidatura ou duas. 

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“Vamos encerrar este primeiro ciclo com um força política muito grande e continuo defendendo que este movimento deva ter dois candidatos a governador para poder abrigar a quantidade de lideranças que estão neste seguimento. Agora vamos aguardar o fim da janela partidária e a definição de quem vai liderar o MDB de Pernambuco. Durante o mês de abril deveremos estar definindo quem serão os candidatos”, detalhou o ex-governador João Lyra Neto (PSDB), que é anfitrião do encontro em Caruaru. 

Segundo João Lyra, a campanha deste ano é muito curta e nesta fase de pré-campanha eles vão investir no diálogo para a montagem do programa de governo e angariar novos apoios de partidos e lideranças políticas. 

“Temos que conversar com todas as lideranças para que possamos apresentar um programa de governo. Um coisa tenho certeza, a vontade do povo de mudar é latente e se agrava ainda mais pela falta de liderança e ineficiência da gestão que agora passou a fazer propaganda mentirosa, dizer que nunca se fez tanto investimento”, observou, citando as áreas da segurança pública e hídrica. 

Além de Armando, Fernando Bezerra e João Lyra, os ministros de Minas e Energia, Fernando Filho (sem partido), e da Educação, Mendonça Filho (DEM); o deputado federal Bruno Araújo (PSDB) e o ex-governador Joaquim Francisco (PSDB) também encabeçam o grupo, juntamente com membros do Podemos, PV, PRB e PRTB. 

A dois meses do prazo final para a filiação de novos membros nos partidos para a disputa eleitoral deste ano, o comando do MDB de Pernambuco continua sofrendo baixas com a disputa interna entre o atual presidente estadual da legenda, o vice-governador Raul Henry, e o senador Fernando Bezerra Coelho. Um novo capítulo desse imbróglio, que já enfrenta questões judiciais, é um segundo pedido de dissolução da direção pernambucana emedebista apresentado por um membro do MDB sem mandato, Golbery Lopes Lins, de Cupira, no Agreste. 

A solicitação foi divulgada pela direção nacional durante uma reunião da Executiva que aconteceu nessa quarta-feira (21). Henry também participava do encontro que debateu, por cerca de 15 minutos, o novo pedido. Ao contrário do primeiro, que questiona o desempenho eleitoral, ele indaga justamente a judicialização que predomina o partido no estado e tem, inclusive, afastado políticos da legenda. Um exemplo disso é o deputado federal Fernando Monteiro que estudava deixar o PP e ingressar no MDB, mas agora firma tratativas com o PSD. 

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O presidente nacional do MDB, senador Romero Jucá (RR), designou o ex-ministro João Henrique Sousa (MDB-PI), que também preside o SESI nacionalmente, para a relatoria do processo. E já chegou a pregar uma “solução pacífica” para o novo pedido. 

Jucá é favorável a que o comando local do MDB passe para Fernando Bezerra Coelho e, com isso, o partido dispute o Governo de Pernambuco em outubro. FBC já se lançou como pré-candidato a governador, contra a reeleição de Paulo Câmara, atual aliado do MDB. A intervenção retiraria Henry do comando e destituiria os poderes políticos do deputado federal Jarbas Vasconcelos na legenda. 

A tese de que o bloco político que compõe a frente ‘Pernambuco Quer Mudar’ deve lançar duas chapas para a disputa em outubro vem ganhando força entre os aliados dos pré-candidatos a governador e senadores Armando Monteiro (PTB) e Fernando Bezerra Coelho (MDB). O ex-governador João Lyra Neto (PSDB) acredita que este é o “caminho possível” para que as forças de oposição ao governador Paulo Câmara (PSB) sejam aglutinadas. 

“Nós da oposição deveremos ter duas candidaturas. Tem espaço para isso e esse é o caminho possível para aglutinar todas as forças. Sou defensor desse cenário. A oposição está se fortalecendo, o povo pernambucano vem constatando a falta de liderança política e de capacidades de gestão do atual governador", criticou o tucano.

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A possibilidade das duas candidaturas, inclusive, já foi exposta por Fernando Bezerra Coelho. “Estamos trabalhando para manter essa frente unida, mas possa ser que lá na frente, final de abril início de maio, [o cenário] aponte que seja importante a apresentação de duas candidaturas com a mesma estratégia de mudar o que está posto aí em Pernambuco”, salientou. Além dele outros líderes políticos do estado, como o deputado federal Silvio Costa (Avante), que apesar de não integrar a frente defende que Armando também postule o comando do Palácio do Campo das Princesas.

Nos bastidores, a expectativa é de que a tendência de dois palanques fique ainda mais evidente, ou até mesmo seja confirmada, durante o próximo encontro da frente opositora. João Lyra Neto será o anfitrião do evento, que acontecerá em Caruaru, no Agreste, no dia 3 de março. 

"Caruaru vai consolidar o sucesso dos encontros realizados em Recife e Petrolina e esse movimento de mudança para Pernambuco. O povo quer mudar e tenho certeza de que esse sentimento se confirmará nas urnas desse ano", disse, fazendo referência as duas últimas movimentações de grande porte do grupo.

O senador Fernando Bezerra Coelho (MDB) fez um discurso incisivo, nesta sexta-feira (2), contra as críticas direcionadas ao governo do presidente Michel Temer (MDB). O parlamentar disse que em Pernambuco surgem muitas 'fake news' sobre o aliado e sua gestão, mesmo o presidente sendo “tão solidário” com os investimentos direcionados ao Estado.

“Aqui a gente enfrenta muitas batalhas, as fake news são tantas que a gente não tem tempo de responder, como por exemplo a de que [a reforma da Previdência] vai tirar a aposentadoria do homem rural. Que mentira. Se não fizer reforma não teremos dinheiro para pagar a aposentadoria”, cravou Bezerra, lembrando que na próxima segunda-feira (5), o Congresso Nacional retoma os trabalhos e “a agenda de reformas continua”. 

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Para Bezerra, é “preciso apoiar” a reforma da Previdência “para que a gente possa levar ao julgamento da sociedade aqueles que querem virar a página e levar o país a um outro patamar”. A perspectiva positiva, segundo o senador, é porque a reforma trabalhista e outras revisões feitas por Temer já dão resultados. 

“O presidente teve coragem de poder apresentar ao Brasil uma agenda de reformas que foi combatida, criticada por diversos seguimentos da sociedade, mas vossa excelência não titubeou. Hoje que alegria a gente ver que a reforma trabalhista vai dar ao Brasil, segundo projeção do Banco Central,  mais de 1 milhão de empregos em carteira assinada”, disse, pontuando a “alegria de defender” a gestão de Temer “quando tantas vozes se levantam contra”. 

“O tempo vai se encarregar de dar a resposta. O Brasil se recupera e os investimentos também”, salientou. 

Privatização da Eletrobras

O senador também aproveitou para defender a privatização da Eletrobras e a atuação de Fernando Filho como ministro de Minas e Energia, mesmo sendo, segundo ele, “tão criticado” em Pernambuco. 

“Alguns aqui se levantam para dizer que o senhor vai privatizar o Rio São Francisco. Essa luz que nós estamos pagando, hoje mais de 60% vem de energia eólica, térmica, transmitida dos leões de usinas. O que o povo brasileiro quer é luz, energia e energia barata. Tão dizendo que vai encarecer a luz, mas este governo contratou a energia mais barata”, esclareceu. 

O presidente do PSB em Pernambuco, Sileno Guedes, rebateu os argumentos usados pela oposição de que o tempo da legenda à frente do Governo de Pernambuco já acabou. Em 2018, o PSB completa 12 anos consecutivos no comando do estado e tentará emplacar um novo mandato em outubro com a candidatura à reeleição do governador Paulo Câmara. 

“Quem define quando se encerra um ciclo não é a vontade de meia-dúzia de políticos. Quem decide o encerramento ou não de um ciclo da política é a população, para isso que existe a eleição. É muita arrogância. Aliás, é peculiar de muitos membros da oposição em Pernambuco a arrogância. É muita arrogância querer se arvorar ao direito de dizer o que vai acontecer daqui a sete ou oito meses”, completou Sileno.

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O bloco de oposição ao qual se refere é liderado pelos senadores Fernando Bezerra Coelho (MDB) e Armando Monteiro (PTB), pré-candidatos a governador, e conta ainda com partidos como DEM, PV, PRB e PSDB. 

Para Sileno, o grupo é de “velhos conhecidos da política”.  “Pessoas que fazem a política antiga, a mais atrasada. Então, ou seja, é a população que vai decidir se vai querer continuar avançando, com a dificuldades, é claro que tem, ou se vai preferir dá um passo atrás e voltar ao que a gente não queria em Pernambuco”, salientou. 

O dirigente pessebista disse ainda que a legenda “tem um legado em Pernambuco e temos conseguido, com muito trabalho, melhorar a vida das pessoas. Vamos continuar a nos colocar à disposição para isso através da candidatura de Paulo Câmara à reeleição, este é o roteiro do PSB”. 

O desconforto entre o senador Fernando Bezerra Coelho e o vice-governador Raul Henry, ambos do MDB, ficou latente durante a cerimônia de entrega da estação EBI-2 do Eixo Norte do Projeto de Integração do Rio São Francisco, em Cabrobó, no Sertão. Os dois dividem o palanque com o presidente Michel Temer (MDB) que comanda o evento. Depois de discursar e salientar que sempre defenderá o legado de Temer no Estado, o senador cumprimentou todos que estavam no palco, menos Raul Henry que, inclusive, não levantou nem aplaudiu a fala de Fernando Bezerra. 

Os dois viraram desafetos políticos depois que o senador ingressou no MDB e deixou claro o desejo de assumir o comando do partido no Estado, atualmente gerido por Raul Henry. Além disso, Bezerra Coelho quer disputar o governo, desfazendo a aliança emedebista com o PSB. O caso foi levado à Justiça por Raul Henry que, no momento, tem uma liminar impedindo a intervenção da nacional. 

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Antes do evento, Michel Temer chegou a dizer que ia fazer com que os dois se olhassem ao ser indagado como trataria o imbróglio. “Vou fazer com que se olhem, tem sido a minha atividade”, afirmou o presidente, em entrevista à Rádio Jornal. “Sabe que eu presidi muito tempo o PMDB [sic], que é um partido com muitas divergências, mas sempre conseguia reunificar as pessoas. Tenho certeza que aos poucos as pessoas vão se acertando procurarei fazer o possível para que haja o ajustamento entre eles”, completou. 

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