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Por Matheus Maio

Conhecido como “O Maior”, Muhammad Ali (1942-2016) completaria 80 anos nesta sexta-feira (03). Os feitos de Ali ultrapassam os limites do esporte, além de uma série de fatos sobre a vida do ex-boxeador contribuírem para justificar este título que recebeu.

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Cassius Clay (antigo nome de Ali) começou a praticar boxe aos 12 anos. Os motivos que o levaram para o boxe são curiosos: ao relatar o furto de uma bicicleta a um policial, o militar, que também era treinador de boxe, sugeriu que o garoto procurasse treinamento e começasse a lutar. Ainda como amador, Ali venceu 100 das 108 lutas em que participou, histórico que o levou, aos 18 anos, para os Jogos Olímpicos de Roma. Em sua primeira aparição internacional, o atleta conquistou a medalha de ouro em solo europeu.

Porém, o maior avanço na carreira de Ali se deu em 1964, ano em que venceu, mesmo considerado azarão, a luta contra Sonny Liston e conquistando o cinturão dos pesos-pesados. Ali manteve seu pódio em lutas contra nomes muito conhecidos, como Joe Frazier, George Foreman e Leon Spinks. A aposentadoria, já sob o nome de Ali, veio em 1981, após a derrota para Trevor Berbick.

Ainda assim, a grandeza de Ali não se limita aos ringues. Após conquistar pela primeira vez o cinturão dos pesos-pesados, o atleta declarou que deixaria de se chamar Cassius Clay, por motivos religiosos (conversão ao Islã) e também pela luta pelos direitos civis e raciais. O ex-boxeador recusou-se a lutar pelo exército americano no Vietnam, correndo o risco de ficar preso por 5 anos e ser banido dos esportes. Ao lutar contra a sentença na Suprema Corte, voltou aos ringues em 1970 como um ícone anti-guerra e pacifista.

Em vida, Ali foi considerado como “O Maior”. A repercussão de sua morte atravessou os limites dos ringues assim como sua vida. De Paul McCartney, Pelé, Bill Clinton, até antigos rivais como George Foreman lamentaram a perda de Ali em 2016. Em Louisville, cidade natal do lutador no Kentucky, foram hasteadas bandeiras a meio mastro para homenagear o grande atleta.

Contar a história da informática de consumo através dos "sucessos e fracassos" da Apple é o objetivo do criador do museu de produtos da marca, que acaba de ser inaugurado em Varsóvia.

"É a maior e mais abrangente coleção da Apple no mundo", disse Jacek Lupina, um arquiteto de formação e designer gráfico profissional de 56 anos, apaixonado pelos produtos da marca.

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Localizado em Fabryka Norblina, uma antiga fábrica de tijolos vermelhos convertida em centro comercial e de entretenimento no centro da capital polonesa, o Apple Museum of Poland exibe mais de 1.600 produtos da famosa empresa americana, obtidos em leilões em todo o mundo.

Perto da entrada, uma réplica do Apple 1, o primeiro computador pessoal comercializado em 1976 pelos fundadores da marca Steve Jobs e Steve Wozniak, repousa em sua caixa de mogno.

As 200 unidades originalmente fabricadas foram vendidas por US$ 666,66 como parte de um kit. Para montá-lo, o usuário precisava adicionar um gabinete, uma fonte de alimentação, um teclado e uma tela.

“Minha ambição era que os visitantes desse museu pudessem ver como era o começo, quão primitivo era, quão simples: a caixa Apple 1 era feita de madeira! Nada a ver com o que conhecemos hoje”, explicou Lupina à AFP.

Para montar seu exemplar, o colecionador entrou em contato com outros especialistas e utilizou componentes da época. Tudo isso exigiu quase três anos de esforços.

A placa-mãe foi assinada pessoalmente por Steve Wozniak durante sua visita à Polônia em 2018.

- Paixão avassaladora -

“Ele analisou todas as soldas, os componentes, gostou muito do design. Também me mostrou os aspectos que ele e Steve Jobs queriam modificar, mas não tiveram tempo”, disse.

Dezenas de computadores como Apple II, Lisa, Imac, Powermac, Macbook, Mac Pro ou mesmo iPhone, iPod, iPad, manuais de usuário, softwares e outros produtos do universo Apple estão expostos na grande sala.

Nas paredes há cartazes originais, incluindo os da famosa campanha publicitária "Think different" (pense diferente), de 1997, com Bob Dylan, Pablo Picasso, Mohamed Ali ou Albert Einstein.

Telas de vídeo e terminais interativos permitem que os visitantes mergulhem no universo Apple.

"Nos dois primeiros anos era uma espécie de amador, com algumas máquinas pelo prazer de olhar para elas, ter algo que eu não podia comprar antes porque era muito caro para alguém da Europa pós-comunista", lembrou Lupina.

Depois de algum tempo, os objetos começaram a invadir sua casa em Varsóvia, primeiro seu escritório e depois sua sala de estar.

"Vendi todos os móveis da sala, a mesa, as cadeiras, só deixei os sofás", contou com uma risada. Em 2017, abriu um primeiro museu em sua casa, que podia ser visitado com hora marcada.

Agora ele passa todo o seu tempo livre, às vezes noites inteiras, procurando leilões em diferentes fusos horários.

"Às vezes é uma luta dura, perdi recentemente um Imac para um colecionador da Holanda", lembrou.

Hoje, sua paixão lhe custa todo o seu dinheiro. "Não tenho poupança, não tenho pensão, só minha coleção".

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Os cursos de História da UNAMA – Universidade da Amazônia e do IFPA – Instituto Federal do Pará promovem, na quinta-feira (26), a I Jornada de Escrita e História. Abordando as relações entre essas duas áreas do conhecimento, o evento conta com a presença de especialistas na área, como o Prof. Dr. Francisco Neto, coordenador do curso de História e Geografia da UNAMA, e o Prof. Dr. Raimundo Nonato Castro, coordenador do curso de História do IFPA, campus Belém.

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De acordo com Francisco Neto, a parceria entre as instituições de ensino surgiu por meio da interação entre os pesquisadores envolvidos. “Todos são contemporâneos no período de estudos da graduação em História. São pesquisadores com diversas vivências, seja na História, Antropologia, Sociologia e Letras, áreas que dialogam neste evento”, diz.

A Jornada visa trazer as várias possibilidades das relações da História, permitindo reflexões sobre produção acadêmica e plágio e debates sobre a escrita e as demais formas de expressão de pensamentos.

Programação

18h30 – Mesa de Abertura, com Prof. Dr. Francisco Neto e Prof. Dr. Raimundo Nonato Castro.

19h – Mesa 1

Palestra 1 – Escrita e História: O uso de imagens na pesquisa histórica, com Prof. Dr. Raimundo Nonato Castro.

Palestra 2 – A escrita histórica do comércio negreiro e a qualidade dos escravizados que desembarcaram na Amazônia, com Prof. MSc. Diego Pereira Santos.

20h – Mesa 2

Palestra 1 – A narrativa histórica na literatura: A perspectiva da aristocracia do pé no chão sobre Cidade de Belém de Dacildo Jurandir, com Profa. Dra. Maíra Maia.

Palestra 2 – Escrita, História e Punição: Sobre dispositivos escriturais a partir de Michel Foucault, com Prof. Dr. Heraldo de Cristo.

O evento é aberto aos interessados e será na UNAMA, campus Alcindo Cacela (Av. Alcindo Cacela, 287 – Umarizal) – Auditório D-200. Inscrições neste link.

Por Lívia Ximenes (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

O dia 18 de maio é celebrado como o Dia Nacional da Luta Antimanicomial. Por tratamentos menos cruéis e mais humanizados, a data foi instituída para relembrar os horrores que ocorriam nos corredores das clínicas psiquiátricas no fim da década de 1970.

Nesta época, diversos movimentos ligados à saúde denunciaram os abusos cometidos nestas instituições, assim como a precariedade de condições de trabalho. O principal nome deste campo no Brasil é a médica alagoana Nise da Silveira (1905-1999), que ocupou a linha de frente na crítica aos modelos terapêuticos da época, ao criar um ateliê criativo no Centro Psiquiátrico Nacional, na zona norte do Rio de Janeiro.

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Inspirada em Carl Jung, psiquiatra e psicoterapeuta suíço que fundou a psicologia analítica, Nise foi uma das primeiras mulheres a se formar em medicina no Brasil. Em meados de 1940, foi a pioneira na terapia ocupacional, técnica que utilizava de atividades recreativas como tratamento de distúrbios psíquicos.

A médica alagoana ganhou destaque ao usar da arte como forma de expressão, dando voz aos conflitos internos vivenciados principalmente por esquizofrênicos, esses que tiveram suas obras expostas ao redor do mundo. Algumas destas obras foram expostas no II Congresso Internacional de Psiquiatria, em Zurique, na Suíça, onde a médica encontrou Carl Jung pessoalmente, com quem já trocava cartas a respeito de suas técnicas e arte produzida no centro psiquiátrico.

Já no fim da década de 70, o Movimento dos Trabalhadores em Saúde Mental (MTSM),  contando com a participação popular, inclusive de familiares de pacientes, e o Movimento Sanitário foram os dois principais agentes responsáveis por esta iniciativa de mudança.

REFORMA PSIQUIÁTRICA

Em 18 de maio de 1987, foi realizado um encontro com os grupos favoráveis a políticas antimanicomiais. Deste encontro surgiram propostas para reformar o sistema psiquiátrico brasileiro. Pela relevância do encontro, o dia 18 de maio ficou conhecido como o Dia Nacional da Luta Antimanicomial.

Com o objetivo de extinguir os manicômios, o projeto de reforma psiquiátrica no Brasil buscava substituir, aos poucos, o tratamento precário fornecido por serviços comunitários. Neste cenário, o paciente seria encorajado a um maior exercício de cidadania, fortalecendo os vínculos sociais e familiares, não sendo isolado destes.

A partir da reforma, o Estado se viu proibido de construir ou contratar serviços de hospitais psiquiátricos. Substituindo as internações, os pacientes teriam acesso aos tratamentos psicológicos, atividades alternativas de lazer e tratamentos menos invasivos do que os que eram usados nos hospitais até então.

Um dos principais pontos do Movimento de Luta Antimanicomial consistia em gerar um diálogo de conscientização com as instituições legais e com os cidadãos, elaborando assim um discurso que portadores de transtornos mentais não representam risco ou ameaças ao círculo social, mito este que perdura até hoje.

Neste cenário, o respeito e a conscientização seriam armas necessárias para reformular todo o modo como os pacientes eram tratados até então, dentro ou fora das instituições responsáveis pelo tratamento.

Por Matheus de Maio

 

O dia 16 de maio ficou gravado nos livros de história como o dia em que a Revolução Cultural Chinesa chegou a sua conclusão. Este foi um período de transformações sociais, políticas e civis que marcaram a China entre 1966 e 1976. A revolução foi liderada por Mao Tsé-tung, líder do país desde 1949, quando os comunistas alcançaram o poder.

Insatisfeitos com o rumo que a China tinha tomado, Mao queria que a China fugisse do sistema do comunismo soviético por considerá-lo falido, onde os burocratas do governo viviam em uma realidade “paralela”, com muito mais mordomias do que a população.

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Em uma reunião com o PCC (Partido Comunista Chinês) em agosto de 1966, Mao lançou oficialmente o projeto da Revolução Cultural Chinesa. Os objetivos principais da revolução eram quatro: corrigir os rumos das políticas do PCC; substituir seus sucessores por líderes que compartilhavam mais de suas ideologias; proporcionar uma experiência revolucionária ao jovem chinês e tornar o sistema educacional menos elitista.

Para garantir o sucesso dos objetivos, Mao pautou a Revolução com grande apoio e mobilização da juventude urbana da China, organizadas por grupos conhecidos como “Guardas Vermelhos”. Outra luta da Revolução foi combater os rumos do confucionismo chinês, ideias baseadas nos pensamentos filosóficos de Confúcio, que guiaram os rumos da vida pública chinesa durante milênios.

Os pensamentos confucianos davam muito valor a noções de hierarquia e ao culto ao passado, assim, Mao considerou que tais ideias poderiam ser encaradas como reacionárias. Diversos historiadores dizem que a Revolução Cultural Chinesa foi uma “luta  contra uma classe intelectual separada das massas”.

Na prática, a Revolução Cultural Chinesa resultou em escolas fechadas e ataques (não só verbais) a intelectuais atuantes na academia. A morte de Mao em 1976 abriu o caminho para o político Deng Xiaoping, que percebeu o culto à personalidade de Mao como um problema e a Revolução Cultural Chinesa foi oficialmente encerrada em 1976.

Por Matheus de Maio

 

 

 

A venda do novo tênis destruído lançado pela grife de luxo Balenciaga, por R $10 mil, repercutiu nas redes sociais nas últimas semanas. Rasgado e sujo, este é o estilo “full destroyed” (“completamente destruído”). Disponíveis em versões mule, e de cano alto, o calçado é a nova aposta da marca e gerou memes nas redes sociais, inclusive no Brasil. As criações levam a assinatura do georgiano Demna Gvasalia, diretor criativo da Balenciaga, no posto desde 2015 quando substituiu o americano Alexander Wang à frente da grife francesa,, fundada pelo espanhol Cristóbal Balenciaga, em 1917.  

“Esquisito e solitário”, como se autodenominou em entrevistas, Gvasalia nasceu na Geórgia em 25 de março de 1981, numa família russa ortodoxa sob então o domínio soviético. Em 1993, com apenas 12 anos, foi obrigado a abandonar o país natal devido à guerra civil, rumo à Alemanha. Mais tarde, voltou à Geórgia para estudar economia internacional na Universidade Estadual de Tbilisi, na capital do país, por quatro anos e depois frequentou a Real Academia de Belas Artes da Antuérpia, na Bélgica, onde obteve seu mestrado em design de moda em 2006. Atualmente, vive com seu marido, o músico e compositor francês, Loick Gomez, em um vilarejo na Suíça. A experiência como refugiado moldou sua personalidade e se reflete em suas coleções. 

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Quando foi nomeado pelo conglomerado de luxo Kering, dono da Balenciaga de outras grifes, como Saint Laurent, Gucci, Boucheron e outras marcas, para o posto de chefe de criação, Gvasalia era desconhecido – mais conhecido na indústria como o fundador da Vetements, a marca de streetwear que lançou com seu irmão em 2014. Mas, com seu estilo e ativismo, o georgiano consolidou e transformou a Balenciaga na marca de crescimento mais rápido dentro do grupo.

Em 2019, seu faturamento foi considerado uma das três grifes em alta no ranking das marcas e produtos mais populares da moda. “Acho que esta década provavelmente representou o momento mais caótico da moda”, afirmou Gvasalia sobre as mudanças na indústria da moda em entrevista ao jornal britânico Financial Times em 2019.  

Na mais recente Semana de Moda de Paris, em março deste ano, Gvasalia prestou homenagens aos refugiados. Enquanto as modelos desfilavam, ele recitava um poema em ucraniano, num momento em que confessou ter sido difícil a nível pessoal. A crise na Ucrânia, segundo o georgiano, fez ressurgir um trauma antigo. “Tornei-me um refugiado para sempre”, disse ele em um comunicado divulgado antes do desfile.  

Por Camily Maciel 

O Dia Nacional das Comunicações é comemorado nesta quinta-feira (05). A  data é lembrada em homenagem ao nascimento do Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon (1865 -1956). Conhecido como Marechal Rondon, com sua visão humanitária e estratégica, é lembrado como um homem à frente de seu tempo. Seus ideais continuam sendo propagados por civis e militares apaixonados pelas Comunicações.

Rondon foi pioneiro no esforço da integração nacional. Levou o telégrafo aos pontos mais distantes do Brasil, conectando a Amazônia ao Rio de Janeiro, capital do país na época. O Patrono das Comunicações percorreu mais de 100 mil quilômetros durante seu período na ativa, além de iniciar a construção de linhas telegráficas, viabilizar estudos científicos, levantamentos cartográficos e atuar na defesa das populações indígenas tradicionais.

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Além de todas as contribuições logísticas, 15 novos rios foram descobertos e catalogados durante as explorações fluviais do Marechal. O militar forneceu 20  mil novos exemplares de fauna para o Museu Nacional, enriquecendo-o significativamente. O resultado da pesquisa de Rondon foi compilado em um tomo de 70 volumes em relatórios sobre Biologia, Geologia, Hidrografia e outros aspectos de regiões até então remotas e desconhecidas.

O reconhecimento da vida e obra do Marechal atravessou as fronteiras do Brasil. Seu nome foi escrito com letras de ouro maciço no Livro da Sociedade de Geografia de Nova Iorque, como um explorador que descobriu profundamente as terras tropicais. Seu nome está marcado ao lado de outros imortais, como Amundsen e Pearry, descobridores dos polos Norte e Sul; e Charcot e Byrd, exploradores que chegaram mais longe na exploração em terras árticas e antárticas.

Aos 90 anos, no dia 5 de maio de 1955, Rondon recebeu as insígnias do posto de Marechal. O militar faleceu no Rio de Janeiro, em 19 de janeiro de 1956, aos 92 anos. Para o exército, sua tenacidade, dedicação e abnegação foram atributos marcantes de sua personalidade, tornando-o merecedor do título de Patrono da Arma de Comunicações do Exército Brasileiro.

Por Matheus de Maio

 

 

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O Cine Líbero Luxardo exibiu, na quinta-feira (21 de abril), a sessão de estreia em Belém do longa-metragem “Medida Provisória”, dirigido pelo ator e cineasta Lázaro Ramos. No cenário de um Brasil autoritário, o filme trata de uma realidade distópica em que o governo ordena que todos os afrodescendentes, com nacionalidade brasileira, sejam deportados para o continente africano, com a justificativa de reparar o período histórico da escravidão. A decisão causa desordem, medo e movimentos de resistência ilegais que trazem esperança ao país.

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Graduado e licenciado em História pela Universidade Federal do Pará (UFPA, 2010),  mestre em História Social da Amazônia pela Universidade Federal do Pará (UFPA, 2013)  e doutorando na Universitat de Barcelona, o professor Diego Pereira Santos, coordenador do curso de História da UNAMA - Universidade da Amazônia, tem dedicado suas pesquisas ao tráfico interno de escravos das capitanias e províncias após a criação da Companhia Geral de Comércio do Grão Pará e Maranhão e da Companhia Geral de Comércio de Pernambuco e da Paraíba, destacadamente no último quartel do século XVIII até a primeira metade do século XIX. Em entrevista ao LeiaJá, o historiador falou sobre a relação da temática do filme com a realidade histórica brasileira.

O Brasil é uma nação racista?

Quando a gente pensa essa noção de racismo é importante que a gente entenda de onde ela vem. O intelectual africano Achille Mbembe, em um livro chamado "A crítica da razão negra", vai construindo essa ideia de como o racismo se processou e se processa na contemporaneidade. Ele fala que o racismo nasce de vários processos de efabulação (ato ou efeito de fabular, fantasiar), de criação de visões de negação, até da negação do eu. O racismo é essa negação profunda; você não coloca o outro apenas como inferior, mas você nega a sua própria existência. Nesse ponto, a gente entende, dentro das ciências sociais, sim, o Brasil é um país racista, porque há diversas práticas de negação desses sujeitos ao longo do tempo, especialmente dos negros. O Brasil é um país racista porque esse racismo que vem se constituindo, especialmente a partir do momento em que a Europa começa a se consolidar enquanto continente, se processa como uma ideia de negação, e o tráfico consolida esse processo de inferiorização do negro, que hoje ainda temos como um elemento negativo dentro da sociedade brasileira.

O que é racismo estrutural?

Ele está baseado numa estrutura de poder. Ao longo do tempo, quando a gente entende a formação da sociedade brasileira, ela se dá nesse encadeamento de relações, na qual você passa a pensar o branco positivando e você passa a pensar o negro, seja a partir de questões históricas, culturais, interpessoais, como negação. O racismo estrutural está presente em vários momentos. Não há apenas a ideia de um racismo institucional, na relação direta. Há uma compreensão de grande parte da sociedade, a gente não pode falar do todo, que reconhece privilégio de um grupo social ou, nesse caso, um grupo étnico, ainda que etnia seja um pouco mais profundo da gente pensar, sobre outro. Nesse caso, se privilegiou o branco em detrimento do negro.

O que você pode falar sobre desigualdade racial?

A desigualdade racial é manifesta. Eu poderia falar da sociedade americana como um todo, americana no sentido do continente América, porque essa ideia de descobrimento acaba manifestando uma negação do outro. Quando você descobre, você privilegia o descobridor, não o descoberto, e muito menos aqueles que são arrancados, desterritorializados, desenraizados das suas etnias, reinos, famílias, e seus grupos sociais são colocados dentro de uma outra relação de poder. O Brasil é um exemplo muito claro disso, no Estados Unidos isso acontece muito, não é uma realidade única, ainda que seja uma realidade complexa e diferenciada nesses estados nacionais. Existe sociedade igual? Não. Acho que o termo mais adequado hoje, para nós pensarmos isso, é equidade. Hoje não se fala de igualdade, porque a igualdade é você dar as mesmas oportunidades para os diferentes. Quando você entende que há desigualdade o sentido muda, porque você passa a oportunizar as diferenças para os diferentes. Então é fundamental compreender que não se pensa, hoje, numa sociedade que vá ser igual, porque brancos e negros não são iguais no Brasil. A ideia, quando você pensa as relações étnico-raciais, é você compreender que essas oportunidades têm que se dar compreendendo as diferenças de cada grupo social. 

Existe relação entre o racismo e o descobrimento do Brasil pelos portugueses?

Sim, sem dúvida. Porque quando você pensa a raiz dessa ligação, o sentido do descobrimento é da negação, mas ele não é da negação do outro no sentido de compreender a alteridade. O descobrimento é pautado numa visão ocidental, racista, branca, europeia, então tudo o que era diferente disso passava a ser negado, tudo o que não era europeu, ocidental ou que não casava dentro de uma ideia de civilidade europeia passa a ser visto como inferior. Além disso, é muito interessante a gente pensar antes desse descobrimento, por exemplo, os contatos que houve da Europa com a África, principalmente a partir do século XV. Em 1415, tem a Conquista de Ceuta, onde hoje é o Marrocos. Esse entreposto comercial passa a ser fundamental para que os europeus, em particular os portugueses, passassem a ter um domínio do continente. A partir dali eles vão tentar fazer a circunavegação do continente, vão tentar rodear, porque a ideia era chegar nas Índias, mas esse contato com a África já passava a necessidade de ser um contato econômico. Muito se pensa que o objetivo era já num primeiro momento a escravidão, e não era. No primeiro momento os europeus estavam mais interessados na prata e no ouro, principalmente, mas a partir desse contato com os africanos eles entendem a possibilidade de ter ganhos com a questão da venda desses seres humanos. É dali que começa uma série de negócios que todos ganhavam dentro do que a gente chama de tráfico de escravos. Nessa ideia do descobrimento, o africano é visto como outro, como um sujeito inferior. Não à toa, nas crônicas desse período, do século XVI e do XVII, era muito comum que se falassem dos africanos que usavam rabos, que eram “tão pequenos que sumiam”, porque havia todo um imaginário e ele acabou se condensando dessa negação. O que nós vamos ter posteriormente a isso é um quadro de negações, de inferiorizações e, como Mbembe fala, ‘de objetificações’.

Como as pessoas brancas podem contribuir para a luta antirracista?

A luta antirracista não é de uma cor só. A luta antirracista é de todos, eu acho que isso também é um ponto que a gente precisa entender, para além dos lugares de fala que são muito complexos na sociedade brasileira. É preciso que a gente entenda que essa relação precisa ser compreendida por todos. Quando a gente entende o que é o racismo, quando a gente compreende que muitas vezes as falas presentes no nosso racismo estrutural estão nas brincadeiras menos oportunas, num tratamento ou num olhar preconceituoso, manifesto numa ação discriminatória, aí eu tenho exatamente que compreender que esse não é um problema só dos negros, mas é um problema da sociedade brasileira.

Filmes como “Medida Provisória”, com grande repertório histórico, cultural e artístico, com exibição em um ano de eleições, são importantes para o debate político?

É decisivo, porque muitos desses conceitos estudados pela ciência foram negados. Foi negado o racismo, alguns negaram o fato de haver escravidão. Essa negação de um passado, silenciamento, uma censura, isso é extremamente problemático, diante desse cenário. O fato de vir à tona agora um filme como esse, com uma dimensão que busca problematizar, em essência, situações que acontecem no nosso cotidiano, reforça aquilo que estava sendo negado, especialmente no atual governo, em que há a ideia de naturalizar o racismo, o preconceito, a ditadura, as torturas. Toda a perspectiva histórica é pautada em relações de poder, não tem como nós pensarmos de forma diferente. Injúria racial é crime, racismo é crime. São diferentes? São. Injúria racial é quando você manifesta isso numa ação direta com um indivíduo. O racismo é manifestado em relação à ideia da raça como um todo. Esse questionamento, isso é fundamental em ano de eleição, porque amplia nossas possibilidades de uma escolha democrática. A arte é um palco privilegiado da crítica social no Brasil, e sempre foi assim desde a década de 60, 70, 80. Lembro dos movimentos ligados aos negros, muito fortes, e que vinham, então, tentar buscar soluções ou a repensar a sociedade a partir da arte e da cultura. É fundamental que a gente tenha esse tipo de debate neste ano de 2022.

No filme existe um governo autoritário, que limita a liberdade dos cidadãos. Na sua opinião, quais são os impactos sociais desse tipo de regime?

O impacto social direto é você ter um controle das mentes. Isso faz parte da cultura brasileira. Entre 1964 e 1985, o Brasil viveu uma ditadura, hoje compreendida como uma Ditadura Civil Militar, em que havia esse processo de negação. Analisemos, então, o nosso quadro político contemporâneo. Eu tenho pelo menos dois impeachments, nessa breve, nova República. A nossa primeira eleição é indireta, que eu tenho o Tancredo Neves, depois o Collor, tenho um impeachment, vem o Itamar Franco, que era vice dele, depois vêm os dois governos de Fernando Henrique, depois os dois governos Lula, o governo Dilma impedido, tem um governo e meio, depois vem o Temer, depois vem o Bolsonaro. A nossa República é uma República com traços autoritários. O próprio Jair Bolsonaro, atual presidente da República, disse que o seu voto era em nome de um torturador, quando ele fala do impedimento da Dilma, naquele contexto. Então, o voto dele para um ditador, uma pessoa que foi um torturador, isso mostra que a gente tem aí na nossa República traços autoritários, isso não está distante de nós.

No longa eles mostram um ativismo forte contra um governo opressor. Você pode dar exemplos de situações que retratem essa realidade no Brasil?

Esse ativismo é bem compreendido hoje, os movimentos negros são bem organizados. Aqui, inclusive, na nossa região, tem um órgão que é o CEDENPA (Centro de Estudos e Defesa do Negro no Pará) que tem um papel muito interessante. O movimento negro foi responsável por várias mudanças no âmbito educacional, que é um caminho interessante, ainda que seja a longo prazo. Há duas leis que foram editadas ainda nos idos dos anos 2000, que é a lei 10.639/2003, da obrigatoriedade do ensino de historia e cultura africana e afro-brasileira nas escolas da educação básica, e em 2008 a 11.645/2008, que vai pensar também os grupos indígenas. Você tem de 2010 para 2011 o Estatuto da Igualdade Racial, fundamental para legitimar que eu não tenho essa igualdade, porque ela nunca existiu. A Constituição de 1988 diz que todos são iguais, mas essa igualdade não era de fato. Quando você vai, por exemplo, para a LDB, alguns anos depois da Constituição de 1988, a Lei Diretrizes e Bases da educação, de 1996, ela fala sobre a pluralidade racial. Só que nos anos 2000, aí num momento de grande crescimento dos movimentos sociais, na época do governo do PT, importante que se diga, é que isso vai se tornar uma realidade mais clara. Ainda que hoje não haja um mecanismo de intervenção direta, em relação a se estar ministrando ou não essas aulas nas escolas públicas ou particulares, há, pelo menos, a lei que nos indica esse caminho, e houve diversas produções bibliográficas a partir dessas duas leis e do Estatuto da Igualdade Racial.

Com as novas mídias que surgem, especialmente nas redes sociais, com seus canais abertos a todas as manifestações, você acha que o racismo pode se agravar?

É complexo, porque quando você abre os canais isso não é ruim, naturalmente, você tem liberdade de expressão no Brasil, isso é uma realidade constitucional. Mas a internet abre as portas para a ignorância, para discursos do período colonial, de negação, contra aquilo que já está, de alguma maneira, consolidado dentro de uma visão universitária, científica. Há um caso que foi retratado agora no Big Brother. Uma das participantes, a Natália, fez um comentário falando sobre a questão de que os negros vieram para cá porque eram fortes. A questão aqui não está tanto no comentário dela, mas como essa visão é enraizada na sociedade brasileira, o quanto ainda hoje o olhar da sociedade em geral é esse. Essa visão era a que o traficante de escravo tinha quando ele tirava o escravo da África, quando ele negociava o escravo na África e o colocava na condição de escravizado, é o mesmo discurso. A internet banaliza de certa maneira determinados pontos de vista, porque eles não são alicerçados numa base cientifica, eles são abalizados no ‘eu acho’, no ‘o que eu compreendo’, no ‘o que eu penso’. As fake news são um retrato muito claro disso. Você amplia, dá a vazão para milhões de pessoas compartilharem o mesmo conteúdo. Esses discursos, muitas vezes anacrônicos, fora do seu tempo, vão circular. Em ano de eleição, nem se fala. A ampliação é positiva, os canais são positivos, você ter as suas mídias, construir mídias sociais sem a necessidade de um aparelhamento dessa reflexão, desses aparelhos televisivos, dos programas televisivos, isso é interessante. O que é problemático é quando você tem um desfavor, por determinados canais, por determinados apresentadores.

De que forma o entendimento da política brasileira pode ajudar na luta por direitos?

Eu vejo muito hoje esse movimento político dentro de um quadro que é claramente ocidental, da polarização. A polarização dos olhares, ‘só tem um ou outro’ ou ‘você é de uma cor ou de outra’. A realidade humana não é tão simples. Ela é subjetiva, complexa. Olhar para essa realidade e compreender para além disso, procurar estudar, olhar realmente quais são os programas políticos de cada candidato, ter uma percepção melhor daquilo que foi, que é e que será, eu acho que são pontos fundamentais. A história não se repete, não há historiador que vai dizer que a história vai ser a mesma, isso é muito reproduzido na sociedade, ‘vai acontecer igual’. Não, nunca vai ser igual, mas há ecos, há reverberações desses momentos históricos. É fundamental, especialmente para os jovens, já que a gente está abrindo esse canal, a possibilidade de um questionamento a tudo isso que a gente colocou aqui, ao filme, à sociedade, a toda complexidade desses elementos formativos da sociedade brasileira. A juventude informada precisa dizer não, precisa se informar para que ela possa criar seus próprios olhares. Ela precisa entender o que é essa política, porque entendendo a gente tem também a nossa possibilidade de arbitrar sobre isso, de construir o nosso posicionamento, em direção a uma democracia, consolidação desse estado democrático, que é falho, e muitas vezes abre margem para a corrupção, mas ainda é a melhor opção do que viver em um estado ditatorial, no qual você tenha uma sociedade do controle, no qual se pense a retirada daqueles que são ou que podem ser considerados indesejados, como o filme propõe em relação aos negros. As elites no Brasil se incomodam, sim, com essa presença de negros, pardos, índios, dentro da universidade, porque há uma sociedade construída em bases, e são bases brancas, elitistas, com visões sectárias de separação. É preciso votar. É preciso fazer parte desse movimento de mudança.

Por Giovanna Cunha e Vinicius D. Reis (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

Nesta quarta-feira (27) é comemorado o Dia Mundial do Design Gráfico. Esta data foi escolhida em homenagem à fundação da International Council of Graphic Design Associations (Icograda) em Londres em 1963. Os membros do Conselho são compostos por entidades nacionais, incluindo associações profissionais de design e instituições de ensino de design. O conceito foi desenvolvido em 1995 pelo vice-presidente Kim Paulsen para comemorar a fundação do Conselho de 1963. Tornou-se “Dia Internacional do Design” em 2020. 

Seu objetivo é desafiar os designers a refletirem sobre o bem-estar das pessoas em seus ambientes locais e encontrar soluções inovadoras para as necessidades locais, usando o design como um veículo para honrar a diversidade e ultrapassar fronteiras. Os designers gráficos são profissionais que criam projetos visuais com diferentes objetivos, como atrair e manter clientes, divulgação das marcas, entre outros. Com a distribuição das redes sociais e o apelo por imagens atrativas, o profissional encontra um mercado de trabalho concorrido.  

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Em 2020, o Conselho apresentou documentos de melhoria prática que regem a conduta profissional do designer individual, bem como a organização de prêmios, conferências e exposições de design. Um deles foi o Código de Conduta Profissional atualizado para designers. O documento posiciona o design como uma profissão em questões éticas e com responsabilidade para a humanidade. O documento possui muitos recursos, incluindo explicações detalhadas e termos relacionados ao design, prática profissional e propriedade intelectual.  

Por Camily Maciel

 

Hoje (25) a empresa automobilística alemã Porsche completa 91 anos desde a sua fundação por Ferdinand Porsche e seu filho Ferry Porsche. Eles tinham trabalhado para outras marcas em 1900. O objetivo de Ferry Porsche era realizar sua própria criação e marca, isso começou a tomar forma no verão de 1947.  

Desde 1931, Ferdinand Anton Ernst era empregado no estúdio de design do seu pai, Ferdinand. Juntos, trabalhavam no “carro do povo” - o Fusca. Propositalmente, o estudo teve como objetivo “um Volkswagen esportivo de apenas dois lugares”. Os primeiros desenhos, em janeiro de 1948, eram de um roadster de motor central e estrutura tubular. Os componentes do chassi, motor e caixa de câmbio retirados do Volks foram modificados para a corrida do carro.  

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O 356 Roadster, depois de várias mudanças, fez parte da coleção da empresa. É um dos raros casos da indústria nos quais o primeiro carro feito por uma marca não foi perdido. Daquele modelo, surgiu o 356/2, em versões Coupé e Cabriolet, fabricado entre 1948 e 1949, em condições adversas numa cidade austríaca. Em março de 1950, a produção muda para Stuttgart/Zuffenhausen e em 1957, a marca pensou em um outro carro sucessor.  

O 901, depois batizado de 911 por pressão da Peugeot, estreou no Salão de Frankfurt de 1963. Hoje, mesmo convivendo com modelos, ele continua sendo um ícone da marca. Depois de dominar o Rally de Monte Carlo de 1968, o 911 T repete a conquista em 1970 e em 1978. Quase 20 anos depois do 928 (de 1978), chega o Boxster, um roadster, em 1996. Os motores seis cilindros são novos, refrigerados a água.

Nos anos 2000, o carro Carrera GT foi apresentado no Salão de Genebra com 1.270 exemplares. E em 2018, o 911 Speedster Concept representou o elo entre as origens do 356 e um futuro esportivo da marca. 

Por Camily Maciel 

 

 

Uma história um tanto que humorada acabou gerando repercussão nas redes sociais. Recentemente, uma estudante de Goiás resolveu compartilhar no Twitter um caso de uma corrida em aplicativo de viagem. A jovem contou que pediu um transporte para ela e mais três amigas, mas sem perceber no que estava solicitando através da plataforma.

Identificada como Luanna Mota, a estudante acabou confundindo moto com carro. Em uma imagem divulgada, o diálogo entre a passageira e o motorista movimentou a internet. Após receber a mensagem da jovem, o piloto escreveu: "Se for uma no guidão e duas atrás. Acho que eu consigo levar uma em riba (cima) da cabeça". Vendo que tinha cometido a gafe, a estudante se desculpou rapidamente.

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"Choramos de tanto rir. A forma que ele respondeu foi muito engraçada. Ele levou muito na esportiva, então agradecemos e pedimos desculpas pela confusão", disse Luanna, segundo informações do G1. No seu perfil do Twitter, a postagem do pedido da corrida reuniu mais de 130 mil curtidas.

Confira:

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O rapper americano Colson Baker, mais conhecido por seu nome artístico Machine Gun Kelly ou MGK faz hoje (22) 32 anos de idade. Astro do pop punk, ele começou a carreira ainda adolescente, lançando uma mixtape em 2006.

Baker então assinou contrato com a Bad Boy Records e Interscope Records em 2011. Seu álbum de estreia, Lace Up, lançado em outubro de 2012, teve uma resposta positiva dos críticos. Estreou em quarto lugar na parada musical da Billboard 200 com a venda de mais de 178 mil cópias. 

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Seu terceiro álbum de estúdio, Bloom, lançado em maio de 2017, precedido pelo single “Bad Things” em parceria com a cantora Camila Cabello, alcançou o quarto lugar na Billboard Hot 100 e se tornou  seu single de maior sucesso. Seu quarto álbum de estúdio, Hotel Diablo, lançado em julho de 2019, contou com o single “I Think I’m Okay”, com apresentação de Travis Barker e Yungblud.  

Em 9 de julho de 2019, ele lançou o videoclipe oficial de “Candy”, com a participação do rapper Trippie Redd. No mesmo dia, lançou o single final “Glass House”, com a participação de Naomi Wild. Este álbum estreou em quinto lugar na Billboard 200, tornando-se o álbum a estar entre as dez primeiras posições. Em dezembro de 2019, Baker começou a falar sobre um projeto com a produção de Travis Barker, o álbum teria um tema pop punk. 

Em 14 de janeiro de 2020, Baker anunciou o título do projeto como Tickets to My Downfall, com lançamento previsto para setembro do mesmo ano. Três singles foram lançados antes do lançamento do álbum, “Bloody Valentine”, “Concert for Aliens” e “My Ex 's Best Friends”.  

Por Camily Maciel 

Hoje (19) se comemora o Dia do Índio em diversos países das Américas. Esta data remete ao dia em que delegados indígenas de diversos países como Chile e México, reuniram-se para o Primeiro Congresso Indigenista Interamericano. A reunião ocorreu em 1940 e teve como pauta central a discussão sobre medidas reparatórias e estratégias para a preservação dos povos indígenas após séculos de colonização.

No Brasil, a relação entre povos indígenas e colonizadores começou, historicamente, no ano de 1500 com a chegada dos portugueses. Na época, habitavam no solo brasileiro cerca de três milhões de indígenas, divididos em quase mil etnias diferentes. Historiadores ligados à Coroa Portuguesa descreveram o encontro dos portugueses com os nativos como um “encontro de culturas”, porém, com a luz da história é possível atestar que esta descrição foi usada como um atenuante para enquadrar as péssimas relações mantidas.

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A resistência indígena no período de colonização se dava majoritariamente na fuga dos aldeamentos missionários e outros tipos de cativeiro, pela defesa das próprias aldeias contra os Bandeirantes, por ataques a vilas e fazendas portuguesas e, em último caso, quando capturados, o suicídio.

Os Goitacás destruíram por duas vezes as instalações e engenhos construídos em seus territórios. Os “Tamoio” ou “Tupinambá”, integrantes da família Tupi, principal povo guerreiro que ocupava a região do Rio de Janeiro até Ubatuba, formaram a Confederação dos Tamoios que, aliada aos franceses, ameaçaram durante dez anos (1555 - 1565) as capitanias portuguesas no sul.

Segundo o antropólogo Darcy Ribeiro, em 500 anos, 700 das 1200 nações indígenas já haviam deixado de existir. Ainda segundo o autor, outras 55 deixaram de existir apenas no século 20. No ano de 1950, com a baixa população indígena, houve previsões dizendo que até o ano de 1980 já não haveria mais indígenas no solo nacional.

Muito ainda há de ser feito na luta pelos direitos dos povos indígenas no Brasil. Em nosso território, os direitos desta população ainda são desrespeitados sistematicamente pelo Estado. Ao aplicar um regime de “vista grossa”, indústrias hidrelétricas, mineradores, madeireiros etc são incentivados a invadirem, cooptar e, não muito raramente, matarem a população nativa.

Por Matheus de Maio

Nesta segunda-feira (18), o “Bom Dia São Paulo” completa 45 anos de estreia na televisão. Foi considerado o primeiro jornal informativo matutino da Globo, transmitido pela primeira vez em 1977, de segunda a sexta, à época às 7h. Garantia um jornalismo ativo com noticiário local, entradas ao vivo a partir de diferentes pontos da cidade e entrevistas com dinâmicas descontraídas para formar um público cativo na faixa de horário, o que até então, era considerado difícil no telejornalismo brasileiro.  

A equipe do jornal era formada por Laerte Mangini, chefe de reportagem; a editora Neusa Rocha e os apresentadores Celene Araújo, Sérgio Roberto, Mário Lima e depois, Dárcio Arruda. O jornal tinha um caráter de experiência e formação de repórteres, que entravam ao vivo e conversavam com os apresentadores e comentaristas. Além de dar ênfase aos problemas da comunidade, informava sobre o trânsito e movimento dos aeroportos. 

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No início, a equipe produziu longas reportagens e entrevistas. Algumas eram feitas no estúdio, outras durante a rotina matinal do entrevistado. Helena de Grammont era a repórter responsável por essas pautas, em sua maioria, pré-gravadas. O repórter Luís Fernando Silva Pinto também participou do quadro. Anos depois, algumas entrevistas marcaram o telejornalismo nacional, como a presença de atores, jogadores e presidentes da época. 

O “Bom Dia São Paulo” esteve entre os primeiros telejornais da Globo a promover campanhas semanais sobre questões de interesse da comunidade, manter uma agenda dos acontecimentos em Brasília, contar com correspondentes no exterior para abrir espaço de leitura de manchetes internacionais e um dos primeiros a ter apresentação de um jornalista atuando como âncora segundo o modelo norte-americano. 

Em 1983, o BDSP era dividido em quatro blocos com 30 minutos de duração no total. Já em 1987, ano em que as reportagens eram especiais por causa do décimo aniversário do telejornal, José Maria Santana e Carlos Tramontina eram os editores e Tramontina era o âncora. Ao completar 10 anos, o telejornal envolvia 40 pessoas em sua produção. 

Ao longo de duas décadas, outros jornalistas passaram pelo noticiário como Tonico Ferreira, Carlos Nascimento, Chico Pinheiro, Eleonora Paschoal, Fausto Silva, Mariana Godoy, Marília Gabriela, Tonico Duarte, entre outros. Em março de 1998 e outubro de 1999, Carlos Nascimento voltou a apresentar o BDSP. Em 2001, Mariana Godoy assumiu a bancada e ficou até 2010. Em 2005, o telejornal era transmitido para 645 municípios de São Paulo. 

O ex-correspondente da Globo em Nova Iorque, Rodrigo Bocardi, estreou em maio de 2013. O jornalista assumia o lugar de Carla Vilhena, que comandava o jornal desde abril de 2010. 

Por Camily Maciel

Quase 60 anos depois, José Anselmo dos Santos, o cabo Anselmo, é ainda um enigma. A figura do ex-marinheiro que entregou companheiros de luta armada em troca de sua vida ao fechar um acordo com o delegado Sérgio Paranhos Fleury é um álibi atrás do qual parte da esquerda brasileira escondeu seus erros? Ou ele já era um agente provocador em 1964? Quais as mentiras que a narrativa do maior traidor da esquerda na ditadura militar esconde?

O documentário Em Busca de Anselmo, que estreou na terça-feira (12), na HBO, joga luz nos episódios mais controversos da vida do líder da revolta dos marinheiros, na véspera da deposição do presidente João Goulart. "Todas as suspeitas em relação a Anselmo, que nem sequer era cabo da Marinha, são válidas. Ele construiu a própria jornada e identidade de maneira confusa e nada confiável", afirmou Carlos Alberto Junior, o idealizador do projeto, diretor e roteirista da série.

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A série entrevistou Anselmo dezenas de vezes. Também ouviu mais de 50 pessoas que conviveram com ele - da infância à morte, em 15 de março. O principal dos mistérios é quando ele começou a trabalhar para a polícia. Anselmo e os policiais do Departamento de Ordem Política e Social (Dops) dizem que isso só aconteceu em 1971. É também a opinião da maioria dos marujos que conviveram com ele na Associação dos Marinheiros e Fuzileiros Navais.

Por essa narrativa, transformar Anselmo em agente provocador já em 1964 diminuiria os pecados de quem buliu com a indisciplina nos quartéis, provocando a adesão de parte das Forças Armadas ao golpe.

ESTOPIM

Em 25 de março de 1964, Anselmo estava no Palácio do Aço, a sede do sindicato dos Metalúrgicos do Rio, onde falou para uma assembleia de mais de 2 mil marinheiros e fuzileiros, que se rebelaram contra a prisão de seus líderes. O discurso teria sido feito pelo PCB. O jornal Novos Rumos, uma publicação do partido, anunciava que a Nação estava com os marinheiros amotinados. Na redação, o jornalista Luiz Mário Gazzaneo testemunhou quando o dirigente comunista Giocondo Dias viu a primeira página e disse: "Dessa vez ou nós vamos para o poder ou para a cadeia".

A Marinha quis prender todos, mas não obteve o apoio do presidente Goulart. Seis dias depois, ele estava deposto. Na série, Anselmo voltou ao Palácio do Aço, e releu o discurso.

Levá-lo de volta aos lugares em que viveu sua história é um dos feitos do documentário - ele só se recusou a ir à Cuba, onde treinara guerrilha. O momento mais dramático é quando Anselmo retorna ao prédio do antigo Dops de São Paulo, hoje Memorial da Resistência. Ali conta como fechou o acordo com Fleury para mudar de lado e se transformar no doutor Kimble, o informante que destruiu a Vanguarda Popular Revolucionária (VPR).

"A entrevista naquele local ajudou na reconstrução dos momentos em que ele passou sob custódia dos agentes da repressão", contou o diretor. Para ele, a trajetória de Anselmo "é obscura por si só". "Estamos diante de um dos personagens mais sombrios da ditadura."

O documentário explora ainda as histórias das vidas que cruzaram o caminho de Anselmo, concentrando-se nos seis militantes da VPR mortos no massacre da Chácara São Berto, em Pernambuco, em 1973. Entre eles estava Soledad Barrett Viedma, companheira de Anselmo, de quem estava grávida.

Depois da traição, o ex-marinheiro recebeu do Dops uma identidade falsa para fugir da vingança de antigos companheiros. Viveu clandestino quase 50 anos. E foi assim, com o nome de Alexandre da Silva Montenegro, que acabaria enterrado em 16 de março, em Jundiaí, no interior paulista.

Nesta sexta-feira (1), completa 18 anos que o Google anunciou que o Gmail se tornaria público, não apenas para os funcionários da empresa. O Gmail é um dos primeiros produtos do Google sem relação direta com as procuras. Apesar do lançamento oficial ter sido em 2004, a história do Gmail começa alguns anos antes. A escolha da data levantou rumores pela Internet, pois achavam que era uma notícia falsa. 

Em 2001, o engenheiro Paul Buchheit, tinha experiência na criação de serviços de webmails pois trabalhava na área. Começou a desenvolver um serviço para ser usado, internamente entre os funcionários do Google. Buchheit foi o responsável pelo desenvolvimento básico do e-mail e da inclusão de tecnologias avançadas, como o AJAX, uma forma de aplicar Javascript que dava velocidade ao Gmail. 

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Ele observou os principais nomes do mercado, na época era o Yahoo! Mail e Hotmail – que deu lugar do Outlook - e listou as principais dificuldades deles: a interface confusa e lenta, uso de linguagens desatualizadas e falta de espaço para armazenamento das mensagens, o que obrigava os usuários a terem que apagar e-mails antigos ao atingir o limite de espaço oferecido pelos serviços.  

O Google não esperava com a infraestrutura para abrir o Gmail a todos. Por isso, a decisão inicial foi apresentar o serviço para mil pessoas, cuja presença na tecnologia era considerada relevante. Esses mil clientes foram convidados a criar conta no Google. Depois, a empresa permitiu a essas pessoas convidarem seus familiares e amigos para a plataforma.  

Assim, no dia 1 de abril de 2004, o Google lançou oficialmente o Gmail. O sucesso foi imediato e o Google não demorou muito para se tornar o serviço de e-mail mais usado do mundo. Hoje em dia, o Gmail é a porta de entrada para o mundo de Android, por exemplo.  

Por Camily Maciel

Histórias, "causos", balelas, invencionices ou, simplesmente, mentiras. Celebradas no dia de hoje - 1º de abril -, elas foram contadas durante toda a história da humanidade. Em excesso, podem indicar transtornos psicológicos graves, além de trazer sérias consequências para quem conta. Mas hoje, Dia da Mentira, Dia dos Tolos ou Dia dos Bobos, elas são aceitas e até celebradas.

A tradição de 1º de abril remonta à instituição do Calendário Gregoriano, que substituiu o Calendário Juliano por determinação do Concílio de Trento (conselho ecumênico da Igreja Católica). O Calendário Gregoriano divide o ano em quatro estações distribuídas ao longo de 12 meses, ou 365 dias, de acordo com o movimento da Terra em relação ao Sol e estabelece o primeiro dia do ano em 1º de janeiro.

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Com a instituição do novo calendário pelo papa Gregório IX, em 1582, historiadores contam que parte da população francesa se revoltou contra a medida e se recusou a adotar o 1º de janeiro como início do ano. Zombados pelo resto da população, os resistentes às mudanças eram convidados para festas e comemorações inexistentes no 1º de abril. Nascia assim a tradição de zombaria e de pregação de peças.

Há também relatos históricos que relacionam a data ao festival de Hilária - uma festa romana no período anterior ao nascimento de Cristo - que celebrava o equinócio de março em honra à deusa Cibele, a “Mãe dos Deuses", uma divindade que reunia aspectos das deusas gregas Gaia, Reia e Deméter.

No Brasil, a tradição foi introduzida em 1828, com o noticiário impresso mineiro “A Mentira”, que trazia em sua primeira edição a morte de Dom Pedro I na capa e foi publicado justamente em 1º de abril.

Mentiras históricas

Mas não são apenas as pessoas que contam mentiras no 1º de abril. Empresas entenderam o potencial de marketing e a oportunidade de engajamento das “pegadinhas” para aumentar a visibilidade no mercado e passaram, desde o século passado, a participar da celebração.

Entre os mais conhecidos exemplos está a emissora pública britânica BBC, que tradicionalmente prega peças no público desde a década de 30. Em uma das memoráveis brincadeiras, a BBC afirmou que o governo do Reino Unido trocaria o mecanismo de ponteiros do Big Ben - o relógio mais famoso do mundo e símbolo nacional - por um mostrador digital. A mentira, veiculada em 1980, ainda prometeu que a primeira pessoa a ligar para a rádio ganharia os antigos ponteiros do grande relógio como lembrança.

A ação gerou milhares de ligações e cartas e acabou causando problemas à emissora, que teve que explicar a manobra durante a programação nas semanas seguintes.

Nos Estados Unidos, em 1992, a National Public Radio (NPR), também uma emissora pública de comunicação, veiculou entrevista do comediante Rich Little em que ele se passava pelo ex-presidente Richard Nixon.

No quadro, chamado “Conversa da Nação”, o personagem afirmava categoricamente que se candidataria novamente à Presidência naquele ano. O problema é que Nixon, figura política controversa, havia renunciado durante processo de impeachment em 1974 pelo envolvimento no escândalo de Watergate, o que gerou revolta nos ouvintes. 

A emissora ficou com todas as linhas telefônicas congestionadas até que, em determinado momento, foi anunciada a pegadinha do Dia dos Tolos.

A Amazon, a maior loja online do mundo, também celebra o Dia da Mentira com brincadeiras que, muitas vezes, confundem os usuários. Em 2015, a Amazon reverteu sua página principal para a versão de 1999 - época em que a internet ainda era rudimentar. Até descobrirem a brincadeira, os usuários deveriam passar pela experiência de “túnel do tempo” na navegação do site. 

Mentiroso moderno

Apesar da permissão lúdica no dia 1º de abril, a mentira pode se tornar hábito e degradar relações sociais. Em tempos de ampla difusão de conteúdos na internet, uma mentira pode ser considerada até mesmo fake news - notícias falsas ou com dados manipulados deliberadamente para enganar ou enviesar as conclusões do leitor - e ser punida legalmente.

Para o psiquiatra Ilton Castro, existem diferentes níveis de mentira: há aquelas que suavizam realidades e as que são usadas para usufruir benefícios em detrimento de outras pessoas. Há também a condição psicológica conhecida como mitomania, definida pelo uso compulsivo de mentiras.

"No jogo social, é normal mentir ou omitir alguma coisa, mas existem casos considerados sérios. A mentira aparece como um hábito. O mitomaníaco mente e acredita no que diz. A fantasia vira realidade e ganha enredos intermináveis. A mentira cresce", explicou o psiquiatra.

O uso exacerbado de mentiras pode indicar transtorno de personalidade e fragilidades psicológicas que necessitam ser trabalhadas, acrescentou.

É praticamente impossível nos imaginar sem um telefone nas nossas vidas, o tempo foi passando e com isso ganhou cada vez mais espaço na sociedade. No dia 10 de março o telefone completou 146  anos.

O aparelho surgiu de forma inesperada, de surpresa, com a ideia de aperfeiçoar as transmissões do telégrafo, aparelho de comunicação da época. Naquela época não se imaginava o que o telefone se tornaria. 

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 Primeiro telefone 

Em 1876, o cientista e inventor Alexander Graham Bell resolveu solucionar o problema do telégrafo que só permitia uma única mensagem por vez. O que muitos não sabem é que o inventor percebeu que seria possível transmitir  mais de uma mensagem através da música. Naquele momento ele nomeou de telégrafo múltiplo, que seria o telefone da época.

O primeiro aparelho funcionava de maneira bem básica, de forma que ou você ouvia ou falava, não era possível fazer os dois ao mesmo tempo. Ele possuía uma caixa de madeira que era sua bateria. Ele chegou ao Brasil um ano depois de sua criação, em 1877 e foi feito  especialmente para Dom Pedro II. Ele ficou instalado no Palácio Imperial de São Cristovão localizado na Quinta da Boa Vista, hoje o Museu Nacional no Rio de Janeiro, e era ligado às casas ministeriais, esta sendo a primeira linha telefônica brasileira. 

Telefone Castiçal 

Passando um pouco mais adiante em 1904, foi criado o segundo modelo. Sua aparência dividia opiniões, ele  apresentava um bocal montado na parte superior do estande, além  de um receptor que o usuário segurava no ouvido. Para fazer a ligação era através de uma manivela, e um telefonista completava a ligação. Esse tipo de modelo exigia instalação nas proximidades de um conjunto que abrigava a campainha para anunciar as chamadas recebidas e os circuitos elétricos (capacitor, bobina de indução, gerador de sinalização, terminais de conexão) para conectar o aparelho à rede telefônica. O que não era nada confortável e já foram iniciando novos projetos para o aparelho.   

Orelhão 

Com o tempo os modelos de telefone foram evoluindo. Nessa época se notava o impacto da globalização na vida das pessoas, elas passavam mais tempo nas ruas do que em casa. Pensando nisso, chega ao Brasil em 1972 os telefones públicos. Seu formato de um ovo chamava muita atenção, mas o que muitos não sabem é que isso era uma alternativa para trazer mais privacidade durante as ligações. Os aparelhos ficavam espalhados pelas cidades, facilitando o acesso das pessoas.

É importante ressaltar que o orelhão possuía letras para viabilizar a utilização da mesma forma que fazíamos com os celulares que não dispunham de teclado QWERTY. 

Telefone sem fio 

Mesmo com as pessoas passando mais tempo na rua do que em seus lares, ainda existia o interesse em ter o aparelho dentro de casa. Por isso o telefone passou por diversas evoluções até chegar no telefone sem fio.

Criado em 1980, ele chegou para facilitar. A criação também marcou um salto da tecnologia para a época, pois possibilitava as pessoas a andarem dentro de um raio de distancia enquanto falavam ao telefone. Ele possuía uma base conectada a tomada e a uma conexão telefônica.

Vale lembrar que, até mais ou menos a década de 80 as pessoas que possuíam alguma rede telefônica tinham boas condições financeiras, tendo em vista que um aparelho desses em casa significava status na vizinhança. Em comparação, o valor de um aparelho telefônico era o mesmo que de um carro zero. 

Tijolão 

Mesmo com tantos modelos, as pessoas ainda sentiam falta de um aparelho telefônico portátil. Pensando nisso, o celular chegou para mudar tudo. Um marco do anos 90, o famoso tijolão é lançado como o primeiro celular no Brasil, criado pela Motorola. Mas seu valor não era tão acessível… se fosse nos tempos atuais seu valor chegaria a R$ 15 mil. Isso fez com que os telefones fixos se tornassem mais populares, sendo comum pessoas classe média baixa possuírem um desses em casa. Vale lembrar que seu nome é referente ao tamanho muito grande que sempre chamou muita atenção, e nele continha uma tela que possibilitava ver os números. 

Apple 

O tempo passava e com ele a possibilidade de ter um aparelho completo em suas mãos foi aumentando. Em 2007, a Apple lançou o primeiro telefone inteligente (smartphone). A empresa revolucionou e lançou o iphone, aparelho touchscreen com seu próprio sistema operacional.

O aparelho era conhecido como computador de bolso, com Wi-Fi, câmera 2 MP, Bluetooth e outras ferramentas. Muitas pessoas não sabem mas a ferramenta copiar e colar, que hoje é uma característica básica dos smartphones, só foram implementados nas versões futuras do iPhone. Devido ao sucesso do iPhone foi polarizado o uso dos smartphones, deixando de ser um item de luxo para algo essencial. 

Smartphones Qwerty 

Mesmo com a chegada do iPhone, as pessoas de classe média e baixa, também queriam um aparelho touch, com câmera. Sendo assim chega em 2008, um modelo que chamou muita atenção. Os aparelhos com teclado Qwerty, uma versão do teclado do computador. Na época o celular era sonho de consumo dos adolescentes da época.

Com cores coloridas ele se tornou muito popular na, e aparecia muito em filmes adolescentes. Vale lembrar que esse não era um smartphone, eles chegaram em outras marcas alguns anos depois. 

 Evolução dos smartphones 

E finalmente, em 2011 chegam os celulares mais evoluídos e com suas características próprias. Nessa época são lançados vários sistemas operacionais, com capacidade de vários aplicativos. Além disso, a maioria dos celulares já suportam conexão com a internet e as fotos tiradas com a câmera possuem melhor definição. O que tirou um pouco do foco do iphone, sendo possível pessoas com menos dinheiro possuírem um celular inteligente. 

Tempos Atuais 

E chegamos nos dias de hoje, temos os smartphones com uma gama enorme de características, como câmeras frontais, desbloqueio da tela por meio da digital, dentre outras. Tem de todos os preços para todos bolsos. Hoje, as empresas investem cada vez mais em versões customizadas de aplicativos para facilitar sua interação com os usuários.   

E assim vamos nós, a cada ano um novo modelo, uma nova atualização. Não sabemos como serão os celulares daqui a alguns anos, mas o que sabemos é que quanto mais tempo passa, mais nos tornamos dependentes desse aparelho que cabe na nossa mão.  

O conflito entre Rússia e Ucrânia vem chamando a atenção do mundo inteiro, especialmente nos últimos dias. Para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é muito importante a compreensão e análise de disputas e conflitos ideológicos e territoriais em escala global.

O professor de geografia Filipe Melo acredita que na prova do Enem deste ano não vai cair conteúdo sobre a atual invasão da Rússia à Ucrânia, mas que podem ser cobrados os acontecimentos desde a Guerra Fria até os dias atuais.

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“A aproximação da Ucrânia com a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) faz com que a Rússia queira mostrar o seu poder como uma potência militar, bélica e econômica e, dessa forma, pode trazer reflexões da Guerra Fria, que teoricamente acabou, mas sempre está sendo ativada por conflitos”, disse Filipe.

Após o final da Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos (EUA) e União Soviética (URSS) saíram vitoriosos, entretanto, após a derrota dos inimigos, iniciou-se uma disputa de poder entre as grandes potências vencedoras. A história da Rússia e Estados Unidos começa a se intensificar no ano de 1947, quando o presidente americano Henry Truman faz um discurso no Congresso americano, afirmando que os Estados Unidos poderiam intervir em governos não democráticos.

A Guerra Fria não gerou conflito bélico, mas as consequências da guerra de poderes entre essas duas potencias resultou em conflitos armados ao redor do mundo, como a Guerra do Vietnã.

Ucrânia e Rússia

O estopim do conflito foi em 2013, quando o antigo presidente da Ucrânia, Viktor Yanukovich, se negou a assinar um tratado de aproximação com a União Europeia, se unindo a Rússia. O governo ucraniano afirmou que se negou a assinar o acordo mediante ameaça dos russos em cortar o fornecimento de gás da região e tomar medidas protecionistas contra os produtos ucranianos caso Yanukovich não assinasse o acordo com o país.

Essa escolha gerou revolta e protestos pelo país. Em consequência, o presidente foi deposto de seu cargo e novas eleições foram feitas. Com a saída de Yanukovich, o presidente do parlamento ucraniano, Oleksander Turchynov assumiu o governo e deu início a uma campanha contra a Rússia e a favor da União Europeia. Os pró-russos não apoiaram essa decisão, gerando mais protestos e acusação de golpe.

Crimeia

Após um ano, em março de 2014, o governo russo invadiu e anexou o território da Crimeia, que era uma república autônoma da Ucrânia, gerando conflitos político-militares até os dias de hoje. A comunidade internacional e países europeus foram contra a ocupação. Por meio da Organização das Nações Unidas (ONU), a Ucrânia e a comunidade internacional não reconheceram a agregação do território à Rússia.

Para os russos, o interesse na Crimeia também se refere à posição geográfica, que se torna uma ligação estratégica com o Mar Mediterrâneo, o Mar Negro e os Bálcãs. A Crimeia sempre tem fortes vínculos com os russos e isso se dá pelo fato de que mais da metade da população vem de origem ou descendência russa, gerando uma aliança entre eles.

As razões pelas quais a Rússia invadiu e anexou a Crimeia partem de questões históricas, políticas, econômicas e culturais. Além de a região ter grande importância geoestratégica. A criação de um plebiscito (não reconhecido internacionalmente) é usada como argumento pela Rússia para a anexação da península.

Economia

A Rússia obtém muito gás natural, cerca de 19% das reservas globais estão no seu poder, sendo responsável por 40% do gás consumido na Europa. Caso o governo decida diminuir o fornecimento, a consequência será o aumento significativo do petróleo e do gás, especialmente em países europeus, como Bulgária e Eslováquia, que dependem 100% do fornecimento de gás dos russos.

O Brasil também sofreria consequências dessa atitude. Segundo o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, o país negociou um total de US$ 2,7 bilhões (R$ 14,3 bilhões) em produtos russos em 2020. Desse total, US$ 53,6 milhões (R$ 285,6 milhões) foram gastos na importação de óleos combustíveis.

"Bestia", o curta chileno indicado ao Oscar, é baseado na vida de Ingrid Olderöck, agente da ditadura de Augusto Pinochet que se dedicou a "violar a alma" das mulheres, torturando-as sexualmente com cães treinados, disse à AFP seu diretor, Hugo Covarrubias.

Com a indicação na categoria de melhor curta de animação, "Bestia" é a décima terceira produção chilena a alcançar esse patamar em Hollywood.

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Antes disso, ganhou o festival de Clermont-Ferrand, o mais relevante em curtas-metragens; o Festival Internacional de Animação de Annecy e o Festival Internacional de Cinema de Guadalajara.

Pergunta: Quem foi Ingrid Olderöck?

Resposta: "Ela foi uma pessoa que encarnou o mal e reinou no Chile durante a ditadura. Ela é um elemento que trabalhou para as esferas de poder da ditadura. Como mulher, ela realizou uma tarefa que era treinar mulheres para torturar mulheres".

"Uma pessoa que se dedica a violar almas como ela obviamente deve ter tido sua alma violada em algum momento. Olderöck tinha muitos desvios mentais, ela era uma mulher muito paranoica, cheia de traumas que constantemente tentava se validar."

P: Qual é o papel do cachorro de Olderöck no curta-metragem?

R: "No curta, um dos aspectos que queríamos abordar é a relação íntima com o cachorro dela. Ela tinha três cachorros, mas no curta nós 'dramatizamos' essa parte porque queríamos mostrar o cão mais importante , o Volodia, e pouco a pouco é revelado o que ela faz com o cão". "Na realidade, o que ela fez foi treinar cães para cometer tortura, principalmente para estuprar mulheres."

P: Por que você decidiu filmar no formato Stop Motion?

R:"Trabalho nesta técnica desde 2005, basicamente é o que sei fazer. Gostamos porque há um componente plástico, manual e analógico que nos permite gerar mundos que seriam muito difíceis de criar digitalmente. Utilizamos escalas miniaturas feitas de papelão e personagens de 25 centímetros feitos de aço articulado, tecido e poliuretano".

P: Por que você acha que Bestia conseguiu conquistar o público no exterior?

R: "Bestia se destaca pelo tema, pela estética, pela forma como esse tema político é trabalhado. Também pelo gênero, um thriller psicológico e político que acabou sendo um curta bem diferente dos demais, o que não termina com um final feliz; nesse sentido também é diferente do resto, é bastante cru e poderoso".

P. O que uma indicação ao Oscar significa para você?

R: "Ser indicado ao Oscar é muito importante porque dá mais credibilidade ao seu filme e obviamente abre portas para uma carreira como diretor de cinema e para a equipe. Mas o mais importante é o assunto que está sendo falado e as pessoas que sofreram esse tipo de assédio".

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