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O The Intercept publicou nesta sexta-feira (9), por meio do El País, mais um vazamento da série #VazaJato, que vem expondo troca de mensagens entre procuradores da Operação Lava Jato desde o último mês de junho. Desta vez, a protagonista do conteúdo é a procuradora-geral da República, Raquel Dodge.

O site de responsabilidade do jornalista Glenn Greenwald conseguiu acesso a uma conversa no aplicativo Telegram do dia 11 de março deste ano. Na ocasião, o procurador Januário Paludo falou a seus colegas da Operação Lava Jato que “o barraco tem nome e sobrenome. Raquel Dodge”.

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Dodge, que representa o posto mais alto do Ministério Público, é responsável pelo comando do trabalho da força-tarefa e era vista como um entrave pelos procuradores, além de uma espécie de inimiga interna. 

De acordo com informações do Intercept, os procuradores ainda discutiram a possibilidade de repassar, de forma anônima, informações a jornalistas com o objetivo de pressioná-la a liberar ao Supremo Tribunal Federal (STF) delações, entre elas, a de Léo Pinheiro, da construtora OAS - uma testemunha-chave de casos que incriminam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Outro trecho dos vazamentos mostra uma mensagem do procurador Deltan Dallagnol, em 2018, avaliando a relação de Dodge com o ministro do STF, Gilmar Mendes. Segundo ele, Dodge “só não confronta Mendes porque sonha com uma cadeira no Supremo assim que seu mandato na PGR terminar”.

Os procuradores também se queixaram devido ao fato de Dodge ser um obstáculo incontornável “por ser dona da caneta que tanto libera orçamento à força-tarefa como envia ao Supremo os acordos de delações premiadas que envolvem autoridades com foro privilegiado, como a de Léo Pinheiro”. 

O El País procurou a assessoria de imprensa da PGR, que afirmou não se manifestar “acerca de material de origem ilícita" ou sobre acordos de delação, "que possuem caráter sigiloso". A força-tarefa da Lava Jato também disse que não faria comentários. 

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Felipe Santa Cruz, afirmou, nesta quinta-feira, 8, que não quis ofender o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro. O chefe da pasta pediu abertura de investigação sobre declarações do mandatário da OAB. A Procuradoria-Geral da República enviou à primeira instância.

"Minha afirmação não teve, em qualquer momento, a motivação de ofender a honra do ministro Sérgio Moro. Ao contrário, a crítica feita foi jurídica e institucional, por meio de uma analogia e não imputando qualquer crime ao ministro", disse Santa Cruz.

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Ao apresentar uma representação, Moro destacou declarações de Santa Cruz, que afirmou ao jornal "Folha de S. Paulo" que o ministro "usa o cargo, aniquila a independência da Polícia Federal e ainda banca o chefe de quadrilha ao dizer que sabe das conversas de autoridades que não são investigadas" no caso das mensagens divulgadas pelo site The Intercept Brasil.

O presidente da OAB afirma já ter reconhecido "que a analogia utilizada estava acima do tom que costumo usar, mesmo considerando os sistemáticos atentados contra preceitos do Estado democrático de direito que deram base à declaração".

"De todo modo, como disse na entrevista, mantenho, no mérito, minha crítica de que o ministro da Justiça não pode determinar destruição de provas e que deveria, para o bom andamento das investigações, se afastar do cargo, como recomendou o Conselho Federal da OAB", diz.

"Por fim, como já enunciei diversas vezes, entendo ser necessário o retorno à normalidade do debate democrático e sugiro ao governo - de forma geral - evitar o clima belicoso, restabelecendo a harmonia institucional no país", conclui.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, pediu nesta quinta-feira, 8, à Procuradoria-Geral da República (PGR) a abertura de uma investigação para apurar a conduta do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Felipe Santa Cruz. A assessoria da PGR informou que a representação de Moro foi enviada à Procuradoria da República no Distrito Federal, que atua na primeira instância, já que o presidente da OAB não possui foro privilegiado.

Ao apresentar uma representação, Moro destacou declarações de Santa Cruz, que afirmou ao jornal "Folha de S. Paulo" que o ministro "usa o cargo, aniquila a independência da Polícia Federal e ainda banca o chefe de quadrilha ao dizer que sabe das conversas de autoridades que não são investigadas" no caso das mensagens divulgadas pelo site 'The Intercept Brasil'.

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O site tem publicado, desde junho, mensagens atribuídas ao ex-juiz federal Sergio Moro e procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato.

Para Sergio Moro, o comentário do presidente da OAB repercutiu "em seu sentimento e senso de dignidade e decoro", ao sugerir uma "conduta arbitrária no exercício das relevantes funções" de ministro de Estado.

"Atribuir falsamente ao Ministro da Justiça e Segurança Pública a condição de chefe de quadrilha configura em tese o crime de calúnia do art. 138 do Código Penal. Ainda afirma que o subscritor teria tido acesso a mensagens ("conversas") de autoridades vítimas de hackeamento, fato que não é verdadeiro, o que também pode configurar crime contra a honra, como difamação", escreveu Moro, em ofício encaminhado à procuradora-geral da República, Raquel Dodge.

Contratos

O pedido de Sergio Moro foi apresentado à PGR na mesma semana em que foi noticiado que a Petrobras decidiu rescindir dois contratos com o escritório de advocacia de Felipe Santa Cruz, sem alegar qualquer justificativa, segundo o próprio escritório informou em nota divulgada à imprensa na última quarta-feira, 7.

O rompimento do contrato foi informado pela Petrobras em meio às tensões entre Santa Cruz e o presidente Bolsonaro, que, em 29 de julho, criticou a OAB por sua atuação no inquérito envolvendo Adélio Bispo de Oliveira, que esfaqueou o então candidato do PSL em Juiz de Fora (MG) durante a campanha eleitoral.

Bolsonaro também afirmou que Fernando Santa Cruz, pai do presidente da OAB, foi morto por correligionários na década de 1970. A declaração contraria uma lei vigente e uma decisão judicial que reconhecem a responsabilidade do Estado brasileiro no sequestro e desaparecimento do então estudante de direito, em 1974.

A versão de Bolsonaro sobre a morte do militante não tem respaldo em informações oficiais. O presidente da OAB acionou então o Supremo para cobrar esclarecimentos de Bolsonaro.

Esclarecimentos

No último dia 1º, o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu um prazo de 15 dias para o presidente Jair Bolsonaro, "querendo", apresentar esclarecimentos sobre as declarações.

Até a publicação deste texto, a OAB não havia se manifestado oficialmente sobre o pedido de Moro.

O PT entrou nesta segunda-feira, 29, com um pedido de investigação contra o ministro da Justiça, Sergio Moro, na Procuradoria da República no Distrito Federal (MPF). A sigla defende que ele cometeu prevaricação e abuso de autoridade no processo eleitoral do ano passado. Além disso, o partido vai fazer também uma representação ao Ministério Público Eleitoral.

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, citou como base para os pedidos as supostas trocas de mensagens obtidas nas contas do aplicativo Telegram de integrantes da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba e, desde o início de junho, divulgadas pelo site The Intercept Brasil e outros veículos de imprensa. Segundo o site, as conversas indicam conluio entre procuradores e o então juiz do caso. Os alvos dos ataques negam irregularidades e afirmam não ser possível confirmar a autenticidade dos diálogos.

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"Quem foi prejudicado foi o povo brasileiro e a democracia brasileira", disse Gleisi, emendando uma crítica ao presidente Jair Bolsonaro: "Isso ajudou um homem que é louco (Bolsonaro), um louco com método porque ele sabe o que quer atingir. Ele está levando o País a uma crise sem precedente".

Na semana passada, quatro suspeitos de invadir celulares de autoridades dos três Poderes, incluindo Bolsonaro, foram presos. Neste processo, Moro telefonou a algumas das vítimas para comunicar os ataques. Ele também sugeriu que as mensagens seriam destruídas por terem sido obtidas de forma ilegal.

Essas ações do ministro estão sendo questionadas pela oposição. Gleisi reforçou que o partido quer convocar Moro ao Congresso para prestar esclarecimentos e que pode até usar a CPI das Fakes News para fazer isso.

OAB

A presidente do PT criticou ainda a fala do presidente Jair Bolsonaro sobre Fernando Augusto de Santa Cruz Oliveira, pai do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz.

Mais cedo, Bolsonaro disse que pode "contar a verdade" sobre como o pai de Santa Cruz desapareceu na ditadura militar. "Um dia, se o presidente da OAB quiser saber como é que o pai dele desapareceu no período militar, eu conto pra ele. Ele não vai querer ouvir a verdade", disse o presidente.

Gleisi classificou a declaração de Bolsonaro como um caso de "banditismo na Presidência da República". "Nós avaliamos que ele é um criminoso confesso", afirmou a petista.

Fernando Augusto foi preso pelo governo em 1974 e nunca mais foi visto. Em 2012, no livro "Memórias de uma guerra suja", o ex-delegado do Dops Cláudio Guerra revelou que o corpo dele foi incinerado no forno de uma usina de açúcar. Ele era integrante do grupo Ação Popular (AP), organização contrária ao regime militar.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, comentou em seu Twitter que a portaria assinada nesta segunda-feira, 29, pelos Ministérios da Justiça e das Relações Exteriores que define procedimentos para concessão de autorização de residência no Brasil para cubanos que integram o Programa Mais Médicos, "facilita a obtenção de vistos para cubanos que permaneceram no Brasil".

Na rede social, parte dos internautas classificou a medida como uma tentativa de melhorar a imagem do ministro após a publicação, na semana passada, da portaria 666, que permite a deportação sumária de estrangeiro "perigoso".

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A maior parte dos internautas, no entanto, reagiu à publicação do ministro Moro questionando-o sobre quando irá se pronunciar sobre os novos vazamentos de supostas conversas entre ele e membros da força-tarefa da Operação Lava Jato divulgados hoje pela Folha de S. Paulo em parceria com o site The Intercept, que acusam o ex-juiz de ter utilizado considerações políticas para influenciar a decisão dele de divulgar parte da delação do ex-ministro Antonio Palocci seis dias antes do primeiro turno da eleição presidencial do ano passado.

A deputada federal Carla Zambelli (PSL) aproveitou esse momento conturbado da prisão de quatro hackers suspeitos de invadir aparelhos celulares de membros do Governo Federal para alfinetar o trabalho realizado pelo site The Intercept.

Através de seu perfil oficial no Twitter, a parlamentar disse que uma matéria publicada pela Folha de S. Paulo, assinada pelo Intercept, tentou confundir o entendimento do leitor e comprometer o trabalho do procurador Deltan Dallagnol.

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“A matéria da Folha, assinada por dois ‘IntercePTianos’, mostra que Deltan afastou-se de um dos casos da Lava Jato assim que soube que a empresa para a qual havia palestrado tinha sido citada em delação. Ou seja, Deltan agiu corretamente, mas a manchete dá a entender o contrário”, avaliou.

Ainda na opinião de Zambelli, esse exemplo é um prova do objetivo do Intercept de manipular diálogos. “Assim, temos mais uma prova de que os ‘IntercePTianos’ não têm outro objetivo senão manipular jornalisticamente os diálogos - obtidos por estelionatários - com o fim de dar ares de ilegalidade a condutas e conversas banais. Isso não é jornalismo. É ativismo pró-corrupção”, disparou.

O The Intercept é o site responsável pelo vazamento de troca de mensagens que comprometeu membros do alto escalão do governo do presidente Jair Bolsonaro, principalmente o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.

O site Metrópoles publicou nesta sexta (26) uma longa entrevista com o fundador do The Intercept, Glenn Greenwald. O jornalista afirmou que "os materiais mais bombásticos" dos diálogos entre procuradores da Lava Jato e o ex-juiz Sérgio Moro ainda não foram publicados. Ele ainda afirmou que vem sendo ameaçado de morte constantemente e que considera a série de reportagens atual mais perigosa que as revelações do caso Snowden.

Questionado pelo Metrópoles, Greenwald revelou que novas matérias do seu site sobre os diálogos vazados vão revelar informações ainda mais importantes do que as que já foram ao ar. "Eu tenho certeza, porque eu conheço o material que estamos trabalhando, que os materiais mais bombásticos e importantes ainda não foram publicados, mas serão em breve. Tem muitas revelações graves. Essas seis semanas que começamos a publicar foram muito pouco tempo para um acervo deste tamanho. Então, com certeza, vai ter muito mais revelações muito graves no futuro", afirmou.

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Apesar de ter revelado que recebeu as conversas de uma pessoa que hackeou os celulares de autoridades, Gleen não confirmou se as pessoas presas pela Operação Spoofing, da Polícia Federal, são as suas fontes. "No passado, nós reportamos com materiais fornecidos por fontes que também foram presas. Nós não sabemos se os caras que eles prenderam eram nossas fontes, e obviamente não vamos comentar nada sobre isso. Mas, se eles são ou não, não tem nenhuma consequência para nossa reportagem, que está continuando", disse o jornalista.

Glenn Greenwald falou também sobre as ameaças que vem recebendo e da "perseguição" do Ministro da Justiça Sérgio Moro. "Estamos recebendo o tempo todo ameaças de morte bem detalhadas, bem sérias. Não é o tipo de ameça que se recebe todo dia quando você é figura pública: 'Oh, espero que você morra' ou 'Vou te matar', mas com muitos detalhes, com dados pessoais", falou. "Sergio Moro está usando a linguagem para criminalizar nosso jornalismo. Sempre nos chama de “os aliados dos hackers”, criando essa teoria que participamos do crime. Ele está fazendo isso de propósito. Isso é uma ameaça grave quando está vindo do ministro da Justiça, que tem o poder para investigar, espionar, monitorar, processar", completou.

Entre outras coisas - a entrevista completa você vê no Metrópoles - Gleen ainda fez questão de confirmar que não houve nenhum tipo de pagamento pelas conversas vazadas que chegaram ao The Intercept. "Obviamente não pagamos nada. Até mesmo o suspeito, que a PF prendeu ontem e acusou de ser nossa fonte – e nós não estamos confirmando – mesmo no depoimento dele, ele confirmou o que estamos falando o tempo todo. Que a fonte passou a informação de forma anônima, sendo que, antes disso, nunca falou comigo e que a informação foi obtida sem qualquer pagamento, sem nada. Simplesmente passaram a informação e recebemos. É o que temos sempre falado", ressaltou.

O jornalista, editor e fundador do site The Intercept, Glenn Greenwald, utilizou seu perfil oficial no Twitter para comentar uma afirmação que um dos hackers preso fez à Polícia Federal sobre repassar informações ao seu site.

Walter Delgatti Neto, preso nesta terça-feira (23), sob suspeita de atuar como hacker e invadir celulares de membros do governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL), informou que encaminhou as mensagens ao The Intercept de forma anônima, voluntária e sem cobrança.

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Greenwald chegou a reforçar o que foi dito por Walter, mas garantiu que seu endosso não quer dizer que Walter Delgatti, de fato, é fonte das informações vazadas pelo Intercept desde junho.

“Para ser claro, não estou afirmando que a pessoa acusada pela PF é de fato nossa fonte. Nós não comentamos sobre nossas fontes. Eu estou apenas destacando o que a pessoa que PF e Folha de S. Paulo disseram ser a nossa suposta fonte”, comentou.

Desde o começo de junho o The Intercept vem vazando troca de mensagens entre o alto escalão do governo, que comprometem a credibilidade da Operação Lava Jato na época do julgamento do ex-presidente Lula (PT).

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, disse ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, desconhecer "qualquer investigação em andamento a respeito" do jornalista Glenn Greenwald, do Intercept Brasil, e salientou que a Polícia Federal já tinha informado à Corte sobre "a inexistência de inquérito policial instaurado com o objetivo de apurar condutas de Glenn Greenwald". A afirmação consta de ofício enviado nesta quarta-feira, 24, ao Supremo, como uma resposta ao pedido de esclarecimento feito pelo presidente da corte.

Reportagens originadas de material obtido pelo site The Intercept têm colocado em xeque a conduta de Moro enquanto ainda era juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba e, como tal, julgava os processos da Operação Lava Jato na primeira instância. O hoje ministro afirma não reconhecer a autenticidade das mensagens e insiste que, mesmo se fossem verdadeiras, não trariam crimes ou condutas irregulares.

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A notícia de que Glenn Greenwald passara a ser alvo da PF, que teria solicitado relatório de inteligência financeira ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), foi publicada pelo site o Antagonista no dia 2 de julho.

Moro disse, ainda, que não tem controle de investigações específicas. "Este Ministério não controla ou dirige investigações específicas da Polícia Federal, sem prejuízo da supervisão e controle administrativo sobre a referida instituição.

No ofício, o ministro procura deixar claro que o único pedido de investigação que fez é sobre a invasão de seu próprio celular. "Tomo ainda a liberdade de informar que, como é notório, fui vítima de hackeamento ou de tentativa de hackeamento de meu aparelho celular e que, diante do fato, requisitei, em 04/06/2019, pelo Ofício 1159/2019/GM, a apuração do fato à Polícia Federal. Como se verifica nos termos do ofício, a requisição limita-se à apuração da invasão criminosa de meu aparelho celular", afirmou.

Ao presidente do Supremo, o ministro da Justiça e Segurança Pública também cita a operação Spoofing, que ontem levou a prisão supostos responsáveis pela invasão criminosa dos celulares. "Os fatos ainda estão sendo apurados", disse Moro.

O diretor-geral de Polícia Federal, Maurício Valeixo, afirmou nesta terça-feira, 23, ao Supremo Tribunal Federal (STF) que não há inquérito policial instaurado para apurar a conduta do jornalista Glenn Greenwald. A manifestação foi feita na ação em que a Rede pede que a Suprema Corte declare inconstitucional a abertura de investigações contra o profissional, que é fundador do site The Intercept.

A Rede entrou com ação no STF em 10 de julho, após o vazamento de supostas mensagens entre o então juiz federal Sergio Moro, hoje ministro da Justiça, e membros da Operação Lava Jato, publicadas pelo site. À Corte, a sigla afirmou que "possivelmente" teria havido um pedido, junto ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), de quebra de sigilo de movimentações financeiras de Greenwald.

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Recentemente, após um pedido do Tribunal de Contas da União (TCU), o Coaf alegou sigilo e não esclareceu se está realizando algum tipo de análise sobre movimentações do jornalista. O ministro da Economia, Paulo Guedes, também enviou ao tribunal um ofício no qual se disse "intrigado" com o pedido do tribunal e explicou que apenas o Coaf, por ser um órgão autônomo, poderia dar informações.

Os documentos foram enviados após o ministro do TCU Bruno Dantas, relator da representação feita pelo Ministério Público de Contas, solicitar esclarecimento sobre uma notícia publicada no site O Antagonista segundo a qual a Polícia Federal pediu ao Coaf análise de movimentações financeiras do jornalista. Valeixo, por sua vez, afirmou ao STF que foram consultadas as áreas técnicas da PF, "restando evidenciado que não há inquérito policial instaurado com o objetivo de apurar a conduta" do jornalista.

O jornalista e editor do The Intercept, Glenn Greenwald, responsável pelos recentes vazamentos de troca de mensagens entre o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e procuradores da Operação Lava Jato comentou o comportamento dos envolvidos nas recentes polêmicas.

Nesta quinta-feira (18) o site divulgou novas informações que apontam que Moro teria interferido em negociações das delações de dois executivos da Camargo Corrêa. Em resposta, Moro disse não reconhecer a autenticidade das mensagens.

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“Nenhuma das desculpas de Moro e Deltan fez sentido desde o início: 1) as mensagens são adulterados, mas 2) não refletem nenhum delito. Por que alguém adulteraria mensagens para mostrar atos perfeitamente éticos, legais e apropriados? Pessoas culpadas se tornam irracionais”, escreveu Glenn em seu perfil oficial no Twitter.

Greenwald também voltou a dizer que Moro está fingindo ter amnésia. “Mais uma vez, Sergio Moro finge ter extrema e trágica amnésia aos 44 anos de idade. E parece estar implicando que o maior jornal do país, Folha de S. Paulo,, é culpado de crimes - ‘violação criminosa de privacidade’ - por reportar a má conduta dele: verdadeiro autoritário”, disparou.

Após novos vazamentos do The Intercept apontarem que o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, teria interferido em negociações das delações de dois executivos da Camargo Corrêa, parlamentares começaram a se manifestar.

O deputado federal Glauber Braga (PSOL), que chegou a chamar Moro de ladrão durante audiência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara Federal, o ministro não se sustenta mais no cargo.

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“Moro interferiu até nas negociações das delações. Ele cruzou os limites da legislação para manter juízes afastados de conversas com colaboradores. É insustentável que ele, que precisa ser investigado, siga como Ministro da Justiça e no comando da Polícia Federal”, opinou Braga.

De acordo com o Intercept, a nova troca de diálogos divulgada aconteceu entre 21 de janeiro de 2015 e 6 de fevereiro de 2016. Período em que estavam sendo acordadas as delações e logo após o acordo ser fechado. 

Líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE) ironizou as publicações do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, rebatendo as novas conversas vazadas pelo site The Intercept Brasil, através do jornal Folha de São Paulo

Moro, que está de licença do comando do ministério até esta sexta-feira (19), usou o Twitter para se defender e criticar as mensagens divulgadas, e o senador, por sua vez, alfinetou o ex-juiz perguntando se era ele mesmo tuitando nas férias ou um ataque hacker.

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“Foi um hacker de novo ou é mais uma tuitada sua no meio das férias?! Não se preocupe! Vá curtir a sua viagem com a família, porque essas mensagens divulgadas são tudo montagem, né?”, indagou o senador ao ministro. 

Antes disso, Humberto classificou as novas revelações como “mais uma denúncia grave” contra Sérgio Moro e reforçou a tese de que o ministro precisa “ser demitido e punido”. 

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As novas conversas apontam que o ex-juiz responsável pela Lava Jato na primeira instância em Curitiba teria interferido nas negociações do acordo de delação da Camargo Corrêa e seus executivos. O ministro, contudo, diz que não reconhece a veracidade das mensagens.

Ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro usou as redes sociais, nesta quinta-feira (18), para rebater as novas conversas vazadas pelo site The Intercept Brasil, através do jornal Folha de São Paulo. Na publicação, Moro defende que os juízes não homologuem acordos de delação que são generosos com os criminosos. 

“O juiz tem não só o poder, mas o dever legal de não homologar ou de exigir mudanças em acordos de colaboração excessivamente generosos com criminosos. Não foi, aliás, essa a crítica a acordos como os dos sócios da JBS (que não passaram por mim)?”, indaga.

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As novas conversas apontam que o ex-juiz responsável pela Lava Jato na primeira instância em Curitiba teria interferido nas negociações do acordo de delação da Camargo Corrêa e seus executivos

O ministro, contudo, diz que não reconhece a veracidade das mensagens. “Mais uma vez, não reconheço a autenticidade de supostas mensagens minhas ou de terceiros, mas, se tiverem algo sério e autêntico, publiquem. Até lá não posso concordar com sensacionalismo e violação criminosa de privacidade”, declarou.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, se manifestou nesta terça-feira (16) contra as constantes críticas que a Operação Lava Jato vem recebendo nos últimos dias.

Através de seu perfil oficial no Twitter, Moro criticou o posicionamento das pessoas quanto ao trabalho da força-tarefa. “Sou grande defensor da liberdade de imprensa, mas essa campanha contra a LavaJato e a favor da corrupção está beirando o ridículo”, disse.

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A Lava Jato e o próprio Sergio Moro, enquanto juiz federal, viraram alvo de questionamentos após o site The Intercept vazar troca de mensagens dele com procuradores da operação na época da investigação envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Continuem, mas convém um pouco de reflexão para não se desmoralizarem. Se houver algo sério e autêntico, publiquem por gentileza”, continuou Moro, que voltou nesta semana a trabalhar no Ministério após passar uma semana afastado do cargo.

O chefe da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol, é um dos palestrantes em um evento para empreendedores que vai acontecer na capital paranaense. Além dele, a cantora Anitta também compõe o elenco dos que vão palestrar no encontro que está cobrando ingressos a R$ 650 - o mais barato na pré-venda. A informação é da revista Veja. 

De acordo com a reportagem, o evento também conta com opções de ingresso “VIP Unissex” por R$ 800. Segundo a programação, Dallagnol vai falar sobre “A Ética nos Negócios em um Mundo Sob Pressão”, enquanto Anitta falará sobre sua carreira como uma startup. As palestras estão marcadas para outubro deste ano.

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As palestras ministradas por Dallagnol estão sendo analisadas pelo Conselho Nacional do Ministério Público. O Conselho vai apurar se Deltan e o procurador Roberson Pozzobon usaram seus cargos para lucrar como palestrantes. 

Conversas de dezembro de 2018 reveladas pelo site The Intercept Brasil, através do jornal Folha de São Paulo, sugerem que Dallagnol teria feito um plano para, com a fama adquirida por comandar a Lava Jato, atrair o recebimento por palestras.

“As palestras e aulas já tabeladas neste ano estão dando líquido 232k [R$ 232 mil]. Ótimo… 23 aulas/palestras. Dá uma média de 10k [R$ 10 mil] limpo”, teria dito à sua mulher, com quem chegou a cogitar a criação de uma empresa para esse fim.

O Corregedor Nacional do Ministério Público (CNMP), Orlando Rochadel Moreira, instaurou nesta terça-feira, 16, uma reclamação disciplinar contra os procuradores da Lava Jato Deltan Dellagnol e Roberson Pozzobom, em função de supostas mensagens trocadas entre eles e divulgadas pelo The Intercept e pela Folha de S.Paulo. Os dois terão o prazo de 10 dias para se manifestarem sobre o caso.

A determinação foi dada em resposta a um pedido feito pelo Partido dos Trabalhadores, com base em notícia divulgada no último domingo, 14, segundo a qual Deltan teria montado um plano de negócios de eventos e palestras para lucrar com a fama e contatos obtidos durante as investigações da Lava Jato.

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Sobre a postura de Deltan, o PT afirma que houve desvio de função de servidores "para a prática de atividades pessoais de palestrante, desvinculadas, portanto, das finalidades dos cargos ocupados", e também "obtenção de vantagens adicionais aos vencimentos do cargo não previstas em lei".

Já sobre Pozzobon, a alegação do partido é de que o procurador teria faltado com o "decoro pessoal, zelo e probidade, e de ilibada conduta particular". "Na medida em que, ao ser alertado sobre a possibilidade de investigação das atividades comerciais dos reclamados teria externado, em tom jocoso a expressão 'Que veeeenham'.", afirma o PT.

Na decisão, o corregedor afirma que, pelo contexto indicado, observa-se "eventual desvio na conduta" de membros do Ministério Público, o que, em tese, "pode caracterizar falta funcional". "Com efeito, neste momento inicial, é necessária análise preliminar do conteúdo veiculado pela imprensa, notadamente pelo volume de informações constantes dos veículos de comunicação", afirmou.

Defesa

A reportagem procurou a assessoria da força-tarefa da Lava Jato no Paraná, mas não obteve resposta até a publicação desse texto.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, se manifestou em sua conta pessoal no Twitter sobre os novos vazamentos de conversas entre ele e o chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol, reveladas pelo site The Intercept Brasil em parceria com o jornalista Reinaldo Azevedo, da Band News.

Moro disse que é um "grande defensor da liberdade de imprensa", mas que "a campanha contra a Lava Jato e a favor da corrupção está beirando o ridículo". O ex-juiz ainda desafiou a equipe de reportagem, dizendo: "se houver algo autêntico, publiquem por gentileza".

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Na sequência do primeiro post, Moro publicou uma tabela com dados nacionais de segurança pública do Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública do Ministério da Justiça, que mostra uma redução nos principais crimes em todo País no primeiro semestre deste ano. O ministro compartilhou a tabela com a legenda: "abaixo uma notícia de verdade".

Glenn Greenwald, jornalista e responsável pelos vazamentos envolvendo o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, afirmou nesta quinta-feira (11) no Senado que “ninguém acredita” quando Moro diz não se lembrar do conteúdo das conversas.

O site The Intercept vazou uma série de conversas entre moro, enquanto ainda era juiz federal, e procuradores da Operação Lava Jato. Essa foi a segunda vez que Glenn compareceu ao Congresso para participar de audiência com parlamentares.

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"Moro está fingindo que ele tem quase amnésia. Ele nunca tentou defender o conteúdo das conversas. Em vez disso, ele está tentando fazer um jogo muito cínico colocando uma dúvida sobre o nosso material que é autêntico. Ele está tentando usar insinuações de que talvez poderia ser adulterado”, afirmou Glenn.

No último dia 25 de junho o jornalista esteve na Câmara e reafirmou que as mensagens publicadas são autênticas. As reportagens vazadas indicam que Moro teria agido de forma parcial avaliando os processos envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula (PT).

Em audiência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o jornalista Glenn Greenwald, do site The Intercept Brasil, também lamentou a baixa presença de senadores, em especial do partido do governo, que, segundo ele, o atacam virtualmente mas não compareceram para debater.

“Eu gostaria muito de discutir frente a frente essas acusações falsas que eles estão espalhando quando não estou presente e esta é uma oportunidade para discutir essas acusações na minha cara, para examinar se elas são falsas ou verdadeiras, mas infelizmente eles não estão aqui para fazer isso”, disparou.

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Greenwald foi convidado pela CCJ, a pedido do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), para falar sobre os vazamentos de conversas entre o ex-juiz e atual ministro Moro, o procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Operação Lava-Jato, e outros procuradores, pelo aplicativo Telegram.

O jornalista contou que recebeu as informações de uma fonte que não quer ser revelada e ressaltou que a Constituição Federal e o Código de Ética dos Jornalistas garantem o sigilo. “Eu li a Constituição brasileira que protege e garante exatamente o que estamos fazendo e confio muito nas instituições brasileiras para aplicar e proteger esses direitos. O clima que o ministro está tentando criar é de uma ameaça à imprensa livre”, disse.

Vencedor do prêmio Pulitzer por ter revelado, em 2013, um sistema de espionagem em massa dos EUA com base em dados vazados por Edward Snowden, Glenn Greenwald, destacou que à época sua credibilidade não foi posta em xeque. “Pelo contrário, vim ao Senado e todo mundo nos parabenizou porque todo mundo aqui no Brasil conseguiu perceber porque essa reportagem era tão importante. Ninguém ameaçou a gente naquela época, e que deveríamos ser investigados ou presos. Pelo contrário, fomos premiados”, destacou.

Com informações da Agência Senado

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