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João Campos (PSB), prefeito recém-eleito no Recife, anunciou, nesta terça (8), os nomes de sua equipe de transição de governo. Através de um post em sua conta oficial no Instagram, ele frisou a priorização em relação à paridade de gênero na sua gestão, prometida por ele durante a campanha, e garantiu que a equipe será formada com 50% de participação feminina nos postos de liderança. 

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No vídeo, João Campos, acompanhado pela vice-prefeita, Isabella de Roldão, apresentou sua equipe de transição, formada pela economista e especialista em gestão Maíra Fischer; o vereador, advogado e servidor público federal, Carlos Muniz; a servidora pública estadual e especialista em planejamento em gestão Pâmela Alves; e o advogado e servidor público federal Marcos Toscano. 

O prefeito recém-eleito explicou como será o trabalho da equipe. "Esse time vai receber um retrato da gestão, com o detalhamento dos programas, projetos e iniciativas que estão em curso na Prefeitura do Recife e o que já está previsto para o primeiro trimestre. Com base nesses dados, teremos condições de otimizar nossa atuação no início do ano". 

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Além disso, Campos afirmou ter iniciado nesta terça (8), mesmo durante o feriado municipal, "uma nova fase na troca de informações entre a gestão atual" e o seu "time". O objetivo, segundo o gestor, é "se debruçar na consolidação do conjunto de ações que precisam ser priorizadas nos primeiros 100 dias de governo". "A nossa ideia é garantir a melhor largada para, já a partir de janeiro, começar a garantir as entregas que ajudam a melhorar a vida da população", assegurou Campos. 

 

No início da tarde deste domingo (15), o candidato da Frente Popular do Recife, João Campos (PSB), votou em uma escola pública no bairro de Apipucos. O prefeiturável estava acompanhado de familiares, da candidata à vice, Isabella de Roldão, do prefeito Geraldo Julio e do governador Paulo Câmara, além de outras autoridades estaduais e municipais.

Campos fez questão de frisar o compromisso assumido com os recifenses e fez uma avaliação da campanha de rua. “Hoje é um dia muito especial. É um dia que a gente celebra a essência da democracia, da escolha popular, onde as pessoas podem, através do seu voto, decidir sobre o futuro das nossas cidades. Fizemos uma campanha bonita, altiva, respeitando os adversários, discutindo o Recife, sabendo ouvir e sabendo apontar caminhos. Cumprimos a missão, fizemos uma campanha crescente, engajando as pessoas, podendo dar uma oportunidade do eleitor nos conhecer e a gente poder apresentar um caminho pra o Recife. O sentimento é de missão cumprida”, destacou João.

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O pessebista também reforçou a importância do recifense exercer seu direito ao voto, apesar da pandemia do novo coronavírus, mas tomando todas as precauções e respeitando as normas exigidas. “Conseguimos utilizar a comunicação digital, ouvimos as pessoas sempre tomando os cuidados necessários, mas nunca perdendo a capacidade de ouvir. Eu tenho certeza de que a gente precisa sempre confiar nas pessoas, na população da nossa cidade, pois a escolha do povo é soberana. É fundamental que as pessoas possam ter oportunidade de fazer essa escolha, de ir para as ruas, ir pra a urna, e escolher o futuro da cidade do Recife”, acrescentou.

Ainda em conversa com a imprensa, João relembrou alguns de seus compromissos assumidos com os recifenses. “Apresentamos propostas viáveis para todas as áreas, como o Hospital da Criança, o Programa de Crédito para emprego e renda, o amplo programa de regularização fundiária para moradia, entre outras coisas. Fizemos o dever de casa respeitando as pessoas e apresentando alternativas para a solução de problemas existentes na nossa cidade. Por isso, a gente chega aqui hoje com a sensação de dever cumprido, de ter andando os quatro cantos da cidade respeitando todo mundo, e ter apresentado sempre os caminhos olhando para o futuro”, concluiu. 

Após votar, João acompanhou sua candidata à vice, Isabella de Roldão, que votou em uma escola particular no bairro de Casa Forte, que também fez uma avaliação da campanha. “A expectativa agora é que todos e todas possam, de fato, exercer seu direito, que venham votar de forma segura. Vamos aguardar esse tempo de apuração e acho que a gente fez uma grande contribuição para a cidade do Recife, já demonstrando, na campanha, as nossas futuras ações. Foi uma campanha limpa, cheia de esperança, de renovação, de motivação, para que algo muito mais forte venha a acontecer na nossa cidade, eu acho que a campanha já mostrou isso”, ressaltou.

*Da assessoria de imprensa

Nessa quinta-feira (29), o candidato João Campos (PSB) prometeu destinar, pelo menos, 50% dos cargos de liderança da Prefeitura do Recife para mulheres. O anúncio foi feito durante reunião do partido, que contou com discursos da cantora Fafá de Belém, e da namorada do prefeiturável, a deputada federal Tabata Amaral (PDT-SP).

"É ouvindo e ouvindo que vamos tornar o Recife referência na igualdade de gênero e suas oportunidades. Recife bom para as mulheres é Recife bom para todo mundo", publicou João ao destacar que a qualidade de vida das recifenses é uma das prioridades do seu plano de governo.

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Junto de ativistas feministas, a vice candidata Isabella de Roldão (PDT) acrescentou que "a força de um núcleo feminino é soberana e que nada será feito para nós sem a nossa participação". Em sua conta no Instagram, ela explicou a importância do acesso às mulheres na gestão pública. "Quando entendemos que o papel feminino na política é revolucionário, conseguimos galgar um caminho de transformação mas, principalmente, de poder", comentou.

Apesar do imbróglio gerado internamente no PDT após o anúncio da aliança com o PSB para a disputa municipal no Recife, a ex-vereadora Isabella de Roldão foi confirmada como vice na chapa da Frente Popular do Recife, liderada pelo deputado federal João Campos (PSB). Durante a convenção on-line, nesta terça-feira (15), o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, ignorou o protesto feito pelo deputado federal Túlio Gadêlha e disse que João é o prefeito ideal para a capital pernambucana

"Eu tenho profundo respeito por você, sua família. eu sei o quanto você é importante nesse momento para a cidade do Recife. João Campos é o prefeito que o Recife merece", declarou Lupi, observando ainda que o pessebista "tem o DNA da política" e "vai ser o próximo prefeito do Recife".

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Postulante a vice, Isabella de Roldão também participou da convenção, destacou o fato de representar as mulheres na chapa e observou que os eleitores não podem deixar a capital pernambucana retroceder.  

“Precisamos investir para que não hajam retrocessos. Tem muito para ser feito e só conseguimos mudar a realidade do que a gente vive se nos envolvermos na política”, observou a pedetista.

Além das lideraças do PDT, outras dos partidos aliados também discursaram na convenção, a exemplo do ex-senador Cristovam Buarque, o deputado federal Silvio Costa Filho e do porta-voz da Rede Sustentabilidade em Pernambuco, Roberto Leandro. 

O PDT anunciou a indicação da ex-vereadora Isabella de Roldão para ocupar a vaga de vice na chapa da Frente Popular do Recife. A confirmação foi feita através de nota, divulgada nesse domingo (13), assinada pelo presidente nacional do partido, Carlos Lupi. 

A postura da legenda vai de encontro com o desejo da ala aliada ao presidente municipal do PDT e deputado federal Túlio Gadêlha de indicar um nome crítico ao PSB - o do enfermeiro Rodrigo Patriota. Isabella de Roldão, inclusive, é ex-secretária da gestão de Geraldo Julio (PSB).

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“Após um intenso e amplo debate, a Direção Nacional do PDT anuncia, com base nas Resoluçoes n⁰ 006/2019 e 003/2020, neste domingo (13/09), o apoio do partido à Frente Popular e à candidatura do deputado federal João Campos (PSB) à Prefeitura do Recife. Uma aliança que foi construída com muito diálogo, envolvendo diferentes agentes políticos e partidários, sempre priorizando as demandas da população e com um olhar para a construção da cidade que queremos”, diz a nota.

“Isabella foi vereadora do Recife, conhece muito bem a cidade, carrega os valores do PDT e mostrou seu compromisso com o povo recifense ao abrir mão de sua pré-candidatura à prefeita pela unidade no campo progressista. Temos certeza de que, juntos, faremos uma campanha bonita e propositiva, para vencer as eleições e seguir avançando nas conquistas populares”, acrescenta o presidente nacional do partido.

Na última sexta-feira (11), o PDT anunciou a desistência da candidatura própria ao comando da Prefeitura do Recife. Túlio Gadêlha demonstrou insatisfação com a postura.

O PDT do Recife segue sem definição sobre como se posicionará na disputa pela Prefeitura do Recife. A expectativa era de que a decisão fosse anunciada durante uma coletiva marcada para esta terça-feira (1º), com a presença do presidente nacional, Carlos Lupi, e do senador Randolfe Rodrigues (Rede), que cumpriram agenda nessa segunda-feira na capital pernambucana para tratar do assunto, mas a entrevista foi cancelada.  

Após um dia de conversas lideradas por Lupi, sem o fechamento de um acordo, o partido decidiu cancelar a coletiva ainda na noite dessa segunda. E, em nota enviada à imprensa nesta terça, confirmou-se também o adiamento da convenção municipal, antes marcada para hoje. 

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“A coletiva marcada para hoje pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT) do Recife está cancelada. Pedimos desculpas e informamos que os impasses internos serão resolvidos na convenção do próximo dia 8 de setembro”, diz o texto.  

Postergar a convenção trouxe mais tempo para o PDT resolver os impasses internos. De um lado, há quem defenda que o partido mantenha a aliança firmada com o PSB, mas do outro, e com maior parcela da legenda, a defesa é por uma candidatura própria. Dois pedetistas se colocaram como eventuais postulantes ao cargo: o deputado federal Túlio Gadêlha e a ex-vereadora Isabella de Roldão. Isabella, inclusive, já chegou a se colocar como opção para vice na chapa do PSB. Já Túlio e aliados defendem a candidatura própria.

A direção do Partido Democrático Trabalhista (PDT) no Recife decidiu manter a candidatura própria na disputa pelo comando da capital pernambucana. A definição aconteceu durante um encontro aconteceu nessa segunda-feira (24) e reuniu a direção municipal do partido, junto com os pré-candidatos a vereador da chapa proporcional.

O documento reafirma à Direção Nacional da sigla que não só o conjunto de pré-candidatos desejam a viabilização de uma candidatura própria no Recife como também os filiados e dirigentes municipais. “Em respeito ao princípio de autonomia dos partidos com tradição democrática, consideramos legítimo disputar as eleições majoritárias com nosso melhor quadro”, pontua a resolução.

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O texto considera ainda que a executiva municipal do PDT entende que essa decisão não desconsidera a importância da frente nacional que vem sendo construída (Frente pelo Brasil, formada por PDT, PSB, REDE SUSTENTABILIDADE e PV) em enfrentamento aos retrocessos do governo Bolsonaro e performando um novo campo político de centro-esquerda. Além disso, ainda permite que os filiados decidam democraticamente em prévia o nome que deverá representá-los no pleito.  O PDT tem dois pré-candidatos ao comando da Prefeitura do Recife: o deputado federal Túlio Gadêlha e a ex-vereadora Isabella de Roldão.

A resolução ainda esclarece que a direção pedetista do Recife reconhece a Resolução 06/2019, a qual coloca a Executiva Nacional como única instância a decidir sobre as candidaturas nas capitais e municípios com mais de 200 mil eleitores. No entanto, o documento expressa “a legítima decisão política da direção municipal em resposta ao anseio externado pelo povo recifense em cada andança pela cidade”.

Para Túlio Gadêlha, que também é presidente municipal do PDT, a participação da legenda no pleito de 2020 representa a construção de um novo ciclo na cidade. “Esse novo ciclo que estamos iniciando será realizado em conjunto com os partidos que desejarem integrar essa aliança na chapa majoritária e, com certeza, vai propor um projeto inovador e capaz de dialogar com a sociedade”, comenta o prefeiturável.

Em carta endereçada ao presidente nacional do Partido Democrático Trabalhista (PDT), Carlos Lupi, mais de 20 pré-candidatos a vereador do Recife pelo partido declararam apoio ao projeto do pré-candidato a prefeito e deputado federal Túlio Gadêlha para a cidade. Os nomes que assinaram o documento representam maioria da chapa proporcional que disputará vagas na Câmara Municipal.

O movimento se dá na contramão da pré-candidatura da também pedetista Isabella de Roldão, que já se colocou também à disposição para negociar a vaga de vice na chapa da Frente Popular do Recife, comandada pelo PSB. 

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“No processo de reoxigenação do PDT no município, trouxemos figuras que discutem a cidade com propriedade e têm densidade eleitoral relevante. Para além da alegria de ter o apoio dessa turma, isso só demonstra que o PDT tem projeto próprio para o Recife e que chegou a hora dos recifenses conhecerem”, afirmou Gadêlha sobre a carta. 

O texto pontua que a “candidatura própria na capital pernambucana é essencial para o processo político da cidade, oferecendo uma terceira via ao eleitor recifense” e alega que “essa alternativa constitui na apresentação de um plano municipal de desenvolvimento sustentável e participativo, que aponta para a necessária recuperação da economia - comprometida com os setores estratégicos nacionais e com a retomada das aspirações trabalhistas de reindustrialização e garantia de maior qualificação e renda para os trabalhadores”. 

Além disso, o documento enviado para Lupi salienta que “o objetivo de fomentar uma candidatura própria no Recife também perpassa pela estratégia de criar capilaridade para o Plano Nacional de Desenvolvimento defendido por Ciro Gomes”.

*Com informações da assessoria de imprensa

Candidato a governador de Pernambuco, Maurício Rands fez, na manhã deste sábado (15), uma caminhada pela feira de Moreno, na Região Metropolitana do Recife (RMR), e se reuniu com militantes do PDT na sede do partido no Recife. Nas agendas, o candidato reforçou as críticas aos adversários e disse que a postulação dele oferece esperança para o povo. 

“Oferecemos a opção para tirar o Estado do marasmo do presente e não voltar ao passado da Casa Grande. Vamos para o futuro”, disse, na sede do PDT. “O momento é de resgate da política, da boa política. Queremos oferecer a esperança ao povo”, completou.

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A legenda pedetista ocupa a vaga de vice na chapa de Rands, com a candidatura de Isabella de Roldão. Na sede do PDT, Maurício Rands e Isabella deram mais detalhes sobre as candidaturas da coligação e suas propostas para o Estado.   

Candidato a governador de Pernambuco, o ex-deputado federal Maurício Rands (Pros) anunciou, nesta segunda-feira (27), que vai apoiar a candidatura de Ciro Gomes (PDT) à Presidência da República. 

Nacionalmente o Pros está alinhado com a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas segundo Rands a manutenção do discurso de que Lula será candidato é para "enganar a população", uma vez que a disputa será protagonizada pelo ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT). 

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"Estávamos examinando os programas e dialogando com as forças e fechamos o apoio à candidatura de Ciro Gomes. Fizemos a avaliação que Lula não será candidato, o candidato será Haddad", salientou Rands, pontuando ter firmado uma conversa com Ciro no fim de semana para fechar o acordo que, segundo ele, foi programático. "Tivemos essa conversa sobre políticas públicas e o futuro do Brasil", completou. 

Apesar do apoio de Rands, não é a chapa completa que marchará com Ciro. Os candidatos ao Senado, Lídia Brunes (Pros) e Silvio Costa (Avante), seguem defendendo a postulação do PT. 

A divisão, na ótica de Rands, não configura um racha da chapa. "São duas candidatura de esquerda. Há um respeito e autonomia. Eles têm afinidade programática [Haddad e Ciro] e no segundo turno devem estar juntos", observou. "Estamos reforçando uma nova prática política, não atuamos com coronelismo. Temos a prática de respeitar a autonomia das pessoas", completou. 

Durante a conversa com a imprensa, Rands deixou claro também que firmou um diálogo tranquilo com a direção nacional do Pros e a postura alinhada com Ciro é dele e não do Pros em Pernambuco.

O candidato disse que com o anúncio dele fica preenchida uma lacuna que estava em Pernambuco quanto a disputa presidencial. "Ainda não tinha um palanque apoiando Ciro, estamos preenchendo uma necessidade do povo pernambucano. Estamos fazendo uma candidatura para dizer a verdade ao povo de Pernambuco. Vemos muitas forças políticas dizendo que vão votar em Lula sabendo que o candidato é Haddad. Vamos parar de fingir e dizer aos eleitores que Lula não é candidato a presidente", reiterou Rands. 

Mesmo com a perspectiva de que Ciro deve crescer com a saída de Lula da disputa, a maior parte dos votos que seriam para o líder petista tem sido direcionado para Marina Silva. 

Questionado sobre como ajudaria no crescimento da candidatura de Ciro em Pernambuco, Rands disse que no mesmo ritmo que a postulação dele a governador. "O crescimento da candidatura de Rands e Isabela vai vir junto com a de Ciro Gomes. Ele fatalmente vai crescer quando todos souberem que Lula não é o candidato. Lula apesar de ser um grande puxador de votos ele transfere apenas 1/3 dos seus votos para o candidato que indicar", ponderou.

O alinhamento de Maurício Rands comunga com a postura da candidata a vice na chapa dele, Isabella de Roldão (PDT). 

A expectativa de aumento da participação da mulher na política é cada vez mais evidente e, este ano, o país tem nas disputas estaduais 25 candidatas a governadora e 67 postulantes a vice. Delas, na disputa pelo Governo de Pernambuco tem cinco candidatas, duas concorrem ao posto de chefes do Executivo - Simone Fontana (PSTU) e Dani Portela (PSOL) -,  já as outras três - deputada federal Luciana Santos (PCdoB), a ex-vereadora do Recife Isabella de Roldão (PDT) e a educadora social Gerlane Simões (PCB) - buscam ser eleitas como vice nas chapas. 

O quadro pernambucano é positivo, se considerarmos os dados 2014 e 2010, quando nenhuma mulher concorreu a governadora. Já para as vagas de vice, na última eleição duas candidatas estavam na disputa e, em 2010, quatro das seis postulações eram femininas.  

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“O número de mulheres que estão candidatas agora ainda é insuficiente? Sim é, Pernambuco é uma das capitanias hereditárias políticas onde isso é muito marcante. São os mesmos grupos e famílias que vão se revezando e, nesse espaço, quando se fala de novo é o filho de alguém que se candidata. Porém, este ano você tem mulheres fortes na disputa, como Luciana Santos e Isabella de Roldão, entrando na chapa de vice para dar uma cara feminina. E o PSOL que vem com todas as candidaturas majoritárias feministas”, ponderou Dani Portela. 

Para Luciana Santos, que está na chapa do governador Paulo Câmara (PSB), o cenário em Pernambuco é reflexo da “tradição de luta feminina” que o Estado tem. “Isso tem consequências também na política”, observou a deputada federal. 

“Ter mulheres em espaços de decisão e de poder sempre é muito importante e significativo, incluindo aí os espaços ligados à política. O Executivo tem características especiais, é ali que a gente se depara com questões mais práticas, que tocam a vida dos cidadãos no dia-a-dia. Um olhar feminino sobre as políticas públicas e na definição de quais são prioritárias é importante, traz para o Poder Executivo o olhar de 51% da população, as mulheres, que precisam ser mais ouvidas e consideradas”, completou Luciana. 

Apesar de estudiosos apontarem  que a mudança na questão de gênero com o resultado do pleito não deve ser significativa, o número de candidaturas de mulheres à vice-governadoras, por exemplo, cresceu. O número deste ano representa 37,6% do total enquanto em 2014 o percentual era de 27,7% e, em 2010, 19,5%. 

A crescente foi considerada positiva por Dani Portela. “Acredito que 2018 é o ano da participação da mulher na política. Temos uma desigualdade muito grande no acesso das mulheres aos mandatos Legislativos e Executivos isso torna ilegítima a representatividade nessas Casas. É hora da virada. [...] É hora da mulherada acordar e nós não recuaremos”, cravou a candidata do PSOL a governadora. 

Cotas femininas

Outro aspecto que deve ser considerado quando se trata da candidatura de mulheres é a legislação eleitoral que tem sido modificada, nos últimos anos, no sentido de tentar incentivar ainda mais o ingresso delas seja no Executivo ou no Legislativo. A partir desta eleição, por exemplo, o fundo de financiamento público eleitoral que destina R$ 1,7 bilhão as campanhas dos partidos, destinará R$ 510 milhões exclusivamente para candidaturas femininas. 

Presidente nacional do PCdoB, ao ser questionada se o fato influenciava nas composições das candidaturas e chapas, Luciana Santos disse que sim, mas ponderou “não ser determinante”. “É preciso considerar também que as mulheres já são mais de 40% da população economicamente ativa, a maioria nas universidades, 1/4 entre chefes de família, e portanto têm uma participação objetiva na construção da Nação. Mostramos que somos capazes; onde a gente tem papel público provamos nossa capacidade e construímos nosso próprio espaço”, argumentou. 

A determinação da Lei foi considerada como um “estímulo importante” para Isabella de Roldão, que é vice na chapa do ex-deputado Maurício Rands (Pros). “Os estímulos positivos são sempre importantes. A gente ainda precisa deles. Se não existisse a lei da cota, por exemplo, os homens continuariam dominando a política. Hoje ainda dominam, mas a gente sabe que esse espaço para mulheres existe muito em decorrência de exigência legal. Não é isso que desejamos, não queremos viver na sociedade onde as mulheres só tenham espaço por conta de exigência legal, mas enquanto isso não acontece é óbvio que é importante”, salientou a pedetista. 

Vice e o discurso machista

Quanto ao discurso que aponta as mulheres vices de governos comandados por homens como agentes públicos “meramente figurativos”, tanto Luciana quanto Isabella foram críticas e pontuaram que a postura é de “quem não compreende o papel público”. 

“Embora ter mulheres na política não seja exatamente uma novidade, e de não nos faltar exemplos de mulheres incríveis como Adalgisa Cavalcante, Julia Santiago ou Cristina Tavares, só para citar algumas pernambucanas que abriram caminho nessa frente; muita gente ainda prefere se apegar a estereótipos para justificar posições preconceituosas ou atrasadas. Os tempos mudaram e há muito tempo o papel da mulher na sociedade, enfrentando as mais diversas barreiras, é de resistência, protagonismo e participação”, disse a comunista, em uma postura contundente.

Corroborando, Isabella de Roldão disse que retóricas neste sentido são “extremamente machistas quando se colocam sobre o sexo feminino”, já que o título de figurativo já é atribuído ao cargo de vice normalmente. 

“Temos que perceber como o discurso ainda é machista e a visão é arraigada nesse  contexto. É um processo de construção, este ano a eleição vai ter uma discussão de gênero grande e isso está na pauta. Está muito em evidência nos espaços. A violência nacional é muito grande e a gente precisa trazer essa pauta dos espaços e do respeito a mulher, isso tem que ser discutido pelas mulheres. Devemos participar disso e os homens podem continuar óbvio. A pauta feminista não é para dizer que somos melhores do que os homens, mas dizer que temos capacidade. Eu posso me representar”, cravou a pedetista.

A vereadora do Recife Isabella de Roldão (PDT) foi condenada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PE) a pagar uma multa de R$ 5 mil por propaganda eleitoral antecipada na internet, a pedetista é pré-candidata à reeleição. A decisão foi emitida nesta quinta-feira (9) pela juíza Auxiliar da Propaganda Eleitoral, Maria Auri Alexandre de Ribeiro.

A magistrada também determinou que Isabella retirasse das redes sociais qualquer postagem patrocinada que faça referência, implícita ou explicitamente, a sua pré-candidatura. A parlamentar foi acusada pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) de ter veiculado atos de pré-campanha paga na internet e realizado despesas antes do pedido de registro da candidatura, o que viola a legislação. 

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Isabella de Roldão é a segunda pré-candidata a um cargo eletivo no Recife a receber uma condenação, em menos de 24 horas, pelo mesmo motivo. Mais cedo, o deputado estadual Edilson Silva (PSOL) também foi penalizado pelo TRE-PE.

O objeto da representação, de acordo com o Tribunal, foi uma entrevista produzida pela Câmara de Vereadores. De acordo com o órgão, a Lei 13.1651/2015 criou uma nova espécie do gênero 'propaganda' além das partidárias, intrapartidária, antecipada (agora com pedido explícito de votos) e eleitoral, agora também foi criada a figura dos atos de 'pré-campanha eleitoral'. Caso em que se enquadra o da candidata.

Na sentença, a juíza diz que “a partir de uma interpretação sistemática da lei nova, não se pode admitir atos de pré-campanha por meios de publicidade vedados pela legislação no período permitido da propaganda eleitoral, ou seja, tais atos devem seguir as regras da propaganda, com a vedação adicional de pedido explícito de votos.”

Após a condenação da pré-candidata à Prefeitura do Recife, Priscilla Krause (DEM) ter sido condenada pelo Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) a pagar multa de R$5 mil e retirar todas as “propagandas patrocinadas” do seu perfil no Facebook, agora a pré-candidata Isabela de Roldão (PDT) está sendo monitorada pelo TRE-PE.  

Em nota, a pedetista explica que antes de ser pré-candidata à prefeita, ela é vereadora do Recife e, portanto, exerce um papel de “representante da população na Câmara Municipal”. Segundo a pré-candidata, “é preciso considerar o funcionamento característico da rede social Facebook: sem impulsionar nossa página institucional, reduzimos a visibilidade da nossa atuação por parte do público”, pondera. 

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Isabella ainda afirma ter mais de 15 exemplos de de pré-candidatos que estão fazendo anúncios e dispara pontuando que se “queremos ser igualitários, vamos construir regras igualitárias para todas e todos”.

Confira a nota da parlamentar na íntegra:

 

Nota de esclarecimento – Isabella de Roldão

Ao ser informada, hoje, pela imprensa local, sobre o monitoramento dos anúncios do Facebook referentes à minha pessoa pelo Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE), trago uma série de questionamentos que expõem a falta de entendimento sobre como o Judiciário está lidando com as redes sociais no Brasil:

- Antes de ser pré-candidata a vereadora do Recife, sou parlamentar: exerço o meu papel como representante da população na Câmara Municipal, e tenho o compromisso de dar visibilidade à minha atuação para cidadãs e cidadãos recifenses. 

- Uma das estratégias mais comuns para isso, no mundo e no Brasil, é o uso das redes sociais. A partir do Facebook, consigo prestar contas do meu trabalho, utilizando este, que é mais um canal de diálogo com a população, rápido, interativo e ecológico, uma vez que dispensa o uso de papel. A divulgação da nossa atuação parlamentar legitima a representatividade do nosso mandato junto à população do Recife. Que infração há nisso?

- Causa estranheza que os políticos citados na matéria façam parte da oposição ao atual prefeito.  Só nós estamos sem as informações corretas sobre o uso das redes sociais nesse período?

- Tenho mais de  15 exemplos de pré-candidatos fazendo anúncios.  Será que todos estavam errados? Quantas comunicações foram feitas aos partidos com essa nova interpretação estadual?

- Considero legítimo o papel do Judiciário no acompanhamento das redes sociais, e concordo que esta não é uma “terra sem lei”. Mas, sobre anúncios, é preciso considerar o funcionamento característico da rede social Facebook: sem impulsionar nossa página institucional,  reduzimos a visibilidade da nossa atuação por parte do público. Diante disso, pergunto: em tempos de tanta insatisfação com a política brasileira, qual o problema de aumentar o número de pessoas alcançadas pelo nosso conteúdo de prestação de contas?  Vamos desconsiderar a forma de funcionamento de uma rede social global? O Direito não possui flexibilidade para entender as novas formas de comunicação?

Se queremos ser igualitários, vamos construir regras igualitárias para todas e todos.

Participamos de debates sobre este assunto, promovidos pelo próprio TRE e, a partir dessas experiências, concluímos que, por se tratar de um tema novo, ainda carece de esclarecimentos para que a orientação torne-se consensual. Acreditamos que a sociedade está aberta ao conhecimento e desejosa de maior esclarecimento.

A vereadora Isabella de Roldão garantiu, nesta terça-feira (23), que o PDT deve ter candidatura própria na corrida pela Prefeitura do Recife, em outubro deste ano. Em conversa com o Portal LeiaJá, a parlamentar informou ter encontrado com o presidente nacional da legenda, Carlos Lupi, na semana passada e ele confirmou que “continuam na mesma linha”. Na última passagem de Lupi em Pernambuco, ele anunciou a pré-candidatura de Roldão ao comando da capital. 

“Lupi afirmou que continuamos com a mesma linha. Ele disse que a gente deve ter candidatura própria nas capitais, inclusive no Recife. Estamos na expectativa agora da vinda de Ciro Gomes ao Recife, o momento requer que a gente faça uma discussão política de alto nível”, observou a presidente municipal do PDT. 

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A parlamentar defendeu a tese da oposição de múltiplas candidaturas. “Entendo que infelizmente o prefeito (Geraldo Julio) quer ganhar a eleição por aclamação. Ele quer ser voz única, não quer concorrência. Tem colocado os partidos da oposição, todos, nos cargos da prefeitura. A oposição é massacrada. Ele vai trazendo as pessoas para dentro do seu guarda-chuva”, disse. “Estimulo demais as diversas candidaturas. São pensamentos diversos para que as pessoas possam escolher. É muito pobre manter uma eleição com um candidato ou dois”, acrescentou. 

Na avaliação da pré-candidata, Geraldo Julio (PSB) tem mantido uma forma “extremamente unilateral” de governar e “por questões pessoais” tem alterado a legislação para ampliar o número de cargos comissionados na gestão. 

A abordagem de assuntos que discutam a questão de gênero nas escolas voltou a ser tema de debate na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) e na Câmara dos Vereadores do Recife. O centro da discussão agora é um livro didático que estaria sendo distribuído para os alunos do Ensino Fundamental e trata sobre o assunto. Para alguns parlamentares, o exemplar diverge do Plano Municipal e Estadual de Educação – que excluiu a ideologia de gênero das salas de aula.

Na Câmara, diante do debate, o vereador Carlos Gueiros (PTB) apresentou um projeto proibindo a discussão de ideologia de gênero e da diversidade sexual nas escolas públicas da capital pernambucana. Segundo o texto, cabe aos “pais o direito e responsabilidade de educar para a formação da personalidade dos filhos, tirando assim essa obrigação da escola”. Também na Casa José Mariano, o vereador Luiz Eustáquio (Rede) apresentou um requerimento solicitando uma audiência pública para debater o tema.

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Já na Alepe, o deputado Joel da Harpa (PTN) questionou o livro didático e disse que a publicação contem trechos questionáveis sobre a nudez e o conceito de família, além de sugerir como bibliografia complementar o livro “Planeta Eu”, que abordaria a temática do sexo de forma explícita. “O homossexualismo existe desde os primórdios, a sexualidade é algo pessoal, mas não podemos induzir uma criança de 6 anos a isso”, disparou.

Apesar destas posturas, outros parlamentares defendem a bandeira da inclusão do assunto nas salas de aula. Para a vereadora Isabella de Roldão (PDT) é um “retrocesso” não estimular que as escolas preguem o respeito à diversidade sexual. “A escola, assim como a família, contribui com a personalidade da criança. Você colocar uma criança para estudar em uma escola intolerante e tem os pais liberais, do que adianta? Uma escola que estimula o desrespeito e que vê aquilo como consequência do pecado? A consequência é apanhar? É morrer? A pessoa tem que ser vítima de desrespeito, espancamento e preconceito?”, indagou.  

A pedetista pediu vistas ao requerimento de Eustáquio e protestou contra a proposta de Gueiros. "A gente precisa acordar e não retroceder. Precisamos ensinar nossos filhos a respeitar, quer seja pela escola ou pela família”, observou.  Corroborando a vereadora, a deputada Teresa Leitão (PT) alegou que as escolas devem tratar de forma educativa a realidade dos estudantes. “Os educadores não podem dar as costas para a realidade dos estudantes”, defendeu. 

A bancada de oposição ao prefeito Geraldo Julio (PSB) na Câmara do Recife passará a ser liderada pelo vereador Osmar Ricardo (PT). A mudança foi confirmada nesta terça-feira (2), em cumprimento a um acordo prévio de rodízio efetuado entre Osmar e o atual líder do colegiado, o vereador Jurandir Liberal (PT). 

Com a alteração, Osmar deixará a liderança do PT na Casa José Mariano. Quem assume é Jurandir Liberal. A vice-liderança da bancada permanece, até o momento, com a vereadora Isabella de Roldão (PDT). A previsão dos parlamentares é de que até o fim desta semana, um cronograma inicial das atividades do primeiro semestre e todas as alterações na bancada sejam acertadas.

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Ensaiando uma postura mais dura contra o governo, o petista soltou durante a abertura dos trabalhos legislativos na última segunda-feira (1º) que está “totalmente disposto” para liderar a oposição. O vereador é presidente do sindicato dos servidores municipais e tem cravado diversas críticas contra a gestão de Geraldo Julio. 

A presidente do PDT no Recife, vereadora Isabella de Roldão, afirmou, nesta sexta-feira (13), que é "totalmente favorável" a cassação do mandato do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A parlamentar participa da mobilização que acontece na capital pernambucana contra o peemedebista e do Projeto de Lei 5069/2013.

"Sou totalmente favorável à saída dele. São muitos atos desaprovados pela sociedade, de retrocesso. Sem falar das acusações de corrupção na Petrobras e as contas na Suíça", argumentou a parlamentar. "Nunca vi uma pessoa vender carne enlatada e ficar rico assim", completou ironizando. 

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Defensora das pautas feministas, a pedetista também criticou o projeto de autoria do presidente da Câmara que classifica como crime a indução ao aborto e o uso de substâncias abortivas. O texto ainda diz que no caso do estupro, para que um médico possa fazer o aborto, é necessário um exame de corpo de delito e uma comunicação à autoridade policial.

"Ele [Eduardo Cunha] quer tirar tudo da gente [das mulheres]. Nem a pílula do dia seguinte, é demais não é?", indagou.

Além de Roldão, o vereador de Olinda, Marcelo Santa Cruz (PT), também participa da marcha. “Estou aqui por ser a favor da saída de Eduardo Cunha, mas também pelo avanço da democracia e hoje o Congresso Nacional está com uma pauta muito conservadora, principalmente quanto aos direitos sociais e das mulheres. Precisamos fazer uma grande mobilização da sociedade para não permitir o retrocesso neste país”, observou. 

O protesto é organizado por movimentos feministas, como o Fórum das Mulheres de Pernambuco e a Marcha Mundial das Mulheres. Representantes dos sindicatos dos Metroviários, do Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações de Pernambuco (Sinttel) e do Sindicato dos Professores Rede Municipal Recife (Simpere) também estão participam.

Torturado e assassinado durante a ditadura militar, o padre Antônio Henrique Pereira da Silva Neto, mais conhecido como padre Henrique, completaria 75 anos de vida na próxima quinta-feira (28). Para lembrar a data, neste sábado (24) aconteceu um ato na Praça do Parnamirim, Zona Norte do Recife, local onde o sacerdote foi capturado por três homens armados no dia 26 de maio de 1969. Os participantes distribuíram flores aos motoristas e pedestres que circularam pelo local, reverenciando a importância que o auxiliar de Dom Hélder Câmara teve em prol da democracia.

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A vereadora Isabella de Roldão (PDT) esteve presente no ato e reforçou a necessidade de relembrar a luta de padre Henrique, principalmente entre os mais jovens. “Precisamos trazer à tona esse movimento que aconteceu e que poucas pessoas se recordam. As pessoas mais velhas reconhecem a importância de padre Henrique no enfrentamento à ditadura, mas a gente sente uma dificuldade em discutir o tema com a geração mais nova. É fundamental que a gente não deixe a luta de padre Henrique ficar em brancas nuvens”, frisou.

De acordo com os participantes do ato, as flores distribuídas aos pedestres e motoristas que circularam próximo à Praça de Parnamirim simboliza o amor, a beleza e a paz. A moradora do bairro de Casa Forte, Larissa Nogueira, foi uma das pessoas que receberam uma flor.

“Em tempos de paz, é sempre necessário relembrar a luta de pessoas como padre Henrique. Acho que nada mais simbólico que uma flor para chamar a atenção de quem não conhece essa história”, pontuou. Além do ato simbólico, também está programada uma sessão solene às 9h da próxima terça-feira (27), na Câmara Municipal do Recife, a pedido da vereadora Isabella de Roldão. 

Entenda o caso

Entre todos os casos de torturas e agressões ocorridas durante o golpe militar, um dos que mais chocou Pernambuco foi a morte do padre Antônio Henrique. Ligado ao arcebispo de Olinda e Recife, Dom Hélder Câmara, o jovem foi sequestrado, torturado e jogado próximo à Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), no bairro da Cidade Universitária, no Recife, em 1969.

O crime, visto como uma barbárie, tinha como objetivo atacar o arcebispo, religioso desbravador dos direitos humanos e da paz. Apenas em maio de 2014, exatamente 45 anos após o assassinato e depois que o delito já havia prescrito, um relatório com os nomes dos responsáveis pelo sequestro, tortura e morte de Antônio Henrique foi divulgado

Vereadores que compõem a Comissão de Direitos Humanos da Câmara do Recife pediram que o Governo de Pernambuco desse mais atenção as condições físicas e humanas da Colônia Penal Feminina Bom Pastor, localizada no Engenho do Meio, zona oeste da capital pernambucana. A cobrança aconteceu após uma visita que o colegiado realizou na unidade, nessa quinta-feira (24). O grupo recebeu uma denúncia que além da superlotação, tem faltado alimento no presídio. 

Segundo informações apuradas pela vereadora Isabella de Roldão (PDT), as detentas recebem a última refeição do dia às 16h e a próxima só é entregue Às 7h do dia seguinte. “Foi constatado efetivamente a necessidade de alimento, que foi reduzido drasticamente. Inclusive, as gestantes estão recebendo apenas um lanche e durante o dia não tem mais refeições, exceto as três principais. Mesmo que elas sejam instruídas para dividir a comida que recebeu para dois momentos, a pessoa com fome não vai guardar. Ela vai comer tudo”, observou Isabella. 

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Corroborando a análise da parlamentar, a vereadora Michele Collins (PP) questionou as instalações da unidade e convocou o governador Paulo Câmara (PSB) a conceder uma melhor qualidade de vida as detentas. “As mulheres vivem 24 horas enclausuradas, algumas que não tem nem previsão de quando seus processos serão julgados, quando vão sair”, observou a presidente da Comissão de Direitos Humanos. 

“Gostaria muito que o governador Paulo Câmara fizesse uma visita ao presídio e dedicasse uma hora com a sua equipe para ver se é oferecido o mínimo de condições para elas viverem melhor”, acrescentou. De acordo com a direção da Colônia Penal, a estrutura da cadeia comporta 180 mulheres, no entanto mais de 800 estão encarceradas no local. 

Além de Roldão e Collins, os vereadores Jaderval de Lima (PTN) e Amaro Cipriano Maguari (PSB) também participaram da visita. 

Os últimos sete dias foram intensos para a política brasileira. A semana iniciou com o anúncio de cortes no Governo Federal de R$ 26 bilhões para tentar reequilibrar as contas públicas. Integrante do novo pacote de ajuste fiscal, a medida não foi a única que gerou indisposição entre a gestão da presidente Dilma Rousseff (PT), seus aliados e a oposição. A recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) também causou imbróglios.

Para defender a reativação da alíquota, a petista se reuniu com governadores de todo o país e com líderes das bancadas governistas no Congresso. Entretanto, o apoio à nova CPMF não tem sido unânime. Em paralelo a isso, o líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho, e outros partidos que compõem o campo opositor criaram uma campanha dizendo “Basta de Impostos” e contra a reativação da CPMF.

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O deputado federal Daniel Coelho chegou a encarar a medida como “mais um tijolo” para o impeachment da petista.  Apesar de comporem a base aliada, os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), não afirmaram total apoio à proposta. Para Cunha, inclusive, a Proposta de Emenda à Constituição que versa sobre a alíquota não passará na Casa. 

Apesar de todos os dilemas em relação a quantidade de partidos existentes no país, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) autorizou nesta semana a criação do Partido Novo. A sigla é a 33ª do Brasil e teve sua autorização mais rápida até do que a Rede Sustentabilidade, legenda encabeçada pela ex-senadora Marina Silva e que aguarda o parecer do TSE para disputar o pelito eleitoral em 2016. 

Partindo para o universo eleitoral, o Supremo Tribunal Federal (STF) declara inconstitucionalidade às doações de empresas privadas a campanhas. Tema defendido pelo PT tem gerado certo bloqueio entre outros partidos e no Congresso Nacional que diverge sobre o assunto. Na reforma política em tramitação nas Casas Legislativas, a Câmara votou a favor da doação privada e o Senado, contra. 

No âmbito local, um dos destaques da semana foi a “Operação Carona” da Polícia Federal que investiga uma série de fraudes em licitações para o serviço de transporte escolar nas prefeituras pernambucanas de Limoeiro, Passira e Glória do Goitá. De acordo com as apurações da PF em conjunto com a Controladoria Geral da União (CGU), a expectativa é de que as irregularidades não se resumam a estes três municípios e pelo menos mais 10 estejam envolvidos em um possível cartel envolvendo duas empresas: a A.R Resende e a A.G Serviços

Para fechar o período em Pernambuco, o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, esteve no Recife para lançar a pré-candidatura da vereadora Isabela de Roldão à Prefeitura. O evento empossou a parlamentar como presidente da legenda municipal e também revelou imbróglios internos do partido no estado.

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