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Movimentos de luta por moradia organizam um ato em frente à Prefeitura do Recife, na área central da capital, nesta quinta-feira (6). A manifestação também é contrária às mudanças propostas pelo Governo Federal no programa Minha Casa Minha Vida.

O protesto, organizado pelo Movimento Nacional de Luta por Moradia (MNLM) e Organização de Luta dos Movimentos Populares de Pernambuco (OLMP), chegou a interditar a Avenida Cruz Cabugá no cruzamento com a Avenida Norte, no Recife. O trânsito ficou congestionado no local e a Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) precisou realizar um desvio.

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De acordo com o coordenador do MNLM Paulo André, há cerca de três meses ocorreu uma reunião com a Secretaria de Habitação do município, porém nenhuma medida foi tomada desde então. "A política de habitação de Geraldo Julio não existe. Recife possui um déficit habitacional de 200 mil pessoas", critica o coordenador.

Com relação ao governo federal, a principal crítica é com relação à faixa 1 do Minha Casa Minha Vida, dedicada à população mais pobre. Hoje, a faixa é direcionada para pessoas que ganham até R$ 1,8 mil, que recebem o subsídio do governo de 90% no imóvel. O ministro de Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, disse ter identificado 30% de comercialização irregular dessas moradias.

O limite para a primeira faixa do programa seria restringido para famílias que ganham até um salário mínimo, com um fator de localização pelo qual o valor seria multiplicado. O governo financiaria todo o imóvel. O nome do programa deve ser alterado.

"O governo está acabando com a oportunidade dessas pessoas de acessarem a política de moradia. Ao todo, 80% de 8 milhões de pessoas inseridas no programa estão na faixa 1", finaliza Paulo André.

 

Movimentos de luta por moradia organizam um protesto no centro do Recife para às 10h da quinta-feira (6). O ato é contra as propostas de mudança do Governo Federal no programa Minha Casa Minha Vida.

Organizam o ato o Movimento Nacional de Luta por Moradia (MNLM) e a Organização de Luta dos Movimentos Populares de Pernambuco (OLMP). Os manifestantes devem sair em passeata pelo bairro de Santo Amaro. Durante o ato, também será cobrada agilidade ao prefeito Geraldo Julio (PSB) na solução habitacional para famílias que vivem em extrema pobreza na cidade. "Estas famílias aguardam há anos do poder público municipal a desapropriação de terrenos para a construção de suas moradias populares. Infelizmente na gestão do Recife não existe política habitacional. Só promessas", critica Paulo André, coordenador do MNLM.

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O ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, tem apresentado propostas para mudança do programa Minha Casa Minha Vida. Tais medidas deverão ser transformadas em projeto de lei.

À Folha de São Paulo, Canuto afirmou interesse em modificar a faixa 1 do programa, dedicada à população mais pobre. Hoje, a faixa é direcionada para pessoas que ganham até R$ 1,8 mil, que recebem o subsídio do governo de 90% no imóvel. O ministro disse ter identificado 30% de comercialização irregular dessas moradias.

O limite para a primeira faixa do programa seria restringido para famílias que ganham até um salário mínimo, com um fator de localização pelo qual o valor seria multiplicado. O governo financiaria todo o imóvel. O nome do programa deve ser alterado.

"Em verdade, Bolsonaro comete o maior 'estelionato eleitoral' da história republicana, pois o mesmo foi eleito, com outra proposta para ser o presidente do Brasil. O que assistimos é uma verdadeira inversão de prioridades e valores, assim como o desmonte das políticas públicas, que atende os mais necessitados. Não permitiremos este absurdo", declarou Paulo o coordenador MNLM. Para ele, as mudanças vão atingir negativamente famílias que não têm acesso ao mercado imobiliário por causa da instabilidade de renda e que vivem na informalidade.

O governo federal deve apresentar mudanças no programa Minha Casa Minha Vida na semana que vem, segundo informou nesta quinta-feira (30) o ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto. Entre as alterações está a ampliação das atuais quatro faixas de financiamento e a troca de nome do programa habitacional, criado em 2009 no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"É um novo governo, um novo programa, ele está sendo reformulado. Então, não apenas mudar o nome por mudar. É uma nova visão", disse o ministro após participar da cerimônia de lançamento da Política Nacional de Desenvolvimento Regional, no Palácio do Planalto, em Brasília.

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Pelo Minha Casa Minha Vida, famílias com renda mensal de até R$ 1.800 estão contempladas pela faixa 1, que tem zero de juros, financiamento de até 120 meses, com prestações mensais que variam de R$ 80,00 a R$ 270,00, conforme a renda bruta familiar. A faixa 1,5 contempla famílias com renda bruta mensal entre R$ 1.800 até R$ 2.600, com taxa de juros de 5% ao ano, prazo de até 30 anos para pagar e subsídios que podem chegar a R$ 47,5 mil. A faixa 3 compreende famílias com renda até R$ 4 mil, com taxas de juros que variam de 6% a 7% e subsídios de até R$ 29 mil. Já a faixa 3 atende famílias com renda máxima de R$ 7.000.

"A nossa proposta é um maior número de faixas, maior número de categorias para atender as diferentes demandas", justificou o ministro. Ele disse ainda que o programa, após 10 anos de execução, apresenta uma série de problemas que precisam ser corrigidos pelo governo, como comercialização irregular de lotes, invasão dos lotes por facções criminosas, conflitos sociais nos condomínios, problema de violência doméstica. "São questões que o governo não pode aceitar. A gente não pode ver uma situação dessa e não fazer nada".

Os detalhes do novo programa de habitação popular do governo federal serão apresentados pelo ministro durante audiência pública na Comissão de Desenvolvimento Urbano da Câmara dos Deputados, na próxima terça-feira (4).

 

A notícia de que o Minha Casa Minha Vida está com recursos garantidos apenas até junho deste ano levou o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), a cobrar explicações do governo de Jair Bolsonaro (PSL) sobre a continuidade do programa. Segundo o senador, a possibilidade do Minha Casa Minha Vida - já desestruturado pelo ex-ministro das Cidades, Bruno Araújo (PSDB), ainda na gestão de Michel Temer (MDB) - chegar ao fim poderá afetar drasticamente o setor da construção civil no país, além de destruir o sonho de milhões de brasileiros de ter acesso a uma moradia digna.

Segundo levantamento realizado pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrinc), o deficit habitacional do Brasil já é o maior da série histórica e atinge 7,78 milhões de unidades habitacionais. "O que a gente vê é um governo perdido no seu próprio e obscuro labirinto. Sem projeto, parece determinado a destruir tudo de bom que o Brasil possui: seus programas, sua economia, seu otimismo. Até mesmo o direito de sonhar com um lar próprio e digno está com os dias contatos", destacou o senador.

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Para Humberto, o fim do programa pode levar o setor da construção civil a uma crise enorme, com implicações diretas no número de trabalhadores desocupados no País. "Hoje, o setor gera cerca de 12 milhões de postos de trabalho diretos, indiretos e informais e movimenta 6,2% do PIB do Brasil. Acabar com o Minha Casa Minha Vida é também acabar com milhares de empregos. Pensar no que pode significar o fim do programa e no seu efeito cascata é assustador", afirmou Humberto.

O senador também fez questão de destacar o legado dos governos do PT, que criou o projeto. "O Minha Casa Minha Vida já mostrou que funciona. Os números confirmam isso. Em 10 anos, o programa já contratou mais de 5,5 milhões de unidades habitacionais, sendo que 4 milhões delas já foram entregues. Lula e Dilma criaram o maior programa habitacional da história do país e, agora, simplesmente querem acabar com tudo", lamentou. 

O ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, afirmou nesta quarta-feira, 24, que a pasta só tem recursos para arcar com o programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) até junho. Em uma audiência pública na Câmara dos Deputados, o ministro afirmou que a pasta precisa de uma ampliação do limite orçamentário. Ele disse ainda que os deputados têm que ajudar neste processo com a aprovação da reforma da Previdência, porque ela melhoraria o ambiente econômico.

"Só temos recursos orçamentários para seguir até junho, uma vez que nosso limite de empenho foi reduzido. A situação é emblemática e por isso estamos trabalhando junto ao Ministério da Economia e Casa Civil para seguirmos com o programa. Precisamos de ampliação do limite orçamentário", disse o ministro.

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De acordo com Canuto, a pasta teve um aporte de R$ 800 milhões neste ano para garantir a execução do programa em abril, maio e junho - já havia recebido R$ 900 milhões para as contratações feitas até novembro de 2018.

O ministro disse ainda que a pasta precisa de um aporte de R$ 1,5 bilhão para garantir o funcionamento do MCMV até o fim do ano.

Canuto reclamou também que o ministério foi criticado por que teria parado de fazer novas contratações, mas ressaltou que a pasta não tem recursos suficientes. "Somos uma gestão responsável. Seria imprudente fazer novos contratos sem ter disponibilidade orçamentária", disse.

Em uma explicação mais ampla sobre o programa, Canuto afirmou que foram identificados problemas na Faixa 1, como a venda ilegal dos lotes ou a construção de condomínios em áreas dominadas por organizações criminosas, e na Faixa 1,5, onde há alta inadimplência.

Ele informou ainda que a pasta está trabalhando em uma reformulação do programa junto ao ministério da Economia.

Na audiência, Canuto passou a ouvir perguntas e comentários dos deputados que integram a comissão. O autor do requerimento que convidou o ministro para a audiência, José Ricardo (PT-AM), criticou Canuto. Para ele, a explanação feita inicialmente "deixou claro que o governo não irá priorizar os programas habitacionais".

O líder do Podemos, José Nelto (GO), cobrou de Canuto a retomada do programa e sua ampliação. "Não é possível que tenhamos 30 milhões de brasileiros que não têm moradia e o Estado pagando auxílio-moradia para seus servidores", disse.

Após déficit de R$ 2,8 bilhões com a inadimplência no programa Minha Casa Minha Vida no último trimestre de 2018, a Caixa Econômica Federal passará a avaliar a capacidade de pagamento das contas de luz e água para conceder o benefício a quem requisitá-lo.

A informação foi dada pelo próprio presidente do banco público, Pedro Guimarães, em entrevista à Folha de S.Paulo . O psolista e ex-candidato à Presidência da República, Guilherme Boulos, criticou a medida nesta terça-feira (23).

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De acordo com o líder do PSOL, a mudança irá prejudicar os que mais precisam. “Caixa vai passar a avaliar se morador pode pagar água e luz para dar crédito no Minha Casa Minha Vida. A lógica é impecável: os mais pobres, que mais precisam da política habitacional, estão excluídos justamente por serem pobres”, disse Boulos.

A opinião de Boulos rendeu comentários em apoio. Uma de suas seguidoras alfinetou o Governo Federal. “Elegeram esse governo exatamente por isso. O ódio ao pobre, negro, LGBT, índio e mulher ganhou feições nessas eleições! A ação será programática e sistemática a menos que seja interrompida”, escreveu.

líder do Partido dos Trabalhadores no Senado, Humberto Costa, usou sua conta no Twitter, nesta terça-feira (26), para lembrar dos dez anos do programa Minha Casa, Minha Vida, criado durante o governo do ex-presidente Lula. A iniciativa completou o décimo aniversário nessa segunda-feira (25).

“Infelizmente, sem nada o que comemorar. Há só a lamentar pelo completo desmonte dessa iniciativa revolucionária construída por Lula para combater a falta de moradias, especialmente à população de baixa renda. Os governos Temer e Bolsonaro cortaram contratos do programa”, lamentou Humberto, fazendo crítica ao governo Bolsonaro.

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O petista afirmou que o programa foi pensado em “uma época em que nós tínhamos um presidente da República que se preocupava com os mais pobres e voltava as políticas públicas do governo para as parcelas mais carentes da população”.

Não foram feitas somente referências a Lula; o parlamentar também lembrou da ex-presidente Dilma Rousseff que, segundo ele, fez um bom trabalho diante do programa. “Mais de 4,3 milhões de unidades foram contratadas por ela, que pretendia, na 3ª fase do programa, contratar outros 2 milhões de casas, com a meta de zerar o déficit habitacional nas faixas de renda mais baixa”, lembrou.

Humberto Costa relatou que o Minha Casa, Minha Vida foi interrompido pelo impeachment de Dilma, em 2016. Ele pontuou que a ex-presidente saiu do poder “sem nem mesmo ter a oportunidade de entregar à população 50 mil casas que já estavam prontas pelo seu governo”.

“Num país que tinha um déficit habitacional de quase 8 milhões de imóveis, o Minha Casa, Minha Vida conseguiu reduzir muito esse problema, se consagrando como uma política pública extremamente exitosa”, complementou Humberto.

De acordo com o senador, a situação do projeto atualmente é completamente penosa. “O que vemos hoje é o programa jogado na lata do lixo, a despeito de milhões de famílias que não têm um teto próprio embaixo do qual se abrigar. Num momento de crise, o governo os abandona ao relento e lhes tira toda e qualquer possibilidade de ter uma casa própria”, disse, fazendo referência ao governo do presidente Jair Bolsonaro.

“A maior iniciativa para habitação popular da história do Brasil foi reduzida a pó na gestão Bolsonaro, que estrangulou o orçamento da área, prejudicando duramente a população e o setor da construção civil, que teve mais de R$ 110 bilhões injetados nos últimos anos pelo programa”, finalizou.

O programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) contribuiu para a expansão das metrópoles, mas levando unidades habitacionais para locais distantes dos centros urbanos e carentes de serviços públicos. Essa é a principal conclusão do estudo divulgado nesta terça-feira (22) "Morar Longe: o Programa Minha Casa Minha Vida e a expansão das Regiões Metropolitanas", do Instituto Escolhas, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

O foco do estudo foram os empreendimentos voltados para a faixa 1 do MCMV, destinados a famílias com renda mensal de até R$ 1.600, a população mais pobre atendida pelo programa habitacional. Nessa faixa, o subsídio chega a 95% do valor da moradia.

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A partir de uma análise estatística por imagens de satélite, o estudo constatou que municípios com empreendimentos da faixa 1 do MCMV desenvolveram novos núcleos de moradias muito longes dos centros urbanos.

O levantamento indica também que, ao concentrar a população de baixa renda em locais distantes, o programa federal repetiu o padrão dos programas de habitação popular anteriores, em vez de inovar e induzir a construção de unidades habitacionais nos espaços não utilizados das áreas mais centrais e já urbanizadas das grandes cidades brasileiras.

"A escassez de terrenos baratos em bairros com melhor provisão de serviços públicos e de infraestrutura leva o programa a buscar localidades periféricas para implantar as unidades, o que acaba por estimular a expansão nas bordas das cidades", disse Sergio Leitão, um dos coordenadores do estudo.

A pesquisa apontou ainda que um dos principais problemas causados por essa expansão é o impacto na mobilidade urbana, pois incentiva que a população tenha um elevado tempo de deslocamento dentro da cidade, gerando congestionamento de tráfego e poluição do ar. "Além disso, a distância entre a moradia e os empregos induz a desigualdade de oportunidades e o crescimento na periferia urbana incentiva a deterioração das áreas centrais", afirma Leitão.

No estudo, foram analisadas as regiões metropolitanas de Belém, Belo Horizonte, Campinas, Cuiabá, Curitiba, Distrito Federal, Florianópolis, Fortaleza, Goiânia, Manaus, Palmas, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, Santos, São Luís, São Paulo, Teresina e Vitória.

Para se aprimorar a política habitacional no País, seria preciso articular iniciativas conjuntas no setor de uso e ocupação do solo - que está à cargo das prefeituras - e no setor de crédito imobiliário - sob tutela do governo federal - para se garantir a ampliação de empreendimentos nos centros urbanos e a oferta de juros acessíveis para a habitação de baixa renda comprarem suas próprias moradias.

Dez anos

Criado em 2009, o Minha Casa Minha Vida está completando uma década de existência, consolidado como o maior programa habitacional do País na atualidade e com tamanho similar ao de outros projetos do passado.

O MCMV tem empreendimentos em 92% dos municípios brasileiros. Segundo a Caixa Econômica Federal, já foram investidos cerca de R$ 319 bilhões para a construção de 4,4 milhões de unidades habitacionais.

Esse é o mesmo número de unidades construídas entre 1964 e 1986 (22 anos) pelo Programa Nacional de Habitação (BNH). Para a faixa 1 do MCMV, foram investidos R$ 84 bilhões e construídas cerca de 1,8 milhões de unidades.

Tem início, nesta segunda-feira (14), a construção do Conjunto Habitacional Encanta Moça, que receberá 600 famílias que vivem em palafitas e em condições precárias na região. O projeto será erguido no terreno do antigo Aeroclube através do Programa Minha Casa Minha Vida, em uma parceria entre a Prefeitura do Recife e a Caixa Econômica Federal. O investimento total é de R$ 49,2 milhões.

O conjunto habitacional será construído em uma área de aproximadamente 30 mil metros quadrados, o que representa aproximadamente de 16,5% da área total do terreno. Segundo a Prefeitura do Recife, a área restante passa por estudos para melhor uso. Há intenções para que o local receba área de lazer e equipamentos públicos. O prazo de conclusão do habitacional é de 24 meses.

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O projeto prevê a construção de 16 blocos e um total de 600 unidades habitacionais, com estrutura de piso térreo mais quatro pavimentos. Os apartamentos terão sala, dois quartos, banheiro e cozinha. Cada unidade terá entre 45 e 47 metros, com cerâmica nas áreas molhadas e pintura interna e externa. O Encanta Moça terá ainda área de lazer com praça, playground e quadra, além de estacionamento para carro e moto, bicicletário, centro social e estação elevatória.

A construção substitui o antigo projeto habitacional proposto para o Pina, com a construção de 106 unidades. Segundo a Prefeitura do Recife, o projeto anterior se revelou insuficiente para a demanda por moradia na região. 

Senadora e presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PR) disse que o presidente Michel Temer (MDB) e o eleito Jair Bolsonaro (PSL) não se interessaram por programas sociais implementados pelos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, ambos do PT. Na ótica de Gleisi, eles querem “destruir o legado do PT”.

Listando iniciativas como o Mais Médicos, Minha Casa, Minha Vida e a Transposição do Rio São Francisco, a senadora fez críticas a atuação de Temer e questionou Bolsonaro sobre o que ele pretende fazer para a continuidade dessas medidas.

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“Nós tínhamos um projeto para a construção civil, que eram as obras públicas, as grandes obras, a construção de moradias, através do Minha Casa, Minha Vida. Pois bem. O que fez o Governo Temer? Estagnou. Desde o golpe, a partir de 2015, a construção civil vem retraindo… Vejam o quanto nós retrocedemos! Quantos empregos foram jogados fora por não haver um compromisso com os investimentos em obras importantes. As obras do Governo Federal estão paradas. Temos obras sendo depreciadas de novo, que, quando forem retomadas – e se forem retomadas –, já não têm mais as condições estruturais”, afirmou a petista.

“Pararam o Minha Casa, Minha Vida. Então, o Governo Temer paralisou, colocou no chão. Qual é a proposta de Bolsonaro para a construção civil? Nenhuma. ‘Niente’. Não vi até agora ninguém falar sobre isso, nem o Presidente, nem ninguém da equipe dele. O Minha Casa, Minha Vida anda pelas tabelas”, acrescentou a parlamentar.

Gleisi também falou que o número de passageiros atendidos pelas empresas brasileiras de aviação comercial despencou e chegou ao patamar do início da década. Segundo ela, o mercado doméstico cresceu até 2014, mas a recessão no país, iniciada no governo Dilma Rousseff, chegou a causar queda de 17% em um ano no número de passageiros que pagam por seus bilhetes, entre 2015 e 2016. A conclusão foi depurada no banco de dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

“O presidente Lula sempre que fazia um discurso sobre renda costumava dar um dos exemplos dos aeroportos lotados. Ainda que as passagens não estivessem tão baratas, e elas baratearam por conta da concorrência, havia renda para as pessoas comprarem passagem de avião. Hoje a gente tem uma redução no número de demandas por voo. O pobre não está mais andando de avião, porque o pobre não tem mais renda, está desempregado”, lamentou a senadora.

A senadora ainda lembrou da saída de Cuba do Mais Médicos após declarações de Jair Bolsonaro (PSL). “De tanto que ele fez, pintou e bordou, xingou, foi desrespeitoso com Cuba e com os médicos cubanos, que os médicos cubanos foram embora. Quero saber o que Jair Bolsonaro vai fazer?”, questionou.

Conhecida por manifestações antipetismo, a deputada eleita em Santa Catarina, Ana Caroline Campagnolo (PSL), mora em um apartamento financiado pelo programa Minha Casa, Minha Vida - um dos carros chefes dos governos do PT. A informação é do colunista Lauro Jardim.

Ela, inclusive, processou a cooperativa Habitacional de Chapecó alegando que recebeu um valor do financiamento inferior ao do imóvel. A ação em que acusa a cooperativa de "corretagem às avessas", foi julgada improcedente.

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Ana Caroline é a aliada do presidente eleito Jair Bolsonaro que pediu para que os alunos filmassem e denunciassem os professores catarinenses que, em sala de aula, fizessem qualquer manifestação político-partidária ou ideológica após a eleição presidencial.

"Segunda-feira, 29 de outubro, é o dia em que os professores doutrinadores estarão inconformados e revoltados. Muitos deles não conterão sua ira e farão da sala de aula um auditório cativo para suas queixas político partidárias em virtude da vitória de Bolsonaro", dizia o texto divulgado pela deputada eleita nas redes sociais. Ela está sendo investigada pelo Ministério Público Federal por suposta intimidação.

A equipe do candidato Jair Bolsonaro (PSL) estuda mudar o nome do Minha Casa Minha Vida e ampliar o escopo do programa de construção de moradia popular. Uma das propostas em análise é rebatizá-lo de "Casa Brasileira". Segundo o economista Carlos Alexandre da Costa, do grupo de economistas que assessoram Paulo Guedes, o coordenador econômico de Bolsonaro, a ideia é ampliar o programa para incluir creches próximas às residências, que seriam administradas pelos governos locais. Os novos empreendimentos também teriam câmeras de segurança que seriam ligadas diretamente à polícia.

"É diferente do programa do PT, é mais amplo. Não queremos dar só casa. Acho que a pessoa tem que ter direito de moradia, urbanização e segurança", afirma.

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A sustentação do programa de moradia seria garantida por medidas de estímulo à redução da rotatividade do mercado de trabalho para aumentar os recursos do FGTS, responsável hoje por bancar o desconto e os juros mais baixos dos financiamentos do programa de habitação popular criado em 2009 e usado como uma das principais vitrines das gestões petistas. Nesta semana, Bolsonaro gravou um vídeo com o ministro das Cidades, Alexandre Baldy, prometendo reduzir as taxas do programa caso seja eleito.

Risco

"Hoje o programa está correndo o risco de terminar porque os recursos do FGTS estão acabando", diz. Nos últimos anos, os governos Dilma Rousseff e Michel Temer não têm cumprido as metas de contratação de moradias. No ano passado, por exemplo, o governo contratou 442,2 mil unidades - embora a meta era de 610 mil. Para as famílias mais pobres - que ganham até R$ 1,8 mil mensais - foram contratadas 23 mil moradias, apenas 13,5% da meta, que era 170 mil.

Em 2013, auge do programa, o governo se comprometeu em financiar 913 mil unidades. Nessa primeira fase, a União assina o contrato com a construtora responsável pela obra. Mas até as casas ficarem prontas e serem entregues aos beneficiados leva em torno de um ano e meio. Com a grave crise fiscal enfrentada nos últimos anos, o Minha Casa passou a ser um programa quase que exclusivamente do FGTS, responsável por financiar a maior parte do programa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Nesta quinta-feira (15), os juízes federais decidiram cruzar os braços e protestar pela possibilidade de revisão dos benefícios concedidos à classe, como o auxílio-moradia. Um levantamento feito pela Consultoria de Orçamentos, Fiscalização e Controle do Senado mostrou que a União gastou aproximadamente R$ 814 milhões somente em 2017 com o pagamento do benefício aos três Poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário. Os dados foram retirados do site Siga Brasil, sistema de informações sobre orçamento público federal. O Supremo Tribunal Federal fixou o valor pago aos magistrados em R$ 4,3 mil mensais. Ao todo, o auxílio-moradia custou aos cofres públicos R$ 4,3 bilhões nos últimos oito anos.

Com esse privilégio, daria para financiar mais de 100 mil casas populares pelo Programa Minha Casa Minha Vida, beneficiando mais de 400 mil pessoas. De acordo com a construtora Conceito e Moradia, do Grupo Borges dos Reis, especializada em habitações econômicas, as edificações oferecem revestimento cerâmico interno completo (do teto ao piso), sistemas de coleta de água pluvial para reuso em áreas comuns, pontos de coleta de óleo de cozinha e área de lazer. Os produtos custam R$ 40 mil por unidade. Seriam gastos em média o total de R$ 4 bilhões no projeto.

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O Brasil está entre os países com maior déficit habitacional do mundo, ao lado de países como Índia e África do Sul. Em 2015, o déficit registrou crescimento de 2,7% em relação a 2014, ou de 202 mil domicílios, configurando o terceiro ano de piora nas carências habitacionais e alcançando 7,7 milhões. De 2009 a 2015, o déficit aumentou 5,9%. O estudo foi realizado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), sob encomenda do SindusCon-SP.

Apesar das demandas mais urgentes de habitação no país,  o valor alto do auxílio-moradia é repassado para garantir o conforto de juízes, parlamentares, ministros, procuradores e outras autoridades e servidores do alto escalão no Brasil. Profissões em que os salários passam da casa dos R$ 20 mil. O Poder Judiciário terminou 2016 com 18.011 juízes de direito, desembargadores e ministros das cortes superiores, segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Confira os gastos anuais:

Fonte: Consultoria de Orçamento do Senado

*O mesmo levantamento realizado pela Consultoria do Senado aponta que o custeio de auxílio-moradia subiu de R$ 75 milhões em 2010, nos três Poderes, para R$ 814 milhões em 2017. O aumento ocorreu em 2014, quando o ministro do STF Luiz Fux concedeu liminar beneficiando todos os magistrados.

A ajuda de custo de moradia para magistrados é uma garantia legal, prevista na Lei Orgânica da Magistratura Nacional, desde 1979 e estabelece a concessão do benefício a todos os juízes que não têm residência oficial, de propriedade do Estado, à disposição. Mas, o benefício era pago até para quem tinha casa própria na cidade onde trabalhava.

Porém em 1990, o governo aprovou uma outra lei e alterou as regras para todos os servidores públicos. Uma das determinações era de que o auxílio-moradia só seria concedido ao servidor público que não fosse proprietário de imóvel na cidade em que trabalha.

Com isso, grupos de juízes acionaram o Supremo Tribunal Federal fazendo referência à Lei Orgânica da Magistratura e pediam liminar para ter acesso ao benefício. O assunto ganhou notoriedade com o caso Bretas.

O juiz da Lava-Jato no Rio de Janeiro Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal, e sua mulher Simone Bretas, do 5º Juizado Especial Federal Cível, recebem dois auxílios-moradia de R$ 4.377,73 cada. A duplicação do benefício para casais que moram juntos é proibida por resolução do Conselho Nacional de Justiça, mas os dois conseguiram o direito a receber quase R$ 9 mil por causa de uma uma decisão judicial.

Isso porque a Associação dos Magistrados do Brasil (AMB) e a Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra)  acionaram o Supremo em setembro de 2014 para que o auxílio fosse reconhecido como um direito de todos os juízes federais, inclusive aqueles com casa própria. Por isso, o ministro Luiz Fux, relator do caso, concedeu liminar (que é uma decisão provisória) no dia 16 de setembro de 2014 favorável às entidades com o argumento de que o benefício está previsto na Lei Orgânica da Magistratura.

Em dezembro de 2017, Roberto Veloso, presidente da Associação de Juízes Federais, declarou ao jornal O Estado de S. Paulo que sem o benefício a defasagem do salário dos juízes, que estaria em 40% por falta de reajustes, aumentaria para 60%. Em 2018, a União deve gastar R$ 831 milhões, segundo previsto na Lei Orçamentária Anual (LOA), aprovada pelo Congresso em dezembro.

No próximo dia 22 de março, a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, presidirá o julgamento de mérito das liminares que garantiram o pagamento de auxílio-moradia a todos os magistrados do país, incluindo juízes federais, da Justiça Trabalhista, da Justiça Militar e estaduais.

Procurada pelo LeiaJá, a Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) afirmou que a mobilização desta quinta-feira (15)  ocorrerá em cinco estados e no Distrito Federal. A entidade à frente da mobilização nacional acredita que os ataques à remuneração dos magistrados são uma maneira de "punir a Justiça Federal" em função da Operação Lava Jato.

“A Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), a Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT), a Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) e a Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) realizam mobilização nacional pela independência e pelas garantias constitucionais das categorias, e pela defesa da verdade, da isonomia e da dignidade remuneratória. Na data (15), as entidades promoverão atos públicos conjuntos em cinco estados e no Distrito Federal. Os eventos serão promovidos sem prejuízo de outros movimentos de concentração e de mobilização das carreiras por todo o país, sob as coordenações regionais. Vale lembrar que, neste dia, a Justiça Federal funcionará em regime de plantão. Serviços urgentes como a análise de habeas corpus e de demandas que envolvam risco de vida não serão afetados”.

O ministro das Cidades, Alexandre Baldy (PP), entrega 900 unidades habitacionais do Minha Casa, Minha Vida em Pernambuco neste sábado (20). O governador Paulo Câmara (PSB) também participará das agendas do auxiliar do presidente Michel Temer (MDB). Às 10h, eles entregam o Conjunto Habitacional Ciranda da Ilha, em Itamaracá, com 500 moradias. 

Já à tarde, às 15h, os dois vão para Olinda onde inauguram o Conjunto Habitacional Vila Brasília, no bairro de Ouro Preto. Na Marim dos Caetés serão 400 apartamentos e os beneficiários são oriundos das localidades de áreas de risco existentes no Morro do Cuscuz, Ilha do Maruim, Carlos Melo, Caixa D’Água e outras. 

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Esta é a primeira vez o que o ministro das Cidades vem ao estado depois que assumiu o cargo no lugar do pernambucano e deputado federal, Bruno Araújo (PSDB). Recentemente, uma ação de Baldy causou reação negativa entre os parlamentares. Ele revogou a portaria assinada por Araújo que autorizava a contratação de 55 mil unidades habitacionais do Minha Casa, Minha Vida para todo o país - deste total, 2.687 eram destinadas a Pernambuco.

 

A Justiça Federal determinou que a Caixa Econômica Federal (CEF) e a Constantini Construções concluam as obras do Residencial Sato Antônio, do Programa Minha Casa Minha Vida, em Salgueiro, Sertão de Pernambuco. A decisão atende pedido ajuizado pelo Ministério Público Federal cobrando que as 878 casas do residencial estejam aptas para moradia.

Na decisão, a Justiça coloca que as intervenções devem estar prontas até o dia 30 de janeiro de 2018. Para o MPF, os órgãos diretamente envolvidos na conclusão das obras retrocederam na tentativa de resolução extrajudicial do caso. 

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Entre os problemas identificados, há falta de pagamento pela Constantini à empresa subcontratada para as obras, além de pendências referentes ao sistema de esgotamento. O MPF também entende que a Caixa concedeu, sem justificativa plausível, sucessivas prorrogações do prazo de conclusão à construtora.

De acordo com o Ministério Público, o atraso compromete o orçamento das 878 famílias beneficiárias, acarretando danos materiais e morais. Já foi obtido o bloqueio de bens da Constantini no valor de aproximadamente R$ 4,2 milhões, em decisão que atende pedido feito em ação cautelar de junho de 2017. 

Atualmente, a obra é executada pela Caixa. Estão pendentes a ligação ao sistema de esgotamento sanitário, construção do acesso viário, conclusão do sistema de abastecimento de água e reposição de itens furtados de casas. 

Caso as obras e reparos não sejam concluídos até 30 de janeiro, haverá aplicação de multa diária. Em dezembro do ano passado, de acordo com o MPF, a Constantini apresentou em audiência de conciliação novo projeto de acesso viário ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), que já recebeu aprovação. 

O presidente Michel Temer entregou, neste sábado (2), 900 unidades habitacionais em Limeira, em São Paulo. Os apartamentos do Condomínio Rubi III foram destinados às famílias que ganham até R$ 1,8 mil, Faixa 1 do Programa do Minha Casa Minha Vida. Cerca de 3,6 mil pessoas serão beneficiadas com os imóveis.

A construção do condomínio em Limeira está dentro do Agora, é Avançar, lançado em novembro deste ano. O programa retomou obras inacabadas por todo o Brasil. Participaram da solenidade o ministro da Secretaria-Geral, Moreira Franco, que também é coordenador do programa, o ministro das Cidades, Alexandre Baldy, e o presidente da Caixa Econômica Federal, Gilberto Occhi.

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O presidente Michel Temer disse que o governo está trabalhando intensamente para entregar 25 mil casas neste mês. “Nós temos dificuldade no país, mas nós todos, como brasileiros e governantes, estamos trabalhando para superar dificuldades. E para superar dificuldades, é preciso muita fé, a ideia da fé, da harmonia, da paz, da solidariedade e não de brasileiro contra brasileiro, mas de todos juntos”, disse.

“Todas as vezes que acompanho essas entregas me lembro de muitas pessoas, inclusive eu, que logo no início da vida, qual era o principal sonho? Era ter a casa própria. E quando alcançava, a sensação que tinha era que o progresso era inevitável”, ressaltou Temer.

Cerca de R$ 81 milhões foram investidos pelo governo federal na construção. A contrapartida do governo de São Paulo foi R$ 18 milhões. Cada apartamento têm 45,95 metros quadrados, divididos em dois quartos, banheiro, sala, cozinha e área de serviço.

Além dos prédios, foram construídos equipamentos de uso comum, como parque infantil, quadra de esporte e salão de festas. A área também foi toda urbanizada, com pavimentação, drenagem, iluminação e rede de água e esgoto. Os moradores contarão ainda com coleta de lixo e transporte público, de responsabilidade da prefeitura.

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, também acompanhou o evento e disse que a entrega dos apartamentos é um sinal concreto da ação social do governo federal. “Aqui temos um serviço essencial, que é providenciar moradia, para que todos possam prosperar, crescer e fazer parte desse grande Brasil”, disse.

Outros quatro condomínios residenciais estão sendo construídos em Limeira pelo governo federal. Por meio do Agora, é Avançar também foram liberados recursos para a ampliação do setor de radioterapia da Santa Casa de Misericórdia e para a construção da estação elevatória, interceptor e rede de coleta de esgoto. O investimento total no município é R$ 81,5 milhões.

As obras estão entre os 722 projetos do programa no estado de São Paulo, com previsão de investimento de R$ 16,07 bilhões até o fim do ano que vem. Entre as obras, estão o Rodoanel Norte, a urbanização do entorno das represas Guarapiranga e Bilings, o corredor de ônibus Leste-Oeste de São Bernardo e a dragagem do Porto de Santos. Ainda hoje, o presidente Temer também entrega 896 unidades habitacionais no município paulista de Americana.

Na manhã desta terça-feira (24), movimentos por moradia se reuniram na Avenida Agamenon Magalhães, uma das principais vias do Recife e bloquearam o trânsito. Em seguida, ocuparam o prédio da Superintendência da Caixa Econômica Federal, no bairro da Ilha do Leite, área central da cidade. Eles alegam, como um dos pontos reivindicados no protesto, o que chamam da extinção do programa Minha Casa Minha Vida. 

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De acordo com uma das integrantes do movimento, Carla Eduarda, o grupo chegou ao local por volta das 8h30 e fechou parte da avenida, mas a via já foi liberada. No entanto, o movimento resolveu ocupar o prédio onde funciona este órgão da Caixa Econômica. “Ficaremos aqui até sermos atendidos pelo Ministro das Cidades e a Superintendência da Caixa. Até agora eles não se pronunciaram se irão nos receber”, explicou.

Além disso, ela aponta que na pauta da manifestação estão alguns pontos contra decisões do governo Temer. “Eles cortaram 84% dos recursos destinados ao Minha Casa Minha Vida e anunciaram paralisação das obras em andamento. Estamos denunciando a verba zero para a habitação em 2017 e 2018”, ressalta. 

Outro ponto é que o grupo alega que a verba destinada para essa questão foi destinada a outros fins do governo. “Ele [o governo] informou que não teria dinheiro para habitação, mas destinou o dinheiro para outra coisa”. Os manifestantes apontaram que, com isso, 35 mil famílias deixarão de ser atendidas. O grupo fechou duas vias ao redor do prédio onde funciona a Superintendência da Caixa no Recife, a Avenida Frei Matia Teves e a Rua Doutor João Asfora.

Reunião

Marcos Cosmo, coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), explicou o que foi abordado na reunião realizada na Caixa Econômica no início desta tarde. “A reunião foi para demarcar politicamente, colocar nosso sentimento contra a privatização da Caixa Econômica, contra o corte do orçamento do programa Minha Casa Minha Vida, contra o desmando do governo ilegítimo do presidente Michel Temer. É por isso que estamos na rua hoje. Também estamos aqui para protestar o acordo do governador Paulo Câmara teve de nos atender e que até o momento presente não nos convidou”.

De acordo com o governo federal, o que aconteceu com o orçamento foi uma readequação. Quanto a isso, o líder comenta: “Como fazer readequação tirando dinheiro de políticas públicas para famílias de baixa renda? O governo colocou recursos para quem ganha dez, 15, 20 salários mínimos e tirou de quem recebe de zero a um salário e meio, o governo tira recursos. Essa é uma pauta da maldade”. O Grupo afirma que irá se reunir na próxima terça-feira (31) para fazer o balanço dos últimos atos e planejas as próximas mobilizações. 

Trânsito

A Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) está realizando um desvio para os condutores que seguem para a Avenida Frei Matias Teves; eles devem seguir pela a Avenida Jornalista Trajano Chacon. 

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*Com informações de Jameson Ramos

O programa ‘Morar Bem, Viver Melhor’ entregou hoje 380 apartamentos para famílias de baixa renda de Guarulhos. As moradias fazem parte do condomínio Nelson Rodrigues  e foram construídas através de uma parceria entre o governo estadual, com o projeto ‘Casa Paulista’, e o programa federal ‘Minha Casa, Minha Vida’.

O valor investido no condomínio foi de R$ 26 milhões. Os recursos foram repassados pelo governo estadual para a Caixa Econômica Federal, agente financeiro responsável pela contratação das empresas, supervisão das obras e financiamento dos empreendimentos.

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Os apartamentos são destinados a famílias com renda mensal bruta de até R$ 1,8 mil. Os beneficiados terão que quitar o imóvel em 120 meses, com prestações que variam de R$ 80 a R$ 270 por mês.

As novas unidades respeitam as normas estabelecidas pela Secretaria de Estado da Habitação: piso cerâmico em todos os cômodos, azulejos nas paredes da cozinha e do banheiro, medição individualizada de água e acessibilidade. O condomínio dispõe de paisagismo, pavimentação, centro comunitário, quadra poliesportiva, playground, área de lazer, vagas de estacionamento e portaria.

O Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU) divulgou hoje (16) o resultado da avaliação da execução do Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV) financiado com recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). O objetivo foi verificar a regularidade dos contratos da Caixa Econômica Federal com as construtoras e com os mutuários, o impacto no déficit habitacional estimado, a elegibilidade do público-alvo e o nível de satisfação dos usuários.

Com relação às construções, foram observados defeitos em 56,4% das unidades da amostra visitada e falhas estruturais ocorridas dentro do prazo de garantia. As principais foram: infiltrações, falta de prumo (verticalidade de paredes e colunas) e de esquadros (se os planos medidos estão com ângulo reto), trincas e vazamentos. Já quanto à área externa, menos de 20% dos moradores informaram situações de alagamento, iluminação deficiente e falta de pavimentação. Apesar dos problemas apontados, a satisfação dos beneficiários entrevistados em relação aos imóveis se mostrou positiva: o nível foi considerado alto em 33,1% dos casos e médio em 47,2%. 

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O relatório consolida dados de 77 empreendimentos ou contratos celebrados entre a Caixa e as construtoras, distribuídos em 12 estados (Bahia, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe), com cerca de 30 contratos individuais de compradores para cada empreendimento visitado. Os trabalhos de campo foram realizados em 2015, com a análise de 2.166 contratos e 1.472 unidades habitacionais de beneficiários que responderam à pesquisa de satisfação e foram contemplados nas fiscalizações da CGU.

O ministro das Cidades, Bruno Araújo (PSDB), anuncia, na manhã desta segunda-feira (14), a liberação de R$ 5,25 milhões de recursos para a retomada de obras do Programa Minha Casa, Minha Vida (PMCMV) em Água Preta, na Mata Sul de Pernambuco.  Os recursos serão destinados para recuperação 252 unidades habitacionais de 3 módulos contíguos do Projeto Água Preta, que sofreram avarias após invasões. O empreendimento é integrante da Operação Reconstrução, realizada em 2010, para atender aos desabrigados das enxurradas ocorridas naquele ano.

Ainda em Pernambuco, às 15h, o ministro vai autorizar a contratação da 2ª etapa do Plano de Resíduos Sólidos da Região Metropolitana de Pernambuco, durante uma cerimônia em Jaboatão dos Guararapes.

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A 2ª fase do Plano de Resíduos Sólidos da Região Metropolitana de Pernambuco é um convênio com o Ministério das Cidades, inserido no PAC 2, e terá a elaboração de projetos básico e executivo das unidades demandadas e da remediação de lixões, com base nos pré-projetos. Os municípios que serão objetos de licitação são: Paulista, Abreu e Lima, Itapissuma, Itamaracá, Araçoiaba, Ipojuca, Cabo de Santo Agostinho, Jaboatão dos Guararapes, Moreno e Recife.

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