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A Justiça Eleitoral condenou o prefeito de Camaragibe,  Demóstenes Meira (PTB), e a vice, Nadegi Queiroz (PSDC), por abuso de poder econômico durante a eleição de 2016. A decisão cassou os mandatos dos dois e os declarou inelegíveis pelos próximos 8 anos. 

De acordo com a sentença, proferida pela juíza Luciene Pontes de Lima da 127ª Zona eleitoral, Meira e Nadegi teriam negociado apoio político em troca de benesses, recursos financeiros e cargos na prefeitura e secretarias.

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Segundo a magistrada, a partir “das provas constantes no processo, inclusive gravações periciadas pela Polícia Federal, houve abuso de poder econômico que comprometeu a lisura, normalidade e legitimidade das eleições”. 

A decisão da juíza é do dia 21 de maio e cabe recurso ao Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) e, se manejado, os acusados permanecem no cargo até a decisão da Corte.

A Polícia Civil do Amazonas prendeu um vereador acusado de roubos e furtos de gados bovinos e búfalos no município de Barreirinha. De acordo com a corporação, o crime estava prejudicando a economia local.

Além do vereador Jonas Augusto de Souza Reis (PSDC), de 36 anos, a polícia também deteve na mesma operação Ronaldy Santos da Silva, 35. Jonas foi preso na manhã da quarta-feira (28) na casa onde morava.

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"Iniciamos as investigações em torno de uma organização criminosa que estava praticando, ilegalmente, o abate e transporte de gados que, posteriormente, seriam comercializados", contou o delegado Jardel Oliveira.

Na residência do vereador foram apreendidas duas espingardas, munições de diferentes calibres, cartões bancários, documentos pessoais, aparelhos celulares e uma quantia não divulgada em dinheiro.

O PSB e outros dez partidos se unem para apoiar a candidatura do advogado Antônio Campos (PSB) a prefeito de Olinda na manhã deste domingo (31). O ato é realizado no Colégio Dom, no bairro de Casa Caiada, em Olinda. Lideranças e militantes do PSB, Rede, PR, PHS, PROS, PSDC, PTC, PSC, PMB, PEN e PPL participam da convenção da coligação “Muda Olinda”. O ato ocorre presta homenagem ao avô de Tonca, o ex-governador Miguel Arraes, que completaria 100 anos de idade em 2016.

No evento, além da oficialização da postulação do pessebista também será sacramentada a chapa da coligação que marchará com Antônio na disputa proporcional. Os partidos realizam a convenção proporcional hoje são o PSB, PR, PSC, Rede e PHS.

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A projeçãodos partidos é homologar mais de 120 candidaturas proporcionais, uma vez que, em Olinda o máximo de candidatos a vereador por partido é de 26.  

 

De acordo com a secretária do PSB em Olinda, Rejane Ferreira, a expectativa é de eleger quatro vereadores na cidade. “Temos como foco a reeleição de Mizael Prestanista e Algério "A nossa Voz", além de eleger outros dois vereadores”, afirmou. 

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Concorrendo pela quarta vez ao cargo de presidente da República, o candidato do PSDC, José Maria Eymael, promete implantar o que ele chama de Estado Necessário. Segundo ele, trata-se de um Poder Público eficiente e moralizado. O presidenciável defende ainda reforma tributária com redução dos encargos. De acordo com ele, isso não significa arrecadação menor se houver racionalização e eficiência no recolhimento dos tributos. 

Confira trechos da entrevista concedida à Agência Brasil:

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Agência Brasil: As estimativas de inflação oficial pelo IPCA para o próximo ano estão em torno de 6,2%, próximo do teto da meta. Como pretende atuar para conter o aumento de preços?

Eymael: Qual é a causa da inflação hoje? São erros de gestão, que tivemos ao longo desses últimos quatro anos. Você teve, com isso, uma má administração dos gastos públicos e, de outro lado, o incentivo ao consumo sem o correspondente aumento de produção. Se a causa primária são erros de gestão, você tem que fazer uma gestão diferente. Estimular o aumento da produção significa fazer o Brasil crescer. O aumento de juros [para conter a inflação] foi uma necessidade. Os erros de gestão foram tantos que não sobrou outra saída e desmoronou todo o crescimento. Nós defendemos a figura do Estado Necessário. É você ter, em cada segmento do serviço público, os recursos humanos, equipamentos e tecnologia necessários. Hoje você tem o aparelhamento do Estado. Cargo de gestão tem que ser cargo de carreira. [Tem que] acabar com a figura do aparelhamento do Estado, enfrentar a corrupção, fazer auditoria nas contas públicas.

Agência Brasil: Apesar de todo o seu potencial energético, o Brasil continua com uma tarifa alta. O que fazer para evitar mais aumentos?

Eymael: No curto prazo, você tem que compatibilizar a relação custo-benefício. Tem que compatibilizar o custo da energia com a tarifa. As tarifas de energia foram artificialmente represadas, para evitar que houvesse uma presença maior na inflação. Agora, não tem como. Você pode restabelecer a relação custo-preço tendo uma fase de transição, para não ter um aumento brutal de uma hora para a outra – o chamado tarifaço. No médio e longo prazo, tem que diversificar as fontes de energia que temos no país, ampliar o parque eólico brasileiro, a energia solar.

Agência Brasil: Quais os planos do seu governo para resolver gargalos de infraestrutura?

Eymael: O primeiro ponto é ter consciência de que temos uma infraestrutura completamente deficiente. Você não tem ferrovias nem hidrovias suficientes, tem portos desorganizados. A política para isso é uma só, estabelecer metas. Estabelecer onde quero chegar na área portuária, hidrovias, ferrovias. Na nossa proposta [de governo] existe o que chamamos de metas sociais: para educação, saúde, segurança. Assim como as metas sociais, temos que ter um programa de metas em infraestrutura, em reforma tributária. Mas não adianta só estabelecer metas. Tem que criar um sistema de indicadores, com acompanhamento da sociedade.

Agência Brasil: Diversos problemas relacionados à prestação de serviços por parte das prefeituras [saneamento, fim dos lixões, pagamento do piso dos professores] têm ficado sem solução porque elas alegam falta de capacidade financeira ou de condições de produzir projetos executivos para participar dos programas do governo federal. Já os estados têm cobrado a renegociação das dívidas com a União e ajuda federal. Como o senhor pretende atuar na discussão do pacto federativo e quais são seus projetos para ajudar a solucionar essas questões?

Eymael: A preocupação do governo federal é buscar tudo para ele, pauperizar estados e municípios. Sou um candidato a presidente que compreende que é absolutamente necessário repensar o pacto federativo. Quero uma reforma do pacto federativo. [Para isso], você tem que primeiro ter uma definição dos encargos de cada ente federado e dar os recursos necessários.

Agência Brasil: O debate sobre a reforma política se arrasta há anos e, recentemente, houve a aprovação de um texto que ficou conhecido como minirreforma. Pontos como o voto facultativo, a reeleição e o financiamento de campanha não foram aprofundados devido ao impasse em torno dessas questões. Qual é a sua posição sobre cada um desses pontos e como o chefe do Executivo pode contribuir para que essa discussão efetivamente avance, respeitando a prerrogativa de independência entre os Poderes?

Eymael: Voto facultativo, sou totalmente a favor. Reeleição sou a favor de acabar, aumentando o mandato de prefeito e presidente da República de quatro para cinco anos. O financiamento público de campanha, sou a favor também. O presidente da República pode apresentar uma proposta de emenda à Constituição [para a reforma política] ao exame do Congresso. Temos uma proposta de reforma política que mudaria completamente o cenário do país. Nas eleições proporcionais para vereador, deputado estadual e deputado federal, o eleitor votaria duas vezes. Primeiro, escolheria o partido no qual ele confia. Escolhido o partido, ele votaria em um candidato desse partido que ele escolheu. Qual a consequência disso? Os partidos teriam que falar da sua história, da sua doutrina, o que eles fizeram. A outra proposta que nós entendemos é ter uma distribuição mais equitativa do Fundo Partidário e do tempo de rádio e televisão. Hoje, a forma como é distribuída é apenas para manter a situação dos chamados grandes partidos políticos.

Agência Brasil: O Brasil é apontado como um dos países com a maior carga tributária do mundo. Quais os planos do seu governo para equacionar essa questão e minimizar o desgaste político que isso pode gerar?

Eymael: Onde reside a dificuldade da reforma tributária? Na guerra fiscal dos estados, na questão do ICMS [Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços]. Você tem que encontrar outra alternativa, que substitua o impasse existente. Se você estabelece o processo por uma outra filosofia tributária, com redução do número de tributos e introdução no Brasil do IVA, isso reduziria muito ou eliminaria o ruído entre os estados. Até hoje, o governo nunca quis fazer a reforma tributária. É apenas uma coisa para jogar para o público, por isso que a reforma realmente não andou. O que existe de desafio pode ser vencido. Não houve é vontade.

Agência Brasil: O Plano Nacional de Educação (PNE) é considerado uma grande conquista para o setor. Como pretende, em quatro anos, avançar nas pautas indicadas na lei? Como pretende resolver a questão do financiamento?

Eymael: [A situação da educação] é a mesma situação da saúde. As pessoas dizem “Ah, falta recurso para a saúde”. Mas falta muito mais gestão na saúde. É um problema básico, central. É a incompetência na escolha de caminhos. Com a educação, a mesma coisa. O processo educacional público é incapaz de atrair talentos. Não tem um plano de carreira decente. Uma necessidade é criar a Política Nacional de Educação Inclusiva. Nós temos milhões de crianças portadores de necessidades especiais e não há política nacional de educação inclusiva. [A educação inclusiva] não pressupõe ficar criando escolas. Pressupõe treinamento de professores, salas de aula equipadas para isso.

Agência Brasil: A Constituição Federal de 1988 estabeleceu um prazo de cinco anos para que todas as terras indígenas fossem identificadas e demarcadas. Passados 21 anos do fim desse prazo, pouco mais de 44% foram homologados. A falta de definição sobre essas áreas acaba sendo uma das principais causas do aumento de conflitos e da violência no campo. Como o senhor pretende resolver a questão da demarcação de terras indígenas?

Eymael: A primeira proposta do meu plano de governo é cumprir e fazer cumprir a Constituição. Nessa questão de demarcação é a mesma coisa: o direito existe e não é cumprido. Vale o bom-senso. Você tem que ter um diagnóstico correto, ouvindo todas as partes envolvidas. Qual a grande aspiração da nação indígena brasileira? Ser tratada como capaz. Hoje ela é tratada como incapaz. Temos o PSDC Indígena e o que eles falam é isso, querem ser tratados como capazes.

Agência Brasil: É possível tornar o passe livre uma realidade? Como? Como o governo federal pode atuar para garantir melhorias na mobilidade urbana nos grandes centros?

Eymael: Existe uma política nacional de mobilidade urbana e foi um planejamento muito bem feito. Mas está no mesmo passo de tartaruga. Tem que ser aplicado, exatamente os vetores formulados. Isso é uma demagogia pura. O dia que o Brasil tiver receita, crescimento, para dizer que o transporte urbano é política de Estado, ótimo. Mas até lá tem que ter bom-senso, dividir os encargos. O usuário paga uma parte, o governo subsidia [outra]. É preciso ter cuidado para não ser demagógico.

Agência Brasil: As unidades básicas de Saúde desempenham um papel central na garantia do acesso. Dotar essas unidades de infraestrutura adequada e de profissionais suficientes é um desafio para o país, que tem hoje 5.570 municípios. Como garantir a manutenção de um sistema de saúde público, universal e gratuito e enfrentar esses gargalos? Como suprir a falta de médicos nas regiões mais isoladas?

Eymael: Os gargalos existem porque não temos o Estado Necessário. Falta médico, falta equipamento. O que nós defendemos é a saúde inteligente. A saúde chegar antes da doença, a prevenção, evitando gastos públicos. Não tem esse foco no Brasil. E o Estado Necessário tem que estar presente em toda a vida nacional. O Estado Necessário não é nem maior, nem menor: é o necessário em recursos humanos, equipamentos e tecnologia. Por que você não tem médicos nas regiões mais isoladas? Porque não tem o Estado Necessário lá. Não tem médico porque não tem estrutura.

Com informações da Agência Brasil.

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A presidente Dilma Rousseff (PT) recuperou a preferência do eleitorado em Pernambuco. De acordo com um levantamento divulgado, nesta segunda-feira (4), pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), encomendado pelo Portal LeiaJá em parceria com o Jornal do Commercio, a petista teria 40% dos votos pernambucanos na disputa pela reeleição. Já o ex-governador Eduardo Campos (PSB), apresenta uma queda na preferência estadual, 30% dos entrevistados apontaram que votariam nele para presidente.   

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O tucano Aécio Neves receberia 4% dos votos e o Pastor Everaldo (PSC) 1%. Zé Maria (PSTU), Eymael (PSDC), Levy Fidelix (PRTB), Rui Costa Pimenta (PCO), Eduardo Jorge (PV) e Luciana Genro (PSOL) não contabilizaram um ponto percentual. Os indecisos somam 26%.

“O dado deixa claro que ela tem condições de vencer a eleição em Pernambuco”, avalia o cientista político e coordenador da pesquisa, Adriano Oliveira. “O desenvolvimento da presidente Dilma certamente vem acompanhado de uma recuperação eleitoral, mas prefiro aguardar o guia eleitoral para saber se esta recuperação em Pernambuco também será nacional ou será apenas local”, observa. 

Para o estudioso, a estratégia saída de Campos do estado para tentar angariar votos em outras regiões do país, principalmente em São Paulo, maior colégio eleitoral do país, pode causar perda de votos no reduto eleitoral dele. 

“No momento em que Eduardo Campos sai do estado, deixa um vazio. Parece até um paradoxo, eu saio do meu estado para tentar ganhar a eleição para presidente, mas aí eu termino perdendo o capital eleitoral no meu estado. Correndo o risco de perder no próprio estado dele”, pontua Oliveira. 

Campos também aparece com o percentual menor do que o da presidente Dilma, quando a análise dos votos é por regiões. Na capital pernambucana, ela seria votada por 32% dos eleitores, enquanto o ex-governador é preferido por 31%. Aécio teria 3%, Pastor Everaldo 1% e Zé Maria 1%. No Agreste a petista receberia 44% dos votos, Eduardo Campos 26% e Aécio Neves 4%. 

A diferença entre Dilma e Campos fica mais acentuada no Sertão e no São Francisco. A presidente teria 57% no Sertão, Eduardo 20%, Aécio 3% e Pastor Everaldo 1%. No São Francisco, a petista receberia 52% dos votos, o socialista 21%, o tucano 4%, Pastor Everaldo 2% e Levi Fidelix 1%. 

A situação é revertida pelo pernambucano entre os eleitores da Região Metropolitana do Recife (RMR) e da Zona da Mata. Na RMR, Campos configura 34% dos votos, a presidente é preferida por 33%, Aécio Neves por 3% e Pastor Everaldo por 1%. Já na Mata o percentual é ainda maior, o ex-governador aparece com 37%, Dilma teria 35%, Aécio Neves 4% e Pastor Everaldo 1%. 

Quando as intenções de voto são aferidas a partir do nível de escolaridade, para os que concluíram até o ensino fundamental a presidente Dilma configura 41% da preferência contra 30% de Eduardo. Aécio receberia 3% dos votos e Pastor Everaldo 1%. Aos que concluíram o ensino superior 40% votariam em Dilma, 28% escolheriam Campos para presidir o país, 7% prefeririam Aécio Neves e 1% Zé Maria. Os candidatos não citados nas regiões e por nível de escolaridade não atingiram 1% das intenções de votos.

O Instituto ouviu 2.482 pernambucanos, entre os dias 28 e 29 de julho. A margem de erro da pesquisa é de 2,0 pontos percentuais e a confiança é de 95%. O levantamento foi registrad junto a Justiça Eleitoral, sob os números PE-00010/2014 e BR-00260/2014, no dia 25 de julho de 2014. 

Dados espontâneos

Ao serem provocados para indicar espontaneamente em quem votaria, Dilma permanece na liderança, com 36%, e Campos receberia 24%. Mesmo sem estar na disputa, o ex-presidente Lula (PT) também é apontado pelos entrevistados, 3% votaria nele. Aécio Neves aparece como o preferido de 3% e 2% indicaria outros candidatos não nominados. Os indecisos, neste caso, somam 32%. 

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O candidato à Presidência da República pelo PSDC, Eymael, lançou o site oficial da campanha. Na página, é possível conhecer as 27 diretrizes que norteiam o programa de governo, entre elas as que tratam sobre reforma tributária, saúde, educação, moradia, serviços públicos, meio ambiente sustentável, política externa e servidores públicos.

Com pouco tempo no guia eleitoral no rádio e televisão, o PSDC irá fazer programas especiais para a internet, através da TV Eymael. O site possui ainda espaços para notícias, galeria de fotos e contatos.

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José Maria Eymael nasceu em Porto Alegre e tem 74 anos. O limite de gastos previstos para a campanha é de R$ 25 milhões. Entre as principais propostas do candidato estão a simplificação do sistema tributário, a reformulação do pacto federativo, a implantação do Ministério da Segurança Pública e a ampliação das ações de prevenção de doenças.

José Maria Eymael disputa, pela quarta vez, a Presidência da República pelo Partido Social Democrata Cristão (PSDC). Ele concorreu ao cargo em 1998, 2006 e 2010. O candidato a vice na chapa de Eymael é o presidente da legenda em Roraima, Roberto Lopes. O PSDC não está coligado a nenhuma legenda.

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Além de fundador do PSDC, José Maria Eymael é advogado, nasceu em Porto Alegre e tem 74 anos. Sua trajetória política começou na capital gaúcha, onde foi um dos líderes da Juventude Operária Católica. Em 1962, filiou-se ao Partido Democrata Cristão (PDC) e atuou como líder jovem do partido.

Em 1986, foi eleito deputado federal por São Paulo. Em 1990, conquistou o segundo mandato na Câmara dos Deputados. Como parlamentar federal, Eymael defendeu a manutenção da palavra Deus no preâmbulo da atual Constituição Federal durante a Assembleia Constituinte, considerado um marco em sua trajetória política.

O programa de governo do PSDC tem 27 diretrizes, em referência ao número da legenda. Entre elas, cumprir e fazer cumprir a Constituição, resgatar e proteger os valores éticos da família, simplificar a política tributária e reduzir a carga dos impostos.

Eymael destaca a intenção de desenvolver a política nacional de segurança, com a criação do Ministério de Segurança Pública. Ele também propõe a redução no número de pastas no governo federal, mas ressalta a necessidade de implementar o Ministério da Família.

O candidato também propõe um programa de saúde pública com foco na prevenção e defende a prática de um ensino inclusivo, que abarque as crianças e jovens portadores de necessidades especiais. Eymael ainda destaca a “obsessão pelo desenvolvimento” e uma política externa vinculada às grandes economias mundiais, que não seja meramente ideológica.

O candidato a presidente José Maria Eymael (PSDC) possui bens no valor total de R$ 5,13 milhões e não R$ 17 milhões, como consta na declaração no sistema de divulgação de candidaturas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os erros de lançamento foram cometidos pela assessoria de Eymael, segundo o comitê de campanha, e foi enviada uma retificação ao TSE.

Em clima de festa, os partidos que compõem o G6 (PSL, PSDC, PRP, PHS, PRTB, PTN), além de PPS, PV e SDD, oficializaram, neste domingo (29), as candidaturas que vão disputar as chapas proporcionais das legendas. Na convenção conjunta, realizada no bairro da Benfica, na área central do Recife, as siglas também reforçaram o apoio à chapa majoritária da Frente Popular, que tem Paulo Câmara (PSB) como candidato ao governo do estado, Raul Henry (PMDB) como vice, além de Fernando Bezerra Coelho (PSB) como postulante ao cargo de senador.

No ato, a chapa “Juntos pelo Imposto Único”, como é denominado o G6, homologou 50 postulações para a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) e 34 para a Câmara Federal. Além dos seis partidos, o PPS marchará no 'chapão' com quatro candidaturas a deputados federais e, no âmbito estadual, configurando uma pequena chapa junto com o PHS e o PSL, disputará com 20 candidaturas. O 'Chapão', além do G6 e o PPS, também é composto pelo PV e o SDD - criando assim uma nova denominação o G9. Entre os nomes estão na disputa Rogério de Lucca (PSL), o vereador de Olinda, Arlindo Siqueira (PHS); além do vereador do Recife, Raul Jungmann (PPS). 

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Diferentemente do habitual, Jungmann, ao discursar, pregou a continuação do governo do PSB no Estado. “Esta caminhada é rumo à continuidade ao que foi feito por Eduardo Campos em Pernambuco. Este palanque que se integra na luta de Paulo Câmara e de Fernando Bezerra Coelho”, afirmou. “Queremos mudar e continuar”, acrescentou disparando críticas sobre o governo do PT, o Caso do Mensalão, a Copa de Mundo e as fraudes na Petrobras. 

O PSL, além do apoio local ao PSB, também oficializou a participação no palanque nacional com o ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos. Para o presidente da nacional da legenda e candidato a deputado federal, Luciano Bivar, o país precisa recuperar a moral e os bons costumes. “Pedimos um voto puro para que este país recupere a moral que acabou. Vamos fazer valer um Brasil melhor, de mais oportunidades e justiça”, cravou o empresário. “É um momento decisivo na política nacional para que não haja uma ditadura do governo vigente”, acrescentou o dirigente.

Representando a Frente Popular na convenção, Fernando Bezerra Coelho disse acreditar na eleição de, pelo menos, dois deputados federais e seis estaduais pela chapa. “O dia de hoje é histórico para a política de Pernambuco. Esta engenharia política mostra a força do nosso palanque. Os apoios oficializados hoje fortalecem a nossa confiança de que vamos eleger 20 deputados federais e 40 estaduais. Estes partidos contribuem, agora, efetivamente com o nosso palanque, além da contribuição que já estão dando a construção do programa de governo”, ressaltou Bezerra Coelho. 

O candidato, que também é um dos vice-presidentes nacional do PSB, recebeu o apoio do PSL em nome de Campos. “Eduardo não pode vir, mas me pediu para que estivesse aqui junto com Bivar. Ontem, na convenção nacional, vimos um momento muito importante. O PSL amplia um pouco mais o tempo de televisão de Eduardo, estamos contabilizando e ele poderá ficar com três minutos. Um tempo bom para divulgar as nossas propostas”, avaliou o ex-ministro. 

O Partido Social Democrata Cristão (PSDC) escolheu neste domingo (29), em convenção partidária na capital paulista, o candidato José Maria Eymael para disputar a Presidência da República nas eleições deste ano. Eymael é presidente nacional da legenda e foi deputado federal constituinte. Ele terá como vice o candidato Roberto Lopes, que preside o partido em Roraima. O PSDC não está coligado a nenhuma outra legenda.

O PSDC apresentou 27 diretrizes, em referência ao número da legenda, para a disputa eleitoral. Durante o discurso, Eymael destacou a intenção de criar o Ministério de Segurança Pública. “A violência é um dos grandes problemas brasileiros. Queremos a elaboração de uma política nacional de segurança”, declarou.

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O candidato apontou ainda a intenção de reduzir o número de pastas no governo federal, mas destacou a necessidade da criação de um Ministério da Família. “Temos ministérios demais. Vamos fazer redução drástica, mas dois precisam ser criados. Esse ministério vai desenvolver políticas públicas para defender os valores das famílias”, apontou.

Eymael defendeu também uma política externa que esteja vinculada às grandes economias mundiais. “Essa política terá compromisso com o desenvolvimento, uma aliança com as grandes nações do mundo para levar o Brasil para a frente. É como se [atualmente] tivéssemos complexo de inferioridade”, pontuou.

PTC oficializa apoio à candidatura de Aécio Neves

O Partido Trabalhista Cristão (PTC) formalizou o apoio à candidatura de Aécio Neves (PSDB) à Presidência da República em convenção nacional realizada neste fim de semana, em Salvador-BA. No início do mês o presidente do partido, Daniel Tourinho, havia se encontrado com Aécio e declarado a intenção de apoiá-lo.

Na eleição presidencial de 2010, o PTC tinha apoiado a candidatura da presidenta Dilma Rousseff. O PTC foi criado a partir do Partido da Reconstrução Nacional (PRN), que lançou e elegeu Fernando Collor de Melo para a Presidência da República, em 1989. Em 2000, o nome foi alterado para PTC.

No estatuto, o partido lista, entre seus princípios e objetivos, a defesa das instituições políticas democráticas, das liberdades individuais, da vida e da família, da luta pela justiça social, do Estado laico e do combate à impunidade.

Os partidos PSL, PRP, PRTB, PSDC, PTdoB e PHS oficializaram a criação de um novo bloco político denominado de G6. As seis legendas se uniram com o intuito de fortalecer as chapas para deputados estadual e federal, com a maior possibilidade de eleição. Além disso, segundo eles, também há possibilidades das siglas lançarem um nome para disputar o Governo de Pernambuco. 

“Todos nós temos uma quantia de voto mais modesta do que essas chapas maiores e a chance de eleição diminui efetivamente. O objetivo é, em primeiro lugar, eleger deputados federais e depois estaduais”, explicou, em conversa com o Portal LeiaJá, o pré-candidato a Câmara Federal e presidente nacional do PSL, Luciano Bivar. 

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O lançamento oficial do G6 aconteceu nessa quarta-feira (29) e mesmo integrando a base do governo, não descartaram a possibilidade de configurar a terceira via na disputa pelo Palácio do Campo das Princesas. “Vários partidos, como o próprio governo não tem nenhum candidato definido. Se for o caso, para obter ganhos eleitorais e tempo de TV, lançaremos candidatura própria. Mas não temos nada definido e não temos pressa”, sinalizou Bivar. O PSL já foi citado pelo governador Eduardo Campos como um dos partidos que serão procurados para integrar as diretrizes do programa de governo na disputa presidencial. 

Ainda de acordo com o pré-candidato, o G6 vai se reunir mensalmente para definir estratégias de campanha e articular quais serão os nomes para a disputa. A expectativa do bloco é eleger dois ou três deputados federais e até oito estaduais. “Temos 550 mil votos em testes pretéritos. Não é invenção. São números de eleições reais para prefeitos, vereadores e deputados”, garantiu Bivar. Atualmente, em Pernambuco, o G6 tem 156 vereadores, dois prefeitos, um vice e um deputado estadual.

Talvez seja a falta de autoestima ou por não acreditarem no próprio projeto político, mas certos candidatos entram na disputa eleitoral apenas por determinação da legenda, sem o compromisso ou o menor interesse de se eleger. Nas eleições da cidade do Recife, 29 postulantes a vereador não obtiveram nem ao menos um voto.

Alguns partidos chegaram a zerar o número de votos, como é o caso do PSDC, que lançou oito candidatos a vereador que não conquistaram nem um voto sequer. Outro partido foi os Democratas: seis dos seus postulantes zeraram a votação. Em seguida está o PSDB e PRTB, com quatro candidatos cada. O PT ficou com dois dessa lista e o PP e o PSTU tiveram um candidato cada.

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Segue a lista dos candidatos que não conseguiram nenhum voto:

Ângela Dantas (PSDB), Maestro Gil (PT), Giovana Carina (PSTU), Iraci Rita Melo (PSDB), Josefa Maria de Melo (DEM), Antônia Jenecy (PTC), Marize (PSDC), José Edson Ferreira (PRTB), Joana Darc (PT), Sonia Lustosa (PSDB), Eunice Cosme (PTC), Lourdes (PSDC), Ana Jordão (DEM), Daniel André (PP), Maria do Livramento (PRTB), Luzinete Martins (PSDB), Missilene (DEM), Cláudia Júlia (PSDC), Julina Karla (PRTB), Andreza Magalhães (PTC), Jandira da Bahia (PSDC), Claudionete (DEM), Juliana Carvalho (PRTB), José Cabral (PSDC), Ana Paula Gonçalves (DEM), Wilde Batista (DEM), Noemia (PSDC), Luciana (PSDC) e Elisama (PSDC).

Foi publicado no Diário Oficial desta quinta-feira a decisão do juiz da 151ª Zona Eleitoral, João Maurício Alcoforado, que julgou improcedente na última terça-feira (24) quatro ações contrárias à coligação do PT/PP/PHS/PSDC.  Os processos diziam respeito a questões internas dos partidos, como o pedido do deputado federal Roberto Teixeira para a anulação da convenção da legenda.

Outra ação contra o candidato a vice na chapa majoritária, João Paulo também foi arquivada. Em todos os casos, o juiz não constatou nenhuma irregularidade. “A decisão não só acolheu a defesa apresentada, como a opinião do Ministério Público, que também era pelo arquivamento”, afirmou o advogado da coligação Ricardo Dalle.


Segue abaixo a sentença do juiz na íntegra:

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SENTENÇA

Ref. Processo nº. 42.562/2012.

Vistos etc.,

Trata-se de Pedido de Registro de Candidatura requerido pela Coligação "PARA O RECIFE SEGUIR MUDANDO", formada pelos seguintes Partidos: PP, PT, PSDC e PHS na majoritária e pelos partidos PT e PP na proporcional. No curso do Processo, foram protocoladas três petições, propondo a Impugnação do presente Registro, e posteriormente, oferecidas as respectivas Contestações, em virtude dos diferentes fatores que a seguir descrevo:

Em 13/07/2012, foi protocolado nesta 151ª Zona Eleitoral, Protocolo SADP nº. 77.191/2012, petição, cujos autores Roberto Sérgio Ribeiro Coutinho Teixeira e Antônio Carlos de Aguiar Silva, ambos qualificados na mesma, alegaram que não foram comunicados da Convenção do Partido Progressista – PP, assim como, a falta de publicação do Edital previsto no Estatuto do Partido, que daria a devida publicidade a Convenção. Requereram liminarmente, a suspensão dos atos praticados e as deliberações realizadas durante a Convenção do Partido Progressista – PP. Protestaram também pela nulidade da referida Convenção ou a sua anulação, com a consequente suspensão dos efeitos de todos os atos nela praticados, bem como a citação do réu, para querendo, responder à presente.



Após notificação, acontecida em 15/07/2012, a Coligação "PARA O RECIFE SEGUIR MUDANDO" e a Comissão Provisória Municipal do Partido Progressista - PP, apresentaram Contestação, onde alegaram a incompetência da Justiça Eleitoral para resolução de questões internas de Partido Político; A ilegitimidade ativa dos impugnantes, em face do estabelecido pelo art. 3º da Lei Complementar 64/90; A ilegitimidade passiva da Coligação para figurar no polo passivo quando a demanda não se tratar de interesses interpartidários, conforme elucida o art. 6º, § 1º, da Lei nº. 9.504/97; Alegaram também a faculdade que o Partido tem de notificar os convencionais pessoalmente, apenas se houver possibilidade, bem como, que foi providenciada a afixação de Edital, em 21/06/2012, na Sede do Partido e nessa mesma data o registro junto a Justiça Eleitoral, além de publicação no Jornal Folha de Pernambuco; Em seguida, narraram quais seriam as supostas "intenções dos autores" ao acionarem o Judiciário; Ao final, requereram que a Impugnação não fosse conhecida, devendo ser arquivada sem julgamento do mérito.

Caso as preliminares fossem ultrapassadas, requereram o julgamento improcedente da Ação, com a consequente declaração da legalidade da Convenção e validação de todos os atos nela praticados e deliberados.

Em 13/07/2012, foi protocolado também neste Cartório Eleitoral, Protocolo SADP nº. 76.714/2012, uma segunda Petição, denominada pelos seus autores, Valdilene Carvalho Pereira e Djalma Luiz Lopes da Silva, ambos qualificados nos autos, como Impugnação à Convenção Partidária realizada em 29/06/2012, em desfavor do Partido dos Trabalhadores – PT. Em seguida, fizeram uma breve narrativa do episódio ocorrido nas prévias do PT, entre o atual Prefeito do Recife, João da Costa, o então Deputado Federal, Maurício Rands e a Executiva Nacional do Partido. Alegaram que o Estatuto do Partido foi desrespeitado quando a Executiva Nacional indicou, sem a manifestação dos filiados, o nome do Senador Humberto Costa, como candidato a Prefeito do Recife. Mencionaram que a Convenção do PT é nula por não ter representado a manifestação legítima dos convencionais e que se as prévias foram anuladas/canceladas, a instância partidária legítima para indicar o candidato do Partido seria o Encontro Municipal, que ocorreria em 10/06/2012 e não ocorreu em face da indicação efetuada pela Executiva Nacional. Ao final, requerem a suspensão do registro do DRAP da Coligação "PARA O RECIFE SEGUIR MUDANDO", até que ocorra o julgamento da Impugnação à Convenção Partidária do

Partido dos Trabalhadores – PT; Citação dos interessados; ouvida do Ministério Público Eleitoral; O julgamento procedente da Impugnação, com o consequente indeferimento do registro do DRAP, em virtude da nulidade da Convenção partidária do PT, ocorrida no dia 29/06/2012.

Após notificação, acontecida em 15/07/2012, a Coligação "PARA O RECIFE SEGUIR MUDANDO" e o Partido dos Trabalhadores – PT, apresentaram Contestação, onde alegaram a incompetência da Justiça Eleitoral para resolução de questões internas de Partido Político; A ilegitimidade ativa dos impugnantes, em face do estabelecido pelo art. 3º da Lei Complementar 64/90; A ilegitimidade passiva da Coligação para figurar no polo passivo quando a demanda não se tratar de interesses interpartidários, conforme elucida o art. 6º, § 1º, da Lei nº. 9.504/97; Alegaram que não foi desrespeitado pela Executiva Nacional, o Estatuto do Partido e que na Convenção, votaram os convencionais, obtendo a Chapa, o número de votos necessários para a sua homologação; Ao final, requerem o reconhecimento da incompetência deste Juízo para julgar questões afetas à Partido Político; Reconhecer a ilegitimidade ativa dos impugnantes para figurar no Polo Ativo; Reconhecer a ilegitimidade passiva da Coligação para figurar no Polo Passivo; Ultrapassada as questões preliminares, julgar improcedente a impugnação e deferir o registro do DRAP da Coligação "PARA O RECIFE SEGUIR MUDANDO".

Em 13/07/2012, foi protocolada uma terceira Petição, Protocolo SADP nº. 76.705/2012, denominada pelos autores, que são os mesmos da segunda Ação, ou seja, Valdilene Carvalho Pereira e Djalma Luiz Lopes da Silva, como Ação de Impugnação ao Pedido de Registro de DRAP, tendo em vista supostos fatos ocorridos com a Convenção realizada pelo Partido Humanista da Solidariedade – PHS, e isso repercutiria nos Processos de Registro de Candidatura da Coligação "PARA O RECIFE SEGUIR MUDANDO". Alegam os autores, que não consta a aprovação em

Convenção do PHS, realizada em 10/06/2012, a decisão dos convencionais por formar coligação majoritária com o PT, apoiando, via de consequência, o candidato Humberto Costa. Alegam também, que em 29/06/2012, foi realizado um adendo na ata da Convenção do dia 10/06/2012, para aprovar a coligação majoritária com o PT e não teria sido delegado pelos convencionais, aos seus representantes ou à Comissão Executiva Municipal do PHS, poderes expressos para decidir sobre a coligação majoritária. Pede ao final a notificação, tanto da coligação, quanto do PHS, para contestar; Solicita a ouvida do Ministério Público Eleitoral; Requerem também, sejam reconhecidos os vícios insanáveis apontados, julgando -se procedente a impugnação ao pedido do registro do DRAP, da Coligação "PARA O RECIFE SEGUIR MUDANDO", com a consequente negativa de registro da referida Coligação.

Após notificação, ocorrida em 15/07/2012, a Coligação "PARA O RECIFE SEGUIR MUDANDO" e o Partido Humanista da Solidariedade – PHS, apresentaram contestação, alegando a impossibilidade de pessoas que se dizem filiadas ao PT, questionarem a Convenção de outro partido, ou seja, o PHS; Alegaram também, a incompetência da Justiça Eleitoral para resolução de questões internas de Partidos Políticos; A ilegitimidade ativa dos impugnantes, em face do estabelecido pelo art. 3º da Lei Complementar 64/90; A ilegitimidade passiva da Coligação para figurar no polo passivo, quando a demanda não se tratar de interesses interpartidários, conforme elucida o art. 6º, § 1º, da Lei nº. 9.504/97; Ao final, requerem seja reconhecida a incompetência deste Juízo para julgar questões afetas à Partido Político; Seja reconhecida a ilegitimidade ativa dos impugnantes; A ilegitimidade passiva da Coligação para figurar no Polo Passivo; Deferir o registro do Demonstrativo de Regularidade de Atos Partidários da referida Coligação.

Não concedi nenhuma das liminares solicitadas por completa ausência dos requisitos necessários, ou seja, fumus boni iuris e de periculum in mora.

A chefia do cartório apresentou informação com dados completos sobre a instrução dos autos.

O Ministério Público Eleitoral, apresentou Parecer em que se manifesta pelo Indeferimento dos pedidos feitos por todos os autores, e ao final requer o Deferimento do Registro da Coligação Partidária objeto destes autos.



É o relatório.

Passo a decidir.

É importante salientar, com fulcro no caput do art. 3º da Lei Complementar 64/90, que apenas são legitimados a propor Ação de Impugnação, as seguintes partes: a) Qualquer candidato, b) Partido Político, c) Coligação d) Ministério Público. O cidadão não foi incluído nesse rol, que é taxativo, portanto, não tem legitimidade ativa para impugnar.

É imperioso frisar também que Estatuto Partidário não é considerado Lei. Esta, em síntese, é o ato normativo previsto na Constituição Federal, elaborado conforme o competente Processo Legislativo. Portanto, qualquer descumprimento do Estatuto em que o seu filiado se sinta prejudicado, deverá ser questionado nas instâncias partidárias cabíveis, que são os órgãos partidários competentes para dirimir as controvérsias internas existentes entre os seus membros.

Em relação a primeira Ação, temos que a Lei Eleitoral não prevê nenhuma forma específica de convocação dos membros do Partido para a sua Convenção. Tratando-se, neste caso, de matéria "interna corporis," que deverá ser discutida exclusivamente no âmbito partidário, não cabendo a Justiça Eleitoral qualquer manifestação sobre o tema, a não ser que na Convenção aconteça, ou seja deliberado algum tipo de ilegalidade, o que não restou caracterizado no caso da Convenção do Partido Progressista – PP.

Restou comprovado, após juntada de provas inequívocas, que o Partido Progressista, deu publicidade a sua Convenção.

O art. 17 da Constituição Federal assim estabelece:

Art. 17. "É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes preceitos:

§1º. É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna, organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o regime de suas coligações eleitorais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária”.

Os requerentes, na primeira petição, reconheceram que a Convenção Municipal do PP ocorreu no dia 30 de junho de 2012, das 10:00 às 13:00 horas, na sede do Diretório Estadual do Partido.

A Lei nº. 9.504/97, em seu art. 8º assim estabelece:

“A escolha dos candidatos pelos partidos e a deliberação sobre coligações deverão ser feitas no período de 10 a 30 de junho do ano em que se realizarem as eleições, lavrando-se a respectiva ata em livro aberto e rubricado pela Justiça Eleitoral”.



Pode-se deduzir, que a referida Convenção aconteceu em dia previsto legalmente, o horário perfeitamente cabível, também conhecido popularmente como comercial e o local de realização foi a sede do partido, ou seja, tudo perfeitamente compreensível, não restando comprovado que o Partido de alguma forma tenha tentado esconder dos seus filiados ou de algum possível interessado, onde e quando aconteceria a sua Convenção.

Um dos requerentes, o Sr. Roberto Sérgio, afirma que a sua residência fica localizada a menos de 200 metros da sede do partido, o que a meu ver claramente caracteriza a possibilidade do mesmo ter comparecido a sede do partido dentro do prazo estabelecido em lei, ou seja, 10 a 30 de junho, e querendo, tomar conhecimento da data estabelecida pelo Partido para a Convenção. O mesmo é Deputado Federal, portanto, com experiência em eleições e provavelmente conhecedor das datas estabelecidas legalmente.

O próprio Estatuto do Partido, em seu art. 12, § 2º, apenas prevê que os membros convencionais serão notificados pessoalmente, quando houver possibilidade, prevendo em seu caput, o Edital como meio suficiente de convocação dos seus membros convencionais.

No caso do Sr. Antônio Carlos, o mesmo alega que pretendia colocar seu nome na lista do partido, pleiteando uma vaga de Vereador do Recife. Acontece que o prazo para os partidos indicarem candidatos para vagas remanescentes é 8 de agosto, ou seja, poderia o requerente tempestivamente pleitear junto aos representantes partidários, a chance almejada, caso o problema realmente fosse o desconhecimento da data da Convenção.

Em relação a segunda Ação e após análise do Sistema de Filiação Partidária da Justiça Eleitoral - ELO 6, constatou-se que os autores da petição em tela, não estão cadastrados no mesmo como filiados ao Partido dos Trabalhadores – PT, (certidões do ELO 6 em anexo) conforme afirmam na qualificação e nas declarações que acostaram. Foi analisado também o Sistema de Candidaturas (CAND), não sendo encontrado o nome dos autores como candidatos. Ocorre que, posteriormente, foi juntado aos autos o que os autores chamaram de Ata de Votação de Convenção Partidária do Ano de 2012, com a finalidade dos mesmos comprovarem que são filiados ao Partido dos Trabalhadores - PT.

Contudo, independentemente dos autores serem filiados ou não ao Partido dos Trabalhadores, entendo que os mesmos não podem representar o Partido ou a Coligação, consequentemente configuram-se como partes ilegítimas a propor Ação de Impugnação ao DRAP, conforme estabelece o art. 3º da Lei Complementar nº. 64/90, que apenas são legitimados a propor Ação de Impugnação, as seguintes partes: a) Qualquer candidato, b) Partido Político, c) Coligação d) Ministério Público.

De fato, mesmo não reconhecendo o caráter de impugnação as petições protocoladas pelos autores, e recepcionando-as como Notícias, o Poder Judiciário não possui competência para questionar as decisões internas promovidas nas competentes instâncias dos Partidos, por se tratarem de questões “interna corporis”. Nesse sentido já se pronunciaram diversas vezes os nossos Tribunais, existindo farta Jurisprudência sobre o referido assunto, inclusive inseridas nos autos, pelas partes, nas suas petições e fundamentadas através do art. 17 da Constituição Federal. Senão vejamos, Jurisprudência do TSE e do próprio TRE de Pernambuco:

Agravo Regimental no Recurso Especial Eleitoral nº. 4843-36.2010.6.15.0000 – Classe 32 – João Pessoa – Paraíba - Relator: Ministro Arnaldo Versiani.

Registro. Candidato. Escolha em convenção.

1. A escolha do candidato em convenção é requisito exigido para o deferimento do pedido de registro de candidatura.

2. A Justiça Eleitoral é incompetente para julgar os critérios utilizados pelo partido para escolher os candidatos que disputarão as eleições, haja vista se tratar de matéria interna corporis.

Agravo Regimental não provido.

Recurso Eleitoral. Registro de candidatura. Eleições Municipais (2008). Candidato. Coligação. Impugnação. Convenção. Ata. Irregularidade.

Relatora: Desa. Margarida Cantarelli.

O candidato, coligação ou partido alheio à convenção não possui legitimidade para impugnar registro de candidaturas de outra agremiação partidária, por irregularidade em convenção, tratando-se de matéria interna corporis dos partidos, não cabendo a terceiros impugnar escolha de representante da coligação.

No caso da terceira impugnação, entendo da mesma forma como foi mencionado nos parágrafos anteriores, ou seja, os autores não são partes legítimas para propor Ação de Impugnação, com fundamentos em problemas existentes na Convenção de outro partido, diferente daquele ao qual pertencem como filiados.

A decisão a respeito da formação da Coligação com o PT não é dissidente daquela proferida em 10/06/2012, onde ficou claro na ata da Convenção do PHS, que o partido esperaria as decisões políticas dos outros partidos, para só então decidir pela união em forma de coligação.

Observe-se que nenhum dos 59 candidatos inscritos pelo PHS, embora possuíssem legitimidade em tese, apresentou qualquer impugnação ou reclamação contra a Convenção atacada.

Por fim, todas as deliberações foram tomadas dentro do prazo previsto na legislação eleitoral, ou seja, entre 10 e 30 de junho. Portanto, não vislumbro quaisquer irregularidades na Convenção do PHS, ocorrida em 10/06/2012 e 29/06/2012.

Diante do exposto, não reconheço o caráter de Impugnação às Petições protocoladas, recepcionando-as como notícias, e por isso desconsidero os ritos dos artigos 42 e 43 da Resolução 23.373/2011. Em relação aos pedidos, acolho o Parecer do Representante do Ministério Público Eleitoral no exercício das funções eleitorais nesta 151ª Zona Eleitoral, com a finalidade de Indeferir os pedidos formulados por Roberto Sérgio Ribeiro Coutinho Teixeira, Antônio Carlos de Aguiar Silva, Valdilene Carvalho Pereira e Djalma Luiz Lopes da Silva, deferindo, por consequência, o registro da Coligação Partidária objeto destes autos, por terem sido preenchidas todas as condições legais para o registro pleiteado.



Recife, 23 de julho de 2012.

João Maurício Guedes Alcoforado

Juiz da 151ª Zona Eleitoral

O presidente do diretório municipal do Partido Social Democrata Cristão (PSDC) em Santo André, no ABC, Adriano Giovanni Pieroni, de 48 anos, foi preso, às 21h30 de ontem, após xingar dois guardas civis municipais e chamar um deles de "macaco", em frente ao velório municipal de São Caetano do Sul, também no ABC, localizado na Rua Rio Grande do Sul, no bairro Santo Antonio, próximo ao centro da cidade.

Os guardas Edemir Edinor da Silva e Jucélio Silva, que trabalham na base localizada na Alameda São Caetano, no bairro Santa Maria, estavam de serviço desde as 18h em frente ao velório, onde cinco pessoas eram veladas naquele momento, entre elas o primo de Pieroni, assassinado com vários tiros no rosto. Segundo os guardas, a namorada de Adriano disse que ele, momentos antes, havia tomado três doses de vodca na padaria localizada a 70 metros do velório.

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Revoltado com a morte do primo, o político, ao ver a viatura parada em frente ao velório, dirigiu-se até os dois guardas e começou a ofendê-los com palavrões. "Ele estava transtornado. Ainda me chamou de 'preto' e 'macaco'", disse o guarda civil Jucélio Silva, de 38 anos.

Sem ser algemado e dominado sem uso de truculência, Pieroni foi colocado dentro da viatura e levado para o Distrito Policial Sede de São Caetano. "Cinco velórios ocorriam naquele momento e várias pessoas saíram para ver o que ocorria", acrescentou Silva.

Ao chegar na delegacia, Adriano disse ao delegado Sérgio Vidal que havia sido agredido pelos guardas, o que, segundo a Polícia Civil, não ocorreu, Até as 2h15 desta madrugada, o acusado ainda estava no Hospital Municipal Central, na Avenida Kennedy, onde passou por exame de corpo de delito - para averiguar se havia alguma marca de agressão - e por exame de sangue, para medir o teor de álcool no sangue.

O político, até o término desta reportagem, segundo a polícia, havia sido autuado por injúria racial e desacato. Não havia sido confirmado pela polícia se Pieroni já atuou como policial militar (ele dissera ter sido da corporação). Pelo fato do racismo ser um crime inafiançável, Adriano deve ficar preso e aguardar decisão judicial.

Tentativa de assassinato - Em junho de 2011, Adriano Giovanni Pieroni foi preso ao invadir, armado com uma faca, a mesma base da guarda civil onde Edemir e Jucélio trabalham. A esposa de Adriano, após discutir com o marido, foi perseguida por ele e se refugiou dentro da base.

Horas antes, a vítima já havia registrado boletim de ocorrência contra Adriano por violência doméstica. Ao retornar para a casa, teve início uma nova discussão entre o casal. A mulher, acompanhada da mãe e duas filhas, entrou num dos carros da família e foi embora, mas acabou perseguida por Pieroni, que ao volante do outro carro, bateu contra a traseira do veículo da esposa.

Ao ver a base da Guarda Civil Municipal (GCM), ela parou o carro e entrou no posto para pedir ajuda aos agentes municipais, momento em que o político invadiu o local armado com uma faca. Dominado com uso de spray de pimenta, Pieroni, visivelmente embriagado, ainda chutou a viatura da GCM e foi levado para a delegacia, onde parentes registraram boletim de ocorrência acusando-o de agressão também contra a sogra. Na ocasião, ele foi autuado por violência doméstica, ameaça, desacato, injúria, dano ao patrimônio e embriaguez ao volante.

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