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Extinta em 2017, a propaganda partidária gratuita em rede nacional voltou para ser um ingrediente a mais na disputa eleitoral de 2022. O primeiro partido a inserir seu material de promoção foi o PSOL, no sábado (26), mas o calendário de inserções com as demais siglas se estende até o fim do primeiro semestre.

A Lei 14.291/22, acordada pelo Congresso em janeiro, autorizou que os partidos voltem a difundir suas ideias, atividades e posições sobre temas sensíveis à sociedade em estações de rádio e canais de televisão.

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Diferente da propaganda eleitoral, que inicia em agosto, a partidária não pode pedir votos ou fazer publicidade dos candidatos, conforme determina a Resolução 23.679/2022 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A resolução também certifica que pelo menos 30% do material de cada legenda seja usado para promover a participação feminina na política. O uso indevido do espaço com fake news e informações que prejudiquem o processo de votação podem penalizar os partidos, que são responsáveis por seus conteúdos.

Inserções

Ao todo, serão 305 minutos de propaganda veiculados sempre nas terças, quintas e aos sábados, entre 19h30 e 22h30. Cada rede pode transmitir até 10 inserções de 30 segundos por dia, com o intervalo de 10 minutos entre cada uma. 

As duas primeiras horas podem transmitir três inserções e a última hora pode transmitir até quatro.

Critérios

O tempo de cada partido é disposto de acordo com o desempenho nas últimas eleições gerais. Os que elegeram mais de 20 deputados federais têm direito a 20 minutos semestrais. Quem têm 10 ou 20 eleitos recebeu 10 minutos e as bancadas com até 9 parlamentares têm cinco minutos.

Calendário

O calendário de inserções começou com PSOL no mês passado e PDT, que abriu o mês de março logo no dia 1º. MDB e PSL começam no próximo dia 10, e no dia 12 é a vez do PROS e AVANTE.

No dia 22 de março, estreiam o PCdoB e o PSC; dia 24 será o PT, e o mês encerra com PSB (26) e PATRIOTA (29).

REPUBLICANOS começa no dia 7 de abril, seguido por PSDB e PP, no dia 26. Em maio, SOLIDARIEDADE (19) e PODEMOS (21) apresentam suas propagandas.

O último mês da propaganda partidária foi reservado ao PL (2), PV (4), CIDADANIA (11) e PSD (14), dispôs o calendário do TSE.

 

O Plenário do Senado se reúne na quarta-feira (8), a partir das 16h, quando poderá aprovar em definitivo o projeto de lei que recupera a propaganda gratuita dos partidos políticos no rádio e na televisão (PL 4.572/2019). O projeto já havia sido aprovado no Senado, passou por mudanças na Câmara dos Deputados e agora volta para a decisão final dos senadores.

A propaganda partidária não tem relação com o horário eleitoral. Trata-se de uma inserção anual garantida aos partidos políticos com registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A ferramenta foi extinta na reforma eleitoral de 2017 e é recuperada pelo projeto que pode ser votado na quarta-feira.

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Segundo o texto, a propaganda gratuita deverá servir para divulgar o programa do partido, incentivar a filiação e promover a participação política de jovens, mulheres e negros. Entre as mudanças feitas pela Câmara estão proibições ao uso do horário para incitar a violência e o preconceito ou para divulgar material comprovadamente falso (fake news).

Mercado de câmbio

A pauta do Plenário tem cinco itens para serem votados (incluindo o o PL 4.572/2019). Outro item é o projeto do novo marco legal do câmbio (PL 5.387/2019), que facilita o uso da moeda brasileira em transações internacionais. Ele também abre espaço para bancos e instituições financeiras brasileiros investirem no exterior recursos captados no país ou no exterior.

De acordo com o texto, os bancos poderão usar dinheiro captado para alocar, investir, financiar ou emprestar no território nacional ou estrangeiro — dentro de requisitos e limites a serem editados pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e pelo Banco Central.

Também há medidas para pessoas físicas. O texto propõe o aumento do limite de dinheiro vivo que viajantes podem levar para o exterior: em vez dos atuais R$ 10 mil seriam US$ 10 mil, ou o equivalente em outras moedas. Além disso, libera negociações de valores até U$ 500 entre pessoas físicas, sem exigências de identificação e de taxações se isso ocorrer de forma eventual e não profissional.

Energia

Outro projeto na pauta é o marco legal dos micro e minigeradores de energia (PL 5.829/2019), modalidade que permite aos consumidores produzirem a própria energia a partir de fontes renováveis, como solar e eólica. Ele define como microgeradores aqueles que geram até 75 kW de energia em suas unidades consumidoras, enquanto minigeradores são os que geram de 75 kW até 5 MW (esse limite seria reduzido para 3 MW e partir de 2045).

Esses geradores terão vantagem no pagamento da tarifa de uso dos sistemas de distribuição: só pagarão sobre a diferença entre o total consumido e o total gerado e injetado na rede de distribuição, se essa diferença for positiva. A regra valerá para consumidores que pedirem acesso à distribuidora, por meio do Sistema de Compensação de Energia Elétrica (SCEE), em até 12 meses da publicação da futura lei.

*Da Agência Senado

Na manhã desta sexta (17), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva concedeu entrevista à Rádio Sagres, de Goiás e questionou o governo Bolsonaro durante conversa com o apresentador Rubens Salomão. Além disso, ele falou sobre suas pretensões para o Brasil. Além de indagar sobre possíveis investigações aos filhos do atual presidente do país, Lula também revelou que seu sonho é “recuperar” a nação.

Na entrevista, o ex-presidente indagou sobre a falta de investigação quanto à conduta dos filhos de Bolsonaro, ao contrário do que aconteceu com os dele próprio. “Quero saber por que os mesmos que foram atrás dos meus filhos, e não encontraram nada, não podem ir atrás dos filhos do Bolsonaro. Por que meus filhos podiam prestar depoimento e os filhos do Bolsonaro não?!”

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Luiz Inácio também falou sobre a necessidade de “ir às ruas” pedir pela saída de Jair Bolsonaro do poder. “O governo perdeu o controle da inflação, já tá perto dos dois dígitos. E é o povo que paga a conta. A oposição tem que ir pra rua exigir a saída do Bolsonaro. Temos que fazer pressão. Se nada resolver, o povo vai resolver em outubro de 2022”.

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E, além disso, colocou seus sonhos para o futuro do Brasil. “É essa minha profissão de fé: o pobre precisa entrar no Orçamento da União. O pobre precisa ter trabalho. E é por isso que tenho vontade de voltar. Porque sinto que posso fazer mais. Eu tenho um sonho: é ver povo voltar a comer, trabalhar e estudar. É esse país que precisamos recuperar”.

No próximo domingo (5), a partir das 14h (horário de Brasília), acontece a estreia de “Programa Paralímpico”, na Rádio Imprensa FM de São Paulo (102,5). O programa vai abordar os principais acontecimentos da semana no cenário do esporte paralímpico, além de entrevistas e bate-papos exclusivos.

Além da programação acontecer no rádio, todo o conteúdo pode ser acessado pelas plataformas digitais, como no YouTube, Facebook e Twitch, através da busca “Paralímpicos Brasil”. Além disso, o programa também estará disponível em formato de podcast no Spotify. Vale lembrar que nas mídias sociais, haverá um intérprete de libras.

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À frente do programa estará o apresentador Weber Lima, que tem  20 anos de carreira no jornalismo esportivo, com passagens em diversos veículos de comunicação, como Rádio Jovem Pan AM de São Paulo, Rádio Estadão, Rádio Record, Rádio Capital e Rádio Top FM.

De acordo com Lima, os esportes voltados a pessoas com algum tipo de deficiência estão ganhando mais espaço no Brasil e no mundo. “Com uma linguagem leve e descontraída, o programa terá duração de 60 minutos com informações para a pessoa com deficiência que pretende praticar o esporte, histórias inspiradoras com paratletas de alto rendimento e cobertura dos eventos", conta. 

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, fará um pronunciamento de cinco minutos em rede nacional de rádio e televisão na noite desta terça (31), às 20h30. Após dois meses, Albuquerque deve voltar a falar da situação da crise hídrica e também detalhar o programa de incentivo para redução voluntária do consumo de energia elétrica.

No último pronunciamento, o ministro anunciou o desenho de um programa para deslocar o horário de consumo de energia pelas empresas. O programa foi publicado no Diário Oficial na segunda-feira da semana passada (23). A assessoria de imprensa do ministério ainda não confirmou o assunto do pronunciamento. No entanto, é esperado que se estenda o debate sobre as novas taxas de cobrança da energia elétrica dos brasileiros.

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A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou, na última sexta-feira (27), que as contas de luz continuarão com a bandeira vermelha em segundo patamar no mês de setembro. O valor deve ser reajustado e a decisão deve ser tomada nos próximos dias.

Atualmente, os consumidores pagam uma taxa adicional de R$ 9,49 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos, mas esse valor deve subir no próximo mês. O tema passou a ser tratado como prioridade pela equipe econômica, diante do efeito sobre a inflação. O Ministério da Economia defende um reajuste entre R$ 14 e 15 a cada 100 kWh consumidos, a vigorar entre setembro e maio. Já a Aneel calculou que seria necessário um valor mais alto, por volta de R$ 25 a cada 100 kWh, até dezembro deste ano, com possibilidade de retorno aos atuais R$ 9,49 em janeiro.

“O povo vai ter que escolher entre a democracia e fascismo” foi o que disse o ex-presidente Luiz Inácio ‘Lula’ da Silva, nesta sexta-feira (13), à rádio CBN de Santa Catarina. O petista afirmou que a população não deve ter medo da polarização nas presidenciais de 2022, já que o pleito representa uma disputa entre dois extremos que são comuns em países democráticos. Lula, que decidirá no fim deste ano ou no início do ano que vem se disputará a Presidência, também disse que, caso seja candidato, será o representante da democracia, enquanto o atual presidente, Jair Bolsonaro, será o representante da “antidemocracia”, do “negacionismo” e do “fascismo”.

"As pessoas não têm que ter medo de polarização porque a polarização que existe no Brasil hoje é um representante da democracia, que se eu for candidato vai valer, e outra candidatura que representa o fascismo, a antidemocracia, um negacionista, que nega tudo, ele só acredita nas suas mentiras. Então, eu acho que essa é uma polarização boa: o povo vai ter que escolher entre a democracia e o fascismo", disse o aspirante à presidência.

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Ainda conforme o ex-presidente, Bolsonaro "governa baseado na mentira" e espalha a “discórdia”. "Ele (Bolsonaro) não tem nenhuma preocupação com a verdade. Você veja que ele não fala sobre nenhum assunto sério, o que ele fala é todo dia é tentando criar uma discórdia na sociedade”, continuou.

Apesar de não ter confirmado sua participação no pleito eleitoral de 2022, Lula é o possível futuro candidato mais aguardado para a corrida, além de estar liderando pesquisas feitas em todo o Brasil. Levantamento do Datafolha divulgado em julho mostrou que Lula ampliou vantagem sobre Bolsonaro e marcou de 58% a 31% no segundo turno.

"Tenho conversado com muita gente, de outros partidos políticos, e quando chegar mais ou menos no final desse ano, no começo do ano que vem, as coisas vão ficar mais ou menos sendo amarradas", disse ele quando questionado sobre alianças políticas.

Questionado sobre os pedidos de impeachment, Lula disse que cabe ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), pautar a questão e que o PT tem cobrado para que isso aconteça.

Após oficializar a ida do senador Ciro Nogueira (PP-PI) para o comando da Casa Civil, o presidente Jair Bolsonaro teceu elogios, na manhã desta quarta-feira (28), ao novo ministro - e voltou a sinalizar que a indicação é um movimento para melhorar o diálogo entre o governo e o Parlamento brasileiro. "Trouxe pra dentro da Presidência o ministério mais importante nosso, que é o da Casa Civil, com Ciro Nogueira, homem adequado para conversar com o Parlamento", disse o chefe do Executivo à Rádio Cidade Luis Eduardo Magalhães, da Bahia.

A entrada de Nogueira na Casa Civil concretiza a aproximação do Executivo com o Centrão, bloco mais fisiológico da política nacional. Para que o senador pudesse ocupar o cargo, o então chefe da pasta, general Luiz Eduardo Ramos, teve que sair, sendo realocado para o cargo de ministro de Estado Chefe da Secretaria-Geral da Presidência.

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'Nota 9' para Ramos

Bolsonaro tentou justificar a troca. Com elogios a Ramos, o presidente afirmou que faltava ao auxiliar conhecimento para dialogar com parlamentares, e que Nogueira seria mais adequado para o cargo. "General Ramos é uma pessoa nota 9, ele não é 10 porque falta pra ele um pouco de conhecimento para melhor conversar com parlamentar. É a mesma coisa eu querer o Ciro Nogueira converse com o alto comando das Forças Armadas. Ele não sabe conversar de forma adequada, vamos assim dizer", disse Bolsonaro, que ressaltou que apesar de hoje atuar no Senado, Nogueira já foi deputado, e que ambos têm uma relação de amizade. "Teve seis mandatos de deputado federal e foi meu companheiro de Casa por muito tempo".

Com perspectivas positivas para o novo comando da Casa Civil, Bolsonaro afirmou ter "certeza" de que Nogueira tem condições para melhorar a pasta. "Tendo em vista que nós temos que conversar com o Parlamento brasileiro, nada melhor do que um senador experiente", afirmou.

2022

Às vésperas de apresentar uma live na qual promete exibir provas de inconsistências da urna eletrônica, marcada para esta quinta-feira (29), Bolsonaro voltou a ameaçar a democracia. De acordo com o presidente, que agora tenta emplacar o nome "voto democrático" no lugar de "voto auditável" para o voto impresso, quem está contra a implementação do sistema, está contra a democracia.

Desde que as críticas ao seu governo começaram a crescer e pesquisas começaram a registrar sua queda de popularidade, Bolsonaro tem aumentado o tom afirmando que, sem o voto impresso, as eleições do ano que vem podem ser fraudadas para beneficiar seu adversário político, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva . Sem apresentar provas, Bolsonaro tem declarado que membros do Supremo Tribunal Federal (STF) estariam articulando para colocar o petista na cadeira presidencial através de fraude.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a fazer comentários de cunho homofóbico nesta quarta-feira (21), durante entrevista à rádio Jovem Pan de Itapetininga, em São Paulo.

Ao opinar sobre o uso do medicamento ivermectina, usado no tratamento de infestações por parasitas e defendido pelo presidente para o tratamento da Covid-19, o mandatário recomendou “cuidado” a um dos entrevistadores, pois “ivermectina mata bichas”. O comentário foi feito sob risadas, em resposta a Milton Júnior, que relatou ter usado ivermectina ao ser diagnosticado com o vírus: “se serve de demonstração, aqui na rádio, todos nós tomamos a ivermectina e ninguém pegou Covid-19".

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Nesse caso, tanto o jornalista, como o presidente, opinam erroneamente sobre o fármaco, que tem ineficácia comprovada contra o coronavírus. Nos estudos mais positivos sobre o seu uso, a ivermectina se saiu como um possível agente terapêutico contra a doença, mas que não exibiu, porém, efeito sobre a replicação viral do SARS-CoV-2.

Além de mencionar que funcionários do Planalto tomaram ivermectina para tratar ou prevenir a Covid-19, o chefe do Executivo foi além e voltou a defender a cloroquina, que é mais um medicamento comprovadamente ineficaz contra o novo vírus. "Eu tomei a cloroquina, mais de 200 tomaram, aqui na Presidência e ninguém foi a óbito", alegou.

Na entrevista, temas quentes como o fundo partidário e a reforma ministerial também foram abordados. Na polêmica do fundão, tornou a dizer que deve vetar a proposta. A proposta, que está incluída na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), aprovada pelo Congresso Nacional na semana passada, propõe a destinação de R$ 5,7 bilhões para as campanhas eleitorais de 2022. Durante a entrevista, Bolsonaro disse acreditar que seu veto não irá resultar em complicações políticas para o governo e defendeu que a verba seria melhor aplicada em outras áreas.

“Eu vou vetar e fica na mão do parlamento derrubar o veto ou não. Eu mandei para o parlamento a reforma fundiária e o Rodrigo Maia deixou caducar a MP. Paciência. Quando eles aprovam uma coisa lá e vem para cá, eu não tenho obrigação de sancionar, eu posso vetar também. Da minha parte não é retaliação, é questão de governabilidade. Espero que não tenha nenhum problema. Acho que não vai ter”, afirmou o presidente.

Já a reforma ministerial deve começar tímida, a partir da próxima segunda-feira (26). Bolsonaro informou que, após a sua alta do hospital Vila Nova Star, está focado em realizar “pequenas” mudanças no comando das pastas. “Estamos trabalhando, inclusive, uma pequena mudança ministerial, que deve ocorrer na segunda-feira, para ser mais preciso, para a gente continuar aqui administrando o Brasil”, anunciou o presidente durante entrevista. Bolsonaro ainda voltou a defender que todo o seu governo foi formado por critérios técnicos, sem indicações por parte de partidos.

A retomada das propagandas partidárias em rádio e televisão foi aprovada pelo Senado nesta nesta terça-feira (14). O Plenário acatou o substitutivo do projeto (PL 4.572/2019), apresentado pelos senadores Jorginho Melo (PL-SC) e Wellington Fagundes (PL-MT). O texto vai à análise da Câmara dos Deputados.  

O texto original previa a volta da propaganda partidária gratuita nas emissoras, tal qual existia até 2018. No entanto, o relator, senador Carlos Portinho (PL-SC), apresentou uma proposta alternativa estipulando pagamento pela divulgação partidária nas emissoras, que será custeado com um aumento dos recursos repassados pela União ao Fundo Partidário. Ele também inclui ao projeto regras para a divulgação partidária com utilização da internet.

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A Lei 9.096, de 1995, que trata dos partidos políticos, dava acesso gratuito a rádio e televisão aos partidos, sendo as emissoras ressarcidas por meio de renúncia fiscal concedida pela União, e proibia a realização de propaganda partidária paga nesses veículos. Os artigos referentes ao tema, contudo, foram revogados pela Lei 13.487, de 2017, que instituiu o Fundo Especial de Financiamento de Campanha.

Para retomar a gratuidade, Jorginho e Wellington argumentaram que, após a revogação da permissão de acesso gratuito a rádio e TV, os partidos ficaram sem um horário para difundir informações. Portinho assumiu a necessidade de que os partidos possam divulgar massivamente suas posições e eventos para seus eleitores e a comunidade em geral. Isso é importante, segundo ele, não só para que os partidos possam alcançar a população, mas também para que a população possa fiscalizar os representantes eleitos.

"Nós concordamos, em razão do exposto, com o retorno então da propaganda partidária. Discordamos, porém, do retorno da propaganda gratuita — e aqui eu quero dizer, ela nunca foi gratuita —, financiada com a compensação fiscal, dos impostos devidos pelas emissoras à União, em valor equivalente ao custo dessa propaganda. Por isso eu digo, ela nunca foi gratuita. Ao contrário, a compensação tornava até para o cidadão, para o eleitor, de certa forma até obscuro. Ele não tinha ideia dos volumes de compensação. E a gente está falando de dinheiro público e de tributo", declarou o relator.

Foram apresentadas 13 emendas ao projeto, das quais o relator acatou 11.

Discussão

Antes da aprovação em Plenário, senadores manifestaram discordâncias com relação ao projeto. Na contramão, o senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO) questionou o valor dos recursos que serão direcionados para as propagandas. 

"Pelo que eu entendi do projeto, antes, era uma renúncia fiscal. Agora, propõe-se dar o dinheiro para os partidos comprarem a propaganda. Esse valor, pelo que eu tomei conhecimento aqui, Portinho, era estimado em cerca de R$ 320 milhões, em 2017, e R$ 580 milhões, em 2016, e R$ 580 milhões em 2016, quase um bi! Vão atualizar pelo IPCA. Se eu não estou enganado no cálculo, 24% de correção, o que vai dar, então, mais de R$ 400 milhões em ano não eleitoral e mais de R$ 700 milhões em ano eleitoral", argumentou. 

O relator respondeu contrariando os números apresentados por Kajuru. De acordo com Portinho, seriam gastos cerca de R$ 228 milhões nos anos eleitorais e R$ 527 milhões nos anos não eleitorais. Ele ainda defendeu o retorno das propagandas por questões sociais: "A ausência da propaganda partidária, no meu modesto entendimento, é um obstáculo para a promoção das candidaturas femininas, dos jovens, dos negros, mas sobretudo dos jovens, dos novos políticos, para uma renovação que deve acontecer naturalmente, não porque uma outra geração é pior do que a que vem, mas porque é o ciclo da vida". 

O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) também demonstrou preocupação com os valores. 

"Quando se acabou com o apoio empresarial às campanhas eleitorais, pediu-se o recurso público, pediu-se a verba eleitoral, o fundo eleitoral em troca da propaganda na televisão. E, agora, por menor que seja o espaço a ser ocupado, volta-se a querer a propaganda eleitoral na mídia, mas sem abrir mão do fundo eleitoral. Então, quer-se tudo. Isso é abusar do contribuinte", disse Izalci Lucas. 

Outro ponto questionado pelos senadores foi a possibilidade de que os próprios partidos possam negociar os valores das propagandas. De acordo com o texto, a compensação tributária deverá ser calculada com base na média dos faturamentos comerciais dos anunciantes no horário entre 19h30 e 22h30. O senador Carlos Viana (PSD-MG) sugeriu que, neste trecho, seja acrescentado o texto: “não excluída a possibilidade de negociações com valores inferiores entre as partes”. 

"Esse acréscimo, essa pequena correção, nos dá a possibilidade de uma negociação muito mais ampla para essa divulgação. Já que vamos levar adiante, trazer de volta a propaganda, as campanhas para os partidos, que pelo menos esses partidos negociem, respeitem, naturalmente, sempre mais, o dinheiro do contribuinte", declarou. 

Na votação, a matéria foi aprovada recebendo votos contrários apenas do senador Reguffe (Podemos-DF), Styvenson Valentim (Podemos-RN), Lasier Matins (Podemos-RS), Eduardo Girão, (Podemos-CE), Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Plínio Valério (PSDB-AM) e  Jorge Kajuru.

Pagamento

Para arcar com os custos da propaganda, o relator propôs um acréscimo de recursos anuais ao Fundo Partidário equivalente aos valores corrigidos da compensação fiscal recebida pelas emissoras em 2017, para os anos não eleitorais, e em 2016, para os anos eleitorais, atualizados monetariamente, a cada ano, pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA).

“Importante destacar que esse valor será depositado em conta própria, fortalecendo assim os meios de controle da verba tanto por parte dos Tribunais quanto pela população”, disse.

No caso de custeio de impulsionamento de conteúdos na internet, o pagamento será feito por meio de boleto bancário, de depósito identificado ou de transferência eletrônica diretamente para conta do provedor. O impulsionamento fica proibido nos anos de eleição no período desde o início do prazo das convenções partidárias até a data do pleito.

Segundo o substitutivo, os preços relativos à propaganda partidária paga serão limitados aos valores normais de tabela das emissoras, não podendo ser fixados em valores maiores do que os praticados nos seis meses anteriores da respectiva veiculação.

Mulheres

Segundo o substitutivo, a propaganda partidária deve difundir os programas dos partidos, informar os filiados sobre suas atividades, divulgar a posição partidária sobre os temas relevantes para a comunidade e chamar os cidadãos para o engajamento político, inclusive por meio da filiação partidária.

A esses objetivos, o relator acrescentou ainda a promoção e difusão da participação política das mulheres, dos jovens e dos negros. O espaço para as mulheres nos programas partidários estava previsto na Lei 9.096, mas havia sido retirado do projeto pelos autores.

Por outro lado, os autores retomaram no projeto original vários dispositivos que foram revogados dessa lei, alguns deles aceitos pelo relator, como o horário em que deve ser veiculada a propaganda partidária, entre as 19h30 e as 22h30, de forma gravada ou ao vivo.

A inclusão de mulheres, jovens e negros foi sugerida pela senadora Rose de Freitas (MDB-ES), e também pelo senadores Jayme Campos (DEM-MT), Fabiano Contarato (Rede-ES) e Jean-Paul Prates (PT-RN).

Emissoras

De acordo com o substitutivo, as emissoras de rádio e de televisão ficam obrigadas a realizar transmissões em cadeia nacional e estadual. Em cada rede, somente serão autorizadas até dez inserções de 30 segundos por dia no intervalo da programação normal das emissoras.

Além disso, as emissoras deverão veicular as inserções divididas proporcionalmente dentro dos intervalos comerciais no decorrer das 3 horas de veiculação, com intervalo mínimo de 10 minutos entre cada uma. 

Segundo o texto, a formação das cadeias nacional e estaduais serão autorizadas respectivamente pelo Tribunal Superior Eleitoral e pelos Tribunais Regionais Eleitorais, que farão a necessária requisição dos horários às emissoras de rádio e de televisão.

Tempo por partido

O partido terá assegurado o direito ao acesso a rádio e televisão na proporção de sua bancada eleita em cada eleição geral. Assim, o partido que tenha eleito acima de 20 deputados federais terá assegurado o direito a utilização do tempo total de 20 minutos, por semestre, para inserções de 30 segundos, nas redes nacionais, e de igual tempo nas emissoras estaduais.

Quem eleger entre 10 e 20 deputados federais terá assegurado o direito a utilização do tempo total de 10 minutos, por semestre. Já o partido que tenha eleito até 9 deputados federais terá assegurado o direito a utilização do tempo total de 5 minutos, por semestre.

O substitutivo determina que os partidos destinem ao menos 50% do tempo para promoção e difusão da participação política das mulheres e ao menos 5% para promoção e difusão da participação política dos jovens, ambos do templo global total disponível para o partido.

Em anos eleitorais, as inserções só serão veiculadas no primeiro semestre.

Vedações

O substitutivo veda a participação de pessoas não filiadas ao partido responsável pelo programa, a divulgação de propaganda de candidatos a cargos eletivos e a defesa de interesses pessoais ou de outros partidos, bem como toda forma de propaganda eleitoral.

Também fica vedada a utilização de imagens ou cenas incorretas ou incompletas, de efeitos ou de quaisquer outros recursos que distorçam ou falseiem os fatos ou a sua comunicação e a utilização de matérias que possam ser comprovadas como falsas (fake news).

Outra proibição expressa é a ato que resultem em qualquer tipo de preconceito racial, de gênero ou local de origem, e a ato que incitem a violência.

Punição

Portinho acatou emendas dos senadores Weverton (PDT-MA) e Izalci Lucas (PSDB-DF) para estabelecer que os partidos que não respeitarem o disposto na futura lei serão punidos com interrupção do direito de transmissão. Essa punição, ou seja, a cessação da veiculação da campanha, deverá ser aplicada tão logo seja concluído o processo pela Justiça Eleitoral sem prejuízo de outras sanções e penalidades previstas em Lei.

*Da Agência Senado

O presidente da República, Jair Bolsonaro, fará pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV às 20h30 desta quarta-feira, 2. Segundo o anúncio da convocação, a fala terá duração de até 5 minutos.

O tema não foi divulgado.

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O último pronunciamento do presidente ocorreu em 23 de março, no meio do pico da segunda onda da pandemia de covid-19 no País, e o presidente falou sobre a vacinação da população brasileira.

A CPI da pandemia da Covid-19 deve ser instalada na próxima quinta-feira (22). O senador Humberto Costa (PT), que é um dos integrantes da CPI que deve analisar as condutas do governo federal, espera que ela consiga apontar quem são os responsáveis pela catástrofe sanitária que a pandemia transformou o Brasil. “Esse é um governo que só funciona sob pressão, e a CPI pode contribuir para que o governo faça a coisa certa”, disse

O senador, que já foi ministro da Saúde no governo Lula (PT), disse em entrevista a Rádio Senado que a pandemia não acabou e é preciso que se cobre a implementação de medidas que ajudem o país a enfrentar o vírus. Além disso, o petista aponta que, mesmo o Senado atuando de forma mista por conta do novo coronavírus, a CPI vai seguir como deve e da forma que o regimento pede.

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“Podemos ter audiências, que podem ser feitas presencialmente, sempre para ouvir testemunhas, analisar decisões de peso. E podemos ter o funcionamento remoto para ouvirmos investigados, autoridades da área de saúde. Eu entendo ser perfeitamente possível, e vai acontecer”, afirma Humberto.

O petista pontua que o governo federal "tem feito uma condução [do combate à pandemia] que é absolutamente improvisada e que vai contra os procedimentos recomendados no mundo inteiro".

Quatro homens invadiram uma estação de rádio, nessa terça-feira (7), e ameaçaram agredir o radialista Júnior Albuquerque. O locutor havia criticado o presidente Jair Bolsonaro no ar, enquanto falava sobre as mortes pela Covid-19 no Brasil. O caso aconteceu em Santa Cruz do Capibaribe, agreste de Pernambuco. Ao Jornal do Commercio, o radialista disse que, após o caso, prestou queixa na delegacia do município e pretende prestar ainda uma queixa crime no Ministério Público. Confira o momento em que um dos homens entra na rádio e ameaça Albuquerque.

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A Secretaria Especial de Comunicação Social confirmou que o presidente da República, Jair Bolsonaro, fará na noite desta terça-feira, 23, um pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão. O comunicado será exibido às 20h30 e terá duração de quatro minutos. O tema da mensagem será a vacinação contra a covid-19 no País.

Desde o início do mês, o chefe do Executivo planeja fazer um pronunciamento à nação para tratar da pandemia do novo coronavírus e da campanha de vacinação, mas chegou a desmarcar a gravação da mensagem ao menos duas vezes.

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Este será o primeiro pronunciamento de Bolsonaro em rede nacional em 2021. No ano passado, foram sete comunicados do tipo e apenas um deles não tratou diretamente da pandemia.

A intensificação da crise sanitária também motivou o presidente a realizar na quarta-feira reunião com chefes dos três Poderes, governadores e ministros para debater o combate ao vírus.

Nas últimas semanas, o País registrou recordes no número de mortes e casos da doença. E, em meio à falta de leitos, de medicamentos para intubação e de um lento processo de vacinação, o presidente trocou o comando do Ministério da Saúde. O cardiologista Marcelo Queiroga foi empossado e nomeado nesta terça-feira.

O Dia do Repórter celebra nesta terça-feira (16) o profissional responsável por apurar e transmitir informações de diversos segmentos ao público. O repórter é uma das qualificações do jornalismo, e durante a pandemia de coronavírus (Covid-19) essa "testemunha da história" precisou adaptar o ofício às regras de distanciamento social.

Repórter da Record TV em São Paulo, Douglas Dias, 37 anos, continuou com o trabalho em campo, mas precisou se adequar às medidas sanitárias, com o uso de máscara e distanciamento dos entrevistados. "Adotamos as entrevistas online, e elas garantiram que continuássemos conversando com as pessoas", comenta.

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Douglas Dias, repórter da Record TV | Foto: Arquivo Pessoal

Além dos profissionais, os telespectadores também precisaram se acostumar com as adaptações, entre elas, entrevistas feitas por Skype, com imagens inferiores aos padrões televisivos. Muitas dessas mudanças impactam o jornalismo no presente, e também no futuro. "Acredito que quebramos a barreira do entrevistado presencial e conseguimos incluir em nossas reportagens pessoas que estão distantes, ou aqueles que estão perto e não podem nos atender naquele momento", relata Dias.

Embora a prática de realizar reportagens a distância tenham sido potencializadas pela crise sanitária, o trabalho remoto dentro do jornalismo já ocorria antes da pandemia. O repórter e coordenador da rádio Na Boca Da Galera, Vanderlei Abreu, 54 anos, de São Paulo, explica que já estava habituado com home office e com o uso das tecnologias.

Vanderlei Abreu, da rádio Na Boca da Galera | Foto: Arquivo Pessoal

Abreu acredita que a possibilidade de fazer entrevistas via web é um recurso que será mantido na profissão pós-pandemia. "Graças aos recursos tecnológicos, consegui contactar o primeiro brasileiro que foi vacinado nos Estados Unidos, que era um médico brasileiro. E isso veio para ficar, como o próprio WhatsApp para que as entrevistas possam ser feitas, e outros programas que possibilitam gravar áudio e vídeo, como Skype e Zoom", aponta.

Semelhante ao que ocorre no rádio, a reportagem nos portais online também conseguiram se adaptar ao sistema home office. O repórter e editor do Mundo das Franquias, Rafael Gmeiner, 39 anos, de Mogi das Cruzes (SP), já realizava parte do ofício de maneira remota, mas, antes da pandemia, algumas entrevistas eram feitas de maneira presencial. "Agora tento fazer isso de forma virtual. É positivo, pois ganhei mais comodidade", afirma. Ele acredita que o home office já tinha ganhado força antes da pandemia. "Os veículos que puderem tentarão usar os recursos tecnológicos com mais intensidade para terem eficiência e redução de custos", prevê.

Rafael Gmeiner, repórter do Mundo das Franquias | Foto: Arquivo Pessoal

Apesar da comodidade, alguns profissionais acreditam que, por não estarem na redação, a dinâmica do dia a dia é prejudicada, como aponta o repórter do jornal impresso Zero Hora, Júlio Boll, 29 anos, de Porto Alegre (RS). "O fato de você estar trancado em casa deixa o trabalho mais corrido, pois creio que as chefias não possuem a noção de tempo para se produzir uma matéria", destaca Boll, que durante a pandemia, saiu para as ruas três vezes.

Na concepção de Boll, as mudanças causadas pela pandemia contribuíram para que os jornais entendessem o modelo de trabalho remoto. "O Zero Hora tinha muita resistência em adotar o home office, e, agora, a empresa entendeu que o produto sai com a mesma qualidade. Acredito que a empresa continuará com essa forma de trabalhar", comenta Boll. Ele destaca que, por estar no conforto de casa, as entrevistas se tornam mais intimistas e com o tom mais tranquilo.

A propaganda eleitoral gratuita em rádio e televisão dos candidatos que concorrem nas eleições municipais deste ano termina nesta quinta-feira (12). Hoje é também o último dia para a realização de debates no rádio e na televisão. 

Do total de tempo da propaganda eleitoral gratuita em rádio e TV, 90% são divididos entre os candidatos de modo proporcional à representatividade de seus partidos na Câmara dos Deputados. Apenas 10% são divididos igualmente entre os candidatos.

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Na sexta-feira (13) termina o prazo para a divulgação paga, na imprensa escrita, de propaganda eleitoral e a reprodução, na internet, de jornal impresso com propaganda eleitoral relativa ao primeiro turno.

No sábado (14) será o último dia para a propaganda eleitoral por alto-falantes ou amplificadores de som, entre as 8h e as 22h.  Também terminam, às 22h, a distribuição de material gráfico, as caminhadas, carreatas ou passeatas, acompanhadas ou não por carro de som ou minitrio. 

Primeiro Turno

No próximo domingo (15), quase 148 milhões de eleitores poderão votar em 26 unidades da Federação. Os eleitores escolherão vereadores, prefeitos e vice-prefeitos. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), há 19.342 candidatos a prefeito, 19.711 concorrentes ao cargo de vice-prefeito e 518.308 pessoas disputando uma vaga de vereador. Este ano, não haverá pleito no Distrito Federal nem em Fernando de Noronha.

Em decorrência da pandemia de Covid-19, o horário de votação foi estendido e será realizado das 7h às 17h (horário local). O horário das 7h às 10h é preferencial para maiores de 60 anos. Os demais eleitores não serão proibidos de votar nesse horário, mas devem, se possível, comparecer a partir das 10h, respeitando a preferência.

Também em virtude da pandemia, o uso de máscaras é obrigatório. Sem ela, o eleitor não poderá votar. Caso seja necessário, o mesário pode pedir que o eleitor se afaste e abaixe a máscara para conferir a foto na identidade.

Entre os protocolos de segurança está a exigência do distanciamento mínimo de 1 metro. Não será permitido comer ou beber nada na fila de espera. A medida é para evitar que as pessoas tirem a máscara. 

O TSE recomenda que os eleitores levem sua própria caneta para assinar presença no caderno de votação.

Proibições

No dia da votação, a legislação eleitoral proíbe a divulgação de qualquer espécie de propaganda de partidos políticos ou de seus candidatos. Também são vedados, até o término do horário de votação, com ou sem utilização de veículos: aglomeração de pessoas portando vestuário padronizado ou instrumentos de propaganda; caracterização de manifestação coletiva e/ou ruidosa; abordagem, aliciamento, utilização de métodos de persuasão ou convencimento; e distribuição de camisetas.

A legislação proíbe ainda: o uso de alto-falantes, amplificadores de som, comícios, carreatas e qualquer veículo com jingles; a arregimentação de eleitor ou a propaganda de boca de urna; o derrame de santinhos e outros impressos no local de votação ou nas vias próximas, ainda que realizado na véspera da eleição; e a publicação de novos conteúdos ou o impulsionamento de conteúdo na internet, podendo ser mantidos em funcionamento as aplicações e os conteúdos publicados anteriormente.

Resultados

Neste ano, o TSE disponibilizou dois aplicativos visando a garantir mais transparência ao processo eleitoral. Por meio do app Resultados, qualquer pessoa pode acompanhar e obter os resultados das eleições em sua cidade a partir dos votos já apurados. Além dos aplicativos, os resultados podem ser acessados pelo site do tribunal

Outro aplicativo, o Boletim na Mão, disponibilizará uma cópia digital dos resultados das seções eleitorais, possibilitando que o eleitor seja uma espécie de fiscal das ações durante o pleito. De acordo com a Corte eleitoral, após o encerramento da votação, a urna imprime um relatório que contém o total de votos recebidos pelos candidatos e outras informações da seção. Esse relatório é chamado de Boletim de Urna (BU), cujo QRcode pode ser lido pelo aplicativo Boletim na Mão, que guardará a imagem no próprio dispositivo móvel.

Para fazer a leitura da imagem (QRcode) impressa no Boletim de Urna, não é preciso conexão com a internet. A conexão será exigida apenas no momento de visualizar o primeiro conteúdo do boletim lido. Pelo aplicativo, o cidadão pode obter cópia de quantos boletins queira, bastando que realize a captura do código impresso nos BUs das seções eleitorais.

Os dois aplicativos podem ser instalados gratuitamente em qualquer dispositivo móvel (smartphone ou tablet), basta acessar as lojas Google Play e App Store. 

Nesta segunda-feira (26), a candidata à Prefeitura do Recife, Marília Arraes (PT), cumpriu uma agenda de gravações ao lado do ex-presidente Lula, em São Paulo. Os vídeos e áudios serão utilizados durante o horário eleitoral na TV e no rádio. 

“Eu sempre tive lado, sempre estive com Lula, e ele reconhece isso. Assim como ele também vê, pela minha trajetória política, os três mandatos de vereadora do Recife, a atuação na Câmara Federal, a defesa do legado de Arraes, que sou a mais preparada para governar a nossa cidade”, disse Marília.

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A candidata afirma que durante o encontro, Lula reforçou que para ele e para o PT, a vitória dela é uma prioridade por todo o "legado, avanços que o partido proporcionou à cidade". Marília ainda foi colocada como a verdadeira representante do projeto de esquerda que o ex-presidente defende. 

"Ter Lula ao meu lado é um orgulho, pois o Recife é grato a tudo o que ele fez pela nossa cidade, como a retirada das palafitas de Brasília Teimosa”, pontuou a petista.

A Rádio Unama FM começa nesta segunda-feira (26) uma série de enrevistas com os candidatos que disputam a prefeitura de Belém. As sabatinas serão transmitidas pela Unama FM 105.5, no programa Bacana News, pelo site unamafm.com, pelo Facebook e Twitter da emissora.

Na quarta-feira (21), um sorteio definiu a ordem das entrevistas. Também form divulgadas as regras , com a presença das assessorias dos candidatos.

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Serão entrevistados dois candidatos por dia: o primeiro, às 17h15; e o segundo, às 18h15, com a duração de 30 minutos.

As entrevistas serão iniciadas nesta segunda-feira com os candidatos Delegado Federal Eguchi (Patriota) e Guilherme Lessa (PTC).

Confira a ordem das entrevistas

26/10 – Segunda-feira

17h15 – Delegado Federal Eguchi (Patriota)

18h15 – Guilherme Lessa (PTC)

27/10 – Terça-feira

17h15 – Vavá Martins (Republicanos)

18h15 – Dr. Jerônimo (PMB)

28/10 – Quarta-feira

17h15 – Mário Couto (PRTB)

18h15 – José Priante (Coligação Juntos Por Belém)

29/10 – Quinta-feira

17h15 – Jair Lopes (PCO)

18h15 – Gustavo Sefer (Coligação Frente Democrática Reconstruir Belém)

30/10 – Sexta-feira

17h15 – Thiago Araújo (Coligação Renova Belém)

18h15 – Cássio Andrade (Coligação Inovar Para Mudar)

03/11 – Terça-feira

17h15 – Cleber Rabelo (PSTU)

18h15 – Edmilson Rodrigues (Coligação Belém de Novas Ideias)

Com informações do Bacana News.

A propaganda eleitoral gratuita em rádio e TV que, para a Justiça Eleitoral, é "a forma mais eficiente dos partidos e candidatos apresentarem suas propostas aos eleitores" começou a fazer parte da campanha nesta sexta-feira (9). A divulgação midiática dos candidatos municipais segue até o dia 12 de novembro, três dias antes do primeiro turno que acontece, excepcionalmente este ano, no dia 15 de novembro.

O Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco confirmou que no Estado haverá horário eleitoral em TV apenas no Recife, Olinda, Caruaru e Petrolina, que são cidades que sediam as TVs. Os demais municípios terão o horário eleitoral em rádio.

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Durante muitos anos, principalmente por conta da expansão da internet, o Guia Eleitoral no Brasil veio perdendo a sua força. Em 2018, por exemplo, quando houve a disputa pela presidência da República, o então candidato Geraldo Alckmin (PSDB) era o que detinha o maior tempo de propaganda gratuita. No entanto, o candidato que tinha apenas cinco segundos de TV, Jair Bolsonaro (PSL na época), foi quem ganhou a disputa no segundo turno contra Fernando Haddad (PT), que na época era o segundo candidato que detinha o maior tempo de propaganda. 

O ano de 2020 está sendo bem atípico por conta da pandemia da Covid-19, onde as disputas municipais tiveram que se adaptar ao momento pandêmico que o país está atravessando. Com mais gente dentro de casa, será que o horário de propaganda gratuita desses políticos pode fazer uma maior diferença?

Foto: Rafael Bandeira/LeiaJá Imagens/Arquivo

O professor da Universidade da Amazônia (UNAMA) e cientista político, Rodolfo Marques, aponta que com as pessoas em isolamento, a tendência é que a audiência seja maior. “Por outro lado, como tem mais gente em casa, o grau de questionamento por parte dessas pessoas pode ser maior. É como um público que vai para o cinema, ele busca entretenimento, mas ao mesmo tempo ele vai criticar e vai olhar de uma maneira mais detalhada”, explica. 

O professor assevera que essa é uma campanha de forte presença digital. “Quem já vem trabalhando a mais tempo e está mais presente nas redes, inclusive, quem já tem mandato, seja prefeito ou vereador, tem uma chance maior porque já tem um nome consolidado”, diz Rodolfo. 

Mas o cientista político confirma que, mesmo diante dessas forças, a TV continua mantendo o seu papel de “mídia mais importante” e tem um certo impacto perante as pessoas. “Ela tem esse impacto visual e da projeção e identificação. Quem souber bem explorar as cores, quem fizer um bom jingle, quem criar uma comunicação mais direcionada ao seu eleitor pode ganhar alguns pontinhos”, analisa o estudioso.

TRT-PE explica

A propaganda eleitoral em rádio e TV é feita em blocos, com horários pré-definidos (chamados de guia), e inserções (propagandas de 30 ou 60 segundos) distribuídas no decorrer da programação das rádios e TVs. O primeiro formato é dirigido aos candidatos a prefeito (majoritários). Já as inserções são direcionadas tanto para candidatos a prefeitos quanto para candidatos a vereadores (proporcionais).

De segunda a sábado, as rádios veicularão a propaganda em rede (o guia) das 7h às 7h10 e das 12h às 12h10. Na TV, os horários serão de 13h às 13h10 e de 20h30 às 20h40.

As inserções, diferentemente dos blocos, vão ao ar também aos domingos. Serão 42 minutos por dia para candidatos a prefeitos e 28 minutos por dia para candidatos a vereadores. 90% do tempo foi distribuído de acordo com o número de representantes que os partidos possuem na Câmara Federal e 10% igualitariamente entre todos os partidos.

Foto: Rafael Bandeira/LeiaJá Imagens/Arquivo

A doutora em ciência política, Daniela Neves, aponta que a nossa legislação beneficia os maiores partidos, já que o horário de propaganda é de acordo com o número de deputados que o partido tem no Congresso Nacional. "A legislação beneficia quem já é forte e dá menos espaço a quem está começando", explica.

Além disso, Daniela analisa que o tempo da campanha no Brasil é muito curto. "Nos Estados Unidos, os debates começam um ano e meio antes da campanha. A gente (no Brasil) tem 45 dias, com uma série de restrições na propaganda. Eu acho um tempo muito curto para qualquer eleição, isso prejudica a democracia porque prejudica a informação e o acesso à informação para a definição do voto”, acentua.

A doutora reforça que esse maior ‘privilégio’ para os maiores partidos políticos do país não favorece a democracia. "Isso é ruim e tende a favorecer as reeleições, não porque as pessoas votam porque a gestão está boa, mas porque elas não têm acesso às demais alternativas com o tempo desejado", pontua.

Hoje (25) comemora-se no Brasil o Dia Nacional da Radiodifusão. A data foi escolhida por marcar o nascimento de Edgard Roquette-Pinto (1884-1954), que em 1923 fundou a primeira emissora do país, a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, que hoje é a atual Rádio do Ministério da Educação e Cultura (MEC).

Essa mídia, que tem a oralidade como principal ferramenta, possibilita que as informações cheguem mesmo para pessoas não alfabetizadas e permite que os ouvintes desfrutem da programação enquanto realizam suas tarefas, como dirigir. 

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O rádio teve que se adaptar quando foi "desbancado" pela televisão, que foi implantada no Brasil em 1950, e se reinventou mais uma vez depois da internet, que possibilitou a criação das webrádios. Agora, com a pandemia do coronavírus (Covid-19), radialistas e produtores de podcasts encontram novas formas de tocar essa profissão tão tradicional. 

Desafios

Pela primeira vez, a jornalista e ex-apresentadora dos podcasts Panorama CBN e CBN Professional, Camila Olivo, teve que encarar a experiência de produzir conteúdo jornalístico para rádio no formato home-office. Apesar de seguir os mesmos horários da redação, ela percebe que o trabalho se tornou mais exaustivo.

“A troca com os colegas, a rotina no cafezinho são coisas que deixam a nossa rotina mais leve, mas, em casa, você apenas liga o computador e começa a trabalhar”, destaca.

A jornalista Camila Olivo teve que testar vários locais para poder gravar sem a interferência de barulhos externos. Foto: Arquivo pessoal

Além da jornada de trabalho mais cansativa, um dos desafios de Camila foi lidar com os problemas técnicos do dia-a-dia, como por exemplo o aplicativo parar de funcionar durante uma entrevista, ou barulhos externos da rua que atrapalham as gravações.

“No começo, as minhas entrevistas eram feitas na base da tentativa e erro, primeiro a gente testava uma plataforma que não foi tão boa, depois experimentamos outra. Foi entre julho e agosto que conseguimos estabelecer uma plataforma definitiva, para que eu gravasse as entrevistas com a qualidade de áudio que eu precisava”, conta Camila, que também utiliza o WhatsApp para gravar as sonoras, embora ressalte que o app compromete a fluidez da conversa.

Gravando no armário

Outro desafio da apresentadora foi encontrar um local adequado em sua casa para fazer as gravações. Para tentar se isolar dos ruídos do ambiente, ela tentou gravar dentro de um armário, mas o eco tornou essa opção inviável. Camila também experimentou realizar a gravação embaixo de um edredom, obtendo um resultado um pouco mais satisfatório.

“Por fim eu passei a gravar dentro do carro, pois foi onde melhor eu consegui isolar os barulhos externos”, relata.

Camila gravava os podcasts ao final do dia, horário em que a vizinhança é bem ativa. “O barulho externo era bem intenso e a solução do carro ajudou, no entanto a garagem também é movimentada e por conta disso eu precisava parar o áudio porque um vizinho estacionava do lado, assim como o barulho dele batendo a porta do carro também interferia”, relembra.

No estúdio

Apesar dos desafios, o cenário da pandemia mostrou que o rádio, bem como o jornalismo, pode adaptar o modelo de trabalho no caso de algumas funções, porém muitos produtores, diretores de programas ao vivo e apresentadores ainda precisam se deslocar até o estúdio. 

“Tem um processo de programas apresentados em dupla, onde um apresentador ficava remoto e outro ficava na redação, para caso houvesse problemas de comunicação com o profissional que estava em casa”, explica.

Todas as possibilidades oferecidas pelos meios remotos contribuem com a profissão, mas na opinião da radialista eles não substituem o modelo tradicional.

“Eu não vejo um jornalismo sendo feito em home office eternamente, pois o profissional da área precisa acompanhar o desenvolvimento da cidade ou ter contato com o chapeiro da padaria, para entender como funcionam outras profissões. A presença do repórter na cidade é muito importante, não precisa ser diária, mas deve ser eventual”, afirma.

Adaptação

A equipe da BandNews FM também precisou repensar o modelo de trabalho durante a quarentena. A princípio, a mudança causou estranheza por parte dos radialistas,  acostumados a ter contato direto com os colegas de estúdio.

“Foi um período que demandou muito trabalho em equipe, pois a maior parte dos integrantes estava trabalhando de maneira remota, mas todo mundo se ajudou e conseguimos colocar muito material no ar”, relata Bruna Barone, repórter do BandNews Station e da BandNews FM do Meio Dia.

Bruna Barone: esforço para dar voz às pessoas atingidas pela pandemia. Foto: reprodução live BandNews FM

Com as novas experiências, os jornalistas da emissora desenvolveram abordagens novas para os conteúdos.

“Em meio a uma pandemia, queríamos dar voz para aqueles que estavam vivendo os efeitos na pele, por isso, trouxemos histórias de pessoas que perderam alguém, e abrimos um quadro que destaca os que superaram a doença”, comenta Bruna.

Rádio para ver

A pandemia fez com que o rádio aproveitasse ainda mais os recursos tecnológicos, o que se reflete em algumas mudanças, entre elas o uso da imagem. Esse tem sido um dos recursos aproveitados pela BandNews FM.

“É engraçado porque em rádio estamos acostumados com os sons e o bom repórter é aquele que faz o ouvinte ver aquilo que está sendo dito. Mas agora, estamos aproveitando muito essa integração com diferentes tecnologias, que já existiam, mas que passamos a utilizar mais durante a pandemia. Isso com certeza é uma coisa que vai ficar”, prevê a repórter.

Mensagens apreendidas pela Polícia Federal (PF) no Whatsapp do empresário Otávio Fakhoury mostram que empresários bolsonaristas pretendiam abrir uma rádio para veicular conteúdo de apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido). A troca de mensagens teria envolvido inclusive o responsável pela comunicação social do governo, Fábio Wajgarten. As informações são do jornal O Globo. 

Fahkoury é investigado no inquérito que apura a organização, financiamento e possível lavagem de dinheiro nos atos antidemocráticos realizados no início do ano. A investigação é comandada no Supremo Tribunal Federal (SRF) pelo ministro Alexandre de Moraes. Em 16 de junho, o empresário foi alvo de busca e apreensão realizada pela PF, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e teve o celular apreendido.

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Conversas 

Nos diálogos revelados, Fahkoury fala sobre a necessidade de criar uma rádio, afirmando que já havia um grupo para “financiar a aquisição”, citando o dono da rede de restaurantes Madero, Luiz Renato Durski Júnior como membro da iniciativa, que também precisou depor.

“Indagado sobre o diálogo por meio do aplicativo de mensagem Whatsapp identificado no telefone celular de Otávio Oscar Fakhoury, entre Otávio Oscar Fakhoury e Fábio Wajngarten, em que Oscar Fakhoury comenta sobre a necessidade de comprar uma rádio FM “target”, em que Oscar Fakhoury afirma já ter um grupo para financiar a aquisição da rádio e, dentre as pessoas mencionadas, Oscar Fakhoury cita o nome do declarante (Junior Duski)”, diz o depoimento de Luiz Renato Durski, que negou o interesse em financiar a compra da rádio “para promover e ampliar as pautas políticas de interesse de seu grupo político”.

Luiz Renato Durski também afirmou que nunca foi procurado por ninguém para falar dessa possível compra, e que não apoia nenhum grupo político, apenas o presidente Bolsonaro. O Pastor RR Soares que também depôs à PF, afirmou ter sido procurado por um dos filhos do presidente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), para auxiliar no aluguel de uma rádio em São Paulo. Segundo o pastor, Eduardo afirmou estar agindo para ajudar um suposto amigo que não foi identificado. 

Procurados pelo jornal O Globo, a defesa do empresário Otávio Fakhoury e a Secretaria de Comunicação da Presidência da República não quiseram se manifestar sobre o tema. O LeiaJá procurou a Polícia Federal (PF) para confirmar as informações a respeito das mensagens do empresário Otávio Oscar Fakhoury e até o momento ainda estamos aguardando resposta. 

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