Tópicos | Romero Jucá

O presidente nacional do “Novo MDB”, senador Romero Jucá (PMDB-RR), ratificou nesta quarta dia 19 de dezembro em Brasília, durante a convenção nacional extraordinária da legenda, que será realizada intervenção no diretório da sigla em Pernambuco. Jucá mandou o recado mais uma vez e desta bem mais direto e objetivo contra o PMDB daqui, leia-se Jarbas Vasconcelos e os demais . Disse Jucá: "Teremos o MDB fortalecido no estado sob o comando do senador Fernando Bezerra Coelho (PMDB-PE) e com a presença de deputados federais que estão ingressando no partido”, afirmou Jucá. Segundo ele, o processo de intervenção deverá ser concluído até o final do próximo mês de janeiro. Romero Jucá continuou alfinetando os peemedebistas pernambucanos: “Meu objetivo é fortalecer o Novo MDB em Pernambuco, agregando forças para fazermos as mudanças que o estado precisa e a população deseja e merece”, destaca Fernando Bezerra, que acompanhou a convenção ao lado de lideranças do partido e de autoridades do Legislativo e do governo federal, com a presença do presidente Michel Temer. Agora resta a Jarbas e os aliados aceitar ou continuar brigando na justiça pelo comando da sigla em Pernambuco.

Paulo afaga Jarbas

A nota do Palácio do Campo das Princesas foi emitida logo após o ocorrido. Abaixo na íntegra:

Temos a convicção de que o bom direito está com o PMDB de Pernambuco, representado pelo vice-governador Raul Henry e pelo deputado federal Jarbas Vasconcelos. Os dois são legítimos representantes do MDB aguerrido e ético que lutou contra a ditadura e pelo restabelecimento da democracia no nosso País. Diante disso, confio que o Poder Judiciário continuará a garantir a direção do PMDB de Pernambuco aos seus legítimos representantes.

Mendonça Filho no Galo da Madrugada

O Galo da Madrugada foi agraciado com a Medalha da Ordem do Mérito Cultural (OMC) 2017, maior honraria pública da cultura brasileira. O bloco foi indicado pelo ministro da Educação, Mendonça Filho, que, este ano, integrou o Conselho da Ordem do Mérito Cultural, grupo responsável por sugerir e avaliar nomes para o prêmio. A entrega aconteceu no Palácio do Planalto com a presença do presidente Michel Temer e do ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão. 

A fala do ministro

“O Galo da Madrugada é uma das maiores manifestações de nossa cultura. A homenagem é justa para o bloco que congrega todas as manifestações artísticas de Pernambuco. Fico muito feliz pelo reconhecimento de um dos grandes patrimônios de nossa cultura e história, ainda mais porque tive a honra de fazer sua indicação ao Ministério da Cultura”, comentou Mendonça Filho.

Armando quer pressa em projetos

O senador Armando Monteiro (PTB-PE) propôs em plenário, prioridade na aprovação dos projetos de lei que aumentam a produtividade da economia listados no relatório do Grupo de Trabalho da Produtividade, que coordenou na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) neste ano. São 20 projetos, dos quais 15 em tramitação no Senado e na Câmara dos Deputados, e cinco novos.

ISS

Um dos dois projetos aprovados na última sessão deliberativa do Senado, no dia 14, amplia a isenção do ISS (Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza) nas exportações de serviços. O outro, uma resolução, obriga o ministro-chefe da Casa Civil a prestar contas à CAE, semestralmente, das ações pela elevação da produtividade da economia.

Garantias do presidente do Senado

O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), comprometeu-se a votar alguns deles em plenário no início do ano legislativo, em fevereiro. “O tema da produtividade é uma agenda central e urgente para criar as condições favoráveis a um novo ciclo de crescimento econômico do país”, assinalou Armando nesta terça, elogiado no plenário pelos senadores Cristovam Buarque (PPS-DF) e Sérgio de Castro (PDT-ES).

Paulo Maluf continua enganando a todos

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF) determinou o “imediato início” do cumprimento da pena de 7 anos, 9 meses e 10 dias de prisão, imposta pelo tribunal ao deputado federal Paulo Maluf (PP-SP).

Motivos

Na condenação, o STF determinou que a pena começará no regime fechado, sem possibilidade de saída durante o dia para trabalho. A sentença também determinou a perda do mandato de deputado, o que deverá ser comunicado à Câmara. Agora se isso vai acontecer aí são outros quinhentos.

Presidente nacional do PMDB, o senador Romero Jucá (RR) afirmou, nesta terça-feira (19), que a intervenção no diretório do partido em Pernambuco vai acontecer no início de 2018. A interferência vai dissolver a atual formação da direção peemedebista no estado, que tem a presidência ocupada pelo vice-governador Raul Henry e a liderança política-eleitoral do deputado federal Jarbas Vasconcelos. Os dois serão substituídos pelo senador Fernando Bezerra Coelho.

“Vamos realizar a intervenção, o processo em Pernambuco será concluído no início do ano e teremos o PMDB ou MDB fortalecido em Pernambuco com a presença do senador Fernando Bezerra Coelho e de diversos deputados federais que estão ingressando no partido”, declarou Romero Jucá. Segundo o presidente nacional, a dissolução do diretório estadual foi aprovada há quatro anos e não inserida no estatuto “por um equívoco”.

##RECOMENDA##

Com a direção passando para Bezerra Coelho, a aliança do PMDB com o PSB de Pernambuco será rompida, já que o senador é um dos nomes que lidera o chamado novo bloco de oposição “Pernambuco quer mudar” e se lançou como pré-candidato a governador, contra à reeleição de Paulo Câmara. Oficialmente os dois partidos são aliados de primeira hora e a intervenção tem a rejeição de Henry.

A direção do PMDB foi um pré-requisito de FBC para se filiar ao partido. Na ocasião, ele já ganhou carta branca para participar da disputa eleitoral de 2018. Henry e Jarbas têm reagido ao processo, eles, inclusive, ganharam uma liminar judicial que impede a intervenção e recorreram na semana passada ao presidente Michel Temer (PMDB). 

Líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR) foi abordado por uma mulher que pegavam o mesmo voo comercial que ele, nessa quarta-feira (29). Assim que percebeu a presença do parlamentar, ela pegou o celular e gravando um vídeo foi questionar a atuação dele no Congresso. A passageira fez referência ao “grande acordo nacional” proposto por ele e o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, para garantir o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e “estancar a sangria” que consideravam ser a Lava Jato. 

“Gente o Jucá, do grande acordo nacional com o Supremo, com tudo... Especialista em acordo nacional. Como está funcionando o acordo para Reforma trabalhista? Conta para gente seu Jucá”, ironiza a mulher. Ela também pergunta se ele conseguiu estancar a sangria para livrar “seus amigos canalhas” da Lava Jato e diz que o sossego do senador vai acabar. 

##RECOMENDA##

Visivelmente contrariado, em reação Jucá chegou a dar uma tapa na mão da passageira para tentar impedir que ela o gravasse e entre as frases ditas por ele, dá para identificar o senador argumentando que está recuperando o Brasil, com o presidente Michel Temer (PMDB), e dizendo que “canalhas” são eles. A mulher foi aplaudida e Romero Jucá vaiado.

Veja o momento:

Em seu primeiro pronunciamento no Senado após ser expulsa do PMDB, nesta quarta-feira, 29, a senadora Kátia Abreu (TO), chamou o presidente do partido, senador Romero Jucá (RR), de "canalha, crápula e ladrão de vidas e almas brasileiras". Durante a fala, que durou cerca de 10 minutos, Kátia afirmou que a cúpula do PMDB "não reúne condições morais e virou o escárnio da nação".

"Por que me expulsaram? Porque tenho princípios? Porque tenho coerência? Porque não sou oportunista? Porque não faço parte de quadrilha? Porque não faço parte de conluio? Porque não estou presa? Porque não uso tornozeleira? Porque não tenho apartamento cheio de dinheiro? Ou porque não apareceu nenhuma mala cheia de dinheiro da senadora Kátia Abreu?", questionou.

##RECOMENDA##

Após o pronunciamento, o senador Paulo Paim (PT-RS) tentou fazer um manifesto de solidariedade à senadora, mas foi impedido de utilizar o microfone por João Alberto Souza (PMDB-MA), que presidia a sessão no momento.

"Se fosse outra figura, teria havido muito mais condescendência nesta hora. Quantas horas ganhou aqui Aécio Neves para fazer uma defesa pífia a troco de nada? Quantos outros ganharam aqui um tempo exorbitante para fazer a sua defesa e receber a defesa dos colegas? E hoje eu estou impedida. Logo o senhor que é o Presidente da Comissão de Ética do PMDB?", reclamou a senadora.

Ela pediu, então, que João Alberto deixasse seus colegas "desabafarem", mas ele negou mais uma vez. "Eu tenho certeza, senador, de que se fosse aqui Romero Jucá, esse canalha, esse crápula do Brasil, esse ladrão de vidas e almas alheias, o senhor teria sido mais condescendente com ele."

Na semana passada, o Conselho de Ética do PMDB decidiu expulsar Kátia por sua postura crítica ao governo de Michel Temer e por ter atuado de forma contrária às orientações do Palácio do Planalto sobre propostas como a reforma trabalhista.

O presidente Michel Temer está almoçando neste momento no Palácio do Planalto com o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB/RR), e um grupo de parlamentares, incluindo o deputado Paulo Maluf (PP-SP), que já havia sido recebido ontem pelo presidente.

Também participam do almoço o senador José Medeiros (PODE-MT), vice-líder do governo do Senado; senador Elmano Férrer (PMDB-PI); senador João Alberto Souza (PMDB-MA); e o deputado André Moura (PSC-SE), líder do governo no Congresso.

##RECOMENDA##

Mais cedo, conforme atualização da agenda divulgada na tarde desta quarta-feira, 27, Temer recebeu Robinson Faria, governador do Estado do Rio Grande do Norte; o deputado Fábio Faria (PSD-RN), e Vagner Araújo, que é secretário extraordinário para Gestão de Projetos e Metas do Governo do Rio Grande do Norte.

Depois, esteve com a ministra Grace Maria Mendonça, da Advocacia-Geral da União (AGU) às 11h40, e com Raul Jungmann, ministro da Defesa, ao meio-dia.

Na sequência, Temer teve outra reunião com o deputado André Moura (PSC-SE), e com o governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria. Nesse encontro, participaram produtores de sal do Estado do Rio Grande do Norte.

A agenda de Temer, que nesta segunda denúncia vai repetir a estratégia de abrir o gabinete para ouvir demandas, tem ainda, às 15h, reunião com o deputado Mauro Lopes (PMDB-MG), secretário-geral do PMDB. Às 15h30, Temer recebe o deputado Ricardo Teobaldo (PODE-PE), líder do Podemos na Câmara Federal, e o deputado Aluísio Mendes (PODE-MA). Às 16h, tem audiência com o deputado Milton Monti (PR-SP). Às 16h30, recebe o deputado Rômulo Gouveia (PSD-PB), 4º secretário da Câmara dos Deputados. E, às 17h, tem audiência com o senador Telmário Mota (PTB-RR).

Temer deve ser notificado daqui a pouco da segunda denúncia apresentada pelo então Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot. Após a notificação, a denúncia volta para a Câmara para iniciar a tramitação.

O presidente do PMDB em Pernambuco e vice-governador Raul Henry se negou, nesta terça-feira (12), a avaliar as articulações do senador Fernando Bezerra Coelho, recém filiado ao partido, para conquistar apoios e aliados diante da eventual possibilidade da legenda disputar o comando do Palácio do Campo das Princesas. Indagado sobre o assunto, Henry foi categórico: “não avalio não”. 

“Quem fala pelo senador é ele, eu falo por mim e pelo diretório estadual”, salientou, após participar de um encontro com o diretório estadual do PMDB para deliberar sobre os desconfortos internos gerados pelo ingresso do parlamentar. No dia da filiação, o presidente nacional da sigla, senador Romero Jucá (RR), deu uma espécie de carta branca para Bezerra conduzir o processo eleitoral de 2018. 

##RECOMENDA##

Nos últimos dias, Fernando Bezerra intensificou as articulações com DEM, PSDB e PTB para montar uma frente com o PMDB contra o governador Paulo Câmara (PSB), que tentará a reeleição. Atualmente, Paulo é aliado do PMDB que ocupa a vice-governadoria com o próprio Henry. Na movimentação protagonizada, o senador já previu que até outubro deve fechar as alianças e em fevereiro anunciará quem será o candidato.       

Há um ano e três meses, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) anunciava o fim de sua breve passagem pela cadeira de ministro do Planejamento no governo Michel Temer. Gravado costurando uma forma de "estancar a sangria" causada pela Operação Lava Jato, não durou duas semanas no cargo. Correndo pelos corredores do Congresso, Jucá usou um eufemismo para confirmar sua demissão: seria uma "licença", um afastamento. A exoneração não tardou. Mas o afastamento nunca veio.

Espécie de eminência parda na gestão Temer, Jucá, atual líder do governo no Senado, ainda é chamado de ministro por parlamentares de vários partidos - e não pela deferência de tratamento, mas por ato falho mesmo. Afinal, dizem, o atual ministro era assessor de Jucá, que manteve sua influência direta sobre o economista Dyogo Oliveira - que permaneceu como interino por quase um ano. E ainda espalhou seus tentáculos por outras áreas enquanto inquéritos (14) e denúncias (3) no Supremo Tribunal Federal se ampliaram.

##RECOMENDA##

São dele, por exemplo, algumas das principais ideias em debate na reforma política. Dois dos principais deputados envolvidos nas discussões, Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) e Vicente Cândido (PT-SP), que comandaram os trabalhos na comissão especial, confirmam a influência de Jucá. O senador quase emplacou a extensão da imunidade criminal do presidente da República aos demais integrantes da linha sucessória, os presidentes da Câmara, do Senado e do Supremo. "O Romero tinha uma reforma política na pasta, com vários temas. Esse era um deles", disse Cândido sobre a adoção de um artigo que pretendia blindar os chefes do Legislativo - depois abandonada. No início do ano, Jucá havia proposto e recuado de uma PEC idêntica, mas negou tentativas de proteger aliados contra a Lava Jato.

Na "pastinha azul" do senador havia ao menos outros dois projetos de lei e uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que foram incorporadas ao texto do relator. Também era do senador a ideia de custear o fundo público de campanha com R$ 3,6 bilhões a partir de recursos das emendas parlamentares e de acabar com programas partidários nos anos ímpares, que não têm campanha, para derrubar as compensações fiscais de rádio e TV. "Isso estava num texto dele, um rascunho, e as isenções de rádio e TV foram só verbalizadas, mas o Eunício defendeu também", afirmou Cândido.

Jucá atuou como um intermediador das propostas discutidas na comissão especial da reforma política, formada por deputados. Cabia a ele checar a viabilidade, no Senado e na área econômica do governo, das ideias formuladas ou adaptadas na Câmara. Teve o aval do senador peemedebista ainda o texto que vinculava o montante do fundo público a 0,5% da receita corrente líquida, recursos do Tesouro, depois retirada pelo plenário da Câmara por causa da repercussão negativa.

Para boa parte dos deputados da base governista, Jucá tem avançado em todas as áreas do governo, deixando rastros nem sempre identificáveis a quem não transita nos bastidores do poder. O líder do governo circula quase sempre com andar apressado pelos corredores, num ritmo ligeiro semelhante ao de marcha atlética, difícil de acompanhar, driblando jornalistas e parlamentares entre uma audiência e outra nos ministérios, no Planalto e em seu gabinete.

Em apenas um dia da semana passada, contabilizou 13 km e mais de 6 mil passos entre reuniões no Congresso e nos ministérios. Os números são computados por meio de um aplicativo de celular com informações do seu smartwacht.

Raras são as vezes em que participa de uma sessão de debates do início ao fim. Cabe aos assessores de seu gabinete correr para alertá-lo de alguma votação nominal importante, o que provoca a correria do parlamentar para dar seu voto. Recentemente, deixou apressado o plenário para votar numa sessão do Conselho de Ética do Senado, quando se pretendia punir senadoras da oposição que atrasaram a votação da reforma trabalhista. Ficou menos de quatro minutos na sessão.

Um senador da base aliada disse, reservadamente, que o governo anda desarticulado porque Jucá, assoberbado, apesar de "muito trabalhador e inteligente", não tem dado atenção às votações do plenário. Para o aliado, "nem Jesus Cristo" daria conta de "acumular a presidência do PMDB, a Casa Civil, o Planejamento, a Fazenda, a liderança do governo, as questões pessoais e ainda o Estado de Roraima".

Na votação sobre a mudança da meta fiscal, não foram poucas as vezes em que o presidente do Congresso, Eunício Oliveira (PMDB-CE), cobrou a atuação do líder. "Não cabe ao presidente do Congresso correr atrás de senador para votar. Isso é função do líder do governo", repetia sempre que a oposição ameaçava derrubar a sessão por falta de quórum.

'Em dia' com as funções

O senador Romero Jucá disse que muitas vezes não se envolve em alguns assuntos na Casa para "evitar ciumeiras". Ele disse estar "em dia" com a função de líder do governo. "O Senado está em dia com tudo." Um aliado próximo afirma que, se pudesse, Jucá preferia não acumular tantas funções, mas o momento do governo pede alguém com suas características.

Ele cita como exemplo a presidência do PMDB e diz que, sem o "pulso firme" de Jucá, Temer perderia o controle do partido. Enquanto isso, o senador segue se desdobrando para manter o protagonismo. Há cerca de dez dias, por exemplo, deixou uma reunião no Senado e foi até a Câmara para vistoriar um auditório onde pretende realizar a convenção do partido no fim do mês.

Detalhista, quis saber onde seriam posicionados banners, púlpito e convidados. No caminho, gritava ao telefone contra o líder do governo no Congresso, deputado André Moura (PSC-SE). "Não posso também fazer a função dele", repetia ao interlocutor. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) na tarde desta segunda-feira, 28, uma denúncia contra o senador Romero Jucá (PMDB-RR), com base na delação da Odebrecht. O ex-diretor de relações institucionais da empreiteira Cláudio Melo Filho associou uma doação de R$ 150 mil destinada à campanha eleitoral do filho do senador ao trabalho de Jucá em benefício da empresa durante a tramitação das medidas provisórias 651/2014 e 656/2014.

Jucá foi denunciado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Já o delator da Odebrecht foi denunciado por corrupção ativa. O caso precisa ser submetido pelo relator da Lava Jato na Corte, ministro Edson Fachin, à análise da 2ª Turma para que os ministros decidam se Jucá vai responder a uma ação penal.

##RECOMENDA##

"Não há dúvidas de que o sistema eleitoral foi utilizado para o pagamento disfarçado de vantagem indevida a partir de ajuste entre Romero Jucá e o executivo do Grupo Odebrecht Cláudio Melo Filho", disse Rodrigo Janot sobre a atuação de Jucá.

Esta é a terceira denúncia encaminhada pela PGR contra Jucá em uma semana. No início da semana passada, o senador foi denunciado em investigação sobre a Operação Zelotes. Na sexta-feira, 25, o peemedebista foi denunciado na Lava Jato ao lado do ex-presidente José Sarney (PMDB), do ex-presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL) e dos senadores Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN) e Valdir Raupp (PMDB-RO), por corrupção passiva e lavagem de dinheiro envolvendo desvios na Transpetro.

No inquérito que gerou a denúncia, Janot apontou que o delator da Odebrecht "afirma que no bojo das discussões em torno das emendas que seriam propostas em benefício da Odebrecht, o senador solicitou que o grupo contribuísse para campanha do seu filho, Rodrigo de Holanda Menezes Jucá, ao governo do Estado de Roraima, na qualidade de vice-governador".

O delator disse ter sido procurado por Jucá com a informação de que ele poderia se tornar o relator da MP 651, de 2014, na Comissão Mista de análise do tema. Segundo o executivo, considerando o relacionamento que era mantido entre ambos, Jucá apresentou 4 emendas de interesse da empresa e atuou junto ao Executivo para garantir a aprovação do texto.

Melo Filho diz ainda ter recebido solicitação de Jucá para ajudar na campanha eleitoral do filho do senador, então candidato a vice-governador em Roraima. A Odebrecht doou ao diretório do PMDB no Estado o valor de R$ 150 mil.

Chamado pela Polícia Federal para prestar esclarecimentos sobre o tema, o delator afirmou que a Odebrecht não tinha interesse na atuação de Rodrigo Jucá em Roraima e que a doação foi feita "justamente pela condição de Rodrigo Jucá ser filho do Senador".

Em depoimento à PF durante as investigações, Rodrigo Jucá disse que seu pai participava da captação de recursos para sua campanha a vice-governador. Segundo ele, seu pai não falava sobre a origem ou motivação das doações captadas para sua campanha e ficou sabendo da doação de empresas como a Odebrecht em decorrência das investigações.

Já Jucá afirmou à PF que não defendeu interesses de nenhum grupo empresarial pois sua atuação é "de cunho nacional" e que recebeu "diversos representantes de variados setores da economia" com sugestões de emenda na época da MP 651. Ele afirmou ainda que conversou com "diversos setores empresariais" na busca por "meios legais" para que o partido disputasse as eleições e, entre estas pessoas, estava Cláudio Melo.

O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), rechaçou nesta segunda-feira, 21, a hipótese - defendida por alguns tucanos - de que o presidente Michel Temer e o governo estejam interferindo na crise do PSDB, que está rachado no apoio ao governo. "Sou presidente do PMDB, não falo sobre outros partidos. O governo não está interferindo no PSDB, o governo respeita o PSDB, tanto que o PSDB está vivendo esse dilema", disse. "É um dilema que eles têm que se resolver, não é outro partido que vai inferir qualquer coisa no PSDB", completou.

Ao ser questionado do encontro do senador Aécio Neves, presidente licenciado do PSDB, com o presidente Temer e se haveria alguma pressão do tucano mineiro pela Cemig em troca da manutenção de apoio, Jucá disse que o "caso da Cemig é uma questão brasileira, uma questão mineira, que está acima de questões partidárias". "É algo que o governo está tentando resolver porque entende a relevância para Minas Gerais, mas entende também que esses recursos são necessários para o equilíbrio do governo esse ano", disse. A Cemig é dona de quatro hidrelétricas que o governo federal pretende relicitar para levantar R$ 11 bilhões e reduzir o rombo das contas públicas.

##RECOMENDA##

Ontem, a Executiva do PSDB em São Paulo manifestou "desconforto" em relação aos encontros entre o senador Aécio Neves e o presidente Temer e divulgou uma nota de repúdio e tentando dar força ao senador Tasso Jereissati, presidente em exercício da sigla. Tasso foi o responsável pela elaboração da propaganda partidária exibida na semana passada com críticas à classe política e também à participação no governo de Temer.

Após a repercussão negativa do encontro, Temer usou o Twitter ontem para destacar que o senador mineiro foi para tratar da questão da Cemig. "Quanto às questões do PSDB, essas são discutidas internamente, sem qualquer participação do governo ou do presidente". No Twitter, Temer disse que não entra em assuntos de outras legendas. "Teorias da conspiração são assunto de quem não tem o que fazer".

Suspensos das atividades partidárias ou em processo de expulsão, peemedebistas passaram a questionar a direção da legenda sobre a falta de punição para membros do partido acusados de corrupção, presos e até já condenados pela Justiça, como o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB). Cinco deputados federais - Jarbas Vasconcelos (PE), Celso Pansera (RJ), Vitor Valim (CE) , Veneziano Vital do Rêgo (PB), Laura Carneiro (RJ) - e dois senadores - Kátia Abreu (TO) e Roberto Requião (PR) - compõem a lista de alvos de processos partidários. 

Os deputados já estão suspensos das atividades internas por 60 dias, após votarem a favor da abertura da denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB) por corrupção passiva. Já os senadores, aguardam a análise da Comissão de Ética de pedidos de expulsão deles da legenda por se colocarem contrários às reformas trabalhista e previdenciária.  

##RECOMENDA##

“Por que nunca puniram nenhum filiado condenado e preso por crimes graves como corrupção e formação de quadrilha?”, questionou Kátia Abreu, ao dizer que nessa quarta-feira (16) apresentou sua defesa no processo. “Minha única ‘infração’ foi fazer discursos contrários ao atual governo do Tocantins e ao presidente da República. Desproporcional, não acham?”, indagou acrescentando. Não é apenas Cunha que tem pendências com a Lava Jato, o presidente e senador Romero Jucá (PMDB-RR) e o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) são outras figuras nacionais enroladas com denúncias de corrupção. 

Indo além do discurso, Roberto Requião encaminhou para a direção do PMDB o pedido de expulsão de Eduardo Cunha. Outra solicitação do peemedebista pede o afastamento Jucá da presidência do partido. 

“Vou forçar o PMDB a uma discussão mais profunda. Estou encaminhando o pedido de expulsão do Eduardo Cunha, que está preso e condenado, e o pedido de afastamento do senador Romero Jucá pelas posições contrárias a Constituição Cidadã e o documento Esperança e Mudança, que é a base do nosso partido. Ele precisa se dedicar em tempo integral a sua defesa, e o partido não pode ser comandado por quem tem tantas questões a resolver”, cravou. 

Requião também criticou as posturas adotadas pela legenda. “Querem me expulsar porque estaria agindo contra os princípios e teses do PMDB. Ninguém mais do que eu defender as teses do velho MDB de guerra. Hoje, o partido, comandado por essa gente, tem 1% de apoio da população brasileira. Estamos acabando. Não vou deixar barato essa atitude que tomam contra mim. Vamos ver se o PMDB é do pessoal da tornozeleira, de mil processos de desvio de recursos públicos, ou é aquele que trouxe o Brasil para a democratização depois da ditadura”, salientou. 

Deputados punidos

Os deputados do PMDB que sofreram retaliações por pedirem a continuidade da investigação contra Temer também apresentaram recursos nessa quarta. Eles estão impedidos de ocupar cargos de direção partidária ou de responder pelo partido nas comissões do Congresso por 60 dias. Além dos cinco já citados, o deputado Sérgio Zveiter (RJ), que deu parecer favorável ao prosseguimento das apurações na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), também era do PMDB e sofreu punição, mas decidiu deixar a legenda por estar recebendo ameaças.  

Já o pernambucano Jarbas Vasconcelos chegou a classificar a determinação como “algo esdrúxulo e completamente sem sentido”. "Só reforça minha avaliação de como  é fraca e despreparada a direção nacional do PMDB hoje. Fui um dos fundadores do MDB, que posteriormente deu origem ao PMDB, e ao longo de toda a minha trajetória dentro do partido nunca vi algo parecido. O respeito às ideias e posicionamentos é algo fundamental, e o caminho pelo qual está seguindo hoje o PMDB nacional ignora completamente essa condição, que é primordial para todos que exercem a política e principalmente para quem está a frente de qualquer partido numa democracia", disse.

Nova roupagem em meio a imbróglios

Ao tratarem das punições, tanto Jarbas quanto Requião lembraram do “velho MDB” e nas últimas semanas o partido vem discutindo a proposta de retirar o nome “partido” da sigla e voltar a nomenclatura de Movimento Democrático Brasileiro (MDB). A sugestão de nova roupagem surge em meio a imbróglios sobre a defesa ou não das teses que idealizam o partido e com boa parte da direção citada na Lava Jato, até mesmo com pendências de inquéritos judiciais na investigação do escândalo de corrupção. 

A decisão de mudar ou não o nome da legenda não deve amenizar as celeumas internas. MDB foi o nome do partido até 1980 e a definição sobre a proposta de retorno ao “velho MDB” deve ser conhecida na convenção nacional  da sigla marcada para  27 de setembro.

Após um embate intenso entre governo e oposição, o senador Romero Jucá (PMDB) conseguiu iniciar a leitura do relatório do Projeto de Lei 38/2017, que promove a reforma trabalhista, na Comissão de Constituição e Justiça do Senado. A apresentação do relatório sobre a constitucionalidade da reforma acontece um dia após o texto original, oriundo da Câmara dos Deputados, ser rejeitado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). Na ocasião, um voto em separado do senador Paulo Paim (PT) foi acatado por unanimidade.  

Em seu relatório, Jucá afirmou que a proposta "não afronta o regramento constitucional e que contribuirá para o aprimoramento das relações entre capital e trabalho". 

##RECOMENDA##

A discussão entre governistas e oposicionistas sobre a não realização de uma audiência pública sobre o projeto marcou o início da sessão da CCJ. O líder do PT, Lindbergh Farias, propôs que nesta quarta só seja feita a leitura do relatório do senador e seja concedida vista coletiva. O que foi corroborado pela senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB).  

Ela, inclusive, lembrou a validade do acordo firmado por eles anteriormente. Segundo Vanessa, o acordo contemplava apenas a leitura do relatório do senador Jucá nesta terça. “Não foi pactuado nada sobre a leitura dos votos em separado ou encerramento das discussões hoje”, disse. Já Paulo Paim frisou que o acordo também previa duas audiências públicas em cada comissão. Ele sugeriu que fossem marcadas para o mesmo dia, uma de manhã e outra à tarde, devido à pressa do governo em aprovar a reforma. 

Com a discussão acalorada, Jucá propôs um novo acordo em que se votaria o pedido de audiência pública desde que os votos em separado sejam lidos na terça (27) e o projeto discutido e votado na quarta (28) na CCJ. Em contrapartida, Grazziotin fez uma segunda proposta para que hoje fosse lido o relatório de Jucá; na terça (27) feitas duas audiências públicas e na quarta (28) seria feita a leitura dos votos em separado, discussão e votação "se for em caso".  

Jucá aceitou a proposta da comunista e iniciou a leitura do relatório. A votação do texto do peemedebista está prevista para acontecer após às 16h da próxima quarta-feira. 

Alvo de inquéritos por corrupção e lavagem de dinheiro na operação Lava Jato, o senador Romero Jucá (RR), voltou a defender nesta sesta-feira (21) a continuidade e a rapidez das investigações afirmando que "parar a Lava Jato hoje é parar a calúnia como está".

"Defendemos a Lava Jato e queremos rapidez na Lava Jato porque hoje todos estão sendo caluniados. Ou não. O que vai definir se é calúnia ou se é verdade é a investigação", disse o senador em discurso durante o durante o 16º Fórum Empresarial, que acontece em Foz do Iguaçu (PR).

##RECOMENDA##

"Então, parar a Lava Jato hoje é congelar a calúnia no estado em que ela está. Quem tem seriedade com o Brasil e quer passar a limpo este País quer a investigação", completou, afirmando que o país vive hoje um tempo de "facilidade" e "generalização" de acusação.

"Vivemos hoje um momento de crise política, que, sinceramente - e eu estudo história política, fui governador e tenho três mandatos como senador - e não vi uma crise como a que o país está vivendo", afirmou.

Ao defender a necessidade de aprovação das reformas trabalhista e previdenciária, o senador peemedebista, líder do governo no Senado, disse que as investigações da Lava Jato "são questões tratadas no Judiciário" que "não vão paralisar o Congresso".

"As investigações são questões tratadas no Judiciário. Essas investigações e qualquer tentativa de qualquer setor não vão paralisar o Congresso Nacional, não vão paralisar o Senado da República e não vão paralisar o governo", disse, ele, afirmando que as reformas deverão ser aprovadas até julho.

Ao falar para a elite empresarial do país, Jucá definiu o governo como "uma janela de oportunidades", que, segundo ele, busca recuperar três pilares básicos perdidos nos governos petistas: credibilidade, segurança jurídica e previsibilidade.

O senador conclamou os empresários a apoiarem e cobrarem o governo. "Quero conclamar os setores brasileiros, e o empresariado é fundamental nisso, para que participem desse esforço. Não julguem, cobrem."

O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), alertou hoje (16) que o Congresso Nacional precisa aprovar com urgência mudanças nos mecanismos de financiamento para as campanhas eleitorais de 2018. Ele lembrou que o Senado já aprovou parte da Reforma Política, mas ela está parada na Câmara.

“Dentro dessa reforma política há um ponto emergencial, que é o financiamento da campanha de 2018. Essa campanha, para ser financiada de forma diferenciada da de 2016, tem que ter a sua lei aprovada até o final de setembro, portanto, um prazo muito curto”, afirmou.

##RECOMENDA##

Jucá defendeu ainda que seja criado um fundo eleitoral a ser gerido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Segundo ele, a ideia é que os doadores de campanha entreguem o dinheiro diretamente ao tribunal, que fará o repasse aos partidos, garantindo mais lisura ao processo.

“O que eu defendo, como presidente do PMDB, é o fundo eleitoral à disposição do TSE, em que doações de pessoas físicas, mais recursos públicos, serão direcionados ao TSE. E, a partir daí, o TSE, mediante legislação, fará a repartição com os partidos para despesas só eleitorais”, explicou.

Jucá esclareceu que o novo fundo não deve ser confundido com o fundo partidário, que já existe hoje. “Porque fundo partidário é para manutenção e funcionamento dos partidos. É a isso que deve se restringir, nesta nova configuração, o recurso do fundo partidário”, disse.

A proposta, segundo ele, visa a reduzir custos de campanha. Questionado se a mudança para voto em lista fechada poderia também ajudar a diminuir o custo das campanhas, Jucá disse que caberá aos deputados decidirem sobre isso. A proposta vem sendo levantada pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Pela lista fechada, o partido define uma ordem de preferência de candidatos, e o eleitor vota na legenda.

Jucá cobrou que os deputados façam a parte deles na reforma política. “A Câmara historicamente tem resistido a fazer qualquer mudança no modelo. Eu acho que é preciso fazer, a sociedade cobra, o modelo se esgotou nessa questão. Nós temos que dar transparência, temos que recuperar a legitimidade, recuperar, principalmente, a representatividade dos políticos e dos partidos perante a sociedade. E tudo isso passa por uma grande reformulação. Agora, nós já fizemos a nossa parte aqui no Senado, a matéria está agora na Câmara”, disse.

Lista de Janot

O líder foi questionado ainda sobre a preocupação do governo com a divulgação dos nomes da lista entregue esta semana pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal, com pedidos de abertura de inquérito sobre pessoas com foro privilegiado. As investigações se referem às delações premiadas da Odebrecht no âmbito da Operação Lava Jato.

Para Jucá, seria um “desserviço ao Brasil” paralisar o Congresso enquanto se aguarda o resultado dessas investigações. “À Procuradoria da República cabe investigar, fazer lista, fazer investigação, está no papel dela. A nós cabe votar, mudar o Brasil, transformar a realidade e nós estamos fazendo. Cada um deve fazer o seu papel e no final a sociedade julga e a Justiça efetivamente vai julgar também quando os processos estiverem completos, o que não será a curto prazo. Portanto, paralisar o Congresso hoje é prestar um grande desserviço ao Brasil. Nós não vamos parar, nós vamos trabalhar, nós vamos cumprir a nossa tarefa e melhorar a vida dos brasileiros”, disse, referindo-se às reformas que estão sendo discutidas no Parlamento.

Reunião com o TSE

Jucá recebeu hoje os ministros do TSE Tarcísio Vieira de Carvalho Neto e Henrique Neves da Silva para discutir uma nova legislação eleitoral no que diz respeito a procedimentos  mais burocráticos. De acordo com ele, o grupo que vem trabalhando nessa proposta – além dos ministros, também inclui dirigentes partidários – não está tratando de reforma política.

“ Nós estamos discutindo a legislação dos partidos, discutindo a questão de prazo de filiação partidária, nos que diz respeito à questão do diretório estadual ou municipal, das intervenções, da possibilidade de migrar para o TSE todo tipo de causa que diga respeito a partidos ou disputa intrapartidária. Enfim, nós estamos discutindo uma série de propostas que vão fazer com que nós tenhamos menos penalidades, mais transparência e menos burocracia na relação dos partidos com o Tribunal Superior Eleitoral”, disse.

A queda do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2016, anunciada hoje (7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi encarada com naturalidade pelo líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR). Para ele, o resultado ruim se justifica pelas dificuldades enfrentadas em 2016 – ano do impeachment da presidenta Dilma Rousseff. O PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país, fechou 2016 com queda de 3,6%.

“O resultado do PIB veio dentro do esperado. A previsão inicial era um PIB negativo de 3,8. Nós tivemos um PIB de 3,6, ainda bastante negativo, maior que o esperado, mas mostrando que o ano de 2016 foi um ano de desastre para a economia”, afirmou o líder.

##RECOMENDA##

Para Jucá, no entanto, a expectativa é de recuperação e o resultado apresentado hoje reflete o passado. “Agora o que é importante é definir bem a diferença entre 2016 e 2017. Em 2016 nós estamos olhando pelo retrovisor e vendo uma paisagem nebulosa, de crise. Se olharmos para a frente, em 2017, vemos uma nova paisagem, de alvorada, de número novos, mostrando a recuperação da economia”, avaliou.

O líder da minoria no Senado, Humberto Costa (PT-PE), entretanto, interpretou o resultado como culpa do atual governo. Para ele, os números mostram que as apostas feitas pela equipe econômica não deram certo.

“Eu acho que já era esperado. Nós estamos desde maio com um governo novo e que imaginava que a simples mudança da presidenta da República iria garantir que a confiança dos investidores seria retomada e o crescimento iria acontecer. No entanto, não só isso não aconteceu, como as medidas que eles têm tomado alegando que é necessário um ajuste para que a economia volte a crescer, só têm agravado a recessão, o desemprego e os índices do PIB são exatamente um demonstrativo de que essa política está errada”, afirmou.

O Produto Interno Bruto é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. Em 2015, a economia brasileira já tinha recuado 3,8%. Segundo dados divulgados hoje (7), no Rio de Janeiro, o PIB de 2016 ficou em R$ 6,3 trilhões. De acordo com o IBGE, os números do PIB de 2015 e 2016 representam a maior recessão desde 1947.

O deputado federal André Moura (PSC-SE) deve ser o novo líder do governo no Congresso Nacional. De acordo com informações publicadas por um jornal de circulação nacional, o presidente Michel Temer (PMDB) bateu o martelo pela escolha do novo porta-voz para o Legislativo nacional neste sábado (4). Moura vai substituir o senador Romero Jucá (PMDB-RR).

A decisão teria sido tomada durante reunião entre Temer, Jucá, Moura e o ministro da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy. O anúncio da mudança deve ser feito ainda hoje. Jucá passará a responder pelo governo no Senado e deve assumir a vice-liderança no Congresso. 

##RECOMENDA##

A alteração dos cargos é uma estratégia do governo para conquistar o máximo de apoios para  aprovação das reformas da Previdência e trabalhista. Na semana passada, quando Moura perdeu o posto de líder do governo na Câmara, o bloco que faz parte, Centrão, ensaiou uma postura de independência a gestão de Temer. A nomeação para o Congresso é para reverter o mal estar. 

 

 

Os embates internos no PMDB têm sido cada vez mais frequentes. Os mais recentes envolvem críticas diretas ao comando da legenda e ao governo do presidente Michel Temer (PMDB). Durante o carnaval, de acordo com informações divulgadas pela coluna de Lauro Jardim, o alvo foi o presidente nacional do partido e líder do governo no Senado, Romero Jucá (RR). 

Segundo mensagens registradas no grupo do WhatsApp da bancada federal peemedebista, depois do deputado que fez cartão de visita intitulando-se líder dos estados sem ministério, foi a vez do deputado e vice-presidente do PMDB, João Arruda, disparar contra Jucá e se dizer envergonhado de tê-lo como comandante do partido.

##RECOMENDA##

"Por gentileza, copiem e colem no WhatsApp do Jucá porque nem por mensagem ele atende os deputados federais do PMDB. Suruba é o que o Jucá está fazendo como presidente nacional do PMDB! [sic] Tenho vergonha de ser peemedebista com um sujeito desses na presidência do meu partido”, escreveu. 

Afastamento dos envolvidos com a Lava Jato

A manifestação de Arruda contra Jucá não é única. Um grupo de deputados federais do PMDB quer afastar os dirigentes do partido citados na Operação Lava Jato. A ala, liderada pelo deputado Carlos Marun (MS), está em busca de apoios internos para endossar a tese e lançar um movimento da legenda visando o afastamento de políticos atingidos pelo escândalo de corrupção. Caso ganhe fôlego, a medida atingiria diretamente o senador e presidente nacional do partido. 

Um grupo de deputados federais do PMDB quer afastar os dirigentes do partido citados na Operação Lava Jato. A ala, liderada pelo deputado Carlos Marun (MS), está em busca de apoios internos para endossar a tese e lançar um movimento da legenda visando o afastamento de políticos atingidos pelo escândalo de corrupção. 

“Não podemos passar a campanha de 2018 inteira nos defendendo da Lava Jato. A direção precisa estar isenta para não contaminar o partido”, disse Marun ao jornal Folha de São Paulo. O líder do movimento, inclusive, é um dos parlamentares que capitaneou a tropa de choque em defesa do ex-deputado Eduardo Cunha na Câmara Federal. 

##RECOMENDA##

Caso ganhe fôlego, a medida atingiria diretamente a cúpula nacional do PMDB. O presidente da sigla, senador Romero Jucá, também seria afastado. Ele é mencionado na delação do ex-vice-presidente de Relações Institucionais da Odebrecht, Cláudio Melo Filho. 

Segundo Cláudio, Jucá teria recebido R$ 10 milhões para ajudar a construtora em projetos de lei e medidas provisórias em tramitação no Congresso. Na época em que o depoimento foi divulgado, o senador negou a acusação. Romero Jucá é ainda o aliado do presidente Michel Temer (PMDB) e em conversas com o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, falou da necessidade de afastar a ex-presidente Dilma Rousseff do poder para que o PMDB pudesse “estancar a sangria” causada pela Lava Jato. 

O presidente nacional do PMDB, senador Romero Jucá (PMDB-RR), afirmou nesta quarta-feira, 22, que o partido "não tomou nenhuma posição" sobre a reforma da Previdência. Por meio de nota, o parlamentar negou declaração dada pelo ministro Moreira Franco ao jornal Valor Econômico, de que a legenda iria liberar os parlamentares na votação. Jucá afirmou que o PMDB pode "fechar questão" sobre o assunto.

De acordo com Jucá, Moreira emitiu apenas "uma posição pessoal que será levada em conta no debate". "O partido tem discutido com a bancada federal da Câmara dos Deputados a possibilidade de fechamento de questão assim como foi feito na votação da PEC que limita os gastos públicos. Tal assunto também não foi tratado pelo diretório executivo nem pelo presidente do partido, senador Romero Jucá", diz o texto.

##RECOMENDA##

Jucá destacou que a reforma da Previdência, que está sendo analisada em comissão especial da Câmara, é de "vital importância" para o País, e será discutida "no momento adequando dentro do PMDB e com os outros partidos aliados".

O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), confirmou na manhã desta quinta-feira (16) que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 3/2017, apresentada por Romero Jucá (PMDB-RR), foi retirada de tramitação a seu pedido. A proposta impedia que ocupantes da linha sucessória da Presidência da República fossem responsabilizados por atos anteriores ao exercício do mandato vigente. A mesma vedação já é adotada, segundo a Constituição Federal, para os presidentes. 

O projeto beneficiaria diretamente tanto Oliveira quanto o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Ambos são citados em delações premiadas no âmbito da Lava Jato e estão na linha sucessória do presidente Michel Temer (PMDB). Maia, inclusive, atua como vice-presidente. 

##RECOMENDA##

"Como esse projeto podia ser interpretado como interesse pessoal ou causa própria do presidente, eu pedi ao senador Romero, fiz um apelo a ele ontem [nessa quarta], e ele retirou o projeto. Então o projeto não existe mais", explicou Eunício Oliveira. Jucá tinha reunido 29 assinaturas para protocolar a matéria no plenário - duas a mais do que as 27 necessárias.

Leviatã

Eunício também comentou a operação Leviatã, da Polícia Federal, que cumpre mandados de busca e apreensão nesta quinta-feira. Entre os investigados estão o filho do senador Edison Lobão (PMDB-MA), Márcio Lobão, e o ex-senador Luiz Otavio Campos. "É sinal de que as instituições estão em funcionamento", resumiu o presidente do Senado.

Com a expectativa da quebra ou não do sigilo das 77 delações premiadas de executivos da Odebrecht para a Operação Lava Jato, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) apresentou um projeto de lei que, caso aprovado, tornará proibida a imposição do segredo sobre investigações que lidam com a administração pública. 

A proposta de Jucá, que inclusive já foi citado em depoimentos da investigação, engloba processos judiciais que tenham como objeto principal infrações contra a administração pública, crimes de responsabilidade, infrações penais de agentes públicos e atos de improbidade administrativa, como é o caso do escândalo de corrupção na Petrobras.

##RECOMENDA##

Além disso, a matéria também define que em processos de outras naturezas, o sigilo se tornará excepcional, e só poderá ser decretado através de decisão fundamentada da autoridade competente. A proposta ressalva ainda que diligências investigativas que necessitarem do sigilo para serem efetivas (como interceptações telefônicas) não serão afetadas pela regra. No entanto, assim que elas estiverem concluídas, deverão ser publicizadas, caso se encaixem nos casos do texto.

Apesar de já ter pregado a necessidade de “estancar a sangria” provocada pela Lava Jato, segundo áudios registrados pela investigação e vazados à imprensa, Jucá afirmou recentemente que  a operação é “uma mudança de paradigma” na política brasileira, e elogiou a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, pela decisão de homologar as delações da Odebrecht. Ele disse, porém, que todas as próximas etapas devem correr "às claras".

“Defendo a transparência das investigações e dos processos. Acho que tudo tem que ser tornado público e que a sociedade e a imprensa tenham acesso a tudo, para tirar essa sombra sobre toda a classe política. Quem tiver responsabilidade, que responda, mas não dá para ficar a conta-gotas vazando informações e criando um clima de instabilidade que tem um reflexo muito grave na economia”, defendeu.

Outra determinação do projeto é que, caso ocorra algum vazamento de informações durante o curso de diligências sigilosas, todo o conteúdo apurado por elas deve ser imediatamente tornado público, sob pena de nulidade absoluta do material coletado – que não poderia ser utilizado como evidência no processo. O projeto de lei está aguardando o encaminhamento da Mesa Diretora para as comissões em que será analisado.

*Com informações da Agência Senado.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando