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Junho é o mês dedicado à conscientização sobre o câncer de rim. Grupos de pacientes se organizaram, em vários países, e formaram uma rede global independente – o International Kidney Cancer Coalition (IKCC) – para potencializar a difusão de informações sobre a doença. Este ano, o dia 18 de junho foi escolhido como o Dia Mundial do Câncer de Rim. O tema deste ano é "Precisamos falar sobre atividades físicas".

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O objetivo é incentivar pacientes, cuidadores, familiares, amigos e profissionais da saúde a promover conhecimento, como uma das formas mais eficazes de diminuir as taxas preocupantes do câncer renal. Esse tipo de tumor é o 12º mais comum, responsável por cerca de 3% dos casos de câncer no mundo. Apesar da baixa incidência, o índice de mortalidade é alto, cerca de metade dos pacientes.

Estudos mostram que ser fisicamente ativo reduz o risco de câncer de rim em até 22%. Se você já tem câncer de rim, mesmo uma atividade física moderada pode ajudar nos resultados do tratamento em até 15%, assim como reduzir potenciais efeitos causados pelo câncer, como fadiga, ansiedade, depressão, além de melhorar a qualidade de vida.

O problema é que três em cada quatro pacientes de câncer de rim não estão praticando atividades físicas. A Academia Americana de Medicina Esportiva e a Sociedade Americana de Câncer recomendam 150 minutos por semana de atividades físicas moderadas, o que corresponde a uma caminhada de 50 minutos, três vezes por semana.

Em 2019, no Brasil, foram registrados 6.500 novos casos de câncer renal, com 3.400 mortes decorrentes da doença. Outra peculiaridade é a incidência por gênero. O câncer de rim é aproximadamente duas vezes mais frequente em homens do que em mulheres.

Fatores como idade avançada, tabagismo, obesidade, histórico de doença renal (como cálculo ou cisto) são considerados de risco. O câncer de rim é uma doença silenciosa, que não costuma apresentar sintomas em suas fases iniciais.

O supervisor de vendas Marcos Alexandre Salgado foi surpreendido com o diagnóstico de câncer de rim. Em setembro do ano passado, ele percebeu que havia sangue na urina. Procurou logo os médicos e fez exames. A tomografia mostrou um tumor de 16 cm. Em novembro, Marcos foi operado para a retirada do rim esquerdo.

Em março deste ano, começou o tratamento com imunoterapia. “Descobrir o câncer desse jeito, por acaso, foi um susto, mas estou bem. Não deixo a doença me abalar”, garante Marcos.

Assim como acontece com vários outros tipos de tumor. O diagnóstico precoce é uma arma poderosa no combate ao câncer renal. As chances de cura, quando a doença é descoberta no início, podem ser superiores a 90%.

Com apoio do Centro de Tratamento Oncológico (CTO).

 Depois de passar 62 dias internado em decorrência da Covid-19, o norte-americano Michael Flor, de 70 anos, recebeu em casa a conta do hospital Swedish Issaquah, em Seattle, nos Estados Unidos, cobrando o valor de 1,1 milhão de dólares por seu tratamento, o equivalente a R$ 5,5 milhões. Em um documento de 181 páginas, a unidade de saúde detalhou 3.000 cobranças ao paciente. As informações são do jornal Seattle Times.

“Eu abri a conta e disse: Jesus”, conta o paciente. De acordo com o detalhamento do hospital, o quarto em que Flor ficou internado custou 9,7 mil dólares por dia.

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Em outros 42 dias, ele também esteve em uma câmara isolada, com preço total de 408 mil dólares. A cobrança pelo ventilador mecânico que o manteve vivo por 29 dias foi de 2,8 mil dólares por dia. Há ainda outros gastos, a maioria deles relacionados a medicamentos.

O Governo de Pernambuco anunciou que conseguiu zerar, neste domingo (7), a fila por um leito de terapia intensiva (UTI) voltado para a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag). A rede pública de saúde de Pernambuco chegou a atingir o pico de 300 pacientes suspeitos de Covid-19 aguardando vaga de UTI em maio.

Neste momento, de acordo com dados da Central de Regulação de Leitos, que é responsável pelo encaminhamento de pacientes aos estabelecimentos de saúde vinculados ao SUS, as solicitações ativas de pacientes com a doença têm disponibilização imediata de leito, já que a oferta é maior que a demanda. 

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Nos últimos meses, a gestão estadual colocou em funcionamento 1543 leitos, distribuídos em 20 municípios nas quatro macrorregiões de saúde de Pernambuco. Do total, 688 são vagas em UTI e 855 em enfermarias. A Prefeitura do Recife abriu sete hospitais de campanha e colocou em funcionamento, nos últimos dias, cerca de 100 leitos, totalizando 864 vagas ativas, sendo 212 de UTI e 652 de enfermaria.

"Chegamos até aqui graças a maior operação política, sanitária e logística já registrada na história da nossa Saúde pública. Em 18 de março, ao lado do prefeito Geraldo Júlio, anunciamos que iríamos abrir mil novos leitos para enfrentar a Covid-19. Hoje, somando Estado e Prefeitura da Capital já colocamos à disposição dos pernambucanos 2.407 leitos, sendo 900 de UTI e 1.507 de enfermaria. Vamos continuar reforçando nossa capacidade de atendimento para dar uma assistência digna à população", afirmou o governador Paulo Câmara (PSB) em pronunciamento neste domingo.

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O secretário de Saúde também atribuiu a marca alcançada à população. "Além deste grande esforço de abertura de leitos, esta marca que alcançamos hoje é fruto da decisiva colaboração dos pernambucanos, que entenderam a mensagem e adotaram um isolamento social mais rígido, além de medidas de proteção e  de distanciamento social que precisam continuar sendo adotadas com a reabertura gradual das atividades a partir da próxima segunda-feira", comentou André Longo.

A diminuição da pressão sobre a rede de saúde é uma tendência observada nos últimos dias pela Central de Regulação de Leitos de Pernambuco. As solicitações de internação, que chegaram a mais 2,1 mil em meados de maio, reduziram mais de 30%, e ficaram em 1,4 mil na semana passada. 

Nas 15 UPAs estaduais, que são a principal porta de entrada da rede de urgência e emergência, a redução da curva epidêmica e da taxa de transmissão no Estado já está sendo sentida, diz o Governo de Pernambuco. Os atendimentos a pacientes com quadros respiratórios apresentaram uma queda de 60% na comparação de junho com maio deste ano, passando de 662 no dia 5 de maio para 269 em 5 de junho. 

"Mesmo com dados positivos, ainda não é momento de relaxarmos", alerta o secretário. Atualmente a taxa média de ocupação dos leitos dedicados à Covid-19 está em 76%, sendo de 62% nos leitos de enfermaria e 96% nos leitos de UTI. 

O secretário adiantou, na última sexta-feira (5), durante coletiva de imprensa transmitida pela internet, que novos leitos de UTI serão abertos, nos próximos dias, nos hospitais de Referência Covid-19 – unidade Olinda (Maternidade Brites de Albuquerque); Mestre Vitalino, em Caruaru; e Dom Moura, em Garanhuns. Além disso, ventiladores de transporte estão sendo encaminhados para reforçar as salas vermelhas dos hospitais Regional de Ouricuri, Dom Moura, além da UPA de Caruaru e UPAE de Garanhuns.

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A Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH) aprovou o uso do plasma de pacientes convalescentes da covid-19, ou seja, pessoas recuperadas da doença do novo coronavírus com a comprovação de testes já negativos para o SARS-COV-2, para o uso em pacientes doentes. No Pará, a Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia (Hemopa) realizou estudos para a alternativa de tratamento. O plasma sanguíneo de pacientes curados de covid-19 pode ajudar na recuperação dos infectados pela doença no Estado e combater a pandemia.

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De acordo com a gerente da hematologia clínica e membro do Comitê Transfusional do Hemopa, Cátia Valente, o estudo surgiu a partir da observação de protocolos semelhantes em grandes centros de pesquisa do Brasil e do mundo. A realização da pesquisa no Hemopa, por meio da Diretoria Técnica e Núcleo de Ensino da Fundação, surgiu da necessidade de melhorar a resposta dos pacientes frente à infecção.  “Observou-se por meio de pesquisas que o plasma convalescente é rico em anticorpos e, após a sua administração, ocorre uma melhora na resposta imunológica do paciente, pois são fornecidos anticorpos contra a doença”, informa Cátia.

“O plasma é retirado por meio da aférese, que um procedimento que filtra apenas o sangue do doador e separa o plasma sanguíneo e os anticorpos específicos contra a covid-19 que serão utilizados para o tratamento. São retirados 500 ml e o método dura em torno de uma a duas horas”, afirma Cátia Valente sobre processo da doação. “Após a coleta, esta bolsa de plasma passa por exames específicos, com a titulação de anticorpos lgG e PCR-RT, pós-covid-19, que vão habilitar a utilização ou não do material para transfusão. Se tudo for aprovado, ela ficará guardada no espaço chamado ‘distribuição’ dentro do Hemopa assim como é feito com o sangue e outros componentes”, destaca.

Segundo a gerente da hematologia clínica, quem decide o uso do plasma é o médico do doente que está internado na rede hospitalar. “O médico solicita no próprio formulário do Hemopa o pedido e nós, os responsáveis, dispensamos a bolsa para ser usada”, afirma Cátia Valente.

“Nós obtivemos resposta positiva da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP), na elaboração de protocolos para a utilização da técnica experimental do plasma convalescente”, destaca o presidente da Fundação Hemopa, Paulo Bezerra. “É muito importante que o hemocentro possa participar desta movimentação com uma técnica relevante na qual, por meio do plasma, é possível transferir anticorpos e ajudar fortalecer o sistema imunológico dos pacientes que estão acometidos e salvar vidas”, complementa.

Arthur Braga, delegado da Polícia Civil do Pará, contraiu o coronavírus atuando na linha de frente na fiscalização nas ruas da capital. No período de isolamento social, leu bastante a respeito da doença e constatou que já existiam pesquisas relacionadas ao plasma. “Fiquei entusiasmado com a possibilidade de poder ajudar. Procurei me informar mais a respeito e liguei para o Hemopa, eles fizeram uma entrevista comigo por telefone, tive que fazer um novo teste mostrando que não estava mais infectado e uma série de novos exames de saúde”, afirma.

 O policial disse que foi atendido em uma sala reservada e ressaltou que o procedimento é simples e indolor. "Fico feliz de ter contribuído e ajudado no mínimo possível. Estou esperançoso, e acredito que essa pesquisa trará muitos bons frutos e poderá ajudar pessoas que estão em estado de saúde grave”, diz o delegado.

Os voluntários para a doação devem obedecer aos seguintes critérios: homens com idade entre 18 e 60 anos, pesar mais de 55 kgs, ter tido exame positivo para SARS-COV-2 por teste de PCR-RT ou teste sorológico. A candidatura fica liberada após 30 dias sem nenhum sintoma decorrente da doença

A equipe multiprofissional de pesquisadores do projeto explicou que optou pela coleta de plasma por voluntários do sexo masculino porque mulheres em condições de gestação podem vir a produzir anticorpos anti-HLA (anticorpos direcionados a antígenos leucocitários humanos, o que pode provocar algumas complicações nos receptores, entre elas, a Lesão Pulmonar Aguda Relacionada (TRALI), que pode ser letal.

Por Amanda Martins.

 

 

 

Uma mulher da Costa Rica hospitalizada por Covid-19 está sendo tratada com plasma extraído de pacientes recuperados da doença, um experimento que pode ajudar a acelerar a luta contra o mal, informou nesta segunda-feira uma autoridade de saúde local.

O presidente da Previdência Social da Costa Rica, Román Macaya, indicou que a paciente de 37 anos recebeu sua primeira dose de "plasma convalescente" no sábado e a segunda no domingo.

O Centro de Assistência Especializada ao Paciente com COVID-19, onde ela está internada, relatou que a paciente mostra "boa evolução clínica", embora Macaya tenha admitido que é cedo para saber o verdadeiro resultado do tratamento.

Sebastián Molina, especialista em microbiologia e imuno-hematologia do Banco Nacional de Sangue, explicou que os anticorpos plasmáticos atuam como uma barreira contra o vírus, ajudando a paciente a se recuperar.

O Banco Nacional de Sangue recebeu 25 doadores recuperados de COVID-19, dos quais foram obtidos 61 sacos de plasma.

O plasma convalescente é um dos tratamentos sob investigação na Costa Rica.

Também está sendo estudada uma droga na qual as proteínas do novo coronavírus são injetadas em cavalos, para que o sangue da equipe gere anticorpos que sirvam para o tratamento de pacientes.

Nesta segunda-feira, 21 novos casos de COVID-19 foram relatados, o nível mais alto de contágio nas últimas seis semanas na Costa Rica.

O país registra 951 casos de transmissão do novo coronavírus, com 10 mortes.

Uma das apresentadoras mais admiradas do Brasil, Glória Maria deu uma entrevista na madrugada desta terça (19) para o programa ‘Conversa com Bial’ e falou sobre diversos assuntos. Foi a primeira vez que ela falou na TV após sua cirurgia para retirada de um tumor no cérebro.

Foram sete meses de luta contra o câncer e ainda a perda da sua mãe, que faleceu em fevereiro, por insuficiência respiratória. "Eu não conseguia chorar, não conseguia derramar uma lágrima. Quando a gente tem uma dor desesperadora, não dá para a lágrima cair. Minha mãe não sabia o que eu estava passando”, contou Glória.

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A ex-apresentadora do Fantástico também dividiu com Bial como se sentiu quando passou por situações de racismo em sua vida e foi questionada sobre a época em que namorava José Roberto Marinho, um dos herdeiros do grupo Globo, que detalhou em sua biografia um dos momentos em que vivenciou o racismo com a apresentadora, ao levá-la em um Country Club onde era sócio.

“Uma coisa que eu nunca falei, levei um susto quando vi isso no livro. Não sei como foi com o menino, mas com nós foi horrível: o clube inteiro olhando para aquela mesa, eu não sabia o que fazer, e não entendi direito ainda aquela maluquice que era o camping, eu não entendia direito. E eu: ‘José, vamos embora, todo mundo olhando pra gente’. E eu não sabia se era só porque eu era negra ou se era também porque ele era o filho do Roberto Marinho, mas foi um dos momentos assim mais ruins, mais desagradáveis da minha vida, aquela sensação, eu me sentia como um macaco no zoológico, todo mundo ali, esperando a hora de dar uma banana.” contou a apresentadora ao descrever o momento vivido.

Política 

Quando a entrevista chegou à esfera política, Glória fez questão de deixar claras as suas opiniões e se mostrou indignada com o tratamento do governo Bolsonaro aos jornalistas. “Cala a boca? As coisas que eu ouço agora para mim são impensáveis, Pedro. Dizer que o brasileiro está protegido porque ele se lava no esgoto. Para mim, é além de qualquer imaginação. Tem coisas que acho que eu não estou vivendo para ver e ouvir isso. Política eu sempre aprendi que é um nível tão alto e o que estou vendo agora é de uma tristeza. Graças a Deus que eu não cubro política mais, porque eu acho que eu já teria apanhado ou já teria batido”, disse ela.

E ainda lembrou do racismo que sofreu do ditador João Figueiredo. "Quem não gosta de preto, não gosta de preto… acha que porque é negro tem que ser discriminado, tem gente que é racista porque tem prazer de ser racista", finalizou Glória.

O presidente americano, Donald Trump, fez uma revelação surpreendente nesta segunda-feira (18), ao afirmar que está tomando hidroxicloroquina, um medicamento antimalária que divide os especialistas médicos sobre sua eficácia no combate à infecção pelo novo coronavírus.

Destacando que testou negativo para a COVID-19 e que não tem sintomas da doença, Trump disse que está tomando o remédio "há cerca de uma semana e meia".

"Eu tomo o comprimido todos os dias", afirmou, acrescentando que também toma zinco preventivamente.

Consultado sobre o porquê, ele disse, "porque eu acho que é bom. Ouvi um monte de boas histórias".

Trump sempre minimizou os riscos do novo coronavírus, inclusive na semana passada, quando disse que representa perigo apenas para um pequeno grupo de pessoas. Ele também se recusa a usar máscara, contrariando as recomendações de autoridades americanas e embora a maioria de sua equipe cubra os rostos em público.

Por outro lado, o presidente demonstra interesse em promover o uso da hidroxicloroquina, mesmo que vários médicos avaliem que não é eficaz para o tratamento do novo coronavírus e entidades reguladoras americanas alertarem que seu uso não é seguro.

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Postagens com frases idênticas contendo boatos sobre o uso combinado de hidroxicloroquina, azitromicina e zinco contra a covid-19 chamaram a atenção de internautas no Twitter, que suspeitaram do uso de bots (robôs) para alavancar postagens a favor da liberação e utilização do medicamento em casos leves e na fase inicial da doença, como defende o governo.

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A eficácia da cloroquina e da hidroxicloroquina no combate ao novo coronavírus (SARS-CoV-2), no entanto, não tem comprovação científica e ainda está sendo estudada. “Minha filha pegou covid no trabalho (Bancária), e meu genro pegou dela, tomaram AZT+HCQ+Zinco logo no inicio dos sintomas, com 4 dias estavam zerados.

Não vejo motivo pra tanta polêmica, um medicamento tão antigo e que até grávida pode tomar. Simples...ñ acredita ñ toma!!!”, diz a mensagem repetida em vários tweets de diversas contas.

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Um estudo realizado em hospitais de Nova York não encontrou nenhuma evidência de dano ou benefício no uso do medicamento para a malária hidroxicloroquina em pacientes com coronavírus em estado grave.

"O risco de entubação ou morte não foi significativamente maior ou menor entre os pacientes que receberam hidroxicloroquina do que entre os que não receberam", disseram os autores do estudo.

Eles afirmaram, porém, que o estudo, publicado nesta quinta-feira (7) no The New England Journal of Medicine, "não deve ser considerado para descartar benefício ou dano do tratamento com hidroxicloroquina".

"No entanto, nossas descobertas não suportam o uso de hidroxicloroquina no momento, fora de ensaios clínicos randomizados testando sua eficácia", afirmaram.

O presidente americano, Donald Trump, elogiou repetidamente o uso da hidroxicloroquina como tratamento para pacientes com coronavírus.

A hidroxicloroquina e um composto relacionado à cloroquina são utilizados há décadas para tratar a malária, assim como distúrbios autoimunes como lúpus e artrite reumatoide.

O estudo de observação foi realizado entre pacientes da emergência do Hospital Presbiteriano de Nova York e do Centro Médico Irving da Universidade de Columbia e financiado pelo National Institutes of Health.

Para o estudo, 811 pacientes receberam duas doses de 600 mg de hidroxicloroquina no primeiro dia e 400 mg por dia durante quatro dias. Outros 565 pacientes não receberam o medicamento.

Comparando os dois grupos, "não houve associação significativa entre uso de hidroxicloroquina e entubação ou morte", informou a análise.

A Health Canada, a Agência Europeia de Medicamentos e a FDA, agência que regula medicamentos e alimentos nos EUA alertaram contra o uso de hidroxicloroquina no tratamento da COVID-19 fora dos ensaios clínicos.

As reguladoras americanas autorizaram na semana passada o uso emergencial do remdesivir experimental contra a COVID-19, depois que foi demonstrado em um amplo ensaio clínico que a droga reduzia o tempo de recuperação em alguns pacientes com coronavírus.

A agência americana reguladora de medicamentos e alimentos (FDA) autorizou o uso do antiviral remdesivir para o tratamento de pacientes com o novo coronavírus, anunciou nesta sexta-feira o presidente Donald Trump.

"Estou feliz em anunciar que a Gillead (fabricante) obteve da FDA uma autorização urgente para o uso do remdesivir", informou Trump na Casa Branca.

O medicamento experimental, desenvolvido para pacientes com ebola, é o primeiro tratamento que mostra eficácia contra o novo coronavírus. Segundo um estudo realizado pelos Institutos de Saúde americanos, ele abrevia em vários dias a recuperação dos que sofrem de Covid-19.

Mais de 130 terapias estão em estudo contra a Covid-19, informou nesta quinta-feira a Federação Internacional de Fabricantes e Associações Farmacêuticas (IFPMA).

Os esforços de colaboração, sem precedentes na indústria farmacêutica, aceleraram de forma considerável a pesquisa de tratamentos seguros contra o novo coronavírus.

"Mais de 130 terapias estão em estudo", declarou o diretor-geral da IFPMA, Thomas Cueni, em entrevista coletiva remota com diretores de laboratórios farmacêuticos, que detalharam seus trabalhos envolvendo diferentes terapias, como os antivirais e a imunoterapia.

Segundo Cueni, 68 delas são terapias novas, e as demais, remédios já existentes, cuja eficácia contra o novo coronavírus está sendo testada. A maioria se encontra nas primeiras etapas de testes, embora já tenham começado mais de 25 testes clínicos.

A Covid-19 já infectou quase 3,2 milhões de pessoas no mundo e matou cerca de 230 mil, segundo um balanço da AFP.

Especialistas informaram que apenas uma vacina poderia permitir o fim total das medidas de confinamento, o que deverá levar pelo menos um ano. Segundo Thomas Cueni, o anúncio de um tratamento eficaz contra a doença poderia acontecer em menos tempo.

José Baselga, vice-presidente-executivo da AstraZeneca, alertou para a necessidade de evitar precipitações na hora de encontrar o tratamento. "Temos que ter testes bem controlados", advertiu.

A partir de agora, com o 'aval' do Conselho Regional de Medicina do Estado de Pernambuco (Cremepe), os médicos que estiverem na linha de frente do combate ao novo coronavírus poderão priorizar quem terá acesso aos leitos de terapia intensiva, assistência ventilatória e paliação - tudo isso na ausência absoluta de leitos suficientes para atender a demanda terapêutica.

O órgão aponta que "os princípios do direito internacional, em situação de calamidade, exigem um plano de triagem que forneça equitativamente a todas as pessoas a "oportunidade" de sobreviver, porém observando que esses princípios não garantem tratamento ou sobrevivência a todos".

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O contexto de urgência não vai depender da idade, já que "uma mesma doença pode apresentar funcionalidades completamente distintas e que esta deve ser fator de prognóstico decisivo para tomada de decisão clínica e proporcionalidade terapêutica; que a funcionalidade do paciente, independentemente de sua faixa etária, deve ser verificada, sendo o Karnofsky performance status (KPS), um dos mais difundidos e pode ser adaptado a questões simples para o contexto da urgência", informa o Cremepe.

 

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), foi submetido a novos exames na manhã desta terça-feira, 28, para acompanhar a evolução de um câncer na região dos gânglios linfáticos. De acordo com um boletim divulgado pela equipe médica que acompanha o prefeito, o tratamento com a imunoterapia "está sendo eficaz" no combate à doença.

Diante desse resultado, a equipe decidiu que o prefeito continuará realizando aplicações de imunoterapia a cada três semanas. Novos exames de imagens para controle estão previstos para daqui a dois meses.

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Em fevereiro, uma biópsia apontou que o câncer de Covas persistia após uma rodada de oito sessões de quimioterapia. O prefeito entrou na segunda fase do tratamento, passando por sessões de imunoterapia, um procedimento que consiste em sessões de 30 minutos para aplicação de medicamentos que fortaleçam o sistema imunológico. A expectativa é que, fortalecido, o próprio organismo do prefeito combata o que restou do câncer.

Segundo o oncologista Tulio Pfiffer, que faz parte da equipe que atende o prefeito no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, "há menos efeitos adversos" com o tratamento. Covas poderá ter fraqueza ou reações que afetem o sistema linfático, mas a maioria dos pacientes não tem efeitos colaterais. Com o tratamento de imunoterapia, o prefeito pode retomar todas as atividades, inclusive se reunir a multidões.

A ONU anunciou nesta sexta-feira (24) uma iniciativa internacional para encontrar uma vacina contra o novo coronavírus, enquanto milhões de muçulmanos iniciavam a celebração de um Ramadã em confinamento pela pandemia, que matou mais de 190.000 pessoas no mundo, inclusive mais de 50.000 nos Estados Unidos.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou uma iniciativa "histórica", ao reunir vários países, entre eles França e Alemanha, para acelerar a produção de vacinas e tratamentos contra a COVID-19, que deixou mais de 190 mil mortos no mundo.

"É uma colaboração histórica para acelerar o desenvolvimento, a produção e a distribuição equitativa de vacinas, de testes de diagnóstico e de tratamentos para a COVID-19", disse o diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Lutar contra a atual pandemia será o "esforço de saúde pública mais maciço da história", disse o secretário-geral da ONU, António Guterres.

O novo coronavírus contagiou 2,77 milhões de pessoas em todo o mundo e deixou 193.930 mortos desde que emergiu em dezembro na cidade chinesa de Wuhan.

O número de novos casos parece ter se estabilizado em torno dos 80.000 diários, após a aplicação de medidas de quarentena em quase todo o mundo, e o balanço diário de falecidos nos países ocidentais parece estar caindo.

A OMS não deixa de insistir, no entanto, em que não é o momento de reduzir os esforços e que uma segunda onda da pandemia pode ocorrer a qualquer momento.

- Um Ramadã diferente -

O mundo muçulmano deu início nesta sexta ao Ramadã, durante o qual os crentes se abstêm de comer e beber do nascer ao por-do-sol, e que é tradicionalmente um período para compartilhar e se reunir. Também é um período de reunião e recolhimento, no qual os muçulmanos vão em massa às mesquitas, sobretudo à tarde e à noite.

Mas a maioria dos muçulmanos no Oriente Médio, no norte da África e na Ásia fecharam as mesquitas e proibiram as congregações noturnas, com o beneplácito das autoridades religiosas.

Na cidade sagrada de Meca, a Grande Mesquita, que costuma receber dezenas de milhares de fiéis durante o Ramadã, estava deserta depois que as autoridades religiosas suspenderam a Umrah, uma peregrinação que os muçulmanos podem realizar em qualquer momento do ano.

Em locais como Bangladesh, Paquistão e Indonésia - o país muçulmano mais populoso do mundo -, clérigos e políticos conservadores recusaram, no entanto, as medidas de distanciamento social e se negaram a cancelar as congregações mas mesquitas.

- "Irresponsável" -

Nos Estados Unidos, país mais afetado pela pandemia, com 890.000 casos confirmados, o número de mortos pelo novo coronavírus situou-se nesta sexta-feira em 51.017 pessoas, mais de um quarto dos mortos no mundo, segundo contagem da Universidade Johns Hopkins.

Na véspera, o presidente Donald Trump tinha sugerido a possibilidade de injetar desinfetante industrial em pacientes como forma de combater a COVID-19, após um estudo apresentado por um assessor científico da administração americana.

"Vejo que o desinfetante o nocauteia em um minuto. Em um minuto. Não haveria alguma forma de fazer algo assim como uma injeção no interior ou quase uma limpeza?", questionou, causando assombro na comunidade médica.

"Esta ideia de injetar no corpo ou ingerir qualquer tipo de produto limpante é irresponsável e perigosa", declarou à rede NBC Vin Gupta, especialista em saúde pública e especialista em pulmões e cuidados intensivos.

Diante da comoção que causou, o mandatário assegurou nesta sexta que falou "sarcasticamente". Mais tarde, visivelmente irritado com a polêmica, encerrou a coletiva de imprensa diária sobre o coronavírus após apenas 20 minutos e sem responder perguntas.

- Um colapso econômico -

A pandemia, que confinou mais da metade da população mundial, continua devastando as economias, obrigando as autoridades atentar elaborar planos para incentivar a recuperação rapidamente.

O banco central da Rússia antecipou nesta sexta-feira que sua economia cairá 6% este ano como consequência da epidemia e da forte queda dos preços do petróleo.

E segundo as previsões do Gabinete de Orçamento do Congresso dos Estados Unidos (CBO), o PIB da primeira economia mundial encolherá 12% no segundo trimestre e o déficit federal vai disparar até 3,7 trilhões de dólares, devido às medidas de estímulo financeiro adotadas.

Trump assinou nesta sexta-feira um novo plano de ajuda para as pequenas e médias e empresas e os hospitais de 483 bilhões de dólares, que se somam aos 2,2 trilhões aprovados no fim de março.

Em todo o país, os governadores estudam como suspender as medidas de confinamento de forma progressiva.

Um deles, o governador da Geórgia, recebeu nesta sexta várias críticas por permitir a abertura de negócios onde manter o distanciamento social é complicado, como academias de ginástica, salões de cabeleireiros e estúdios de tatuagem.

- Europa -

Enquanto os líderes da União Europeia adiavam uma decisão sobre um futuro plano de reconstrução, vários países do bloco começavam a abrandar suas restrições e outros, como Itália e França, se preparavam para fazê-lo em breve.

Em uma brisa de esperança, as autoridades sanitárias espanholas anunciaram nesta sexta o melhor balanço diário em um mês, com 367 óbitos para um total de 22.524.

A Itália, o país mais afetado pela pandemia depois dos Estados Unidos, contabiliza 25.549 mortes, mas constata sinais positivos (menos pessoas doentes, menos pacientes em cuidados intensivos e menos mortes por dia). O governo prepara a ativação da "fase 2", que trata de aliviar as medidas drásticas de confinamento em vigor desde 9 de março.

- Subindo a montanha na América Latina -

Enquanto na Europa a curva da pandemia parece começar uma forte descendente, na América Latina está na ascendente e o pior está por vir, segundo a OMS, em particular em países como o Brasil, onde 3.670 pessoas morreram de COVID-19, e o México, que supera os 1.000 mortos.

O México está em uma "fase de ascensão rápida no número diário de casos e vamos continuar tendo mais e mais casos da doença", advertiu o vice-secretário da Saúde, Hugo López-Gatell.

Diante da pandemia, o Peru decidiu manter fechadas todas as fronteiras e aeroportos por tempo indeterminado e a Bolívia voltou a ajustar as datas possíveis das eleições gerais, embora as tenha mantido para 2020.

Um pequeno povoado da Nicarágua, ao contrário, parece não se importar com a propagação do vírus. Centenas de pessoas de San Marcos, 45 km ao sul de Manágua, comemoraram as Festas Patronais sem tomar medidas de proteção contra a pandemia.

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Os reflexos do coronavírus, sobretudo na economia americana, estão levando o presidente Donald Trump à declarações cada vez mais polêmicas. Pressionado pela ala republicana, que almeja a reabertura definitiva dos Estados, nessa quinta-feira (23), o mandatário sugeriu a possibilidade de injeções de desinfetante para o tratamento da pandemia.

"E aí eu vejo o desinfetante, que derruba [a Covid-19] em um minuto. Um minuto! E tem um jeito de a gente fazer algo, uma injeção dentro ou quase uma limpeza? Porque, veja bem, ele entra nos pulmões e faz um trabalho tremendo nos pulmões, então seria interessante checar isso. Então, será preciso ver com os médicos, mas soa interessante para mim", declarou em uma coletiva da Casa Branca.

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Na busca incessante pela cura que ponha a população na rua e reverta a paralisação do comércio, Trump também indicou dar uma chance ao tratamento com radiação ultravioleta. "Talvez seja possível, talvez não seja. Eu não sou médico. Mas eu sou, tipo, uma pessoa que tem um bom você sabe o quê", complementou, mesmo sem estudos científicos que garantam a eficácia da terapia com luz.

Vale destacar que, tanto o consumo de desinfetante, quanto a exposição à radiação ultravioleta podem acarretar em sérios riscos à saúde. Procurado pela CNN, um funcionário da agência de vigilância sanitária americana reagiu às declarações do presidente. "Eu certamente não recomendaria a ingestão interna de desinfetante", pontuou o especialista Stephen Hahn.

O prefeito de Tamandaré, na Mata Sul de Pernambuco, Sérgio Hacker (PSB) anunciou que foi diagnosticado com o novo coronavírus. A notícia foi compartilhada por ele através de um vídeo divulgado no Facebook nessa quarta-feira (22). Hacker disse ter sentido os primeiros sintomas na última sexta (17) e pontuou estar com um quadro leve, “apenas febril com garganta irritada e com paladar e olfato afetados”.

O pessebista também informou que desde o início dos sintomas, segue isolado. "Fiquei isolado em casa e segui todas as recomendações da Organização Mundial de Saúde, do governo federal e do Estado. Vou permanecer assim pelo prazo determinado pelas autoridades", afirmou.

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Na gravação, ainda, ele esclarece que seguirá com as atividades da gestão a partir de videoconferências com o secretariado. 

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Sérgio Hacker não é o primeiro prefeito do Estado a contrair a Covid-19. Nessa quarta, a prefeita de Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife, Célia Sales (PTB) também confirmou que teve a doença. Ela pontuou ter seguido o isolamento social e já apresentar recuperação

Pacientes portares de Parkinson lamentam a falta no repasse de dois dos principais medicamentos para o tratamento da doença. Segundo a Associação de Parkinson de Pernambuco (ASPPE), a farmácia do Governo do Estado deixou de garantir a entrega e as substâncias estão em falta para mais de 180 associados.

"O Estado precisa fazer a parte dele. Diante dessa situação que está se repetindo, iremos acionar o Ministério Público de Pernambuco”, garantiu a presidente da ASPPE, Maria José. A indignação é resultado do atraso de seis meses do remédio Mantidan e, da falta de repasse de aproximadamente uma semana do Propola 200mg/50mg. De acordo com a representante, uma unidade do Prolopa custa cerca de R$ 100 e, por mês, os pacientes precisam de pelo menos três doses.

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Procurada pela reportagem do LeiaJá, a Secretária de Saúde de Pernambuco (SES) informou que os medicamentos ainda estão em processo de aquisição e não deu prazo para que a Farmácia do Estado os disponibilize. Apenas o Propola está abastecido, porém na apresentação de 100mh/25mg. Confira a resposta da SES na íntegra:

"A Farmácia de Pernambuco informa que está abastecida do medicamento ledovopa + cloridrato de benserazida (nome comercial Prolopa) na apresentação 100mg/25mg. Em relação à apresentação 200mg/50mg do fármaco, tramitam, atualmente, processos de aquisição do medicamento. Sobre o cloridrato de amantadina 100mg (nome comercial Mantidan), os últimos processos de compra para o medicamento deram fracassado, ou seja, as empresas não atenderam as especificações do certame. Com isso, a SES precisou iniciar outro processo de aquisição, que está em fase final de andamento."

A justiça americana suspendeu nesta sexta-feira (17) a venda de um suposto remédio milagroso contra o novo coronavírus, feito à base de cloro e que o grupo religioso "A Igreja do Gênese" promove há anos.

Um tribunal da Flórida emitiu uma proibição temporária para a venda do produto, vendido como uma "solução mineral milagrosa" (MMS) que, segundo o site de seus promotores, "cura 95% das doenças", como câncer, aids, cólera e agora, a COVID-19.

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos, que entrou com a ação, revelou que a MMS é na verdade "um produto químico que, misturado com um ativador incluído, produz cloro".

A agência federal de medicamentos e alimentos dos Estados Unidos (FDA) fez há vários anos as primeiras advertências sobre o produto, que pode causar náuseas, vômitos e desidratação.

Na França, as autoridades sanitárias também haviam alertado em 2010 para o risco de intoxicação relacionada ao MMS, que foi promovido para curar o autismo.

Vários vendedores foram condenados pela Justiça, mas a "Igreja do Gênese" nunca suspendeu sua venda.

Em 8 de abril, as autoridades emitiram uma última advertência a seus promotores.

Em seu site na Internet, eles defenderam seu produto, que descrevem como "sagrado" e "santo" e se negaram a cumprir as ordens judiciais.

"Continuam colocando em risco os consumidores com o potencialmente perigoso dióxido de cloro, não vamos tolerar isso", disse Stephen Hahn, um funcionário da FDA citado em um comunicado.

Os Estados Unidos criaram unidades especializadas contra fraudes para combater delitos relacionados com a nova pandemia do coronavírus, que provocou a morte de 33.000 pessoas.

Diferentes tipos de fraudes têm sido identificados, como o roubo de máscaras cirúrgicas ou equipamentos de proteção, venda de tratamentos falsos ou ligações para fazer doações falsas.

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O câncer é a segunda doença que mais mata no mundo, atrás apenas das doenças cardiovasculares. Com a pademia do novo coronavírus, os pacientes oncológios precisam de atenção especial porque estão no chamado grupo de risco, ao lado de crianças menores de 2 anos, idosos e os portadores de doenças crônicas como diabetes, hipertensão, tuberculose, transplantados, entre outros.

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A primeira recomendação dos especialistas, nesse período de isolamento social, é não interromper o tratamento.

A cenógrafa Márcia Cristina Soares Martins e Silva, de 47 anos, foi diagnosticada com câncer de intestino em maio de 2019, já com metástase no fígado. Há quase um ano, faz tratamento com quimioterapia.

Quando o coronavírus chegou ao Brasil, ela conta que ficou apavorada, por ser do grupo de risco. "Já vivo com várias restrições por causa do tratamento contra o câncer, que diminui minha imunidade. Agora, vivo com mais restrições ainda e estou em isolamento”, diz.

Márcia diz que procura se informar pela imprensa e morre de medo de se infectar, mas não suspendeu a quimioterapia nem as consultas. Na clínica, antes das sessões, ela higieniza as mãos com álcool em gel. "Os acompanhantes não entram com a gente no salão de quimioterapia e tudo é muito limpo. Meu medo maior é pegar um Uber de casa para a clínica, pois não sei quem andou naquele carro”, assinala.

A oncologista Paula Sampaio, do Centro de Tratamento Oncológico (CTO), em Belém,  informa que os profissionais de saúde estão tendo uma dedicação muito grande para dar aos pacientes os esclarecimentos necessários e fazer com que se sintam seguros e não interrompam o tratamento.

“Estamos nos empenhando muito nisso. A preocupação dos nossos pacientes, que recebem essa enxurrada de informação - muitas falsas, por sinal - é muito grande. A Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica recomenda de forma enfática que os pacientes oncológicos quimioterápicos não devem interromper seus tratamentos. O câncer é uma doença séria, grave e a interrupção do tratamento pode acarretar prejuízos imensos”, diz a médica.

“Um dos primeiros esclarecimentos que fazemos é que ser paciente oncológico não significa ter chances maiores de ser infectado pelo coronavírus. Os pacientes oncológicos correm o mesmo risco de contrair a covid-19 que as pessoas em geral – a suscetibilidade maior é manifestar a doença na forma mais grave, assim como pessoas idosas, com pressão alta, problemas cardíacos ou diabetes, por exemplo”, explica a oncologista.

A médica tranquiliza quem já teve câncer e está com a doença controlada. “Em pacientes na fase de acompanhamento e controle, a resistência pode ser igual a de quem nunca teve tumor. Esses pacientes que estão bem, sem sintomas, devem avaliar junto com a equipe médica a possibilidade de adiar as consultas periódicas de controle para diminuir a circulação de pacientes em ambientes hospitalares e de clínicas”, explica.

A funcionária pública Rosemary Marques, de 53 anos, é outro exemplo. Em setembro do ano passado ela começou o tratamento quimioterápico contra o câncer de mama.

Com a chegada do primeiros casos de coronavírus no Brasil, Rosemary ficou muito preocupada. “Desde o começo, via muitas notícias falando sobre os pacientes em tratamento com câncer serem do grupo de risco. Não dá para ficar totalmente tranquila, porque ninguém quer pegar esse vírus. Mas sempre tive orientação sobre como agir com a equipe que cuida de mim. Tanto os médicos quanto os outros profissionais da clínica me tranquilizam, sempre tiram minhas dúvidas”, disse Rosemary Marques.

As recomendações para a prevenção do coronavírus são seguidas à risca. “Estou em isolamento social, em casa. Não saio mais nem para ir ao supermercado ou à farmácia. Só saio para o essencial do meu tratamento”, garante.

A oncologista clínica Amanda Gomes destaca a importância do acompanhamento médico. Pacientes oncológicos, alerta, estão mais sujeitos a adoecer gravemente caso sejam infectados.  

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2018 (número consolidado mais recente), 9,6 milhões de pessoas morreram de câncer no mundo. No Brasil, o número de vítimas é de aproximadamente 25 mil por ano, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). O número de pessoas que não sobrevivem é um dos indicativos da gravidade da doença, que, invariavelmente, deixa o paciente fortemente abalado, especialmente no momento do diagnóstico.

Pacientes com câncer que estão no grupo de risco são:

pacientes com cânceres hematológicas, como as leucemias, linfomas e mielomas múltiplos;

pacientes que passaram por transplante de medula;

pacientes que se encontram no pré ou pós-operatório recente de uma cirurgia oncológica;

pacientes em tratamento quimioterápico tradicional, citotóxica.

Com informações e apoio da assessoria do CTO.

Os primeiros grandes estudos clínicos sobre um tratamento para a COVID-19 começarão a mostrar seus resultados nos próximos dias, afirmaram cientistas franceses, enquanto outros experimentos são lançados nesta corrida contra o tempo para conter a pandemia.

Para quando?

Com 1,35 milhão de casos confirmados e mais de 77.000 mortos em todo o mundo, o tempo é curto para encontrar um tratamento para a COVID-19, que também não tem vacina.

Se um dos tratamentos testados for "extremamente eficaz", este "pode vir à luz em poucas semanas", antes do fim de maio, estimou Gilles Bloch, responsável pelo Instituto Nacional de Saúde e Pesquisa Médica da França.

O plasma dos pacientes curados

Uma pista científica estudada na China, Estados Unidos e desde esta terça-feira na França baseia-se na transfusão do plasma sanguíneo de pessoas curadas, que desenvolveram anticorpos contra o novo coronavírus, para pessoas doentes.

Este método se mostrou eficaz em estudos de pequena escala contra outras doenças infecciosas, como o Ebola e o SRAS.

Cada doação de plasma poderia "salvar três ou quatro vidas", segundo Eldad Hod, especialista em transfusões que lidera este estudo no hospital Irving da Universidade Columbia, em Nova York.

Novo tratamento com um medicamento existente?

A prioridade científica é saber se os medicamentos já existentes podem ser eficazes.

Na Europa, o estudo Discovery, lançado em 22 de março em sete países como Espanha e França, verifica a eficácia de quatro tratamentos: o antiviral remdesivir, a associação lopinavir/ritonavir, estes dois retrovirais combinados com interferon beta, e a hidroxicloroquina, derivada da cloroquina, usado contra a malária.

Os primeiros resultados são esperados esta semana, de acordo com os Hospitais Civis de Lyon na França, onde trabalha a infectologista que comanda o estudo, Florence Ader.

Para conter a "tempestade inflamatória" vista nas formas graves da doença, os pesquisadores também tentam outros tratamentos, como os anticorpos monoclonais.

Estes são criados com ratos geneticamente modificados para dar-lhes um sistema imunológico "humanizado". Expostos a vírus vivos ou atenuados, produzem anticorpos humanos, multiplicados posteriormente em laboratório.

Uma bolha de oxigênio marinho?

Para aliviar os problemas respiratórios dos pacientes e melhorar a oxigenação dos tecidos, dois hospitais parisienses exploram desde sábado uma pista original: injetar uma solução produzida a partir da hemoglobina de um verme marinho, capaz de transportar 40 vezes mais oxigênio que os humanos.

Esse produto, da empresa Hemarina, será administrado primeiramente em dez pacientes em estado grave para verificar sua tolerância.

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