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O governo fluminense decidiu adiar o início do uso de câmeras portáteis no uniforme dos policiais militares. O equipamento começaria a ser usado na próxima segunda-feira (16), em dez batalhões da cidade do Rio de Janeiro.

Segundo o governo do Rio, no entanto, a empresa responsável pelo fornecimento do equipamento solicitou um adiamento de 20 dias, devido a questões operacionais. O estado informou que já iniciou o processo de aplicação da penalidade.

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Em nota divulgada à imprensa, o governo defendeu o uso do equipamento por sua força policial. “Para o governo do estado, é fundamental que esse programa funcione em sua totalidade para que seja garantida a transparência nas ações policiais”, informou.

O projeto deve começar com 2.190 policiais militares de três batalhões da zona sul (Botafogo, Copacabana e Leblon), seis da zona norte (Méier, São Cristóvão, Tijuca, Olaria, Ilha do Governador e Maré) e um do centro (Praça da Harmonia).

O cronograma inicial previa ampliar o uso das câmeras, até o fim de maio, para os batalhões de Três Rios (no Vale do Paraíba) e Nova Friburgo, Petrópolis e Teresópolis (os três na região serrana); e até o fim de junho, para os demais batalhões. O novo cronograma não foi divulgado pelo governo do estado.

O vereador Pastor Júnior Tércio (PP) afirmou que vai ingressar com uma representação no Ministério Público de Pernambuco (MPPE) contra Ivan Moraes (PSOL), por ter feito "apologia à maconha". Isso teria acontecido por meio de um outdoor onde Ivan defende a legalização da maconha para fins medicinais. 

"Legaliza. Remédio, trabalho e renda para quem precisa", está escrito na peça. Isso foi o suficiente para o pastor Tércio usar a tribuna da Câmara de Vereadores do Recife, na sessão da última segunda-feira (18), para atacar o seu colega parlamentar.

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"É muita cara de pau você gastar dinheiro e colocar um bocado de folhas de maconha espalhadas no outdoor e dizer: legaliza. Eu acho que a maconha comeu o juízo desse vereador", afirmou. 

"O vereador não sabe o que é ter um parente que rouba a televisão de casa para fumar maconha. Nós não podemos admitir esse tipo de apologia ao uso da maconha. Fica aqui todo o meu repúdio", complementa Júnior Tércio. 

Em entrevista ao LeiaJá, o vereador Ivan Moraes declarou que há 20 anos é militante dos direitos humanos e que já defendia essas pautas antes de entrar na política partidária. Além disso, outros dois outdoors estão espalhados pela capital pernambucana, sendo um com mensagens pedindo o ‘Fora Bolsonaro’ e o outro por direito à moradia. 

“A maconha é uma planta conhecida pelos humanos há mais de dois mil anos. Ela foi proibida há menos de cem anos por conta de economia e racismo, não foram questões relacionadas à saúde. Hoje, cada vez mais a gente conhece as diversas propriedades que ela tem e que podem trazer benefícios em forma de remédio”, justifica o psolista.

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O parlamentar defende que esses debates possam acontecer de forma republicana. "Para que a sociedade entenda o erro que estamos cometendo, por exemplo, em ter à disposição nas farmácias remédios que chegam a custar mais de R$ 2 mil, que ajudam muitas pessoas que podem pagar. No entanto, muita gente que não pode pagar não está tendo acesso a um remédio que pode ser produzido por uma planta", assevera.

O Governo de Pernambuco retirou a obrigatoridade do uso de máscaras em ambientes fechados. A medida começa a valer a partir desta quarta-feira (20). Apesar disso, o objeto de proteção segue exigido para escolas, assim como transportes coletivos e unidades de saúde, de acordo com a gestão estadual.

A medida tem em vista os indicadores da pandemia em queda no Estado. “Também na semana passada atingimos o patamar de 80% da população vacinada com duas doses ou dose única, e mais de 80% dos maiores de 60 anos de idade havia tomado a dose de reforço. Esses números nos dão condições de avançar mais um passo no nosso Plano de Convivência com a Covid”, explicou Paulo Câmara.

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Pacientes cardíacos e hipertensos estão preocupados com o recolhimento voluntário pelos laboratórios farmacêuticos Sanofi Medley e Sandoz de lotes do medicamento genérico losartana. A medida foi tomada preventivamente, entre setembro de outubro do ano passado, depois de encontrada presença das impurezas do tipo azido no produto.

Orientações aos pacientes

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A orientação da Anvisa é que os usuários de losartana não interrompam o uso do produto por conta própria. “A losartana pertence à classe conhecida como “sartanas”, que são medicamentos seguros e eficazes no controle do tratamento de hipertensão e insuficiência cardíaca, reduzindo significativamente o risco de derrame e infarto. A interrupção do tratamento com a losartana sem a orientação médica correta pode levar a problemas graves, tais como episódios de hipertensão”, alertou a agência.

Outra recomendação da Anvisa é que pacientes que tiverem alguma dúvida sobre o tratamento atual devem conversar com seu médico ou farmacêutico. Qualquer suspeita de eventos adversos deve ser notificada à Anvisa e informada ao médico responsável. A notificação pode ser enviada diretamente à agência pelo link.L

Lotes recolhidos

Os recolhimentos mais recentes de alguns lotes do medicamento losartana ocorreram em setembro e outubro de 2021 e os fabricantes já concluíram esse trabalho. Além dessa medida, a partir da publicação das resoluções da Anvisa que suspenderam a comercialização, nenhum lote desses produtos pode ser colocado à venda.

Sobre a presença da impureza “azido” encontrada nas medicações, a Anvisa explicou que ela pode ser resultado do próprio processo de fabricação do insumo farmacêutico ativo, ou seja, um subproduto de interações químicas que acontecem durante a produção da substância.

As substâncias têm sido identificadas pelo próprio controle de qualidade dos fabricantes, que seguem a regulamentação da Anvisa que determina o controle sobre impurezas em medicamentos. Este processo é contínuo dentro da rotina da empresa, a fim de garantir que os produtos comercializados sejam adequados ao consumo.

Riscos

Em relação a eventuais riscos para pacientes que fazem uso contínuo desses medicamentos, a Anvisa ressaltou que o recolhimento é uma medida de precaução. “Não existem dados para sugerir que o produto que contém a impureza causou uma mudança na frequência ou natureza dos eventos adversos relacionados a cânceres, anomalias congênitas ou distúrbios de fertilidade. Assim, não há risco imediato em relação ao uso desse medicamento”, disse a Anvisa em nota.

A agência continuará a monitorar a presença de impurezas nos medicamentos e adotará todas as medidas que forem necessárias à proteção da saúde da população. Os profissionais de saúde e pacientes podem comunicar à agência suspeitas de eventos adversos com o medicamento pelo VigiMed.

Nos links abaixo é possível conferir os produtos e os lotes, de acordo com o fabricante:

1) Losartana potássica – Sanofi Medley

2) Losartana potássica + hidroclorotiazida – Sanofi Medley

3) Lorsacor e losartana potássica – Sandoz

A lista completa de todos os medicamentos com determinação de recolhimento ou suspensão pode ser consultada aqui pelo link.

Com queda no número de casos de Covid-19, 19 das 27 capitais brasileiras já retiraram pelo menos parcialmente a obrigatoriedade do uso de máscaras contra a Covid-19. Em seis capitais, incluindo Brasília, o protetor facial já não é obrigatório em espaços abertos e fechados, enquanto oito ainda exigem máscaras em todos os ambientes. Em 14, a máscara segue obrigatória só em espaços fechados. A média móvel de casos de covid no País vem indicando tendência de queda - nos últimos 14 dias, a variação negativa foi de 31%.

No Rio, já não é obrigatório o uso de máscaras em locais abertos desde outubro. No dia 7, foi decretado o fim da exigência em qualquer local, incluindo o transporte público. Já a prefeitura de Maceió parou de exigir uso de máscara em ambientes abertos na segunda, e deixou ao critério dos responsáveis pelos estabelecimentos fechados públicos e privados exigir ou não proteção facial.

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Em Florianópolis, também vigora desde segunda o decreto estadual que desobrigou as máscaras em espaços fechados em que é possível manter o distanciamento. A medida vale para estabelecimentos comerciais e repartições públicas. No transporte público, a máscara continua obrigatória. Em ambientes abertos, o não uso já estava liberado.

Em Brasília, a máscara deixou de ser obrigatória também em locais fechados, segundo decreto publicado no dia 10. Em Rio Branco, desde o dia 8, a prefeitura liberou também nos espaços fechados, só "recomendando" o uso. Em Natal, a prefeitura se antecipou ao governo do Rio Grande do Norte e publicou decreto, no dia 9, derrubando a obrigatoriedade do uso de máscaras em locais abertos e fechados.

POPULAÇÃO DECIDIRÁ

Cuiabá decidiu não seguir o decreto do governo de Mato Grosso e manteve a obrigatoriedade do uso da máscara em locais fechados. O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) disse que pretende deixar para os cuiabanos a decisão sobre a liberação. "Deixemos a população, que é zelosa, decidir a melhor forma de se proteger", disse. Ainda não foi definido quando o uso passa a ser facultativo em ambientes fechados. Nos abertos, já não é obrigatório.

A prefeitura de Porto Alegre publicou decreto no dia 11, retirando a obrigatoriedade de máscaras em espaços abertos públicos e privados. Nesta sexta, o município avaliará se estende a flexibilização aos ambientes fechados. Lá, crianças de até 12 anos já estavam liberadas de usar máscara em qualquer ambiente.

A prefeitura de São Paulo acompanhou o decreto do governo do Estado e dispensou o uso de máscara em ambientes abertos desde o dia 10. A Prefeitura deve seguir a tendência do Estado, que projeta estender a liberação a espaços fechados a partir de 23 deste mês, dependendo de estudos da Vigilância Sanitária Municipal. Belo Horizonte já não exige máscaras em locais abertos desde o dia 3.

CAPITAIS QUE RESISTEM

Curitiba mantém o uso obrigatório de máscaras em espaços abertos e fechados conforme decreto estadual. A medida será reavaliada amanhã pelo Comitê de Técnica e Ética Médica da Secretaria Municipal de Saúde. Segundo a secretária Márcia Huçulak, Curitiba aguarda a tramitação de um projeto do governo estadual encaminhado à Assembleia Legislativa do Paraná que pode alterar a obrigatoriedade do uso da máscara em espaços abertos no Estado.

A prefeitura de Salvador informou que ainda não há data para a liberação do uso da máscara em locais abertos ou fechados. No Recife, o uso continua obrigatório em todos os ambientes. Já em João Pessoa o uso pode deixar de ser obrigatório em praias e locais abertos na sexta-feira. Fortaleza informou que acompanha as decisões do governo do Ceará, que mantém a obrigatoriedade da máscara em locais abertos e fechados. O governo estuda anunciar a liberação do uso em ambientes abertos a partir do dia 21 deste mês. Outras capitais que mantêm o uso de máscara obrigatório são Belém, Aracaju e Palmas.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Gabinete de Enfrentamento à Covid-19 de Pernambuco definiu novas flexibilizações no Plano de Convivência nesta terça-feira (15). As medidas entram em vigor já na próxima quarta (16), mas ainda não incluem a liberação do uso das máscaras.

Foi anunciado na coletiva que o uso da proteção facial em ambientes fechados e abertos e a apresentação do comprovante de vacinação continuam obrigatórios em Pernambuco. O secretário de saúde André Longo voltou a falar sobre a importância de aumentar o número de pessoas vacinadas.

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“Apesar de um cenário promissor, a pandemia ainda não acabou, tampouco virou uma endemia. As pessoas estão ansiosas pelo seu fim e com um desejo enorme de retirar as máscaras, mas isso só será possível se conseguirmos aumentar o número de pessoas efetivamente protegidas”, afirmou o secretário.

A secretária executiva de Desenvolvimento Econômico, Sidia Haiut, também reforçou a importância de manter todos os protocolos de segurança, incluindo o distanciamento e o uso de máscaras.

“O que esperamos é que a análise dos próximos dias seja positiva. Que as pessoas sigam cumprindo as orientações e que quem ainda não completou o esquema vacinal ouça o chamado do secretário de Saúde para fazê-lo”, advertiu.

O Estado ainda não conseguiu atingir a marca de 80% de cobertura da segunda dose, ou dose única, no público acima de 18 anos. Entre as crianças de 5 a 11 anos de idade, o percentual de cobertura é de apenas 44% na primeira dose. E na terceira dose, apenas 39% do público elegível foi vacinado. Nos idosos a cobertura está abaixo dos 70%. São mais de 350 mil pessoas com mais de 60 anos que tomaram a segunda dose, mas ainda não voltaram para tomar a dose de reforço

Com informações da assessoria

O governo do Distrito Federal (DF) anunciou a liberação do uso de máscara partir desta quinta-feira (10). Segundo o governador Ibaneis Rocha (MDB), um decreto que extingue a obrigatoriedade será publicado em uma edição extra do Diário Oficial do Distrito Federal.

“Vai existir um debate sobre a liberação, e quem quiser continuar usando a máscara pode continuar usando sem problema nenhum. Não é obrigatória a retirada da máscara; deixa de ser obrigatória a utilização dela em ambientes fechados. A gente espera que a população tenha os cuidados evitando aglomeração, pois a pandemia ainda existe. Chegou a hora de tentarmos voltar a ter uma vida normal”, afirmou o governador.

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A liberação ocorre em meio à queda na taxa de transmissão do coronavírus no Distrito Federal e ao avanço da vacinação. Atualmente, o DF tem 89,22% do público-alvo vacinado com a primeira dose, 80,28% com a segunda dose e 34,63% com a dose de reforço.

Ibaneis anunciou ainda a contratação de mais 20 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adulto e dez leitos de UTI pediátrica para reforçar a capacidade de atendimento.

O decreto do governo paulista que retirou a obrigatoriedade do uso de máscaras faciais para lugares abertos dividiu opiniões. Apesar da liberação, há quem não pretenda abrir mão do equipamento neste momento no qual o Brasil tem média móvel diária superior a 500 mortes por Covid-19.

Andréia de Moura, de 34 anos, pretende continuar usando máscara nas ruas. "Vou manter por enquanto. Ainda não me sinto 100% segura e tenho imunidade baixa. É um cuidado meu e também acho que é um cuidado com as outras pessoas. É um item que já faz parte da minha rotina", conta a artista visual.

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Ela explica que até tomar a segunda dose da vacina ainda utilizava o face shield, aquela proteção plástica que é presa na testa e fica por cima da máscara, como um visor transparente. "No meu bairro, o povo me olhava estranho mesmo. Por causa disso, até coloquei uma ilustração minha assim nos meus perfis nas redes sociais."

Mas a nova determinação do governo estadual trouxe alívio para algumas pessoas, como o fotógrafo Pedro Henrique Vite, de 23 anos. Ele confessa que já não utilizava muito o equipamento antes, quando estava ao ar livre. "Para mim a máscara quase nunca existiu. Até peguei covid e mesmo assim não consigo usar nas ruas. Em ambiente fechado sempre coloco, como no trabalho, mas na rua não consigo", afirma.

DEBATE NAS ESCOLAS

O decreto publicado ontem no Diário Oficial determina que nas escolas crianças e adolescentes permaneçam utilizando as máscaras nos espaços fechados, como as salas de aula, mas poderão retirar para as atividades ao ar livre. O Colégio Equipe, em Higienópolis, região central da capital, informou que continuará exigindo máscaras em toda a escola.

"Nossa estrutura física tem poucos espaços abertos. Nossa assessoria médica não considera prudente abandonar o uso de máscara", disse a diretora Luciana Fevorini. Segundo ela, nem todos os alunos estão vacinados ainda porque tiveram covid recentemente e não puderam ser imunizados. "Não tem sido um problema o uso para nossa comunidade." O colégio também foi um dos últimos a voltar ao ensino presencial e enfrenta resistência de grupos de pais que discordam das posições da direção.

Muitas escolas ainda estavam decidindo o que fazer após o anúncio do governo paulista e consultando assessorias de saúde para saber em que ambientes as máscaras podem ser liberadas. O Colégio Bandeirantes, que fica no Paraíso, enviou comunicado aos pais retirando a obrigatoriedade do uso de máscaras nas áreas externas. "Os alunos já souberam e começaram a tirar no intervalo", conta o gerente de desenvolvimento humano e operações, Guilherme Aguiar.

O colégio consultou o Hospital Sírio-Libanês, que faz assessoria à escola nos protocolos de covid, e mapeou as áreas onde a máscara não será mais exigida. As aulas no ginásio de esportes, mesmo sendo ventilado, continuarão com a proteção. No pátio, cantina e na quadra externa, está liberada.

O Colégio Santa Cruz, localizado no Alto de Pinheiros, vai comunicar hoje os estudantes sobre o novo protocolo e a partir de amanhã liberará as máscaras nas áreas externas da escola.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Quase dois anos depois do início da pandemia do novo coronavírus, o Estado de São Paulo vai liberar nesta quarta-feira (9) o uso de máscaras ao ar livre, em espaços em que não haja teto, como adiantou o Estadão na semana passada. Entre eles estão áreas abertas de shoppings, praias, parques e calçadas. A recomendação vem do comitê de especialistas, que se reuniu ontem para analisar a situação atual da pandemia no Estado. O uso obrigatório de máscaras em São Paulo está em vigor desde maio de 2020.

Segundo fontes com acesso às discussões, no entanto, ainda não foi decidido se as máscaras serão desobrigadas nos espaços abertos também das escolas. Há a possibilidade de elas serem liberadas apenas nas atividades esportivas escolares, como aula de educação física.

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De acordo com dados do governo do Estado, São Paulo tinha até ontem 98,86% da população elegível (com mais de 5 anos) vacinada com pelo menos uma dose. Foram aplicadas no Estado mais de 101 milhões de doses do imunizante. São Paulo é o Estado líder em vacinação no Brasil, superando porcentualmente também números de países como Japão, Itália, França, Alemanha e Estados Unidos. O Estado prevê para o próximo mês a aplicação da quarta dose da vacina em idosos.

A secretaria municipal da Saúde da capital já havia recomendado esta semana que as máscaras deixem de ser usadas ao ar livre, por causa do cenário epidemiológico atual, com as menores taxas de internações e ocupação de UTI desde 2020, e a alta cobertura vacinal na cidade. Ao menos cinco Estados já tornaram facultativo o protetor facial contra a covid-19. Em dois deles - Rio Grande do Sul e Santa Catarina -, crianças estão liberadas do uso inclusive nas escolas. Santa Catarina, assim como Mato Grosso do Sul, Maranhão e Rio de Janeiro já não obrigam o protetor facial em ambientes abertos. No Distrito Federal, o uso de máscaras deixou de ser obrigatório em locais abertos desde segunda-feira.

No início da semana, a cidade do Rio de Janeiro passou a ser a primeira capital do País a liberar o uso de máscaras também em lugares fechados. No ano passado, o município já havia liberado a proteção ao ar livre.

Em todo o Estado de São Paulo, as taxas de novos casos, internações e mortes pela covid-19 estão caindo com o avanço da vacinação, mas a discussão com relação ao uso de máscara entre as crianças esbarra principalmente nas taxas de imunização. Ontem, o índice chegou a 70% das crianças vacinadas com a primeira dose, mas a segunda dose ainda está em 19,39%. São 821 mil faltosos entre 6 e 11 anos.

Segundo o Estadão apurou, o governador João Doria (PSDB) é favorável à liberação também nos espaços abertos das escolas. Hoje, comitê e membros do governo vão se reunir para tomar a decisão e fazer o anúncio em seguida.

DISCUSSÃO

O Centro de Contingência da Covid-19 chegou a discutir liberar as máscaras em escolas que tenham mais de 90% das crianças vacinadas. No entanto, integrantes mais conservadores do grupo consideram que se houver aumento de internações em decorrências de festas do carnaval isso aconteceria apenas nesta semana.

Além da vacinação, há membros do comitê que acreditam que o momento de recreio e educação física são os mais preocupantes porque as crianças respiram de maneira ofegante e transpiram. Pesquisas mostram que academias, por exemplo, são locais de grande contaminação de covid. Por outro lado, a Organização Mundial da Saúde (OMS) não recomenda o uso de máscaras para crianças em atividades físicas.

Países como Reino Unido e Estados Unidos também passaram a liberar o uso de máscaras em espaços abertos e nas escolas, inclusive na sala de aula. É intenso o debate no mundo todo sobre a retirada da proteção para crianças. Estudos científicos publicados recentemente sobre o tema não são conclusivos. Alguns apontam impactos importantes nas interações com professores e colegas. Outros não reportam esses efeitos.

Movimentos como o Escolas Abertas defendem, com base em pesquisas que falam do prejuízo ao desenvolvimento das crianças, que as escolas deixem de exigir a proteção em todos os ambientes. Na segunda-feira, pais e crianças do Escolas Abertas protestaram na frente da casa do secretário de Saúde, Jean Gorinchteyn, pela mudança nas regras nas escolas e liberação das máscaras. Outro argumento é o do que as crianças, que já sofreram grande impacto com as escolas fechadas durante a pandemia, estão sendo penalizadas, já que há mais fiscalização nas escolas para o uso de máscaras do que no restante dos lugares, como restaurantes, festas, shows etc.

Outro problema em São Paulo, segundo fontes, é uma normativa publicada pela Secretaria da Saúde mês passado que diz que as escolas podem ser fechadas em caso de surto de covid, configurado por apenas dois casos suspeitos ou confirmados. O Estadão revelou que o secretário da Educação, Rossieli Soares, foi surpreendido com a nova norma em fevereiro e tem defendido publicamente que ela seja mudada. Ele acredita que, se as máscaras forem retiradas, é preciso também flexibilizar a definição de surto, caso contrário, as instituições podem acabar sendo fechadas muito facilmente.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As autoridades do estado indiano de Karnataka reforçaram nesta quarta-feira (16) a segurança para a reabertura das escolas de ensino médio, depois de várias semanas de manifestações sobre o uso do hijab ou véu muçulmano em aula.

Os colégios de ensino médio reabriram neste estado do sul da Índia, em meio a uma grande vigilância policial.

Desde o final do ano passado, o uso do hijab criou tensões em Karnataka, onde algumas escolas proibiram as estudantes muçulmanas de usar o véu em aula.

O governo estatal fechou temporariamente todos os estabelecimentos escolares na semana passada depois que um tribunal proibiu temporariamente o uso de todos os símbolos religiosos na escola, enquanto se analisa a questão do hijab.

"Crescemos com o hijab, não podemos abandoná-lo. Não farei as provas, irei para casa", afirmou uma jovem no portal de notícias local News Minute.

"Os estudantes hindus vestem a cor laranja e os cristãos usam um rosário. Qual o problema de nossas filhas usarem o hijab?", questionou um pai de família no canal NDTV.

Outro pai, Nasir Sharif, de 43 anos, contou à AFP que sua filha de 15 anos foi obrigada a retirar seu véu na porta de sua escola nesta quarta-feira, no distrito de Chikmagalur. Finalmente conseguiu convencer as autoridades escolares a deixarem que ela fosse para a aula com a cabeça coberta e retirasse o véu quando chegasse lá.

Vários muçulmanos indianos afirmam que se sentem cada dia mais assediados pelo governo nacionalista hindu do primeiro-ministro Narendra Modi.

Em mais um ano de queda, o uso de cheques caiu 23,7% no Brasil em 2021 na comparação com o ano anterior, de acordo com levantamento divulgado nesta sexta-feira (14) pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Foram compensados 218,9 milhões de cheques no ano passado, com valor total de R$ 667 bilhões, 0,22% menor que o registrado em 2020.

O total de cheques compensados no ano passado representa uma fração dos 3,3 bilhões compensados no País em 1995, primeiro ano da série e também o que teve a maior quantidade de documentos compensados.

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Em 26 anos, o número caiu 93,4%, diante do avanço de meios eletrônicos de pagamento.

Ao longo do período, as estatísticas compiladas pela Febraban a partir do Serviço de Compensação de Cheques (Compe) mostram quedas em quase todos os anos, com poucas exceções.

"As estatísticas divulgadas pela Febraban revelam que o cliente bancário tem deixado, cada vez mais, de usar cheques, e optado por outros meios de pagamento, em especial os canais digitais (internet e mobile banking), que atualmente são responsáveis por 67% de todas as transações feitas no País, segundo a última edição da Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária", diz Walter Faria, diretor adjunto de serviços da entidade.

Em comparação, no primeiro ano de funcionamento do Pix, sistema de pagamentos instantâneos colocado no ar pelo Banco Central em novembro de 2020, foram 7 bilhões de transações, com volume financeiro de R$ 4 trilhões. A última edição do Radar Febraban mostrou que 71% dos brasileiros já utilizam o Pix.

A menor utilização dos cheques também levou a uma redução de outros números relacionados ao meio de pagamento. Em 2021, foram devolvidos 18,6 milhões de cheques, queda também de 23,7% em relação ao ano anterior. O total de cheques sem fundos caiu de 15,2 milhões para 13,6 milhões entre 2020 e o ano passado.

Para saber mais sobre um amigo, cliente ou até o próximo alvo de uma paquera, explorar as redes sociais é um caminho comum. Se curtidas, selfies e comentários dão tantas pistas sobre nós, quanto a tecnologia pode dizer sobre nossa saúde mental? É isso o que investiga uma nova corrente da ciência.

Análise de mensagens no Facebook, cor de fotos no Instagram e até avaliar o tempo entre cliques estão no radar. A hipótese é de que dados coletados por smartphones podem ser usados para identificar padrões de comportamento e interações sociais. Sem substituir psicólogos e psiquiatras, mas para auxiliar consultas presenciais. O modelo cresce, assim como o debate ético (Mais informações ao lado).

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Em uma pesquisa desse tipo, um grupo de adolescentes responde a questionários pelo celular sobre como se sentem. Podem ser áudios e até emojis para narrar emoções. No dia a dia, um aplicativo em seus celulares capta fragmentos de sons do ambiente e mede o movimento dos aparelhos. Tudo é analisado para saber o risco de depressão - resultados iniciais saem este ano.

"O grande desafio não é capturar e processar dados. A questão é como dar sentido a eles", diz Christian Kieling, professor de Psiquiatria da Infância e da Adolescência da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), à frente do projeto, que monitora 150 adolescentes pelos smartphones. Entre os voluntários, há jovens já com diagnóstico de depressão, com alto risco de ter o transtorno e com baixo risco, conforme escala validada cientificamente.

Nos áudios, avaliam o conteúdo e a forma. Já o app capta, de 15 em 15 segundos, amostras de som do ambiente. E há o pacto de confidencialidade: os cientistas não escutam a conversa, mas sabem o número de vozes, para medir a interação social.

O app coleta dados de geolocalização e padrões de atividade e repouso - é permitido desligar a qualquer hora. Terapias contra a depressão estimulam conexões e atividade física. Informações sobre interações e movimentação espacial podem facilitar intervenções personalizadas. O grupo deve ter ainda consultas com psiquiatras, exames de sangue e ressonância.

MAPA.

Outro estudo, ligado à Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), prevê a tecnologia para ajudar na identificação precoce de possíveis perfis depressivos. O trabalho foi iniciado em 2021, após o suicídio de um aluno. Um modelo computacional vai analisar textos dos estudantes no Facebook.

A ferramenta, criada na UFSCar em parceria com a Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) e a Universidade George Mason (EUA), tenta "ler" palavras e expressões indicadoras de possível perfil depressivo. O robô é esperto, mas, ao decifrar a escrita, escapam-lhe entonação e ironia, por exemplo. "Não é porque tem poder de processamento que a inteligência artificial é melhor do que a gente", diz Helena Caseli, professora de Computação da UFSCar.

Para ter análise mais robusta, serão coletados sinais fisiológicos (batimentos cardíacos e padrões de sono) por meio de relógios inteligentes. Os resultados podem servir para um "mapa epidemiológico" - e estratégias institucionais de bem-estar dos alunos -, além de análises individualizadas. Um dos trunfos é comparar dados de um paciente hoje com informações anteriores dele e ver eventuais mudanças.

EMOÇÕES.

Para Felipe Giuntini, pesquisador do Sidia, centro de inovação em soluções digitais, é possível ver, no processamento de dados das redes, um padrão de emoções. Em seu doutorado na Universidade de São Paulo (USP), ele coletou publicações no Reddit, rede social popular nos Estados Unidos, por dez anos.

Foram selecionadas postagens - incluindo emojis - de um grupo de apoio a pessoas com depressão. A análise mapeou palavras como "tristeza", "vergonha" e "entusiasmado" para ver padrões e aprender com a própria rede. Para Giuntini, o algoritmo ajuda a entender alterações de humor dos pacientes.

Em outra frente, a ideia é levar ao consultório quem ainda está longe. "A pessoa vai ao cardiologista e descobre no check-up uma arritmia. Isso não acontece em saúde mental", diz Alexandre Loch, do Instituto de Psiquiatria da USP. A demora média desde os primeiros sinais até o diagnóstico do Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC), por exemplo, é de 11 anos.

Loch testa um software para avaliar imagens do rosto e a fala de voluntários, de 18 a 35 anos, em entrevistas presenciais. Análises computacionais rastreiam pausas no discurso, movimentos de olhos, gesticulação e falta de conexão na fala - aspectos que seriam notados pelo psiquiatra na consulta. Mas quem sai da fábrica entende de divã? Um estudo com inteligência artificial para detectar câncer de pele da Universidade de Stanford (EUA) mostra que o algoritmo discernia lesões como um dermatologista. Já na Psiquiatria cada um expõe raiva ou tristeza de um jeito. "Como é mais subjetivo e simbólico, é difícil a máquina aprender", afirma Loch.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Espanha voltou a impor a obrigatoriedade do uso de máscara em espaços abertos. A medida visa conter o avanço da covid-19, que atingiu o recorde de cerca de 50 mil novos casos nas últimas 24 horas, segundo anúncio do governo nesta quarta-feira (22).

“Fica estabelecida a obrigatoriedade do uso de máscaras ao ar livre”, destacou a nota do governo, sem especificar quando a medida entrará em vigor.

Um conselho extraordinário de ministros foi convocado para a quinta-feira para aprovar o decreto-lei de forma que o uso de máscaras ao ar livre vigore no Natal, que costumar reunir multidões.

O texto foi divulgado no momento em que se realizava uma reunião entre o presidente do Governo, Pedro Sánchez, e os líderes das comunidades autônomas do país para discutir medidas contra a disseminação da variante ômicron.

A Espanha, uma das líderes mundiais em vacinação, registrou nesta terça-feira um recorde nacional de 49.823 novos casos de covid-19 em 24 horas e a variante ômicron, mais contagiosa, já representa quase metade dos novos casos, segundo o Ministério da Saúde.

No último sábado (11), uma falha técnica nas travas da montanha-russa do parque de diversões Hopi Hari, localizado em Vinhedo, no interior de São Paulo, assustou o público. Nesta segunda (13), a administração do estabelecimento confirmou que uma parada técnica foi necessária em razão do incidente. Nas redes sociais, circulam imagens dos usuários do equipamento levantando a peça que se desprendeu. Ninguém ficou ferido.

Por meio de nota, o Hopi Hari informou que a montanha-russa estava no início do seu percurso quando o problema foi identificado nas travas que ficam no colo dos usuários, prendendo as áreas do abdômen e das pernas. O brinquedo possui altura máxima de 44 metros.

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"Logo após o início do ciclo, ainda no princípio da primeira subida da atração, o visitante sinalizou a necessidade de parada, fazendo o sinal de ‘X’ com os braços acima da cabeça (protocolo utilizado em todas as atrações do parque, quando um visitante, por alguma razão, solicita a parada do brinquedo), imediatamente, a equipe responsável pela operação suspendeu o ciclo, e iniciou a análise da ocorrência", diz o posicionamento do parque.

Depois da sinalização dos usuários, a parada técnica ocorreu às 17h40, com o desembarque dos carrinhos. Os visitantes foram retirados do brinquedo por funcionários, através dos trilhos.

"Desceu [sic] todos os visitantes pela lateral do vagão, temos um sistema de segurança ali em diversos lugares. [...] Até o desembarque de todos os visitantes, com toda a segurança, descer, esvaziar a plataforma, e depois descer o trem .O trem não tem ré, é mecânico, então se solta os freios, ele desce. Até fazer todos os procedimentos de segurança, analisar todos os sistemas e trocar a peça, colocar uma peça nova no lugar, demorou mais de uma hora", explicou o presidente do parque, Alexandre Rodrigues, ao G1.

Compras com cartões de crédito, débito e pré-pago podem ter superado R$ 28 bilhões na Black Friday deste ano no Brasil, crescimento de aproximadamente 22% em comparação com 2020. Os dados foram colhidos, no período de 25 e 26 de novembro, pela Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs).

O uso dos cartões na internet, aplicativos e outros tipos de compras não presenciais teve alta de cerca de 30% no período. As novas tendências de consumo ganharam evidência na pandemia, com forte estímulo às vendas online. Pagamentos não presenciais representam hoje cerca de 35% de todos os gastos realizados com o cartão de crédito.

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Entre os itens mais buscados na Black Friday deste ano estão alimentos, que representou aproximadamente 20% dos gastos, além de produtos de higiene e beleza. As compras de produtos eletroeletrônicos acabaram em segundo plano neste ano.

A partir deste sábado, 20, moradores e turistas estão desobrigados de usar máscara nas ruas, praias, parques e em outros lugares abertos de Ilhabela, no litoral norte de São Paulo. A cidade é a primeira no Estado a flexibilizar por decreto o uso do protetor facial, importante proteção contra a covid-19, adotada desde o início da pandemia. O decreto, assinado nesta sexta-feira, 19, pelo prefeito Toninho Colucci (PL), também cria o passaporte da vacina. Apesar do decreto municipal, o governo do Estado reforça que o uso da máscara continua obrigatório, com previsão de multa para quem não usar a proteção facial.

A apresentação do comprovante de vacinação com pelo menos duas doses será obrigatória em Ilhabela para entrar em repartições públicas, meios de transporte, escolas, hospitais, estabelecimentos comerciais, incluindo bares, restaurantes, hotéis e pousadas. Quem não respeitar pode ser multado.

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Em todo o Estado de São Paulo, o uso da máscara ainda é obrigatório, inclusive em locais abertos. A infração à norma é passível de multas que vão de R$ 552,71, no caso de pessoas sem o protetor, até R$ 5.294,38, quando o estabelecimento comercial ou empresa não exige o uso.

O prefeito alegou o alto índice de vacinação, acima de 92% com a primeira dose, 84% com imunização completa, e a queda no número de casos de covid-19 para justificar a abolição da máscara. "As pessoas na rua já não usam a máscara com a mesma frequência. Estamos entre as cidades que mais vacinaram no Estado de São Paulo e somos a que menos registrou morte per capita pela doença no Brasil. O último óbito foi em setembro", disse. Segundo ele, em eventos com aglomeração, como festas de casamento, mesmo que ao ar livre, a obrigação da máscara continua valendo.

Restrições para turistas não vacinados

Colucci disse que não vai impedir que turistas não vacinados façam uso da balsa de acesso e adentrem a ilha, mas eles não poderão usar a rede hoteleira, nem frequentar restaurantes, bares, supermercados, clubes e outros ambientes fechados. "É um convite para que venham a Ilhabela, mas venham vacinados. Quem vem para pegar praia ou curtir a ilha não pode colocar em risco outras famílias que tomaram a vacina", disse. Ele lembra que, ao saírem de casa, as pessoas devem levar a máscara consigo, caso pretendam ingressar em locais de frequência pública. "Se vai passar no mercado, na igreja ou na farmácia, só entra com máscara", alertou.

Ao mesmo tempo, a prefeitura criou um serviço móvel de vacinação contra a covid-19 que o prefeito apelidou de "pega-fujão", pois é dirigido às pessoas que deixaram de completar a imunização. As equipes de saúde percorrem os bairros com maiores índices de não vacinados para aplicar a primeira, segunda ou terceira dose para os faltantes. A exigência do passaporte, segundo ele, é uma forma de obrigar que todos se vacinem. "Quem é contra a vacina, que fique em casa", disse.

O secretário estadual de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, que faz parte do comitê de enfrentamento à covid-19, disse que o uso da máscara continua obrigatório em todo o Estado, inclusive em Ilhabela. "Não mudou nada, a regra sanitária estadual continua valendo e prevalece, não sendo permitido abolir o uso da máscara enquanto a norma estiver em vigor." Segundo ele, as pessoas que forem encontradas sem máscara mesmo em locais abertos podem ser multadas pela Vigilância Sanitária estadual.

Com críticas à PEC dos precatórios, três senadores do PSDB, Podemos e Cidadania apresentaram ao governo uma proposta alternativa à PEC dos Precatórios. O texto mantém a fórmula de correção atual do teto de gastos, regra que limita o avanço das despesas à inflação, mas retira os R$ 89 bilhões em pagamentos de dívidas judiciais de seu alcance em 2022. Do espaço aberto, R$ 64 bilhões seriam carimbados para o Auxílio Brasil.

Pela emenda dos três senadores, o espaço fiscal aberto em 2022 seria de R$ 89 bilhões, exatamente o montante de despesas com precatórios, que ficariam fora do teto no ano que vem. Desse valor, R$ 64 bilhões seriam destinadas ao Auxílio Brasil, e o restante a outras despesas com seguridade social. As emendas de relator seriam extintas pelo texto.

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Como o dinheiro carimbado para o Auxílio Brasil, o governo seria obrigado a cortar outras despesas, para avançar em medidas como reajuste a servidores, aumento do fundo eleitoral e prorrogação da desoneração da folha de pagamento de 17 setores.

A emenda foi apresentada pelos senadores Alessandro Vieira (Cidadania-SE), José Aníbal (PSDB-SP) e Oriovisto Guimarães (Podemos-PR), que entre terça-feira e ontem já se reuniram ao menos três vezes com Bezerra para discutir o conteúdo da PEC.

NEGOCIAÇÕES

O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), que também é relator da PEC, disse que vai levar a proposta à equipe econômica para ser analisada. "A primeira avaliação é que ainda estamos distantes", disse, sinalizando que o "núcleo" da proposta dos senadores é bastante diferente do texto do governo e já aprovado na Câmara.

A PEC hoje prevê a mudança no cálculo do teto de gastos, medida que sozinha abre R$ 45 bilhões para o Executivo. Há ainda a proposta de criar um sublimite para o pagamento de precatórios, o que na prática adia a quitação de parte dessas dívidas. Essa outra iniciativa liberaria mais R$ 44,6 bilhões.

O texto da Câmara, porém, enfrenta forte resistência no Senado, onde congressistas criticam o "calote" nos precatórios. A declaração do presidente Jair Bolsonaro de que o espaço fiscal obtido com a PEC também serviria para conceder reajuste a servidores públicos azedou ainda mais o clima na Casa. O governo, então, deflagrou as negociações.

Segundo apurou o Estadão/Broadcast, lideranças da oposição já colheram assinaturas e devem protocolar outra emenda substitutiva à PEC, em mais um indicativo das dificuldades do governo.

VOTOS

Apesar dos obstáculos, Bezerra não descarta ainda votar a PEC já aprovada na Câmara. "Estamos animados", disse o líder, que garante ter os 49 votos necessários para uma mudança constitucional avançar no Senado. Mais cedo, ele contabilizou ter 51 ou 52 senadores favoráveis.

 O ministro da Economia, Paulo Guedes, considerou um "grande erro" a ideia de retirar o pagamento dos precatórios da regra do teto. Para ele, a proposta colocaria em risco a arquitetura fiscal, tendo como consequência provável a elevação dos prêmios de risco cobrados por investidores para financiar a dívida pública.

"Alguns senadores falam em tirar os precatórios do teto. É um grande erro por deixar as ordens judiciais como gastos incontroláveis. Os prêmios de risco subirão", disse, ao participar de fórum do Bradesco BBI.

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), prevê que o uso de máscaras contra a Covid-19 não seja mais obrigatório em ambientes abertos a partir de 15 de novembro. Ibaneis disse nesta segunda-feira (25) porém, que não há data para flexibilizar a proteção em locais fechados. O uso de máscaras é obrigatório no DF desde abril do ano passado.

"Nós sabemos que está avançando muito, os índices de transmissão estão caindo bastante. Isso já nos dá um horizonte no sentido de liberar o uso de máscara pelo menos em ambientes abertos", afirmou o governador. "Mais adiante, quando a gente atingir em torno de 70%, 80% de pessoas vacinadas, a gente pensa -- tudo isso com base técnica -- na retirada de máscaras em ambientes fechados."

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O número de vacinados com a 2ª dose ou dose única havia alcançado a taxa de 59,96% da população acima de 12 anos até hoje. Um total de 86,84% tomou a 1ª dose da imunização contra a Covid.

A taxa de transmissão da doença no DF está em queda há cerca de duas semanas. Neste domingo, 24, o boletim epidemiológico apontou que o índice marcou 0,80. Isso significa que 100 pessoas podem transmitir a Covid para 80. Uma taxa acima de 1 aponta que a pandemia está avançando.

A flexibilização do uso de máscaras tem sido discutida por Estados e Prefeituras. No Rio, o prefeito Eduardo Paes (PSD), afirmou que a cidade pode desobrigar totalmente o uso de máscara no meio de novembro, 75% da população total estiver com a vacinação completa. A tendência é que seja permitido não usá-la ao ar livre a partir desta semana.

Em São Paulo, o governo descartou, por ora, que a obrigatoriedade do uso de máscaras seja suspensa no Estado, "apesar de os números estarem muito positivos". O governo do Estado estuda manter o uso obrigatório de máscara facial para situações específicas mesmo após o fim da pandemia.

Na avaliação do infectologista Leonardo Weissmann, consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia, ainda não é o momento de desobrigar o uso de máscaras, principalmente porque o País está passando por um período de flexibilização em outras frentes, como teatros, cinemas e estádios de futebol.

"Ainda é muito cedo, muito precoce para se pensar em excluir o uso de máscaras", disse ele ao Estadão. "Embora a gente esteja observando uma tendência de queda no número de casos e de óbitos, não podemos afirmar que a pandemia está controlada. Temos o vírus circulando, as variantes circulando."

De acordo com Weissmann, é importante que flexibilizações aconteçam, mas não o uso de máscaras. "Nós já tivemos o cenário de países com tendência de queda. Ficou nessa tendência por bastante tempo e depois tiveram uma subida. No Brasil pode acontecer isso também."

O médico-infectologista Jamal Suleiman, do hospital Emílio Ribas em São Paulo, afirmou que a retirada das máscaras precisa obedecer a diferentes fatores, entre eles a taxa de transmissão, que deve ficar abaixo de 0,50. Suleiman lembrou que não basta haver, em metrópoles como Brasília, São Paulo e Rio, índices de vacinação, casos, óbitos e transmissão em baixa.

"O entorno também precisa ser semelhante. São Paulo recebe mineiros, goianos, tocantinenses. Se essas pessoas não estiverem vacinadas, você vai continuar circulando o vírus nesse lugar", observou. "A marcha da vacinação precisa ser rápida em todos os lugares, assim você consegue desmascarar todo mundo numa velocidade maior."

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse nesta sexta-feira, 8, que, com o avanço da vacinação no Brasil, já é possível pensar em retirar a obrigatoriedade do uso de máscaras ao ar livre. Ele não deu prazo para autorizar a flexibilização, mas afirmou esperar que ela ocorra em breve.

"Temos vacinação equilibrada, podemos pensar em flexibilizar o uso de máscaras no ar livre. Às vezes, a pessoa tá andando de bicicleta sozinha e tem que usar máscara. Pra que isso?", questionou.

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Em entrevista coletiva para detalhar o planejamento da campanha de imunização contra a covid-19 em 2022, Queiroga voltou a dizer que a obrigação do uso da máscara por parte dos governos não serve para conscientizar a população sobre a importância do uso do equipamento. Para sustentar sua tese, ele fez uma analogia com o uso de preservativos para evitar infecções sexualmente transmissíveis.

"Preservativos diminuem DSTs, vou fazer lei que obrigue a usar preservativo? Nosso problema não é máscara, temos que desmascarar algumas pessoas aí, que têm narrativas que não se sustentam", criticou.

A secretária Extraordinária de Enfrentamento à Covid, Rosana Melo, disse que é preciso ter prudência em relação à liberação das máscaras. "Gostaríamos de ver Zé Gotinha sem máscara, mas não é assim, temos de ter prudência", declarou, ao falar que vários critérios precisam ser observados em relação à pandemia para decidir sobre isso.

Tratamento precoce

Questionado sobre o tratamento precoce, Queiroga afirmou que sua opinião é desnecessária por já ter emitido juízo em relação ao assunto.

"O tratamento inicial está sendo discutido. Já me manifestei sobre isso. É desnecessário me manifestar sobre esse aspecto. Todos sabem qual é minha posição. É preciso destruir narrativas. Se esse documento da Conitec, que prega o não uso do kit covid como tratamento vazou, vazou de forma inadequada. Quem participa de reuniões privativas do Ministério e divulga, está sujeito a punições", afirmou.

Vacinas

Queiroga disse ainda que o Brasil não precisará das vacinas do Covax Facility em 2022. Ele afirmou acreditar que o imunizante da Janssen obtenha registro definitivo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e "desejar fortemente" que a Coronavac consiga o mesmo.

"Quanto mais vacinas que tiverem registro definitivo e que forem incorporados pelo sistema de saúde, podem diminuir o custo. Vamos insistir que vacinas sejam incorporadas na saúde suplementar; vantajoso para operadoras de saúde."

Rosana Melo afirmou que ainda não se sabe se haverá necessidade de dose de reforço para a população acima dos 12 anos. Segundo Rodrigo Cruz, caso haja necessidade de compra de mais imunizantes, o ministério tem "instrumento" para contratar.

A Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) enfatizou a importância de medidas como o uso de máscaras e o distanciamento social, a fim de reduzir os casos da covid-19.

Durante entrevista coletiva, o diretor assistente da entidade, Jarbas Barbosa, afirmou que estudos apontam que apenas o uso de máscaras já pode reduzir os casos da doença em 10% a 20%.

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"A vacinação e medidas como o uso de máscaras tornam o fim da pandemia mais próximo", ressaltou Barbosa, que disse não ser possível agora fazer uma estimativa sobre quando terminará a pandemia.

Diretora da Opas, Carissa Etienne afirmou que na última semana houve 1,5 milhão de casos e quase 20 mil mortes por covid-19 nas Américas.

Segundo ela, as internações pelo vírus têm recuado na América do Sul, mas os casos seguem em "nível elevado" na região. Ela reconheceu que a limitação na oferta de vacinas continua a ser um problema importante, no quadro atual.

Etienne disse que a prioridade agora é expandir a vacinação pelo mundo, de modo a cobrir os grupos mais vulneráveis à doença, como os mais idosos e os profissionais de saúde.

Ela afirmou que os países devem almejar uma cobertura vacinal de 80% ou mais da população, já que esse seria o nível para controlar as transmissões, segundo modelos que estudam a pandemia atual.

Etienne disse ainda que a Opas não tem agora evidências para defender uma terceira dose de vacina como reforço. Ela comentou que há estudos em andamento sobre o tema e que poderia ser indicado o reforço só para alguns grupos, como os imunodeprimidos ou os mais velhos.

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