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Um caso no município de Niquelândia, da cidade de Goiás, tem revoltado a população. Lucas da Silva e Célia Pereira da Silva, respectivamente padraste e mãe da vítima, são os responsáveis por torturarem uma menina de quatro anos na tarde da última quarta (18). Segundo o policial, a menina era espancada por um tempo indeterminado e sofria frequentemente agressões como castigos físicos, surras com fios e varas, tortura psicológica, além dos joelhos feridos devido estar horas ajoelhadas.

Por causa do sofrimento, a criança desenvolveu gagueira, explica o policial. Ao perceber as lesões, avó da criança procurou o conselho tutelar; um exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) de Uruaçu confirmou as agressões e cicatrizes por todo o corpo.

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Cássio Arantes, delegado que acompanha o caso, afirma que o casal viviam há três meses juntos em uma propriedade rural do município e trabalhavam na roça “Como não iam à cidade para visitar parentes, a mãe da agressora ficou preocupada e foi procurá-los. Foi quando percebeu as lesões e ficou horrorizada. Trouxe a criança para sua casa na cidade e acionou o conselho tutelar, que nos acionou na sequência”, explica o delegado. 

O delegado acredita que as agressões começaram desde que o casal passaram a morar juntos, há três meses. A mãe e irmã de Célia diz que ela era uma boa mãe até conhecer Lucas, que ao ser preso os policiais descobriram que ele era foragido, que no interrogatório assumiu já ter agredido a enteado com duas surras. Célia foi presa ao ir à delegacia saber o motivo que o seu companheiro estava sendo preso. Na delegacia ela explica que não batia, mas “corrigia” porque a criança fazia coisas erradas. por fim, o delegado afirma que o casal queriam encontrar um argumento para justificar a barbárie”.

Por David Barros

A cantora Joelma lança, na próxima quinta-feira (8), a música 'Perdeu a razão' em parceria com Marília Mendonça. Com versos que tratam da violência contra a mulher, a paraense, em um vídeo publicado no Instagram, fala sobre recordações negativas da infância e as agressões sofridas pela mãe.

"Ela me faz lembrar da minha infância, aqueles 10% que não foram bons. Quando fui colocar a voz, eu chorava quando chegava justamente nesses 10%. Eu desabava", compartilhou com os fãs. Emocionada, a cantora relatou casos de violência doméstica cometidos pelo pai: "Minha mãe costurava com lamparina até 2h da manhã para conseguir entregar a roupa. Ela ia dormir lá pelas 3h da manhã. Meu pai chegava embriagado e espancava ela", desabafou. Confira o vídeo:

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por Katarina Bandeira

"Cadê meu celular, eu vou ligar pro 180", canta Elza Soares, com sua voz rouca e inconfundível, nos primeiros segundos da música Maria da Vila Matilde. O número, presente nos versos da canção, pertence a Central de Atendimento à Mulher, serviço que atende denúncias de agressões contra mulheres e que, só em 2015, recebeu 179 relatos de atos de violência por dia, segundo dados do Governo Federal. Para engrossar as estatísticas uma pesquisa feita pelo Datafolha, encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança e divulgada no início de 2017, revelou que 503 mulheres são agredidas fisicamente, a cada hora, no Brasil. Esses números se tornam ainda mais importantes hoje (25), Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres, e servem como alerta para a população a respeito de uma realidade que machuca, mata e que por muitas vezes acontece dentro das casas das vítimas.

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Um silêncio de milhões

A violência contra a mulher, infelizmente, não é nenhuma novidade. Só no último ano, uma em cada três mulheres brasileiras sofreu algum tipo de violência em casa ou na rua. Agressões verbais, físicas e assédio são algumas das situações que acabam fazendo parte do dia a dia das vítimas. Entre as entrevistadas para a pesquisa do Datafolha, por exemplo, 22% afirmou já  ter sofrido alguma ofensa verbal no ano passado, um percentual que contabiliza cerca de 12 milhões de mulheres em todo o território nacional. 

Quando fala-se de assédio os números são ainda maiores. No país, 40% das mulheres que participaram da análise diz ter sido assediada, entre situações que envolviam comentários desrespeitosos na rua (36%), assédio físico em transporte público (10,4%) e até mesmo beijos sem consentimento (5%). A maioria das vítimas têm entre 16 e 24 anos, sendo as mulheres negras as que representam o maior percentual de agressões, tanto físicas quanto verbais. 

Porém, mesmo com os números gritantes apontando as situações de violência, o percentual de mulheres que tomam alguma providência após a agressão é de apenas 11%. Na maioria dos casos, mais precisamente em 52% deles, as vítimas se calam e muitas vezes voltam ao ciclo de agressão.

Em briga de marido e mulher se mete a colher, sim!

Mulheres que são vítimas da violência doméstica e familiar muitas vezes sofrem em silêncio por não terem informações sobre como conseguir ajuda. “Elas não denunciam porque a delegacia é um ambiente muito hostil. Se na cidade em que vivem não tiver uma delegacia da mulher é ainda pior. A vítima acaba indo em uma delegacia normal em que sempre vão duvidar da palavra dela, questionar porque ela apanhou ou se ela não fez alguma coisa para merecer aquele tapa ou empurrão”, explica Renata Albertim, uma das criadoras do aplicativo Mete a Colher, iniciativa feita em 2016, e que já ajudou mais de 800 mulheres a saírem de relações abusivas. “É natural que elas tenham uma certa resistência. Por isso que criamos essa rede, para fortalecer essa mulher até quando ela precisar fazer uma denúncia legal”, explica Renata. 

Em relações abusivas existem pelo menos três fases principais de agressão: o aumento da tensão, o ato de violência e o arrependimento, que vem próximo ao comportamento carinhoso do parceiro, quando o vínculo psicológico e a vontade de acreditar na mudança do outro volta a ser construído, até o próximo ataque. "A mulher que sofre a agressão está em uma situação de medo, de vergonha, em que ela se vê tão envolvida que não consegue achar uma solução", afirma Renata, garantindo que tão importante quanto denunciar é dar apoio para que a mulher não se sinta sozinha em uma situação de risco. “Muitas mulheres só precisam desabafar, saber que têm pessoas com quem elas podem falar. Já tivemos mensagens de mulheres que viram nossas postagens e conseguiram identificar que estavam em relacionamentos abusivos e sair deles”, completa.

Violência e recorte racial

Não há como falar de violência contra o gênero feminino sem traçar um recorte racial. Apesar de mostrar que o número de mortes de mulheres brancas caiu 9,8%, entre 2003 e 2013, o Mapa da Violência de 2015, apontou um aumento de 54,2% nos homicídios de mulheres negras, no mesmo período, passando de 1.864 para 2.875 vítimas. Os índices de desigualdade assustam não apenas pela quantidade de feminicídios, mas por sua crescente. Em 2003, morriam assassinadas 22,9% mais negras do que brancas, em 2012 esse percentual chegou a 77,1%, tendo uma leve queda no ano seguinte, para 66,7%.

Apesar da região Nordeste concentrar o maior número de assassinatos, são os estados do Espírito Santo, Acre e Goiás, unitariamente, os que possuem os maiores índices de homicídio de mulheres negras, com taxas acima de 10 por 100 mil habitantes.  

A importância da denúncia

Parece óbvio dizer que se a mulher sofre alguma agressão o passo mais importante é ir na delegacia realizar uma denúncia, mas não é. É difícil para uma mulher em situação de risco criar coragem para denunciar, justamente porque dificilmente esse tema é levantado em seus ciclos sociais. “Muitas mulheres não sabem que existe uma rede de enfrentamento contra a violência contra a mulher. Desconhecem que existe 180, que ao sofrer violência psicológica elas podem fazer uma denúncia e não precisam de provas físicas daquilo, que a palavra dela na delegacia tem que ser a última palavra”, esclarece Renata Amorim.

“Geralmente o feminicídio ocorre depois que a relação acaba. O homem tende a achar que agora que acabou ele não tem nada a perder e se ele não tem nada a perder ele pode tirar a vida dela”, conta a criadora do aplicativo, e completa “acontece muito de ameaças de morte, de homem dizer que vai ficar com o filho, de dizer que vai chegar no trabalho da mulher e humilhá-la. No Mete a Colher a gente estimula a denúncia principalmente quando essa mulher está sofrendo risco de morte. Informamos que ela tem que ir de fato fazer a denúncia porque é a vida dela. Podendo denunciar tanto pelo 180 quanto ir na delegacia da mulher, com duas testemunhas, e pedir a medida protetiva para que não sofra nenhum dano maior, inclusive perder a vida”, afirma. 

METE A COLHER - Criado em 2016, por nove mulheres, em um evento de startups o Mete a Colher, possui mais de 1.500 mulheres cadastradas. O aplicativo é restrito para mulheres e suas usuárias não apenas procuram ajuda, mas podem oferecer serviços jurídicos, oferecer cursos e empregos, além de apoio emocional. Atualmente o aplicativo está disponível apenas para celulares Android.

Redes de enfrentamento

Para denunciar:

Departamento de Polícia da Mulher (DPMUL)

Avenida Alfredo Lisboa, 188 - Bairro do Recife

Fone: 81 3184 3568

 

Telefones das delegacias da mulher

http://www2.secmulher.pe.gov.br/web/secretaria-da-mulher/delegacias 

 

Defensoria Pública Especializada na Defesa dos Direitos das Mulheres (DEPEDDIM)

Rua Dom Manuel Pereira, 170 - Santo Amaro, Recife

Fone: 81 3181 9452 

 

Central de Atendimento à Mulher do Governo Federal

180 

 

Central de Denúncia de Exploração Sexual e Tráfico de Mulheres do Governo Federal

100

 

Polícia 

190

 

Onde procurar apoio

Centro de Referência Clarice Lispector 

Rua Bernardo Guimarães, 470, Boa Vista

0800.281.0107

 

Promotoria Criminal da Mulher

Rua Dom Manuel Pereira, 170 - Santo Amaro, Recife

Fone: 81 3303 2826

 

I e II Varas de Combate à Violência Doméstica e Familiar

Rua Dom Manuel Pereira, 170 - Santo Amaro, Recife

Fone: 81 3181 9452

 

Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros/CISAM 

Rua Visconde de Mamanguape, s/n – Encruzilhada, Recife

Fone: 81 3182 7757 

 

Serviço de Apoio à Mulher Wilma Lessa/Hospital Agamenon Magalhães

Estrada do Arraial, 2723 - Casa Amarela, Recife

Fone: 81 3184 1739/3184 1740

 

Ouvidoria da Mulher do Estado de Pernambuco - Cidadã Pernambucana 

Fone: 0800 281 8187

 

Núcleo de Apoio à Mulher Promotora de Justiça Maria Aparecida da Silva Clemente

Ministério Público de Pernambuco

Avenida Visconde de Suassuna, 99, Boa Vista, Recife

Fone: 81 3182 7401

O Governo da Catalunha informou que 90% dos eleitores votaram "sim" pela independência da região e 7,8% votaram "não". Os dados foram apresentados pelo porta-voz da Generalitat (governo catalão), Jordi Turull. No total, 2.262.424 pessoas votaram no referendo realizado neste domingo (1º).

Mais cedo, o governo catalão já havia anunciado que iria comunicar nos próximos dias o Parlamento regional os resultados da votação deste domingo (1º) para que aplique o previsto na lei catalã de referendo e proclame a independência caso o "sim" vencesse.

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Em uma declaração institucional, o presidente catalão Carles Puigdemont defendeu que a Catalunha ganhou “o direito de ser um Estado independente” após o referendo deste domingo, quando as pessoas foram convocadas a responder se queriam ou não que a Catalunha se transformasse em uma república independente.

Puigdemont argumentou que a Catalunha ganhou à força sua soberania e que as instituições catalãs têm o dever de respeitar e desenvolver o que disseram seus cidadãos. Ele ressaltou que milhões de pessoas se mobilizaram neste domingo e que, apesar das ameaças do Estado espanhol, elas têm direito de decidir seu futuro em liberdade.

Governo da Espanha

Já o presidente do Governo da Espanha, Mariano Rajoy, declarou que "não houve um referendo" e que todos os espanhóis constataram que o Estado de Direito se mantém “forte e vigente”. Além de não reconhecer a consulta, responsabilizou o governo autonômico catalão, promotor da iniciativa, de ter agido contra a convivência democrática.

Puigdemont denunciou as violações de direitos e liberdades derivadas da intervenção da Polícia Nacional e da Guarda Civil, que foram acionadas pelo governo central espanhol para impedir o referendo. Ele afirmou que as autoridades contabilizam mais de 800 feridos, dois dos quais estão em estado grave, segundo informações do Departamento de Saúde da Catalunha. "Queremos viver em paz", fora de um Estado "incapaz" de propor "algo diferente da força bruta", disse.

Segundo Puigdemont, alguns casos foram “claras violações” de direitos humanos, algo que definiu como uma das páginas mais “vergonhosas” da relação do Estado espanhol com a região autônoma. Por isso, além de defender que as agressões não fiquem impunes, apelou à União Europeia para que exerça sua autoridade e atua no caso.

Enquanto acompanhavam a apuração dos votos do referendo na Praça da Catalunha, em Barcelona, representantes de diversas organizações representativas, entre as quais a União Geral dos Trabalhadores (UGT) e a Confederação Nacional do Trabalho (CNT), anunciaram que será realizada uma greve geral na próxima terça-feira (3).

*Com informações da agência EFE

Um escritor de 40 anos é acusado de ter usado um chicote para agredir sua filha de 17 anos, e a mãe dela, em Santos, no litoral paulista. O homem, que também se apresentava como advogado, músico e barão, obrigava a filha e outros adolescentes a venderem seus livros na Baixada Santista. Quando as vendas não eram realizadas, ele usava o chicote para dar chibatadas, como punição. As agressões foram reveladas em depoimento dado pela jovem, nesta segunda-feira (12), na Vara da Infância e da Juventude de Santos. Adolescentes também foram ouvidos e confirmaram sua versão.

O pai está foragido, mas antes de fugir sequestrou sua mulher de 44 anos, que também tentava escapar do seu jugo. No depoimento de quase cinco horas, a jovem revelou que o pai foi condenado a quatro anos de prisão, no ano 2000, após agredir brutalmente uma enteada. Ele queimou a mão da criança com ferro de passar, o que a deixou quase quatro meses internada, com risco de amputação. Apesar da condenação, ele não foi preso porque o crime prescreveu.

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A jovem havia fugido de casa por não suportar mais as violências praticadas pelo pai contra ela e a mãe. Após a fuga, ela reencontrou a irmã de 23 anos, que havia sido retirada do convívio familiar aos seis anos em razão dos maus tratos praticados pelo homem. As duas estavam sem se ver havia 16 anos. O pai chegou a postar um apelo nas redes sociais para que a filha voltasse para casa.

Após ser localizada pelo Conselho Tutelar, na companhia do pai, a menina foi obrigada a postar em rede social que estava tudo bem e a registrar boletim de ocorrência contra as pessoas que a ajudaram. Com o apoio de conselheiros e da direção da escola onde estuda, ela conseguiu finalmente revelar a verdade sobre o pai.

A vereadora do Recife Michele Collins (PP), reeleita com a maior votação em 2016, em conversa com o LeiaJá, nesta quinta-feira (20), para a série Entrevista da Semana, alertou sobre um número preocupante divulgado por uma pesquisa encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. O levantamento destaca que uma em cada três mulheres foi vítima de algum tipo de violência. 

Collins, que é missionária da Assembleia de Deus, disse que a falta de respeito está muito grande e que uma das formas de combater a violência é a mobilização de todos os setores da sociedade, inclusive as igrejas. “Antigamente esse assunto não era muito falado nas igrejas porque era um tabu. Incentivo também porque é o meio que eu vivo, dentro das igrejas. É uma realidade minha. Eu vejo, cada vez mais, que a igreja está se movendo sobre esse assunto. Tenho conversado com vários pastores e estão sendo promovidos debates em rádios, programas de televisão e temos feito trabalhos de roda de debates sobre o tema. É preciso a sociedade se colocar sobre o assunto independente de serem da igreja ou não”, contou.  

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“Eu estou vendo as igrejas evangélicas participando desse debate e eu estou incentivando também como um instrumento de transformação. Os líderes podem ensinar e alertar”, acrescentou.

Collins declarou que é preciso buscar uma “cultura de paz” também dentro do local de trabalho e escolas. “É todo mundo junto indistinto da religião e da bandeira política. Todo mundo junto porque é inadmissível o que está acontecendo a cada três mulheres uma ser vítima é passar de todos os limites”, lamentou. 

A vereadora é autora da lei 18.241/16 que institui, no Recife, o Programa de Apoio às Mulheres Vítimas de Violência para oferecer condições de proteção à integridade física e apoio psicológico. Ela enfatizou que sugeriu a lei para contribuir, de alguma forma, com o poder público de forma a conter o avanço da violência. 

O programa, inserido na Secretaria da Mulher do Recife, também visa que empresas participem de forma a promover campanhas dentro dos seus locais de trabalho. Michele Collins ainda contou que a Comissão de Direitos Humanos da Câmara está atenta para a situação das crianças inseridas neste contexto de ambientes hostis de forma que elas também sejam acolhidas e não se prejudiquem, principalmente, na educação escolar. 

Uma mulher foi detida na madrugada desta quarta-feira (19) em São Vicente, litoral sul de SP, suspeita de matar o próprio marido. Segundo a polícia, ela usou uma faca para se defender de agressões. O caso é investigado pelo 1º DP da cidade.

De acordo com informações da delegacia, Rochelle Gachido atingiu a perna de Marco Antonio Lui, de 57 anos, e a lâmina rompeu a veia femoral, provocando intenso sangramento. Equipes do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar foram chamadas, mas o homem morreu antes de chegar ao hospital.

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Rochelle Gachido prestou depoimento no local do crime e foi levada para a delegacia. A polícia não deu mais detalhes sobre o caso.

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Um homem de 43 anos foi preso pela polícia, na tarde desta quarta-feira (1º). Ele é acusado de, sob efeito de drogas, espancar a mãe e a irmã em um apartamento na Rua Gervásio Pires, no bairro da Boa Vista, Centro do Recife.

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Segundo Amanda Ana, sobrinha do agressor, ele atacou a própria mãe de diversas formas. "Ele esmurrou, estrangulou, deu uma pancada na cabeça dela com um notebook. Minha mãe chegou depois e ele agrediu ela também. Depois elas conseguiram se trancar em algum cômodo da casa e ele ficou ameaçando se jogar". 

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Identificado como Rodolfo Francisco, o agressor foi mobilizado pelos agentes que foram até o local. Ele já era procurado pela polícia por histórico de envolvimento com drogas e outras agressões. Segundo o Tenente Mayo, oficial atuante no caso, o homem será encaminhado ao Hospital da Restauração e depois para a delegacia. As vítimas também irão para prestar depoimento. 

Com informações de Giorgia Wolf

Três estudantes da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) procuraram a Defensoria Pública da União (DPU) na última terça-feira (24) denunciando agressões que afirmam terem sofrido por parte de professores da universidade no último dia 23 de dezembro. O fato ocorreu durante uma reunião dos alunos com o Conselho Coordenador de Ensino, Pesquisa e Extensão (CCEPE) para definição do calendário acadêmico pós-ocupação e greve. A Defensoria está encaminhando os depoimentos e evidências apresentadas na denúncia para o Ministério Público Federal (MPF), responsável pelas investigações. 

Entenda o caso

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A denúncia se deve a uma confusão generalizada que ocorreu na reunião. Segundo os estudantes, o conselho não os ouvia e encerrou a votação sem levar em consideração as solicitações dos estudantes. De acordo com uma aluna, que não deseja se identificar, a confusão começou quando a reunião foi encerrada de modo arbitrário e estudantes tentaram bloquear a porta para as pessoas não saírem da sala e então ela teria sido agredida por um professor. Tanto alunos da ocupação quanto do Movimento que pedia a desocupação dos prédios reforçam a versão de que a agressão partiu de professores.

A versão da UFPE, no entanto, é que os professores foram vítimas de agressões que teriam sido iniciadas pelos estudantes insatisfeitos o resultado da votação do conselho. A universidade anunciou, na época do ocorrido, a abertura de inquérito administrativo para apurar as agressões apontadas pelos professores. 

LeiaJá também: 

--> Estudantes da UFPE denunciam agressões de professores 

Atuação da Defensoria

A DPU acompanhava todo o processo de ocupação e desocupação dos prédios da universidade, porém na reunião não havia representantes da instituição. No mesmo momento, a defensora pública federal Tarcila Maia Lopes, responsável pelas movimentações da UFPE, estava com uma equipe realizando vistorias em prédios ocupados no campus quando sua presença foi solicitada na reunião, devido à confusão iniciada. “Agora vamos encaminhar os fatos relatados e as provas reunidas ao MPF, que é o órgão que tem a atribuição para apurar os fatos relatados pelos estudantes. A partir da representação, encerra-se a atuação da DPU no caso”, finalizou a defensora Tarcila Maia Lopes.  

Ministério Público Federal 

O Ministério Público Federal (MPF) foi procurado pela equipe do LeiaJá e informou que o ofício da Defensoria Pública da União chegou na última quarta-feira (25) no gabinete do Procurador Chefe Luis Vicente de Medeiros Queiroz Neto. O próximo passo é definir quem será a pessoa responsável pelas investigações no MPF.

O número de jornalistas no Brasil vítimas de agressões aumentou 17,52% no ano passado em comparação a 2015. Foram 161 casos de violência registrados contra 222 profissionais ao longo do ano passado. Houve dois casos de assassinatos de jornalistas no exercício da profissão e cinco de outros comunicadores.

Os números fazem parte do relatório anual da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), lançado nessa quinta-feira (12) no Rio. De acordo com o levantamento, casos de agressões físicas foram os mais comuns - houve 58 registros, nove a mais do que em 2015. O levantamento apontou ainda que São Paulo foi o Estado com mais agressões a jornalistas (44), seguido pelo Rio de Janeiro, com 12 ocorrências. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Um triplo feminicídio voltou a provocar comoção, neste domingo, na Argentina, três dias depois do grande protesto contra a violência machista, que teve repercussão em cidades da América Latina e na Espanha. Um homem de 30 anos assassinou sua ex-companheira, a irmã dela e a avó de ambas, e feriu gravemente uma bebê de sete meses em Godoy Cruz, na província de Mendoza.

O agressor "já está preso", disse Roberto Muñoz, chefe da polícia local, a jornalistas. O ministro da Segurança de Mendoza, Gianni Venier, afirmou que o homem "também deixou o gás da casa aberto e uma vela acesa" com o objetivo de causar uma explosão. "Este psicopata estava em pleno uso de suas faculdades", afirmou. O detido é um professor de artes marciais que manteve um relacionamento com uma das vítimas, uma mulher de 30 anos, segundo fontes ligadas à investigação.

As outras duas mulheres assassinadas tinham 45 e 80 anos, e a última estava "de cama", segundo o ministro. Um funcionário informou que o assassino "tentou matar a bebê", cujo estado de saúde "é gravíssimo". A menina foi atacada com uma arma branca "e também supostamente (com uma arma) de fogo, porque tinha feridas compatíveis com balas", explicou Venier. Um menino de 11 anos, parente das vítimas e testemunha dos assassinatos, conseguiu avisar um parente. Depois, "se escondeu na mala de um carro", disse ministro.

O agressor foi preso nas imediações do hospital local. O estopim do quinto protesto contra a violência de gênero foi o brutal assassinato de Lucía Pérez, uma adolescente de 16 anos que foi drogada, estuprada e empalada até a morte, em 8 de outubro em Mar del Plata. Por este caso, três homens estão presos.

A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) classificou como 'intolerável' as agressões sofridas por profissionais de imprensa por parte de policiais militares e de um manifestante do ato 'Fora, Temer' no Rio.

No protesto realizado neste domingo, 4, na capital paulista, repórter da BBC Brasil, Felipe Souza, cobria a manifestação contra o presidente Michel Temer quando foi agredido por policiais.

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"O jornalista estava identificado com colete e crachá da imprensa, mas, ainda assim, foi vítima de pelo menos quatro policiais que deveriam zelar pela segurança do protesto. Ele teve, também, o celular danificado enquanto fazia as gravações", diz nota da Abert.

O texto cita também o episódio com a reportagem do jornal O Estado de S. Paulo no Rio, onde o engenheiro Rubem Ricardo Outeiro de Azevedo Lima, de 58 anos, se aproximou do veículo do jornal aos gritos de 'jornal fascista' e 'golpista'. Ele chutou o carro, amassando o porta-malas e a porta do motorista. O funcionário do jornal, de 65 anos, não foi ferido.

Outros manifestantes e motoristas que passavam no local viram a cena e se solidarizaram com o motorista. O agressor chegou a bater no vidro de pelo menos mais um veículo, intimidando os passageiros. No carro do Estado, só estava o motorista.

A advogada Rosalina Maria Cláudio Pacífico, moradora de Copacabana que participava do protesto desde o início, disse ter presenciado o momento em que o manifestante atacou o carro da reportagem.

Segundo Rosalina, o agressor parecia "isolado" dos demais participantes do ato público.

"A manifestação já estava se dispersando, na Avenida Princesa Isabel, quando um grupo resolveu seguir até o Canecão. As pessoas estavam andando devagar quando um senhor passou pelo carro do jornal, e chutou o carro. Um grupo de pessoas escutou o barulho. Eu disse para ele: 'você não devia ter feito isso, não pode vincular esse seu ato isolado ao nosso movimento, que é legítimo'. Ele respondeu 'o carro é do jornal, é do jornal' e saiu correndo", contou a advogada.

Na nota divulgada nesta segunda-feira, 5, a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e TV afirma que pelo menos dez casos de agressões contra profissionais da imprensa foram registrados nos protestos da semana passada e pede que as autoridades façam uma "apuração rigorosa" dos fatos e punam os culpados.

"A cada nova manifestação, são várias as ocorrências que têm como vítimas jornalistas no exercício da profissão. Na última semana, pelo menos dez casos de agressões contra profissionais da imprensa e veículos de comunicação foram registrados", conclui

O operador de hipermercado Joannes Vicente da Silva, de 30 anos, empilhava rolos de papel higiênico de uma loja em Santos, quando foi repreendido por um colega de que o método estava errado. Recusou-se a refazer o trabalho. Estava de costas, quando foi agredido pelo primeiro golpe de cabo de vassoura. Depois recebeu mais uma pancada e um soco no peito. No Brasil, mais de 1,2 milhão de pessoas foram agredidas no ambiente de trabalho em 2013. O dado é da Pesquisa Nacional de Saúde, levantamento do IBGE em parceria com o Ministério da Saúde. No quarto suplemento da pesquisa, os técnicos analisaram a saúde do brasileiro relacionada ao mercado de trabalho.

Em todo o Brasil, 3,7 milhões de adultos sofreram agressões por pessoas conhecidas; 439 mil, ou 11,9%, do total, estavam trabalhando no momento do ataque, como Silva. Em 9 mil casos, chefes ou patrões foram os agressores. Outros 4,6 milhões de adultos sofreram violência cometida por desconhecidos; 846 mil deles, ou 18,9% do total, estavam em serviço.

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Silva registrou boletim de ocorrência, mas o agressor não foi punido pela empresa em que trabalhavam nem transferido de setor. "O clima já não era dos melhores e ficou insuportável. Pedi várias vezes para ser transferido de setor. No fim, não aguentei e pedi para ser demitido. Mas trabalhei com ele até o último dia de serviço", contou ele, que voltou para Goiana (PE) e está desempregado. A rede de hipermercado foi condenada a indenizá-lo em R$ 22 mil.

A pesquisa do IBGE mostrou que 4,9 milhões de pessoas sofreram acidentes de trabalho - 613 mil ficaram com sequela ou incapacidade e 1,6 milhão estão impedidas de realizar atividades habituais. Os portadores de alguma das deficiências investigadas (intelectual, motora, auditiva e visual) tinham rendimento médio mensal habitual 11,4% menor (R$ 1.499) que os sem deficiência (R$ 1.693).

Em 2013, 4,5 milhões de adultos tiveram lesão corporal em acidentes de trânsito. Um em cada três acidentados (1,4 milhão de pessoas) estava a caminho do trabalho. Outros 445 mil feridos nesse tipo de acidente estavam trabalhando no trânsito.

A pesquisa também permitiu comparar indicadores de saúde entre empregados e desempregados. Enquanto 6,2% dos que estavam empregados haviam recebido diagnóstico de depressão, para as pessoas que procuravam trabalho esse índice subiu para 7,5%. Os desempregados fumavam mais (17,2%, ante 15,1%) e relataram consumo abusivo de álcool em maior proporção (17,6% contra 13,7%). Já os empregados sofrem de mais problemas crônicos na coluna (16,3%, ante 12,2%), têm colesterol alto (10,1%, contra 7,1%) e hipertensão (15,7% ante 8,2%).

Em todos esses parâmetros, o grupo considerado fora da força de trabalho (não estão empregados nem procuram emprego) tem índices piores. Mas não é possível para os técnicos determinar se isso ocorre em decorrência da situação profissional ou se pela idade mais avançada.

A pesquisa mostrou que 14,9% da população ocupada trabalha no período noturno (entre 22h e 5h) As pessoas que trabalhavam à noite, mesmo que o turno começasse durante o dia, tinham rendimento médio de R$ 2.073, 21,2% maior que o dos ocupados exclusivamente durante o dia (R$ 1.710). Ainda segundo o levantamento, 1,7% da força de trabalho cumpre escalas de 24 horas ininterrupta

A esposa de Bill Cosby, Camille, testemunhou, nesta segunda-feira, em Springfield (Massachusetts, nordeste), no âmbito de um dos processos civis por agressão sexual contra o humorista e ator de televisão.

É a primeira vez que Camille Cosby dá seu depoimento em um processo que diz respeito a seu marido, acusado de agressão sexual por dezenas de mulheres.

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Camille Cosby, de 71 anos, havia tentado até agora se manter fora do tema. No domingo, apresentou um último recurso, que foi rejeitado pelo juiz federal Mark Mastroianni.

Neste processo em particular, Bill Cosby é acusado por sete mulheres. Entre elas, destaca-se Tamara Green, que assegura que o ator tentou abusar dela nos anos 1970 após fazê-la tomar medicamentos para impedir que se defendesse.

Quando foi consultada pela AFP, a defesa de Cosby lembrou que "a audiência é privada" e se negou a fazer comentários.

Casada há 52 anos com o criador do popular programa de televisão "The Cosby Show", Camille administra os negócios de seu marido.

Em dezembro de 2014, quando as denúncias contra Cosby estavam aumentando, ela tomou partido na defesa de seu marido e, em um comunicado, pediu prudência à imprensa.

Em um processo à parte, Cosby é acusado de agressão sexual agravada por fatos que remontam a 2004.

No início de fevereiro, um juiz do condado de Montgomery (Pensilvânia, leste dos EUA) descartou duas petições de Bill Cosby, que pediam a anulação deste outro processo. Cosby apelou da decisão. Se não aceitarem o recurso, provavelmente haverá um julgamento penal.

O operador de um fórum da internet não pode ser considerado responsável judicialmente dos comentários injuriosos ou grosseiros desde quando não contenham discursos de ódio ou incitação à violência, declarou nesta terça-feira (2) a Corte Europeia de Direitos Humanos (CEDH).

Em uma sentença sobre um litígio diante da Justiça húngara, os juízes europeus definiram a jurisprudência fixada em junho passado a propósito dos sites da internet com relação aos comentários publicados nos fóruns. 

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Nesta sentença, haviam destacado que os operadores eram responsáveis pelas mensagens injuriosas escritas por internautas que incluíam expressões manifestas de ódio e ameaças flagrantes publicadas em seus fóruns.

Ao contrário, nesta terça-feira (2), a Corte determinou que os tribunais húngaros não deveriam responsabilizar os portais da internet por propósitos contra sites de anúncios imobiliários, porque embora injuriosos e inclusive grosseiros, este comentários não eram de fato declarações difamatórias, mas a expressão de um juízo de valor ou de opiniões, e portanto não constituíam propósitos claramente ilícitos.

Neste caso, dois portais húngaros haviam apresentado um processo diante da CEDH porque consideravam que a decisão da Justiça húngara os obrigava a moderar o teor dos comentários deixados pelos internautas, o que, segundo eles, vai contra a liberdade de expressão da internet. 

A CEDH lhes deu a razão destacando que os portais haviam instalado uma opção para marcar conteúdos inapropriados, de forma a poder suprimi-los.

Os juízes europeus destacaram também que, assim tal qual, a sentença da Justiça húngara poderia incentivar os demandantes a suprimir completamente a possibilidade de que os internautas deixem comentários online, o que manifestadamente constituiria um obstáculo à liberdade de expressão.

Várias mulheres denunciaram terem sido roubadas e agredidas sexualmente em Zurique, na noite de Ano Novo, em ataques coordenados parecidos com os registrados em algumas cidades alemãs, em especial Colônia - informou a Polícia local nesta quinta-feira.

Após as festas de Ano Novo, a Polícia de Zurique relatou ter recebido "várias denúncias por ataques sexuais e roubos". "A Polícia de Zurique procura mais vítimas e testemunhas", de acordo com a nota divulgada pela Corporação, fazendo um paralelo com a onda de agressões sexuais que teriam sido cometidas por imigrantes em várias cidades alemãs, também na virada do ano.

Quase 30 denúncias de roubos foram feitas após as festas, durante as quais cerca de 120.000 pessoas se concentraram às margens do lago de Zurique, informou uma fonte policial. Depois de investigar as denúncias, a Polícia constatou que, na maioria dos casos, as vítimas foram mulheres. Várias delas disseram ter sido atacadas sexualmente.

Seis mulheres denunciaram que foram cercadas por "vários homens de pele escura", roubadas e assediadas, completou a Polícia. Grande parte das denúncias foi apresentada nas últimas 24 horas, e a Polícia e a Procuradoria locais abriram uma investigação, acrescenta o comunicado.

A partir da próxima terça-feira (11), o Corpo de Bombeiros de Pernambuco deixará de atender casos de emergências clínicas, resumindo-se ao socorro de vítimas de traumas e agressões. A mudança foi anunciada em coletiva de imprensa, realizada nesta quarta-feira (5), na Secretaria de Defesa Social (SDS). Os chamados para atendimentos médicos serão realizados exclusivamente pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

“Este é mais um pacto entre os dois órgãos. Com isso, deixa de ocorrer casos de duplicidade, quando num mesmo atendimento são deslocadas equipes dos Bombeiros e do Samu. O foco principal da mudança para os Bombeiros é aumentar o percentual de atendimento das vítimas de agressão”, explica o comandante operacional metropolitano do Corpo de Bombeiros, Coronel Gustavo Falcão. “É dar a César o que é de César. Não temos a expertise nos atendimentos clínicos, não é uma vocação institucional nossa”, informa.

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Os números de cada entidade permanecem os mesmos: 192 (Bombeiros) e 193 (Samu). Questionado sobre a possibilidade de uma sobrecarga na demanda do Samu, Leonardo Gomes - coordenador geral da instituição – disse que ainda não há como mensurar os efeitos da nova medida. “Vai haver um aumento, sim, porque (os Bombeiros) deixarão de atender os casos. Não sabemos o quanto, mas o atendimento do Samu é qualificado e pode ser que as estatísticas mostrem o oposto”. 

Atualmente, 62% dos atendimentos do Samu são de emergências clínicas. Por dia, 450 pessoas são atendidas pelo órgão, mas o número de ocorrências por mês que chegam à Central de Atendimento é de aproximadamente 35 mil. Com a restrição de atendimentos clínicos pelo Samu, pode acontecer casos nos quais a população entre em contato com um órgão e tenha que fazer uma nova ligação para a entidade correta. 

“O que nós vamos poder fazer agora é qualificar a demanda, fazer o julgamento adequado. Em um futuro, pensamos até em integrar as ligações para um só canal, como o 911 dos Estados Unidos”, afirmou Leonardo Gomes. Segundo as entidades envolvidas, os profissionais de atendimento telefônico já receberam orientação para encaminhar os casos aos órgãos competentes. E deixaram claro que, em casos extremos de urgências que não possam ser atendidas pelo Samu, os Bombeiros continuarão a poder auxiliar as vítimas, de acordo com a necessidade. 

No ápice dos horrores promovidos pela homofobia, as mortes. Porém, antes de chegar aos níveis mais extremos do preconceito, outras formas de agressão e de repressão motivadas pela orientação sexual também torturam. Piadas, comentários maldosos ou o simples silêncio que reprova. Como definir, no meio de tanta subjetividade, o que é ou não uma atitude homofóbica?

Em levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), com moradores da capital pernambucana, os resultados fazem pensar. Dos entrevistados, 86,3% não se consideram homofóbicos, mas ao serem questionados sobre a descoberta de que um amigo é gay, 23,9% se afastariam, apesar de manter a amizade, enquanto 3,9% romperiam, de fato, a relação. Mais de 30% garantiram conhecer alguém homofóbico; 64,5% defendem o mesmo rigor da legislação sobre discriminação racial nos casos de homofobia.

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Talvez pela dificuldade de determinar as características de uma prática homofóbica, o projeto de lei 122, que pede a criminalização da homofobia no país, segue emperrado. “É complicado traçar um perfil [de um homofóbico]. Há a liberdade de expressão e as pessoas não são obrigadas a serem favorável à homossexualidade. Mas tem que respeitar e a violência nunca será justificável. Denunciar já denunciamos há muito tempo. O que precisa é educar as gerações futuras desde muito cedo”, afirmou a psicóloga e defensora dos Direitos Humanos, Kátia Maia.

Na concepção da psicóloga, a legislação ainda é insuficiente e deixa passar casos que, tanto como agressões físicas, machucam, psicologicamente, as vítimas. “Pelo relato daqueles com quem já trabalhei, a reprovação silenciosa, este preconceito camuflado, é o que doía mais no dia a dia, porque é preferível que as pessoas se posicionem claramente para cada um saber com quem está lidando. A homofobia silenciosa é perigosa e, na massa, fica muito difícil se ser identificada”, apontou Maia.

Um dos coordenadores do movimento LGBT Leões do Norte, Marcone Costa, concorda com o poder destrutivo das agressões não físicas. “Às vezes, a piadinha, o chamar de viado, maltratar psicologicamente, chamar um travesti de João, só isso é uma forma de matar aos poucos”. Costa lembra a lei municipal 17.025/04, que prevê sanção a qualquer manifestação atentatória ou discriminatória praticada contra qualquer cidadão homossexual, bissexual ou transgênero. Apesar da lei, a fiscalização sobre os casos é falha, de acordo com Marcone. 

“O Governo não tem dados sobre os casos de homofobia. Até o movimento tem dificuldades. Quando são agressões em mortes, nós do movimento sabemos através de amizades”, explicou. Dentro do que é possível registrar, a dura realidade de que os homens são as principais vítimas fatais da homofobia em Pernambuco. “Em 2012, das 31 mortes no Estado, 29 eram do sexo masculino. Acho que o homossexual masculino se expressa mais, vai em cima, rebate xingamentos. Além de que o preconceito é ainda maior com os travestis, já que não há como esconder a orientação sexual”, pontua Marcone Costa. 

Quando há dor, há homofobia

De acordo com a advogada Patrícia Farias, vice-presidente do Instituto José Ricardo (ONG de apoio às vitimas de homofobia), a justiça apenas caracterizará como crime de homofobia quando houver dano, físico ou psicológico, à vítima. “Depende da abordagem da crítica e da forma como a vítima é atingida, tem que ter um contexto de ofensa moral. É realmente subjetivo, não há como caracterizar”, destacou Patrícia.

Pessoas que não gostam de gays e, inclusive, afirmam não desejar ter filhos homossexuais não podem ser classificados como homofóbicos, segundo a advogada. “Há pessoas com repulsa, que não aceitam, mas não são homofóbicas. Na família, por exemplo, há o medo da discriminação na sociedade. A homofobia vai depender da forma como a pessoa se expressa”. 

O cantor e sanfoneiro Cezzinha irá responder por lesão corporal leve. O inquérito que apurou a denúncia de agressão contra a advogada Fabiana Fernandes - que afirmou ter namorado com o cantor por nove meses - foi concluído e enviado à Justiça na tarde da última quarta (12), após a conclusão do laudo do Instituto de Medicina Legal (IML).

Segundo o laudo do exame, as agressões foram confirmadas e a advogada “Apresenta múltiplas equimoses no ombro direito, punho direito, antebraço direito, braço direito, região tenar da mão direita, região temporofrontal direita, lábio superior à direita, coxa direita, panturrilha direita, região ilíaca esquerda, nádega esquerda. Presença também de escoriações no terço proximal da perna direita”, expõe o documento assinado pelo médico legista Mauro José Catunda Luna. 

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Ainda de acordo com o documento, a advogada não sofreu “perigo de vida”, por isso, o indiciamento foi por lesão corporal leve. De acordo com o artigo 129 do Código Penal Brasileiro, a pena para lesão corporal de natureza leve varia de três meses a um ano de detenção. Segundo o advogado de Cezzinha, Arnaldo Escorel, se o indiciado não tiver antecedentes criminais, como é o caso de Cezzinha, é pouco provável que a pena seja a detenção.

Entenda o caso

Cezzinha foi acusado pela advogada Fabiana Fernandes - que afirma ter sido namorada do músico por nove meses - de tê-la agredido várias vezes e que os atos só aconteciam depois que o cantor consumia bebida alcoólica. Segundo a denúncia, as agressões começaram em outubro de 2013 e a última delas ocorreu em janeiro, quando a advogada prestou queixa na delegacia da mulher. O exame de corpo e delito feito pela a advogada ficou pronto na quarta (12). Em coletiva com a imprensa o cantor negou ter agredido Fabiana ou qualquer mulher em sua vida.

O fato tomou proporções maiores após a descoberta de um vídeo religioso no YouTube, no qual Elba Ramalho declara ter sido agredida pelo cantor e que muitas vezes as agressões eram mútuas.

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O cantor e sanfoneiro Cezzinha negou, em coletiva de imprensa realizada nesta quarta (12), as acusações de agressão feitas contra ele pela advogada Fabiana Fernandes. Cezzinha, que por vezes aparentou estar nervoso, estava com uma camiseta sem mangas e abriu a coletiva sorridente, declararando: “Estou me sentindo um pop star”. Em seguida, leu um comunicado oficial.

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Ele se negou a responder à imprensa qualquer pergunta que envolvesse o caso da advogada Fabiana Fernandes, segundo seu advogado, a fim de preservar suas provas de sua inocência. Em seu pronunciamento, Cezzinha declarou esta sendo vítima de calúnia. "Gostaria de deixar muito claro que estou sendo vítima da violência e leviana atitude de uma pessoa, que, sem qualquer exposição da verdade, não está dispensando esforços para me atingir, forjando testemunhos, mudando a realidade dos fatos e me submetendo a um constrangimento que somente as pessoas que passam por isso sabem", disse. Ele afirmou ainda que quando a verdade for revelada, tomará as decisões cabíveis contra as acusações. “A minha inocência estará comprovada, ocasião que tomarei medidas cíveis e criminais contra a pessoa que tenta me destruir”. 

No entanto, indagado sobre as declarações cantora Elba Ramalho, com quem teve um relacionamento de três anos, sobre agressões mútuas, em um vídeo compartilhado no fim de 2012, ele declarou que a cantora fez uma colocação infeliz, que o que acontecia eram discussões normais de casal. Cezzinha argumentou também que se tivesse realmente agredido a cantora, estaria preso ou teria alguma queixa contra ele envolvendo o assunto. “Fui seu namorado, sou seu amigo e eterno admirador. Lamento que a nossa história de vida esteja servindo a pessoas que querem o mal, e interpretada de forma errônea”, disse o cantor em sua declaração oficial. 

O cantor estava acompanhado do advogado Arnaldo Escorel, que também se pronunciou durante a coletiva, auxiliando nas respostas relacionadas às declarações do vídeo de Elba. Em nenhum momento da coletiva ele citou as acusações da advogada, apenas disse que jamais agrediu Fabiana.

O sanfoneiro acrescentou que Elba ligou para ele durante o dia para prestar total apoio. Elba Ramalho, em nota oficial enviada à imprensa, pede respeito por seu testemunho de fé. “O testemunho de vida dado por mim a uma comunidade religiosa, e divulgado na internet, merece respeito. E não pode ser utilizado com qualquer propósito que não seja o bem.  Muito menos, como uma arma contra qualquer pessoa ou situação. Ao contrário, é um testemunho professado pela fé, que busca a redenção e a reconciliação com Deus.  Deve servir para converter e motivar as pessoas a uma busca de autoconhecimento, da saúde espiritual e da paz interior. Não tenho nada contra Cezzinha, uma história de amor no passado e, hoje, um amigo querido", disse Elba na nota.

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Entenda o caso

Cezzinha foi acusado pela advogada Fabiana Fernandes - que afirma ter sido namorada do músico por nove meses - de tê-la agredido várias vezes e que os atos só aconteciam depois que o cantor consumia bebida alcoólica. Segundo a denúncia, as agressões começaram em outubro de 2013 e a última delas ocorreu em janeiro, quando a advogada prestou queixa na delegacia da mulher. O exame de corpo e delito feito pela a advogada ficou pronto hoje (12), mas o resultado ainda não foi divulgado. O processo segue em sigilo no Tribunal de Justiça. 

O fato tomou proporções maiores após a descoberta de um vídeo religioso no YouTube, no qual Elba Ramalho declara ter sido agredida pelo cantor e que muitas vezes as agressões eram mútuas.

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