Tópicos | Bruno Araújo

O ex-deputado federal Bruno Araújo, presidente nacional do PSDB, rejeita qualquer movimento da sigla para punir os tucanos denunciados ou investigados por suposto uso de caixa 2 em campanhas eleitorais. Questionado sobre os reflexos nas urnas das denúncias envolvendo os ex-governadores Geraldo Alckmin e José Serra, Araújo avalia que o partido já pagou o preço em 2018, quando registrou seu pior desempenho eleitoral na disputa pela Presidência.

Nesta entrevista ao Estadão, o dirigente também fala sobre a relação da legenda com o governo federal e diz que o antipetismo ainda é maior que o antibolsonarismo.

##RECOMENDA##

Confira:

Como avalia a saída do MDB e DEM do Centrão e como fica o PSDB neste novo cenário no Congresso?

O PSDB fez o primeiro movimento lá atrás, quando saiu do bloco. A saída do DEM e MDB é um nítido processo de rearrumação para essa nova fase pré-eleição municipal e abertura do ciclo de eleição nacional. São os ajustes necessários para outra configuração política e eleitoral que o País começa a ter.

Essa movimentação é um processo de rejeição ao presidente Bolsonaro no contexto de 2022?

Já há um nítido movimento de crescente rejeição ao governo Bolsonaro. O PSDB tem manifestado isso mais fortemente de alguns meses para cá. Nitidamente começa a se ver um crescente movimento político por parte de outros partidos.

O PSDB é hoje protagonista de um projeto de centro para 2022 ou mesmo para as eleições municipais de 2020?

Desde 1994 o PSDB é protagonista. Mesmo passando por um momento de crise, o PSDB continua protagonista desse processo. Tão protagonista que recebeu o anúncio de um quarto governador se filiando ao partido nos próximos dias. O governador do Acre, Gladson Cameli. O PSDB vai ter muito mais atenção e cuidado no sentido de democratizar essa discussão ao longo desse processo pós-eleição municipal com o conjunto de partidos que começam a se aglutinar nesse campo do centro.

Há um cerco da Lava Jato sobre o PSDB, especialmente em São Paulo? Como avalia atuação do Ministério Público nos casos do Geraldo Alckmin, José Serra e Aloysio Nunes?

Ninguém pode fazer política observando o compasso de outras instituições da República. Todos os grandes partidos nas democracias ocidentais tiveram em algum momento da sua história algum tipo de crise. O PSDB não funciona na pessoa física, mas na pessoa jurídica enquanto instituição. O PSDB nunca foi um partido que dependeu de apenas uma ou duas importantes figuras. Sempre nos caracterizamos pela pulverização dos quadros. O PSDB olha para frente. Continua tendo quadros extremamente respeitados. O PSDB já pagou um preço eleitoral em 2018. Pode ter eventualmente ou não algo residual. O PSDB olha pra frente.

Esse casos podem prejudicar o partido nas urnas em 2020...

Em parte o partido pagou essa conta em 2018. Mesmo na política não há pena perpétua para partidos. Estamos olhando a qualidade dos quadros que temos à frente. O que mantém o PSDB vivo é não depender da figura de um único quadro.

O PSDB paulista pediu a expulsão do deputado Aécio Neves (MG), mas a executiva nacional barrou a iniciativa. E ninguém pediu a expulsão dos tucanos paulistas Alckmin e Serra. Como avalia essa diferença de tratamento?

Política não é equação matemática. São muitas variáveis que se postam de forma diferente no tempo e no espaço. Há uma avaliação interna, mas nossa decisão é de olhar para frente.

Todos esses casos estão se processando nas instituições próprias da República. O partido já deu as devidas declarações sobre cada um deles.

O governador João Doria e o diretório estadual do PSDB adotaram o mote ‘Novo PSDB’. O governador defende inclusive que o tucano deixe de ser o símbolo do partido...

O partido tem sempre que estar novo. O PSDB adota a posição do novo não pelo nome, mas pelo prospecto das lideranças. O governador João Doria, por exemplo, é um dos mais novos quadros no exercício da política do PSDB. Não me preocupo com o rótulo de novo no nome. Sobre o símbolo tucano, não é isso que vai aprimorar ou não a nossa relação com o eleitorado.

O PSDB se afastou de sua origem social-democrata europeia e ficou mais liberal do que era na sua fundação?

O partidos da social-democracia europeia mudaram ao longo do tempo. A política segue os ventos das transformações sociais. Não é estática. O PSDB faz suas evoluções ouvindo sua base. O PSDB, com a coordenação do ex-deputado Marcus Pestana, produz um documento para ser apresentado no pós-pandemia com mais de 10 temáticas com grandes nomes da política e da intelectualidade que tem alguma proximidade com o partido.

O Geraldo Alckmin vai fazer o capítulo de segurança pública?

Ele foi convidado por nós. É muito bem-vindo. O PSDB vê em Geraldo Alckmin muita dignidade. Nós não abriríamos mão da contribuição dele.

O PSDB é hoje efetivamente um partido de oposição ao Bolsonaro?

Do ponto de vista partidário, fica clara a contestação do PSDB. O partido deu a trégua devida no primeiro ano.

João Doria é o candidato natural do PSDB à Presidência em 2022?

É o candidato mais forte e que desponta na posição mais privilegiada, não só pelo seu estilo, mas pela força de São Paulo. Mas sempre lembrando outros quadros que o partido tem.

O antipetismo ainda será um elemento forte nas eleições deste ano?

O antipetismo ainda é maior que o antibolsonarismo. O PSDB vai construir um projeto para 2022 que esteja distante do petismo e do bolsonarismo.

O PT então ainda representa um perigo maior que Bolsonaro?

No 2° turno de 2018 eu tinha dúvidas. Tive que fazer a escolha. Não voto em branco nem abstenho, então pessoalmente fiz a escolha do que parecia ser a aposta menos ruim do que foi o PT ao longo do tempo. Hoje eu não saberia o que fazer.

O PSDB defende o impeachment do Bolsonaro?

O PSDB não discute impeachment em um momento como esse. Eu pessoalmente liderei um processo de impeachment com outros parlamentares. Sabemos o quanto isso envolveu de milhares de horas de articulação e mobilização da sociedade. Nem o Congresso vai discutir impeachment de forma virtual pelo Zoom, nem vamos estimular pessoas nas ruas de mãos dadas com o coronavírus. Temos algo muito mais grave, que é a saúde pública.

A Operação Lava Jato cometeu excessos?

Assistir Geraldo Alckmin ser denunciado por corrupção é um sinal perigoso e de desalento daqueles que querem fazer vida pública. Há um conceito muito consistente da honradez de Geraldo Alckmin na relação com dinheiro público.

No caso do Serra também?

O Serra tem de nós toda a confiança.

Atingido por declarações reiteradas do ministro da Economia, Paulo Guedes, o PSDB divulgou, nesta quarta-feira (8), uma carta aberta assinada pelo presidente do partido, Bruno Araújo, com uma dura resposta ao chefe da equipe econômica.

Recentemente, em entrevista à CNN Brasil veiculada no último domingo (5), Guedes afirmou que, "se o Plano Real fosse tão extraordinário", o PSDB não teria perdido diversas eleições presidenciais consecutivas nas últimas duas décadas.

##RECOMENDA##

"Parece coisa de gente que até agora não conseguiu ser parte relevante de um único momento memorável sequer da história do nosso país. Só isso, ou alguma absoluta amnésia, explica a tentativa do atual ocupante do Ministério da Economia de tentar diminuir a relevância do Plano Real ou de outras conquistas econômicas e sociais promovidas pelo PSDB em seus governos", respondeu Araújo, na carta.

O presidente do PSDB lembra que antes do Real o Brasil lidava com a hiperinflação, que corroía o poder de compra, sobretudo, da população mais pobre. "Paulo Guedes talvez não se importe com coisas desta natureza", continuou.

Araújo ainda recomenda que o ministro se ocupe com uma agenda que busque melhorar a vida das pessoas, citando a atual crise decorrente da pandemia de covid-19. Ele critica também as promessas da equipe econômica sobre o envio das reformas tributária e administrativa ao Congresso - sempre adiadas -, além da demora na privatização de estatais.

"Até agora, passados 18 meses, o ministro da Economia continua no vermelho, continua devendo. Até agora, Paulo Guedes foi apenas o ministro do 'semana que vem nós vamos', ministro de uma semana que nunca chega", completou.

O presidente do PSDB ataca ainda o fraco resultado do crescimento econômico em 2019, com alta de apenas 1,1% do Produto Interno Bruto (PIB). "Mesmo antes da pandemia, o tão esperado crescimento econômico - aquele que Paulo Guedes vivia dizendo que 'estava decolando' - nunca ocorreu. Agora não passa de miragem, sabe-se lá para quando", acrescentou.

A carta do PSDB segue citando medidas adotadas nos governos chefiados pelo partido, como as privatizações de telefonia, a Lei de Responsabilidade Fiscal, a criação de programas de transferência de renda, a universalização da Educação e a criação dos medicamentos genéricos.

"No período em que o PSDB fazia tudo isso, Jair Bolsonaro, o chefe do atual ministro, mantinha-se gostosamente abraçado ao Partido dos Trabalhadores na trincheira contra a modernização do País. Votava contra todas as reformas, contra o Plano Real, contra as privatizações e sempre pela manutenção e pela ampliação de privilégios e interesses corporativos. Talvez seja isso que explique a raiva que Paulo Guedes sente pelo PSDB", concluiu Araújo.

O presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, afirmou, nesta segunda-feira (15), que o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) é um fruto do “desastre do governo Dilma”. Para Araújo, a eleição de Bolsonaro como chefe do Executivo nacional aconteceu porque os eleitores quiseram dizer “não ao PT”. 

“Se não fosse o desastre do governo Dilma, jamais haveria o governo Bolsonaro. A gestão Dilma foi uma espécie de infecção generalizada da administração pública: estelionato eleitoral, caos administrativo, caos político, inépcia econômica, volta da inflação, volta do desemprego, aumento dos índices de pobreza e miséria, além das estocagens de vento”, alfinetou o ex-ministro das Cidades do governo de Michel Temer (MDB).

##RECOMENDA##

De acordo com o dirigente, “o populismo ideológico e irresponsável da petista nos trouxe ao populismo também ideológico e irresponsável do atual governo, mas de sinal trocado”. 

“Ambos se irmanam na destruição do país. Ambos até hoje apostam em dividir a população, em jogar brasileiros contra brasileiros… Em resumo, Dilma quebrou o Brasil e milhões elegeram Bolsonaro porque não queriam o risco de algo parecido com o seu governo. Tiveram seus receios e correram para outra opção, por pior que fosse. Disseram não ao PT”, declara Bruno em nota.

Ainda no texto, o presidente do PSDB também lembra que disputou a eleição de 2018 contra o PT e contra Bolsonaro e atua, hoje, como “oposição” ao atual presidente. “Mas não nos enganemos: bolsonarismo e petismo tentarão manter a polarização inconsequente a todo custo. Para eles, dane-se o país”, afirma.

Impeachment

Por fim, Bruno Araújo também fala que o partido é contra o impeachment de Jair Bolsonaro. “Impeachment no meio de uma pandemia é apostar no quanto pior melhor.  É arriscar a vida das pessoas, levando-as para as ruas pelo impeachment, no momento da maior crise sanitária da nossa história”, argumenta.

“É a velha tática do petismo, que sempre que teve que escolher entre os interesses do país e os seus próprios interesses, ficou com seu projeto de poder. Se, neste momento, o impeachment não é a melhor saída - e não é mesmo - isso não significa ser complacente com os desvarios do presidente, com seus ataques às instituições, suas afrontas à democracia e à Constituição”, acrescenta o tucano.

O presidente do PSDB, Bruno Araújo, disse neste sábado, 7, que o partido não abre mão de candidato próprio à Presidência da República em 2022. Ele disse ainda que o PSDB "continua sendo um partido com alternativas" e vai lutar para retomar protagonismo no campo de centro da política.

Como mostrou o jornal O Estado de S. Paulo, o congresso da legenda ocorre neste sábado em meio a um novo racha, desta vez por causa da disputa de 2022. Depois de atropelar o tucano Geraldo Alckmin na campanha presidencial do ano passado para incentivar o voto "Bolsodoria", o governador de São Paulo, João Doria, prepara sua própria candidatura à sucessão de Jair Bolsonaro. Enfrenta, porém, um concorrente interno: Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul.

##RECOMENDA##

O próprio presidente da legenda dirigiu afagos públicos a Leite e, em entrevista ao jornal Valor Econômico, disse que Doria não era a única alternativa do partido para 2022.

Neste sábado, Araújo citou Doria como exemplo de "força" dentro do partido, mas não deixou de mencionar que o PSDB tem "quadros importantes". "O PSDB continua sendo um partido com alternativas, com a força do governador João Doria, com quadros importantes. O PSDB está vivo e o Congresso mostra que sua base movimenta partido como um todo", disse a jornalistas no evento.

O presidente do partido disse ainda que o PSDB "não busca extremos". Ele afirmou que há muitos "se" até a eleição de 2022, mas um que já é possível descartar é se o PSDB terá candidatura própria. "O PSDB terá candidato à presidência da República, como teve desde 1989", afirmou.

Disputa na Câmara

Com a bancada do PSDB dividida pela liderança na Câmara, o governador de São Paulo, João Doria, disse ver o movimento como saudável. "A disputa é a essência da democracia, onde não tem disputa, não tem democracia. É autoritarismo. O PSDB sempre foi um partido democrático e saudável mas não vai provocar fissuras nem subtrações", disse.

O deputado Celso Sabino (PSDB-PA) é um dos nomes que disputam o posto. Ele já tem uma lista com 16 nomes a seu favor, ou seja, metade da bancada tucana composta por 32 parlamentares. Sabino foi relator do processo contra Aécio Neves (MG) no Conselho de Ética do PSDB e votou pela não expulsão do deputado. Doria foi o principal defensor da punição ao mineiro.

Do outro lado da disputa, está o deputado Beto Pereira (MS) que tem o apoio do atual líder da bancada, Carlos Sampaio (SP). "Temos sentimentos saudáveis entre os dois candidatos que disputam a liderança", disse Doria.

Manifesto

O PSDB lançou neste sábado um manifesto, síntese do seu congresso realizado em Brasília, com o título "Acima de tudo, democracia", em que assume um "compromisso com a recuperação do País".

O documento também faz críticas. "Sempre que o governo, qualquer governo, investe contra as instituições, age com desrespeito e intolerância, ameaça a nossa democracia, as liberdades, adota iniciativas e atitudes autoritárias e anticivilizatórias, o PSDB esteve, está e estará do lado diametralmente oposto".

O partido diz ainda que não irá admitir qualquer tentativa de retorno "aos tempos sombrios do autoritarismo". O manifesto foi apresentado e lido pelo presidente do partido, Bruno Araújo, durante o congresso.

Nas semanas que antecederam o evento, o partido promoveu uma consulta prévia pela internet para ouvir a militância tucana a respeito de temas sobre os quais a sigla vai se posicionar oficialmente. A ideia é que o resultado da enquete sirva de base para a votação dos 700 delegados esperados no evento.

O PSDB chegou a apresentar no congresso algumas das diretrizes do partido, resultado dessa enquete, como manutenção do Bolsa Família, como política de Estado inscrita na Constituição, apoio às privatizações e adoção do voto distrital. Houve críticas por parte do público presente. Um grupo reclamou da falta de posicionamento em relação às mulheres. O deputado Marcus Pestana (MG) foi ao microfone dizer que o documento ainda não estava consolidado e que novos pontos seriam incluídos ainda.

Covas

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, que passa por um tratamento de saúde, não pôde comparecer, mas enviou um vídeo que foi exibido durante o congresso. Ele falou sobre projetos econômicos da sua gestão e foi aplaudido pelo auditório.

O presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, afirmou nesta sexta-feira, 9, em Belo Horizonte, que o partido vai reagir a "qualquer atitude anticivilizatória" e a "qualquer posição autoritária" do presidente Jair Bolsonaro. Ao mesmo tempo, disse que a legenda pretende apoiar pautas "liberais" do governo para a livre iniciativa e geração de emprego e renda.

"O PSDB vai reagir de forma sempre muito firme a qualquer atitude anticivilizatória, qualquer posição autoritária, qualquer coisa que leve a posições extremas. O PSDB vai colaborar, como colaborou, com a reforma da Previdência. Quando a pauta for liberal, apoio à livre iniciativa, geração de emprego e renda, conta com o PSDB. Quando a pauta for posições extremas, que tratem com relações desrespeitosas regiões do país, que cobre posições e negue posicionamentos claros da História brasileira, vai ter reação do PSDB", disse Araújo, que participou na capital mineira de encontro com lideranças do Estado.

##RECOMENDA##

O PSDB apoiou Bolsonaro na disputa presidencial de 2018, mas não faz parte da base do governo no Congresso Nacional. Araújo disse que os tucanos não fizeram nenhuma indicação para o atual governo.

O comentário de Araújo, que é de Pernambuco, ocorre depois de declarações de Bolsonaro sobre Fernando Santa Cruz, pai do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, (OAB), Felipe Santa Cruz, que lutou contra a ditadura militar. Sobre Fernando Santa Cruz, Bolsonaro disse que teria sido morto por colegas da esquerda. Documentos oficiais do Estado brasileiro indicam, no entanto, que o pai do presidente da OAB foi morto pela repressão.

O presidente do partido afirmou ainda que o PSDB pretende reagir a extremos de direita e de esquerda. "Mantendo posições muito firmes de um partido que acredita no liberalismo da economia e nas políticas sociais para diminuir as desigualdades".

Bruno Araújo reconheceu que o comportamento atual de Bolsonaro é o mesmo de antes da eleição. "O PSDB ficou com duas alternativas. Ou o PT ou o Bolsonaro. Teve que optar. Nossa natureza foi anti-PT. O enfrentamento ao PT. Eu votei em Bolsonaro como negação ao PT, que foi o partido que enfrentamos. Talvez a liturgia da Presidência da República, da cadeira da Presidência da República impusesse alguns limites. Talvez esses limites não tenham sido estabelecidos pela força da instituição. O PSDB não rasga o voto nem deixa de decidir", declarou.

Conselho de Ética

O Conselho de Ética do PSDB, que poderá determinar uma possível expulsão do deputado federal Aécio Neves (MG) da legenda, começará a funcionar dentro de dez dias, segundo Araújo. O presidente do PSDB em Minas, Paulo Abi Ackel, afirmou que "não há que se falar" em expulsão do colega.

Araújo atenuou possíveis estragos no partido em função do destino de Aécio Neves. "Não somos seita. Seita não tem discussão. Segue todo mundo o mesmo caminho. O partido tem posicionamentos, tem compreensões diferentes", afirmou.

"O ex-senador, ex-governador, deputado Aécio Neves tem, da minha parte, e de grande parte do partido, uma relação de absoluto respeito por sua história, pelo que fez pelo Brasil, pelo que fez por Minas, vai ser tratado com absoluto respeito especialmente da minha parte, fazendo com que a regra do jogo siga democraticamente e respeitando todos os direitos", acrescentou Araújo.

Também presente no encontro de tucanos, Aécio Neves não respondeu se acredita que poderá ser expulso, ou se pode deixar o partido, e comentou a declaração do prefeito de São Paulo, Bruno Covas, dizendo que no PSDB seria "ou eu, ou ele", se referindo ao deputado.

"Cada um escolhe a forma mais adequada de fazer política. E todos nós seremos julgados ao final. Dediquei os últimos 30 anos de minha vida a construir o PSDB em Minas e no Brasil, e obter vitórias extraordinárias que transformaram a vida de muita gente. Em especial as que tivemos em 2016, quando depois da campanha que liderei em 2014, sob a minha presidência, o PSDB teve a mais extraordinária vitória de toda a sua história, vencendo em cidades extremamente importantes do país como São Paulo, por exemplo".

Para celebrar os 25 anos do Plano Real, o PSDB começa a divulgar a partir desta segunda-feira (1º) uma série de filmes curtos para as redes sociais mostrando a passagem histórica do plano implantado em julho de 1994, liderado por Fernando Henrique Cardoso, que foi eleito presidente da República em seguida. 

A campanha será veiculada no Facebook, Twitter, Instagram, Youtube e divulgado em grupos de WhatsApp ligados ao partido. O alvo da campanha é, principalmente, os 42% da nossa população com menos de 25 anos de idade, que não tinham nascido quando a primeira cédula de real circulou. 

##RECOMENDA##

Atualmente, há 127 milhões de brasileiros com menos de 40 anos, 66% da população segundo o IBGE, que não acompanharam o processo de combate à alta diária de preços da moeda.

 “O Real é visto como plano econômico. Mas foi na verdade o maior programa social já implantado no Brasil. Na época da hiperinflação, por não conseguirem se proteger da alta de preços, os mais pobres chegavam a perder metade de seus salários em um mês. Com o real tiveram ganho de renda imediata. O plano garantiu mais comida na mesa das famílias”, afirma o presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo.

O presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, anunciou nesta terça-feira (11) que o partido fechou questão a favor da reforma da Previdência. Segundo ele, os deputados vão votar favorável ao texto principal, ressalvados dois destaques.

“Nós tiramos pela primeira vez em 30 anos, uma posição formal de fechamento de questão, nas anteriores era indicativo e com isso nós vinculamos os nossos parlamentares ao voto sim, em relação ao texto principal que vai ao plenário”, reiterou.

##RECOMENDA##

A decisão foi obtida durante a reunião Conjunta da Comissão Executiva Nacional com as bancadas na Câmara e no Senado, além dos governadores, em Brasília.

“Todos parlamentares do PSDB, irão dizer 'sim' à reforma da Previdência no parecer do texto principal que chegará ao plenário, que sairá da comissão especial”, disse Bruno Araújo.

O líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), afirmou que na reunião da bancada, marcada para esta quarta-feira (12), serão definidos os temas dos destaques. Segundo ele, é possível contar com os dois votos dos tucanos na Comissão Especial e os 30 no plenário.

 

O presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, convocou uma reunião Conjunta da Comissão Executiva Nacional com as bancadas do Partido na Câmara dos Deputados e no Senado Federal para debater a questão da reforma da Previdência.

Além deles, participarão do encontro os governadores de São Paulo, João Doria, Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, e Rio Grande do Sul, Eduardo Leite. O encontro será no próximo dia 11 de junho, em Brasília.

##RECOMENDA##

A pauta a ser debatida é o fechamento de questão no Projeto de Emenda à Constituição, em tramitação na Câmara dos Deputados, que trata da reforma da Previdência.

Na ocasião, o deputado federal Samuel Moreira levará destaques sobre a temática. O encontro também vai promover a indicação dos membros do Conselho Deliberativo do Instituto Teotônio Vilela.

O ex-ministro das Cidades do governo do ex-presidente Michel Temer (MDB) e atual presidente do PSDB, Bruno Araújo, formalizou uma carta em que relatou sua opinião a respeito das recentes mudanças no Código de Trânsito Brasileiro, propostas pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL).

O documento do Governo Federal apresentou 17 modificações, duas inclusões e oito revogações no texto legal. “Algumas pertinentes e necessárias, outras absolutamente equivocadas. Destaco os pontos críticos do projeto, que exigem de todos e, sobretudo, dos parlamentares, atenção especial e extremo cuidado, por representar retrocesso e ameaça à missão de reduzir o número de mortes no trânsito”, avalia o pernambucano.  

##RECOMENDA##

Na opinião de Bruno, o texto em questão deveria impor mais penalidades em relação à exigência de equipamentos de segurança. “O texto peca na branda e ineficaz penalidade aplicada ao condutor que não respeitar a exigência de utilização de dispositivos de segurança para o transporte de crianças. Esse motorista, apesar de cometer uma infração extremamente perigosa, receberá apenas uma advertência por escrito e a inserção de pontos na carteira de habilitação, sem multa pecuniária”, diz.  

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o uso da cadeirinha pode reduzir em até 60% a chance de morte de crianças em acidente de trânsito. “Não punir adequadamente quem, de forma imprudente, coloca em risco a vida de crianças, futuro de nosso país, é inadmissível. Apenas advertir é, na prática e com cinismo, tornar a infração inimputável”, afirma Bruno.  

O artigo aumenta a pontuação necessária para instauração do processo de suspensão, de 20 para 40 pontos, bem como aumenta a pontuação para o curso preventivo de reciclagem, de 14 para 30 pontos. Na opinião do presidente do PSDB, “parece ser um grande benefício para a sociedade, na verdade vai privilegiar apenas 5% dos condutores habilitados que são infratores contumazes e que expõem suas vidas e a de terceiros a risco, todos os dias”.  

Bruno também falou sobre a revogação do Artigo 148-A, que instituiu o exame toxicológico de detecção para os motoristas das categorias profissionais de transporte de carga e passageiros.  

“O exame toxicológico já afastou das ruas e estradas mais de 2 milhões de motoristas profissionais potenciais usuários regulares de drogas, que não renovaram suas carteiras de habilitação, para fugir do exame toxicológico. É preciso lembrar também que essa valiosa ferramenta preventiva, que fortalece ainda o combate ao crime organizado e ao tráfico de drogas nas nossas estradas, já vem sendo aplicada há mais de uma década na aviação civil, nas polícias estaduais, na ABIN e até mesmo nas Forças Armadas”, pontua.

O prefeito da cidade de Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife (RMR), e presidente estadual do Partido Liberal, Anderson Ferreira, parabenizou o novo presidente nacional do PSDB, o pernambucano Bruno Araújo.

Araújo foi empossado nessa sexta-feira (31) e assume o lugar deixado por Geraldo Alckmin. De acordo com Ferreira, o partido passará a ser comandado por um líder com experiência e visão de futuro.

##RECOMENDA##

Eleito presidente nacional do PSDB nesta sexta-feira (31) o ex-ministro das Cidades e ex-deputado Bruno Araújo foi um dos principais líderes do movimento pelo impeachment de Dilma Rousseff no Congresso Nacional. Ao lado de outros jovens parlamentares, ele integrou o grupo dos chamados "cabeças pretas" - ala do partido que entrou em conflito com os "cabeças brancas", a parte da direção partidária que rejeitava a tese de pedir o 'Fora Dilma'.

No dia da votação do impeachment na Câmara dos Deputados, Araújo ganhou visibilidade nacional ao dar o voto que selou o destino de Dilma, o de número 342. Durante a campanha presidencial, o ex-ministro voltou a discordar do alto comando tucano que escolheu Jair Bolsonaro, e não o PT, como alvo central da campanha presidencial de Geraldo Alckmin.

##RECOMENDA##

Em Pernambuco, sua base, Araújo foi tragado pela onda bolsonarista e perdeu a disputa pelo Senado. Em 2019, o ex-ministro se aproximou do governador João Doria e aderiu ao presidencial do tucano, que o ungiu presidente da sigla.

Advogado, Araújo foi deputado estadual em Pernambuco por dois mandatos e federal por três. Em maio de 2016, licenciou-se da Câmara dos Deputados para assumir o Ministério das Cidades, no governo Michel Temer. Bruno Araújo nasceu em Recife em março de 1972. É casado e pai de duas filhas, Maria Beatriz e Maria Clara. É advogado formado pela Faculdade de Direito do Recife.

O PSDB vai eleger, nesta sexta-feira (31), o seu novo presidente nacional e se tudo seguir como apontam as conversas de bastidores, o novo comandante do partido será o ex-deputado federal Bruno Araújo (PE). A incógnita maior, contudo, não é sobre quem vai liderar a sigla nos próximos anos, mas qual a linha política que seguirá, se mais alinhada ao centro-esquerda e a social-democracia - perfil de quando foi criado em 1988 - ou à direita - tendo como principal aliado o presidente Jair Bolsonaro (PSL), atual protagonista da extrema-direita no país.

Nos últimos tempos, o PSDB deixou de ser o terceiro maior partido com representação da Câmara, perdeu governos estaduais e a tradicional polarização eleitoral contra o PT nas disputas pela Presidência da República. Em 2018, o candidato do partido e ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, recebeu 5,9 milhões votos e ficou em quarto lugar na disputa. Foi o pior resultado de um postulante tucano ao cargo.

##RECOMENDA##

Após isso, Alckmin, que seguiu presidente nacional, perdeu espaço e a liderança-mor interna para o governador de São Paulo, João Doria; que até pouco tempo era neófito na política, mas hoje já tem o nome ventilado como eventual candidato à Presidência em 2022.

Apesar da projeção eleitoral de muitos, Doria hoje é aliado de primeira hora de Jair Bolsonaro, vem comungando com algumas de suas posturas conservadoras, já avisou que pretende fazer uma "faxina ética" no PSDB e é quem chancela o nome de Bruno para capitanear o partido.

Entretanto, a visão Doria não é a única dentro do PSDB. A legenda, como já é sabido, tem nomes históricos, como o do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC), do ex-senador José Serra, do deputado federal Aécio Neves e do senador Tasso Jereissati, além do próprio Alckmin. Uma estafe chamada recentemente de "cabeças brancas". Essa porção partidária concorda com a visão de reestruturação interna, após uma série de perdas, mas aparentemente não comunga com a adoção de traços baseados no bolsonarismo.

A saída da social-democracria

Na ótica do cientista político e professor do Instituto de Ciências Políticas da Universidade de Brasília (UnB), Frederico Bertholini, apesar da discordância da ‘velha guarda’ tucana, o que deve predominar é a estratégia de João Doria, apontado como um dos atores políticos que percebeu, antes até das eleições, que eles seriam derrotados nas urnas.

Segundo Bertholini, o resultado da eleição presidencial de 2018 levou o PSDB a “uma reflexão sobre o papel que tem no sistema político” e as novas lideranças tucanas que surgiram perceberam que a recuperação do protagonismo majoritário federal vai passar por uma readequação da linha ideológica da sigla.

“O PSDB viu na eleição do Bolsonaro um espaço para se redirecionar no espectro político e caminhar um pouco mais para direita, com uma ideia conservadora e uma agenda mais de valores conservadores. Tudo isso atrelado com algo que o PSL não tem, que são quadros. O PSDB sempre teve quadros com uma forte interlocução com a academia e com essa boa interlocução com políticos. O que passa uma ideia de menos demonização da política e mais compreensão de como governar”, observou.

Esse redirecionamento, contudo, pode fazer com que o partido perca parte do tucanato mais antigo. “É uma espécie de encruzilhada, ao mesmo tempo que as novas lideranças querem levar o partido mais para direita, existe uma outra força que pode complicar o jogo, pois talvez essa guinada faça com que o PSDB perca esses quadros que são o diferencial diante do PSL”, destacou.

Indagado se Fernando Henrique Cardoso e outras lideranças deixariam de ser protagonistas internos do PSDB, com a estratégia do governador de São Paulo, o cientista político disse que não tanto.

“É evidente que eles têm muito poder no partido, não vão perder completamente espaço, mas a tendência é que as novas lideranças levem o partido a ser aquilo que não exatamente reflete as ideias deles. E essas novas lideranças fazem isso percebendo que o espaço da social-democracia esteja ocupado por partidos que estão mais ligados com a esquerda”, salientou Frederico Bertholini.

Tomar o espaço de Bolsonaro

Para o professor da UnB, João Doria parte da premissa que o PSDB perdeu voto do campo social-democrata e quer aproveitar os que elegeram Bolsonaro por repudiar o PT.

“Essa estratégia acorda o PSDB para o seguinte quadro: tem um monte de eleitor que odeia o PT e outros que odeiam as ideias que o PT defende. Esses eleitores foram os que abraçaram Bolsonaro, que é um quadro visivelmente despreparado para as funções que exerce, então porque nós, um grupo preparado para governar, não podemos ocupar esse espaço”, argumentou o estudioso.

Dentro do PSDB, essa estratégia do governador de São Paulo é vista, como por exemplo pelo ex-presidente nacional Alberto Goldman, como uma tentativa de  tomar conta do partido para disputar a Presidência em 2020. O cientista político vê como uma “sinalização importante para a sociedade”, mas o resultado disso também pode se dar na retomada de espaço no Legislativo federal.

*Foto dentro da matéria: Clauber Cleber Caetano/PR

Nome preferido do governador eleito de São Paulo, João Doria, para assumir a presidência nacional do PSDB em maio, quando a sigla realizará sua convenção, o deputado federal Bruno Araújo (PE) defende que o partido assuma uma posição mais conservadora nos costumes.

"O PSDB não pode ter o receio de fazer inflexões a pautas mais conservadoras, como, por exemplo, a redução da maioridade penal, que tem apoio da maioria da sociedade e que recebeu votos na Câmara da imensa maioria do partido", disse Araújo ao jornal O Estado de S. Paulo.

##RECOMENDA##

Ele também defende a garantia de posse de arma nas áreas rurais - bandeira que mobiliza a base do presidente eleito, Jair Bolsonaro -, sugere a adoção de cotas sociais em substituição às cotas raciais, quer "racionalidade na pauta ambiental" e enxugamento do Estado.

A proposta de Araújo contraria o discurso social-democrata histórico do partido, coincide com o projeto de Doria de "tirar o PSDB do muro" e coloca a sigla no centro do debate nacional com uma agenda mais à direita do que a historicamente seguida pelos tucanos.

Doria e Araújo também advogam que o partido vote favoravelmente projetos que Bolsonaro apresente no Congresso e não se opõem aos convites feitos a tucanos para integrar o governo - ao menos quatro assumirão cargos na gestão federal.

Já a atual direção do PSDB e nomes históricos do partido, como o senador José Serra e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, são contra a essa mudança de discurso e também contra o embarque na administração federal. Em entrevista à revista Veja, FHC declarou que, "se o PSDB virar uma sublegenda do governo, qualquer governo, estou fora".

Entre aliados de Doria, a avaliação é que o embate de gerações será inevitável. "Não pedimos para ninguém sair, mas a sintonia com a vontade da sociedade vai delinear quem fica e quem sai do partido. O novo PSDB que eu, Bruno Araújo e Doria defendemos é um partido atualizado com a sociedade. Essa ala que resiste a isso precisa entender que o mundo mudou", disse o prefeito de São Bernardo do Campo, Orlando Morando, que deve integrar a próxima executiva nacional.

Sucessão

Quando questionado sobre a sucessão de Geraldo Alckmin na presidência do PSDB, Araújo desconversa, mas deixa claro quem ele acredita que vai dar as cartas. "Estamos nos primeiros momentos de discussão interna. Temos tempo. Doria é o mais importante protagonista dessa discussão."

O deputado pernambucano, que integra a atual executiva do PSDB, se diz contra a refundação ou fusão do partido, tese defendida por uma ala tucana liderada pelo deputado Marcus Pestana (MG), hoje secretário-geral do partido.

João Doria, que defende que o PSDB não seja mais um partido "de centro-esquerda" (como na fundação), conta com o apoio dos demais governadores tucanos e da maioria do partido para eleger Bruno Araújo presidente em maio.

O grupo de Alckmin, porém, tenta construir uma alternativa. O senador Antonio Anastasia (MG) era a primeira opção, mas declinou. A ideia agora é lançar o senador Cássio Cunha Lima (PB) para tentar barrar o avanço de Doria.

Além da convenção, o PSDB realizará também em maio um congresso nacional no qual vai modificar seu estatuto e atualizar seu programa partidário. Essa será a arena de debates que pode rachar o partido.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Eleito em dois anos para o comando da prefeitura de São Paulo e o governo do Estado que é o maior colégio eleitoral do país, João Doria tem se cacifado para se tornar o novo líder nacional do PSDB e, com base nisso, já se articula para indicar quem vai presidir a legenda a partir de março de 2019, quando o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin deixará o posto. Informações do site da Revista IstoÉ dão conta de que o indicado de Doria para o cargo será o deputado federal e presidente do PSDB de Pernambuco, Bruno Araújo.

O LeiaJá entrou em contato com Bruno Araújo para confirmar se ele tinha interesse em disputar a presidência do partido, mas não obteve respostas até o fechamento desta matéria. Contudo, em entrevista recente Doria considerou o pernambucano um quadro “sintonizado com a perspectiva de renovação do partido”. Desde que venceu o pleito, o governador eleito de São Paulo tem chamado para si a responsabilidade de “salvar” o PSDB que vem amargando derrotas desde 2014.

##RECOMENDA##

“Não há necessidade de desqualificar a história e a biografia de ninguém, sobretudo a de Alckmin, que foi um grande governador, com trajetória ilibada dentro da vida política, mas Bruno Araújo é jovem, com três mandatos de deputado e foi ministro, sempre cumprindo suas atribuições com competência”, ressaltou João Doria.

“Precisamos desse sangue novo para colocar o PSDB em sintonia com a realidade. Quero que o PSDB saia do quinto andar e passe a frequentar o chão de fábrica para compreender a real dimensão da pobreza e da miséria”, ponderou pouco antes.

Bruno Araújo é do grupo considerado “cabeças pretas” da legenda tucana, ou seja, a ala de políticos mais novos. Além disso, pesa ao seu favor o fato de ter sido ministro das Cidades por dois anos. Na eleição, o pernambucano concorreu a uma vaga para o Senado, mas foi derrotado nas urnas e ficará sem mandato eletivo a partir de fevereiro.

O deputado federal Bruno Araújo (PSDB) acusou, nesta terça-feira (13), o governador Paulo Câmara (PSB) de cometer “estelionato eleitoral” na promessa de campanha sobre a instituição do 13º para os beneficiários do Bolsa Família. Segundo ele, durante o período eleitoral Paulo não explicou que a medida seria possível a partir do aumento de impostos de alguns produtos.

“A ideia do ‘13º do Bolsa Família’ pode ajudar muito as famílias mais pobres. Mas não posso concordar que os pernambucanos sejam obrigados a pagar ainda mais impostos… A promessa feita durante a campanha não foi acompanhada da afirmação que seria paga com o Estado metendo ainda mais a mão no bolso dos contribuintes. Estelionato Eleitoral”, disparou o tucano, em publicação no Twitter.

##RECOMENDA##

O governador já encaminhou a proposta que institui o pagamento do 13º do Bolsa Família, através da criação do Nota Fiscal Solidária, para a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Juntamente com ela, contudo, outro projeto prevê o aumento de 2% no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de alguns itens, como bebidas alcoólicas, refrigerantes e descartáveis, para ampliar a arrecadação do Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza (FECEP), de onde deve sair o pagamento do 13º.     

A iniciativa, na ótica de Bruno, é desespero para cumprir a promessa de campanha. O pacote de projetos de Paulo Câmara deve tramitar em regime de urgência e a expectativa é que seja distribuído para as comissões temáticas da Alepe ainda hoje.

O cenário da disputa pelo Senado em Pernambuco tem os candidatos da Frente Popular de Pernambuco, Humberto Costa (PT) e Jarbas Vasconcelos (MDB), liderando, acima da margem de erro, na pesquisa divulgada pelo Ibope nessa terça-feira (2). De acordo com os dados, Humberto e Jarbas estão empatados com 33% das intenções de votos. A diferença dos dois com o terceiro colocado, Mendonça Filho (DEM), é de 13 pontos percentuais. 

Se comparado ao último levantamento, cresceram dentro da margem de erro que é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos. Mendonça, que já ocupava o terceiro lugar, também oscilou de 22% para 20%. Em quarto lugar, de acordo com o Ibope, aparece Silvio Costa (Avante) com 11% das intenções de votos, depois dele vem  Bruno Araújo (PSDB) com 9%.

##RECOMENDA##

Candidato pela Rede, Pastor Jairinho está com 5%, enquanto Adriana Rocha (Rede), Eugênia  (PSOL), Hélio Cabral (PSTU) e Albanise Pires (PSOL) surgem empatados com 2% das intenções de votos. A candidata Lídia Brunes (PROS) e Alex Rola (PCO) estão com 1%.

De acordo com a pesquisa, os eleitores que não souberam ou não opinaram somaram 30%, já os brancos e nulos para a primeira vaga ao Senado foram 19% e na segunda vaga 29%. O Ibope foi às ruas de 29 de setembro a 1º de outubro e foram ouvidos 1.512 eleitores. O nível de confiança do levantamento é de 95%.  

A 9 dias da eleição, a disputa pelas duas vagas de Pernambuco no Senado Federal está cada vez mais acirrada. Ao menos é o que aponta o levantamento divulgado pelo Ibope nessa quinta-feira (27). De acordo com os dados, quem aparece liderando é o senador e candidato à reeleição Humberto Costa (PT). O deputado federal Jarbas Vasconcelos (MDB), que vinha à frente das pesquisas, aparece em segundo lugar. Eles têm, respectivamente, 32% e 31% das intenções de votos. Os dois, que concorrem pela Frente Popular de Pernambuco, oscilam dentro da margem de erro e estão tecnicamente empatados. 

Em terceiro lugar, vem Mendonça Filho (DEM) com 22%. Logo depois dele, Silvio Costa (Avante) 12% e Bruno Araújo (PSDB) 9%. Os candidatos da Rede Sustentabilidade surgem em seguida, registrando o Pastor Jairinho 5% e Adriana Rocha 3%. As candidatas Eugênia Lima (PSOL) e Albanise Pires (PSOL) figuram 2% cada, assim como Hélio Cabral (PSTU).  Já Lídia Brunes (Pros) e Alex Rola (PCO) aparecem com 1% cada um.

##RECOMENDA##

Na pesquisa anterior, feita entre os dias 14 e 16 de setembro, os percentuais de intenção de votos dos três mais bem colocados eram os seguintes: Jarbas na liderança com 34%, Humberto com 31% e Mendonça 22%. 

Desta vez, o Ibope foi às ruas entre os dias 24 a 26 de setembro para ouvir 1.512 eleitores. A margem de erro da pesquisa é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos, já o nível de confiança é de 95%. 

No vai e vem da briga jurídica que a campanha em Pernambuco está imersa, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PE) deferiu o pedido dos candidatos a senador Mendonça Filho (DEM) e Bruno Araújo (PSDB) para que fosse retirado do ar um impulsionamento no Facebook feito pelo senador e postulante a reeleição, Humberto Costa (PT). 

A publicação referida exibe um vídeo do dia da votação da admissibilidade do processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), na Câmara dos Deputados. Há trechos em que Bruno e Mendonça votam contra a petista e são apresentados como responsáveis pelo “golpe”, como o PT intitula a destituição do mandato de Dilma.

##RECOMENDA##

A decisão foi tomada nessa terça-feira (4), pelo desembargador Stênio José de Sousa Neiva Coêlho, e deve ser cumprida em um prazo de 24 horas, sob pena de multa diária de R$ 1 mil. 

No processo, os candidatos não questionaram o conteúdo da publicação, mas o impulsionamento de teor negativo, o que é proibido por lei. “Na Internet, o candidato só pode realizar um impulsionamento de propaganda eleitoral em situações de autopromoção de candidaturas, partidos ou coligações. Porém, Humberto Costa impulsionou de forma proibida, promovendo a propaganda negativa, com ataques a candidatos adversários ou a seus posicionamentos”, explicou o advogado Paulo Fernandes Pinto, responsável pelo jurídico dos candidatos Mendonça e Bruno.

A decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de indeferir o pedido de candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República também atingiu o senador Armando Monteiro (PTB), que é candidato a governador de Pernambuco e já havia declarado voto ao líder-mor petista na disputa presidencial. Com a definição judicial, entretanto, o petebista fica terá que reavaliar e escolher um novo candidato a presidente.

“Estou pensando com muito carinho. Tem Geraldo Alckmin, Álvaro Dias e vários presidenciáveis que estão vinculados aos partidos do meu palanque. Por exemplo, temos no nosso palanque o PV e o PV tem o vice da candidata Marina Silva. Temos várias possibilidades de candidaturas. Vou estar avaliando para decidir”, afirmou, depois de cumprir agenda de campanha no Recife. 

##RECOMENDA##

Questionado sobre em quanto tempo pretende anunciar  seu novo candidato a presidente, Armando ironizou: “a tempo de poder votar”. O candidato a governador de Pernambuco, contudo, já chegou a pontuar que não cogita uma eventual aliança com o ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (MDB), apesar de ter o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB) no seu palanque. 

Nos bastidores, a expectativa é de que Armando rume para anunciar voto ao ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), uma vez que a maioria dos seus aliados, inclusive o PTB nacional, está na base do tucano. Um deles é o candidato ao Senado, Bruno Araújo, que também é presidente estadual do PSDB. 

Indagado se vai articular para convencer Armando a optar por Alckmin, Bruno disse que respeitará o espaço do petebista para decidir. “Armando tem clareza de todos os compromissos da nossa aliança. Ele vai tomar a decisão dentro da liberdade que construímos e definimos respeitando cada um. Vamos aguardar nos próximos dias essa decisão”, amenizou. 

Para Bruno, a postura do TSE que indeferiu o registro de candidatura de Lula já era esperada. “Era só uma questão de tempo e agora o PT, que naturalmente está fazendo um discurso político e é legítimo, seguramente vai se respeitar a decisão e vai mudar o candidato. Quanto mais rápido isso for feito mais respeito será com o eleitor”, observou o tucano. 

Já Armando, apesar de pontuar inicialmente que preferia não avaliar a definição, disse que respeitava o posicionamento da Corte. “É uma decisão que eu tenho que respeitar na medida que que corresponde o pronunciamento ao órgão máximo da Justiça Eleitoral. Eu posso até em algum momento entender que certas interpretações poderiam dar margem a uma outra conclusão, mas eu respeito a decisão da Justiça”, afirmou. 

Candidato a governador de Pernambuco, Armando Monteiro (PTB) afirmou, neste sábado (1º), que o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), foca em fazer "politicalha" e esquece de administrar a cidade. A avaliação foi após uma caminhada de pouco mais de uma hora pela UR-05, no bairro do Ibura, zona sul do Recife. Na ótica do senador, as ruas do local refletem "descaso e abandono". O prefeito da capital pernambcuana é aliado do principal adversário de Armando, o governador Paulo Câmara (PSB).

“De cada um pudemos ouvir alguma crítica e sugestão, tudo isso porque queremos conhecer mais de perto os problemas, mas há algo que no meio disso tudo nos entristece: ver o descaso, a desconsideração, o abandono de certas áreas do Recife que foram condenadas por este prefeito que fica fazendo politicalha, gosta de fazer o jogo duro da política, mas não pega no serviço para fazer as coisas que são do interesse da população”, ressaltou o petebista, em uma espécie de comício pinga-fogo. 

##RECOMENDA##

Na passagem pelas ruas do Ibura, Armando conversou com comerciantes e populares, em sua maioria receptivos, contudo alguns expressavam insatisfação com a classe política e diziam que não pretendiam votar no pleito deste ano. 

Observando que estava na "luta para tirar esse time que está aí”, o senador disse que “o povo está atento a esses que ficam mentindo, falseando, querendo arrumar padrinhos para a eleição e que não estão honrando os mandatos que receberam porque não estão correspondendo a expectativa da população”.

[@#galeria#@]

Promessas

A área onde Armando fez campanha na UR-05 é comercial e, como proposta para o setor, o candidato disse que pretende investir na capacitação do jovem e na desburocratização para o micro empresário. 

“Há algo aqui que sempre nós falamos. A necessidade de pensar no emprego do jovem que depende da capacitação e qualificação profissional que nós conhecemos e fizemos ao longo da vida e cuidar melhor da situação do micro e pequeno empresário que é quem emprega o jovem. Para cuidar de Pernambuco, vamos ajudar os que empregam e vamos investir na juventude”, garantiu o postulante ao comando do Palácio do Campo das Princesas.

Além do candidato a governador, os postulantes ao Senado pela chapa Pernambuco Vai Mudar, Mendonça Filho (DEM) e Bruno Araújo (PSDB), também participaram da caminhada que aconteceu em uma das bases políticas do deputado federal e candidato à reeleição, Daniel Coelho (PPS). 

Entre uma conversa e outra com os moradores da localidade, Bruno ressaltou o fato de a maioria dos estabelecimentos comerciais - gradeados - refletir o medo provocado pela insegurança. 

“A economia precisa crescer e distensionar a sociedade é o caminho mais eficaz. No Senado quero estabelecer uma política nacional de segurança que não mude de governo para governo. Que possamos ter, como na saúde e na educação, a vinculação de recursos públicos para a segurança e, a partir daí, cobrança de gestão”, grifou o tucano. 

O quesito segurança pública também foi observado por Armando. “Toda loja e toda casa está gradeada aqui. É um clima de absoluta insegurança, isso afeta a vida do comércio e o micro e pequeno empresário”, reforçou. Na agenda deste sábado, o senador ainda vai participar de encontros com lideranças no Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife, e Vitória de Santo Antão, na Mata Sul do Estado.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando