Desde o último sábado (23) o antigo Partido Popular Socialista (PPS) ganhou uma nova denominação e passou a se chamar Cidadania. A mudança foi aprovada em um congresso extraordinário da legenda, em Brasília, quando o novo nome teve a preferência da maioria (ao invés de ‘Liberdade’, que era outra opção de nova denominação para a sigla).
O pernambucano e líder do Cidadania na Câmara Federal, Daniel Coelho, conversou com a reportagem do LeiaJá e explicou o motivo da troca de nome. “O partido já vinha passando por mudanças. Desde o ano passado abriu espaço na direção para novas pessoas de outros movimentos, de outras áreas”, comentou.
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“Há um reposicionamento ideológico, até por aceitar fatos históricos do nosso país”, pontuou Coelho. De acordo com o parlamentar, ao longo do tempo mudanças aconteceram porque “começaram a ser defendidas pautas liberais no campo econômico, como a cobrança por menos impostos”.
O Cidadania passou por uma lapidação, em que foram colocados na balança ideais de membros que já estavam no partido junto com outros que estavam chegando. Atualmente, a sigla conta com bancada de oito deputados federais e três senadores atuando na política brasileira.
“Preparamos uma carta de princípios, que fala sobre os valores que vão nos guiar. Temos como exemplo a educação pública e de qualidade, acesso à saúde e saneamento básico e a promoção de respeito aos direitos individuais”, sustentou o deputado.
Daniel Coelho ainda falou sobre a relação do partido com o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL). “Não vamos ficar contra nem a favor nem contra o governo. Vamos criticar o que é ruim e apoiar o que funcionar. Queremos demonstrar que é possível ter consensos, é possível concordar e discordar”, assinalou.
“As bolhas sociais provocam danos reais ao nosso país, o Cidadania quer buscar consenso de unir o Brasil em cima de algumas agendas e pautas”, mencionou. A mudança de nome do partido foi decidida em janeiro do ano passado, assim como o reposicionamento da legenda. A troca efetiva só aconteceu neste mês de março porque, segundo Daniel Coelho, “estabeleceu-se que ao longo do ano passado iríamos construir um pouco melhor o nosso posicionamento”.
Novos congressos extraordinários do Cidadania já estão marcados para os próximos meses de outubro deste ano e março do ano que vem. Neles, novas diretrizes devem ser definidas para esse novo momento da sigla.