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Informado de que o Aliança pelo Brasil praticamente não tem chance de sair do papel a tempo de disputar as eleições de 2020, o presidente Jair Bolsonaro disse a correligionários que não vai subir em palanque de candidatos filiados a legendas com as quais pretende formar uma base de sustentação no Congresso. Ao menos no discurso, ele afirmou que não usará a "caneta Bic" para interferir nas disputas municipais.

"O presidente não vai botar a mão nessa cumbuca", disse ao jornal O Estado de S. Paulo o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos. "No Rio, todo mundo fala que o candidato dele é o Crivella. Será?", perguntou, em referência ao prefeito Marcelo Crivella (PRB), hoje muito impopular, segundo pesquisas.

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Articulador do Palácio do Planalto, Ramos admitiu que Bolsonaro sabe que tanto pode eleger alguém como perder capital político, caso o seu apadrinhado não decole. Nesse caso, a derrota seria atribuída ao governo. "Então, isso é uma faca de dois legumes", brincou o ministro. Recentemente, ao comentar a saída do PSL, Bolsonaro disse que sua participação nas campanhas de 2020 será definida pelo entendimento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). No seu diagnóstico, o Aliança pelo Brasil tem apenas "1% de chance" de conseguir ser criado até o fim de março do ano que vem, prazo necessário para conseguir concorrer às eleições. "Por enquanto eu estou livre, estou solteiro. Não vou casar", afirmou o presidente.

A decisão de Bolsonaro foi tomada após líderes de partidos do Centrão avisarem ao Planalto que estão preocupados com o comportamento do governo na campanha pelas prefeituras. No mês passado, em entrevista ao Estado, Ramos havia dito que, mesmo se o Aliança não disputasse, Bolsonaro poderia apoiar candidatos nas corridas municipais. O plano era que esses nomes, se eleitos, migrassem depois para o Aliança. Diante da revolta de possíveis novos parceiros no Congresso, porém, Bolsonaro arquivou a ideia, por enquanto.

Movimento

Ramos assumiu o ministério responsável pela interlocução do governo com o Congresso em julho, no lugar de Carlos Alberto dos Santos Cruz, o general que entrou em confronto com o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), filho "02" do presidente.

"Peguei um trem em movimento, a 200 quilômetros por hora", comparou. "Mas tenho esperança de que 2020 será um ano mais sereno. Antes, muitos pensavam "ih, aí vem mais um general'. Viram, no entanto, que não é isso. Sou uma pessoa extrovertida e me sinto bem no Congresso."

Amigo de longa data de Bolsonaro, Ramos ainda não virou alvo de Carlos, embora a Secretaria de Comunicação Social (Secom) - dirigida por Fábio Wajngarten e subordinada ao ministério comandado pelo general - tenha recebido ácidas críticas do vereador. Em mensagem postada no Twitter, no último dia 19, Carlos disse que a comunicação do governo "sempre foi uma bela de uma porcaria".

Ninguém respondeu. Nem mesmo o porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros, escanteado pelo próprio Bolsonaro, que todo dia tenta passar o seu recado ao vivo em "quebra-queixos" - como são conhecidas as rápidas entrevistas, em pé - na entrada do Alvorada. Ramos, por sua vez, virou uma espécie de marqueteiro do governo. Ainda ontem, por exemplo, ele circulou de moto pela Esplanada. Saiu de casa, na Asa Sul, e foi para o Planalto em dez minutos, pilotando uma Harley-Davidson, comprada em 2013. Depois, partiu para o Alvorada.

"Que negócio é esse?", perguntou Bolsonaro, ao saber da "aventura" do ministro. "Da próxima vez, nós vamos juntos para o trabalho de moto", emendou o presidente. No Natal, Bolsonaro também deu umas voltas com sua Honda 750 X, mas apenas ao redor dos amplos jardins da residência oficial.

A estratégia de Bolsonaro e Ramos consiste em apostar cada vez mais no bordão do apresentador Chacrinha, segundo o qual "quem não se comunica, se trumbica". "Eu não vou ficar aqui nesse castelo do Planalto de braços cruzados. Faço questão de pôr a mão na massa", disse o ministro, em alusão às suas negociações no Congresso. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente nacional do PRTB, Levy Fidelix, confirmou o nome do deputado estadual Marco Aurélio Meu Amigo (PRTB), como pré-candidato pela sigla na disputa pela Prefeitura do Recife nas eleições municipais do próximo ano.

“Nossa ideia é buscarmos um partido da mesma linha e pensamento ideológico similar/parecido com o nosso PRTB para compor a Vice do Marco Aurélio. Nosso PRTB terá candidaturas próprias em todas as capitais brasileiras e Recife não deverá ser exceção”, disse Levy em nota.

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Ainda de acordo com Levy Fidelix, a intenção é lançar candidaturas próprias em mais cinco cidades do Estado.“Também nas principais cidades como Jaboatão, Olinda, Paulista, Caruaru e Petrolina estão sendo promovidas tais candidaturas”, afirmou ele. 

O líder da oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco diz está entusiasmado para a disputa pela PCR. “Nada me anima mais do que ter a oportunidade de discutir minha cidade e lutar para que ela volte a sorrir”, afirmou Marco Aurélio.

“Tenho feito oposição ao governo do estado e a prefeitura. Tenho sido um crítico ferrenho a indústria da multa do Recife, a sujeira que hoje é o maior cartão postal da cidade, a falta de incentivo ao turismo, ao abandono do Recife antigo, a falta de segurança no Recife, dentre outras bandeiras”, disparou o parlamentar.

*Da assessoria 

O presidente Jair Bolsonaro disse, nesta quarta-feira (18), que "pelo jeito" a coleta de assinaturas necessárias para criação do Aliança pelo Brasil terá de ser feita manualmente. Segundo Bolsonaro, por este método será muito difícil concluir o processo de criação da sigla até o final de março, ou seja, a tempo de lançar candidatos para as eleições municipais de 2020.

"Pelo jeito vai ter de recolher assinatura no braço. Se for no braço, vai ser difícil de fazer para março o partido. Muito difícil", disse Bolsonaro a apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada.

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A vontade do presidente era realizar uma coleta de assinaturas digitais para a criação de seu partido. Mas o método ainda não é permitido e regulamentado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O presidente se desfiliou em novembro do PSL, partido pelo qual foi eleito, em meio a disputas internas na legenda.

São necessárias cerca de 500 mil assinaturas válidas para tirar do papel o "Aliança", sigla conservadora, que defende Deus, armas e oposição a movimentos de esquerda, presidida por Bolsonaro e com forte presença de seus filhos.

O presidente disse ainda que, por limites legais, não pode usar canais oficiais para impulsionar a coleta de assinaturas. "Vocês acham que posso usar cadeia de rádio e televisão para o que eu quero. Não posso. Tem uma lei. Não posso ir além do que estou fazendo", declarou.

Dinheiro para campanha

Ao falar sobre uso de recursos para campanha eleitoral, Bolsonaro perguntou a seus apoiadores se deve sancionar ou vetar "os R$ 2 bilhões do fundo partidário". Ele ouviu, em coro, que deveria vetar o valor.

Não ficou claro, porém, se Bolsonaro se confundiu e queria, na verdade, tratar do "fundo eleitoral" de R$ 2,034 bilhões aprovado na terça-feira pelo Congresso. O valor é distribuído entre partidos para financiar campanhas eleitorais.

"Vamos supor que seja aprovado. O PT vai ganhar R$ 200 milhões para fazer campanha no ano que vem. Aquele pessoal do PSL lá, que mudou de lado, também vai pegar R$ 200 milhões", disse Bolsonaro.

Líderes do Centrão chegaram a articular para tentar aumentar o montante para R$ 3,8 bilhões, mas recuaram diante de sinalizações de que o presidente vetaria um valor maior.

Bolsonaro ainda afirmou aos apoiadores que foi injustamente acusado de abuso de poder econômico pela campanha eleitoral de 2018. "O fundo eleitoral foi no ano retrasado de R$ 1,7 bilhão. Meu partido, PSL, pegou R$ 10 milhões disso aí. Não usei nada, fiz uma vaquinha. E eu estou sendo acusado de abuso de poder econômico", disse.

Na conversa com jornalistas, na saída do Alvorada, o presidente Jair Bolsonaro falou neste domingo, 15, sobre sua situação partidária e as eleições municipais de 2020. "Depende da modulação do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Se não for possível, como eu pretendo, a gente não vai ter partido. Eu vou continuar sem partido. Como é obrigatório ter um partido, eu não sei como é que vai ficar para as eleições municipais com a minha participação ou não", disse.

A respeito das perspectivas eleitorais no Rio de Janeiro, afirmou: "O Rio de Janeiro vem sofrendo muito. Eu espero que acerte a questão eleitoral no Rio de Janeiro."

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Bolsonaro declarou ainda gostar do prefeito Marcelo Crivella (Republicanos). "Não vou dizer quem eu vou apoiar. Estou livre, estou aquele cara solteiro. Quer que eu case com alguém agora? Não vou casar. Gosto do Crivella. A população que vai decidir quem vai ser o futuro prefeito lá", destacou.

O ex-ministro da Educação e ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) afirmou nesta segunda-feira, 9, em entrevista à Rádio Guaíba, em Porto Alegre, que não pretende disputar eleição para a Prefeitura de São Paulo em 2020.

"Não pretendo concorrer e não se trata de cálculo eleitoral ou de preservar para outras campanhas, até porque não acredito nisso. Mas não tenho essa pretensão de concorrer em 2020. Preciso realmente me reorganizar e de um fôlego para continuar colaborando, como eu venho colaborando com os partidos progressistas do Brasil", afirmou.

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Lula e PT articulam uma chapa para disputar Prefeitura liderada por Haddad, tendo a ex-prefeita Marta Suplicy como vice. Sem partido desde que deixou o MDB, em agosto do ano passado, Marta tem dito a interlocutores que o retorno dela ao PT está praticamente descartado devido às resistências de setores da sigla. O maior entrave para a concretização da chapa, no entanto, é a resistência de Haddad a disputar a prefeitura pela terceira vez.

Para as eleições gerais de 2022, Haddad considera que poderá estar no páreo, mas distante, neste momento, do ex-ministro Ciro Gomes (PDT), que, segundo o petista, vem passando por uma "crise de identidade".

"É ruim para a democracia. Ele foi candidato por três vezes. Acho que o discurso dele às vezes se perde. A gente não sabe onde ele está. Com quem ele está aliado. É uma crise de identidade", disse o petista.

O ex-candidato à Presidência pelo PT nas eleições de 2018 ainda considerou que o julgamento "mais esperado" com relação a Lula está no Supremo Tribunal Federal (STF) e envolve a imparcialidade ou não do ministro Sergio Moro enquanto responsável pela Lava Jato.

"Só um julgamento importa. Acreditamos que Moro não foi imparcial. Atuou como acusador. Ele tinha uma posição pessoal sobre o presidente Lula e uma motivação política por trás disso. Tanto que deixou de ser juiz e entrou na política", argumentou.

Haddad esteve em Porto Alegre para receber a Medalha do Mérito Farroupilha, maior honraria da Assembleia Legislativa gaúcha. A distinção foi proposta pelo deputado estadual Luiz Fernando Mainardi (PT).

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai impactar ainda mais o cenário eleitoral depois de ser colocado em liberdade, avalia o governador de São Paulo, João Doria (PSDB). Em entrevista ao Estadão/Broadcast, Doria disse que para o petista é uma "questão de honra" lançar uma chapa competitiva para disputar a Prefeitura de São Paulo.

"Se preso já impactava, solto impacta mais ainda. E impacta em São Paulo, para o Lula é uma questão de honra lançar uma chapa competitiva lá. Foi lá em que ele sofreu sua pior derrota em 2016. A derrota acabou reverberando no segundo turno nas outras cidades. Então, vão fazer de tudo, com Lula liderando e o PT corroborando, para que as eleições nas capitais tenham candidatos competitivos e eles possam ter a esperança de vitória", afirmou Doria neste sábado, em Brasília.

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Ainda sem se assumir como pré-candidato ao Palácio do Planalto, o governador de São Paulo defende o foco nas eleições municipais e na gestão eficiente de Estados e cidades como uma antecipação para as eleições gerais. "Foco integral em gestão e eficiência: isso será determinante nas futuras eleições gerais. Porque experiência é importante. Não podemos ter em 2022 testes", disse Doria. Em 2016, o tucano foi eleito prefeito de São Paulo com discurso de que era um gestor e não um político.

Doria evitou falar sobre uma possível disputa interna com seu colega do Rio Grande do Sul, o governador Eduardo Leite, para a corrida à Presidência da República, mas deixou claro que defende as prévias como uma ferramenta democrática.

"Temos de defender o princípio e não os nomes. O PSDB é um partido que lançou as prévias", disse. Para o ano que vem, na capital paulista, ele vê uma forte atuação do PT, liderada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e afirma que um nome feminino seria "tecnicamente recomendável" para compor a chapa com o atual prefeito Bruno Covas. Ele já defendeu publicamente que a deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) deveria ser candidato a vice de Covas.

O presidente do PODEMOS em Pernambuco, deputado Ricardo Teobaldo, tem atuado para ampliar e fortalecer a legenda nas eleições de 2020. Os partidos têm trabalhado de forma ativa para garantir a consolidação de candidaturas competitivas nos municípios e com o Podemos não tem sido diferente. Devido à conhecida cláusula de barreira, existe um desempenho eleitoral mínimo que cada legenda deve ter para pode usufruir do fundo partidário e do tempo de rádio e televisão.

"Tenho trabalhado muito com o objetivo do crescimento do partido em Pernambuco", destacou Ricardo Teobaldo em entrevista concedida ao Blog do Alberes Xavier e para o programa Cidade em Foco da Rede Agreste de Rádios. De acordo com ele, o partido tem trabalhado para ampliar o número de vereadores especialmente na região metropolitana do Recife, a exemplo de cidades como Recife, Jaboatão dos Guararapes e Olinda.

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Quanto às candidaturas majoritárias, o deputado confirmou que o partido já conta com 40 pré-candidatos a prefeito espalhados por Pernambuco e deve chegar a 60 até o ano que vem. "Candidatos com condição de competitividade. Esse trabalho nós estamos realizando e vamos continuar realizando no final desse ano e no começo de 2020", destacou.

Ricardo confirmou o ingresso no partido de diversos prefeitos, como por exemplo Marcelo Gouveia (Paudalho), Lero (Taquaritinga do Norte), João Lira (Bom Jardim), Danilson Gonzaga (Feira Nova), Regina da Saúde (Itaíba), Sandro Rogério (Ibirajuba), bem como, diversos outros nomes que devem despontar como candidatos a prefeito em 2020. Com isso, Ricardo Teobaldo planeja ampliar a força do seu partido em Pernambuco.

*Da assessoria 

Com a proximidade de 2020, diversos partidos têm iniciado articulações pelo Estado tendo em vista as eleições municipais do ano que vem. O PTB de Pernambuco divulgou, nesta sexta-feira (6), que seu objetivo é manter a presença e o comando de cidades estratégicas como Igarassu, Ipojuca e Garanhuns. O partido também quer ampliar o número de vereadores eleitos no Estado. 

O projeto, de acordo com a sigla, vem sendo construído pelo presidente de honra e ex-senador, Armando Monteiro Neto. Nas últimas semanas, Armando participou de um processo intenso de reuniões e filiações, realizando também encontros com lideranças regionais e representantes de segmentos da sociedade.

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De acordo com o PTB, nos últimos meses foram realizados encontros com mais de 130 lideranças de 45 municípios. Os novos petebistas se somam às 50 pré-candidaturas majoritárias já definidas pela sigla, das quais nove tentam a reeleição e quatro a sucessão.

O presidente estadual do PTB, José Humberto, disse que o partido tem sido procurado e também está em contato permanente com lideranças alinhadas com bandeiras do partido já aprovadas nos municípios comandados por prefeitos petebistas.

“O PTB tem compromisso com o desenvolvimento econômico dos municípios, com o crescimento regionalmente equilibrado do Estado, onde as oportunidades de geração de emprego e renda sejam proporcionadas para a população dentro de suas próprias cidades. Aliado a isto, temos gestões que são referência em qualidade na prestação de serviços públicos”, afirmou.

Já Armando Monteiro reforçou que irá dar continuidade aos encontros com lideranças para fortalecer o partido e para discutir as melhores opções de projeto para os municípios pernambucanos. “Em 2020, o PTB terá os melhores nomes e projetos para os novos desafios que se apresentam para o desenvolvimento dos municípios”, conclui.

*Com informações da assessoria de imprensa

Questionado pela imprensa sobre a proposta do relator do Orçamento de 2020, deputado Domingos Neto (PSD-CE), de aumentar o valor do fundo eleitoral, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, reforçou nesta quarta-feira (4) que sempre defendeu o financiamento privado de campanhas. Ele lembrou que, quando o assunto foi analisado pelos parlamentares, votou a favor do financiamento privado. No entanto, segundo Davi, neste momento não há outra alternativa para financiar as campanhas municipais do próximo ano.

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“Eu votei a favor do financiamento privado de campanhas. Tem que arrumar um instrumento para viabilizar a democracia. A gente precisa ter consciência de que, em vez de falar, tem que fazer o que é certo. Eu perdi no voto. O instrumento que foi encaminhado foi o do financiamento público. Se há um conflito, vamos debater isso também. O certo é que, neste ano, o único instrumento será o financiamento público, e temos que fazer o que é certo”, argumentou o presidente do Senado.

Nesta terça-feira (3), o deputado Domingos Neto propôs na Comissão Mista de Orçamento (CMO) ampliar o valor do fundo eleitoral para R$ 3,8 bilhões. O governo havia proposto R$ 2 bilhões para o Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC).

Para virar lei, o projeto do Orçamento para 2020 (PLN 22/2019) precisa ser aprovado pela CMO e pelo Congresso Nacional, em sessão conjunta formada por deputados e senadores.

*Da Agência Senado

 

Rival do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), o senador Major Olimpio (PSL-SP) foi ao Twitter manifestar-se contrário a uma eventual aliança entre seu partido e o PSDB nas eleições municipais de 2020.

"Pode tirar o cavalo da chuva! Doria quer o PSL como vice para poder atrair o partido para sua base, mas nós não esquecemos que Doria traiu e enganou Bolsonaro, jamais perdoaremos isso", tuitou o senador.

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A publicação de Major Olimpio é uma resposta ao tucano, que falou nesta segunda-feira, 25, na possibilidade de uma chapa à Prefeitura de São Paulo composta pelo atual prefeito, Bruno Covas (PSDB) e a deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP).

Covas era vice de Doria na Prefeitura e assumiu quando o empresário deixou o cargo para concorrer ao governo de São Paulo. Joice, rompida com o bolsonarismo, é aliada de Doria.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), defendeu publicamente uma aliança entre o prefeito Bruno Covas (PSDB) e a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) na disputa pela Prefeitura de São Paulo em 2020. "Por que não (uma chapa unificada)? O Bruno é o candidato do PSDB e será reeleito. A Joice é uma deputada brilhante", disse Doria em São Francisco, nos Estados Unidos.

Na semana passada, Covas recebeu apoio explícito de Doria para a candidatura à reeleição, ao retomar a rotina na Prefeitura após internação para tratar um câncer na região do estômago. Na ocasião, o governador já havia falado de Joice.

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"É uma pessoa de grande valor. Quanto mais perto ela estiver do Bruno mais feliz eu serei", disse Doria, que participou de uma entrevista coletiva ao lado do prefeito. Essa foi, para o grupo de Covas, a senha da estratégia do governador, que tem como principal objetivo derrotar o bolsonarismo em 2020 para evitar que o presidente Jair Bolsonaro construa uma base consistente na capital paulista.

Para Doria, que é apontado no PSDB como pré-candidato à Presidência em 2022, o "centro" precisa se aglutinar já nas eleições municipais do ano que vem. "Em 2020 vão se estabelecer claramente dois campos, que farão um grande confronto: a extrema esquerda e a extrema direita. As eleições municipais se anteciparão ao que serão as eleições gerais de 2022. Isso traz de forma de muito clara o campo do centro democrático, que são aqueles que, como eu, defendem o diálogo e a serenidade."

Com a saída do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva da prisão, ganhou força no PSDB a discussão sobre a possibilidade de uma fusão com o DEM e/ou o PSL, que rompeu com Bolsonaro.

Uma das principais lideranças do PSDB, Doria promove nos bastidores uma aproximação da legenda com o PSL, que também avalia uma possível fusão com o DEM. "Esse debate (sobre fusão partidária) pode voltar. Vejo isso com naturalidade. Não somos refratários ou contrários a isso. Havendo a possibilidade é algo a se dialogar e a se pensar", disse Doria em conversa com jornalistas no fim de semana ma cidade norte-americana, onde realizou um tour em busca de investimentos na área de tecnologia para o Estado de São Paulo.

O tucano acredita que a saída de Lula da prisão vai aglutinar a esquerda em torno do petista. "Os movimentos de esquerda estavam desaglutinados desde a prisão dele. Lula terá um papel expressivo nas eleições municipais de 2020", afirmou Doria.

Especialistas começam hoje (25) a testar a urna eletrônica que será usada nas eleições municipais do ano que vem, em mais um Teste Público de Segurança (TPS), organizado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Estão inscritos três técnicos individuais e cinco equipes, que terão até sexta-feira (29) para tentar burlar o hardware ou o software da urna eletrônica e, de alguma maneira, violar os arquivos e comprometer, por exemplo, o anonimato dos votos.

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Essa é a quinta vez que o TSE realiza o TPS, cujas inscrições ficaram abertas para qualquer especialista interessado em tentar burlar o sistema eletrônico de votação. As atividades ocorrem em Brasília, na sede da Justiça Eleitoral, onde foi montado um espaço para que os técnicos possam trabalhar.

Em 2017, técnicos encontraram três falhas no sistema da urna eletrônica, conseguindo ter acesso aos dados internos do equipamento. Na época, o TSE afirmou que não havia motivo para preocupação, pois as falhas seriam sanadas antes das eleições.

O Partido dos Trabalhadores (PT) se reúne em São Paulo, neste fim de semana, para a realização do 7º Congresso Nacional da sigla. Evento, que inicia nesta sexta-feira (22), é o primeiro de grande porte do PT após a soltura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no último dia 8, em decorrência de uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que mudou o entendimento sobre a prisão após condenação em segunda instância. 

Durante o encontro, os dirigentes do PT vão alinhar os próximos passos diante da oposição ao governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que Lula já prometeu ser ainda mais ferrenho.

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Além disso, eles também vão debater sobre o estado atual da democracia e a postura do partido nas eleições municipais em 2020. 

Lula já defendeu que a legenda tenha o maior número de candidatos possíveis aos comandos dos municípios brasileiros. Contudo, a deliberação esbarra em alianças que já vem sendo costuradas como com o PSOL, para a prefeitura do Rio de Janeiro, e com o PCdoB, para a de Belo Horizonte. 

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse nesta segunda-feira (18), em coletiva de imprensa ao lado do prefeito da capital, Bruno Covas (PSDB), que não existe um "plano B" para o partido na disputa eleitoral do ano que vem em São Paulo.

"(O PSDB) Não tem plano B. Tem o plano Bruno. É só Bruno em 2020. Ele terá saúde, disposição e voto para se reeleger", afirmou o governador, que participou da primeira coletiva que Bruno Covas fez após iniciar o tratamento contra o câncer na região do estômago.

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Apesar de negar que esteja articulando sua reeleição, Covas receberá nessa segunda feira em seu gabinete a deputada federal Joice Hasselmann, pré-candidata do PSL à Prefeitura e ex-líder do governo no Congresso. O prefeito desconversou sobre o encontro, mas Doria fez elogios à parlamentar, que chamou de "amiga". "É uma pessoa de grande valor. Quanto mais perto ela estiver do Bruno mais feliz eu serei".

O prefeito também evitou falar sobre o tempo estimado do tratamento e como ele pode afetar seus planos administrativos e políticos. "Cada câncer é diferente do outro. Cada pessoa reage de uma forma. Não há como prever a segunda etapa do tratamento. Não se trata de uma discussão subjetiva, mas objetiva. Enquanto eu estiver dentro das minhas faculdades mentais e físicas sou obrigado a ser prefeito".

Covas chegou à entrevista sem a barba que tornou-se sua marca registrada. Ele explicou que tomou a decisão para se antecipar a quimioterapia. O prefeito informou que começará na semana que vem a terceira etapa da quimioterapia - com 30 horas - e só depois será decidida a segunda etapa do tratamento.

O tucano também afirmou que vai reduzir de 22 para 14 o número de empresas de administração indireta. O projeto já enviado a Câmara paulistana.

Mesmo sem ter certeza de que terá uma legenda para lançar um nome, o Movimento Brasil Livre (MBL) indicou ontem, 15, durante o seu 5.º Congresso Nacional, em São Paulo, o deputado estadual Arthur do Val (DEM-SP) como pré-candidato à Prefeitura de São Paulo. O parlamentar é conhecido por seu canal no YouTube, o "Mamãe Falei".

Apesar da indicação do MBL, o deputado do DEM encontra resistência dentro de sua própria legenda. Arthur já deu declarações públicas de que pode deixar o partido - ele tem mantido contato com outras siglas.

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A escolha de Arthur vai na contramão do discurso recente adotado pelo MBL, de baixar o tom para tentar se distanciar da polarização política do País. O movimento até convidou para o congresso dois deputados de esquerda, Orlando Silva (PC do B) e Arlindo Chinaglia (PT), que disseram não poder participar do encontro. Os dois fariam parte de uma mesa de debate que discutiria propostas para uma reforma política. Orlando afirmou que acompanharia o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), em uma agenda fora do Brasil, enquanto o petista disse estar com pneumonia.

No congresso de ontem, o MBL também decidiu que pretende indicar mais candidatos, sem priorizar capitais. Atualmente, o movimento tem representação em pelo menos 220 municípios. "Vamos participar de algumas eleições. Participaremos em São Paulo para demonstrar que acreditamos num modelo", afirmou o coordenador nacional do movimento, Renan Santos.

Ataques

O tom conciliador foi esquecido por Arthur. Ele atacou, com ironias, todos os possíveis adversários. "Com todo respeito, mas qual a história de (Bruno) Covas? Do (Fernando) Haddad eu me recuso a falar", disse. Ele criticou ainda os deputados federais Marco Feliciano (Podemos) e Joice Hasselmann (PSL) e o ex-governador Márcio França (PSB). "Feliciano está querendo. Qual o legado desse cara? Ganhar dinheiro de fiel? Temos França. Saiu da Baixada Santista para vir para cá. Por que não fica na sua região?" As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um levantamento do Instituto Paraná Pesquisas, divulgado nesta terça-feira (29), aponta que o deputado federal Daniel Coelho (Cidadania) lidera as intenções de votos para o comando da Prefeitura do Recife. De acordo com os dados da sondagem, o parlamentar aparece com 20% da preferência dos entrevistados. Daniel já concorreu duas vezes ao comando da capital pernambucana e vem sendo cotado como prefeiturável em 2020.

Em segundo lugar, vem a deputada federal Marília Arraes (PT) com 15,9% das intenções e logo depois o ex-ministro da Educação Mendonça Filho (DEM) apontado como a opção de voto de 12,4% dos entrevistados.

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Cotado como o indicado do atual prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), para a disputa, o deputado federal João Campos (PSB) aparece apenas em quarto lugar com 12,2%. João é filho do ex-governador Eduardo Campos (PSB) e é considerado a aposta pessebista para se manter no poder na capital pernambucana.

A delegada Patrícia Domingos (sem partido) também teve o nome aferido. Caso seja candidata, hoje ela receberia 9,3% da preferência dos eleitores. Patrícia era a titular da Delegacia de Combate ao Crime Organizado, extinta pelo Governo de Pernambuco. 

O deputado federal Túlio Gadêlha (PDT), que também é ventilado por aliados como opção do partido para a disputa municipal, tem, de acordo com o levantamento, 6,5%. O vereador do Recife, Ivan Moraes (PSOL), tem 2,1% e o deputado federal André de Paula (PSD) 1,7%.

O levantamento foi às ruas entre os dias 25 a 29 de outubro, ouvindo 828 eleitores. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais. 

O estudo, segundo o Paraná Pesquisas, foi registrado no Conselho Regional de Estatística da 1ª, 2ª, 3ª, 4ª, 5ª, 6ª e 7ª Região sob o nº 3122/19.

De olho nas eleições municipais do próximo ano, uma ação do Tribunal Regional Eleitoral do Estado de São Paulo (TRE/SP) em parceria com o Metrô da capital vai cadastrar a biometria dos eleitores que ainda não providenciaram o registro. O novo posto, que vai atender pessoas de qualquer domicílio eleitoral paulista, fica na Estação Anhangabaú (Linha 3-Vermelha) e funcionará de segunda a sexta-feira, de 9h30 até 17h.

De acordo com o TRE/SP, o cadastro biométrico deve regularizar a situação de 70 eleitores por dia. Cada atendimento leva cerca de 15 minutos. Em São Paulo, a biometria no título de eleitor é obrigatória e os cidadãos que não a normalizarem até o fim de 2019, terão o documento cancelado.

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Entre outras sanções como não poder votar e nem ser votado, quem não estiver em ordem com a Justiça Eleitoral não conseguirá emitir tampouco renovar passaporte.

O quadro eleitoral para a disputa nos municípios pernambucanos em 2020 está começando a ser desenhado. Além das cidades com prefeitos que podem buscar a reeleição, o Estado tem entre os 184 municípios alguns estratégicos com gestores já no segundo mandato que alimentam a possibilidade de indicar sucessores para a disputa e, até mesmo, de elegê-los. 

Um dos exemplos com este perfil é o Recife, onde o prefeito Geraldo Julio (PSB) completa oito anos de gestão em dezembro de 2020. O pessebista, apesar de pontuar vez ou outra que a eleição ainda está longe e reforçar a máxima de que a discussão eleitoral será efetuada apenas no próximo ano, já tem se movimentado nos bastidores para tentar fazer seu sucessor. 

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Até o momento, o mais cotado como o candidato da chamada “Frente Popular”, chapa majoritária liderada pelo PSB nos últimos pleitos, é o deputado federal João Campos. Eleito para a Câmara dos Deputados com mais de 460 mil votos, João ainda não admite a participação na disputa municipal, mas vem dando sinais através das constantes agendas que cumpre na capital pernambucana, visitando das periferias às áreas consideradas mais nobres. 

A considerável votação para deputado pode ser uma  vantagem para João na corrida municipal. Além disso, se os índices de aprovação da gestão de Geraldo Julio continuarem maiores do que os de reprovação, ter o prefeito como cabo eleitoral pode alavancar seu nome na cidade. Uma pesquisa recente do Instituto Opinião, divulgada pelo site do jornalista Magno Martins, aponta que Geraldo é aprovado por 52,6% dos recifenses. 

Em 2016, o prefeito do Recife foi reeleito no segundo turno, após uma disputa contra o ex-prefeito da capital João Paulo. Na ocasião, Geraldo recebeu 528,3 mil votos. 

Em outro campo político, mas também seguindo a mesma linha em busca da eleição de um sucessor indicado por ele, o prefeito de Garanhuns, no Agreste do Estado, Izaías Régis (PTB), disse que pretende decidir, até dezembro, quem será o seu candidato. O petebista adiantou ao LeiaJá que está entre o seu vice-prefeito Haroldo Vicente e o ex-prefeito da cidade Silvino Duarte, ambos do PTB.

Izaías tem a vantagem da gestão avaliada positivamente pelos garanhuenses e, em 2016, ele foi reeleito com 44,2 mil votos, mais que o dobro do segundo colocado na disputa, o deputado estadual Sivaldo Albino (PSB) - que também deve ser candidato em 2020. 

“Todos os prefeitos que estão bem avaliados e fizeram um trabalho que a população reconhece, tem o direito de escolher um nome para disputar a eleição e fazer o possível para que esse nome se elega. O trabalho de um prefeito que deu certo, se o próximo que entrar for a oposição, pode destruir. Por exemplo, o maior Natal do Nordeste é em Garanhuns, se a oposição entrar vai dizer que o Natal é de Izaías e não vai querer fazer com a mesma estrutura atrativa”, considerou o petebista.

A viabilidade turista tem tornado o comando de Garanhuns um dos mais cobiçado por diversos partidos. “Estamos trabalhando sim para fazer o nosso sucessor, não é o interesse de mandar na prefeitura, mas continuar. De que o próximo prefeito administre Garanhuns como uma empresa, como eu fiz. Com toda a crise que nós temos, todos os desastres, estamos muito bem avaliados”, declarou Izaías Régis. 

Quais fatores pesam mais?

Na avaliação do cientista político Elton Gomes, o sucesso de um indicado do atual prefeito na disputa municipal é rodeado de diversos fatores, entre eles, os aspectos de avaliação pessoal, político e econômico.

“Se tratando de política municipal, o que pesa muito são as qualidades do serviço público, como a conservação dos espaços, garantia da saúde, educação. Conta muito a situação fiscal e econômica também, pois quando se fala, por exemplo, em cidades do interior muitos eleitores dizem que vão votar no indicado porque o prefeito pagou os salários em dia. Além do alinhamento com o Governo do Estado e federal”, salientou o estudioso. 

No aspecto mais pessoal, o carisma do político também é levado em consideração, de acordo com o analista. “O carisma joga um papel de grande relevância na disputa municipal. A figura do líder carismático, uma espécie de pai dos pobres ou homem providencial é um fator muito importante”, reforçou. 

Contudo, segundo Elton Gomes, a ciência política aponta que é mais fácil para um prefeito ser reeleito do que eleger um sucessor. 

“Enquanto a reeleição é dada basicamente como certa, a sucessão costuma ser mais complexa, depende de transferir popularidade, convencer a população que não é mais do mesmo ou uma perpetuação de projeto de poder. Em geral, isso se deve a uma série de razões e também tem muito haver com o que chamamos de fadiga do material político decorrido de oitos anos seguidos de mandato”, observou o cientista. 

“A menos que o prefeito tenha construído uma excelente base de poder, a tendência é que seja eleito o grupo rival. Em geral, acontece o fenômeno de elitismo competitivo. Duas oligarquias, duas elites, seja o município pequeno, ou com mais de 200 mil habitantes, que mais ou menos se revezam no poder”, acrescentou. 

Outro aspecto que, na ótica de Gomes, pesa na disputa municipal é o chamado ‘mandonismo local’. “No interior, sobretudo do Nordeste brasileiro e do Centro-oeste, acontece o fenômeno que chamamos de ‘mandonismo local’, da lógica que se tem um chefe político que estabelece a política dinástica onde a sucessão vai passando de pai para filho. Os coronéis vão se alternando, passam o poder para seus filhos, netos, sobrinhos genros e enteados. Aí a sucessão é bastante observada”, considerou o estudioso.

O Congresso Nacional tem sessão marcada para esta terça-feira (8), às 14 horas, para análise do veto ao Projeto de Lei 5029/19, que muda regras eleitorais. A matéria foi convertida na Lei 13.877/19.

Como as eleições estão marcadas para 4 de outubro de 2020 e as mudanças eleitorais devem estar publicadas um ano antes, a aplicabilidade de qualquer dispositivo cujo veto tenha sido derrubado depois do dia 4 será decidida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

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Entre os dispositivos vetados nesse projeto destaca-se o trecho que acabava com a referência de 30% do montante destinado a emendas impositivas de bancada para a composição do fundo eleitoral.

Assim, caberia à Lei Orçamentária de 2020 definir o valor do fundo sem tomar como parâmetro esses 30% do valor global das emendas que, no projeto de lei orçamentária enviado pelo Executivo, soma R$ 6,7 bilhões. Se fosse seguido esse referencial, o total deveria ser de R$ 2,01 bilhões.

Entretanto, no projeto enviado pelo governo Bolsonaro, são destinados R$ 2,54 bilhões para as eleições municipais. Em relação ao pleito de 2018 (R$ 1,72 bilhão), o aumento proposto é de 48%.

Multas

Também foi vetada no texto a permissão para as legendas usarem o dinheiro do Fundo Partidário para pagar juros, multas, débitos eleitorais e demais sanções relacionadas à legislação eleitoral ou partidária.

O Executivo argumenta que o dispositivo “ofende o interesse público” por utilizar o fundo, com recursos de origem pública, para a defesa de interesses privados dos partidos políticos e de seus filiados.

Propaganda eleitoral

Outro ponto vetado trata do retorno da propaganda partidária gratuita no rádio e na televisão semestralmente. Essa propaganda foi extinta pela Lei 13.487/17 para economizar recursos a serem direcionados ao fundo eleitoral criado após a proibição de financiamento de campanhas por empresas privadas.

O governo argumenta que o retorno dessa propaganda provocaria renúncia de receitas de impostos a receber das emissoras, sem o cancelamento de outra despesa em valor equivalente.

O texto vetado previa propaganda no rádio e na televisão por meio de inserções diárias de 15 ou 30 segundos e de 1 minuto, em três faixas de horário.

Diretrizes orçamentárias

Na pauta da sessão constam ainda o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2020 (PLN 5/19) e 12 projetos de crédito orçamentário.

*Da Agência Câmara Notícias 

 

Em conversas reservadas, lideranças bolsonaristas de São Paulo dizem que o principal objetivo do PSL na disputa pela capital paulista é ter um candidato absolutamente leal e engajado com o projeto de poder do presidente Jair Bolsonaro.

Nesse cenário, a deputada Joice Hasselman (PSL-SP), líder do governo na Câmara, que se coloca como pré-candidata, passou a ser vista com desconfiança, devido a sua proximidade e amizade com o governador João Doria (PSDB).

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Esse foi o componente que levou ao surgimento da pré-candidatura do deputado estadual Gil Diniz, conhecido como "Carteiro Reaça", e considerado "os olhos e os ouvidos" da família Bolsonaro no Estado

"Joice se colocou como candidata, sem dar espaço para ninguém", disse Diniz em entrevista recente ao jornal O Estado de S. Paulo. Nenhum membro do clã Bolsonaro saiu em defesa da líder do governo.

O pano de fundo dessa movimentação é uma disputa silenciosa travada entre o governador João Doria e o presidente da República com vistas à eleição presidencial de 2022. Para ambos, é imprescindível que um aliado vença na capital e impeça o avanço do adversário.

No caso de Doria, um novo mandato para o prefeito Bruno Covas (PSDB) amarraria o prefeito a seu projeto presidencial, bloquearia uma possível tentativa de Geraldo Alckmin (PSDB) de disputar o governo estadual e abriria caminho para o apoio da legenda tucana à candidatura do vice, Rodrigo Garcia (DEM), ao Palácio dos Bandeirantes.

Mas seria arriscado para Doria depender apenas da tentativa de reeleição Covas. Por isso dois nomes de outras siglas já orbitam na área de influência do governador no cenário da eleição municipal: Cláudio Lottemberg, ex-presidente do hospital Einstein, e Felipe Sabará, presidente do Fundo Social de Solidariedade do Estado. Ambos são do Novo e estão no processo seletivo do partido para disputar a Prefeitura.

Os candidatos do campo "dorista" enfrentarão um candidato que luta pelo mesmo eleitorado tucano histórico: o ex-vereador e ex-ministro Andrea Matarazzo, que deixou o PSDB e migrou para o PSD.

Há ainda no campo da direita dois nomes com forte potencial eleitoral: o apresentador José Luiz Datena e Celso Russomanno (PRB). O primeiro teria que deixar a TV, e por isso desistiu de disputar o Senado em 2018. O segundo costuma largar bem nas disputas, mas despencar na reta final.

Esquerda

No campo oposto, o PT discute internamente se lança um candidato próprio ou apoia um nome que consiga reunir a centro-esquerda em uma frente anti-Bolsonaro e anti-Doria na capital. Um cenário seria apoiar Márcio França (PSB), que venceu Doria na capital na disputa pelo governo e conta com um grande recall eleitoral.

Mas, segundo aliados de França, o apoio do PT precisa ser avaliado com muita cautela, pois o antipetismo ainda é forte na capital, onde Bolsonaro venceu Fernando Haddad no 2° turno da eleição presidencial.

Diante do impasse, se acumulam pré-candidatos à Prefeitura no PT: Jilmar Tatto, Carlos Zarattini, Nabil Bonduki, Paulo Teixeira e Eduardo Suplicy.

Correndo por fora, o PCdoB já lançou Orlando Silva, em um movimento inédito na história do partido. E PSOL avalia lançar Guilherme Boulos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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