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O PSL vai concentrar os recursos dos fundos eleitoral e partidário na disputa a prefeituras em capitais e municípios com importância regional ou com mais de 500 mil habitantes. O partido do presidente Jair Bolsonaro é, ao lado do PT, o que mais vai ter dinheiro público para gastar nas eleições municipais do ano que vem. A previsão é de que a legenda tenha meio bilhão de reais e ambiciona, com isso, conquistar pelo menos dez grandes cidades, segundo o presidente do partido, deputado Luciano Bivar (PE).

Apesar de ter o posto mais alto da República e a segunda maior bancada da Câmara, o PSL ainda é "nanico" no País. Das 5.464 cidades que tiveram disputas nas eleições passadas, a legenda ganhou apenas 30. A maior é São João del-Rei (MG), que tem menos de 100 mil habitantes. "Não podemos achar que vamos ganhar em todos os lugares só porque o presidente vai estar na foto. Ele vai ser fundamental, mas temos que ter uma estratégia", afirmou Bivar.

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As duas maiores capitais, São Paulo e Rio, estão entre as prioridades da legenda e devem receber a maior fatia do bolo. Os demais gastos serão decididos em pesquisas locais e entre deputados e senadores do PSL.

O maior desafio será expandir o PSL pelo Nordeste, na avaliação de Bivar. O partido quer conquistar pelo menos uma capital na região e uma cidade importante do interior de Pernambuco, Ceará ou Bahia. "Para diminuir o poder da esquerda", afirmou ele ao jornal O Estado de S. Paulo.

Em uma reunião a portas fechadas na semana passada, Bivar ofereceu a Bolsonaro voz mais ativa na indicação de dirigentes do partido nos Estados e de nomes para disputas locais.

O dirigente não ouviu do presidente nem que sim nem que não. Apenas conseguiu a promessa de que ele gravará um vídeo para ser divulgado no dia 17 convidando interessados a se filiar ao PSL. A legenda espera aumentar de 362 mil para um milhão o número de filiados.

Família

O partido já anunciou a intenção de priorizar candidaturas próprias no Rio e em São Paulo. Nos dois Estados, caberá aos filhos do presidente a escolha do candidato. O senador Flávio Bolsonaro comanda o diretório fluminense e já escolheu onde vai gastar os recursos. Serão nove candidaturas em municípios estratégicos do interior e da região metropolitana, além da capital, onde o deputado estadual Rodrigo Amorim vai concorrer. Amorim ficou conhecido por destruir uma placa em homenagem à vereadora Marielle Franco (PSOL), assassinada no ano passado.

Em São Paulo, o diretório é comandado pelo deputado Eduardo Bolsonaro, que não decidiu o nome para a disputa da capital. A deputada Joice Hasselmann, líder do governo no Congresso, é cotada, mas está longe de ser consenso. Dois empecilhos estão no seu caminho. O primeiro seria o senador Major Olímpio, que quer fazer um nome seu no comando da capital. O segundo, mais complicado, seria o próprio filho do presidente.

Indicado ao cargo de embaixador do Brasil nos EUA, Eduardo quer deixar o deputado estadual Gil Diniz no comando da legenda em São Paulo. Gil já se mostrou publicamente contrário ao nome de Joice. O grupo político de Eduardo gostaria de ter o apresentador de TV José Luiz Datena na disputa.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O prefeito da capital fluminense, Marcelo Crivella (PRB), nomeou ontem, 2, Erick Marques Witzel, de 24 anos, filho do governador do Rio, Wilson Witzel (PSC), para o cargo de assistente na Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual da Prefeitura. A nomeação expõe a aproximação entre Crivella e Witzel, bem como as agendas em conjunto que tiveram nas últimas semanas. Interlocutores não descartam um eventual apoio do governador à campanha à reeleição do prefeito.

O PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, entretanto, cobra o apoio de Witzel ao nome que será indicado pela legenda para concorrer à prefeitura do Rio no ano que vem. A sigla, que tem 12 deputados estaduais e é a principal base do governo no Legislativo, já anunciou a pré-candidatura do deputado estadual Rodrigo Amorim para o cargo. Witzel e Amorim aparecem juntos na foto que mostra o parlamentar quebrando uma placa com o nome da vereadora assassinada Marielle Franco.

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"Wilson não tem eleitor. Teve zero votos. Foi Jair Bolsonaro que transferiu aqueles votos para ele", afirmou o vice-líder do governo na Alerj, deputado Alexandre Knoploch (PSL). "Se ele for apoiar o Crivella, vai estar até ridicularizando todos aqueles que votaram nele. Eu acredito que ele tenha caráter e seja leal àqueles que votaram nele." Segundo Knoploch, o governador garantiu há menos de um mês ao partido que irá apoiar Amorim.

O governador, por outro lado, já demonstrou interesse em se projetar nacionalmente. Em março, antes de completar 100 dias à frente do governo do Rio, Witzel externou em entrevista sua intenção de concorrer à Presidência em 2022. Ele disse ainda que havia conversado sobre o assunto com Bolsonaro, e que o presidente disse na ocasião que não pretendia se candidatar à reeleição. Em junho, no entanto, Bolsonaro falou mais de uma vez sobre a possibilidade de concorrer a um novo mandato em 2022.

"Somos uma coalizão conservadora capaz de enfrentar a esquerda colorida, a decadência e a turma de São Paulo (o PSDB, que busca palanque para o governador João Doria em 2022). Não há motivos para rompimento. Seria uma incoerência", diz Rodrigo Amorim.

No próprio PSC, partido do governador, há a possibilidade de ser lançada candidatura própria. Amorim recebeu proposta para se filiar ao partido, mas não aceitou. Para o líder do governo na Alerj e correligionário de Witzel, deputado Márcio Pacheco (PSC), a candidatura no Rio é um "caminho natural" da legenda, que, além de apostar num até então desacreditado Witzel na eleição do ano passado, lançou o hoje senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente, para a prefeitura do Rio em 2016. Isso foi antes dele se filiar ao PSL - atualmente, é o presidente estadual da legenda.

"Tenho certeza de que o PSL saberá separar a eleição municipal da questão da governabilidade na Alerj", diz Pacheco. "Estamos conversando com o Amorim, que é um player muito importante, mas o governador entende que não é hora de falar em eleição." Knoploch, porém, diz que, caso Witzel abrace a reeleição de Crivella, não terá o apoio dele na Assembleia.

Filho

A coordenadoria para a qual Erick foi nomeado afirmou que ele já trabalhava havia três meses como voluntário e agora cumprirá, como assistente, expediente de 40 horas semanais, de segunda a sexta-feira. O salário é de R$ 1.695.

O coordenador especial de diversidade sexual, Nélio Georgini, divulgou uma nota em que afirma que a contratação não se deu "pelo sobrenome", e sim "por méritos próprios, pelo ativismo público e seu engajamento em defesa da comunidade LGBT e dos direitos humanos." Erick é transsexual.

No ano passado, ele ficou meses sem falar com o pai. O rompimento se deu ainda durante a campanha, segundo Erick, por divergências políticas. Após a eleição de Witzel, o filho afirmou que "perdeu o pai" quando viu a foto dele comemorando a quebra da placa com o nome de Marielle Franco.

Em maio, ele anunciou em suas redes sociais que havia voltado a falar com o governador. Era dia dos pais, e Erick publicou duas fotos em suas redes sociais ao lado do governador. "Por esses dias eu ouvi o seguinte: 'mesmo que eu e meu pai não concordássemos em nada, eu daria tudo para tê-lo aqui perto.' Foi um tapa na cara. (...) Preciso abrir esse caminho do diálogo", afirmou, destacando que não iria abandonar os ideais em defesa da comunidade LGBT+. Na quarta-feira passada, 31, ele foi com o pai, corintiano, ver o jogo do Flamengo no Maracanã. Apareceram abraçados. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O deputado federal André de Paula afirmou, nesta sexta-feira (2), que está disposto a concorrer pelo PSD ao comando da prefeitura do Recife em 2020. O nome do parlamentar foi endossado como pré-candidato da legenda durante o ‘Encontro Democrático do PSD em Pernambuco’ que aconteceu na Assembleia Legislativa (Alepe), durante a manhã de hoje.

Alegando ter construído uma vida política sólida na capital pernambucana, André disse que foi um dos que defendeu a resolução interna do partido de disputar nas capitais e em cidades com mais de 100 mil eleitores e pontuou ser disciplinado diante das decisões internas. 

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“Como fugir a uma convocação e convite como este? Claro que a política cumpre etapas, esse é apenas o primeiro momento. Estamos colocando e todos os partidos estão colocando suas pretensões. E o que queremos é ter uma proposta para o Recife”, afirmou, apesar de afônico, em conversa com jornalistas. 

“Essa é uma oportunidade muito importante e eu encaro com responsabilidade. Estou disposto sim a cumprir essa missão se, mais a frente, ela se mostrar o melhor caminho para o partido e para o Recife”, acrescentou.

Além de Recife, o PSD já tem pré-candidaturas em Caruaru, no Agreste de Pernambuco, com Raffiê Dellon; e em Petrolina, no Sertão do Estado, com Julio Lossio, que já foi prefeito da cidade.

O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, confirmou, nesta sexta-feira (2), o deputado federal André de Paula como pré-candidato a prefeito do Recife em 2020. A eventual participação de André na disputa pelo comando da capital pernambucana no próximo pleito foi o mote principal do Encontro Democrático do partido que aconteceu na Assembleia Legislativa (Alepe), durante a manhã de hoje.  

De acordo com Kassab, que é ex-ministro do governo Temer, o deputado é o quadro ideal do PSD para a corrida pela prefeitura do Recife, mesmo hoje o partido sendo aliado do PSB que administra a gestão com o prefeito Geraldo Julio. 

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“Defendo sempre, como presidente do partido, que o melhor quadro da cidade dispute as eleições. E, de uma maneira muito respeitosa com relação aos outros quadros do partido que são qualificadíssimos, eu entendo que o melhor para disputar as eleições [no Recife] pelo PSD é André de Paula”, ressaltou, em conversa com a imprensa, antes de iniciar o evento.

Indagado sobre como ficaria a relação de aliança política com o PSB, Kassab foi lembrou a mudança na legislação para a disputa municipal e pontuou que todo o “partido grande ou que quer ser grande”, precisa concorrer nas capitais e nas cidades com mais de 100 mil eleitores. 

“A relação do PSD com o PSB é histórica, desde a nossa fundação. Uma relação harmônica, estivemos juntos em todas as eleições e agora temos um fato diferente para as próximas eleições, a legislação mudou, impede a coligação para vereadores”, observou Kassab.

“Quem não está ainda ligado na transformação entende que a candidatura é uma agressão, um rompimento, não. É fruto da mudança da legislação que impõe uma candidatura a prefeito nas grandes cidades. Como pode, um ano antes, o PSD abrir mão de ter uma candidatura? A aliança [com o PSB] pode existir, pode, mas é muito difícil, porque não há partido que consiga sobreviver se não tiver candidatura própria nas grandes cidades”, acrescentou.  

A postura de Kassab foi corroborada durante o encontro do PSD. Lideranças como o secretário estadual de Turismo e Lazer, Rodrigo Novaes; o deputado estadual Romário Dias e o ex-prefeito de Petrolina, Julio Lossio, enalteceram o nome de André de Paula.

Com um tom leve, Romário Dias disse que o PSD não poderia ficar eternamente na cauda de outros partidos e, por isso, era importante concorrer ao comando do Recife. “Não podemos ficar eternamente na cauda de outros partidos, nem ter outros partidos permanentemente nas nossas caudas. Queremos partidos fortes e que tenham compromisso com o Brasil, com seu povo e sua gente. Não vamos fugir da raia de apresentar candidato em todos os municípios”, frisou.

Já de forma mais ácida, Julio Lossio alfinetou, apesar de não citar nomes, a atual gestão da capital pernambucana e as anteriores. 

“Recife tem o ato interessante de sempre ter e eleger os melhores prefeitos do Brasil. Desde que me entendo de gente, as notícias são que Recife tem os grandes prefeitos, muitas vezes os melhores do Brasil, mas tem um paradoxo disso tudo. Recife tem o Ideb que não é o melhor do Estado; um engarrafamento terrível, não se consegue andar na cidade com alegria porque não se sai do lugar com facilidade; existe o fenômeno climático da chuva, que todo ano acontece, todo ano morre gente; uma carência de creches violenta, as mulheres não conseguem trabalhar porque falta creches para as nossas crianças; uma taxa de homicídios e roubos muito alta”, disparou. 

“Como podemos ter tantos bons prefeitos? Será que estamos avaliando bem nossos últimos prefeitos. É preciso começar a trabalhar com evidências para avaliar melhor as pessoas e seus atos. É por isso que eu acredito que Recife precisa do PSD e de André”, emendou Lossio.

Coincidência ou não, na hora em que o tom do discurso de Lossio subiu, Rodrigo Noaves - que é da gestão do PSB no Estado - deixou a mesa de honra do evento e só retornou ao local quando o ex-prefeito de Petrolina já tinha deixado o púlpito. 

Além de Recife, o PSD já tem pré-candidatos em Caruaru, no Agreste de Pernambuco, Raffiê Delon e o próprio Julio Lossio em Petrolina, no Sertão do Estado.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) publicou, nesta segunda-feira, 29, no Diário Oficial da União e em jornais de grande circulação, o Aviso de Licitação n° 43/2019, destinado à aquisição de até 180 mil novas urnas eletrônicas, que devem ser utilizadas nas Eleições Municipais de 2020. O edital da licitação já está disponível no Portal da Corte para consulta. As informações foram divulgadas pelo TSE.

Segundo a Corte, a "abertura do certame, na modalidade de concorrência, está marcada para o dia 13 de setembro, às 9h, quando a documentação e as propostas deverão ser entregues no edifício-sede do TSE (4º andar, sala A-451), localizado no Setor de Administração Federal Sul (SAFS), Quadra 7, Lotes 1/2, Brasília (DF)".

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"A licitação para a produção e o fornecimento das urnas modelo 2020 (UE2020) obedecerá ao Sistema de Registro de Preços, previsto na Lei nº 8.666/1993 (Lei de Licitações e Contratos)", diz o TSE.

De acordo com a Corte, a "demanda por compra de novos equipamentos decorre da necessidade de aprimoramento tecnológico e da substituição de parte das urnas, as de modelo 2006 e 2008, bem como da necessidade de suprir o crescimento das seções eleitorais até 2020".

"As especificações técnicas de hardware, software, segurança e modelo de design e também o detalhamento sobre a garantia e a manutenção da urna eletrônica podem ser consultados no edital do certame", afirma.

Segundo o TSE, no início de julho, antes da publicação do edital, a Corte realizou uma audiência pública que contou com representantes da sociedade civil e de empresas especializadas. Todas as sugestões e contribuições viáveis apresentadas na ocasião para aperfeiçoar o projeto básico elaborado pela Secretaria de Tecnologia da Informação (STI) foram acolhidas.

O perfil articulista do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), fez com que ele encerrasse o primeiro semestre em ascensão política e liderando - diante da falta de diálogo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) - a pauta no Congresso Nacional. 

De olho em eventuais oportunidades que devem surgir nas próximas eleições, quer seja como candidato ou forte eleitor de algum postulante, o democrata deve seguir a mesma linha de atuação no retorno das atividades parlamentares na próxima semana.

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Assim como teve papel crucial na aprovação da reforma da Previdência, em primeiro turno, a tendência é de que Rodrigo Maia também tome a frente quando a reforma tributária estiver na pauta da Câmara, por exemplo.

Na avaliação do cientista político Adriano Oliveira, a ausência de liderança por parte de Jair Bolsonaro no âmbito do Congresso Nacional deu a Maia uma abertura para que ele criasse uma “espécie de parlamentarização no Brasil”.

“Por que ocorreu a parlamentarização? Porque o presidente perdeu o poder de liderar e influenciar o Congresso e quem passa a influenciar as decisões do país e do Congresso é o próprio parlamentar, a partir de Maia. A parlamentarização evidencia o poder de Rodrigo Maia e a sua participação, por exemplo, na aprovação da reforma da Previdência”, avaliou o especialista. 

O estudioso também observou que o democrata tem, assim como o governo, uma agenda econômica para o país e quem deve convencer os parlamentares e conduzir o andamento desses projetos é ele e não a equipe de Jair Bolsonaro.

“O governo Bolsonaro tem Paulo Guedes como ministro da Economia, que propôs a reforma da Previdência, medidas no FGTS, uma privatização e a reforma tributária, mas Rodrigo Maia também tem a sua agenda que coincide, inclusive, com a de Paulo Guedes, mas quem conduz a aprovação dessas ações no Congresso Nacional é o Rodrigo Maia, não é o presidente da República negociando com o Congresso”, ressaltou Oliveira.

A postura de Maia, em contrapartida aos ataques de Bolsonaro ao Legislativo e da falta de traquejo deste, já foi elogiada por diversas lideranças políticas, entre elas, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Em ponderação recente, o tucano avaliou que estava difícil do governo “acertar o rumo”, mas “Maia brilha na escuridão celeste”. Além disso, o ex-presidente também já disse que os políticos brasileiros estão “engalfinhados na pequenez”, menos Rodrigo Maia que “se destaca pelo equilíbrio”.

Projeções eleitorais

Adotando o estilo de contraponto a Bolsonaro, mesmo estando em diálogo com o presidente, Rodrigo Maia tem cacifado seu nome para uma disputa eleitoral. Para Adriano Oliveira, o presidente da Câmara dos Deputados tem um papel “estratégico”, mas ainda é cedo para definir se ele será candidato ou não e, mais ainda, sobre qual cargo disputará. 

“Obviamente que ele terá um papel fundamental não só nas eleições presidencial, mas a de 2020 e também no governo Bolsonaro. Por que? Porque ele lidera o Congresso Nacional, sugere, dialoga, tem poder de convencimento no Congresso e aprovação do mercado. É um ator político relevante”, salientou o cientista político.

Em 2018, Maia chegou a ensaiar uma postulação presidencial, mas recuou e optou pela reeleição como deputado. Em conversa com jornalistas no último dia 14, ele considerou que prefere o papel de articulador e foi claro: "Não quero ser administrador de crise. Enquanto não organizar o Estado brasileiro, para que eu vou ser prefeito, governador ou presidente?"  

Apesar disso, ele já foi cotado como provável candidato à vice-presidente numa chapa liderada pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB), ou pelo apresentador global Luciano Huck.

O Comitê Gestor da Internet (CGI) discutiu, nesta quinta-feira (25), os desafios ao uso da internet nas eleições de 2020. Em encontro, que reuniu pesquisadores de diversas universidades do país, profissionais de tecnologia da informação, representantes de empresas do setor e de entidades de defesa de usuários, avaliou os riscos de práticas prejudiciais no ambiente online no pleito do ano que vem e quais medidas podem ser adotadas.

Segundo os organizadores, o intuito é que as propostas discutidas no evento sejam sistematizadas e apresentadas ao pleno do CGI, formado por representantes do governo federal, de pesquisadores, de empresas da área e de entidades da sociedade civil. Essa instância vai definir o que deverá ser transformado em iniciativas e projetos e o que será apresentado à população na forma de materiais, como o guia para as eleições de 2018.

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“O que nos inspirou para promover o seminário e a oficina deste ano foi a intenção de dar continuidade ao trabalho que começamos no ano passado e que se revelou oportuno e relevante, tendo em vista os graves fatos ocorridos tanto nas eleições no Brasil como em outros países, baseados em campanhas de desinformação”, explicou a advogada e integrante do CGI Flávia Lefévre.

Entre os problemas potenciais está a difusão de desinformação, termo adotado pelo órgão para designar o que é popularmente conhecido como fake news. Nas eleições de 2018, esse tipo de recurso foi utilizado em larga escala, como apontado por estudos de distintos centros de pesquisa que analisaram o pleito e pela missão da Organização dos Estados Americanos que acompanhou as votações.

Outras preocupações dos participantes do evento foram a exploração ilegal de dados de eleitores, como a compra de cadastros, e a veiculação de publicidade de formas que violam a legislação eleitoral. O uso de propaganda eleitoral fora da lei foi denunciado por veículos de imprensa e gerou questionamentos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Em 2018, o CGI reuniu especialistas para discutir o papel da internet no pleito daquele ano, o que resultou em um guia com sugestões de como os serviços na web poderiam ser bem aproveitados no contexto de disputa eleitoral.

Para 2020, os participantes destacaram a necessidade de aprender com os episódios vividos em 2018 e com as falhas detectadas na atuação dos órgãos públicos. Os desafios serão maiores considerando que o pleito do ano que vem vai ser mais fragmentado, envolvendo 5.568 municípios em 2.800 zonas eleitorais e com expectativa de até 500 mil candidatos.

Debates

Nos debates, apareceram questões sobre quais são os deveres e prerrogativas de plataformas como Google, Facebook e Twitter na gestão de conteúdos, incluindo que tipo de publicações essas empresas podem ou não remover por conta própria e o que deve ser decidido pela Justiça. No caso das notícias falsas, atualmente as plataformas já não retiram, mas em alguns casos diminuem o alcance, como faz o Facebook.

Foram apresentadas recomendações de regras que assegurem a transparência dessas plataformas e de como funcionam seus algoritmos. Isso inclui a possibilidade de pessoas entenderam o por que de determinadas decisões automatizadas (como por qual razão determinados conteúdos são mostrados e outros não) e a necessidade de alternativas para solicitar a revisão dela.

Outra preocupação surgida no evento foi como os órgãos públicos, em especial o Ministério Público e a Justiça, devem agir para fiscalizar práticas em desacordo com a lei e coibir a desinformação no geral e, especialmente, nas eleições. Os participantes também destacaram a importância de iniciativas de educação para o uso da web que ajudem as pessoas a terem uma relação mais críticas com mensagens enganosas.

 

* O repórter viajou a convite do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br)

 

A difusão de conteúdos enganosos na Internet nas disputas municipais de 2020 vem preocupando especialistas no assunto. O tema foi objeto de debate no seminário “Internet, Desinformação e Democracia”, que foi realizado nessa quarta (24) em São Paulo, promovido pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil ( CGI.br).

Criado em 1995, o comitê é responsável pela administração dos domínios “.br” e por diretrizes para o desenvolvimento da rede mundial de computadores no país. Durante o evento foram discutidas propostas para o enfrentamento de conteúdos enganosos nas plataformas digitais.

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Em sua apresentação, a advogada e integrante do CGI Flávia Lefévre manifestou preocupação com o poder das plataformas e com a capacidade econômica em escala mundial, destacando que a minirreforma eleitoral restringiu a propaganda paga na internet apenas a grandes plataformas, especialmente Facebook e Google.

Lefébvre defendeu a necessidade de criação de mecanismos que diminuam a influência do peso econômico nas redes, uma vez que candidatos com mais recursos passaram a ter mais chances de veicular anúncios nas plataformas.

Violações

O ex-ministro do Tribunal Superio Eleitoral (TSE) Henrique Neves, destacou a complexidade de tratamento das notícias falsas nas eleições de 2020, lembrando que a análise de violações na propaganda eleitoral será feita por 2.800 juízes das zonas eleitorais responsáveis pelas disputas municipais nas diferentes regiões do país. O total de candidatos, estimou Neves, deve passar dos 500 mil com as novas regras.

“A eleição municipal é muito mais complicada de ser feita do que a nacional. Você vai ter um universo menor, municípios com 20 mil pessoas, onde uma fake news pode se espalhar mais rapidamente. É importante uma qualificação para que os juízes, Ministério Público e advogados saibam lidar com o problema”, afirmou.

Facebook

O diretor de políticas do Facebook para eleições na América Latina, Marcos Tourinho, apresentou as iniciativas da empresa para “garantir a integridade das disputas eleitorais”, como têm sido implantadas em pleitos nos últimos anos e que serão adotadas em eleições deste ano, como na Argentina e na Bolívia.

Segundo Tourinho, a companhia reduz contas falsas, reduz o alcance de notícias identificadas como falsas por checadores no newsfeed e disponibilizou informações sobre anúncios políticos, como a exigência de confirmação de identidade, a disponibilização de quem pagou e que segmentos populacionais receberam as peças.

Foram atacados os incentivos financeiros para atores maliciosos, reduzindo o alcance de publicações que visam atrair usuários para sites com anúncios e mantendo centros de monitoramento para dar respostas a mensagens enganosas, de acordo com o diretor. Questionado, disse que a empresa não aprovou nenhuma nova medida para as eleições de 2020 no Brasil e que será feito um esforço em torno da diversidade e fragmentação do pleito.

Whatsapp

O pesquisador do Observatório Latinoamericano de Regulação, Meios e Convergência (Observacom) João Brant observou que o combate à desinformação nas eleições de 2020 passa pelo enfrentamento do problema no  Whatsapp. Tomando o papel da rede social no pleito de 2018, ele ressaltou que, apesar de ser uma rede social de mensagens privadas, permite a difusão em massa de mensagens, como nos grupos de até 256 integrantes, de forma obscura e utilizando o anonimato, “enterrando o debate político”.

Para evitar o uso a plataforma nas próximas eleições, o pesquisador defendeu uma série de medidas. “Em 2020, vamos ver o problema de 2018 em 5.500 municípios. As plataformas têm responsabilidade e têm que atuar, garantindo transparência. É preciso, por exemplo, mudar o padrão de autoria no Whatsapp, viabilizar a identificação de responsáveis por mensagens que violem os códigos Penal e Civil e constranger práticas reincidentes de desinformação.”

É certo que falta mais de um ano para as eleições municipais de 2020, mas os partidos já começam a dar sinais de movimentações em prol das disputas nas 185 cidades pernambucanas. Ainda que seja apenas nos bastidores e o discurso oficial expresse máxima conhecida: “2020 só em 2020”, diversas legendas começaram a colocar em prática um plano para angariar mais filiados e encorpar o quadro interno visando futuras candidaturas e eventuais alianças políticas.

Presidente do MDB em Pernambuco, o deputado Raul Henry detalhou ao LeiaJá que a estratégia de novas filiações para a corrida municipal deu certo no último pleito municipal e fez com que o partido crescesse no Estado. Agora, eles pretendem repetir a medida para preparar o MDB para em 2020 ter um grande número de postulantes.

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“Primeiro a gente vai ter uma estratégia para o próximo ano que é lançar candidatos a prefeitos no maior número possível de municípios, foi assim que a gente fez em 2016 e deu certo. Tivemos muitos candidatos que nunca tinham disputado eleições, entraram no partido, e pela representatividade que tinham nas cidades se elegeram prefeitos”, afirmou. 

O PSDB é outro partido que vem se articulando. De acordo com a presidente da legenda em Pernambuco, a deputada estadual Alessandra Vieira, os tucanos pretendem “apresentar à sociedade um número recorde de candidaturas investindo também em renovação, novos quadros para o partido”.

“Vamos apoiar prioritariamente os prefeitos que decidirem concorrer à reeleição e também apoiar novos nomes para ampliar a presença do partido em todas as regiões do Estado, sem esquecer do fortalecimento da participação feminina na disputa municipal”, detalhou Alessandra.

O fortalecimento interno do partido também é um discurso que vem sendo utilizado constantemente pelo presidente estadual do PSB, Sileno Guedes. Segundo ele, a discussão efetiva sobre a disputa se dará apenas no próximo ano. “O PSB é um partido que tem uma presença no Estado como um todo e esse ano é um ano de planejamento. A gente está sim falando de eleição, mas como forma de fortalecer o partido para o ano que vem”, frisou.

As candidaturas

Em Pernambuco, a 'menina dos olhos' de diversas siglas é a capital Recife, mas não só ela, outras cidades estratégicas como Jaboatão dos Guararapes, Caruaru, Olinda e Petrolina são vistas como prioridades pelas siglas, mas pouco se fala sobre as postulações. 

No Recife, em dezembro de 2020, o PSB completará oito anos à frente da prefeitura e, apesar de não assumir oficialmente, eventuais sucessores do prefeito Geraldo Julio (PSB) atuam para viabilizar suas candidaturas. Até o momento, o principal prefeiturável pessebista é o deputado federal João Campos, filho do ex-governador Eduardo Campos, que já se tornou, inclusive, alvo da oposição. 

Sobre a eventual postulação, João Campos desconversa sempre que questionado e ressalta que este ano vai dar conta do seu mandato federal. “Próximo ano também. O debate eleitoral o PSB faz em ano de eleição. Esse ano é de trabalho. E no debate eleitoral não vou pensar em mim”.

Atual aliado do PSB no Recife, o MDB também pode concorrer ao comando da capital. Há rumores de que Raul Henry dispute o cargo, mas sobre isso ele disse que vai fazer o debate na “hora oportuna”. “Se o meu nome for convocado para uma missão em nome de um conjunto amplo de forças políticas, não descarto essa possibilidade. Mas o momento de discutir isso não é esse. O Brasil está vivendo um momento de muita dinâmica, não sabemos o que vai acontecer no dia seguinte. É até uma falta de respeito com a sociedade estarmos discutindo candidaturas em uma hora como essa”, ponderou.

Dentro do MDB, inclusive, há quem torça pela quebra da aliança com o PSB, como o senador Fernando Bezerra Coelho, mas ele argumenta que “quem vai definir a política de alianças e onde terá ou não candidatos é a Executiva e o deputado Raul Henry conduzirá esses trabalhos”. 

Também da lista de aliados, o PDT é outro que tem ventilado um nome para a disputa. O presidente nacional, Carlos Lupi, já declarou o desejo de que o deputado federal Túlio Gadêlha postule o cargo. No Estado, Túlio descarta a candidatura, e, apesar de considerar Recife prioridade, o presidente local da sigla, deputado Wolney Queiroz, diz que está cedo para debater sobre o assunto.

Ainda no campo das alianças oficiais do PSB, o PT deve avaliar a participação na corrida municipal. Em balanço feito em junho pelo Grupo de Trabalho Eleitoral do partido, apontou a deputada federal Marília Arraes como alguém com grandes chances de vencer o pleito e fazer com que a legenda retomasse o protagonismo no Executivo da capital, que administrou por 12 anos com os ex-prefeitos João Paulo e João da Costa. Marília já chegou a dizer que está disponível para concorrer. 

Já na oposição, o PSDB admitiu que quer ter candidatura própria. “A nossa intenção é ter em Recife candidatura própria. O PSDB tem história e muitos serviços prestados ao Brasil e a Pernambuco e, com certeza, apresentará ao Recife um modelo de gestão eficiente e voltado para as pessoas”, adiantou a presidente Alessandra Vieira.

Quando questionada sobre nomes, ela alega que “o momento agora é de definir as propostas e projetos que serão apresentados aos recifenses”. Se não for protagonista de uma chapa, o PSDB pode integrar um grande bloco de oposição, como vem sendo defendido por lideranças municipais, para desbancar o PSB.

Presidente estadual do PRB, o deputado federal Silvio Costa Filho, que concorreu em 2014 à vice-prefeito do Recife, disse que vai começar, a partir de agosto, a conversar sobre 2020 com PSDB, DEM, PSC, Podemos, PSL e outros partidos, inclusive, que hoje compõem a base governista. “Eu quero disputar, mas não quero fazer disso uma decisão pessoal”, admitiu Silvio Filho nesta semana ao tratar do assunto em entrevista a uma rádio local.

Outros partidos como o Cidadania, de Daniel Coelho, o PSOL, de Ivan Moraes, o DEM, de Priscila Krause, e o PSC, de Renato Antunes e Wanderson Florêncio, ainda integram de eventuais prefeituráveis na capital Pernambucana. O detalhamento dessas articulações e as confirmações, ou não, as legendas têm até junho de 2020 para definir. O primeiro turno das eleições municipais está marcado para 4 de outubro do próximo ano. 

Segundo colocado na disputa presidencial do ano passado, Fernando Haddad (PT) disse em entrevista à jornalista Miriam Leitão, da Globonews, que não vai ser candidato a prefeito de São Paulo no ano que vem. Ele ocupou o cargo de 2013 a 2016.

Haddad disse que a missão dele é, conjuntamente com o PT, de preparar as bases para a eleição de 2020. "O PT está passando um ano de se repensar. Vai ter um Congresso Nacional, vai se reposicionar, fazer balanço dos governos, acertos e erros, futuro", afirmou.

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Ao citar as conversas sobre o futuro, Haddad diz que tem como projeto a reunião de um "centro progressista".

Desta espécie de aliança informal, fazem parte o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), o ex-governador da Paraíba Ricardo Coutinho (PSB) e o ex-candidato a presidente Guilherme Boulos (PSOL).

O petista falou ainda em contatos com a Rede e com setores do PSDB, que, segundo ele, estão insatisfeitos com a "guinada à direita" da sigla.

O MDB de Pernambuco realizou, neste sábado (6), a Convenção Estadual para a eleição do novo Diretório. O evento, na realidade, cumpriu mera formalidade porque apenas uma chapa concorre ao pleito e ela reconduz ao posto de presidente o deputado federal Raul Henry. 

Pregando a unidade, o partido também reúne na chapa única os senadores Jarbas Vasconcelos e Fernando Bezerra Coelho que ocupam os cargos de primeiro e segundo vogais, respectivamente. Além do deputado estadual Tony Gel que ficará como terceiro vogal. 

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A participação deles na direção é significativa e aparenta marcar um ponto final nas brigas e disputas internas entre a ala aliada a Fernando Bezerra e a de Jarbas e Raul Henry. Em 2018, FBC tentou assumir o comando do partido para deixá-lo na oposição ao governador Paulo Câmara (PSB) na disputa estadual, mas uma decisão judicial negou a transferência da presidência do partido, minando os planos de Bezerra de concorrer ao cargo de governador, e o MDB seguiu no palanque que garantiu a reeleição de Paulo. 

Apesar do desgaste anterior, neste sábado o clima de confraternização entre eles antes dos discursos foi notável. Jarbas, Henry, FBC e Tony Gel se mostraram em unidade. O ex-governador Roberto Magalhães, que esteve na convenção, não escondeu a alegria de ver Henry e Bezerra Coelho no mesmo partido e, segundo ele, sem brigas. Além de Magalhães, o deputado estadual Antônio Coelho (DEM) e a ex-deputada Terezinha Nunes (PSDB) também estiveram no evento. 

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A unidade

Lado a lado na mesa de honra da convenção, Raul e Fernando Bezerra Coelho atribuíram a boa convivência entre eles ao intermédio de Jarbas Vasconcelos que aparou as arestas e articulou um arrefecer dos ânimos entre os dois.

“O que estamos hoje aqui fazendo se deve a um gesto de Jarbas. Na política somos cativados pelos gestos e apesar de ter havido desencontros no passado recente, quando chegou à Brasília ele foi capaz de enxergar o presente e o futuro. Eu me encontrava em uma situação que para avançar precisaria do apoio do MDB no Senado e a pessoa que poderia havalizar minha posição era Jarbas, ele deu uma palavra firme e solidária. Essas coisas temos que carregar sempre no nosso coração”, contou Fernando Bezerra. 

Diante de uma plateia emedebista, Bezerra emendou: “acreditem, estou feliz de estar aqui e me colocar à disposição de Raul Henry como nosso líder no Estado para que possamos fazer crescer o MDB e assumir um papel de protagonismo importante em Pernambuco e no Brasil”. 

Seguindo a mesma linha, Raul enalteceu a história do MDB estadual dando a Jarbas o título de “símbolo que nos guia e nos inspira”. Além disso, o presidente do partido também ponderou que o diretório elegido em chapa única contemplava critérios de representatividade dentro da legenda e não o fato de ser amigo dele ou de Jarbas. 

Já sobre o imbróglio vivido com Fernando Bezerra em 2018, Raul minimizou e disse que era momento de virar a página. “É público que tivemos uma divergência no ano passado, uma grande luta que saiu do plano político e foi para o jurídico, inclusive, mas o senador Fernando Bezerra teve um gesto de grandeza, assim como Jarbas. Ele nos procurou e propôs uma convivência pacífica. Virar a página do passado. Política não se faz com ressentimento. Política precisamos fazer pensando no futuro. Quero recebê-lo de portas abertas”, observou. Os dois também pregaram o fortalecimento do partido para 2020.

Veja a lista com a nova Executiva MDB (2019-2021)

Presidente: Raul Henry

1º Vice-presidente: Fernando Dueire

2º Vice-presidente: Alexandre Ferrer

3º Vice-presidente: Marta Guerra

Secretário-geral: Bruno Lisboa

Secretário-geral adjunto: Murilo Cavalcanti

1º Tesoureiro: Gustavo Carneiro Leão

2º Tesoureiro: Gabriel Cavalcante

1º Vogal: Jarbas Vasconcelos

2º Vogal: Fernando Bezerra Coelho

3º Vogal: Tony Gel

4º Vogal: Petrônio Siqueira

Com quase 40 anos de vida pública, o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB) tem consolidado seu protagonismo político e ampliado o espaço do clã dos Coelhos em Pernambuco ao longo dos anos. O sucesso é inegável com o senador ocupando a liderança do governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) no Senado e seus três filhos com mandatos eletivos: Fernando Filho (DEM) é deputado federal, Antônio Coelho (DEM) deputado estadual e Miguel Coelho (sem partido) prefeito de Petrolina, no Sertão de Pernambuco. Mas a custo de que isso se deu?

FBC, como é chamado, foi um ator político volátil nos últimos anos. Seu perfil articulista e pragmático, segundo avaliações de estudiosos da ciência política, possibilitaram a ele, no âmbito federal, a estar sempre do lado governista - exceto durante o hiato de 2014 a meados de 2016, quando se colocou em oposição à então presidente Dilma Rousseff (PT), de quem, inclusive, chegou a ser ministro.

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Sim, Bezerra Coelho esteve ao lado dos últimos dois presidentes: Dilma Rousseff e Michel Temer. Com Dilma, ele foi ministro da Integração Nacional de 2011 a 2013, quando o PSB, seu partido à época, resolveu concorrer à Presidência da República com o ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos - que faleceu durante a campanha eleitoral de 2014. Na oposição a petista, ele votou favorável ao impeachment  da sua ex-chefe, argumentando na ocasião que “o governo se isolou, abandonou o caminho da concórdia, preferiu o caminho do enfrentamento e perdeu o apoio que precisava”.

Já após o impeachment, no governo Temer ele também chegou a exercer o papel de líder e vice-líder governista no Senado e teve Fernando Filho ocupando o cargo de ministro de Minas e Energia. A defesa ferrenha que passou a fazer do agora ex-presidente, a partir de meados de 2016, foi um dos motivos que fez Fernando Bezerra deixar o PSB, que se declarou opositor a Temer, em setembro de 2017 e voltar ao MDB, partido que já foi filiado na época na Assembleia Constituinte.

Com papéis estratégicos seja ao lado de Dilma, Temer ou Bolsonaro uma coisa é certa, durante diversas visitas presidenciais ao Estado desde 2011 os pernambucanos viram Fernando Bezerra Coelho em todos os palanques, elogiando ou arrancando elogios. A mais recente passagem presidencial por Pernambuco, inclusive, partiu de uma articulação dele. No último dia 24, Jair Bolsonaro cumpriu sua primeira agenda na região Nordeste desde que assumiu o comando do país após um apelo do seu líder no Senado, a quem o presidente já chamou de “cabra da peste” - expressão popular nordestina usada para classificar pessoas valentes e corajosas.

“Fernando Bezerra Coelho tem esse perfil articulador que explica muito dessa participação dele em diferentes governos e momentos da história do país. Ele tem o perfil de ser esse político que tem essa visão de articulação, de construção de grupo político; inevitavelmente foi alguém que soube ter a visão estratégica de antever o que estava se avizinhando, em termos de mudança de comportamento eleitoral do Brasil”, considerou a cientista política Priscila Lapa ao analisar a postura do senador nos últimos anos.

De acordo com Lapa, FBC “conseguiu se conectar com esse sentimento de mudança e fez as articulações necessárias, pulando do barco do PT na hora correta, na hora que ele achou que o barco estava naufragando e automaticamente participando da construção desse grupo político que hoje está aí como a grande força política do país”.

Liderança x confiabilidade

A volatilidade e o pragmatismo de Fernando Bezerra Coelho são notórios. Nos bastidores da política ele já chegou a ser visto, por antigos pares, como alguém que “nasceu para ser governista”. Sua postura, contudo, pode ser de sucesso agora, mas na ótica da cientista política não há garantias de que isso se perdurará.

“Do ponto de vista de olhar a política como estratégia e possibilidade de negociação entre atores a postura dele é comum, mas quando a gente traz para a discussão outros elementos, sobre como o cidadão vê isso, as pessoas veem esse tipo de postura não como o normal da política, elas veem como traição a princípios e valores, um esvaziamento ideológico que sem dúvida existe”, argumentou Lapa.

“Se por um lado fortalece ele, que tem a facilidade de navegar nos diversos partidos e caminhos exatamente por essa isenção de uma agenda mais ideológica, por outro lado isso o fragiliza, o coloca em uma condição de ‘Maria vai com a as outras’, de que não tem fidelidade aos seus princípios políticos. Então para o momento atual representa uma fortaleza, mas isso lá na frente pode representar justamente a fraqueza. Ele acaba se tornando uma liderança reconhecida, mas pouco confiável”, acrescentou a estudiosa.

Impacto eleitoral

Apesar da incerteza futura - pulando do leque de alianças do PT, migrando para o MDB e agora defendendo Jair Bolsonaro - Fernando Bezerra Coelho tem pavimentado ainda mais o caminho para as disputas eleitorais de 2020 e 2022. Como líder do governo, ele tem facilitado o aporte de recursos federais em Petrolina, seu reduto eleitoral, e há uma expectativa positiva para a recondução do seu filho, Miguel, no comando da prefeitura da cidade sertaneja em 2020.

Já para 2022, se o governo Bolsonaro tiver sucesso, ele cacifa seu nome para finalmente concorrer ao Governo de Pernambuco, desejo que vem reprimindo desde 2014.

“Ele já desenhou isso para as eleições de 2018 aqui no âmbito do Estado, de ser um grupo alternativo, ele puxou o cordão de oposição ao PSB e do poder central em Pernambuco”, ponderou Priscila Lapa, ressaltando ainda que de todas as lideranças pernambucanas que ascenderam nos últimos anos no âmbito federal, Fernando Bezerra foi quem conseguiu se manter firme e com protagonismo.

A dúvida, entretanto, é se Fernando Bezerra Coelho, estando no MDB, vai conseguir levar para o campo de oposição ao PSB em Pernambuco nomes como os do senador Jarbas Vasconcelos e do deputado federal Raul Henry, caciques emedebistas no Estado e aliados de primeira hora do governador Paulo Câmara (PSB).

Os rumores de que o deputado federal João Campos (PSB) será o candidato indicado pelo prefeito Geraldo Julio (PSB) à sucessão têm crescido e junto com eles também aumentaram as críticas ao parlamentar. Em reação, o filho do ex-governador Eduardo Campos disse que parte da oposição fica “incomodada” com a forma dele fazer política.

“Já disse várias vezes que faço política nas ruas… Então vou trabalhar com o povo e prestar contas do meu mandato. Agora a gente só conhece a realidade do nosso município e do Estado se andar. Isso incomoda muita gente da oposição que não é acostumado a fazer política dessa maneira”, declarou.

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Uma das alfinetadas mais recentes contra o pessebista partiu do deputado estadual Wanderson Florêncio (PSC) que deixou a base governista estadual sob a justificativa de que o PSB estaria agindo em função de cacifar o nome de João para a disputa.

Florêncio, que também é apontado como um eventual candidato ao comando da prefeitura do Recife, chegou a dizer que “o 11º andar da Prefeitura virou um comitê eleitoral de uma campanha antecipada, onde todos os despachos só têm o sentido de pavimentar a candidatura de João Campos”.

Ao ser questionado sobre a crítica, João foi irônico. “Fiz a minha pré-campanha andando pelo Estado e depois da eleição talvez eu tenha sido o único que saiu percorrendo o Estado para agradecer. Mais uma vez estou na rua e vou continuar na rua. Se tem gente que prefere fazer seu mandato no gabinete ou só sabe falar na tribuna, eu vou fazer na rua; quem me colocou lá como o mais votado da história de Pernambuco foi o povo”, reforçou.

Já sobre a eventual candidatura municipal, o deputado pessebista ressaltou que este ano vai dar conta do seu mandato federal. “Próximo ano também. O debate eleitoral o PSB faz em ano de eleição. Esse ano é de trabalho. E no debate eleitoral não vou pensar em mim”, disse João Campos.

Apesar das eleições municipais serem apenas em outubro de 2020, as articulações internas dos partidos para a disputa já iniciaram - mesmo que sem tanta exposição. O presidente do PDT em Pernambuco, deputado Wolney Queiroz, afirmou que a prefeitura do Recife é uma das prioridades da legenda, assim como as demais cidades pernambucanas com mais de 200 mil habitantes.

“O partido está mobilizando o maior número de candidatos. Há uma direção nacional para que a gente dispute nas cidades com mais de 200 mil eleitores e o partido onde tiver chances e construção deve concorrer”, disse em conversa com à reportagem do LeiaJá. Ao ser questionado se Recife seria uma delas, ele asseverou: “Recife é sempre prioridade”.

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A eventual candidatura, contudo, segundo Wolney depende da conjuntura de cada cidade. “Na eleição passada o partido já tinha essa deliberação, no entanto nós optamos por fazer uma aliança com Geraldo Julio. As vezes não é possível construir uma candidatura”, ressaltou o deputado. Hoje PDT e PSB são aliados.

Ao ser indagado sobre possíveis nomes para a disputa na capital, o presidente do PDT desconversou. “Está muito cedo, temos que discutir isso internamente para em junho do ano que vem decidirmos o caminho melhor”, disse.

Ainda que Wolney Queiroz não tenha detalhado nomes, há especulações de bastidores que o candidato pedetista a prefeito do Recife seria o deputado federal Túlio Gadêlha. O nome dele já foi apontado, inclusive, pelo presidente nacional do partido, Carlos Lupi.

Túlio despontou nas eleições em 2018 como retrato de nova política no Congresso Nacional, sendo eleito com mais de 75 mil votos. Sobre a disputa municipal, ele já chegou a dizer que não é seu foco no momento.

Briga de liderança

O alcance eleitoral de Túlio e as articulações protagonizadas por ele para renovar o quadro de filiados ao PDT, uma vez que tem liderado campanhas de filiação de jovens, também já gerou outra especulação: a de que ele estaria agindo para destituir Wolney da direção estadual.

Os rumores aparentemente não preocupam o filho do deputado estadual José Queiroz (PDT). “Não me preocupo. Temos um trabalho de muitos anos, sou filiado ao PDT desde 1992, estou no sétimo mandato e fazendo meu papel em sintonia com Carlos Lupi e Ciro Gomes”, disse Wolney Queiroz.

“Essa é a coisa mais importante, normalmente essas discussões são mais ressaltadas do que a verdade. Não Tenho nenhum, problema com Túlio, ele faz o mandato dele e eu faço o meu e a gente vai trabalhar em sintonia”, acrescentou.

O Partido Trabalhista Cristão (PTC) se reuniu no Recife para dar posse à nova diretoria que vai comandar a legenda na capital pernambucana. O vereador do Recife Eriberto Rafael perde o comando da sigla e assume o empresário e jornalista Joaquim Oliveira, filho do vereador Hélio Guabiraba (PRTB).

Mais do que isso, o encontro que foi realizado no plenarinho da Câmara do Recife serviu para reforçar a todos os filiados presentes que a estratégia será sempre o fortalecimento do partido. Para isso, a sigla tem duas grandes apostas: a vice-prefeita de Camaragibe, Nadegi Queiroz (PTC), que deve disputar a vaga de prefeita da cidade intensificando ainda mais a briga já travada com o prefeito Demóstenes Meira (PTB).

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Nadegi, na ocasião, chegou a dizer que apenas “por enquanto” é vice-prefeita da cidade. “É difícil juntar pessoas que tenham envolvimento com a nossa cidade como e com o nosso estado e eu, se Deus quiser, estarei em Camaragibe, por enquanto como vice-prefeita, mas que seja feita a vontade do senhor, nós estaremos naquela cidade para a gente possa mostrar como o partido com pessoas de bem pode conquistar espaço. O PTC pode contar sempre comigo e vai ter um espaço muito especial naquela cidade, se Deus quiser, e eu sei que ele quer”, afirmou.

Segundo o PTC, a pretensão é eleger ao menos 200 vereadores no pleito vindouro somente em Pernambuco. No Recife, a missão é eleger ao menos 4 vereadores. A estratégia também está sendo montada para ganhar as prefeituras e, em 2022, conquistar mais cadeiras na Câmara Federal. Outra aposta é o pastor Jairinho, hoje sem partido, mas que já iniciou um namoro com o PTC: ele disputou, na eleição passada a vaga de senador por Pernambuco e teve mais de 190 mil votos.

*Da assessoria de imprensa

Os rumores de que a deputada federal Tabata Amaral (PDT) teria aceitado ser candidata do partido para a prefeitura de São Paulo foram negados por ela, nesta quarta-feira (15), por meio de nota. Tabata, que vem se destacando no Congresso Nacional, disse no texto que seu compromisso é de cumprir os quatro anos do mandato para o qual foi eleita em 2018.

“A deputada Tabata Amaral reitera seu compromisso de cumprir integralmente seu mandato de quatro anos na Câmara dos Deputados. Trata-se de veiculação mentirosa, portanto, as notícias que dizem o contrário”, observa o texto. “Seu trabalho tem como foco a renovação de seu partido no Estado, não cogitando disputar o próximo pleito à Prefeitura de São Paulo”, acrescenta.

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Nessa quarta-feira (14), notícias apontam de que o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, teria como foco a candidatura de Tabata para o comando municipal de São Paulo. “Eu convidei. Ela tem mostrado resistência, mas estou insistindo”, disse Lupi. A última vez que o PDT lançou candidato na capital paulista foi em 2012.

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) se reuniu, nesta sexta-feira (10), com o apresentador José Luiz Datena. O filho do presidente da República afirmou que o encontro serviu para tratar da eventual filiação de Datena ao PSL. Atualmente, o apresentador é filiado ao DEM, mas já pontuou que pretende deixar a legenda.  

“Está tudo em aberto e torcemos para que uma pessoa reconhecida pela defesa da segurança pública venha e enaltecer os quadros do PSL-SP”, disse Eduardo, que também é presidente do PSL de São Paulo.

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Datena vem sendo ventilado como prefeiturável para a capital paulista. Além do PSL, ele tem travado articulações com o PP. Sobre a candidatura, o apresentador disse recentemente que só vai anunciar se tiver certeza. “Se me apresentar como pré-candidato, é porque vou até o fim”, disse. Em 2018, Datena chegou a dizer que concorreria ao Senado, mas recuou.

O PT avalia lançar a professora Ana Estela Haddad, esposa do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, como candidata a prefeita da capital paulista em 2020. A informação foi divulgada pelo jornal Folha de São Paulo, nesta terça-feira (2). Segundo a reportagem, os dirigentes da legenda devem encontrar com ela nas próximas semanas para apresentar a proposta.

Ana Estela é vista como uma opção de peso, porque na campanha de Haddad ela ocupou um espaço de destaque, é observada como um quadro novo do PT e quando foi primeira-dama de São Paulo, entre 2013 e 2016, foi considerada atuante. Entre os demais cotados do PT para a disputa estão os deputados federais Carlos Zarattini e Paulo Teixeira, além do ex-deputado Jilmar Tatto.

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De acordo com a matéria, contudo, Ana Estela tem evitado falar sobre o assunto e, para aliados, Haddad tem manifestado reticências sobre a eventual candidatura e teme uma vinculação negativa dos dois. A mulher do ex-prefeito chegou, inclusive, a ser convidada para disputar um cargo legislativo no ano passado, mas não aceitou.

Entre os demais cotados para a disputa pelo cargo em São Paulo, estão o ex-governador Márcio França (PSB), a deputada estadual Janaína Paschoal (PSL), a deputada federal Joice Hasselmann (PSL), o ex-ministro Henrique Meirelles (MDB) e o atual prefeito Bruno Covas (PSDB).

O Partido Democrata dos Estados Unidos passa no momento por uma crescente briga interna em torno de dados de eleitores vistos como cruciais para aumentar o comparecimento às urnas à medida que se aproximam as eleições presidenciais de 2020, apontam correspondências vistas pelo Wall Street Journal.

A legenda enfrenta dificuldades para se equiparar aos esforços dos republicanos para coletar e armazenar dados de eleitores que permitem a políticos direcionar com precisão a sua comunicação com o eleitorado. Uma rixa entre o Comitê Nacional Democrático (DNC, na sigla em inglês) e os diretórios estaduais do partido sobre como lidar com esse processo está ameaçando a unidade partidária ao passo que o período de primárias se aproxima e os candidatos se voltam a listas de eleitores para tentar amealhar apoio.

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Sob a atual configuração, diretórios estaduais coletam os dados e o DNC cobre os custos de organizar e analisá-los.

Os democratas querem robustecer os conjuntos de dados, acrescentando informações como endereços de e-mail, contas em mídias sociais e números de celular. O DNC propôs imitar o projeto de dados do Comitê Nacional Republicano (RNC), criando uma célula separada para armazenar a informação e licenciá-la a todos os membros do partido e aliados, incluindo grandes financiadores e outros grupos externos.

Mas, em um e-mail na sexta-feira, 14, o presidente da Associação dos Comitês Estaduais Democratas, Ken Martin, sugeriu rejeitar o plano do diretório nacional, propondo aos seus correligionários na esfera dos Estados que isolem totalmente o DNC e trabalhem com a TargetSmart, uma empresa privada com quem já têm uma relação financeira existente. A companhia paga uma comissão aos diretórios estaduais toda vez que eles licenciam os dados brutos de eleitores a outros clientes.

O presidente do DNC, Tom Perez, respondeu ontem em um longo e-mail aos presidentes estaduais e diretores executivos, soando o alarme contra a alternativa de Martin. "Por alguma razão inexplicável, essa proposta rasgaria tudo sobre a nossa atual estrutura de dados, revertendo tanta coisa do progresso que fizemos ao longo da última década", escreveu Perez. "Em resumo, estamos perplexos e incrédulos por essa proposta."

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