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O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, anunciou que o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, filiou-se ao partido nessa sexta-feira (6), último dia, de acordo com a legislação eleitoral, para o ingresso nos partidos de pretensos candidatos ao pleito em outubro. O ministro aposentado é cotado como opção do PSB para concorrer à Presidência da República.  

Apesar de não tratar diretamente de candidatura, segundo Siqueira, com a entrada de Barbosa se “inicia a construção de uma trajetória comum, pautada sempre pelos melhores interesses do Brasil, e de sua gente -- tão necessitada de esperança, em uma época que tem se mostrado dificuldades extraordinárias”. 

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A expectativa dentro do PSB é grande com a filiação do ex-presidente do STF. Líder da bancada do PSB na Câmara Federal, o deputado Tadeu Alencar (PE) acredita que está na hora do país ter um presidente negro.

“Pela primeira vez temos a possibilidade de ter um presidente da República, nós que já tivemos um sociólogo, um operário, uma mulher, é em boa hora, um sinal de maturidade democrática, ter um negro na Presidência da República. Temos no país um racismo disfarçado, que vejo com muita preocupação”, ressaltou, em conversa com o LeiaJá.

Sob a ótica de Tadeu, “a grande preocupação” diante do debate presidencial é “ter uma liderança democrática e possa trazer um consenso mínimo” e Joaquim Barbosa tem essas qualidades. “Temos uma grande admiração pelo ex-ministro, pelo seu espírito público, quando ocupou cargos de relevo. É alguém que traz uma identidade com compromissos históricos do partido, o partido de Arraes, Mangabeira e tantos outros que estiveram ao lado das melhores causas do país”, salientou.

Um tribunal russo condenou o ex-ministro da Economia Aleksey Ulyukayev por pegar uma propina de US$ 2 milhões, em um julgamento que lança luz sobre as disputas entre as elites no poder. Um magistrado em Moscou afirmou que Ulyukayev aceitou a propina em troca da aprovação da venda da companhia petrolífera estatal PAO Rosneft, a maior do setor no país.

Ulyukayev afirma ser inocente e disse que era perseguido pelo executivo-chefe da Rosneft, Igor Sechin, um confidente do presidente Vladimir Putin. O réu disse acreditar que uma mala que continha o dinheiro, dada a ele por Sechin em uma operação monitorada da polícia, contivesse na verdade vinho. Em declaração na semana passada, Ulyukayev qualificou o caso como "uma provocação monstruosa e cruel".

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Sechin disse à televisão estatal que Ulyukayev "havia exigido um pagamento ilegal para seu trabalho regular", o que "é um crime".

Promotores pediram dez anos de prisão para Ulyukayev e uma multa de 500 milhões de rublos (US$ 8,7 milhões). Não está ainda claro, porém, quando o juiz anunciará a sentença. Os advogados de defesa prometeram apelar, segundo a agência de notícias Interfax.

Sechin é um veterano dos serviços de segurança russos, que aumentou seu poder nos últimos anos, ao tornar a Rosneft uma das maiores companhias do mundo no setor de petróleo, com a compra de empresas menores. O executivo desafiou o tribunal ao não comparecer para prestar testemunho. Em entrevista coletiva na quinta-feira, Putin disse que Sechin não fez nada errado ao não comparecer. Fonte: Dow Jones Newswires.

A psicanalista Eliane Berger, mulher do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, faleceu na madrugada deste domingo, dia 12 de novembro, após luta de vários anos contra o câncer. Nos últimos dias, houve piora do quadro de saúde e fora registrada falência múltipla dos órgãos.

Guido Mantega e Eliane Berger eram casados há quase duas décadas e a doença foi detectada ainda quando o economista ocupava o cargo de ministro da Fazenda.

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Nesta quinta-feira (13), o Ministério Público Federal (MPF) solicitou novo pedido de prisão preventiva do ex-ministro baiano Geddel Vieira Lima (PMDB-BA). O político havia sido preso no dia 03 de julho por obstrução à justiça, mas teve seu pedido de prisão domiciliar aceito pelo desembargador Ney Bello, do 1° Tribunal Regional Federal (TRF). Geddel iria deixar o complexo penitenciário da Papuda na última quarta (12), em Brasília, e usar tornozeleira eletrônica.

De acordo com o MPF, Geddel tentou obstruir uma delação inédita do doleiro Lúcio Funaro. Ainda segundo o órgão, o pemedebista estava agindo para impossibilitar acordo entre Funaro e o Ministério, alegando que possuía influência criminosa sobre o poder Judiciário.  A defesa de Geddel negou que o político tenha tentado impedir, em conversa, o acordo entre o doleiro e o MPF.

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O novo pedido de prisão preventiva será avaliado pelo juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal em Brasília. Geddel deve deixar a Papuda e usar tornozeleira eletrônica, enquanto aguarda a decisão do magistrado.

Atraso

Por decisão do desembargador Ney Bello, Geddel deveria deixar Papuda, usando tornozeleira eletrônica. No entanto, a falta do acessório no Distrito Federal estaria atrasando a liberação do ex-ministro, que aguarda em complexo penitenciário. "O documento condiciona a liberação dele ao uso de uma tornozeleira eletrônica. Como o Distrito Federal ainda não dispõe do equipamento para instalação no custodiado, uma vez que o contrato para disponibilizar serviço foi assinado recentemente, a pasta enviou um ofício ao TRF1 que deverá decidir como será o procedimento neste caso", informou a Secretaria de Segurança Pública (SSP) em nota.

O ex-ministro baiano Geddel Vieira Lima, preso pela Polícia Federal no dia 3 de julho, vai cumprir prisão domiciliar. A decisão é do desembargador Ney Bello, do Tribunal Regional Federal 1° região (TRF), após recurso. Geddel foi preso por suspeita de obstrução da justiça.

Nesta quarta-feira (12), o desembargador afirmou que decretar prisão preventiva por atos de 2012 a 2015 “ofende a língua portuguesa”. Ele ainda criticou a decisão do juiz que determinou a prisão do ex-ministro.

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Após decisão, Geddel deve deixar o complexo penitenciário da Papuda, em Brasília.

No Recife, na tarde desta sexta-feira (7), onde será homenageado no I Congresso Pernambucano de Direito Eleitoral, que acontece no Fórum Rodolfo Aureliano, o ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Henrique Neves também falou que não existe operação mais importante no país do que a Lava Jato. Ele também pediu por punição aos envolvidos nos escândalos de corrupção. 

"São fatos gravíssimos, que devem ser punidos exemplarmente. [Deve-se] aplicar as sanções duras", declarou reforçando que o Brasil precisa de uma reforma ética. 

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Neves, em seu pronunciamento, comentou outros assuntos como um caso no qual um homem fez uma tatuagem em um suposto ladrão com os dizeres: "Eu sou ladrão e vacilão". Ele criticou quem foi a favor da atitude de quem fez a tatuagem. "A sensação é que o que se busca não é sanção, é vingança (...) se escreve na testa e todo mundo aplaudindo. Se perde a dignidade mínima", lamentou.  

O ex-ministro falou que Caixa 2 não é crime. "Crime é não declarar.  O fato criminoso é não declarar o recurso recebido". Ainda comentou sobre o voto impresso ressaltando que nunca foi comprovado alguma possibilidade de fraude, além de falar que o papel impresso pode ser modificado. "Não precisa ser um grande gênio. Basta ver as carteiras falsificadas para entrar em boatos", disse.

O Palácio do Planalto já trabalha com a possibilidade de o ex-ministro da Secretaria de Governo Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) ser o próximo alvo da Polícia Federal e da Procuradoria-Geral da República (PGR) em investigações. Interlocutores do presidente Michel Temer dizem que ele tem sido "atacado" com o objetivo de desestabilizar o governo. Nesta semana, o ex-ministro foi intimado a depor como testemunha no inquérito ligado a Temer.

Geddel é investigado pelo suposto recebimento de "vantagens não contabilizadas" da construtora Odebrecht em campanhas eleitorais em 2006 e 2014. Os pagamentos, segundo o Ministério Público Federal (MPF), tinham como contrapartida o apoio de Geddel à aprovação de medida provisória e em contratos referentes ao Transporte Moderno de Salvador II (TMS II).

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A investigação foi aberta com base em delações premiadas de três ex-executivos da Odebrecht: Marcelo Odebrecht, herdeiro do grupo, Cláudio Melo Filho e João Antonio Pacífico Ferreira.

O caso foi encaminhado em abril para a Justiça Federal na Bahia, com cópia para a Procuradoria da República no Estado, porque o ex-ministro não tem mais foro privilegiado. Geddel deixou o governo em novembro do ano passado após denúncias de que teria pressionado o ex-ministro da Cultura Marcelo Calero a liberar a construção de um prédio nos arredores de uma área tombada, em Salvador.

Geddel foi questionado no fim de maio pelo Estado sobre a hipótese de fazer delação. "Isso é uma canalhice, um desrespeito, uma indignidade", disse ele à época. Agora, ele afirmou que não comentaria. O advogado de Geddel não foi encontrado.

O Planalto também avalia que há a possibilidade de os ministros Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência) e Eliseu Padilha (Casa Civil) também serem alvo da PGR e da PF. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Por volta das 16h10, desta quarta-feira (3), o ex-ministro José Dirceu deixou o Complexo Médico-Penal, em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Ele segue para a Justiça Federal, na capital paranaense, onde vai colocar uma tornozeleira eletrônica. Após isso, Dirceu estará solto. 

O juiz Sérgio Moro não decidiu pela prisão domiciliar e tampouco pelo pagamento de fiança já que há ação de sequestro de bens contra ele. “Seria oportuna a exigência de fiança para garantir a presença do condenado nos atos do processo, a futura execução da pena, bem como o ressarcimento dos cofres públicos pela propina comprovadamente recebida nos casos já julgados. No entanto, já há ação de sequestro proposta contra o condenado na qual foram submetidos à constrição alguns bens de seu patrimônio em seu nome e em nome de pessoas”, explicou Moro. 

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Moro proibiu Dirceu de sair da cidade onde mora, Vinhedo, no interior de São Paulo. José Dirceu foi condenado duas vezes na Operação Lava Jato e teria que cumprir 32 anos e 1 mês de prisão. 

O ex-ministro dos governos Lula e Dilma e especialista em Gestão de Sistemas de Seguridade Social, Carlos Gaba, participa na noite desta quinta-feira (23), de um encontro sobre o governo Temer e a reforma da Previdência, na sede do Sindsep, no bairro da Boa Vista. Apesar de não ser o foco do evento, em boa parte dele, Gaba defendeu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Lula foi o melhor presidente que o país já teve na história”, cravou. 

Em sua explanação, o ex-ministro disse que quando Lula assumiu, em 2003, inverteu a lógica da economia do país. “Em todos os períodos, quem comandou o país foi a elite. Os interesses do país estavam voltados aos interesses da elite. Os dinheiros dos tributos serviam aos interesses da minoria. Quando Lula assume, ele inverte isso. Ele coloca o pobre no orçamento. O presidente Lula colocou o pobre da soleira da porta para dentro. Até então, a grande maioria da população não era cuidada. O estado brasileiro tem que servir ao seu povo. Aprendemos isso com o presidente”, argumentou. 

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Continuando com o discurso, Gaba disse que tentam destruir a reputação do ex-presidente, “que transformou a sociedade para melhor” ressaltando, também, que o petista é “querido no mundo inteiro”. 

“Lula dizia que não adianta ter avanços tecnológicos se não estiver a serviço do povo e que disputar uma eleição era para acabar com a fome, a miséria. Era essa busca permanente que gerou um ódio da elite. Não apenas ao Lula, mas ao nosso projeto político”, acrescentou. Carlos Gaba afirmou que a mídia brasileira dissemina esse sentimento e que a sociedade não pode aceitar “o ódio de classe que a imprensa tem estimulado”.

No debate, ele ainda falou que o país precisa de políticas públicas para avançar. “A oposição, que agora é governo, diz que o governo do PT fez uma gastança social, que o Brasil é um país que tem um gasto social acima de sua capacidade e que não é suportado pela economia. Isso é uma mentira. Alguns idiotas se referem ao Bolsa Família como Bolsa Vagabundo porque não sabem o que é não ter comida em casa. É uma política correta . E a revolução que Lula fez na educação? Ele fez mais universidade publica em oito anos do que o país viu em 500 anos. Criou o Prouni e o  Fies. Antes do Lula era impensável uma filha de empregada negra virar médica. Onde já se viu isso?”. 

Disparando críticas, o ex-ministro ainda salientou que a “elite podre” quer um “bando de escravo” servindo-os pela manhã, à tarde e à noite sem pagar os direitos devidos. “Eles querem mão de obra escrava”, frisou. Ainda comentou a aprovação do projeto de lei da terceirização, ontem, na Câmara dos Deputados, definindo o acontecimento como um “afronta à sociedade brasileira”. 

O arqueólogo egípcio Zahi Hawas pediu desculpas ao atacante Lionel Messi por chamá-lo de "imbecil" após conduzir o astro do Barcelona por um tour pelas pirâmides do país em fevereiro. Hawas, ex-ministro da Antiguidade do Egito, publicou um comunicado se desculpando pela ofensa e pela polêmica declaração.

Ele atribuiu a um intérprete a culpa pela dificuldade de comunicação com Messi durante o passeio turístico, no qual o jogador argentino teria demonstrado pouco interesse nas informações históricas sobre as pirâmides. O desconforto de Hawas com o desinteresse de Messi foi relatado em uma entrevista do arqueólogo a um canal de TV e gerou polêmica. Agora, no entanto, o arqueólogo disse que o intérprete "não fez um bom trabalho" e não transmitiu a Messi "a paixão e a emoção necessárias".

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"A visita de Lionel Messi às pirâmides é mais importante que a de políticos, chefes de Estado ou até de estrelas de Hollywood, porque o povo na rua conhece Messi e interage com ele", contou o ex-ministro em seu pedido de desculpas. Messi esteve no Egito em 21 de fevereiro para promover uma empresa que organiza viagens turísticas médicas para tratamento de hepatite C no país.

O ex-ministro do Orçamento da França, Jerome Cahuzac, foi sentenciado nesta quinta-feira a três anos de prisão em um dos maiores escândalos políticos do governo de François Hollande.

Uma corte de Paris o responsabilizou por fraude fiscal e lavagem de dinheiro ao esconder sua fortuna em paraísos fiscais ao redor do mundo. A corte afirmou que Cahuzac cometeu irregularidades "de seriedade extraordinária e séria".

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Cahuzac, que também foi impedido de concorrer a qualquer cargo eletivo por cinco anos, pode apelar da decisão em liberdade.

Ele e sua ex-mulher, Patricia Menard, reconheceram manter quantias ilegais em contas no exterior por duas décadas. O casal já pagou cerca de 2,3 milhões de euros em impostos devidos ao governo da França. Menard foi sentenciada a dois anos por fraude fiscal.

Como ministro do Orçamento, Cahuzac foi responsável por lutar contra a evasão fiscal em seu país.

O escândalo elevou a desconfiança sobre políticos tradicionais e aumentou a pressão por mais transparência, questões que devem voltar na próxima eleição do país. Fonte: Associated Press.

O ex-ministro Geddel Vieira Lima entregou nesta quinta-feira, 1, por volta das 18 horas, por meio de seus advogados, a sua defesa na Comissão de ética da Presidência da República. O texto, que é assinado pelo próprio ministro, segundo o presidente da Comissão, Mauro Menezes, já foi encaminhado ao relator do caso o conselheiro Marcelo Figueiredo. O prazo acabava hoje.

Menezes reiterou que a expectativa é que Figueiredo apresente seu parecer na próxima reunião do colegiado, marcada para o dia 15 de dezembro. "Não há um prazo para a decisão, mas o propósito do relator é levar o seu voto já nesta reunião", disse Menezes. Segundo ele, o relator já está debruçado sobre o caso desde a sua abertura, no dia 21 de novembro. "É claro que a defesa é um elemento essencial para o relator", ponderou.

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Em nota, a Comissão de Ética esclareceu que "como o processo tramita com chancela de reservado, o teor da manifestação permanecerá sob sigilo até sua conclusão".

A Comissão decidiu avaliar a conduta de Geddel, após denúncias do ex-ministro da Cultura Marcelo Calero de que o ministro baiano o teria pressionado para liberar a obra de um empreendimento em Salvador onde Geddel possui um apartamento. A infração ética no caso seria de conflito de interesses, ao misturar ações públicas com interesses privados.

Após o pedido de demissão de Geddel, Menezes afirmou que o processo teria continuidade e que uma eventual punição pelo colegiado teria como efeito uma "mancha ética" no currículo político do ex-ministro. "Não podemos dizer que alguém não pode continuar na vida pública, apenas deixamos registrado que uma autoridade tem em seu currículo determinada avaliação quanto ao seu comportamento ético. E hoje no Brasil isso tem valido muito", afirmou, na ocasião.

O ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda e Casa Civil/Governos Lula e Dilma) vai depor nesta quinta-feira, 29, no inquérito da Operação Omertà, da Polícia Federal. Palocci vai responder todas as perguntas que lhe forem feitas pelos investigadores, afirmou seu advogado, o criminalista José Roberto Batochio.

Palocci está "abatido e profundamente indignado", disse o defensor.

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Palocci foi preso na segunda-feira, dia 26, por ordem do juiz federal Sérgio Moro, símbolo da Lava Jato. A Operação Omertà atribui ao ex-ministro recebimento de R$ 128 milhões da Odebrecht, a maior empreiteira do País, sob suspeita de cartel no esquema de corrupção instalado na Petrobras. A maior parte desse montante teria sido destinado ao PT, suspeitam os investigadores.

A prisão de Palocci tem caráter temporário, por cinco dias. O juiz Moro pode prorrogar esse prazo ou converter a reclusão em regime preventivo - sem previsão de término.

O depoimento de Palocci será às 14h. "Palocci vai responder tudo, vai esclarecer tudo", reafirma Batochio. "Ele está muito indignado com essa falsa acusação."

O experiente criminalista não quis adiantar sua estratégia se, eventualmente, a prisão temporária do ex-ministro virar preventiva. "Astrologia não é comigo, é só com as acusações. Aliás, acusações na base do 'quem sabe', do 'talvez', não são compatíveis com o Estado democrático de direito."

Batochio afirma que a disposição de Palocci em responder os questionamentos da PF não é apenas uma orientação de defesa. "Ele quer responder, ele quer falar, desmontar as falsas acusações que lhe imputam."

"É necessário que (Palocci) preste depoimento. Ele está convencido disso para que se desfaça essa mistificação em que se constitui a acusação por presunção, sem nenhum fundamento na realidade", disse o advogado.

"Nenhuma pergunta ficará sem resposta, até porque eles (os investigadores) podem adoecer a verdade, mas não conseguirão matá-la", disse o advogado. Batochio também não quis adiantar se estuda ingressar com pedido de habeas corpus para derrubar o decreto de prisão expedido por Sérgio Moro. "Prefiro não falar disso."

Nesta quarta-feira, 28, o Banco Central informou à Justiça Federal que localizou e bloqueou R$ 30,8 milhões em contas pessoais de Palocci e na empresa dele, a Projeto Consultoria.

"Para quem acha que isso é muito dinheiro, eu respondo claramente: Olhem aí os clientes da empresa (de Palocci), Banco Safra, Banco Itaú, Amil, JBS. Ou seja, é tudo proporcional. Quem ganha um salário mínimo acha que um juiz ou um promotor ganhar 70 mil reais por mês é um escândalo. Esse é o problema. Cada qual no seu quadrado." Também neste tema, Batochio não quis revelar o que planeja. Ele não quis dizer se vai pedir o desbloqueio dos ativos do ex-ministro e da Projeto.

O ex-ministro da Fazenda Guido Mantega está detido na sede da Superintendência da Polícia Federal, em São Paulo. Ele foi preso temporariamente na manhã desta quinta-feira, 22, durante a 34ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Operação Arquivo X. O ex-ministro será levado ainda nesta quinta para Curitiba, sede das apurações da Lava Jato.

Mantega recebeu voz de prisão logo cedo no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde acompanhava uma cirurgia da mulher, que luta contra um câncer.

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Ele é suspeito de cobrar propinas no esquema de corrupção da Petrobras. O negócio investigado é o contrato para duas plataformas de exploração de petróleo P-67 e P-70, para as camadas do pré-sal, de consórcio formado pelas empresas Mendes Junior e OSX.

A OSX, que tinha o empresário Eike Batista como presidente do Conselho de Administração, foi alvo da ação. O nome da operação, "Arquivo X", é uma referência ao grupo do Eike, cujas empresas traziam o X nas logomarcas. Não há mandados contra o empresário.

Em depoimento ao MPF, Eike declarou que, em 1º de novembro de 2012, recebeu pedido do então ministro Guido Mantega para que fizesse um pagamento de R$ 5 milhões ao PT. Para operacionalizar o repasse da quantia, o executivo da OSX foi procurado e firmou contrato ideologicamente falso com empresa ligada a publicitários já denunciados na Operação Lava Jato por disponibilizarem seus serviços para a lavagem de dinheiro oriundo de crimes.

Após uma primeira tentativa frustrada de repasse em dezembro de 2012, em 19 de abril de 2013 foi realizada transferência de US$ 2.350.000,00, no exterior, entre contas de Eike Batista e dos publicitários.

A Operação Catilinárias apreendeu na casa do ex-ministro do Turismo Henrique Eduardo Alves (PMDB/RN) documentos judiciais em nome do ex-presidente da Câmara, deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A PF encontrou com Henrique Alves - ministro nos governos Dilma e Temer - a cópia de um ofício assinado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, uma petição de um escritório de advocacia supostamente contratado por Eduardo Cunha e um requerimento do Ministério Público do Rio.

A Catilinárias, desdobramento da Lava Jato, foi deflagrada em 15 de dezembro de 2015 e atingiu os caciques do PMDB, alvos de mandados de busca e apreensão. O relatório de análise do material apreendido foi finalizado em 11 de julho deste ano.

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O documento destaca que a Federal apreendeu na casa de Henrique Alves uma cópia de um ofício da Procuradoria-Geral da República, de 29 de abril de 2015, "no interesse do Inquérito 3983-DF, em andamento no Supremo Tribunal Federal, endereçado ao Promotor de Justiça de Tutela Coletiva da Cidadania do Rio de Janeiro, Andre Luiz Noira Passos da Costa, cujo teor, em síntese, solicita o compartilhamento das cópias dos autos, ambos em trâmite na 10ª Vara da Fazenda Pública do Rio de Janeiro".

O inquérito, segundo o relatório da PF, trata de investigação referente ao recebimento de vantagens indevidas relacionadas à aquisição de navios-sonda para perfuração de poços de petróleo da Petrobras.

"É cediço que o investigado Eduardo Cunha responde por enriquecimento ilícito e improbidade administrativa nestes processos no âmbito da Justiça Estadual do Rio de Janeiro", anota a Federal.

"Chama atenção este documento estar nas dependências da residência de Henrique Eduardo Alves, já que se trata, em primeira análise, de matéria alheia a sua vida particular ou profissional", prossegue o documento. "Neste caso, acredita-se que, possivelmente, o investigado estivesse podendo fazer algum tipo de intermediação em favor de Eduardo Cunha ou estivesse procurando tomar conhecimento de assuntos relacionados a este. Tal fato também reforça a grande ligação existente entre os investigados, conforme já se verificou no bojo de toda a investigação."

A petição do escritório de advocacia também apreendida na casa de Henrique Alves é de 23 de junho de 2015. O documento é referente a um processo em que o investigado Eduardo Cunha é réu em ação de improbidade administrativa movida pelo Ministério Público do Rio.

"Mais uma vez, reforça a ligação de Henrique Eduardo Alves com Eduardo Cunha, já que se trata de uma via de peça judicial do Escritório de Advocacia possivelmente contratado por Eduardo Cunha e que, estranhamente, fora encontrado nas dependências da residência de Henrique Eduardo Alves. Cumpre destacar que o conteúdo da petição se refere ao pedido formulado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, onde o causídico apresenta razões para o seu indeferimento alegando, inclusive, que o processo estaria sob segredo de justiça, o que robustece a suspeita sobre a origem destes documentos no local objeto da busca e apreensão", registra a PF.

A Polícia Federal sugere que os três documentos sejam retidos com os investigadores "por se tratar de material probatório relevante" e "por ser um documento judicial que, a principio, está sob segredo de Justiça".

A reportagem ligou para o celular de Henrique Alves na sexta-feira, dia 9, mas o telefone estava desligado. No PMDB do Rio Grande do Norte, legenda da qual o ex-ministro é presidente estadual, ninguém atendeu às ligações.

O ex-ministro da Fazenda Nelson Barbosa desaprova a Proposta de Emenda Constitucional (PEC 241) que estabelece um teto para os gastos públicos atrelado à inflação do ano anterior. Segundo ele, colocar a limitação do crescimento dos gastos na Constituição é tirar do Congresso o direito de determinar o tamanho do Orçamento Público pelos próximos 20 anos. Na renegociação das dívidas dos Estados, o ex-ministro de Dilma Rousseff afirma que o governo federal perdeu a oportunidade de aperfeiçoar os critérios dos gastos com pessoal. A seguir, trechos da entrevista concedida ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Diante da cena política da votação do impeachment, o sr. acha que Temer tem apoio para fazer o ajuste fiscal?

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Vamos ver isso no dia a dia. A proposta que foi apresentada, que é tirar dos representantes eleitos pela sociedade - não só dos atuais, mas dos próximos cinco Congressos - a capacidade de decidir o tamanho do Orçamento é uma proposta inaceitável. Tem de controlar o gasto, mas existem outras maneiras de fazer e tenho certeza de que os congressistas não vão aceitar isso. Nem o PSDB, que propôs a Lei de Responsabilidade Fiscal, não a apresentou como mudança constitucional. Propôs via uma lei com definição periódica de metas. Então, na hora em que as pessoas se dedicarem a discutir a questão mais técnica e política, não só a retórica, vão ver que não é uma boa proposta e que é melhor fazer de outro jeito.

Dá para fazer ajuste fiscal sem aumento de impostos?

Se a economia se recuperar rapidamente, talvez sim. Mas é importante revisar algumas desonerações. Já tínhamos revisado várias delas e o caminho é esse. Há várias outras desonerações que podem ser revisadas e que na prática recuperam a capacidade de arrecadação do governo.

Como o sr. avalia o resultado da renegociação da dívida dos Estados?

Eu é que comecei esse processo quando assumi. As primeiras reuniões, ainda em 2015, foram com os governadores e, em dois, meses montamos aquele programa de assistência aos Estados. Não há dúvida de que os Estados precisam de assistência neste momento, mas é importante preservar a justiça tributária. Aqueles Estados que estão mais endividados devem ter contrapartidas. Lembrando que não é uma imposição do governo federal. O Estado adota se quiser. Se não concordar com as contrapartidas, que não renegocie a dívida. No fim das contas, acabou ficando uma proposta pela metade, em que há benefícios, mas poucas contrapartidas.

E sobre os critérios de gastos com pessoal?

Perdeu-se a oportunidade de reformar, de aperfeiçoar os critérios de gastos com pessoal, que é o principal problema que levou à crise das finanças estaduais. Espero que isso seja enfrentado através da proposta da Lei de Responsabilidade Fiscal em outro momento.

O sr. já disse que é contra a PEC dos gastos. Ela já está desidratada?

Essa é uma pergunta que você tem de fazer em Brasília. Eu dei aqui a minha opinião econômica. Ela é um instrumento errado porque este não é assunto constitucional. É um instrumento com prazo errado porque não se deve tentar impor limite por 20 anos. No máximo, deve se obedecer o ciclo orçamentário, que é de quatro anos.

O governo deve trabalhar as reformas trabalhista e da Previdência. O que o senhor acha dessas iniciativas?

A reforma da Previdência é uma coisa que tem de ser enfrentada. Já tínhamos criado um foro para isso. Estávamos trabalhando nessa proposta. Inclusive deixamos a ideia e estudos para a equipe atual, não sei o quanto eles vão aproveitar. Existem várias formas de fazer. Na negociação trabalhista, o importante é preservar o poder de barganha dos trabalhadores. Ou seja, deve ocorrer somente onde houver grande sindicalização. Se é para ter um acordo que vai flexibilizar um ou outro aspecto, tem de ser em um setor em que pelo menos 60% dos trabalhadores sejam sindicalizados. Se as duas partes estiverem em situação igualitária, provavelmente vai dar um resultado melhor do que a aplicação das leis de 1930, 1940. Se ficar desequilibrado, é na verdade uma forma indireta de comprimir salários, com o que não concordo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um acidente na BR-354, no sul de Minas Gerais, deixou em estado grave o ex-ministro da Ciência, Tecnologia e Informação Marco Antônio Raupp, de 78 anos. O carro em que ele estava, um Suzuki, colidiu de frente com outro veículo, um Fiat Palio.

Raupp foi internado no Centro de Terapia Intensiva (CTI) do Hospital Cônego Monte Raso, em Baependi (MG). A colisão aconteceu na tarde deste domingo, 10, no quilômetro 715 da rodovia federal, no município de Caxambu (MG).

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O ex-ministro estava com um motorista, que sofreu ferimentos leves, assim como uma mulher que ocupava o outro carro. Eles foram socorridos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e Raupp permanecia internado em coma induzido.

Raupp foi ministro no governo Dilma Rousseff de 2012 a 2014 e, antes disso, ocupou o cargo de diretor-geral do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais Inpe) e de presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).

Familiares disseram que o ex-ministro passou por uma cirurgia na região abdominal. A batida teria ocorrido após o Palio derrapar no óleo que estava caído no asfalto e ir parar na pista contrária. Caberá à perícia apurar as causas do acidente.

O Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira, 17, traz publicada a exoneração, a pedido, do peemedebista Henrique Eduardo Alves do cargo de ministro do Turismo. Henrique Alves pediu demissão ontem, depois da divulgação de que seu nome tinha sido citado pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado em delação premiada.

Alves é o terceiro ministro a deixar o governo do presidente em exercício, Michel Temer, em decorrência das investigações da Operação Lava Jato. Antes, já haviam saído do ministério de Temer o também peemedebista Romero Jucá, do Planejamento, e Fabiano Silveira, que comandava a pasta da Transparência, ex-CGU.

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Conforme o jornal O Estado de S. Paulo publicou hoje, a saída de Alves ocorreu a pedido do próprio ministro e ocorreu mais em razão de denúncias que estão por vir do que em virtude da delação de Machado. O maior receio do Palácio do Planalto é quanto ao conteúdo das delações que ainda não vieram a público, como a do empreiteiro Marcelo Odebrecht, de Léo Pinheiro, da OAS, e a de Fábio Cleto, ex-vice-presidente da Caixa Econômica Federal.

O ex-presidente da Transpetro disse ter pago a Henrique Alves R$ 1,55 milhão em propinas por meio de doações feitas pela empreiteira Queiroz Galvão e pela Galvão Engenharia. Os repasses, segundo ele, foram feitos entre os anos de 2008 e 2014, quando Alves era deputado e chegou a ocupar a cadeira de presidente da Câmara. Alves nega as acusações.

O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa afirmou em seu Twitter que o Brasil só sairá da crise "com eleições presidenciais ainda este ano". O ex-ministro fez as afirmações em duas mensagens postadas em sua rede social na manhã deste sábado, 4.

Barbosa citou em suas mensagens a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que reúne 34 das mais importantes economias mundiais. E mandou um recado direto para a presidente afastada Dilma Rousseff (PT) e o presidente em exercício Michel Temer (PMDB).

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"OCDE diz o que eu venho dizendo em palestras: só sairemos dessa crise com eleições presidenciais ainda este ano. Disse-o em 22/4 e 12/5", declarou o ex-ministro. "Para que isso ocorresse, dois ilustres brasileiros teriam que renunciar aos seus interesses pessoais e pensar no país: D Roussef e M Temer."

Dilma se afastou da Presidência no dia 12 de maio, por decisão do Senado. Ela vai ficar afastada 180 dias, período em que será conduzido o processo de impeachment por crime de responsabilidade atribuído à petista.

O governo interino de Michel Temer vem sendo alvo de frequentes críticas. Nesta segunda-feira, 6, o jornal americano The New York Times questionou em editorial o compromisso do peemedebista de acabar com a corrupção e pede medidas concretas do novo governo e sua equipe para combater as irregularidades. Uma destas medidas é extinguir a imunidade de parlamentares e de ministros, descrita no texto como "injustificável".

O presidente em exercício, Michel Temer, escolheu nesta quarta-feira (1°) o jurista e ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Torquato Jardim como novo ministro da Transparência, Fiscalização e Controle, pasta criada em substituição à Controladoria-Geral da União (CGU). A posse do novo ministro deve ocorrer amanhã.

Jardim entra no governo no lugar de Fabiano Silveira, que deixou o cargo na última segunda-feira (30) após a divulgação de conversas gravadas pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. Silveira também vinha sendo alvo de protestos de servidores contra a extinção da CGU.

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