Tópicos | ex-presidente

Por meio de sua conta no Twitter, o ex-presidente Lula (PT) afirmou que quando foi preso no dia 7 de abril de 2018, acusado de lavagem de dinheiro e corrupção passiva no caso do triplex do Guarujá, foi "de cabeça erguida".

Segundo o petista, ele poderia ter entrado numa embaixada, mas quis provar sua inocência. "Eu sempre penso que tenho a mão de Deus e da minha mãe guiando meus passos, por isso tomei a decisão de ir pra Curitiba", publicou.

##RECOMENDA##

[@#video#@]

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um apelo para o mandatário dos Estados Unidos, Joe Biden, convocar uma reunião urgente do G20 para discutir a distribuição global de vacinas anti-Covid.

A declaração foi dada em entrevista à CNN dos Estados Unidos, em meio à lentidão das campanhas de imunização na maior parte do mundo, especialmente nas nações mais pobres.

##RECOMENDA##

"Eu tô sabendo que os Estados Unidos têm vacina, que os Estados Unidos não tá usando essa vacina. Essa vacina poderia ser, quem sabe, doada ao Brasil ou a outros países mais pobres que o Brasil e que não podem comprar", disse Lula.

O ex-presidente faz referência a vacinas anti-Covid da AstraZeneca que estão estocadas nos EUA, mas ainda não têm autorização no país, que usa as fórmulas da Pfizer, Moderna e Janssen e já imunizou 73,67 milhões de pessoas com pelo menos uma dose.

"Mas uma sugestão que eu queria fazer ao presidente Biden através do seu programa: é importante convocar um G20 urgente. É importante convocar os principais líderes do mundo e colocar na mesa um único tema. Vacina, vacina e vacina!", acrescentou.

Lula ainda disse que não acredita no governo Bolsonaro e que também não pediria a mesma coisa para Donald Trump. "Mas o Biden é um sopro de um novo respiro para a democracia", declarou.

Atualmente, a presidência rotativa do G20 é ocupada pela Itália, a quem cabe, em teoria, convocar reuniões extraordinárias do grupo. A próxima cúpula do G20 está marcada para 30 e 31 de outubro, em Roma.

Carta a Bolsonaro - Após a entrevista de Lula à CNN, a Secretaria de Comunicação do governo (Secom) divulgou nesta quinta-feira (18) o conteúdo de uma carta enviada por Biden a Bolsonaro em 26 de fevereiro.

Segundo a Secom, que não revelou o documento na íntegra, o presidente dos EUA "saudou a oportunidade para que ambos os países unam esforços, tanto em nível bilateral quanto em fóruns multilaterais, no enfrentamento aos desafios da pandemia".

Além disso, de acordo com o governo federal, Biden disse estar pronto para "trabalhar em estreita colaboração" com o Brasil e destacou que os dois países têm uma "trajetória de luta pela independência, defesa de liberdades democráticas e religiosas, repúdio à escravidão e acolhimento da composição diversa de suas sociedades".

Da Ansa

O julgamento do ex-presidente francês Nicolas Sarkozy no caso Bygmalion - pelos gastos excessivos de sua campanha presidencial de 2012 - teve início nesta quarta-feira (17), sem a sua presença, no Tribunal Criminal de Paris.

Duas semanas depois de ser condenado à prisão por corrupção, o ex-presidente comparece desta vez por "financiamento ilegal de campanha".

No entanto, o julgamento tem grande probabilidade de ser adiado para uma data posterior, uma vez que o advogado de Jérôme Lavrilleux, um dos 13 co-réus, precisou ser hospitalizado.

Jérôme Lavrilleux, ex-vice-diretor da campanha do então presidente em fim de mandato, foi o primeiro a confessar ter participado do esquema de faturas falsas, despesas com valores abaixo da realidade e despesas voluntariamente omitidas das contas submetidas ao controle final. Sem advogado, ele chegou ao tribunal sozinho.

Os advogados dos 14 réus no total - ex-membros da Bygmalion e do partido conservador UMP (União para um Movimento Popular, agora Os Republicanos), contadores credenciados - juntaram-se ao pedido de adiamento e a Promotoria não deve se opor. Nesse caso, o julgamento poderia começar para valer apenas em maio.

Nicolas Sarkozy, afastado da política desde 2016, continua muito popular e muito influente na direita, onde nenhuma figura se impõe para representar o partido conservador Os Republicanos nas urnas.

Enquanto ainda era visto por alguns da direita como um possível candidato às eleições presidenciais de 2022, ele foi condenado em 1º de março a três anos de prisão, um deles em regime fechado, por corrupção e tráfico de influência no chamado caso das "escutas".

Sarkozy, porém, não foi para a prisão, uma vez que sua pena de um ano de prisão em regime fechado pode ser comutada e o tribunal não ordenou sua detenção após pronunciar o veredito.

Desta vez, enfrenta a possibilidade de pena de um ano de prisão e uma multa de 3.750 euros por "financiamento ilegal de campanha eleitoral" no caso Bygmalion, que levou a crises em cadeia na direita à medida que as revelações avançavam.

Sarkozy disse que só comparecerá às audiências a seu respeito.

Ao contrário dos seus co-réus indiciados por fraude ou cumplicidade, ele não é apontado como culpado do sistema de faturas falsas, imaginado para ocultar os gastos excessivos da sua campanha.

Mas, de acordo com a acusação, Nicolas Sarkozy deixou escapar gastos apesar de vários alertas claros sobre os riscos de ultrapassar o teto e ele "sem dúvida" se beneficiou da fraude que lhe permitiu ter "meios muito maiores" do que os autorizados pela lei: ao menos 42,8 milhões no total, quase o dobro do teto legal à época (22,5 milhões de euros).

A direita aponta um "assédio judicial" contra ele. Sarkozy recorreu de sua condenação no início de março a um ano de prisão no chamado caso das "escutas" e não descarta ir à Corte Europeia de Direitos Humanos (CEDH).

Na manhã desse sábado (13), Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu a primeira dose da vacina contra Covid-19, em São Bernardo do Campo, São Paulo. A cidade do ABC Paulista começou nesta semana a vacinar as pessoas a partir de 75 anos e a aplicação foi transmitida ao no canal do youtube do ex-presidente.

A aplicação foi numa estação de vacinação drive thru e Lula estava acompanhado do ex-ministro da Saúde e hoje deputado federal Alexandre Padilha (PT). Após se vacinar, o ex-presidente exibiu seu cartão de vacinação e fez um comentário sobre o ato: “É o seguinte, se vacine, se você não gosta de você, goste do seu pai, goste da sua mãe, da sua tia, dos seus amigos, porque se você pegou você vai passar pra todo mundo, então não pegue e nem passe, pra isso a vacina é imprescindível, tomem. Eu poderia estar muito mais feliz se tivesse vacina para todo mundo”.

##RECOMENDA##

[@#video#@]

 

O ex-presidente francês Nicolas Sarkozy (2007-2012) foi condenado nesta segunda-feira (1°) a 3 anos de prisão, um deles em regime fechado, por corrupção e tráfico de influência.

O tribunal de Paris decidiu que houve um "pacto de corrupção" entre o presidente de 66 anos, seu advogado Thierry Herzog e o ex-magistrado Gilbert Azibert, que foram condenados à mesma sentença.

A Promotoria havia solicitado uma pena de quatro anos de prisão, dois deles em regime rechado, alegando que a imagem presidencial havia sido "afetada" por este caso.

Sarkozy foi condenado por ter tentado corromper Azibert, junto com Herzog, quando Azibert era juiz do Tribunal Supremo.

Segundo a acusação, o ex-presidente desejava obter informações cobertas pelo sigilo profissional e influenciar os processos abertos na alta jurisdição relacionada ao conhecido caso Bettencourt.

Em troca, ofereceu a Azibert sua ajuda para obter um cargo de prestígio que ele desejava em Mônaco, apesar de nunca ter conseguido.

Nicolas Sarkozy é o segundo ex-presidente da França a ser condenado pela Justiça.

Antes dele, apenas Jacques Chirac, seu antecessor e mentor político, foi julgado e condenado por desvio de verba pública quando era prefeito de Paris. No entanto, devido a problemas de saúde, ele nunca compareceu ao tribunal.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quarta-feira (24) em sua conta no Twitter que não laçou Fernando Haddad (PT) como pré-candidato para as eleições de 2022. A declaração feita pelo próprio Haddad sugeria que o Lula teria dado incentivo para que ele começasse uma viajem pelo país compondo alianças.

 “O que eu falei pro Haddad é que ele tem 47 milhões de votos e por isso tem mais autoridade que qualquer outro pra viajar esse país e conversar com o povo. Ele não precisa pedir licença. Saíram falando que eu lancei ele candidato. Quem define isso é o partido.”, escreveu Lula em seu perfil no twitter.

##RECOMENDA##

A escolha de lançar Fernando Haddad como pré-candidato do PT as eleições de 2022 gerou muitas críticas ao partido por parte de outros líderes da esquerda. Guilherme Boulos (PSOL) defendeu que a esquerda buscasse unanimidade e que projetos deveriam ser discutidos antes de lançar candidaturas.

Sobre as críticas, o ex-presidente escreveu: “Se os companheiros dos partidos de esquerda acharem que preciso ser candidato, eu serei. Mas não vou brigar pra ser candidato... Só não posso falar nunca mais porque no dia que eu falar isso tenho que me aposentar, pedir licença do PT e ir pra casa criar codorna.”

 

 

O ex-presidente republicano dos Estados Unidos George W. Bush comparecerá à cerimônia de posse do democrata Joe Biden em 20 de janeiro, anunciou seu porta-voz nesta terça-feira (5).

"O presidente e a senhora Bush estão ansiosos para retornar ao Capitólio para a posse do presidente Biden e da vice-presidente [Kamala] Harris", informou Freddy Ford pelo Twitter. Esta será a oitava cerimônia de posse dos Bushes, lembrou Ford.

“Assistir à transferência pacífica do poder é um ponto alto de nossa democracia que nunca sai de moda”, acrescentou, em uma aparente alusão a Donald Trump, que ainda se recusa a reconhecer sua derrota nas eleições de 3 de novembro

No dia seguinte ao anúncio da vitória de Joe Biden, em 7 de novembro, George W. Bush ligou para o democrata para parabenizá-lo.

"Apesar de nossas diferenças políticas, sei que Joe Biden é um bom homem que conquistou a oportunidade de liderar e unificar nosso país", escreveu Bush em um comunicado. Bush foi presidente de 2001 a 2009.

"Nunca cometi o menor ato de corrupção", disse nesta segunda-feira (7) o ex-presidente da França Nicolas Sarkozy, no julgamento realizado em Paris por corrupção e tráfico de influências.

Sarkozy, presidente entre 2007 e 2012, expressou sua "ira" e "indignação" pelas acusações contra ele e acrescentou que espera "ser livrado desta infâmia".

Nicolas Sarkozy, de 65 anos, é o primeiro ex-presidente da França a sentar fisicamente no banco dos acusados.

Antes dele, apenas um ex-presidente francês, Jacques Chirac, seu antecessor e mentor político, foi julgado e condenado por desvio de fundos públicos cometido quando era prefeito de Paris, mas devido a problemas de saúde nunca compareceu ao tribunal.

Retirado da política desde sua derrota nas primárias da direita em 2016, embora continue mantendo sua influência no partido conservador Republicanos, Sarkozy poderia ser condenado a dez anos de prisão e a um milhão de euros de multa por corrupção e tráfico de influências.

- O que fiz para merecer isso? -

Sarkozy é suspeito de ter tentado corromper, junto com seu advogado Thierry Herzog, o ex-magistrado Gilbert Azibert quando era juiz no Tribunal Supremo.

Segundo a acusação, o ex-presidente buscava obter informações cobertas pelo sigilo profissional e influenciar nos processos abertos na alta jurisdição relacionada ao caso Bettencourt, encerrado no final de 2013.

Em troca, ajudaria Azibert a obter um cargo de prestígio em Mônaco, embora nunca o tenha obtido.

Este caso, conhecido na França como o das "escutas", surgiu por conta de outro caso que afeta há anos o ex-chefe de Estado, o das suspeitas de financiamento da Líbia em sua campanha presidencial de 2007, que lhe rendeu uma acusação quádrupla.

No marco dessas investigações, os juízes descobriram em 2014 a existência de uma linha telefônica não oficial entre o ex-presidente e Herzog, aberta no nome de "Paul Bismuth", o nome de um antigo conhecido de escola do advogado.

As conversas interceptadas nesta linha secreta estão no centro do caso. Para a acusação, são a prova de um "pacto de corrupção". Para a defesa, trata-se de uma escuta "ilegal", considerando que o segredo das conversas entre um advogado foi violado.

"Diante de vocês está um homem do qual foram escutadas mais de 3.700 conversas privadas", disse Sarkozy ao tribunal.

Ele também denunciou recursos "desenfreados" implantados pela Justiça contra ele. "O que fiz para merecer isso?", questionou.

Após este julgamento, o ex-presidente tem um outro encontro judicial no ano que vem: o processo do caso Bygmalion sobre os gastos da campanha para a eleição presidencial em 2012.

O ex-presidente francês Valéry Giscard D'Estaing, de 94 anos, faleceu nesta quarta-feira (2) à noite "rodeado pela família", no centro da França, por complicações relacionadas à Covid-19, informaram alguns familiares à AFP.

O centrista Giscard D'Estaing foi presidente da França de 1974 a 1981. Ele havia sido hospitalizado diversas vezes nos últimos meses por problemas cardíacos.

Giscard D'Estaing, que residia desde o início do confinamento em sua casa no campo, foi internado há alguns dias no serviço de cardiologia do hospital de Tours, de 15 a 20 de novembro.

Antes, ele havia sido hospitalizado por alguns dias em meados de setembro no hospital Georges-Pompidou, em Paris, devido a uma leve infecção nos pulmões. Na época, os médicos descartaram tratar-se de uma infecção por coronavírus.

Giscard D'Estaing, que comemorou seu 94º aniversário em 2 de fevereiro, fez uma de suas últimas aparições públicas em 30 de setembro de 2019, no velório de outro ex-presidente francês, Jacques Chirac, que foi seu primeiro-ministro de 1974 a 1976.

O julgamento do ex-presidente francês Nicolas Sarkozy por corrupção e tráfico de influência recomeça nesta segunda-feira (30), após um falso início na semana passada.

Tudo estava pronto no tribunal de Paris em 23 de novembro para a abertura deste julgamento sem precedentes. Um dos três réus, Gilbert Azibert, pediu um adiamento, alegando que sua saúde estava em risco com a pandemia de coronavírus.

Depois de ordenar um exame médico que determinou que sua condição é "compatível" com seu comparecimento, o tribunal rejeitou sua demanda, na quinta-feira passada, convocando esse ex-magistrado sênior de 73 anos a estar "pessoalmente" na audiência desta segunda.

"O tribunal adotou sua decisão, que se impõe", registrou em ata o advogado Dominique Allegrini, ao final da audiência, perante a imprensa.

A 32ª Câmara Correcional está programada para começar às 13h30 (9h30 em Brasília) a análise deste caso inédito. É a primeira vez que um ex-chefe de Estado será julgado na França por corrupção.

Antes de Nicolas Sarkozy, de 65 anos, apenas Jacques Chirac foi condenado em 2011 pelo caso de empregos fantasma na prefeitura de Paris, quando era prefeito, embora nunca tenha comparecido ao tribunal por questões de saúde.

Sarkozy, presidente entre 2007 e 2012, compareceu na segunda e quinta-feira.

"Não tenho a intenção de deixar que me condenem por coisas que nunca fiz", declarou, antes do julgamento, descartando que tenha sido "corrupto" e denunciando um "escândalo".

Aposentado da política desde sua derrota nas primárias de direita em 2016, embora continue a manter sua influência no partido conservador Os Republicanos, Nicolas Sarkozy pode ser condenado a dez anos de prisão e a pagar uma multa de um milhão de euros por corrupção e tráfico de influência. O mesmo vale para os demais réus, acusados de violação do sigilo profissional. Todos rejeitam as acusações.

Neste caso específico, Sarkozy é suspeito de ter tentado corromper, junto com seu advogado Herzog, Gilbert Azibert, quando ele era juiz do Supremo Tribunal da França.

Segundo a denúncia, o ex-presidente tentava obter informações protegidas por sigilo, e influenciar o processo aberto nessa alta instância judicial relacionado ao caso Bettencourt.

Em troca, teria ajudado Gilbert Azibert a obter uma posição de prestígio a que aspirava em Mônaco.

Conhecido na França como o escândalo das escutas telefônicas, este caso surgiu por outro que há anos afeta Sarkozy, o das suspeitas de financiamento da Líbia a sua campanha presidencial de 2007.

O ex-presidente francês Nicolas Sarkozy comparece a um tribunal em Paris nesta segunda-feira, para ser julgado por corrupção e tráfico de influência, com o objetivo de obter informações privilegiadas sobre outro caso no qual estava envolvido.

É a primeira vez na história do pós-guerra que um presidente francês é julgado por corrupção.

Em dezembro de 2011, o ex-presidente francês Jacques Chirac, na presidência de 1995 a 2007, antecessor de Sarkozy e, durante anos, mentor político, foi condenado a dois anos de prisão por peculato, mas sua saúde impediu-o de comparecer em tribunal.

Sarkozy, de 65 anos, presidente de 2007 a 2012, nega as acusações e prometeu que será "combativo" neste julgamento em que aparece ao lado de seu amigo de longa data e advogado Thierry Herzog, e o juiz agora aposentado Gilbert Azibert.

Para o ex-presidente, que afirma ser inocente, o caso é um "escândalo" que ficará para a história.

Se condenado, Sarkozy, que se aposentou da política após sua derrota na corrida Elysian em 2016, poderá enfrentar uma pena de prisão de até 10 anos e uma multa máxima de um milhão de euros.

O julgamento, que deve durar três semanas, dependerá da evolução da epidemia de covid-19, que atrapalhou as audiências de outros casos em Paris nas últimas semanas, e de um pedido de suspensão apresentado por motivos médicos pelo juiz Azibert, 73 anos.

O caso conhecido como o das "escutas" tem origem em outro caso que ameaça Nicolas Sarkozy, o das suspeitas de que recebeu financiamento do regime líbio de Muammar Gaddafi durante a campanha presidencial de 2007 que o levou ao Eliseu.

Os juízes decidiram grampear o telefone do ex-presidente e foi assim que descobriram que ele tinha uma linha secreta, para falar com seu advogado, na qual ele usava o pseudônimo de “Paul Bismuth”.

Segundo os investigadores, algumas das conversas que teve ali revelaram a existência de um acordo de corrupção. Junto com seu advogado, Thierry Herzog, Sarkozy teria tentado obter informações secretas de outra investigação por meio do juiz Gilber Azibert.

Azibert também teria tentado influenciar seus colegas a favor de Sarkozy. Em troca, Sarkozy teria prometido ao magistrado ajudá-lo a conseguir um cargo altamente cobiçado no Conselho de Estado de Mônaco. Uma posição que ele nunca conseguiu.

- "Eu o farei ascender" -

"Eu o farei ascender", disse Sarkozy a Herzog, de acordo com a acusação. Mas, alguns dias depois, Sarkozy diz a seu advogado que não fará esse "movimento" com as autoridades monegascas.

Sinal, segundo os promotores, de que os dois homens souberam que a linha estava grampeada.

"São pequenos fragmentos de frases tiradas do contexto", disse o advogado de Herzog, Paul-Albert Iweins, à rádio France Info nesta segunda-feira, referindo-se apenas a "conversas entre amigos de longa data".

Em outubro de 2017, o gabinete do procurador financeiro nacional da França comparou os métodos de Nicolas Sarkozy aos de "um criminoso experiente".

Os três réus negam qualquer "acordo corrupto".

"Vou me explicar no tribunal porque sempre cumpri minhas obrigações", Sarkozy reiterou recentemente no canal francês BFMTV, e jurou: "Não sou corrupto".

Nicolas Sarkozy acredita que é vítima de uma exploração política da justiça contra ele.

A atriz Regina Duarte está sendo processada pela família do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por conta de uma postagem com informações falsas nas redes sociais sobre o patrimônio de Marisa Letícia. Na publicação, Regina afirmava que a falecida esposa do ex-presidente possuía um patrimônio de R$ 256 milhões no banco.

Marisa faleceu em 2017, foi casada por 42 anos com Lula e segundo o inventário, possuía uma aplicação em CDBs (Certificado de Depósito Bancário) no Bradesco no valor de R$ 26.281,74.

##RECOMENDA##

À Justiça, Regina, que na época da publicação era secretária de Cultura do governo Bolsonaro, disse que a postagem não foi de sua autoria e apenas reproduziu, como sendo uma “crítica de natureza intelectual”. A defesa da atriz alegou também que o post foi apagado assim que foi esclarecido que Marisa não possuía o valor de R$ 256 milhões.

Apesar disso, a família de Marisa pede cerca de R$ 131,4 mil de indenização por danos morais. Os advogados do ex-presidente Lula, alegaram que “Regina Duarte maculou publicamente a memória da senhora Marisa Letícia Lula da Silva, que sempre foi uma pessoa correta, dedicada à família”. A ação judicial contra a atriz ainda não foi julgada.

O ex-presidente do Uruguai José "Pepe" Mujica (2010-2015) renunciou nesta terça-feira (20) ao cargo de senador e se retirou definitivamente da política do país.

Mujica, que sofre de uma doença imunológica crônica, antecipou sua decisão em decorrência da pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2).

##RECOMENDA##

"A atual situação me obriga, com muito pesar pela minha vocação política, a pedir a renúncia do meu cargo outorgado pelos cidadãos. A pandemia me jogou para fora", declarou Mujica durante a sessão.

O ex-chefe de Estado, que tem 85 anos de idade, possui uma longa carreira política. Durante sua juventude, Mujica fez parte da guerrilha dos Tupamaros, que lutava contra a ditadura militar no Uruguai, o que lhe rendeu uma pena de 13 anos de prisão, sendo libertado somente depois do fim do regime.

Em uma entrevista ao jornal "El Pais", Mujica afirmou que apesar de gostar muito da política, optou em deixá-la para cuidar de sua saúde e viver o máximo que puder. O ex-presidente possui uma doença chamada Síndrome de Strauss.

Essa é a segunda vez que Mujica abandona o cargo de senador. Em 2018, uruguaio renunciou e ficou cerca de um ano em casa, até que voltou a ser eleito nas eleições de 2019.

No cargo de presidente, Mujica foi conhecida por sua postura e a vida simples, além por ter um governo mais progressista, com a descriminalização do aborto e com a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Da Ansa

O ex-presidente do Quirguistão Almazbek Atambayev, que havia sido libertado da prisão na terça-feira por um grupo de manifestantes, foi preso novamente neste sábado (10), enquanto o primeiro-ministro provisório, Sadyr Khaparov, assumiu oficialmente seu cargo.

A confusão política reina nesta república do Cáucaso, que realizou eleições legislativas no último domingo, vencidas por dois partidos próximos ao presidente Soroonbai Jeenbekov.

Opositores do presidente alegaram fraude e foram às ruas. Uma comissão eleitoral anulou os resultados, mas mesmo assim a situação degenerou e se tornou violenta, com diferentes grupos se enfrentando diariamente e se apoderando de prédios públicos.

Quando foi libertado por simpatizantes na terça-feira, o ex-presidente Atambayev cumpria pena de 11 anos de prisão por ter libertado um chefe da máfia e aguardava um segundo julgamento por ter resistido, armado, durante sua primeira prisão.

Neste sábado, voltou a ser detido, explicou seu porta-voz, Kunduz Joldubayeva, por telefone. "As forças especiais invadiram sua residência. Prenderam o ex-presidente", disse à AFP.

Na véspera, o ex-presidente organizou uma manifestação na qual seus apoiadores pediram a Jeenbekov que renunciasse.

Junto com Atambayev, foram presos um guarda-costas e outro colaborador, segundo a Comissão de Segurança Nacional (polícia), que garantiu que estava em andamento um processo de "identificação e prisão de outros cúmplices".

A prisão do ex-presidente pode ser um sinal de que o atual chefe de Estado recuperou o controle da situação.

Mas na sexta-feira, Jeenbekov, de 61 anos, declarou-se "pronto" para renunciar ao cargo, "quando as autoridades executivas legítimas forem aprovadas".

Pouco depois da prisão do ex-presidente, a maioria dos parlamentares elegeu Khaparov, um populista obstinado, como primeiro-ministro interino, durante uma sessão extraordinária do parlamento.

Khaparov afirmou que espera que o presidente Jeenbekov honre suas palavras e renuncie ao cargo.

"Eu o encontrei (Jeenbekov) na residência oficial. Ele me disse que depois de confirmar o novo gabinete ministerial, ele renunciaria", explicou.

Khaparov cumpria 11,5 anos de prisão por sequestro e outros crimes quando também foi libertado da prisão, durante os vários confrontos na capital, na segunda-feira.

Manifestantes da facção que apoia Khaparov chegaram à capital em atitude agressiva, e um tribunal anulou a sentença contra o agora primeiro-ministro.

Os confrontos entre os diferentes lados e com a polícia deixaram pelo menos um morto e centenas de feridos desde segunda-feira passada.

A instabilidade no Quirguistão alarma Moscou, que atualmente está intercedendo em outra grande crise regional, a guerra entre a Armênia e o Azerbaijão pelo enclave de Nagorno-Karabakh.

Jeenbekov chegou ao poder em 2017, inicialmente com o apoio do ex-presidente Atambayev. Então os dois se desentenderam e Atambayev acabou na prisão.

Ambos são oficialmente leais ao presidente russo Vladimir Putin, que, no entanto, não conseguiu trazer ordem à república.

Desde que proclamou sua independência após o fim da União Soviética, o Quirguistão viu dois presidentes caírem devido a protestos de rua.

O ex-presidente do Uruguai José "Pepe" Mujica (2010-2015) anunciou sua retirada definitiva da política do país por conta de uma doença imunológica crônica, informou aos jornalistas nesta segunda-feira (28). O político, que atualmente é senador, vai cumprir o mandato até outubro e se aposentar.

"Eu amo a política e não queria ir, mas amo ainda mais a vida. Preciso administrar bem os minutos que me restam", disse Mujica ao deixar o seu local de votação das eleições regionais uruguaias.

##RECOMENDA##

"É claro que a política obriga a ter relações sociais e tenho que me cuidar, não posso ir de um lado para outro por causa da pandemia e isso seria algo ruim para um senador", acrescentou. O ex-presidente revelou que, por conta da doença imunológica, não poderá tomar uma vacina contra o novo coronavírus (Sars-CoV-2) quando esta for disponibilizada.

Mujica, que tem 85 anos, tem uma longa carreira política e militante, sendo que durante a sua juventude, ele fez parte da guerrilha dos Tupamaros que lutava contra a ditadura militar no país - o que lhe rendeu 13 anos de prisão, sendo libertado apenas após o fim do regime.

No poder, acabou ficando conhecido mundialmente por sua postura e vida simples - até hoje, ele se locomove com um velho fusca azul - e por ter um governo mais progressista, com a descriminalização do aborto e com a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo. Além disso, doou grande parte de seu salário na Presidência por considerar que no Uruguai "vivem muitas pessoas pobres". 

Da Ansa

Durante uma live na noite desta quinta-feira (24), o ex-presidente Lula (PT) falou sobre as dificuldades do País e relembrou ações feitas enquanto ele era chefe do Executivo. O petista aponta que, no seu governo, a Organização das Nações Unidas (ONU) reconheceu a erradicação da fome no Brasil. "Agora, ela (a fome) voltou, e voltou forte. Hoje, mais de 15 milhões de brasileiros vão dormir sem ter o que comer", aponta. 

Lula reclamou do preço da cesta básica "no país que não tem nem inflação de alimentos". O ex-presidente confirma que os preços dos alimentos estão altos porque o governo Bolsonaro preferiu dar destaque para as exportações. 

##RECOMENDA##

"O país sério e um governo sério só exportam para o exterior aquilo que é o excedente da sua produção. Primeiro, eu dou comida para o meu povo, depois eu vou dar um pouquinho de comida para o chinês, para o alemão e o americano", explica. 

Ainda durante a live, o petista aponta que a atenção aos pobres deveria ser prioridade de qualquer governo. "A gente conseguiu provar que o povo pobre não é problema de um país, é a solução quando você inclui esse povo dentro do orçamento", disse.

Ele aponta que os pobres são os melhores consumidores que o país pode ter, já que com dinheiro em mãos, ele "vai fazer investimento na sua barriga" comprando comida. Lula defende que o programa Bolsa Família possibilitou que as pessoas pudessem comprar aquilo que antes não podiam.

"Para cuidar do povo pobre você não precisa ter curso de economia, precisa ter coração. Você tem que ter consciência, respeito e solidariedade. É isso que faz as pessoas se diferenciarem no governo", avalia o ex-presidente.

SUS durante a pandemia

O ex-presidente Lula avalia que, neste momento pandêmico que o país está vivendo, se não fosse o Sistema Único de Saúde (SUS), o "país estaria num caos". 

"Quem está cuidando da saúde é o Estado brasileiro, é o SUS. Eu não quero um Estado empresário, quero um Estado que tenha competência de ser forte para o atendimento daquilo que o povo brasieliro precisa", diz o petista.

O ex-presidente americano Barack Obama anunciou, nesta quinta-feira (17), que seu livro de memórias será lançado em 17 de novembro, duas semanas depois da eleição presidencial em que o republicano Donald Trump e o democrata Joe Biden se enfrentarão.

"Promised Land" ("Terra prometida", em tradução livre), que tem 768 páginas, será publicado simultaneamente em 25 idiomas no mundo todo. Este é o primeiro de uma obra de dois volumes.

##RECOMENDA##

"É uma sensação muito especial ter terminado um livro, e estou orgulhoso dele", tuitou o democrata, que esteve à frente da Casa Branca de 2009 a 2017.

O antecessor de Donald Trump disse que a obra é "um relato honesto" de sua Presidência e uma reflexão sobre "como aliviar as divisões e fazer a democracia funcionar para todos". O projeto já era conhecido havia muito tempo, mas a data de lançamento permanecia um mistério.

Pouco depois de deixar a Casa Branca, Barack Obama e sua esposa Michelle fecharam um contrato com a Penguin Random House, comprometendo-se a escrever um livro cada um. Segundo o New York Times, a editora teria desembolsado 65 milhões de dólares para manter os direitos das duas obras.

O livro de Michelle Obama, publicado em novembro de 2018, foi um enorme sucesso com mais de 11,5 milhões de cópias vendidas no mundo.

Barack Obama já publicou dois livros de grande sucesso: "A origem dos meus sonhos" em 1995 e "A audácia da esperança" em 2006. Muito envolvido na redação de seus discursos quando estava na Casa Branca, o ex-presidente é também um grande leitor.

“Há algo de único em ficar em silêncio e dedicar um momento longo a algo diferente de música, televisão ou mesmo o melhor filme que existe", explicou ele ao The New York Times no início de 2017, dias antes de deixar o cargo.

Durante seus dois mandatos, ele costumava fazer suas compras de Natal com suas duas filhas, Malia e Sasha, na Politics and Prose, uma livraria independente em Washington.

A força-tarefa Lava Jato do Ministério Público Federal (MPF) no Paraná ofereceu, nesta segunda-feira (14), denúncia contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci e o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, pelo crime de lavagem de dinheiro. Eles são acusados de terem praticado essa irregularidade por meio de doações para dissimular o repasse de R$ 4 milhões entre dezembro de 2013 e março de 2014. 

Conforme consta na denúncia, os valores foram repassados mediante quatro operações de doação simulada realizadas pelo Grupo Odebrecht em favor do Instituto Lula, cada uma no valor de R$ 1 milhão.

##RECOMENDA##

As investigações apontam que, para dissimular o repasse da propina, Marcelo Odebrecht, atendendo a pedido de Lula e Okamotto, determinou diretamente que o valor fosse transferido sob a forma de doação formal ao Instituto Lula. 

"Porém, conforme indicam as provas reunidas, os valores foram debitados do crédito ilícito de propina contabilizado na 'Planilha Italiano', mais especificamente da subconta chamada 'amigo' (rubrica referente a Lula, conforme as provas), na qual foi inserida a anotação 'Doação Instituto 2014' no valor de R$ 4 milhões, como demonstrado por reprodução da planilha incluída na denúncia", explica o MPF. 

O procurador da República Alessandro Oliveira destaca que “são centenas de provas, de comunicações a planilhas e comprovantes de pagamento que ligam a doação formal de altos valores a possíveis ilícitos praticados anteriormente". "Isso demonstra a complexidade e a verticalidade da análise realizada pela força-tarefa em diversas fases, nesse caso a lavagem de dinheiro, mas sem perder a noção de um contexto mais amplo de práticas", complementa Oliveira.

Em decorrência dos fatos denunciados, o MPF pediu o perdimento do produto e proveito dos crimes ou do seu equivalente, incluindo os valores bloqueados em contas e investimentos bancários e em espécie, apreendidos em cumprimento aos mandados de busca e apreensão, no montante de, pelo menos, R$ 4 milhões.

O MPF pede ainda que Lula e Okamoto devolvam para a Petrobras, a título de reparação de danos, de valor correspondente à propina recebida, além da condenação dos denunciados por "danos morais causados à população brasileira mediante a prática dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro", pontua o Ministério Público Federal.

O Brasil é um dos países que vai somar esforços para ajudar o Líbano a se recuperar da explosão ocorrida em Beirute, na última terça (4). Uma missão humanitária será enviada ao país, chefiada pelo ex-presidente brasileiro Michel Temer, que anunciou ter aceito o convite do atual chefe de Estado da nação, Jair Bolsonaro, neste domingo (9), através de comunicado publicado em sua conta no Twitter. 

Em conferência realizada com outros mandatários internacionais, Bolsonaro afirmou que enviaria ao Líbano medicamentos e outros insumos médicos, além de alimentos para ajudar o país na recuperação da explosão que vitimou mais de 100 pessoas e causou um estrago grandioso. Ele também anunciou que convidaria o ex-presidente Michel Temer, que é filho de libaneses, para chefiar a missão humanitária. 

Em seguida, na conta oficial de Temer no Twitter, foi publicada uma nota com o aceite do ex-presidente. O post dizia que Michel “está honrado com o convite feito pelo presidente Jair Bolsonaro para chefiar a missão humanitária do Brasil no Líbano. Quando o ato for publicado no Diário Oficial serão tomadas as medidas necessárias para viabilizar a tarefa”.

[@#video#@]

 

A Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça condenou, nessa segunda-feira (3), o ex-presidente do Tribunal de Contas do Amapá Júlio Miranda e o conselheiro Amiraldo da Silva Favacho pelo desvio de mais de R$ 100 milhões de verbas do tribunal. O STJ determinou a perda de cargo de ambos, além de penas de reclusão em regime inicial fechado - 14 anos, 9 meses e 23 dias para Júlio Miranda e 6 anos, 11 meses e 10 dias para Amiraldo.

As condenações se deram no âmbito de ação decorrente da Operação Mãos Limpas, que acusou Júlio Miranda pelos crimes de peculato, de forma continuada, ordenação de despesas não autorizadas e quadrilha. De acordo com o Ministério Público Federal, "um esquema criminoso de desvio de recursos públicos se instalou no TCE-AP, sob a articulação de José Júlio, envolvendo ainda outros conselheiros e servidores do órgão".

##RECOMENDA##

A Procuradoria aponta que, entre setembro de 2005 e julho de 2010, foram feitos saques 'na boca do caixa' na conta do TCE-AP totalizando mais de R$ 100 milhões em 539 operações. Além disso, também foram identificados reembolsos indevidos de despesas hospitalares e médicas, pagamento de salários e passagens aéreas a pessoas estranhas ao quadro de pessoal do Tribunal de Contas, além do recebimento de verbas remuneratórias sem respaldo legal.

Com relação à Amiraldo da Silva, o conselheiro teria sido responsável pela assinatura de cheques no valor de R$ 1,3 milhão no período em que exerceu a presidência interina do TCE-AP, substituindo Júlio Miranda. Os cheques continham em seu verso a falsa finalidade de que os valores se destinavam a pagamento de pessoal, indicou a Procuradoria.

Emissão e saque de cheques 'em benefício do sacador'

Em seu voto, a relatora do caso, ministra Nancy Andrighi afirmou que as assinaturas de Júlio Miranda e de Amiraldo da Silva, em cheques que tinham como emitente e beneficiário o próprio Tribunal de Contas e contabilizados na rubrica genérica "outras despesas variáveis', configura o crime de peculato-desvio, 'por ser ato de execução do desvio de recursos públicos de sua finalidade pública própria".

"O réu assinou, como representante do TCE-AP, o anverso dos cheques emitidos em favor do próprio sacador, o TCE-AP, de forma a ser evidente o propósito de obtenção de numerário em espécie", comentou a relatora sobre Júlio Miranda.

A relatora destacou ainda que o relatório de inteligência do Coaf mostrou a prática recorrente do ex-presidente do TJ-AP "em emitir e sacar cheques em benefício do próprio sacador emitente com a finalidade de numerário em espécie, em desvio de recursos públicos".

No caso do conselheiro Amiraldo da Silva, a ministra afirmou que há prova de materialidade da conduta, e que ele mesmo admitiu que assinou cheques que foram sacados tendo como beneficiário o próprio TCE-AP.

Punibilidade extinta e absolvições

Segundo a Procuradoria, um terceiro réu da ação da 'Mãos Limpas', Regildo Wanderley Salomão, foi absolvido das acusações de formação de quadrilha e peculato. Na mesma linha, o colegiado votou pela absolvição de Amiraldo da Silva quanto às imputações dos crimes de quadrilha e de peculato relacionado ao recebimento de ajuda de custo.

Com relação à José Júlio, a Corte Especial do STJ declarou extinta sua punibilidade - em razão da prescrição punitiva em abstrato - quanto aos crimes de quadrilha, ordenação de despesa não autorizada por lei e peculato relacionado ao pagamento de servidores fantasmas, bem como em relação ao recebimento de ajuda de custos.

O conselheiro ainda foi absolvido pelo crime de peculato relativo ao pagamento de passagem aérea a seu filho pela autorização de reembolso de despesas médicas, apontou o MPF.

Até o fechamento deste texto, a reportagem não havia obtido um posicionamento das partes citadas.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando