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Por meio de uma carta escrita à mão, Lula pediu como presente de aniversário que o povo brasileiro vote neste domingo, 7, em Fernando Haddad, candidato do PT à Presidência. O ex-presidente comemora seu nascimento no dia 6, sábado.

Uma fotografia do documento foi publicada no perfil oficial de Lula no Twitter. Haddad compartilhou a postagem em suas redes sociais com uma resposta ao ex-presidente: "Amanhã se completam 73 anos do nascimento do maior líder brasileiro da História".

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Luiz Inácio da Silva nasceu em Garanhuns (PE), no dia 27 de outubro, mas foi registrado como tendo nascido em 6 de outubro.

Leia o texto na íntegra:

"Ao meu querido povo brasileiro,

Dia 06 de outubro é meu aniversário oficial. Espero ganhar de presente no dia 07 de outubro o voto do povo brasileiro no Haddad para Presidente. Haddad é 13. Haddad é Lula.

Um grande abraço do Lula

Sem medo de ser feliz"

Liderando as pesquisas de intenções de votos, o candidato à Presidência da República, Jair Bolsonaro (PSL), afirmou, nesta quinta-feira (4), que a “grande surpresa positiva” para ele com o resultado das eleições no próximo domingo (7) virá do Nordeste.  A fala de Bolsonaro é significativa, uma vez que a região é predominantemente petista e sofre grande influência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que indicou Fernando Haddad (PT) para a disputa presidencial. 

“A grande surpresa positiva para mim virá do Nordeste. O povo Brasileiro, você pode ver, qual a cidade que tem mais nordestinos no Brasil? São Paulo. Peço para que liguem para os parentes e procurem saber como Haddad governou São Paulo. Ele nem conseguiu se reeleger e perdeu para o [João] Dória. Esse homem agora está a serviço de uma pessoa que tinha tudo para ser um grande presidente, mas está preso. [Lula] Ele está colhendo o que ele plantou, ele tentou fazer com que Brasil fosse de um só partido, mas o PT instituiu o maior programa de corrupção do mundo”, argumentou, em entrevista à Rádio Jornal. 

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Bolsonaro garantiu ainda que não pretende “fechar a torneira” para os governadores do Nordeste caso seja eleito. “Ao estar afinado com o governador não pode prejudicar toda a população. Isso não é justo. O Estado que for eleger um governador do PT ou do PDT não tem problema nenhum. Sempre falamos, menos Brasília e mais Brasil. Queremos descentralizar os recursos. Não tem como fechar a torneira para o governador do Maranhão porque ele é do PCdoB, por exemplo”, salientou. 

Ainda sobre a região, o presidenciável disse que vai priorizar a Transposição do Rio São Francisco e negou a possibilidade de retomada da CPMF. 

Causas LGBTI+

O candidato do PSL à Presidência também rebateu as teses de que ele seria contra “negro, contra mulher, contra gay”, para ele isso é “invenção” da oposição. “Como posso ser contra tudo no Brasil e estar no primeiro lugar nas pesquisa?”, indagou, ironizando. 

Quanto aos relacionamentos homoafetivos, Jair Bolsonaro disse que os gays devem mais é ser felizes. “A minha bronca sempre foi e será contra esse tipo de material escolar [kit gay]. O pai não quer que o filho aprenda a fazer sexo homo ou hétero aos 6 anos de idade. A criança é um anjinho. Os movimentos de esquerda, como não tinham como discutir isso comigo, inventaram que eu era homofóbico. Onde é que me ouviram falando isso aí?”, questionou. 

“Ela [uma mulher lésbica] é maior de idade, eu quero mais é que ela seja feliz, assim como a outra menina quer namorar um menino, vá ser feliz. Cada um vá cuidar da sua vida, agora para criancinha de 6 anos de idade não dá. O pai não quer encontrar o filho brincando de boneca por influência da escola. Não tenho nada contra os gays, os gays vão ser felizes. A grande maioria são pessoas felizes, trabalham, pagam seus impostos, tem todo direito de ser feliz”, completou, dizendo que se eleito vai eliminar a educação sexual nas escolas. 

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, decidiu nesta quarta-feira (3) manter a proibição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conceder entrevistas da prisão. Para o presidente da Corte, deve ser cumprida "em toda a sua extensão" a decisão liminar do vice-presidente do STF, ministro Luiz Fux, que impediu na última sexta-feira (28) Lula de falar com a imprensa no período eleitoral.

Toffoli também reiterou que a proibição vale até o plenário da Suprema Corte analisar definitivamente a questão, o que só deve ocorrer após as eleições. O novo despacho de Toffoli deverá pacificar a questão, alvo de uma guerra de liminares no tribunal que envolveu nos últimos dias o próprio Toffoli, Fux e o ministro Ricardo Lewandowski.

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"Louvando a iniciativa do eminente Relator, ministro Ricardo Lewandowski, registro que a decisão liminar proferida (...) em 28/9/18, pelo vice-presidente da Corte, Ministro Luiz Fux, no exercício da Presidência, deverá ser cumprida, em toda a sua extensão, nos termos regimentais, até posterior deliberação do plenário", escreveu Toffoli, em despacho assinado na noite desta quarta-feira.

A avaliação de integrantes do STF é a de que o episódio desgastou institucionalmente a imagem do Supremo e aprofundou as divisões internas da Corte. Dois ministros ouvidos reservadamente pela reportagem consideram a situação "péssima", "difícil" e "horrível" para o tribunal. Há também um entendimento de que, quando o plenário do STF se debruçar sobre a questão, deverá ser avaliado o aspecto processual do embate, ou seja, a ação pela qual Fux, na última sexta-feira, derrubou a autorização concedida por Lewandowski em outro processo.

Nesta quarta-feira, Lewandowski não compareceu a um almoço marcado por Toffoli com o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, do qual participaram outros integrantes da Corte. Lewandowski e Toffoli tiveram uma dura conversa sobre o episódio na última segunda-feira (1), quando estiveram em um debate na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) em São Paulo.

Autorização

A nova decisão de Toffoli ocorre depois de Lewandowski atender a um pedido da defesa de Lula para autorizar que o petista seja entrevistado da superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde está preso.

Lewandowski enviou o caso para Toffoli decidir como seria executada sua autorização, deixando com o colega a palavra final em torno do imbróglio.

A controvérsia envolvendo a possibilidade de Lula conceder entrevistas começou com os pedidos do jornal Folha de S.Paulo e do jornalista Florestan Fernandes Júnior feitos ao STF. Em resposta a estas solicitações, Lewandowski autorizou as entrevistas na última sexta-feira (28). Mas, no mesmo dia, a decisão foi cassada pelo vice-presidente da Corte, Fux, na condição de presidente em exercício.

Nesta segunda-feira, no entanto, Lewandowski reafirmou a autorização e atacou a decisão de Fux, dizendo que o despacho do colega é "absolutamente inapto a produzir qualquer efeito no ordenamento legal".

O episódio, que gerou grande tensão na Corte, precisou da intervenção do presidente Toffoli, que resolveu, ainda na segunda, manter a proibição de Lula dar entrevistas até que o plenário do STF discuta sobre a matéria.

A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso e condenado na Lava Jato, pediu que o Supremo Tribunal Federal (STF) autorize que o petista seja entrevistado da cadeia, para que seja garantida "a livre manifestação de pensamento". Quem vai decidir sobre o pedido é o ministro Ricardo Lewandowki, que já se posicionou a favor de Lula falar com a imprensa mesmo preso.

A possibilidade de Lula conceder entrevistas da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde está preso por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, gerou um recente embate entre Lewandowski e o ministro Luiz Fux, envolvendo também o presidente do STF, ministro Dias Toffoli. O episódio acabou com Lula sendo vetado de dar entrevistas até que o plenário da Corte decida sobre a matéria. Agora, o próprio Lula pede que Lewandowki autorize as entrevistas.

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Na ação, a defesa do ex-presidente reclama das decisões da 12.ª Vara Federal de Curitiba (PR), que proibiram as entrevistas inicialmente. "Tais pedidos, contudo, restaram todos indeferidos pelo juízo reclamado em decisão que lhe impõe censura prévia", afirma.

Os advogados ainda dizem que Lewandowski "já reconheceu" que há "violação" nas proibições, quando, na última sexta, autorizou Lula a falar com a imprensa. "Luiz Inácio Lula da Silva é ex-Presidente da República, governou o País durante os anos de maior prosperidade social na história, era pré-candidato em 2018 até o injusto indeferimento de sua candidatura e, com certeza, tem muito mais a contribuir ao interesse público do que sua censura", diz a defesa.

Os advogados ainda falam que "censurar" o petista é "ludibriar a democracia, e subverter as bases do processo eleitoral".

Lula era o candidato à Presidência da República pelo PT até o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) barrar seu registro em função da Lei da Ficha Limpa. Seu nome foi substituído pelo de Fernando Haddad.

A ação no STF é assinada pelos deputados petistas Wadih Damous (RJ), Paulo Pimenta (RS) e Paulo Teixeira (SP).

Embate

O imbróglio envolvendo a possibilidade de Lula conceder entrevistas começou com os pedidos do jornal Folha de S. Paulo e do jornalista Florestan Fernandes Júnior feitos ao STF. Em resposta a essas solicitações, Lewandowski autorizou as entrevistas na última sexta-feira, 28, mas, no mesmo dia, a decisão foi cassada pelo vice-presidente da Corte, Fux, na condição de presidente em exercício.

Nesta segunda-feira, 1, no entanto, Lewandowski reafirmou a autorização e atacou a decisão de Fux, dizendo que o despacho do colega é "absolutamente inapto a produzir qualquer efeito no ordenamento legal".

O episódio, que gerou grande tensão na Corte, precisou da intervenção do presidente Toffoli, que resolveu, ainda na segunda, manter a proibição de Lula dar entrevistas até que o plenário do STF discuta sobre a matéria.

Os dois candidatos que lideram as pesquisas de intenções de voto na disputa pelo Senado em Pernambuco, Humberto Costa (PT) e Jarbas Vasconcelos (MDB), irão intensificar a agenda de campanha nesta reta final da corrida eleitoral. Os dois aparecem empatados com 33%, cada, na pesquisa divulgada pelo Ibope nessa terça-feira (2). 

Tentado associar a sua imagem ao do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Humberto vem se autodenominando como o “senador de Lula”. “Um senador que sempre lutou por Pernambuco e pelos programas que mudaram o Brasil”, destacou por meio das redes sociais. 

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Nas publicações do Facebook, também é reiterado que Humberto é do "time" de Lula. “Que criou [Lula] o Samu 192, o Farmácia Popular e o Brasil Sorridente, que criou a carteira de motorista gratuita para a população de baixa, a Academia das Cidades e construiu mais de 20 mil casas para os pernambucanos”, diz o texto. 

O senador petista, que já chegou a dizer que é preciso dar um basta no candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL), nesta quarta-feira (3), falou que no programa de governo do capitão da reserva prevalece um profundo desprezo pelo povo trabalhador. “Fruto do ódio e da ignorância enraizados nas elites deste país. Repare as ideias: imposto de renda unificado, igualando ricos e pobres, privatização das estatais e venda de propriedades imobiliárias da União. A lista de absurdos é gigante e pode afundar de vez o Brasil”, pontuou. 

Por sua vez, Jarbas vem ressaltando que é a opção para Pernambuco continuar melhorando. Nas redes sociais do candidato, também é exaltado sua trajetória política frisando que o emedebista foi o primeiro governador a implementar o modelo de educação em tempo integral em Pernambuco. 

Rivais históricos e agora unidos na mesma chapa encabeçada pelo governador Paulo Câmara (PSB), os dois tentam explicar o motivo de terem se unido. Jarbas já disse que se uniu a um adversário por acreditar que é o melhor para o estado. Humberto, que vem sendo chamado pelos que não concordam com a aliança de “golpista”, também falou sobre o assunto. “Em nome de Pernambuco poder avançar, em nome da gente esquecer as diferenças do passado e olhar para frente para fazer o nosso estado chegar onde ele pode e deve”, disse recentemente.

O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná rejeitou o recurso apresentado pelos advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pedindo autorização para que ele pudesse votar nas eleições deste ano. A postura da Corte foi exposta na noite dessa terça-feira (2). 

A defesa argumentou, no TRE, contra a primeira decisão de 23 de agosto questionando a "impossibilidade técnica" para instalar uma seção eleitoral na sede da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde Lula está preso desde abril. 

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Uma norma da Justiça Eleitoral prevê que é necessário ter, no mínimo, 20 eleitores para a instalação de uma seção, no sentido de preservar o sigilo do voto. O juiz Jean Leeck disse que Lula tem o direito de votar, porque a condenação dele não foi transitado em julgado, mas "embora o direito ao voto seja individual, a viabilização do seu exercício aos enclausurados é necessariamente coletiva”. 

A decisão, contudo, não descarta a possibilidade de Lula votar na sua zona eleitoral em São Bernardo do Campo, mas para isso a Justiça deve autorizar a locomoção com acompanhamento policial, não compete ao TRE do Paraná. 

As declarações dadas pelo ex-ministro dos governos Lula e Dilma, Antonio Palocci, em delação premiada deram um novo fôlego para críticas ao PT na reta final da campanha eleitoral. Liderando as pesquisas de intenções de votos, o candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL) afirmou, nesta terça-feira (2), que a sigla “coloca qualquer facção criminosa no bolso”. 

Para Bolsonaro, “é inegável o caráter criminoso do PT”. “Aliança com a ditadura cubana, venezuelana, mensalão, petrolão, tesoureiros presos, marketeiros presos, presidentes presos, e agora um candidato que recebe ordens de um corrupto condenado preso”, listou o presidenciável, fazendo referência ao adversário Fernando Haddad (PT), segundo lugar nas pesquisas, e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso desde abril deste ano. 

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O candidato do PSL acredita que “o próximo passo dessa facção, assim como de suas linhas auxiliares, será soltar seu líder bandido e torná-lo ministro para obstruir a justiça, outro poder que eles não respeitam”.

“O PT representa o fim da Lava Jato e a volta dos esquemas que ameaçam a democracia”, considerou Jair Bolsonaro.

Na delação, que teve o sigilo retirado pelo juiz Sérgio Moro, Palocci faz uma narrativa minuciosa e explica como foi montado o esquema de propinas e loteamento de cargos atendendo interesses de partidos políticos na Petrobras. Segundo o ex-ministro, Lula tinha conhecimento do esquema investigado pela Lava Jato desde 2007.

A Justiça Eleitoral de Pernambuco apreendeu, nesta segunda-feira, 1°, materiais de campanha com a imagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), condenado e preso pela Operação Lava Jato, como candidato à Presidência da República. Os santinhos, adesivos, cartazes e folhetos irregulares estavam no comitê do PSB, partido do governador e candidato à reeleição nas eleições 2018, Paulo Câmara, na cidade de Moreno, região metropolitana do Recife.

A denúncia foi feita pelo advogado André Jales, que é integrante da equipe jurídica da coligação "Pernambuco vai mudar", principal bloco de oposição à Câmara e que é liderado pelo senador Armando Monteiro (PTB). Por meio de nota, Jales disse que foram apreendidos 189 mil santinhos, cerca de 1.500 praguinhas (adesivos), 200 cartazes, 500 folhetos e um adesivo perfurado para carro, todos indicando Lula como candidato a presidente e com Fernando Haddad (PT) como vice.

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"A campanha de Paulo será multada em R$ 100 mil por insistir no crime eleitoral e a punição pode resultar inclusive na cassação da candidatura", afirmou o advogado na nota.

O termo de apreensão foi assinado pela juíza Ana Carolina Avelar Nunes, da 14ª Zona Eleitoral. Na determinação, a magistrada argumentou que "apesar de não haver prova de que o material em comento ainda esteja sendo efetivamente distribuído é certo que o artigo 242 do Código Eleitoral determina que as propagandas não podem empregar meios publicitários destinados a criar, artificialmente, na opinião pública, estados mentais passionais ou emocionais."

"[A lei] prevê que a Justiça Eleitoral adotará medidas para impedir ou fazer cessar imediatamente a propaganda realizada com infração do disposto nesse artigo. Assim, como a distribuição do referido material de propaganda traz a falsa ideia de que ele ainda é candidato, é preciso coibir a irregularidade", determinou a juíza.

Inquérito

Na quinta-feira, 27, equipes da Justiça Eleitoral cumpriram mandados de busca e apreensão em endereços dos diretórios estaduais do PT e do PSB. De acordo com a assessoria de imprensa do Tribunal Regional Eleitoral, nada foi encontrado na ocasião.

Na sexta-feira, 28, a desembargadora Karina Albuquerque de Aragão Amorim determinou que a Polícia Federal em Pernambuco instaurasse inquérito para apurar o suposto crime eleitoral.

Procurada, a assessoria de imprensa de Paulo Câmara não se pronunciou.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, decidiu na noite desta segunda-feira, 1º, manter a proibição de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso no âmbito da Operação Lava Jato, conceder entrevistas da prisão. A suspensão vale até o plenário da Suprema Corte decidir sobre a matéria.

O ex-presidente está preso na superintendência da Polícia Federal no Paraná, depois de ser condenado a 12 anos e um mês de prisão pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) no caso do "tríplex do Guarujá".

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A decisão de Toffoli deve pacificar a questão, que provocou uma guerra de liminares opondo de um lado o vice-presidente do STF, ministro Luiz Fux, e de outro o ministro Ricardo Lewandowski.

Na manhã desta segunda-feira, Lewandowski reafirmou a autorização para que Lula concedesse entrevistas a jornalistas, permissão que havia sido suspensa por Fux na última sexta-feira, 28.

Em meio à controvérsia, o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, solicitou ao Supremo orientação sobre como proceder no caso, diante de duas decisões divergentes.

"Diante da solicitação, a fim de dirimir a dúvida no cumprimento de determinação desta Corte, cumpra-se, em toda a sua extensão, a decisão liminar proferida, em 28/9/18, pelo Vice-Presidente da Corte, Ministro Luiz Fux, no exercício da Presidência, nos termos regimentais, até posterior deliberação do plenário", determinou Toffoli.

Ainda não há previsão de quando o plenário vai se debruçar sobre a matéria. O presidente do Supremo também pediu que a Procuradoria-Geral da República (PGR) envie um parecer sobre a controvérsia.

A determinação de Fux, mantida por Toffoli, de barrar a possibilidade de Lula conceder entrevistas antes das eleições atendeu a pedido do Partido Novo, que alega que a decisão de Lewandowski afronta o princípio republicano e a legitimidade das próximas eleições.

Conversa

Toffoli e Lewandowski discutiram a controvérsia em torno da questão nesta segunda-feira em São Paulo - os dois participaram de debate na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) sobre os 30 anos da Constituição Federal. O tom da conversa foi duro, segundo apurou o Broadcast Político.

Os dois já haviam se falado por telefone na noite da última sexta-feira, logo depois de Fux suspender a decisão de Lewandowski.

Toffoli tentou adotar um tom conciliador e colocar panos quentes, mas dentro da Corte a avaliação é a de que a gestão do ministro - que assumiu a presidência do tribunal no dia 13 de setembro - já está sendo testada em seus primeiros dias no gerenciamento de crises.

O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), reafirmou nesta segunda-feira, 1º de outubro, a autorização para que o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, preso e condenado no âmbito da Operação Lava Jato, possa conceder entrevistas da prisão. O ministro frisa "a autoridade e vigência" de sua decisão, que, segundo ele, serve "como mandado".

No despacho, Lewandowski afirma que a decisão tomada pelo vice-presidente da Corte, ministro Luiz Fux, de proibir Lula de conceder entrevistas possui "vícios gravíssimos", é "questionável" e "desrespeita todos os ministros do STF ao ignorar a inexistência de hierarquia jurisdicional entre seus membros e a missão institucional da Corte".

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Em uma crítica contundente à determinação de Fux, Lewandowski também diz que o conteúdo do despacho do colega é "absolutamente inapto a produzir qualquer efeito no ordenamento legal" e "não possui forma ou figura jurídica admissível no direito vigente".

Na noite da última sexta-feira, 28, Fux decidiu suspender a autorização que havia sido dada por Lewandowski para que Lula concedesse entrevistas da prisão.

O ex-presidente está preso na superintendência da Polícia Federal em Curitiba, desde abril. Fux determinou que a suspensão valesse até o julgamento do caso pelo plenário da Suprema Corte, que poderá referendar ou não o posicionamento do ministro.

Segundo Lewandowski, o Partido Novo não tem "legitimidade" para apresentar na Suprema Corte um instrumento processual chamado suspensão de liminar, que foi utilizado para derrubar a decisão de Lewandowski.

Surpresa

Lewandowski ainda lança dúvidas sobre o motivo de Fux haver decidido no lugar do presidente, ministro Dias Toffoli, responsável por julgar uma suspensão de liminar.

"Ou seja, desprezando-se o fato de que o Presidente do Supremo Tribunal Federal encontrava-se no território nacional, mais precisamente na cidade de São Paulo (conforme consta da anotação de sua agenda oficial), e, portanto, com poderes jurisdicionais para apreciar a medida, inclusive por meio eletrônico, como é habitual, bem como a circunstância de que o Vice-Presidente também estava fora da Capital Federal, em pouco mais de uma hora depois da distribuição da Suspensão da Liminar, os autos foram surpreendentemente remetidos ao Ministro Luiz Fux que, em cerca de uma hora após seu recebimento, proferiu a decisão questionada e questionável", afirma o ministro.

Estratégia

Lewandowski ainda diz que não é admissível que o Presidente ou o vice "se transformem em órgãos revisores das decisões jurisdicionais proferidas por seus pares".

Para Lewandowski, a "estratégia processual" "foi arquitetada com o propósito de obstar, com motivações cujo caráter subalterno salta aos olhos, a liberdade de imprensa constitucionalmente assegurada a um dos mais prestigiosos órgãos da imprensa nacional".

O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), classificou como censura a decisão do ministro Luiz Fux, também do STF, de cassar a autorização que Lewandowski havia dado ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso em Curitiba, de conceder entrevista ao jornal Folha de S.Paulo.

A declaração foi dada enquanto Lewandowski falava do crescente protagonismo do poder Judiciário no Brasil durante debate na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP). Ao listar algumas "decisões surpreendentes", ele citou por último a de Fux, sem citar o nome do colega.

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"Essa decisão censurou um dos mais importantes veículos de comunicação do Brasil, impedindo que este veículo fizesse uma entrevista com um ex-presidente da República", disse o ministro do STF, também sem citar o nome de Lula.

O presidenciável petista Fernando Haddad cumpre nesta segunda-feira, dia 1º, mais uma agenda de campanha em Curitiba, mais precisamente na sede da Polícia Federal, onde está preso desde abril o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado pela Lava Jato. É a quarta visita de Haddad a Lula desde que o ex-prefeito se tornou oficialmente o candidato do PT ao Palácio do Planalto.

Assim como nas outras oportunidades, após a visita - que dura, em média duas horas -, Haddad vai conceder uma entrevista coletiva à imprensa. Integrante da equipe de advogados do ex-presidente desde o início de julho, o petista já cumpriu essa mesma rotina outras nove vezes, antes como coordenador de campanha. A seis dias da eleição, ele vai aproveitar a viagem para também fazer um ato público no centro da cidade.

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Mas, se são inevitáveis diante da necessidade de Haddad continuar se favorecendo da transferência de votos do eleitor lulista - ele subiu 13 pontos nas pesquisas de intenção de voto em 15 dias -, os encontros frequentes têm exigido da campanha do candidato explicações sobre qual seria o papel do ex-presidente diante de um eventual governo Haddad. E se a vitória seria ou não acompanhada de um indulto presidencial a Lula.

 

Pressionado, Haddad já afirmou publicamente que não concederia o indulto, mas porque essa não é a vontade do ex-presidente, que preferiria aguardar por um novo julgamento para provar sua inocência. Já sobre a participação de Lula, caso vença a eleição, o candidato tem sido mais claro, afirmando que o padrinho político "será um grande conselheiro". O presidenciável petista também já declarou que não deixará de fazer as visitas caso vença a eleição.

Para o professor de Filosofia da Faap Luiz Bueno, a aceitação das visitas de Haddad a Lula varia de acordo com o eleitor. "O eleitorado tradicional do PT tem interesse em votar no Lula. Então, não se afetam com isso, não conhecem direito o Haddad, mas veem essa continuidade", diz. Por outro lado, segundo Bueno, esses encontros podem passar uma "incerteza" sobre quem iria governar, em caso de vitória do PT, diante da falta de autonomia de Haddad.

Nessa última semana antes do primeiro turno da eleição, Haddad vai concentrar suas agendas no Sudeste, onde seu principal adversário, Jair Bolsonaro (PSL), coloca maior vantagem sobre o petista - segundo a última pesquisa Ibope/Estado/TV Globo, o deputado federal tem 31% das intenções de voto na região, ante 16% do candidato petista.

Nesta segunda mesmo, após o ato púbico em Curitiba, o presidenciável petista segue para o Rio. Ainda nesta semana, Haddad deve participar de eventos públicos em São Paulo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu ao juiz federal Sérgio Moro para que suspenda o prazo das alegações finais do Ministério Público Federal em ação penal envolvendo o Instituto Lula e um apartamento em São Bernardo do Campo para depois das eleições. A defesa justifica que, em outra ação, a que envolve o sítio em Atibaia, Moro adiou o interrogatório final do petista para depois do período com o fim de "evitar a exploração eleitoral".

Nesta ação penal, o ex-presidente é réu acusado de supostas propinas de R$ 12,5 milhões envolvendo a compra de terreno em São Paulo, onde, segundo a acusação, seria sediado o Instituto Lula (R$ 12 milhões), e a aquisição de apartamento vizinho à residência do petista em São Bernardo do Campo, no edifício Hill House. A força-tarefa da Lava Jato sustenta que os imóveis foram comprados pela Odebrecht por meio de supostos laranjas, como o engenheiro Glaucos da Costamarques, primo do amigo de Lula, José Carlos Bumlai, e a construtora DAG. O petista nega.

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Lula já foi interrogado e o processo entrou na fase de alegações finais, por determinação do juiz federal Sérgio Moro, no dia 14 de setembro.

A defesa, no entanto, evoca outra decisão do magistrado, em outro processo, para pedir que a data-limite das alegações finais seja suspensa.

No dia 15 de agosto, Moro suspendeu o interrogatório de Lula na ação penal que envolve o sítio em Atibaia. O magistrado da Operação Lava Jato afirmou que a alteração das audiências tem por objetivo "evitar a exploração eleitoral dos interrogatórios".

As audiências estavam marcadas para datas entre 27 de agosto e 11 de setembro. Os interrogatórios agora devem ocorrer entre 5 e 14 de novembro.

Contra a exploração eleitoral, os advogados Cristiano Zanin Martins, Valeska Teixeira Martins e Alfredo Ermínio Araújo Andrade pedem a Moro que o prazo para as alegações finais da força-tarefa da Lava Jato seja suspenso. "Ora, se este Juízo houve por bem adiar um ato de autodefesa - como é o interrogatório do aqui requerente - durante o processo eleitoral, exatamente para, de modo prudente e adequado, se evitarem indesejáveis e espúrios usos políticos, o mesmo critério se mostra recomendável e adequado na espécie - para que também se obviem aqui efeitos colaterais indesejáveis extra judicium - a prática de atos de acusação durante esse mesmo período".

"Coloque-se em destaque que de acordo com o despacho ora tratado, o Ministério Público Federal irá apresentar suas alegações finais até 08.10.2018, um dia após o primeiro turno das Eleições Nacionais", afirmam

Os advogados avaliam ser necessária a "suspensão da marcha da presente ação penal até o término das eleições do corrente ano, para que se arredem explorações indevidas na esfera partidária e o feito não se convole em instrumento de ação política sob o pálido da sobranceira instituição do Poder Judiciário".

O ex-presidente também pediu para que suas alegações finais sejam marcadas para depois das alegações dos réus na mesma ação que firmaram colaboração premiada.

E ainda requereu que "o julgamento da ação seja realizado após o pronunciamento final do Comitê de Direitos Humanos da ONU no comunicado individual apresentado pelo Requerente em atenção à decisão proferida em 22/05/2018 por aquela Corte Internacional que determinou ao Brasil - com efeito vinculante aos Três Poderes - que se abstenha de realizar "qualquer ação que impeça ou frustre a apreciação de um Comunicado pelo Comitê alegando violação do Tratado".

A frase mais entoada na tarde deste sábado (29), no Recife, durante passeata contra o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), foi "Ele Não", em referência ao movimento criado contra o deputado. No entanto, o ato também chama a atenção ao pedir "Lula Livre". Alguns militantes petistas e simpatizantes do ex-presidente gritaram pedindo a liberdade de Lula. 

Grupos vestidos de vermelho também traziam frases com o nome do candidato Fernando Haddad (PT), destacando a importância de escolher o candidato de Lula. No entanto, outros militantes que participaram da caminhada mostraram seu apoio à Ciro Gomes (PDT) com alguns cartazes. 

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Apesar do apoio ao candidato de Lula, Bolsonaro continua liderando as pesquisas de intenções de voto desde o início da campanha eleitoral. Nessa sexta (28), o capitão da reserva se mostrou mais uma vez empolgado.

Ele publicou uma foto em sua conta no Instagram fazendo a barba no banheiro do quarto onde está internado no hospital. "Me preparando para voltar à ativa", escreveu na rede social.

Alguns momentos de tensão aconteceram durante a caminhada. Com as ruas tomadas pelos militantes, alguns motoristas trocaram insultos com os manifestantes. Em um momento no qual uma ambulância estava impedida de passar, um deles desceu do carro pedindo pela liberação.

"Pelo amor de Deus, deem passagem. Tem gente morrendo lá dentro", pediu. O policiamento liberou a passagem e em seguida as ruas foram ocupadas novamente.

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Na última sexta-feira (28), a Polícia Federal (PF) realizou apreensões de materiais de campanha, como “santinhos” e cartazes, que apresentavam Lula (PT) como candidato a presidente. As operações ocorreram nos estados da Bahia, Piauí e Minas Gerais.

No Piauí, os mandados foram cumpridos no diretório municipal do Partido dos Trabalhadores (PT), diretório municipal do Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB), comitê da coligação "A Vitória com a Força do Povo", agência dos Correios, duas gráficas e na casa de um candidato a deputado estadual. Em Minas Gerais, foram alvos as sedes do PT e do Partido Comunista do Brasil (PCdoB). O Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) emitiu o mandado após pedido da coligação do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB).

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Já na Bahia houve cumprimento de mandado nos comitês dos deputados federais e postulantes à reeleição Waldenor Pereira (PT-BA) e Alice Portugal (PCdoB-BA) e dos deputados estaduais Fabrício Falcão (PCdoB-BA) e Zé Raimundo (PT-BA), que também tentam o retorno ao cargo. A operação ocorreu após representação feita pela direção estadual do Democratas (DEM), que alegou estar havendo um "crime eleitoral" através da distribuição dos “santinhos” e que o fato estaria ocorrendo "com conhecimento das cúpulas partidárias, inclusive do governador Rui Costa (PT)". Rui Costa, que é candidato à reeleição, não comentou o assunto.

Em todas as ocasiões, diretórios e representantes do PT alegaram que o material recolhido havia sido produzido antes do indeferimento do registro de candidatura do ex-presidente Lula, ocorrido em 31 de agosto. "Desde o dia 11 de setembro estamos trabalhando diuturnamente para levarmos ao conhecimento dos eleitores a candidatura de Haddad, o candidato de Lula e de Wellington Dias", diz o diretório piauiense.

"Na medida que veio o indeferimento da candidatura, orientamos que fosse tudo encaixotado, cumprindo a decisão. Da parte da campanha, nós temos o desejo de divulgar o nome de Haddad", afirma Alexandre Pereira, advogado de Zé Raimundo na Bahia. A assessoria do PT argumenta ter recomendado aos candidatos  que fiquem atentos aos materiais de campanha.

Com informações do Estadão Conteúdo

O vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, decidiu na noite desta sexta-feira, 28, suspender a autorização para que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conceda entrevista a jornalistas mesmo preso na superintendência da Polícia Federal em Curitiba. A permissão havia sido dada pelo ministro Ricardo Lewandowski, também do STF.

A decisão de Fux vale até o julgamento do caso pelo plenário da Suprema Corte, que poderá referendar ou não o posicionamento do ministro. Ainda não há previsão de quando o processo será apreciado pelos 11 ministros da Corte.

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"Defiro a liminar, ad referendum do plenário, com fulcro no art. 4º da Lei nº 8.437/92, para suspender (…) os efeitos da decisão proferida nos autos da Reclamação n.º 32.035, até que o colegiado aprecie a matéria de forma definitiva. Por conseguinte, determino que o requerido Luiz Inácio Lula da Silva se abstenha de realizar entrevista ou declaração a qualquer meio de comunicação, seja a imprensa ou outro veículo destinado à transmissão de informação para o público em geral", determinou Fux.

"Determino, ainda, caso qualquer entrevista ou declaração já tenha sido realizada por parte do aludido requerido, a proibição da divulgação do seu conteúdo por qualquer forma, sob pena da configuração de crime de desobediência (art. 536, § 3º, do novo Código de Processo Civil e art. 330 do Código Penal)", completou Fux.

O petista está preso na superintendência da Polícia Federal do Paraná, em Curitiba, após ser condenado a 12 anos de um mês de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do tríplex do Guarujá.

Afronta

A determinação de Fux atende a pedido do Partido Novo, que pediu que Lula não fosse autorizado a dar entrevistas antes das eleições, sob a alegação de que a decisão de Lewandowski afronta o princípio republicano e a legitimidade do pleito.

"Não se pretende com a presente ação impor qualquer tipo de censura. Muito longe disso, o que se pretende é que a entrevista não seja realizada antes das eleições. Não se trata apenas do fato de que ele está em cárcere. Outras entrevistas já se deram em cárcere", sustentou o partido Novo.

O partido alegou que faltam menos de 10 dias para o primeiro turno, que Lula tentou concorrer à Presidência da República e que a coligação "O Povo Feliz de Novo" insistiu por muito tempo em apresentá-lo como se fosse candidato ao Palácio do Planalto.

Pela manhã, o ministro Ricardo Lewandowski havia autorizado Lula a conceder entrevista à colunista Mônica Bergamo, do jornal "Folha de S.Paulo".

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, autorizou, nesta sexta-feira (28), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a conceder entrevistas na na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde ele está preso desde 7 de abril, após ser condenado em segunda instância na Lava Jato.

 Despacho foi em favor da colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de São Paulo, e do jornalista Florestan Fernandes que questionaram censura à atividade jornalística por parte da 12ª Vara Federal de Curitiba, responsável pela execução da pena de Lula.

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De lá para cá, vem se manifestando à imprensa através de cartas encaminhadas pelos seus aliados durante visitas. O ex-presidente recebeu uma pena de 12 anos e um mês de prisão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. 

A autorização foi em resposta a uma reclamação feita pelos jornalistas, apontando que a 12ª Vara Federal de Curitiba negou a permissão para a entrevista impondo censura à atividade jornalística e mitigando a liberdade de expressão, contra decisão já tomada pelo STF na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 130/DF que garante "a plena liberdade de imprensa como categoria jurídica proibitiva de qualquer tipo censura prévia". 

"Não há como se chegar a outra conclusão, senão a de que a decisão reclamada, ao censurar a imprensa e negar ao preso o direito de contato com o mundo exterior, sob o fundamento de que 'não há previsão constitucional ou legal que embase direito do preso à concessão de entrevista ou similares', viola frontalmente o que foi decidido na ADPF 130/DF", argumenta o ministro na decisão.

Lewandowski também diz que "não raro diversos meios de comunicação entrevistam presos por todo o país, sem que isso acarrete problemas maiores ao sistema carcerário". Além disso, o magistrado ressalta que impedir a entrevista seria "nítida quebra no tratamento isonômico entre eles". 

O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, usou seu primeiro discurso na Assembleia-Geral da ONU nesta quarta-feira, 26, para, entre outros temas, denunciar a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele criticou a decisão no País de se "impedir o povo de votar e eleger à presidência o líder mais popular do Brasil".

Em sua fala, Díaz-Canel expôs hoje o continuísmo de seu governo das ideias políticas de Fidel Castro e pediu o fim do embargo dos EUA à ilha. "Somos a continuidade, não a ruptura", expressou o sucessor de Raúl Castro, que agradeceu aos líderes mundiais ao "rechaço quase unânime" que expressam a "cada ano" ao "bloqueio econômico, comercial e financeiro" imposto sobre a ilha.

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"Apesar do bloqueio, a hostilidade e as ações que executam os EUA para impor uma mudança de regime em Cuba, aqui está a revolução cubana, viva e pulsante, fiel a seus princípios", afirmou o presidente, eleito em abril.

Díaz-Canel abordou também a questão ambiental, apontando diretamente para o governo do presidente americano, Donald Trump. "Os Estados Unidos, um dos principais poluentes de hoje, rechaça, diante da comunidade internacional, a mudança climática."

Em sua fala, o presidente cubano se posicionou contra as tentativas de intervenção na Venezuela, para derrubar o presidente Nicolás Maduro. "Rechaçamos as tentativas de intervenção e as sanções contra a Venezuela, que buscam asfixiar o país economicamente e prejudicar as famílias venezuelanas."

No segundo bloco do debate entre os presidenciáveis promovido pelo SBT/Folha de S.Paulo e UOl, nesta quarta-feira (26), foi questionado ao candidato Fernando Haddad (PT) se ele era um candidato “teleguiado” pela rotina de visitas feitas ao ex-presidente Lula na cadeia. “Vai manter ponte aérea entre Brasília e Curitiba?”, perguntou o entrevistador convidado. 

Haddad respondeu com ênfase. “Sou com muita honra advogado do presidente Lula. Ele está injustamente preso. A sentença que o condenou não para de pé. Não tem prova contra ele e não vou descansar enquanto ele não tiver julgamento justo".

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Participam do debate, além de Haddad, Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB), Marina Silva (Rede), Alvaro Dias (Podemos), Henrique Meirelles (MDB), Guilherme Boulos (PSOL) e Cabo Daciolo (Patriota). 

O candidato Alvaro Dias (Podemos) também respondeu à pergunta sobre o que achava de Jair Bolsonaro (PSL) liderar no Paraná, estado do senador, todas as pesquisas e também se poderia apoiar o capitão da reserva por ser um crítico do PT. “Tenho esperança que essa eleição seja para escolher o melhor, um estímulo à honestidade, à competência”, respondeu. 

Alvaro ainda disse que tinha esperança do “despertar” do povo. “Não é possível que essa nação queira esse confronto entre extrema esquerda e extrema direita, dispensando experiência, competência, honestidade dos que se empenharam para cumprir sua missão atendendo as exigências da sociedade”. 

 

Os ministros do Supremo Tribunal Federal devem analisar hoje (26) recurso da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva contra a decisão que o condenou. No plenário virtual, o placar está 7 a 1 contra Lula. Mas o ministro Ricardo Lewandowski pediu vista e levou o julgamento para o plenário físico.

Preso desde 7 de abril na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, Lula cumpre pena de 12 anos e um mês, determinada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) no caso do triplex no Guarujá, em São Paulo.

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Placar

O placar do julgamento está em 7 a 1, formando maioria contra Lula, sendo realizado em ambiente virtual, quando os ministros do STF podem decidir remotamente sobre uma questão que trate de temas com jurisprudência já consolidada.

Segundo assessores de Lewandowski, o pedido de vista foi feito diante da divergência apresentada pelo ministro Marco Aurélio Mello, que votou pela soltura de Lula. Coube ao presidente da Corte, Dias Toffoli, marcar a data de apreciação do recurso.

O recurso protocolado pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é contra a decisão do plenário da Corte que negou um habeas corpus antes de ele ser preso, em abril.

Já votaram sobre a questão os ministros Edson Fachin, relator; Alexandre de Moraes; Dias Toffoli; Luís Roberto Barroso; Gilmar Mendes e Rosa Weber.

 

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