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O empresário Emílio Odebrecht afirmou em juízo nesta quarta-feira, 7, à Justiça Federal que aprovou a reforma do sítio de Atibaia (SP), que a Operação Lava Jato diz ser do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que teria ocultado propinas desviadas da Petrobras. O pedido teria vindo da ex-primeira dama Marisa Letícia (que morreu em 2016).

"O que eu fiz foi aprovar, quando o Alexandrino me trouxe o assunto a pedido de Dona Marisa", disse Emílio, ouvido na tarde desta quarta, pela juíza substituta da 13.ª Vara Federal, Gabriela Hardt. "Se eu não tivesse aprovado, hoje nos não estaríamos aqui tratando desse assunto." A juíza ouviu ainda Marcelo Odebrecht, seu filho, e Alexandrino Alencar, ex-executivo do grupo e porta-voz do empresário com Lula.

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Emílio disse que pediu orçamento da obra a Alexandrino. Disse que o valor seria entre R$ 400 mil e R$ 500 mil e que pediu que fosse usada a estrutura da construtora em São Paulo e que os funcionários não usassem nada que identificasse a Odebrecht.

"Dona Marisa fez esse pedido a ele (Alexandrino)."

O empresário é réu no processo em que Lula é acusado de corrupção e lavagem de dinheiro. Preso desde o dia 7 de abril, condenado a 12 anos e um mês no processo do caso triplex do Guarujá (SP), esse é a terceira ação aberta contra o ex-presidente. A segunda, em fase final, é a de propinas da Odebrecht na compra de uma terreno para ser sede do Instituto Lula e de um apartamento usado pela família do petista, em São Bernardo do Campo.

Filho

Não é a primeira vez que ele confessa ter ordenado a obra no "sítio de Lula". Item de sua delação premiada, homologada em janeiro de 2017, Emílio também encaminhou documento à Justiça assumindo a responsabilidade sobre o caso do sítio e isentando seu filho Marcelo Odebrecht.

Em declaração escrita ao juiz federal Sérgio Moro, o patriarca do grupo Odebrecht isenta seu filho Marcelo de responsabilidade nas obras do sítio Santa Bárbara, em Atibaia. O empreiteiro afirma que competia a ele "contatos diretos" com o ex-presidente e que Marcelo tinha como interlocutores do petista para pleitos da construtora os ex-ministros Antônio Palocci e Guido Mantega.

Emílio afirma que Marcelo reportava a ele "os temas por ele tratados diretamente com Antônio Palocci e Guido Mantega que tinham relação ou envolviam Lula".

Em sua delação premiada, Emílio disse ter relatado a Lula em reunião no Palácio do Planalto, em 2010, que as obras no sítio ficariam prontas no mês seguinte. O encontro, segundo ele, ocorreu no fim do ano, próximo do fim do mandato do então presidente.

Emílio relatou aos procuradores que, no encontro, o petista não teria ficado "surpreso" com a informação. "Eu disse: 'Olhe, chefe, o senhor vai ter uma surpresa e vamos garantir o prazo que nós tínhamos dado no problema lá do sítio'." Anotações e e-mails foram entregues pelo delator como forma de comprovar a reunião.

Crocodilo

Emílio Odebrecht foi questionado pelo procurador da República Athayde Ribeiro Costa, da força-tarefa da Lava Jato, sobre afirmação que ele fez em sua delação sobre conversa com Lula que teria tido para pedir que os pedidos do PT fossem controlados, em que ele teria dito que eles deveriam parar de ter "boca de crocodilo e começarem a ter boca de jacaré".

O empresário afirmou que fez um pacto de sangue com Lula para custear campanhas do PT.

O caso envolvendo o sítio representa a terceira denúncia contra Lula no âmbito da Operação Lava Jato. Segundo a acusação, a Odebrecht, a OAS e também a empreiteira Schahin, com o pecuarista José Carlos Bumlai, gastaram R$ 1,02 milhão em obras de melhorias no sítio em troca de contratos com a Petrobras.

Detalhes

O empresário disse não ter conhecimento dos detalhes da obra e que só veio a conhecer os pontos específicos, após a Lava Jato. O delator também não vinculou especificamente a reforma aos contratos da Petrobras da empresa.

O processo inclui ao todo 13 acusados, entre eles executivos da empreiteira e aliados do ex-presidente, até seu compadre, o advogado Roberto Teixeira. O imóvel foi comprado no final de 2010, quando Lula deixava a Presidência, e está registrado em nome de dois sócios dos filhos do ex-presidente, Fernando Bittar - filho do amigo e ex-prefeito petista de Campinas Jacó Bittar - e Jonas Suassuna. A Lava Jato sustenta que as obras feitas na propriedade por empresas do cartel que atuava na Petrobrás ocultariam propinas.

O ex-presidente Lula nega ser o dono do sítio.

O polêmico deputado federal eleito Alexandre Frota gravou um vídeo para falar sobre a sua “revolta” pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva continuar cumprindo pena em uma cela especial na sede da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba. “Eu não concordo e milhões de brasileiros também não. No que depender de mim, esse bandido vai para a penitenciária comum. Hoje ele é um cidadão comum e diga-se de passagem um condenado”. 

O ex-ator pornô disse que o ex-presidente não deveria ser tratado com nenhuma regalia e o chamou de analfabeto. “Lula preso especial por quê? Só porque foi presidente? Foi presidente, mas foi o maior corrupto. Tinha era que ser tratado pior que os presos comuns porque roubou uma nação inteira e traiu o povo brasileiro. Analfabeto desgraçado”, disparou. 

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Frota falou que a cela especial é um direito previsto na legislação brasileira, mas logo justificou que o caso dele era enquadrado no chamado “jeitinho brasileiro”. Ele ainda criticou o fato do líder petista ter alguns benefícios como TV, ar condicionado e receber “três boas refeições”. 

“[Lula] Só poderia receber visitas as quartas, mas recebe todo dia se preciso. Além de tirar as segundas-feiras para receber Haddad, Gleisi Hoffmann e os chefes petistas para ficar confabulando. Um entra e sai que parece a casa da mãe Joana. Lula transformou em seu escritório político a sala da PF e alguém acredita aqui que Lula não tem celular se em todos os presídios do Brasil o que mais tem é preso e celular?”, indagou.  

O novo integrante da Câmara dos Deputados a partir de 2019 ainda disse esperar que o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) seja firme e tolerância zero no caso do petista. “Tínhamos que construir, na verdade, um presídio militar onde Lula, Zé Dirceu, Sérgio Cabral e toda corja vivesse lá cumprindo suas penas sem direito a conversão, saidinhas, indultos e visitas íntimas”. 

O candidato derrotado do PT à Presidência, Fernando Haddad, vai se encontrar nesta quarta-feira, 7, com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Curitiba, onde Lula cumpre pena por corrupção passiva e lavagem de dinheiro após ser condenado na Operação Lava Jato. Será a primeira visita de Haddad ao ex-presidente desde o segundo turno da eleição presidencial.

Na segunda-feira, 5, o ex-prefeito passou horas reunido com a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, na sede do partido em São Paulo. O tema da conversa foi o futuro de Haddad.

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Na semana passada a executiva nacional do PT decidiu que o ex-prefeito de São Paulo deve ocupar o papel de líder da oposição ao governo Jair Bolsonaro. Haddad e o PT discutem a forma como o candidato vai cumprir a função. A possibilidade de Haddad vir a assumir a presidência do PT em julho do ano que vem, quando termina o mandato de Gleisi, é remota.

Além disso, o PT tenta montar uma agenda de viagens pelo Brasil para o ex-prefeito ainda este ano. A forma como Haddad vai ocupar papel de destaque na oposição a Bolsonaro deve ser o tema principal da conversa entre o candidato e Lula.

Na semana passada, o ex-presidente disse a advogados que foram visitá-lo que, embora tenha perdido a eleição, Haddad saiu da disputa maior do que entrou. Lula disse também que só depois do carnaval será possível enxergar a verdadeira cara do governo Bolsonaro e traçar uma estratégia de oposição de longo prazo.

De acordo com Lula, o presidente eleito "não vai ser no governo a mesma pessoa que foi na campanha". O ex-presidente espera que o sistema institucional de pesos e contrapesos imponha limites à atuação de Bolsonaro.

A juíza Gabriela Hardt, sucessora de Sérgio Moro a frente dos processos da Operação Lava Jato em Curitiba, interrogou nesta segunda-feira, 5, dois delatores da Odebrecht. Os engenheiros Emyr Diniz Costa Júnior e Carlos Armando Guedes Paschoal foram ouvidos no processo contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e outros investigados relativos ao sítio de Atibaia.

Sérgio Moro deixou a Lava Jato após aceitar o convite do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) para assumir o comando do Ministério da Justiça. Nesta segunda, 5, o juiz enviou um ofício ao corregedor do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região informando que entrou em férias e que vai se exonerar logo antes da posse como ministro.

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A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu liberdade ao Supremo Tribunal Federal (STF). No documento, o petista acusa o juiz federal Sérgio Moro, futuro ministro da Justiça do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), de perda de imparcialidade para processá-lo.

Os advogados de Lula pedem que o Supremo reconheça a suspeição de Moro para julgar o ex-presidente e decrete a nulidade de todos os atos processuais relativos ao caso do tríplex do Guarujá (SP). A defesa requer ainda que a nulidade seja estendida "a todas as ações penais propostas em face de Luiz Inácio Lula da Silva que estão ou estiveram sob a condução do Juiz Federal Sérgio Fernando Moro" - as denúncias ligadas a supostas propinas da Odebrecht, que incluiriam um terreno para abrigar o Instituto Lula, e ao sítio de Atibaia (SP).

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Lula está preso desde abril em Curitiba, base da Lava Jato. O ex-presidente foi condenado em janeiro deste ano pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), a Corte de apelação da Operação Lava Jato, a 12 anos e um mês de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro no caso triplex do Guarujá.

O habeas corpus de Lula foi distribuído ao ministro Edson Fachin no sábado passado, dia 3 de novembro.

Novo senador de Goiás, o ex-apresentador e vereador de Goiânia Jorge Kajuru (PRP) disse que dará 100 dias de prazo para que Jair Bolsonaro mostre trabalho a favor do Brasil. Se dentro do espaço de tempo, Kajuru não estiver satisfeito, fará oposição ao Presidente da República.

Em entrevista a Rádio Sagres, de Goiás, ele explicou que pediu ao senador Cid Gomes (PDT) para retirá-lo da lista de um bloco de senadores da oposição. "Não vou chegar no primeiro dia e jogar contra o meu país. Fiquei assustado de receber telefonemas para compor um bloco de oposição. Sou um opositor responsável. Eu conheço o principal homem do governo do Bolsonaro. Tenho amizade pessoal. Sou amigo da esposa de Paulo Guedes. É um homem íntegro", disse.

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Questionado pelos radalistas se também era amigo do futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, Kajuru se alterou. "Eu não vou ser amigo de uma pessoa que recebeu propina da JBS e confessou. É réu confesso", esbravejou.

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Kajuru disse ainda que Bolsonaro era o candidato "menos ruim" das eleições presidenciais, mas que já havia falhado com ele durante a campanha. "Ele prometeu gravar um vídeo (de apoio) para mim e não cumpriu. Gravou para o Wilder (Morais, do DEM). O Wilder gastou uma bela grana. Bancou a campanha dele (Bolsonaro) aqui", afirmou.

O senador eleito comparou a montagem do ministério de Bolsonaro com o do primeiro governo do PT. "Bolsonaro não é um homem culto. Mas Lula também não era e montou um belo ministério e fez um bom governo. Depois veio a roubalheira. Bolsonaro está escolhendo bons nomes", afirmou.

Jorge Kajuru ainda falou sobre um conselho que afirmam já estar montado para guiar seu mandato. "Vou escutar eles sobre tudo", disse, antes de confirmar os nomes do ex-senador Pedro Simon (MDB), o senador não reeleito Cristóvão Buarque (PPS), um filho do antropólogo Darcy Ribeiro, o cantor Ivan Lins, e Diana Leite, professora da UFRJ.

A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está preparando uma manifestação para encaminhar ao Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o ingresso de juiz Sérgio Moro na gestão de Jair Bolsonaro. A informação é da coluna Painel. O magistrado aceitou o convite para ser ministro da Justiça na administração do presidente eleito.

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Moro foi responsável pela condenação do líder-mor petista pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção no âmbito da Lava Jato em primeira instância. A condenação enquadrou o ex-presidente na Lei da Ficha Limpa e o deixou de fora da disputa pelo comando do Palácio do Planalto deste ano.

De acordo com a coluna Painel, os advogados de Lula vão lembrar que a primeira representação feita por eles na ONU, em 2016, sustentavam que Moro poderia projetar uma carreira política e, por isso, colocaria o trabalho como juiz em xeque. Em um dos tópicos da petição daquele ano, a defesa do petista apontou que o juiz visto como eventual candidato a presidente.

Moro sempre negou pretensão política. Em entrevista à Revista Veja, por exemplo, o magistrado disse que se postulasse algum cargo político colocaria em dúvida seu trabalho. “Não seria apropriado de minha parte postular nenhum cargo político, pois isso colocaria em dúvida a integridade do trabalho que fiz”, chegou a dizer.

 

O fato do juiz Sérgio Moro ter aceito o convite do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) para assumir o superministério da Justiça foi criticado pela oposição. Vereadora do Recife e deputada federal eleita, Marília Arraes (PT), pontuou, nesta quinta-feira (1º), que o posicionamento do magistrado “escancara o golpe”.

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“Cada dia mais se escancara o golpe que estamos vivendo no Brasil, tem um juiz que mandou prender, sem provas, o candidato que ia ganhar a eleição, e agora vai ser ministro do candidato que ganhou a eleição só porque o outro que está preso não disputou. Está cada vez mais claro para o povo brasileiro e eu acho que tende a se consolidar quando esse golpe chegar cada dia mais na casa das pessoas e no bolso delas”, salientou.

Moro foi responsável pela condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelos crimes de corrupção de lavagem de dinheiro, o que, confirmado em segunda instância, enquadrou o petista na Lei da Ficha Limpa o deixando impedido de concorrer à Presidência. Segundo pesquisas de intenções de votos no início da campanha, Bolsonaro perdia apenas para Lula. Os petistas chamam a condenação de "injusta" e "sem provas", além de pontuarem a ação como "golpe".

Marília viaja para Brasília na terça-feira (6), quando terá uma reunião com a bancada eleita do PT. Na avaliação dela, “a tendência é que o governo seja cada vez mais antipovo” e isso dará um “trabalho grande”.

“Terça-feira teremos uma conversa e sabemos o que os direitos das mulheres serão muito atingidos caso ele cumpra o que prometeu. Muita gente votou nele contando que ele não ia fazer o que estava prometendo, algo realmente inusitado na política, mas ele fazendo o que prometeu teremos muitos direitos da mulher atingidos e violados”, ressaltou.  

“Teremos um grande trabalhado para lutar contra essa agenda de maldade com o povo brasileiro. Temos que fazer desse tempo amargo uma oportunidade para que o povo crie mais consciência política do que já teve”, completou.

Para Marília, Bolsonaro com a montagem dos ministérios já nesta primeira semana depois da eleição mostra que o “comprometimento dele é com o estrangeiro e a elite brasileira que está a serviço dos interesses internacionais”.

 

Em sua primeira entrevista como juiz da Lava Jato, ainda em 2016, Sérgio Moro disse ao jornal O Estado de S. Paulo que jamais entraria para a política. Na ocasião, o juiz federal, acusado principalmente pelo PT de perseguir o partido, declarou também que a Justiça era "questão de prova" e achava "errado tentar medir a Justiça por essa régua ideológica". Veja a íntegra da entrevista dada ao Blog do Fausto.

"Não, jamais. Jamais. Sou um homem de Justiça e, sem qualquer demérito, não sou um homem da política", disse Moro. "Acho que a política é uma atividade importante, não tem nenhum demérito, muito pelo contrário, existe muito mérito em quem atua na política, mas eu sou um juiz, eu estou em outra realidade, outro tipo de trabalho, outro perfil. Então, não existe jamais esse risco."

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Sobre suas motivações, Moro disse, na época: "No fundo, o juiz está cumprindo o seu dever. Minhas reflexões têm por base os casos já julgados, considerando os casos já julgados. Este caso que em seu início parecia um caso criminal, não vou dizer trivial, mas se transformou em um caso que diz respeito à qualidade da nossa democracia. Porque esse nível de corrupção sistêmica compromete a própria qualidade da democracia."

Questionado sobre se prenderia o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o que acabaria por acontecer em abril deste ano, Moro disse: "Esse tipo de pergunta não é apropriada, porque a gente nunca fala de casos pendentes."

O senador Cristovam Buarque (PPS) afirmou, nesta quinta-feira (1º), se o juiz Sérgio Moro, responsável pelas ações da Lava Jato em primeira instância, aceitar ser ministro no governo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) vai prevalecer a tese de que houve “conspiração” na condução dos trabalhos judiciais da investigação que apura um esquema de corrupção na Petrobras.

Buarque lembrou que Moro foi responsável pela condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelos crimes de corrupção de lavagem de dinheiro, o que, confirmado em segunda instância, enquadrou o petista na Lei da Ficha Limpa o deixando impedido de concorrer à Presidência. Segundo pesquisas de intenções de votos no início da campanha, Bolsonaro perdia apenas para Lula.

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“Se Moro vira ministro de um governo que foi eleito porque Lula está preso e PT desmoralizado pela Lava Jato, prevalecerá aqui e no exterior a ‘possible news’ de que houve conspiração”, ressaltou o senador em publicação no Twitter.

Na ótica de Buarque, a manchete nos jornais será “Moro desmoraliza e mata Lava Jato”. “Não se pode ser czar contra corrupção desmoralizando imagem da luta contra corrupção”, reforçou a crítica.

O juiz Sérgio Moro é cotado para assumir o Ministério da Justiça no governo Bolsonaro ou ser indicado para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele se reúne hoje com Bolsonaro no Rio de Janeiro para discutir os convites e já deu sinais de que pode aceitar integrar a equipe ministerial.

O terceiro colocado nas eleições presidenciais brasileiras, Ciro Gomes (PDT-CE), disse que foi "miseravelmente traído" pelo ex-presidente Lula e seus "asseclas", em entrevista ao jornal "Folha de S. Paulo", publicada nesta quarta-feira (31).

"Não declarei voto ao Haddad porque não quero mais fazer campanha com o PT", afirmou, lembrando a atuação do partido para impedir que o PSB o apoiasse nas eleições.

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"Você imagina, conseguir do PSB neutralidade trocando o governo de Pernambuco e de Minas? Em nome do quê foi feito isso? De qual espírito público, razão nacional, interesse popular? Projeto de poder miúdo. De poder e de ladroeira. O PT elegeu Bolsonaro", protestou.

"Esses fanáticos do PT não sabem, mas o Lula, em momento de vacilação, me chamou para cumprir esse papelão que o Haddad cumpriu. Eu não aceitei. Me considerei insultado', acrescentou, lembrando as negociações de apoio pré-campanha.

Gomes ainda nega que tenha ficado neutro na votação do segundo turno. "Quem declara o que eu declarei não está neutro", disse, citando uma entrevista que deu após o primeiro turno, em que, ao responder pergunta de um repórter, disse a frase "Ele não", usada para combater a campanha do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL-RJ).

Ao ser perguntado se faria novamente aliança com o PT, o pedetista disse que, se puder, não o fará."Você acha que eu votei em quem?", ironizou, sem confirmar qual candidato escolheu.

Da Ansa

O PT perdeu apoios regionais na eleição presidencial deste ano e isso é inegável, mas e o lulismo, ainda resiste após a derrota do candidato Fernando Haddad (PT)? Especialistas ouvidos pelo LeiaJá apontam que sim, apesar da argumentação constante dos opositores ao PT e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que segue preso cumprindo pena por corrupção e lavagem de dinheiro, de “extirpar” a força deste segmento do país.

O que mudou, contudo, é o cenário em que o lulismo saiu do auge de conquistar quatro mandatos presidenciais seguidos para o declínio dos escândalos de corrupção e a crise político-econômica instaurada no Brasil - que gerou o movimento antilulismo e antipetista.

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O retrato disso foi visto nas urnas, com a vitória de Jair Bolsonaro na disputa presidencial. Segundo levantamento publicado nesta semana pelo jornal Folha de São Paulo, o PT registrou queda nos votos em todas as regiões do país.

Se comparado a 2014, por exemplo, apenas na região Nordeste o segmento manteve força hegemônica e Haddad conquistou uma votação parecida com a da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), eleita naquele ano, mas, mesmo assim, houve uma perda de eleitores. Para se ter uma ideia, em 2014 o PT recebeu 71,7% dos votos válidos dos nordestinos e com Haddad 69,7%. A leve diferença não é vista nas outras regiões, onde a redução foi de quase dez pontos percentuais.

“O lulismo não foi enterrado em 2018. Existe uma força ainda presente, ainda que não tenha a mesma intensidade. A expressiva votação de Fernando Haddad foi uma votação de apoio ao lulismo. Agora, ao trilhar o caminho da oposição, o lulismo terá que se revisar. Terá que adotar as novas demandas da sociedade, que certamente virão com as reformas empreendidas”, considerou a cientista política Priscila Lapa.

O pensamento da estudiosa foi corroborado pelo professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e cientista político Adriano Oliveira. “O lulismo mostrou força nesta eleição, apesar da derrota, em particular na região nordeste. A diferença [de votos] de Bolsonaro para Fernando Haddad declinou nos últimos dias e a expressiva votação de Haddad não significa que seja, por inteiro, em virtude do lulismo, o candidato tem sua participação. Entretanto, quando olhamos o resultado pela região Norte/Nordeste, observamos que essa região era lulista e continuou a ser”, observou. 

Após a derrota no último domingo, surgiu o debate sobre uma espécie de “luladependência” do partido eleitoralmente. Alguns petistas refutaram a tese e outros admitiram que a ausência física de Lula na disputa teria sido prejudicial. Para Oliveira, o PT transformou-se em um partido dependente do líder-mor. “Existe sim uma ‘luladependência’ do PT e a derrota de Haddad é uma oportunidade para ela terminar. Isso é possível se o PT autorizar Fernando Haddad a liderar a oposição, caso isso não corra e a oposição fique fragmenta, essa ‘luladependência’ vai continuar”, salientou.

O argumento foi contraposto por Priscila Lapa, que viu na ausência física de Lula uma oportunidade de diminuir o tamanho da derrota de Haddad. “A derrota tem a ver com o emblema do combate à corrupção, cuja prisão de Lula é o seu símbolo maior. Tem a ver com o estado da economia, que restringiu conquistas de um público com o qual o PT sempre dialogou. A ausência de Lula no cenário pode, inclusive, ter ajudado a diminuir o tamanho da derrota. A presença física dele na eleição agregaria para o eleitor que já votaria no PT, mas impediria em angariar outros apoios que o PT conquistou ao longo da campanha”, ressaltou.

Um PT opositor e em renovação

Com 45 milhões de votos, Fernando Haddad já deixou claro, logo após a confirmação da derrota eleitoral, que pretendia protagonizar a liderança da oposição ao governo de Bolsonaro pontuando que “um professor não foge à luta”, pedindo coragem aos seus eleitores e já mencionando a disputa de 2022. A incógnita, porém, é se o PT abrirá espaço para o ex-candidato comandar as ações oposicionistas, lugar até agora ocupado com afinco, e ainda que da prisão, pelo próprio Lula.

Na avaliação de Lapa, Haddad se revelou capaz de aglutinar a esquerda. “O PT se fortaleceu em relação a 2014 no número de governadores eleitos e a sua bancada na Câmara foi a maior de 2018. A esquerda como um todo fez uma bancada expressiva, com a qual o presidente eleito precisará estabelecer diálogos. O PT revelou Fernando Haddad como um líder com capacidade de agregar a esquerda. Além do mais, os movimentos sociais certamente buscarão o partido e o partido os buscará num momento de muita repressão aos ativismos”, disse a estudiosa.

Para esta relação mútua com os movimentos sociais de base e outros partidos ser de sucesso, o PT também precisará de uma renovação interna. Já alertada por Fernando Haddad na campanha.

“Todo partido que sai do poder e toma o caminho da oposição ou se renova ou morre. Mas o PT dificilmente morrerá. Ele tem base consolidada em todo o território nacional, está no poder em diversos Estados e deverá, naturalmente, angariar as novas demandas que a sociedade terá nesse novo ciclo político. Com seu líder maior preso, inevitavelmente ele perde essa conexão. Logo, haverá um caminho de se renovar por essas novas forças políticas em atuação”, ponderou Priscila Lapa.

“A questão da auto crítica, explícita, como uma espécie de pedido de desculpas, não vai acontecer. Mas a história está se encarregando de mostrar ao PT que houve muitos equívocos. Mudar é um caminho para a sobrevivência. O tempo vai mostrar”, acrescentou a cientista política.

Um dos pontos essenciais que o partido deve expor para seus adeptos e os demais brasileiros, na ótica de Adriano Oliveira, é que mudou de prática. “É claro que o PT precisa de renovação e ela pode existir com Fernando Haddad, em vista do seu desempenho eleitoral. O PT precisa, de modo mais contundente, de uma nova agenda e colocar para os eleitores que mudou de prática, ou seja, aquilo que ocorreu no passado, em forma de corrupção, não irá mais ocorrer”, argumentou o professor.

O espaço conquistado na eleição

Apesar de ter perdido a disputa pela Presidência da República, o Partido dos Trabalhadores (PT) será a sigla com o comando de mais Estados do país a partir de 2019. A legenda elegeu quatro governadores: Rui Costa na Bahia, Camilo Santana no Ceará, Wellington Dias no Piauí - para o segundo mandato - e Fátima Bezerra no Rio Grande do Norte, sendo ela a única mulher a conquistar o cargo no país.

Além disso, o PT elegeu 56 deputados ficando com a maior bancada na Câmara Federal, à frente, inclusive, do PSL de Jair Bolsonaro que conquistou 52 cadeiras. Já no Senado, o PT elegeu três nomes: Rogério Carvalho Santos pelo Sergipe, Humberto Costa por Pernambuco e Jaques Wagner pela Bahia.

O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), negou uma liminar (decisão provisória) pedida pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que fosse suspensa uma das ações penais em que é acusado pelo suposto recebimento de propina da empresa Odebrecht. O caso está sob responsabilidade do juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba.

No pedido, os advogados de Lula voltam a citar a liminar proferida em maio pelo Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), que recomendou a garantia dos direitos políticos de Lula até que o órgão julgue em definitivo se Moro cometeu alguma irregularidade na condenação do ex-presidente.

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Na decisão assinada ontem (29), Fachin entendeu que a recomendação do órgão multilateral não se aplica ao campo penal, restringindo-se à esfera eleitoral. O ministro escreveu que “quanto às alegações atinentes ao comitê da ONU, como citado, a matéria não se enfeixa em exame preambular atinente ao campo especificamente da seara penal”.

Em setembro, o plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) considerou, por 6 a 1, que a recomendação da ONU não vincularia a Justiça Eleitoral brasileira e julgou Lula inelegível pela Lei da Ficha Limpa. Também ministro do TSE, Fachin foi o único a votar na ocasião de modo favorável ao ex-presidente.

Lula está preso desde 7 de abril na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde cumpre a pena de 12 anos e um mês de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do tríplex no Guarujá (SP). A condenação foi confirmada pela segunda instância da Justiça Federal, o que levou o TSE a enquadrar o ex-presidente na Lei da Ficha Limpa. Ele recorre às instâncias superiores contra a condenação.

Alguns políticos aliados ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, chegaram a afirmar que tão logo o Brasil elegesse um novo governante, o líder petista seria solto. Passada a eleição, Lula pode voltar a ser um dos focos que foram deixados de lado durante o pleito. Em entrevista ao LeiaJá, o ex-prefeito do Recife João Paulo, que conseguiu uma vaga na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), ao ser questionado sobre o assunto não pareceu tão confiante ao falar sobre o assunto. Sem dizer se acreditava ou não nessa possibilidade, ele falou que o país vive um cenário de muitas incertezas. No entanto, foi direto: “Eu acho que Lula não era nem para ter sido preso”.   

“Nós estamos vivendo uma conjuntura de muita efervescência, de muitas transformações no curto prazo e de um tempo onde o eleitor cada vez mais está sendo sacudido num momento de incerteza. Eu acho que isso é fruto da conjuntura política. Então, existe a necessidade de um pacto mínimo para garantir a governabilidade e diminuir o sofrimento imenso que o nosso povo está vivendo é fundamental”, declarou.   

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O deputado estadual eleito disse que isso não será fácil de conseguir. “Exige muita lucidez, muita compreensão, muita responsabilidade e muito desarmamento dos ânimos e estamos vivendo um processo de muita polarização”, ressaltou lembrando que foi por duas vezes o deputado estadual mais votado em Pernambuco e que espera contribuir para o “processo de luta e organização do povo”.   

Ele ainda afirmou que o ambiente será muito difícil para o próximo presidente do Brasil. “Acho que é um momento de repensar mais o Brasil e de se ter um pacto com a política nacional”, opinou.

 Antes da eleição, o ex-prefeito chegou a dizer que seria um "desastre" eleger Bolsonaro. "Há uma necessidade de uma grande frente para combater aquilo que pode ser aquilo que pode ser o maior desastre da história da política de povo brasileiro de eleger um inconsequente, um irresponsável, um entregador das nossas soberanias nacional ao patrimônio internacional", disparou durante um ato do PT.

Apoiadores do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) em Curitiba se reuniram na noite deste domingo (28), em frente aos prédios da Justiça Federal e da Polícia Federal - respectivamente, o órgão que condenou o ex-presidente Luiz Inácio da Silva no âmbito da Operação Lava Jato e o que o mantém preso desde abril.

Desde as 17h, horário de fechamento das urnas, um grupo se concentrou em frente ao local de trabalho do juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas ações da primeira instância da Lava Jato, onde fizeram manifestações de apoio à Bolsonaro em um carro de som. Eles cantaram o Hino Nacional e gritaram palavras de ordem contra o PT. Um boneco inflável imitando Lula vestido de presidiário foi montado no local.

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Na Polícia Federal, apoiadores de Bolsonaro dividiram o espaço com os poucos manifestantes pró-PT que se mantiveram no local para o tradicional "boa noite" ao ex-presidente Lula.

Por orientações da direção do PT, a maioria dos manifestantes favoráveis ao partido acompanharam a apuração em outro locais da cidade e não na vigília mantida na PF desde que Lula foi preso.

Em contrapartida, apoiadores de Bolsonaro estiveram na PF para comemorar a vitória. Soltaram fogos de artifício e gritaram palavras de ordem contra o ex-presidente do PT.

Em ato promovido pelo Movimento Brasil Livre (MBL) na capital pernambucana, neste sábado (27), apoiadores do candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL) citaram o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por diversas vezes. Em cima de um trio elétrico, durante caminhada com a militância do capitão do exército, líderes do movimento chegaram a pedir que sempre que virem um petista perguntem "onde está Lula?".

A resposta foi incitada pelo próprio grupo pró-Bolsonaro em tom de provocação. “Está preso, babacas”. Os que lideravam o ato também afirmaram que o PT não vai acabar com o Nordeste. “É o Nordeste que vai acabar com o PT (...) Me falaram que o Nordeste é petista, cadê o Lula?”, indagaram, insistindo na ironia. 

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Os coordenadores do MBL também falaram que a luta será grande, mas que existe a certeza da vitória. “Vamos construir o nosso futuro. Vamos redirecionar este país para jogar fora a corrupção”. Segundo eles, havia mais de 35 mil pessoas no ato que terminou no Marco Zero. Ainda agradeceram a Bolsonaro por “propiciar um momento lindo”.

Notificados pelo Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) de promoverem um ato na Praça do Diario por ser configurado como um comício, o que é proibido pela legislação eleitoral um dia antes do pleito, os líderes do Movimento Brasil Livre (MBL) optaram por uma caminhada pelo centro da cidade.

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As manifestações realizadas a favor do candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL) e do presidenciável Fernando Haddad (PT) possuem características bastante distintas. Se é verdade que muitos dos atos petistas é marcado por uma “veneração” ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, embora de uma forma hoje mais discreta que anteriormente, e por um discurso “em defesa dos direitos do povo”, também é fato que os eventos em apoio ao capitão da reserva é nitidamente distinguido por uma crítica massiva ao Partido dos Trabalhadores. 

Notificados pelo Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) de promoverem um ato na Praça do Diario por ser configurado como um comício, o que é proibido pela legislação eleitoral um dia antes do pleito, os líderes do Movimento Brasil Livre (MBL) optaram por uma caminhada pelo centro da cidade. Em cima do trio elétrico, os coordenadores do movimento se revezaram em pronunciamentos que se resumiam em atacar a legenda petista. 

Em uma das frases mais repetidas, os apoiadores de Bolsonaro reafirmavam que os presentes no ato foram “de graça” em uma referência de que a militância do adversário era paga para estarem nas atividades. “Nunca o PT conseguiu colocar tanta gente na rua sem colocar um grão de mortadela”, provocaram no microfone. 

Além do “eu vim de graça“ e “a nossa bandeira jamais será vermelha”, por diversas vezes foi tocado o tema da corrupção. “A roubalheira do PT está acabando, sua conduta é imoral”, entoaram os militantes de Bolsonaro, que em sua maioria se vestiram de verde e amarelo.

 Em mais alfinetadas ao PT em cima do trio, mais um apoiador do capitão da reserva falou que a legenda deveria ter “vergonha na cara” e pedir perdão aos 14 milhões de desempregados e para todas as mulheres que foram estupradas. “PT nunca mais”, repetiam de forma insistente. Em mais outra provocação, um deles sugeriu que os petistas são ladrões. A declaração aconteceu no momento em que anunciou no microfone que um celular foi achado e que seria devolvido. “Aqui não tem ladrão não, se fosse o outro lado teria”, afirmou. 

O clima também pesou bastante na Praça do Diario, onde fica localizado a ocupação Marielle Franco, onde vivem cerca de 400 pessoas do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST). No local, muitos apoiadores do militar fizeram gestos simulando armas em direção aos ocupantes do edifício. Houve reações com o “L”, que significa Lula Livre e outros gestos agressivos. Outro momento de tensão foi ao passarem por um comitê em apoio a Haddad, onde houve mais momentos de confronto. 

Confira outras frases proferidas pelos líderes do MBL:

- “Chorem, petistas”

- “Vamos fazer um ato sem destruir o patrimônio porque somos do bem”

- “Libertem o país. Os nossos irmãos venezuelanos estão sofrendo”

- “Uma salva de palmas para o estado de Israel. Uma ilha de civilização”

- “O povo judeu é um povo guerreiro”

- "Lula é um ladrão" 

O cantor britânico Roger Waters, fundador da banda Pink Floyd, pediu autorização à Justiça para visitar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso pela Operação Lava Jato, em Curitiba (PR). O cantor, que está em turnê pelo Brasil, teve seu pedido negado. A defesa de Lula solicitou ainda que o músico seja acompanhado de um tradutor da língua inglesa durante a visita. As informações foram reveladas pelo jornal Folha de S. Paulo.

Apenas advogados do ex-presidente podem visitá-lo a qualquer momento. Os demais interessados devem requisitar autorização judicial e, mesmo assim, só podem vê-lo às quintas-feiras, dia reservado pela PF para que ocorram as visitas. "Embora não se desconheça que este juízo estabeleceu um procedimento para as visitas, (...) tem-se que a presente solicitação, ante a peculiaridade da situação, deve ser deferida por Vossa Excelência", escreve a defesa de Lula.

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Como argumento para o pedido, os advogados citaram que o Brasil é signatário de tratados internacionais, como o que rege as "regras de Mandela", que funcionam "como baliza para formação da justiça e dos sistemas penais". As regras citadas preveem que o sistema prisional não deverá agravar o sofrimento do detido e, para isso, procurar minimizar as diferenças entre a prisão e a vida em liberdade, como com a comunicação do preso com familiares e amigos.

Resposta

A juíza Carolina Lebbos, responsável pela ação de execução penal do ex-presidente, ressaltou que as visitas sociais de Lula são realizadas apenas às quintas-feiras. Ela também observou que o pedido de visitas deve ser feito com no mínimo uma semana de antecedência "para que possam ser adequadamente examinados pela autoridade policial e submetidos à aceitação pela defesa do executado, para posterior agendamento".

"Não há qualquer fundamento para excepcionar as regras vigentes. (...) A visitação em ambiente carcerário, pela natureza que lhe é inerente, não se faz de forma improvisada, tampouco se submete exclusivamente à comodidade do executado e/ou do visitante. Exige programação, fiscalização e controle, a fim de preservar-se a segurança e as atividades do local de custódia", apontou a juíza na decisão.

O candidato a presidente Fernando Haddad (PT) deixou por claro aos opositores que não é verdade que a sua campanha tenta se desvincular a da imagem de Lula, preso em Curitiba desde o último dia 7 de abril deste ano. Durante ato no Recife, na noite dessa quinta-feira (25), Haddad comandou uma homenagem ao ex-presidente ao pedir para que toda a militância presente cantasse parabéns ao petista, que completa aniversário neste sábado (27). 

Haddad falou que Pernambuco não abandonou Lula. “Eu queria pedir um favor para vocês, uma gentileza. Eu quero dar um presente para um amigo meu. Esse amigo meu faz aniversário depois de amanhã. E eu quero que todo mundo cante um parabéns para ele que vai ser filmado e vai ser levado para que ele saiba que Pernambuco não abandona um filho que dignificou esse estado”, pediu se referindo ao ex-presidente. 

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O presidenciável também afirmou que o líder petista fez do Brasil uma grande nação. “O maior presidente da República da história do Brasil: Luiz Inácio Lula da Silva”, ressaltou recebendo a aprovação do público que entoou “Lula, guerreiro do povo brasileiro”. O ex-prefeito de São Paulo ainda garantiu que iria vencer a eleição em “Pernambuco, no Nordeste e no Brasil” e deixou um abraço “a todas as mulheres de Pernambuco que orgulham o país”. 

Em um palanque repleto de políticos pernambucanos, montado no Pátio do Carmo, área central do Recife, o petista fez um breve discurso que se resumiu em críticas ao adversário Jair Bolsonaro (PSL). Ele chegou a chamar o capitão da reserva de “soldadinho de araque e arregão”. “Eu quero dizer para o Bolsonaro seu arregão. Coitado é você. Você é um arregão, se olha no espelho. Vem para o debate, ainda dá tempo, nós vamos para o debate sexta-feira”, provocou.

No último dia oficial de comícios e atos públicos antes do segundo turno, marcado para o próximo domingo (28), o candidato à Presidência da República Fernando Haddad (PT) desembarca em Pernambuco para reforçar a estratégia de reversão da desvantagem apontada pelas pesquisas diante do adversário Jair Bolsonaro (PSL). A campanha de Haddad, nesta reta final da campanha, tem focado no Nordeste - tradicional reduto petista - e nas áreas mais periféricas do país.

No Recife, na tarde desta quinta-feira (25), o ex-prefeito de São Paulo tem agendada a participação de um ato político em defesa da democracia no Pátio do Carmo, bairro de Santo Antônio, área central da capital pernambucana. A expectativa é de que o evento inicie às 16h. Haddad também deve conceder entrevista coletiva à imprensa no local, que é simbólico para os petistas, uma vez que foi palco de campanha dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Dilma Rousseff (PT).

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Lula que, inclusive, nessa quarta-feira pediu unidade democrática em torno da candidatura de Haddad e salientou que, neste momento, o ódio ao PT deve ser deixado de lado, pois uma  “ameaça fascista paira sobre o Brasil” com a candidatura de Bolsonaro.

“Se há divergências entre nós, vamos enfrentá-las por meio do debate, do argumento, do voto. Não temos o direito de abandonar o pacto social da Constituição de 1988. Não podemos deixar que o desespero leve o Brasil na direção de uma aventura fascista, como já vimos acontecer em outros países ao longo da história. Neste momento, acima de tudo está o futuro do país, da democracia e do nosso povo”, argumentou o ex-presidente, em carta divulgada pelo partido.

Apesar das pesquisas apontarem vantagem de Jair Bolsonaro, Haddad tem apostado no que chama de “virada do voto”. O último levantamento Ibope, divulgado na terça-feira (23), trouxe uma leve redução das intenções para o capitão da reserva que saiu de 5% para 57%. Já Haddad subiu dois pontos, passando de 41% para 43%.

Depois da agenda no Recife, Haddad segue viagem pelo Nordeste visitando Salvador e João Pessoa. A expectativa da coordenação da campanha dele é de encerrar as atividades com uma caminhada pela paz, em Heliópolis, na zona sul de São Paulo, na manhã do próximo sábado (27).

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