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O estudante pernambucano Alberto Sampaio Gressler, de 25 anos, foi preso no dia 28 de junho, ao chegar em Bali com posse de maconha. Ele foi detido pela polícia do Aeroporto Internacional de Ngurah Rai. 

Alberto estava num voo que saiu de Kuala Lumpur, capital da Malásia, com destino a Bali, na Indonésia. “Na inspeção de sua bagagem, foram encontradas quatro embalagens que continham uma planta que suspeitamos ser material ilícito”, relatou o chefe da unidade de investigação de narcóticos, Kadek Darmawan. 

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Após análises, foi confirmado que a substância era maconha. Os pacotes tinham 9,1 gramas da droga. Sendo assim, o suspeito pode pegar a pena mínima do País de quatro anos de prisão. 

De acordo com a sede de Narcóticos, o pernambucano disse ter comprado a maconha na Tailândia para consumo próprio e não sabia que o produto era proibido na Indonésia. 

Um homem, de 18 anos, foi preso em flagrante com 2,1 kg de skunk no Aeroporto Internacional do Recife, na tarde dessa segunda-feira (27). A droga foi encontrada pela Polícia Federal (PF) em sua mala de mão, no voo com saída de Manaus, no Amazonas, e destino em Fortaleza, capital do Ceará.

Skunk é um tipo de maconha com maior concentração do psicoativo THC, produzida pelo cruzamento de espécies diferentes da erva. Em seu interrogatório, o suspeito confessou que receberia R$ 1.500 pelo transporte da droga. Ela tinha sido enrolada em sua barriga, mas ele a retirou e colocou na bagagem ainda no embarque em Manaus. O suspeito não deu detalhes sobre seu aliciador.

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Sem antecedentes criminais, o amazonense teve o celular apreendido e foi autuado por tráfico interestadual, crime com a previsão de cinco a 15 anos de reclusão. Ele passou por audiência de custódia e teve a prisão preventiva decretada. Em seguida, foi encaminhado ao Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), onde ficou à disposição da Justiça.

De acordo com a PF, essa foi a 15ª apreensão de drogas no Aeroporto Internacional do Recife só neste ano. Ao todo, 43 kg de cocaína e 31kg de maconha foram apreendidos e efetuada a prisão de 10 mulheres e cinco homens.

Pela primeira vez na história a Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) concedeu salvo-conduto para o cultivo artesanal de cannabis sativa com fins medicinais. A autorização permite o cultivo da planta e a extração do canabidiol para uso próprio sob prescrição médica, como forma de tratamento de estresse pós-traumático, fobias sociais e ansiedade. 

O colegiado permitiu o salvo-conduto ou habeas corpus em julgamento de dois casos distintos, ou seja, quem precisar usar o canabidiol pode extrair o óleo da maconha sem ser alvo de ação policial. 

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O relator foi o ministro Sebastião Reis Júnior, que teve voto aprovado por unanimidade, considerou que “o cultivo de planta psicotrópica para extração do princípio ativo é conduta típica apenas se desconsiderada a motivação e a finalidade [da plantação]”. 

Sebastião Reis ressaltou a necessidade de enfrentar a questão, já que diversos países pelo mundo já legalizaram o plantio com as diferentes nuances de cada um. “Simplesmente taxar de maldita uma planta porque há preconceito com ela, sem um cuidado maior em se verificar os benefícios que seu uso pode trazer, é de uma irresponsabilidade total”. 

Ele enfatizou que a licença para o plantio da maconha não foi discutida na ação, mas sim a persecução penal nos casos de produção caseira de canabidiol para pacientes que seguem tratamento médico com derivados da planta. “O ponto em discussão é a aparente contradição entre a norma penal incriminadora e a omissão do Estado Brasileiro em regulamentar o plantio, a cultura e a colheita de vegetais, substratos, dos quais possam ser extraídas ou produzidas drogas, especificamente a maconha e o cannabidiol”, pontuou. 

O ministro também analisou que o custo da aquisição do cannabidiol se torna barreira para o acesso à saúde e ao tratamento. 

Um legislador opositor apresentou no Parlamento, nesta sexta-feira (10), um projeto para que os turistas possam ter o acesso à maconha legalizado no Uruguai, quase uma década depois de o país se tornar o primeiro do mundo a descriminalizar seu uso recreativo.

"Muitos turistas querem conseguir cannabis quando vêm ao Uruguai. Nós, que vivemos em um local turístico, sabemos", disse à AFP Eduardo Antonini, principal autor do projeto e deputado pelo departamento de Maldonado, ao qual pertencem balneários como Punta del Este.

"Um dono de uma farmácia que vende cannabis na cidade de Maldonado nos contou que os cruzeiros chegavam e muitos turistas pegavam um táxi ali mesmo no porto para chegar a sua farmácia e comprar a famosa maconha legalizada", exemplificou Antonini.

Ao chegar na loja, eram recebidos com a surpresa de que não podiam comprá-la.

Aprovada em 2013, a legislação uruguaia implementou três mecanismos para adquirir maconha: o cultivo próprio, os clubes de cannabis e a compra em farmácias, todos sob regulamentação estatal e restritos a quem reside no país.

A ideia agora é que os visitantes possam usar alguma dessas vias para comprar cannabis durante sua estadia.

O Projeto de Lei sobre Turismo Canábico propõe que "os empreendimentos turísticos credenciados (...) possam se associar aos clubes (...) ou tê-los dentro de suas instalações", segundo o documento.

Negócios como hotéis ou "grow shops", as lojas temáticas de cannabis, poderão oferecer aos turistas uma assinatura temporária em um clube de cannabis ou se registrar para comprar maconha em farmácias, conforme é exigido para os usuários locais, explica Antonini.

A reforma aprofundaria a premissa original de ganhar terreno do narcotráfico. "Cada pedaço que se tire do mercado clandestino é importante", acrescenta o deputado do partido de esquerda Frente Amplio.

Mas o fator econômico é determinante. Antonini vê na abertura do mercado de cannabis ao turismo uma “renda significativa” encorajadora o suficiente para dar luz verde à proposta.

A fórmula é simples: se o turismo cresce, aumentam os gastos, aumentam os postos de trabalho e aumentam os investimentos.

Modelos como a California ilustram bem o potencial desse modelo de negócios, defende o legislador. Nesse estado americano, os circuitos que oferecem visitas às fazendas de cultivos atraíram cinco milhões de turistas em 2019 e geraram dezenas de milhares de vagas de emprego, além de milhões de dólares em imposto para o estado.

O novo projeto de lei é o resultado de um ano de consultas com membros do governo e instituições estatais, além de clubes e "grow shops".

Após sua discussão na comissão de Turismo, da qual Antonini é vice-presidente, a proposta deve ser debatida nas duas câmaras. O processo pode levar meses, mas Antonini se diz optimista.

Os vereadores do Recife Ivan Moraes (PSOL) e Cida Pedrosa (PCdoB)  protocolaram, nesta terça-feira (7), na Câmara um projeto de lei que dispõe sobre as bases para a elaboração da Política Municipal de Uso e Distribuição de Remédios Derivados da Cannabis. A iniciativa tem coautoria de 26 mandatos. De acordo com os vereadores, nunca antes na história da Casa um projeto de lei foi assinado por tantos parlamentares.
“Tivemos assinaturas de todos os campos, da base e da oposição, da esquerda à direita. Nunca houve um projeto de lei com tantas coautorias na história da Câmara. Isso é um sinal eloquente de que a nossa sociedade compreende a urgência que é fazer com que remédios feitos a partir de uma planta possam chegar a milhares de pessoas que precisam”, explica o vereador Ivan Moraes.
O projeto trata sobre o uso da maconha para fins medicinais e sua justificativa se baseia na comprovação dos benefícios do uso da substância no tratamento de diversas doenças como Epilepsia, Autismo e Alzheimer, além da necessidade de regulamentação do uso, que já acontece em determinados casos no país.
Seguindo os trâmites da Câmara Municipal, agora, após o protocolo e numeração, o projeto de lei na próxima sessão da Casa, segunda (13), deve ser lido em plenário para em seguida começar sua tramitação, com prazo de 10 dias para emendas.  Depois é destinado às comissões da Câmara, que emitem os seus pareceres. Após 60 dias de tramitação, com ou sem pareceres, ele segue para votação.

*Da assessoria de imprensa

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Mesmo sendo uma planta de uso milenar, a Cannabis, mais conhecida como maconha, está enredada na sua dupla condição de droga psicoativa e planta com propriedades medicinais, sendo esta última representando a qualidade de vida de milhões de pessoas ao redor do mundo que fazem o uso da erva.

Antes proibicionista, Edcleide Marinho, 38 anos, viu suas concepções mudarem quando descobriu as condições de saúde do seu filho Erik Marinho, de 9 anos, que tem crises convulsivas não controladas. Antes de conhecer e fazer o uso medicinal da maconha em Erik, a mãe lembra que o seu pequeno tinha entre 50 a 100 crises convulsivas por dia.

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Para o controle das crises, a criança fazia uso de diversos remédios na tentativa de controlar a sua doença.

"Erik deu início ao tratamento com os alopáticos, que não deram resultado. Deixavam ele sonolento e não proporcionavam a qualidade de vida que ele tem hoje", revela a mãe. Foram dois anos nesse sofrimento. No entanto, há cinco anos essa realidade mudou. 

"Hoje meu filho faz terapia, estuda, coisas que antigamente ele não fazia por conta das crises", lembra. "Depois do óleo ele melhorou 100% porque antes, mesmo fazendo uso dos alopáticos, ele sempre tinha crises, até no sono. Com um mês de uso da medicação ele passou de 100 para 10 convulsões. Depois isso foi diminuindo e Erik chegou a passar de dois a três meses sem ter essas crises. Ele ainda tem, mas não como era antes", assegura Edcleide.

A pernambucana reforça a luta pela legalização do uso medicinal da maconha junto com outras mulheres do estado. Conheça:

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Quem não consegue autorização para o cultivo e desenvolvimento artesanal da Cannabis, esbarra no alto preço do produto, que é importado, e pode chegar a quase R$ 3 mil reais. 

A regulamentação poderia reduzir o valor dos medicamentos e ampliar o acesso de pacientes ao tratamento. Em Pernambuco, o deputado estadual João Paulo (PCdoB), é autor do Projeto de Lei 3098/2022 que busca autorizar associações de pacientes a cultivar e processar a Cannabis sativa no estado.

O texto assegura o direito de qualquer pessoa ao tratamento com produtos à base de Cannabis. Entretanto, isso dependerá de prescrição de profissional habilitado, das regulamentações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e de outros requisitos previstos em lei. Também prevê o uso veterinário, desde que autorizado pelo órgão responsável, além de convênios e parcerias para a realização de pesquisas.

De acordo com o deputado, a iniciativa busca atender ao clamor de pessoas que precisam dos derivados da planta, mas têm dificuldades de adquiri-los, tendo que recorrer até a meios ilegais. Ele acredita que o PL, se aprovado, vai baratear os custos dos remédios à base de tetrahidrocanabinol (THC) e canabidiol (CBD), que poderão ser produzidos em Pernambuco. Para o comunista, os preconceitos contra a erva continuam de pé, "especialmente em países como o Brasil, mesmo que tenha havido algum avanço em relação ao uso medicinal”.

No dia 28 de março deste ano, a proposta avançou na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). 

“É lógico que a Comissão de Justiça da Casa discutirá a constitucionalidade, as demais comissões discutirão o mérito, e acredito que não vamos ter dificuldade nenhuma. O importante é que Pernambuco faça esse gesto para a grande maioria dos pernambucanos, em especial os mais carentes, que não têm condições de pagar os altos valores cobrados pelos laboratórios autorizados a fabricar as medicações”, disse João Paulo.

João Pedro e sua mãe, Elaine Cristina. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá Imagens

Aprovação nacional

No ano passado, a Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 399/2015, que propõe alterar o artigo 2º da Lei de Drogas, justamente para viabilizar o plantio, fabricação e comercialização de medicamentos que contenham o extrato, substratos ou partes da planta em sua formulação.

A proposta foi aprovada em regime de apreciação conclusiva e deveria seguir direto para ser discutida e votada no Senado. No entanto, um grupo de parlamentares recorreu e agora o PL deve ser votado no plenário da Câmara dos Deputados. 

O substitutivo aprovado legaliza o cultivo da Cannabis, mas impõe restrições. O plantio poderá ser feito apenas por pessoas jurídicas (empresas, associações de pacientes ou organizações não governamentais). Não há previsão para o cultivo individual. Seguirão proibidos cigarros, chás e outros itens derivados da planta.

Um estudo realizado no Laboratório de Neuroproteômica da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) sugere que os canabinóides podem auxiliar no tratamento de doenças como Alzheimer, esclerose múltipla, depressão e esquizofrenia. Os resultados foram publicados na revista “European Archives of Psychiatry and Clinical Neurosciences” na sexta (27) e indicam que essas substâncias podem estimular ou bloquear processos importantes para o funcionamento dos neurônios e de outras partes do sistema nervoso. Isso demonstra um potencial terapêutico dos compostos analisados para abordar quadros neurológicos e psiquiátricos.

O termo canabinóide se refere a diversos componentes que podem ser produzidos no organismo, obtidos sinteticamente ou de plantas do gênero Cannabis. A pesquisa observou o efeito de grupos distintos dessas substâncias em células do sistema nervoso central que participam do suporte aos neurônios, os oligodendrócitos. “Os oligodendrócitos são responsáveis pela formação da bainha de mielina, que serve como um isolante para a transmissão das correntes elétricas nos neurônios”, explica Valéria de Almeida, uma das pesquisadoras responsáveis pelo estudo. “A mielina também é importante para fornecer energia para o neurônio e mantê-lo saudável. Quando há defeitos nos oligodendrócitos, vários problemas podem ocorrer no funcionamento dos neurônios e consequentemente do cérebro”, complementa.

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Almeida conta que a ideia do estudo era verificar como esses canabinóides afetam as proteínas dos oligodendrócitos, que funcionam como guias para ativar ou desativar funções importantes no ciclo de vida dessas células. Para isso, os pesquisadores dividiram as células em grupos e expuseram cada amostra a um tipo diferente de canabinóide. O segundo passo foi analisar individualmente cada um dos grupos e comparar os resultados com células que não foram tratadas.

As diferenças no tipo e na quantidade de proteínas produzidas revelam que o tratamento com canabinóides pode alterar mecanismos fundamentais para a produção de energia celular, a formação de novas células, a migração desses componentes para outros locais do cérebro e até mesmo a morte dos mesmos.

O artigo destaca que essas descobertas abrem uma janela de possibilidades para abordar as doenças neurológicas e psiquiátricas. “Modificar a proliferação celular, o ciclo celular e a morte celular pode ser essencial para conferir neuroproteção; modular as vias de migração e diferenciação celular pode influenciar o desenvolvimento de um perfil mais saudável nas células neuronais. Além disso, mudanças no metabolismo energético podem ser investigadas pelo seu potencial de melhorar desregulações vistas em muitas desordens neurodesenvolvimentais e neurológicas”, diz o estudo publicado em inglês.

Valéria de Almeida salienta que, embora ainda seja necessário explorar esses resultados em outros modelos para desenvolver a aplicabilidade terapêutica dos canabinóides, esses dados são um avanço importante para a compreensão de mecanismos alternativos para o tratamento de doenças que afetam o sistema nervoso. “Nossos resultados poderão ser utilizados por outros pesquisadores como direcionamento para procura de novos tratamentos para doenças que apresentam problemas na função de oligodendrócitos ou na mielina”, explica a pesquisadora.

Fonte: Agência Bori

Claudia Rodrigues usou suas redes sociais, nesta quarta (25), para fazer um verdadeiro desabafo. No post, a atriz defendeu o uso da cannabis medicinal e revelou como o medicamento vem ajudando no seu tratamento de esclerose múltipla, uma doença degenerativa. 

Claudia vem fazendo o uso de canabidiol, um óleo extraído da planta, há um certo tempo. Segundo ela, o medicamento tem feito diferença na sua vida. “Vocês sabem que eu luto com a esclerose múltipla há mais de 20 anos e a medicina integrativa me ajudou muito nesse tempo todo. Eu uso a cannabis medicinal há um tempo e me ajuda muito e por isso quero compartilhar com vocês”.

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A atriz também frisou que a medicação não cura a doença, mas ajuda o paciente a ter um pouco mais de conforto e melhor qualidade de vida.  “É importante saberem que  a cannabis medicinal não trata a doença em si e também não evita a sua progressão mas ajuda na melhora do sono e na redução de tremores, nas náuseas e ansiedade".


 

 No final da tarde deste sábado (21), uma verdadeira multidão tomou as ruas do centro do Recife protestando por novas políticas de drogas. Para a coordenação da  Marcha da Maconha, o combate às drogas do jeito que é feito no país atinge mais a população negra que sofre com o genocídio e o encarceramento em massa.

Concentrados na Praça do Derby desde às 14h, os manifestantes saíram pela área central da capital pernambucana às 17h30. De forma pacífica, não houve nenhum confronto entre os protestantes e a Polícia Militar, que acompanhou toda a passeata e ajudou no ordenamento do trânsito junto com agentes da CTTU.

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Riso Araújo, 33 anos, fala da importância da legalização para auxiliar as pessoas que sofrem com epilepsia, ansiedade e outros problemas. A filha dela, Rayssa Vitória, 8 anos, faz uso do óleo do canabidiol para controlar, principalmente, as crises epiléticas. "Minha filha tinha até 23 crises por dia. Com o uso da maconha ela passou a ter duas, e de vez em quando. A maconha salva vidas, como fez com a minha filha", revela.  Ela pede que as pessoas abram mais a mente e parem com o preconceito contra a erva. "Elas não devem esperar que aconteça algo com algum familiar para conhecer e ser antiproibicionista. A maconha é apenas uma planta", assevera.

Thiago Oliveira, 29 anos, participa do ato político há 6 anos. Para ele, só nas ruas é que as coisas podem mudar. "A gente tem que estar aqui, enquanto sociedade civil, pedindo por mudanças e melhorias. Na minha visão, a marcha serve para que possamos mostrar as nossas indignações e anseios. Acredito que as políticas de drogas atuais são muito defasadas e não representam a realidade", pontua. 

Aperte o Verde Contra o Fascismo: A nossa luta é pelo bem viver” foi o lema da caminhada. A Marcha da Maconha completa 15 anos de luta pela pela legalização da Cannabis sativa. Desde 2008, o movimento realiza passeatas, atos e eventos culturais.

Dado Dolabella fez uma postagem mostrando ser a favor do uso medicinal da maconha, em seu Instagram. Exibindo o que parece ser uma folha da planta, ele relacionou o preconceito contra a erva ao racismo. 

Na postagem, Dado reuniu algumas matérias que falam sobre o uso medicinal da maconha. Na legenda, ele defendeu a planta e disse que o preconceito é "coisa de colonizador".”Eu ouvi alguém dizer MÁ.CONHA? Isso é coisa de coloniza.dor/explora.dor que perpetua até hoje. Vale tanto pra medicina trazida pelos pretos da África, quanto para suas crenças religiosas.Como também falam e sempre falaram da MÁ.CUMBA…Que de má só tem na cabeça de quem criminaliza”.

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Recentemente, Dado foi abordado por policiais, em Alto Paraíso de Goiás, onde mora, de posse de 12 gramas de maconha. Ele assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e foi liberado. Agora, ele terá que prestar serviços à comunidade ou cumprir medidas educativas.

O Ministério Público Federal em Pernambuco (MPF-PE) conseguiu uma decisão favorável da Justiça Federal para que o Estado forneça Canabidiol para o tratamento de uma criança com quadro severo de autismo. A mãe do paciente está desempregada e entrou com a ação após a ineficácia dos tratamentos convencionais.

O remédio foi negado na primeira instância do Juizado Especial Federal Cível e a procuradora Carolina de Gusmão Furtado fez um novo pedido, em caráter de urgência. A criança, de oito anos, foi diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista (TEA) grave e precisa do remédio em 200mg/ml “durante o tempo necessário de tratamento”, ressaltou.

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"Laudos médicos indicaram que a criança já havia sido submetida a diversos tratamentos farmacológicos, sem sucesso, e resultando em graves efeitos colaterais. Mesmo com acompanhamento médico, ela desenvolveu comportamento de agressividade e autoagressividade, com crises que ocorrem desde 2016, comprometendo a qualidade de vida da paciente e de toda a família", argumentou na decisão que responsabiliza o Governo do estado e a União.

Com a prescrição médica após o insucesso de outras substâncias, a mãe insistiu na ação por não ter condições de arcar com os custos. “A incapacidade financeira da família, já que a mãe da paciente está desempregada e comprovou não ter condições de arcar com a medicação, assim como a comprovação médica da imprescindibilidade do medicamento e da ineficiência dos outros fármacos já usados”, pontou.

Enquanto os usuários de maconha se preparam para o "4/20", uma celebração anual da erva que acontece a cada 20 de abril, sua legalização avança nos Estados Unidos.

Confira abaixo cinco pontos sobre a maconha na América:

Onde é legal?

Até agora, 18 dos 50 estados, além da capital, Washington, D.C., legalizaram o uso recreativo da maconha para adultos. Muitos estados permitem algum uso medicinal, que vai de óleos com baixos níveis do ingrediente ativo THC até sua quase legalização.

Segundo a lei federal, porém, a maconha continua proibida. Tecnicamente, é uma substância controlada em pé de igualdade com a heroína.

Isso significa que, em tese, um usuário de cannabis ainda está infringindo as leis nacionais. Na prática, contudo, os promotores federais não processam pessoas, ou empresas, que cumpram as leis sobre maconha de seu estado, nem contestaram essas leis locais.

Qual será o próximo estado?

Nova Jersey já legalizou o uso recreativo da planta, mas a venda legal começará na quinta-feira.

Rhode Island, Delaware, Havaí, Maryland, Louisiana e Oklahoma são os estados considerados mais propensos a serem os próximos a permitir o consumo. Isso pode ser irrelevante, se os esforços para descriminalizar a maconha em todo país derem certo.

A Câmara de Representantes aprovou, neste mês, um projeto de lei dos democratas que elimina as penalidades por posse, ou venda da droga. O projeto enfrentará um teste mais difícil no Senado, onde a maioria democrata é muito frágil.

Quanto vale a erva legal?

A maconha legal já é um grande negócio – com um valor de cerca de US$ 25 bilhões nos Estados Unidos no ano passado – e se espera um crescimento ainda maior.

Esforços para eliminar a burocracia financeira já estão em curso. Os operadores de cannabis legal têm, com frequência, dificuldades em obter serviços básicos, como contas bancárias, ou empréstimos. Isso acontece porque o "status" legal do setor ainda se encontra em uma "zona cinzenta".

Os estados relataram US$ 3,7 bilhões em receita fiscal por venda de cannabis no ano passado. E o projeto da Câmara de Representantes estima que esta receita anual pode passar de US$ 40 bilhões até 2025.

E o setor ilegal?

Por mais que o setor legal tenha crescido, ainda é pequeno em comparação com as vendas ilícitas, que totalizaram US$ 65 bilhões em 2020 em todo país. E essas vendas clandestinas não se limitaram a estados onde a maconha continua ilegal. Mesmo na Califórnia, primeiro estado a aprovar seu uso para fins medicinais em 1996, até 80% das vendas de maconha permanecem à margem da lei.

Isso ocorre porque muitos consumidores fiéis ficam com seus fornecedores originais – devido à preferência pelo produto, ou aos preços mais baixos, graças à ausência de tributação –, mas também inclui maconha falsificada que os compradores consomem como legítima.

Quem apoia a legalização?

Em geral, os americanos são a favor da legalização. Uma pesquisa do Pew Research Institute mostrou no ano passado que 91% dos adultos acham que a maconha deveria ser legal - seja para fins médicos, recreativos, ou ambos.

No ano passado, quase metade dos adultos americanos disse ao instituto de pesquisa Gallup que já havia experimentado cannabis, contra um terço em 1999.

As empresas de cannabis legal atraíram o financiamento, ou o apoio de celebridades: dos músicos Snoop Dogg e Wiz Khalifa ao ator Seth Rogen e ao ex-campeão de boxe Mike Tyson.

O magnata Elon Musk também é fã e causou polêmica ao acender um baseado durante a transmissão ao vivo do podcast "Joe Rogan Experience". E, no Twitter, manifesta sua indignação pelas pessoas presas pelo crime de vender maconha.

O vereador Pastor Júnior Tércio (PP) afirmou que vai ingressar com uma representação no Ministério Público de Pernambuco (MPPE) contra Ivan Moraes (PSOL), por ter feito "apologia à maconha". Isso teria acontecido por meio de um outdoor onde Ivan defende a legalização da maconha para fins medicinais. 

"Legaliza. Remédio, trabalho e renda para quem precisa", está escrito na peça. Isso foi o suficiente para o pastor Tércio usar a tribuna da Câmara de Vereadores do Recife, na sessão da última segunda-feira (18), para atacar o seu colega parlamentar.

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"É muita cara de pau você gastar dinheiro e colocar um bocado de folhas de maconha espalhadas no outdoor e dizer: legaliza. Eu acho que a maconha comeu o juízo desse vereador", afirmou. 

"O vereador não sabe o que é ter um parente que rouba a televisão de casa para fumar maconha. Nós não podemos admitir esse tipo de apologia ao uso da maconha. Fica aqui todo o meu repúdio", complementa Júnior Tércio. 

Em entrevista ao LeiaJá, o vereador Ivan Moraes declarou que há 20 anos é militante dos direitos humanos e que já defendia essas pautas antes de entrar na política partidária. Além disso, outros dois outdoors estão espalhados pela capital pernambucana, sendo um com mensagens pedindo o ‘Fora Bolsonaro’ e o outro por direito à moradia. 

“A maconha é uma planta conhecida pelos humanos há mais de dois mil anos. Ela foi proibida há menos de cem anos por conta de economia e racismo, não foram questões relacionadas à saúde. Hoje, cada vez mais a gente conhece as diversas propriedades que ela tem e que podem trazer benefícios em forma de remédio”, justifica o psolista.

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O parlamentar defende que esses debates possam acontecer de forma republicana. "Para que a sociedade entenda o erro que estamos cometendo, por exemplo, em ter à disposição nas farmácias remédios que chegam a custar mais de R$ 2 mil, que ajudam muitas pessoas que podem pagar. No entanto, muita gente que não pode pagar não está tendo acesso a um remédio que pode ser produzido por uma planta", assevera.

Investigadores colombianos informaram neste sábado que traços de maconha, opioides e antidepressivos foram encontrados no corpo do baterista do Foo Fighters, Taylor Hawkins, que morreu na noite de ontem em um hotel de Bogotá.

"No exame toxicológico de urina praticado no corpo de Taylor Hawkins, foram encontrados preliminarmente 10 tipos de substâncias, entre elas THC (maconha), antidepressivos tricíclicos, benzodiazepínicos e opioides", informaram investigadores em comunicado, sem esclarecer se essas substâncias provocaram a morte do músico, de 50 anos.

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Dois homens foram presos com 85 big bigs e 805g de maconha nessa terça-feira (22), em Campo Grande, na Zona Norte do Recife. A droga foi apreendida quando a Polícia Militar (PM) cumpria o mandado de prisão contra um dos envolvidos. 

Com a chegada dos policiais à Rua Radialista Fernando Castelão, o suspeito com a ordem judicial em seu desfavor tentou fugir, mas foi capturado na laje do imóvel.

A droga foi encontrada dentro da casa junto com uma balança de precisão e R$ 101,00. Diante do flagrante, a dupla foi conduzida à Central de Plantões da Capital, onde ficou à disposição da Justiça.

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Glória Maria marcou presença durante o programa Altas Horas do último sábado (5), para receber uma homenagem por conta do Dia Internacional da Mulher que é comemorado na próxima terça-feira (8), e dentro do programa ela relembrou o uso de maconha em uma reportagem.

Caso você não saiba, Glória Maria é uma jornalista que adora viver longe dos estúdios e da redação. Em uma reportagem que estava produzindo sobre a Jamaica, a apresentadora precisou experimentar maconha.

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"Ali eu não fui enganada, eu sabia que era a coisa jamaicana... Que todo mundo sabe... Quer dizer, era só uma questão de eu traduzir pro Português, o intérprete não ia saber. Talvez eu tenha enganado o intérprete. Mas Jamaica é Jamaica, né!?", indagou.

Logo em seguida eles continuaram falando sobre viagens internacionais e no momento em que o assunto começou, Serginho Groismann questionou Glória Maria se ela, em suas viagens, já teve algum problema com intérpretes. E ela, além de citar o episódio da maconha, negou que tivesse tido este problema e ainda contou uma outra história.

"Não, nunca aconteceu. Porque a gente faz um trabalho rigoroso para conseguir. Teve uma vez no Irã, que é um país que todo mundo acha que é muito sério, muito rigoroso. A gente foi para um deserto que fazia até 70 graus e ele falou que não trouxe água, o cara traduzindo. Aí o cara pegou uma garrafa que era tipo a cachaça deles: olha, mas eu trouxe isso aqui, que era proibido", disse.

O deputado estadual João Paulo (PCdoB) apresentou o Projeto de Lei (PL) 3098/2022 para autorizar "o cultivo e o processamento da cannabis sativa para fins medicinais, veterinários, científicos e industriais por associações de pacientes nos casos autorizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pela legislação federal".

O PL do cultivo da maconha tem finalidades terapêuticas para tratar e amenizar sintomas de diversas patologias. Se aprovado, seria assegurado "o direito de qualquer pessoa ao acesso ao tratamento com produtos à base de cannabis para uso medicinal, desde que com prescrição de profissional habilitado, observado as disposições da Anvisa".

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João Paulo, que já foi prefeito do Recife por dois mandatos, justifica que a não regulação para a plantação da cannabis sativa para fins medicinais em Pernambuco e, consequentemente, a não produção dos medicamentos no Estado, tem trazido muito sofrimento para os pacientes que precisam usar fármacos que contenham canabidiol (CBD) e/ou tetrahidrocanabidiol (THC).

"Além da burocracia, o preço é proibitivo para a importação desses remédios, pois a matéria prima é plantada em outros países e torna o medicamento inacessível para os pacientes residentes em Pernambuco que dele precisam", destaca. 

O deputado assegura que o PL estabelece que as atividades de cultivo, processamento e pesquisa da maconha só serão permitidas às pessoas jurídicas e associações de pacientes. Ou seja, as pessoas "comuns" não poderão plantar para consumo recreativo, já que o projeto visa a fabricação de medicamentos.

Alguns entes federados aprovaram recentemente normas para o uso da cannabis medicinal em seus territórios, tais como o Estado do Rio de Janeiro (Lei de autoria do deputado Estadual Carlos Minc, do PSB), Rio Grande do Norte (Lei Nº 11.055/2022), Paraíba (Lei Nº 11.972/2021), entre outros.

João Paulo tem a expectativa de que, se aprovado o projeto, Pernambuco consiga diversos benefícios como o desenvolvimento de novos estudos científicos, novas tecnologias de medicamentos, além de um incremento na arrecadação de tributos e geração de empregos.

Só em 2022, a Polícia Federal (PF) calcula que destruiu 172 mil pés de maconha no Sertão de Pernambuco. A estimativa é que a droga prensada abasteceria o tráfico com 57 toneladas.

Os pés foram apreendidos em 12 dias de operação, entre os dias 29 de janeiro e 9 de fevereiro. No mesmo período, a PF também erradicou 50 mil mudas espalhadas em 26 plantios em ilhas do Rio São Francisco, entre as cidades de Orocó, Salgueiro, Cabrobó, Belém do São Francisco, Betânia, Flores e Parnamirim.

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O monitoramento do ciclo produtivo da droga no Sertão do estado permitiu que as apreensões fossem feitas perto do período da colheita. A PF apontou que a atividade na região diminuiu o plantio local e fez com que traficantes buscassem importar a droga do Paraguai.

Compostos de maconha identificados pela pesquisa da Oregon State University, por meio de uma técnica de triagem química, mostram a capacidade de impedir que o vírus que causa o COVID-19 entre nas células humanas.

Os resultados do estudo liderado por Richard van Breemen, pesquisador do Centro Global de Inovação em Cânhamo do Estado de Oregon, Faculdade de Farmácia e Instituto Linus Pauling, foram publicados na última segunda-feira (10) no Journal of Natural Products.

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“A maconha, conhecida cientificamente como Cannabis sativa, é uma fonte de fibras, alimentos e ração animal, e vários extratos e compostos de cânhamo são adicionados a cosméticos, loções corporais, suplementos dietéticos e alimentos”, disse van Breemen.

Van Breemen e colaboradores, incluindo cientistas da Oregon Health & Science University, descobriram que um par de ácidos canabinóides se liga à proteína spike SARS-CoV-2, bloqueando uma etapa crítica no processo que o vírus usa para infectar pessoas.

Os compostos são o ácido canabigerólico, ou CBGA, e o ácido canabidiólico, CBDA, e a proteína spike é o mesmo alvo de drogas usado nas vacinas e na terapia de anticorpos contra a COVID-19.

“Esses ácidos canabinóides são abundantes no cânhamo e em muitos extratos de cânhamo”, disse van Breemen. “Não são substâncias controladas como o THC, o ingrediente psicoativo da maconha, e têm um bom perfil de segurança em humanos. E nossa pesquisa mostrou que os compostos de cânhamo foram igualmente eficazes contra variantes do SARS-CoV-2, incluindo a variante B.1.1.7, que foi detectada pela primeira vez no Reino Unido, e a variante B.1.351, detectada pela primeira vez na África do Sul”.

Essas duas variantes também são conhecidas como variante alfa e beta, respectivamente.

Com informações do EurekAlert

O número de agendamentos para a primeira dose da vacina contra a Covid-19 aumentou acentuadamente esta semana no Québec, segundo o ministro da Saúde canadense, Christian Dubé. O crescimento é atribuído à exigência da vacinação para compra de álcool e maconha, legalizada no Canadá.

Em publicação feita nas redes sociais na manhã da última sexta-feira (7), Dubé observa que, nos últimos dias, as consultas para primeiras doses aumentaram de 1.500 por dia para mais de seis mil. O ministro aproveitou o momento para agradecer a quem finalmente decidiu se vacinar, reiterando que nunca é tarde para receber uma primeira dose da vacina. 

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Na quinta-feira, Dubé anunciou que os passaportes vacinais seriam necessários para entrar nos locais da Société des alcools du Québec (SAQ) e da Société québécoise du cannabis (SQDC), que comportam lojas autorizadas à venda de maconha e bebidas alcóolicas, a partir de 18 de janeiro. Ele explica que a decisão foi tomada para conter o aumento de casos da variante Omicron, altamente contagiosa. 

O ministro diz esperar que essa medida seja um incentivo adicional para algumas pessoas receberem sua primeira dose da vacina contra a covid, já que mais de 50% das pessoas atualmente hospitalizadas são pessoas não vacinadas, embora representem cerca de 10% do total da população. 

Dubé acrescenta que, nas próximas semanas, outros serviços não essenciais, incluindo cuidados pessoais, poderão ser adicionados à lista de locais que exigem passaporte de vacina. Em mensagem desta quarta-feira (12), o chefe da pasta nacional reafirmou o sucesso da campanha, informando que apenas ontem (11), 107 mil doses foram administradas. 

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Tradução (do francês): “As consultas para a 1ª dose continuam crescendo. Cerca de 5 mil consultas foram feitas em 10 de janeiro e 7 mil ontem, um recorde em dias. As consultas foram feitas em todas as faixas etárias. 107 mil doses foram administradas ontem. É encorajador!”.

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