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Com a política de incentivo a estudantes estrangeiros, do Governo russo, a Aliança Russa de Ensino Superior está selecionando 20 estudantes interessados em cursar medicina na Universidade Estatal de Kursk, uma das melhores da Rúsia. Direcionado para concluintes do Ensino Médio, a região russa apresenta um baixo custo de vida e o estudante gastará entre R$ 7 mil e R$ 10 mil anualmente pelo intercâmbio. São seis anos de aula e os estudantes terão direito a seguro médico, tutoria acadêmica, além da moradia universitária. O valor do investimento é significativamente inferior ao custo com as universidades particulares brasileiras.

As aulas serão ministradas em inglês, e os alunos que já dominarem fluentemente a língua, poderão entrar direto no curso. Já os que não sabem o idioma deverão passar pela Faculdade Preparatória, com duração de três meses. Nas aulas de preparo, além do inglês o jovem aprenderá física, química e biologia aplicadas à medicina, além de russo. O intercâmbio oferece um dos melhores sistemas de ensino do mundo, com turmas de, no máximo, 12 alunos.

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A seleção é feita a partir de reuniões com os pais e análise do currículo escolar. Para participar os interessados deverão se inscrever através do site ou pelos telefones (11) 3854-2513 / 3854-2514 / 3854-2515.

O Ministério da Saúde está fazendo vários investimentos para alavancar a qualidade de saúde nas regiões mais carentes do serviço. Além de estar investindo R$ 15 bilhões para melhorar as condições físicas de Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), o órgão aumentou o valor da bolsa mensal paga aos médicos do Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica (Provab). Agora, ao invés de receber R$ 8 mil os profissionais ganharão R$ 10 mil. O reajuste valerá a partir de setembro.

Com o reajuste o investimento no programa passa a ser R$ 38 milhões. Além da bolsa mensal, outro benefício aos 3.568 médicos em atuação pelo Provab é a pontuação adicional de 10% nos exames de residencia médica, caso o profissional cumpra todos os pré-requisitos e seja aprovado na avaliação final. “Esse é mais um estímulo para que os médicos continuem neste programa, que garante a formação com acompanhamento da universidade e que levou quase 4 mil profissionais para municípios do interior e periferias das grandes cidades. O Provab, como parte do Mais Médicos, já é o maior programa de interiorização desses profissionais que o país já teve. Queremos manter essa iniciativa, para melhorar a formação dos médicos com sua atuação mais perto da população e fazer com que o atendimento no interior e periferias seja de maior qualidade”, ressalta o ministro da saúde, Alexandre Padilha.

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Quem está no programa também participa de curso de especialização na atenção básica de instituições federais de ensino. Os médicos também terão acesso às ferramentas do Telessaúde Brasil Redes, do Ministério da Saúde, que realiza orientação dos profissionais de Atenção Básica. Outra ferramenta é o Portal de Saúde Baseada em Evidências, plataforma que disponibiliza um banco de dados composto por documentos científicos, publicações sistemáticas revisadas, além de calculadoras médicas e de análise estatística de auxílio à tomada de decisão no diagnóstico, tratamento e gestão.

Com informações de assessoria

O Ministério da Educação (MEC) anunciou, nesta quarta-feira (10), que as cidades brasileiras que almejam receber autorização de funcionamento de cursos de medicina em instituições particulares de educação superior terão de passar por uma pré-seleção. O processo levará em consideração a necessidade social da oferta de cursos de medicina, bem com a estrutura dos equipamentos públicos e dos programas de saúde disponíveis nos municípios.

Na busca pela determinação da relevância e da necessidade social da oferta do curso, ainda serão considerados diversos aspectos, tais como quantidade de médicos por mil habitantes na microrregião, demanda social por vagas de graduação em medicina na unidade da Federação onde o curso será instalado e respectivo número de vagas por dez mil habitantes.

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De acordo com o MEC, no contexto da estrutura do equipamento público, a cidade terá de contar com mais de cinco leitos do Sistema Único de Saúde (SUS) por estudante, bem como possuir três alunos ou menos por unidade de atenção básica e hospital de ensino ou unidade hospitalar com potencial para se tornar hospital de ensino. Outra exigência é que o município passe a aderir ao Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade na Atenção Básica (Pmaq), contar com centro de atenção psicossocial (Caps) e com pelo menos três programas de residência médica nas especialidades prioritárias, além de hospital com mais de cem leitos exclusivos para o curso.

Clínica médica, cirurgia, ginecologia-obstetrícia, pediatria e medicina de família e comunidade são as áreas prioritárias de residência médica. Para outras informações, confira a portaria do MEC.

O Congresso Nacional e o Conselho Nacional de Educação (CNE) ainda terão que analisar e aprovar a proposta de que estudantes de medicina trabalhem no Sistema Único de Saúde (SUS) por dois anos, após a graduação de seis anos, informou o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, após o anúncio do Programa Mais Médicos.

A mudança curricular está na medida provisória (MP) assinada ontem (8) pela presidenta Dilma Rousseff, que entrou em vigor nesta terça-feira (9) com a publicação no Diário Oficial da União, e que institui o programa, que abrange outras medidas. No entanto, como determina a legislação, medidas provisórias precisam ser aprovadas pelos parlamentares para se tornarem lei ou perdem a validade. No Congresso Nacional, a medida fica sujeita a mudanças.

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A MP stabelece que cabe ao CNE definir diretrizes sobre o período de trabalho na rede pública, como a carga horária a ser cumprida pelo estudante. Mercadante disse que esta é uma demanda antiga das universidades e que provavelmente não haverá dificuldade para ser aprovada pelo CNE.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, explicou que o estudante, após seis anos de no curso, será considerado um médico em treinamento. Os dois anos no SUS farão parte da formação. O aluno será avaliado e poderá inclusive ser reprovado se não tiver bom desempenho. Ele receberá o diploma apenas após o estágio na rede pública. Ele ressaltou que a medida vale apenas para aqueles que iniciarem o curso a partir de 2015.

"Não queremos simplesmente mais médicos, queremos formar bons médicos para o país. Sem o campo de prática da medicina, nós não formaremos bons profissionais", disse Mercadante. Os estudantes irão trabalhar na atenção básica e nos serviços de urgência e emergência da rede pública.

Os alunos vão receber uma remuneração do governo federal e terão uma autorização temporária para exercer a medicina, além de continuar vinculados às universidades. Os profissionais que atuarem na orientação desses médicos também receberão um complemento salarial. Os últimos dois anos do curso, de atuação no SUS, poderão contar para residência médica ou como pós-graduação, caso o médico escolha se especializar em uma área de atenção básica.



O estudante não poderá ter outras atividades como profissional. A autorização servirá para que atue na área específica, 40 horas semanais, de segunda-feira a sexta-feira. A medida é válida para faculdades públicas e privadas. Os estudantes de escolas particulares não pagarão mensalidade nesse período.



Durante o anúncio do programa, o prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, que também é presidente da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), disse que os municípios devem contribuir com o programa, uma das formas poderá ser oferecer auxílios-moradia e alimentação durante a formação dos estudantes.

O curso de Medicina passará de 6 para 8 anos a partir de 2015. A mudança integra um pacote de medidas anunciado nesta segunda-feira, 8, pela presidente Dilma Rousseff para ampliar a oferta de médicos no País e melhorar a formação dos profissionais. Definida numa Medida Provisória, a ampliação deverá ser regulamentada pelo Conselho Nacional de Educação, num prazo de 180 dias.

O programa, batizado de Mais Médicos, inclui ainda o recrutamento de profissionais estrangeiros para trabalhar em áreas prioritárias, a abertura de 11.447 novas vagas para graduação e outros 12.376 postos de especialização em áreas consideradas prioritárias até 2017. O novo formato do curso de Medicina é inspirado no modelo existente em países como Inglaterra e Suécia, diz o Ministério da Saúde.

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Concluído o curso de seis anos, o estudante passa para um segundo ciclo, de dois anos, onde terá de atuar em serviços públicos de saúde. A exigência do segundo ciclo será universal: tanto para estudantes de instituições da rede pública quanto privada de ensino.

No período em que trabalharem nos serviços públicos de saúde, estudantes receberão uma bolsa, financiada pelo Ministério da Saúde. Os valores ainda não foram definidos. O governo calcula, no entanto, que ela ficará entre o que é concedido para as residências médicas (R$ 2,9 mil mensais) e o que é pago para profissionais inscritos no Provab (R$ 8 mil).

No primeiro ano, estudantes vão atuar na rede de atenção básica. No segundo ano, o trabalho será feito nos serviços de urgência e emergência. Os alunos continuarão vinculados à instituição de ensino onde foi feita a graduação e, assim como ocorre com a residência, serão avaliados. A carga horária ainda não foi definida.

Pela proposta, o segundo ciclo poderá ser aproveitado para abater um ano de curso de residência em especialidades básicas, como medicina de família, ginecologia, obstetrícia, pediatria e cirurgia geral. Há também a possibilidade de o período ser incluído na contagem para cursos de mestrado. A forma como isso será feito também está nas mãos do Conselho Nacional de Educação.

O formato de oito anos poderá ser revisto num curto prazo. Há a possibilidade de o primeiro ciclo, atualmente de seis anos, ser reduzido para cinco. O assunto, no entanto, ainda terá de ser debatido pelo Conselho Nacional de Educação. A intenção é se aproximar do modelo inglês, onde a duração do primeiro ciclo varia entre 4 a 6 anos, treinamento supervisionado dura outros dois anos e a especialidade médica, 3 a 8 anos.

Para atuar no segundo ciclo, os alunos receberão um registro provisório. A instituição de ensino deverá estar ligada a uma rede de serviços públicos de saúde, onde seus alunos vão desempenhar as atividades. Caberá à instituição definir o local de trabalho do estudante.

A ideia é que o aluno seja supervisionado por professores. A forma como isso será feito também será definida pelo Conselho Nacional de Educação. Também não está acertado como será feito o reembolso das instituições de ensino pelo trabalho de supervisão.

O aluno receberá o diploma somente depois de completar os oito anos de formação. Só aí receberá a inscrição permanente. De acordo com o Ministério da Saúde, o modelo proposto prevê que o profissional com registro provisório, mesmo sem diploma, responderá caso cometa uma infração ética ou erro no atendimento do paciente.

A criação do segundo ciclo não vai dispensar o internato, realizado atualmente no quinto e sexto ano. Nesta etapa, o estudante não tem autonomia. Durante o treinamento da segunda etapa, o estudante aos poucos ganha mais autonomia.

A expansão da duração do curso de medicina, de acordo com o governo, não tem como objetivo principal a ampliação da oferta de médicos. A meta, de acordo com ministérios da Saúde e da Educação, é ampliar a formação do profissional e driblar um problema que o governo julga enfrentar atualmente, que é a especialização precoce. Na avaliação do governo, a partir do 4º ano, estudantes concentram suas atenção nas áreas com que têm mais afinidade, deixando de lado pontos considerados essenciais para o atendimento do paciente.

Embora detalhes ainda não estejam definidos, o governo já decidiu que durante o ciclo de dois anos, o estudante terá permissão para atuar apenas nos locais indicados pela instituição de ensino a que ele está ligado. Não será permitida a realização de plantões ou atuação em outros serviços.

Enquanto o País está mobilizado, exigindo profundas mudanças sociais, políticas e econômicas, o ensino de Medicina está vivendo uma situação extremamente complicada e paradoxal.

Enquanto as instituições particulares são obrigadas a realizar pesados investimentos para oferecer infraestrutura adequada e corpo docente qualificado em todos os seus cursos superiores, notadamente nos cursos de Medicina, começam a surgir evidências de que o mesmo cuidado não vem sendo observado pelas instituições públicas.

Qualquer instituição particular que tenha pleiteado autorização para ofertar curso de Medicina ou aumentar vagas em cursos já autorizados sabe, por experiência própria, das complicações que envolvem esses processos administrativos.

No caso das autorizações, são obrigadas a fazer investimentos altíssimos, com disponibilização de infraestrutura completa para os três primeiros anos do curso para que possam receber avaliação in loco, inclusive no que diz respeito à aquisição de livros e equipamentos laboratoriais caríssimos, sem olvidar a necessidade de contratar e qualificar os integrantes do corpo docente para esses mesmos três anos iniciais do curso.

Mais perversa do que a exigência de tamanho investimento em fase inicial do processo é a inexistência de qualquer previsão acerca do resultado do mesmo, porquanto tem sido comum o indeferimento dos pedidos de autorização ou a eternização do trâmite processual, mesmo com a obtenção de conceitos satisfatórios no procedimento avaliativo.

Esta conduta deixa evidente o viés político que orienta a condução dos processos administrativos, desprezando os aspectos técnicos e qualitativos, que deveriam, em homenagem às normas contidas na Constituição Federal e na própria LDB, ser os orientadores primordiais do processo decisório relativo aos pedidos de autorização de cursos superiores de Medicina, bem como de quaisquer outros cursos superiores, registre-se!

O mesmo drama se repete nos pedidos de aumento de vagas nos cursos de Medicina, ainda que atendidas as exigências não estabelecidas em lei (no sentido estrito).

Do outro lado, vemos o Governo adotando medidas desencontradas e absurdas, como a proposta de contratação de médicos estrangeiros sem a necessidade de revalidação de título obtido no exterior, o que é negado aos estudantes brasileiros que optem por estudar em outros países.

Vemos, ainda, o Governo alardeando o aumento de vagas nos cursos de Medicina nas instituições públicas, dando a impressão de que esses cursos oferecem ensino com atendimento aos rigorosos padrões de qualidade estabelecidos pelo Ministério da Educação.

Infelizmente, essa premissa não é absolutamente verdadeira!

Com efeito, enquanto as instituições particulares são obrigadas, como já apontado, a vultosos investimentos para manutenção e atualização de sua infraestrutura, a situação em boa parte das instituições públicas caminha em sentido diametralmente oposto.

A situação das condições de oferta em boa parte dos cursos de Medicina das universidades públicas vem se deteriorando de forma acentuada nos últimos tempos, sendo comuns os protestos de alunos e mesmo de docentes, apontando para a precariedade das instalações, equipamentos e de locais para estágio.

Matéria recentemente publicada no portal Terra (http://noticias.terra.com.br/educacao/medicina-enquanto-dilma-anuncia-ampliacao-federais-querem-cortar-vagas,81055e3e80b7f310VgnVCM20000099cceb0aRCRD.html) demonstra a situação real nesses cursos, os quais, se ofertados em instituições particulares, certamente já teriam sido alvo da atuação da SERES/MEC, com instauração de processo administrativo de supervisão e imposição de severas medidas cautelares de redução de vagas e suspensão de processo seletivo.

Evidentemente, esta situação não representa todas as instituições públicas, mas certamente é um indicativo das condições em que funcionam esses cursos de Medicina, ao mesmo tempo em que desmascaram o processo de ampliação de vagas nas universidade públicas, evidentemente desacompanhado de uma efetiva análise qualitativa no tocante, essencialmente, à infraestrutura.

Desmascara, ainda, a absoluta parcialidade e o viés político do processo de expansão da educação superior, no qual uma parcela das instituições (as particulares) é submetida a critérios avaliativos rígidos e a processos regulatórios morosos, enquanto a outra parcela (as públicas) tem flexibilizadas as exigências qualitativas, obtendo autorização e aumento de vagas através de processos menos rígidos.

Sendo a qualidade do ensino da Medicina a real intenção do Estado, força é admitir que os atos praticados não são condizentes com o discurso apresentado à população, como deixam evidentes os fatos noticiados na matéria acima mencionada, cujo conteúdo, na verdade, vem sendo apresentado em diversas outras publicações editadas ao longo dos últimos meses.

Aproveitando a onda de mobilização por tantas justas reivindicações, concluo ousando sugerir a inclusão, entre estas, de estabelecimento de um compromisso por educação de qualidade, independentemente da natureza da instituição, porquanto as entidades particulares e as públicas devem ter, na qualidade da educação ofertada, sua única forma de distinção, ou seja, deve ser atividade da SERES/MEC separar o joio do trigo, sem influência da natureza da instituição, afinal, existem excelentes instituições particulares, ao mesmo tempo em que há instituições públicas que deixam muito a desejar em termos de qualidade.

Qualquer crítica, dúvida ou correções, por favor, entre em contato com a Coluna do Gustavo, que também está à disposição para sugestão de temas a serem tratados nas próximas edições.

Vem crescendo em todos os meios o debate acerca da firme intenção do Governo Federal de promover importação de médicos estrangeiros para atuação no Brasil sem que lhes seja exigida a revalidação do diploma obtido em seu país de origem.

Esse debate se acalorou a partir da informação de que o Ministério da Saúde estaria em vias de celebrar convênios com países como Portugal e Espanha, nos quais existem grandes contingentes de médicos desempregados, e trazer esses profissionais para atuar em regiões carentes e previamente delimitadas pelo referido ministério.

A concessão dessa prerrogativa vem gerando reação no segmento médico, porquanto vulnera princípios legais, fragilizando, sobretudo, a aferição da qualidade do serviço profissional a ser disponibilizado para os cidadãos brasileiros.

O primeiro aspecto a ser considerado é a obrigação do agente público, em qualquer esfera dos três poderes de agir sempre em conformidade com as normas legais vigentes, como lhes exige o princípio da legalidade.

No caso do exercício legítimo da Medicina, é requisito inafastável, exigido de forma expressa pelo artigo 17 da Lei nº 3.268/1957, o registro de seu diploma válido e a sua inscrição no Conselho Regional de Medicina do local onde for exercer sua atividade profissional, verbis:

“Art. 17. Os médicos só poderão exercer legalmente a medicina, em qualquer de seus ramos ou especialidades, após o prévio registro de seus títulos, diplomas, certificados ou cartas no Ministério da Educação e Cultura e de sua inscrição no Conselho Regional de Medicina, sob cuja jurisdição se achar o local de sua atividade.”

O exercício da Medicina no Brasil, portanto, é privativo de portadores de diplomas registrados de cursos devidamente reconhecidos, depois de inscritos junto ao Conselho Regional de Medicina do local onde pretenda exercer sua atividade.

No caso de estudante que tenha concluído seu curso em instituição de ensino estrangeira, é indispensável a revalidação do diploma na forma da legislação em vigor, para que possa habilitar-se ao exercício profissional.

Por se tratar de concluintes de curso de graduação, a revalidação deve, necessariamente, ser efetuada por universidade pública que ofereça curso no mesmo nível e área, ou equivalente, assegurada a observância de eventuais tratados existentes de reciprocidade ou equiparação de títulos.

Com efeito, outra não é a inteligência do disposto no § 2º do artigo 48 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB:

“Art. 48. Os diplomas de cursos superiores reconhecidos, quando registrados, terão validade nacional como prova da formação recebida por seu titular.

.....

§ 2º Os diplomas de graduação expedidos por universidades estrangeiras serão revalidados por universidades públicas que tenham curso do mesmo nível e área ou equivalente, respeitando-se os acordos internacionais de reciprocidade ou equiparação.”

Destarte, não resta dúvida de que a revalidação por universidade pública que ofereça curso de mesmo nível e da mesma área ou equivalente é conditio sine qua non para que um diploma de curso de graduação obtido em instituição de ensino estrangeira tenha validade no Brasil.

Fulcrado nessa premissa, o Ministério da Educação e o Ministério da Saúde criaram o Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos – REVALIDA, objetivando exatamente assegurar procedimento nacional, unificando os critérios e formas de avaliação dos inúmeros pedidos de revalidação de diploma de Medicina, estipulando a competência do INEP para implementar o Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos, conforme expressamente previsto na Portaria Interministerial nº 278, de 17 de março de 2011, publicada no DOU em 18.3.2011.

Ora, a partir do momento em que os Ministérios da Educação e da Saúde, em manifesto respeito aos comandos da Lei nº 9.394/1996 – LDB, mais precisamente do disposto no § 2º de seu artigo 48, editaram norma conjunta estabelecendo o devido processo legal a ser observado para a lídima obtenção da revalidação de diploma de curso de graduação em Medicina obtido no exterior, parece mero oportunismo a intenção de proporcionar a estrangeiros que tenham concluído seu curso de Medicina o acesso ao exercício, ainda que temporário e em locais previamente estipulados, o exercício da profissão médica sem o efetivo cumprimento dos requisitos legais.

A intenção do programa REVALIDA é justamente verificar a capacidade dos profissionais diplomados no exterior, conforme claramente disposto no artigo 2º da referida Portaria Interministerial nº 278/2011:

“Art. 2º. O Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos expedidos por universidades estrangeiras, de que trata esta Portaria Interministerial, tem por objetivo verificar a aquisição de conhecimentos, habilidades e competências requeridas para o exercício profissional adequado aos princípios e necessidades do Sistema Único de Saúde (SUS), em nível equivalente ao exigido dos médicos formados no Brasil.”

Diante desses argumentos, não se justifica afastar a exigência de processo destinado à aferição da aquisição de conhecimentos, habilidades e competências exigidas para o exercício profissional em nível equivalente ao exigido para os profissionais formados no Brasil, permitindo o acesso ao exercício da atividade médica ao arrepio da lei e, sobretudo, sem a necessária verificação de obtenção de formação com o mínimo de qualidade, ao contrário do que é exigido para aqueles que obtenham seu diploma nas instituições credenciadas no País.

Qualquer crítica, dúvida ou correções, por favor, entre em contato com a Coluna do Gustavo, que também está à disposição para sugestão de temas a serem tratados nas próximas edições. 

O presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), Renato Azevedo Júnior, na manhã desta quinta-feira (16), se mostrou a favor da participação obrigatória de alunos de medicina em exames que avaliem seus conhecimentos, habilidades e atitudes médicas. De acordo com a Agência Câmara de Notícias, o presidente usou como argumento que a prova impediria o ingresso de profissionais despreparados no mercado de trabalho, uma vez que eles podem proporcionar risco à saúde da sociedade. Azevedo participa de uma audiência pública, em Brasília.

No ano passado, o Cremesp tornou obrigatória a participação dos formandos em medicina no exame, que já era ofertado desde o ano de 2005 em caráter voluntário. Segundo a Agência, 54% dos candidatos foram reprovados. “Na área de clínica médica, metade das questões não foram respondidas corretamente ao longo dos anos. Temos convicção de que quem não acerta 60% da prova tem graves problemas na sua formação”, destacou Azevedo, conforme informações da Agência. A audiência pública é realizada na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público. O encontro debate o projeto de lei que estabelece a realização de exame de admissão para o exercício profissional da medicina.

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Com informações da Agência Câmara de Notícias



A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a abertura de consulta pública sobre a regulamentação para os produtos da medicina tradicional da China. O objetivo é determinar como será a regulação dos produtos, que atualmente estão ausentes do Regulamento Sanitário Brasileiro.

O texto com a proposta será publicado no Diário Oficial da União nos próximos dias. Após a publicação, serão 90 dias para apresentação de críticas e sugestões. A consulta visa a possibilitar o monitoramento dos possíveis efeitos relacionados ao uso desses produtos. Hoje não há fórmula tradicional da China que misture minerais, animais e plantas com registro no Brasil.

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A proposta define que os produtos chineses não precisarão de registro na Anvisa. O texto prevê a proibição de indicação de alegação terapêutica nos rótulos dos produtos e no material de divulgação. A fabricação também deverá seguir as normas da farmacopeia chinesa, ficando vedada a inclusão de matéria-prima de origem animal. Outro ponto da proposta restringe a prescrição do produto aos profissionais habilitados.

O Conselho Federal de Medicina (CFM) voltou a criticar a decisão do governo brasileiro de autorizar a entrada de 6 mil médicos formados em faculdades cubanas, sem revalidação do diploma estrangeiro. "É temerário e traz grandes riscos à população", avaliou o presidente em exercício, Carlos Vital. Para ele, esses profissionais são formados "em escala industrial e sem qualidade".

"Uma política que supõe a premissa de 6 mil médicos de Cuba sem revalidação de diploma é absolutamente incoerente. Só podemos encontrar explicação em fins eleitoreiros. Não há outra explicação", afirmou. Ele classificou a medida do governo como ilegal, já que hoje os médicos formados no exterior que desejam atuar no Brasil precisam fazer o Revalida, que é uma prova de revalidação do diploma.

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No ano passado, 182 profissionais que estudaram em faculdades cubanas se inscreveram para revalidar seus diplomas no Brasil, e apenas 20 foram aprovados. Em 2011, dos 140 inscritos, 15 passaram. O total de médicos com diplomas estrangeiros inscritos para a revalidação em 2012 foi de 884, dos quais 77 foram autorizados a atuar no País.

O governo brasileiro anunciou na segunda-feira, 6, que se prepara para trazer 6 mil médicos cubanos para trabalhar no interior do Brasil. O anúncio foi feito pelo ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, depois de um encontro com o chanceler de Cuba, Bruno Rodriguez. Patriota afirmou que a medida será tomada devido ao déficit de profissionais de medicina no Brasil. A intenção do governo é levar os cubanos para trabalhar em cidades do interior do Brasil onde hoje não há atendimento e onde os médicos do País não querem trabalhar.

Vital alega que mesmo os profissionais estrangeiros não têm se fixado no interior. Segundo ele, dos quase 7 mil médicos estrangeiros que revalidaram diplomas no Brasil nos últimos dez anos, 42% estão no Estado de São Paulo. Sobre as críticas de que o interior do País não é assistido pelos profissionais formados no Brasil, Vital diz que é devido à falta de infraestrutura e afirma ser necessária uma política de fixação, de longo prazo.

Questionado se não seria melhor que as cidades do interior recebessem esses médicos com diplomas estrangeiros, em vez de não ter nenhuma assistência, ele afirmou que não. "A pseudo assistência é mais grave que a falta de assistência. Quando você não tem um médico na sua cidade, pode buscar na cidade ao lado e ter um médico de qualidade adequada", justificou.

Vital também é contra a possibilidade de esses médicos trabalharem com supervisão, como em programas de estágios. "Não importa se o médico vem fazer estágio ou trabalhar com contrato, ele vai exercer a medicina e precisa ter seu diploma revalidado", afirmou. "Não somos contra o exercício no Brasil de médicos formados no exterior, apenas exigimos que eles sejam avaliados."

O governo brasileiro se prepara para importar 6 mil médicos cubanos para trabalhar no interior do Brasil. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (6) pelo ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, depois de um encontro com o chanceler de Cuba, Bruno Rodriguez. "Estamos nos organizando para receber um número maior de médicos aqui, em vista do déficit de profissionais de medicina no Brasil. Trata-se de uma cooperação que tem grande potencial e à qual atribuímos um grande valor estratégico", informou o ministro.

A vinda dos médicos cubanos começou a ser negociada em janeiro de 2012, quando a presidente Dilma Rousseff visitou Havana pela primeira vez. A intenção do governo brasileiro é levar os cubanos para trabalhar em cidades do interior do Brasil onde hoje não há atendimento e onde os médicos do País não querem trabalhar.

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O Brasil, no entanto, terá que encontrar uma solução para a autorização de trabalho para esses médicos. Hoje, médicos formados no exterior precisam fazer uma prova de revalidação do diploma, o Revalida, em que menos de 10% dos que tentaram nos dois últimos anos foram aprovados. "Ainda estamos finalizando os entendimentos para que eles possam desempenhar sua atividade profissional no Brasil, no sentido de atendimento a regiões particularmente carentes do País", explicou Patriota.

O Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (HC/UFPE) estará com inscrições abertas, a partir do dia 26, para o preenchimento de 21 vagas dos Programas de Residência Médica 2013. Os interessados deverão realizar as inscrições de forma presencial, das 8h às 13h, na coordenação de Residência Médica (Coreme) do HC, que fica na Avenida Professor Moraes Rego, s/n, na Cidade Universitária, no Recife. Os pré-requisitos básicos para poder participar da seleção podem ser conferidos no edital. Outras informações através do e-mail coreme.hc@ufpe.br ou pelos telefones (81) 2126.3520 / 3521. 

 

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Carreira que requer anos de estudo, dedicação integral, renúncia e muitas noites em claro. Mesmo assim, a profissão de médico continua sendo o sonho de muitos jovens em épocas de vestibular. Conforme a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), o curso foi, pela quarta vez consecutiva, o mais concorrido no processo seletivo deste ano, sendo 35,3 candidatos para cada vaga, superando o índice de 34,9 alcançado no exame passado. Porém, de quanto será o custo financeiro para passar num curso tão almejado e disputado como o de medicina?

A estudante Patricia Souza, 22 anos, que conseguiu alcançar seu objetivo após conferir o nome no “listão” do terceiro remanejamento da UFPE, declarou que as seleções para ganhar uma bolsa em cursos preparatórios foram uns dos principais motivos para não desistir do sonho após quatro anos de tentativa. “Por ter estudado a vida toda em escola estadual, eu tive a vantagem de obter descontos que aliviaram mais nas despesas, o que me ajudou financeiramente a levar adiante os estudos e não desistir de um sonho que tenho desde criança”, afirmou.

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“Minha mãe foi meu apoio em tudo. Por medicina ser um curso que exige muita dedicação e várias horas seguidas de estudo, ela preferiu que eu não trabalhasse e me dedicasse exclusivamente à medicina. O apoio e a compreensão familiar conta muito nessas horas”, enfatizou.

Para tornar um sonho de muitos anos em realidade, Patrícia deixou claro que foi importante abdicar de vários momentos com a família e amigos. “Como sempre foi um objetivo na minha vida seguir a carreira de medicina, eu passei quatro anos apenas dedicada aos estudos. Tive que abrir mão várias vezes de festas em família, encontro com os amigos e até do meu namorado. Claro que desopilar é sempre bom, mas com moderação. Quando saía, fazia apenas programas leves para poder dormir cedo. Estudava cerca de sete a oito horas por dia, essa era a minha rotina”, lembrou.

A jovem ainda chamou atenção para o método de ensino abordado em cursos pré-vestibulares em comparação à abordagem de cursos preparatórios em matérias isoladas. “Claro que, financeiramente falando, os cursinhos pré-vestibulares são bem mais vantajosos. Mas, em relação à qualidade de ensino, eles ficam atrás dos cursos de matérias isoladas, pois os conteúdos são vistos de forma superficial, já que são muitos os assuntos a serem trabalhados em um prazo curto de tempo. Esse foi o motivo principal para eu decidir apostar apenas em matérias isoladas, pois a exigência é ainda maior por parte dos professores e o conteúdo é dado de forma mais eficiente, o que lhe deixa mais motivado e estimulado a estudar. E quem quer medicina, deve sempre exigir o melhor para si, até para não ficar atrás da concorrência, que é imensa”, aconselhou.

Oportunidade para quem deseja investir em medicina

Segundo o professor de biologia de um dos cursos preparatórios em matérias isoladas mais renomados em Pernambuco e que possui 15 anos no mercado, o Fernandinho e Cia, Fernando Beltrão, há oportunidade para qualquer pessoa, independente de sua condição financeira ou social. “Todo mês de dezembro, que é o período de matrícula, disponibilizamos bolsas tanto para quem vem de escola pública quanto para aqueles que residem em casas estudantis. O critério avaliado é o grau de carência que o aluno obtenha. Por exemplo, há pessoas que não têm condições nenhuma de arcar com as despesas do curso, então, para estes o custo é zero. Já aqueles que têm renda baixa, mas possuem uma condição financeira um pouco melhor, damos descontos nas mensalidades que variam de 40% a 60%”, disse.

De acordo com o professor, a quantidade, em média, de alunos matriculados por ano que optam pelo curso de medicina, gira em torno de 700 a 750. Já em relação ao valor das isoladas, o professor explicou que varia de acordo com o peso de cada matéria. “Como a procura é maior na área de Saúde, as disciplinas de biologia e química tendem a ser mais caras. Depois vem matemática, português, história e geografia, que, independente do aluno optar por medicina, devem ter conhecimento sobre essas matérias, já que elas não exigidas na avaliação do Enem. Nossas isoladas variam de R$ 100 a R$ 300, o que está compatível com o preço disponível no mercado”.

Beltrão ainda avalia a educação como algo que não é caro em relação a outros investimentos. “O valor investido em educação é baixo, se comparado a outros gastos. Por exemplo, o que você investe comprando um apartamento de R$ 800 mil, já paga uma faculdade inteira de medicina. E mais, uma mensalidade de colégio custa, em média, R$ 700 e se dividido por 30 dias, você vê que investe diariamente apenas R$ 23. Analisando sob este ponto, será que estudar está realmente caro?”, indagou o professor.

Em relação aos estudantes que optam pelo curso de medicina apenas por status ou pela remuneração que o cargo oferece, Beltrão deu um conselho: “Se for para fazer medicina ou qualquer outra coisa na vida só pelo dinheiro ou por aparência, desista. A realização profissional ainda é, sem dúvidas, um critério mais valioso que o dinheiro. Satisfeito com a profissão escolhida, as chances de exercer bem o papel naquilo se faz, são maiores. O que você pode fazer é, dentro da carreira escolhida, procurar o seu diferencial e desempenhá-lo com garra, pois, um dia, sem dúvidas, você terá o seu destaque em oportunidades exclusivas”, finalizou.











 

O britânico Robert Edwards, pioneiro da fertilização in vitro e ganhador do prêmio Nobel de Medicina em 2010, morreu nesta quarta-feira, aos 87 anos, anunciou a Universidade de Cambridge.

"Com grande tristeza, a família anuncia que o professor Sir Robert Edwards, vencedor do Prêmio Nobel, faleceu tranquilamente enquanto dormia em 10 de abril de 2013 depois de uma longa enfermidade", assinala o comunicado divulgado pela Universidade de Cambridge, à qual continuava vinculado.

Foi ele que conseguiu o nascimento do primeiro "bebê de proveta", Louise Brown, em 25 de julho de 1978, um acontecimento histórico que foi a manchete dos jornais de todo o mundo.

Mais de quatro milhões de pessoas nasceram desde então graças à fecundação in vitro.

Seus trabalhos foram recompensados em 2010 com o Prêmio Nobel da Paz, mas o cientista, que vivia retirado há anos, não foi recebê-lo em Estocolmo por motivos de saúde.

Nascido em 27 de setembro de 1925 na localidade de Batley, perto de Leeds (norte da Inglaterra), serviu no exército britânico de 1944 a 1948, antes de iniciar seus estudos de biologia na Universidade de Bangor, em Gales, e depois em Edimburgo (Escócia), onde se doutorou em 1955 com uma tese sobre o desenvolvimento embrionário dos ratos.

Depois de um primeiro emprego no Instituto Nacional de Pesquisa Científica em Londres, começou a trabalhar em 1963 na Universidade de Cambridge, onde, cinco anos mais tarde, viu pela primeira vez a vida ser criada fora do útero.

"Jamais esquecerei do dia que olhei em meu microscópio e vi algo diferente nos cultivos", afirmou Edwards em 2008. "O que vi foi um blastocisto humano me olhando fixamente. Pensei: conseguimos", acrescentou.

Uma década depois, em 25 de junho de 1978, nasceu Louise Brown, fruto da primeira fecundação in vitro - fecundação dos ovócitos pelos espermatozóides fora do corpo da mãe -, em um parto cercado do mais absoluto sigilo para escapar do assédio dos meios de comunicação.

Em 1980, Edwards e Patrick Steptoe fundaram a Bourn Hall, a primeira clínica de fertilidade do mundo, onde continuaram aperfeiçoando seu procedimento com mais de 10.000 bebês nascidos desde então.

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Nesta semana, o Opinião Brasil traz um debate sobre mutirões de saúde. Para falar sobre o assunto, o apresentador Alvaro Duarte recebe o diretor do Instituto SOS Mão Criança, Mauri Cortez, e a gestora de atendimento da Fundação Altino Ventura, Laura Raposo.

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O Instituto SOS Mão Criança foi fundado em 2005 com o objetivo de promover mutirões de cirurgia, chamadas de missões humanitárias, em crianças carentes com deformidade nos membros superiores. "Na rede pública há poucos especialistas para tratar dessas deformidades e, por isso, o atendimento se torna demorado", comenta o diretor Mauri Cortez sobre a agilidade que o Instituto proporciona aos pacientes.

Já a Fundação Altino Ventura realiza mutirões de saúde na área de oftalmologia há 26 anos. "O interior de Pernambuco é muito carente nessa especiliade médica, então o Altino Ventura promove esse atendimento com unidades móveis clínicas, que fazem o diagnóstico dos pacientes", diz Laura Raposo.

O Opinião Brasil é exibido toda segunda-feira, aqui no portal LeiaJa.com. O programa é produzido pela TV LeiaJá.

O senador de Pernambuco, Humberto Costa (PT) disse nesta quarta-feira (20) que apesar do aumento do número de médicos no Brasil, a má distribuição desses profissionais pelo país ainda é um desafio. O parlamentar comentou o assunto baseando-se nas informações apresentadas no segundo volume do estudo "Demografia Médica no Brasil.”

A pesquisa divulgada nesta segunda (18) pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) aponta que o número de médicos para cada grupo de mil habitantes na região Sudeste é mais que o dobro do Norte.

Enquanto em Vitória (ES) o número de médicos por mil habitantes é de 11,61, no Macapá (AP), o índice é de 1,38 médicos abaixo da média nacional. “Existe no Brasil uma carência de médicos, principalmente em áreas mais afastadas das grandes capitais”, ressaltou o petista.

De acordo com o senador, a situação é ainda pior quando observada exclusivamente a taxa de médicos por habitantes no Sistema Único de Saúde (SUS). Ela é a metade da taxa média apresentada no país.

O trabalho mostra que nos serviços públicos a razão é de 1,11 médico para cada mil habitantes. “O quadro de falta de profissionais é ainda mais alarmante no SUS e é, portanto, a população mais carente, que usa exclusivamente o SUS, a que mais sofre “, disse o senador.

Humberto Costa também afirmou ser favorável ao Projeto de Lei do Senado (PLS) 399/2011, que trata da revalidação de diplomas emitidos por instituições estrangeiras de ensino superior. “Porém defendo que a revalidação de diplomas não ocorra de forma automática. É preciso também garantir que os médicos estrangeiros venham trabalhar em regiões com maior déficit”, defendeu.

Com a chegada da celebração da Páscoa, o estímulo ao consumo de chocolate e derivados aumenta, entretanto, é importante ter cuidado, pois o exagero é perigoso, porém se administrado com moderação poderá trazer benefícios ao organismo. Em muitos casos como Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC), depressão e síndrome do pânico, o consumo de chocolate é estimulado para tranquilizar os pacientes.

O geriatra e médico clínico Dr. Guido Shashnick, especialista em medicina ortomolecular, lembra o consumidor que pode adquirir benefícios com o uso moderado. “O chocolate deve ser ingerido diariamente, desde que seja com baixo teor de açúcar e mais cacau e também em pouca quantidade.”

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O especialista afirma ainda que deve-se consumir chocolate, preferencialmente, pela manhã pois além de liberar endorfina – conhecido como o hormônio do prazer e dopamina trará energia. “A única restrição é para pacientes com pedra na vesícula e intolerância a cacau” explicou.

Pesquisadores da Universidade de Georgetown, nos Estados Unidos, divulgaram em 2008 que o chocolate pode ajudar a combater o câncer de intestino. Isso porque algumas moléculas presentes no cacau, chamadas de procianidinas, possuem propriedades antioxidantes.

Também tem efeitos benéficos para o coração, cientistas da Universidade de Linkoping, na Suécia, descobriram que a versão amarga (rica em cacau) inibe uma enzima no organismo conhecida por elevar a pressão arterial. Ajuda a diminuir os níveis de LDL (colesterol ruim), e alguns estudos mostram que este tipo, melhora o fluxo arterial e faz bem à saúde cardiovascular por diminuir a tendência de coagulação das plaquetas e de obstrução dos vasos sanguíneos.

Outras melhorias do chocolate

1.Saúde cerebral

O chocolate amargo pode reduzir os danos cerebrais após um acidente vascular cerebral, segundo um estudo da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos. Os cientistas descobriram que um composto chamado epicatequina protege as células nervosas.

2.Na gravidez

Chocolate de forma moderada, durante gravidez pode ajudar a prevenir a pré-eclâmpsia (hipertensão).

3.Ataques cardíacos

Pessoas que sobreviveram a ataques cardíacos e comem chocolate moderadamente podem reduzir o risco de morrer por problemas do coração, segundo pesquisa realizada na Suécia. Testes mostraram que saborear o produto duas vezes por semana resultou em 66% menos chances de morrer de doença cardíaca e uma vez por semana reduziu o risco quase pela metade. Isso porque a delícia é rica em antioxidantes, que nos protege do envelhecimento causado pelos radicais livres.

4.Dores

Ingerir de maneira moderada o chocolate pode aliviar dores, de acordo com um estudo da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos. A distração de comer ou beber por prazer atuaria como um analgésico natural.

5.Beleza

O chocolate é um aliado da beleza também. Está presente em banhos de ofurô, massagens, máscaras e outros cosméticos. Além do alto poder hidratante, o produto combate os radicais livres, evitando a oxidação das células.

6.Desgaste físico

Dois levantamentos realizados por cientistas da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, concluíram que leite com chocolate é a melhor bebida para se recuperar da atividade física.

O Ministério da Educação (MEC) divulgou, na tarde desta sexta-feira (15), a desativação do curso de medicina da Universidade Vale do Rio Verde (Unincor), no campus de Belo Horizonte. Um processo de supervisão foi instaurado a partir de denúncias de irregularidades, tais como falta de locais para aulas práticas, falta de professores e deficiências no projeto pedagógico.

De acordo com o MEC, uma visita in loco foi realizada, constatando-se assim deficiências graves. Ainda segundo o órgão, no dia 28 de janeiro de 2011, houve a definição de um prazo para o saneamento das irregularidades constatadas pelo Ministério. Além disso, foi imposta medida cautelar de suspensão de ingresso de novos alunos na graduação.

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Após o fim do prazo, no dia 30 de novembro de 2011, o MEC designou uma comissão de supervisão, com o objetivo de verificar o cumprimento das ações saneadoras. Entretanto, o relatório final apontou que as deficiências continuaram e se agravaram durante a fase sugerida para recuperação.

De acordo com o MEC, durante esse período, a Unincor teve que parar de funcionar no prédio onde o curso era realizado e solicitou mudança de endereço. O Ministério visitou o novo prédio, porém, mais uma vez, as condições de funcionamento não eram boas. Contudo, no dia 24 de janeiro deste ano, foi publicada uma portaria instaurando processo administrativo com vistas à desativação do curso. A Unincor apresentou defesa, mas, não foi suficiente para reverte a situação.

Agora, com a desativação da graduação, os alunos serão transferidos para outras instituições de ensino. Segundo o MEC, para que ocorra flexibilidade na análise da grade curricular desses estudantes, visando garantir o aproveitamento dos estudos, o Ministério enviará notificações para as universidades que receberão os graduandos da Unincor. 

A criação de novos cursos de medicina no Brasil só será autorizada, a partir deste ano, em cidades predefinidas pelo Ministério da Educação e depois de uma seleção de proposta através de editais, que começaram a ser publicados no final de março. As novas faculdades particulares de medicina terão que ser criadas, prioritariamente, em regiões onde há estrutura médica - como hospitais e atendimentos de emergência - mas não existem escolas de medicina suficientes.

Até hoje, os novos cursos e a ampliação de vagas são autorizadas pelo MEC levando em conta critérios de qualidade - alguns bastante subjetivos, como a necessidade social - e sem levar em conta a localização do curso e nem se a cidade comporta outro curso. Nesse momento, há 70 pedidos totalizando mais de 6 mil novas vagas. De acordo com o ministro da Educação, a maioria deverá ser indeferido porque não se enquadrar nos critérios de qualidade estabelecidos pelo MEC. "Hoje existe uma política de balcão. O curso é aberto onde a instituição tem interesse", disse o ministro. "O balcão fechou".

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Os ministérios da Educação e da Saúde fizeram um levantamento das cidades onde há estrutura de saúde - leitos hospitalares suficientes, atendimento de emergência, equipes de atenção básica, entre outros requisitos - mas não possuem faculdades de medicina. Esses serão os locais prioritários porque, segundo Mercadante, garantem um mínimo de qualidade aos cursos pela possibilidade de prática médica. Regiões de Goiás e da Bahia, por exemplo, poderão constar dos primeiros editais.

Também foram definidas outras regiões em que a estrutura de saúde não é completa e outras onde a situação é crítica. "Nesses locais vamos trabalhar com o Ministério da Saúde para melhorar a estrutura e então podermos abrir novos cursos", afirmou o ministro. Apesar de uma das intenções do MEC ser a de melhorar o atendimento em regiões do país onde há falta de médicos, Mercadante afirma que não é possível dar prioridade a esses locais porque é preciso garantir a qualidade da formação.

A partir dos editais, instituições interessadas em abrir cursos nas regiões autorizadas terão que apresentar um projeto levando em conta nove critérios. Entre eles, número de leitos por aluno maior ou igual a cinco, existência de urgência e emergência, número de leitos do Sistema Único de Saúde para uso acadêmico, existência de vínculo com hospital de ensino e a de um hospital com mais de 100 leitos exclusivo para o curso. Além disso, não serão aceitas propostas que não prevejam a existência de pelo menos três programas de residência médica nas áreas prioritárias de clínica médica, pediatria, cirurgia e ginecologia e obstetrícia.

De acordo com Mercadante, o uso dos editais não excluirá automaticamente estados onde o número de vagas de medicina esteja acima da média nacional - caso, por exemplo, do Rio de Janeiro, Minas Gerais ou Distrito Federal - ou onde o haja grande concentração de médicos, como São Paulo. Novos cursos poderão ser autorizados se for constatado que existe estrutura médica para atender ainda novas faculdades. Esses, no entanto, não serão prioridade.

Brasília – O Ministério da Educação (MEC) detalhou, nesta terça-feira (5), novos critérios e procedimentos para abertura de cursos de medicina no país. A partir de agora, o ministério é quem vai definir o número de vagas e os municípios onde os cursos serão abertos com o objetivo de estimular a formação e fixação de médicos em regiões onde a presença desses profissionais é escassa.

Atualmente, as instituições federais e particulares apresentam uma proposta ao MEC para a abertura de cursos ou ampliação de vagas, que precisa do aval da pasta. Com o novo método, o ministério vai lançar editais oferecendo vagas em cidades indicadas e as instituições interessadas irão participar de uma seleção.

De acordo com o governo, a nova política deixa de atender ao interesse das instituições e passa a priorizar os critérios do Estado. Para ser selecionada, a candidata deverá atender a algumas exigências, entre elas, oferecer pelo menos três programas de residência médica em especialidades definidas como prioritárias para a região e hospital com mais de 100 leitos exclusivos para o curso.

Na avaliação do ministro da Educação, Aloizio Mercadante, a residência é fator importante para os profissionais permanecerem na região onde se formarem e não migrarem para outras partes do país, como o Sudeste e Sul, que já concentram grande número de médicos e melhores salários. “O primeiro critério que ajuda na fixação do médico é a existência de residência, é onde ele tem sua formação mais qualificada, constitui clientela, é o período em que ele se casa, tem relação com a comunidade e acaba preferindo ficar”, considerou.



Bons equipamentos e condições que propiciem a boa prática médica são outros quesitos determinantes para a escolha, segundo Mercadante. Para que universidades e faculdades com menos estrutura entrem na disputa, o ministro informou que há possibilidade dessas entidades buscarem  linhas de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Perguntado se haverá procura com a mudança de critérios, Mercadante disse ter a convicção de que as instituições vão se candidatar. “Temos total segurança que essa estratégia será um salto de qualidade. O setor privado tem interesse em disputar essa oferta, temos também a possibilidade de continuar aumentando a oferta de faculdades de medicina públicas. Estamos expandindo em 1,6 mil vagas cursos de medicina federal. Então, vamos continuar ampliando onde não tem interesse do setor privado”, disse. O novo método vale apenas para as instituições federais e particulares.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse que o fato de alguns Estados, como por exemplo, São Paulo, ter uma média elevada de médicos por mil habitantes, não irá inviabilizar a abertura de vagas nesses locais, pois também existem discrepâncias de distribuição. "É preciso estimular o médico a estar nas regiões onde mais precisamos. O Brasil tem poucos médicos por mil habitantes quando comparado com outros países e a distribuiçao é muito desigual. Vamos abrir vaga onde é preciso, e com a residência médica".

O Maranhão é o estado com a menor média de médicos por mil habitantes, 0,58. Em seguida, estão o Amapá (0,76) e o Pará (0,77). Na liderança com as maiores médias estão o Distrito Federal (3,46) e o Rio de Janeiro (3,44). A média nacional chega a 1,8 médico por 1 mil habitantes.

O modelo em que as instituições apresentavam os projetos fica extinto, mas o MEC irá analisar os 70 pedidos já protocolados. Desse total, 51 são para autorização de novos cursos de medicina e 19 para aumento de vagas, totalizando 6.096 vagas.

Na semana passada, a falta de médicos foi um dos problemas apresentados no Encontro Nacional com Novos Prefeitos e Prefeitas, em Brasília. Entidades representativas dos prefeitos pediram a ampliação das vagas nas faculdades de medicina e mais facilidades para a contratação dos profissionais formados no exterior. Para o Conselho Federal de Medicina, o problema no país não é a quantidade de profissionais e sim o desestímulo ao trabalho em áreas remotas, o que gera os graves problemas de distribuição.

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