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O presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, formalizou sua saída do cargo que ocupava desde 2019. Por meio de carta aberta divulgada nesta terça (24), o tucano relembrou o início da sua trajetória no partido e destacou que muitos avanços sociais, econômicos e institucionais que o Brasil tem são frutos do trabalho realizado pelo PSDB ao longo do tempo..

Após o fim do mandato da atual Executiva Nacional, uma nova composição será construída a partir do dia dois de fevereiro, com a presidência do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite.

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“Tenho a consciência da nossa importância para a história e o desenvolvimento do Brasil. Orgulho, porque sei que passarão décadas e décadas, e nossa marca, nossas conquistas e valores ficarão”, exclamou Bruno.

“O momento agora é de novos desafios. Temos nomes, temos entregas, temos conquistas que nos colocam novamente na disputa pela Presidência da República. Podemos, sim, sonhar alto”, ressaltou. O pernambucano frisou ainda que o novo presidente terá ao seu lado os governadores Raquel Lyra (Pernambuco) e Eduardo Riedel (Mato Grosso do Sul).

*Da assessoria 

A uma semana das eleições que vão definir a sucessão no comando da Câmara, o presidente da Casa e candidato à reeleição, Arthur Lira (Progressistas-AL), editou uma medida que dobra o auxílio-moradia pago atualmente aos deputados.

O texto publicado na última quinta-feira (19) permite aos deputados praticamente dobrar o valor de R$ 4.253 recebido atualmente, por meio do uso complementar de R$ 4.148 disponíveis na chamada "cota para exercício de atividade parlamentar", que é destinada a custear os gastos dos membros da Câmara. Dessa forma, os parlamentares poderão se beneficiar de R$ 8.401 para bancar o aluguel em Brasília.

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A medida editada por Lira ainda garante aos deputados o reembolso de até quatro passagens áreas, de ida e volta, por mês. Esse tipo de gasto, com deslocamento e outras despesas administrativas, era custeado pela cota parlamentar antes de a mesa diretora da Câmara aprovar as mudanças que ampliam os benefícios dos deputados.

Outra benesse garantida pelo atual presidente foi a ampliação do reembolso para compra de combustíveis e lubrificantes, que chegará a R$ 9.392.

As alterações, contudo, passarão a valer somente no dia 1º de fevereiro, quando será realizada a eleição na Câmara e no Senado. Na data, os parlamentares das duas Casa vão escolher os novos presidentes e integrantes dos cargos na mesa diretora.

Lira é tido como favorito à reeleição na Câmara por ter angariado o apoio de partidos do Centrão, por meio da operação do esquema do orçamento secreto. Ele ainda conta com o apoio do PT, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que lidera a segunda maior bancada da Câmara, com 81 deputados na federação com PV e PCdoB.

O deputado federal eleito Chico Alencar (PSOL-RJ) confirmou, no domingo (22), que vai concorrer ao comando da Câmara dos Deputados no dia 1º de fevereiro, contra o atual presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL). A informação foi antecipada na sexta-feira (20), pelo Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado

Ao anunciar sua candidatura, Alencar defendeu que o Conselho de Ética apure o envolvimento de parlamentares nos atos golpistas de 8 de janeiro, quando apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram e depredaram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF).

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"É oficial, sou candidato à presidência da Câmara dos Deputados! Na eleição, que ocorrerá no próximo dia 1º de fevereiro, defenderei um Parlamento mais democrático, transparente e participativo e #AnistiaNão aos golpistas", escreveu o deputado eleito, no Twitter. "É preciso livrar a Câmara tanto dos golpistas que pedem o voto para tramar contra o Parlamento, quanto dos que querem mais e mais poder para fazer o Executivo refém de seus interesses oligárquicos e corporativos", emendou.

O PSOL é o único partido da esquerda que não declarou apoio a Lira. Embora os próprios membros admitam que não há chance de vitória, a ideia é reforçar o posicionamento ideológico da sigla, que costuma fazer críticas contundentes ao Centrão do atual presidente da Câmara.

A decisão afasta o PSOL do PT, que embarcou na candidatura à reeleição de Lira em nome de garantir governabilidade para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Ainda em novembro, o deputado alagoano ganhou o apoio declarado dos petistas, do PCdoB e do PV (que formam uma federação com o PT), do PSB, legenda do vice-presidente Geraldo Alckmin, e do PDT, que agora integra o governo com o ministro da Previdência, Carlos Lupi.

O PSOL é representado na Esplanada pela ministra Sônia Guajajara (Povos Indígenas). O deputado eleito Guilherme Boulos (SP), líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), chegou a ser cotado para assumir o Ministério das Cidades, responsável pelo programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, mas a pasta ficou com Jader Filho, num acordo de Lula com o MDB.

Fora da Esplanada, Boulos será o líder da bancada do PSOL na Câmara. Ele foi o deputado federal mais votado de SP na eleição de outubro, com mais de 1 milhão de votos. Em segundo lugar, ficou a deputada reeleita Carla Zambelli (PL), da tropa de choque bolsonarista na Câmara.

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ampliou a lista de militares dispensados das funções de segurança da Presidência da República. O Diário Oficial da União, desta quarta-feira (18), publica a exoneração de 14 integrantes das Forças Armadas que estavam atuando no Gabinete de Segurança Institucional. O GSI é responsável pela segurança do presidente e vice-presidente e também do Palácio do Planalto e das residências oficiais.

Na terça-feira (17), outros 56 militares já tinham sido dispensados, sendo que 45 cuidavam da segurança do Palácio da Alvorada e da Granja do Torto. Nesta quarta, também foi exonerado o tenente-coronel da Aeronáutica Max Steinert, que ocupava a função de assessor militar na Secretaria Geral da Presidência. Além dele, outros 13 militares das três Forças foram dispensados de atuar no GSI.

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O afastamento desses militares ocorre num contexto de "perda de confiança" em parte dos militares assumida publicamente pelo presidente Lula. "Eu perdi a confiança, simplesmente. Na hora que eu recuperar a confiança, eu volto à normalidade", admitiu Lula ao Estadão, quando questionado sobre se sentia ameaçado. Até o fim desta semana, Lula terá encontro com os comandantes das Três Forças. Na conversa deverá falar dos atos de vandalismo ocorridos no dia 8 de janeiro em Brasília e voltar a insistir que as Forças Armadas não devem ser partidarizadas, como ocorreu na gestão de Jair Bolsonaro.

Na terça, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse que as exonerações atingiram cargos de "extrema confiança" e avisou que outras demissões estão por vir. Segundo ele, a maior parte ocorrerá a partir do dia 23 de janeiro. "O grosso das nomeações e exonerações será feito a partir do dia 23 até fim do mês. Tem muita gente para sair e entrar", disse Costa. "O governo que saiu tem pouca ou nenhuma sintonia com o que entrou, o pensamento em todas as áreas é muito diferente, portanto não poderíamos conviver com os mesmos assessores. Alguém achava que íamos manter os assessores do governo anterior? Não é razoável que fosse assim. O regime de governo mudou. Se mudou a filosofia, mudou o conteúdo, então tem que mudar quem está implementando isso", afirmou.

Os filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Jair Renan e Eduardo Bolsonaro, também fizeram uso do cartão corporativo da Presidência com gastos absurdos suspeitos. A planilha com os gastos da Presidência foi divulgada na última semana e mostra a farra feita pela família, que gastou pelo menos R$ 27,6 milhões nos quatro anos de governo, o equivalente a R$ 6,9 milhões por ano. 

Os filhos 03 e 04 de Bolsonaro torraram o dinheiro público no dia 30 de agosto de 2021, em Goiânia. Eles estiveram na capital de Goiás para possíveis compromissos distintos e gastaram, em um só dia, R$ 63.399,90 do cartão corporativo. 

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Na data, Jair Renan, o 04, esteve em uma festa de luxo clandestina. Não havia a realização de eventos na época por conta da pandemia da Covid-19. Foi no mesmo dia em que o mais novo fez uma tatuagem em homenagem ao pai. 

Já Eduardo Bolsonaro, o 03, participou de uma homenagem aos policiais que participaram da operação de captura e morte de Lázaro Barbosa, que matou uma família no Distrito Federal e estava sendo procurado há dias. 

A planilha mostra informações sobre hospedagem e hotéis, e os demais gastos não são detalhados, são apresentados apenas os estabelecimentos em que o cartão foi usado. 

O deputado federal André Janones (Avante-MG) afirmou que teve acesso aos gastos do cartão corporativo por Jair e Eduardo, anunciando que vai entrar na Justiça contra os filhos do ex-presidente. 

“Acabo de ter acesso a gastos do cartão corporativo que comprovam R$ 63.399,90 em despesas de Eduardo e Renan Bolsonaro em Goiânia. Ao que tudo indica o dinheiro foi gasto com festas de luxo e uma tatuagem em homenagem ao miliciano! Já estou tomando as medidas judiciais”, publicou no Twitter. 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, escolheu o auditor fiscal da Receita Federal, Carlos Higino Ribeiro de Alencar, para presidir o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), última instância para recorrer de processos contra o Fisco antes de levar o caso à Justiça.

Graduado em Economia e Direito, Alencar foi ministro interino e secretário-executivo da Controladoria-Geral da União (CGU), secretário-executivo da Comissão de Ética Pública da Presidência da República (CEP) e ainda secretário de Transparência e Controle do Distrito Federal.

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Na Receita Federal, foi diretor, coordenador-geral e chefe de divisão, além de representar o órgão no Comitê de Monitoramento e Avaliação de Subsídios da União (CMAS).

Como mostrou o Estadão/Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, as contestações tributárias no âmbito do Carf estão na mira da equipe de Haddad, que busca receitas extras para reduzir o rombo primário estimado para este ano.

Os técnicos do ministério apresentaram ao ministro uma estimativa de arrecadação de até R$ 53,77 bilhões com um "incentivo extraordinário à redução da litigiosidade" no tribunal administrativo.

De acordo com a Fazenda, os trâmites para a nomeação oficial de Carlos Higino já estão em andamento.

O ex-ministro das Relações Exteriores Celso Amorim foi nomeado para o cargo de assessor-chefe da Assessoria Especial do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

Conforme o Broadcast Político antecipou no mês passado, Celso Amorim, conselheiro de Lula quando o assunto é geopolítica, vai despachar no Palácio do Planalto e manter interlocução direta com o chanceler, Mauro Vieira.

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A nomeação de Amorim está em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (4).

O deputado André Janones (Avante-MG) quer o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para comandar a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, o mais importante colegiado da Casa. O parlamentar abriu mão de concorrer à presidência da República e mergulhou de cabeça na campanha do petista. Com atuação destacada nas redes sociais, usou sua influência digital para enfrentar o bolsonarismo na internet.

O papel de destaque na campanha não se reverteu, no entanto, em cargos no novo governo. Janones alega que não era isso que queria. "Meu pleito agora é a CCJ. Quando a gente (ele e Lula) conversou e eu abdiquei da minha candidatura, citei que não queria espaço no governo, mas disse que ia pleitear mais espaço na Câmara. Então já tinha dito de maneira mais genérica", disse ao Estadão.

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Janones deve discutir o pleito com Lula na sexta-feira. Na campanha, o deputado lançou mão de uma narrativa agressiva contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inspirada no receituário da direita.

A estratégia rendeu a Janones a alcunha de "Carluxo do Lula", uma referência ao papel determinante que o vereador Carlos Bolsonaro teve nas campanhas do pai.

Durante a transição

Desde a transição de governo, Janones vinha dizendo que não se interessava por participar do governo. Ele nega envolvimento nas discussões que culminaram na escolha de Paulo Pimenta (PT-RS) para a Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência.

"Terminou uma batalha. Agora que entro em campo", afirmou. "Sempre deixei claro que não queria espaço no governo, mas queria espaço na Câmara. Sei que a composição é diferente, é outra estrutura de poder. Mas o apoio do governo tem um peso".

A "fatura" do apoio era esperada pelos petistas. A cúpula do partido, porém, é contra dar o comando da CCJ a Janones e defende Maria do Rosário (PT-RS) para liderar a comissão. A liderança do partido na Câmara deve ser exercida por Zeca Dirceu (PR), filho do ex-ministro José Dirceu.

A CCJ é responsável por dar aval para aprovação de todos os projetos que passam pela Câmara. A Comissão costuma ser a mais disputada pelo poder que exerce no destino de vida ou morte das propostas de interesse do governo.

O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou nesta sexta-feira, 30, que Rita Serrano será a próxima presidente da Caixa Econômica Federal e Tarciana Medeiros, a do Banco do Brasil.

Os dois nomes foram revelados mais cedo pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. Tarciana será a primeira mulher a presidir o Banco do Brasil em 214 anos de história da instituição.

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"Obviamente, elas estão conversando muito com o presidente, comigo, e estão absolutamente alinhadas com o plano de governo do presidente Lula", disse Haddad a jornalistas, ao lado das duas indicadas, após uma reunião com o presidente diplomado.

"Rita e Tarciana sabem dos desafios que foram provocados pelo sistema de crédito do Brasil. É uma agenda muito desafiadora e elas estão bastante animadas com as tarefas", acrescentou.

De acordo com Haddad, o projeto "de imediato" é colocar o "Desenrola" para funcionar. O programa petista, antecipado pelo Broadcast na campanha eleitoral, facilita a negociação de dívidas das famílias por meio de um fundo garantidor.

Perfil

Tarciana Medeiros, com 22 anos de Banco do Brasil, é representante gerente executiva na área de Clientes e Soluções para Pessoas Física da instituição. Tem bacharel em Administração de Empresas e pós-graduada em Administração, Negócios e Marketing; em Liderança, Inovação e Gestão; MBA em BI e Analytics em curso, além de possuir formação do Banco do Brasil para atuação em cargos de alta gestão executiva.

Petrobras

Ao final do anúncio, Haddad, que colocou a equipe da Fazenda à disposição de Rita Serrano e Tarciana Medeiros, reiterou que o governo eleito vai anunciar o próximo presidente da Petrobras ainda nesta sexta.

O favorito é o senador Jean Paul Prates (PT-RN).

O presidente diplomado da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), adiantou nesta quinta-feira, 29, que nomeará duas mulheres para as presidências do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal. Ele não disse, porém, quando os nomes serão confirmados.

"O BB tem 200 anos e nunca se pensou em ter uma mulher na presidência. Vamos provar que uma mulher pode ser melhor que todos os homens que presidiram o banco. E vamos aprovar lei para mulheres terem salários iguais aos dos homens", afirmou Lula.

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Como mostrou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), executivas ligadas à Caixa têm sido cogitadas para presidir a instituição.

Entre as citadas estão Tatiana Thomé, vice-presidente de Governo do banco, e Rita Serrano, representante dos funcionários no conselho de administração da Caixa.

A Casa Civil da Presidência da República exonerou Marcelo Augusto Xavier da Silva do cargo de presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai). A portaria, assinada na quarta-feira (28), a três dias do fim do atual governo, está publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira (29).

Hoje, a Funai é vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, mas deverá ser transferida para o Ministério dos Povos Indígenas, a ser criado pelo futuro presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tomará posse neste domingo, 1º de janeiro de 2023.

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Delegado da Polícia Federal, Marcelo Xavier assumiu o posto ainda no primeiro ano de mandato do presidente Jair Bolsonaro, em julho de 2019.

Ele entrou no lugar do general Franklimberg Ribeiro de Freitas, que deixou o cargo em 11 de junho daquele ano, após ser alvo de forte pressão de ruralistas.

Segundo o jornal O Estado de S. Paulo apurou à época, Xavier agradara a bancada ruralista. Ele atuou de forma ostensiva na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Funai, em 2016, tendo apoiado os parlamentares que apuravam supostas irregularidades na Fundação. A CPI foi combatida por organizações socioambientais.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) está a poucos dias do fim do seu governo e aproveitou para nomear, nesta terça-feira (27), os servidores que seguirão com ele após o fim do mandato. As nomeações foram publicadas no Diário Oficial da União (DOU) e os indicados vão trabalhar na Diretoria de Gestão de Pessoas da Secretaria Especial de Administração.

Segundo a Constituição Federal, o ex-presidente tem direito a quatro servidores para segurança e apoio pessoal, dois para assessoramento superior, dois veículos oficiais da União e dois motoristas.

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Foram nomeados: João Henrique Nascimento de Freitas, Max Guilherme Machado de Moura, Sérgio Rocha Cordeiro, Marcelo Costa Câmara, Ricardo Dias, Estácio Leite da Silva e Jossandro da Silva.

 

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já anunciou o nome de sete nordestinos e nordestinas para compor o governo ao seu lado no comando dos ministérios. Dos sete nomes divulgados, dois são de mulheres. 

Confira:

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Luciana Santos - Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações 

Luciana é vice-governadora de Pernambuco e presidenta nacional do PCdoB desde 2015. Ela cursou engenharia elétrica na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e entrou para o movimento estudantil durante a graduação. Chegou a ser deputada estadual em Pernambuco e prefeita reeleita em Olinda em 2000. 

Margareth Menezes - Ministério da Cultura

A cantora baiana teve os primeiros contatos com a música ainda na infância por influência do avô materno. Ela é considerada um símbolo da potência negra e feminina no universo afro-pop-brasileiro. Margareth Menezes tem mais de 10 álbuns lançados, quatro indicações ao Grammy, fez mais de 20 turnês internacionais e é uma das principais expoentes da música baiana no mundo.  

Wellington Dias - Ministério do Desenvolvimento Social 

O senador eleito Wellington Dias (PT-PI) chefiará uma das pastas mais disputadas no novo governo Lula, que é responsável pelos programas sociais. Natural de Oeiras, no Piauí, Dias já trabalhou como bancário do Banco do Nordeste, no Banco do Estado do Piauí e na Caixa Econômica Federal. Ele também atuou como radialista. Filiado ao PT desde 1985, foi presidente do Sindicato dos Bancários do Estado do Piauí e governou o Estado por quatro mandatos: 2003, 2010, 2014 e 2018. 

Camilo Santana - Ministério da Educação

Camilo Santana é senador eleito do Ceará. Ele integrou o grupo técnico de Desenvolvimento Regional na equipe de transição. Casado, engenheiro agrônomo e mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Foi Presidente do Centro Acadêmico (CA) de Agronomia e diretor do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFC. Foi superintendente adjunto do IBAMA no Estado do Ceará em 2003 e 2004 e Secretário do Desenvolvimento Agrário do Estado no governo Cid Gomes de 2007 a 2010.

Rui Costa - Casa Civil

O atual governador da Bahia em final de mandato, Rui Costa, é formado em economia pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Ele iniciou a trajetória política com atuação no movimento sindical, em Camaçari. Chegou a ser vereador de Salvador e ganhou destaque como secretário estadual durante a gestão de Jaques Wagner (2007-2014) do Estado da Bahia. Assumiu a Casa Civil de Jaque antes de ser indicado pelo mesmo a concorrer o governo da Bahia, quando foi eleito, em 2014. 

José Múcio - Ministério da Defesa

O futuro ministro da Defesa foi deputado federal por Pernambuco por quase duas décadas, integrou a equipe do segundo governo Lula e presidiu o Tribunal de Contas da União (TCU). Além disso, também foi ministro de Relações Internacionais de Lula de 2007 a 2009, ano que foi indicado para o TCU. Múcio é formado em engenharia civil pela Escola Politécnica de Pernambuco, chegou a ser vice-prefeito e prefeito de Rio Formoso, mas abandonou o cargo para assumir a presidência da então Companhia Energética de Pernambuco (Celpe), e saiu para ser secretário dos Transportes, Comunicação e Energia do Estado. 

Flávio Dino - Ministério da Justiça

O ex-governador do Maranhão e senador eleito, Flávio Dino é formado e tem mestrado em direito pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), e foi juiz federal antes de entrar na política, de 1994 a 2006, quando foi eleito deputado federal pelo PCdoB. Presidiu a Embratur no governo Dilma Rousseff (PT), e eleito governador do Maranhão em 2014 e reeleito em 2018. 

 

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) garantiu à cúpula do MDB que a senadora Simone Tebet (MDB-RS) será sua ministra. O petista afirmou aos emedebistas e ao presidente da sigla, Baleia Rossi, que vai se reunir com a senadora na sexta-feira (23), para definir a pasta que ela deve ocupar, segundo O Globo. Os ministérios do Meio Ambiente e Planejamento estão sobre a mesa. 

Também foi combinado que as bancadas do MDB da Câmara e do Senado terão cada uma indicação para o novo governo, e Renan Filho deve assumir Transportes. 

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Simone Tebet chegou a afirmar aos aliados que aceitaria ser ministra do Meio Ambiente, ao não conseguir o Ministério do Desenvolvimento Social, desde que a deputada federal eleita Marina Silva (Rede-SP) fosse indicada para a autoridade climática, que teria status de ministério. Mas Marina recusou-se a aceitar o comando da nova cadeira. 

Pensando na eleição para presidente do Senado, que acontecerá em fevereiro do próximo ano, o presidente Jair Bolsonaro (PL) se reuniu nesta quinta-feira (1º), com integrantes da bancada do PL para tratar sobre o assunto. A sigla estuda a possibilidade de indicar alguém do partido para a disputa. 

A partir de 2023, o PL se tornará o maior partido na Câmara dos Deputados, com 99 eleitos, e também o maior no Senado, com 15 das 81 cadeiras. A sigla quer usar isso ao seu favor.

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O senador eleito pelo Rio Grande do Norte, Rogério Marinho, é um dos nomes cotados para a disputa. Ele é ex-ministro do Desenvolvimento Regional do governo Bolsonaro. Segundo o G1, a definição da candidatura à presidência do Senado Federal pode sair na próxima quarta-feira (7), antes do recesso parlamentar e quando a bancada voltará a se reunir para debater o tema. 

"Rogério Marinho é um excelente nome, mas todos têm competência política. E Rogério Marinho é um nome importante do partido, por ter sido ministro, deputado, tem boa relação com a Câmara", avaliou o senador Wellington Fagundes.

Além de Fagundes, participaram do encontro no Palácio da Alvorada com o presidente Bolsonaro os senadores Eduardo Gomes e Carlos Portinho, atual líder do PL no Senado. 

Com poder sobre o destino do orçamento secreto, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), é hoje favorito à reeleição, a partir de fevereiro de 2023. Dono de um discurso corporativista, Lira tenta construir uma aliança que vá do Centrão ao PT para ser reconduzido ao comando da Casa e obrigar o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva a tê-lo como aliado preferencial, se não quiser dor de cabeça. Até agora, o deputado já reúne apoios que extrapolam o núcleo duro do Centrão, formado por PP, PL e Republicanos, e podem chegar à casa dos 400 votos.

Os últimos dias foram marcados por reuniões políticas que deixaram a candidatura de Lira ainda mais forte. Sem a participação do deputado Luciano Bivar (PE), presidente do União Brasil, a bancada do partido aprovou ontem apoio ao líder do Centrão, somando-se assim ao Republicanos e ao Podemos, que no dia anterior tinham seguido o mesmo caminho. Bivar era um dos nomes que pretendiam concorrer ao comando da Câmara, mas foi convencido a desistir. À noite, ele apareceu para o anúncio da parceria.

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"Nós confiamos na sua imparcialidade, na sua defesa do Poder Legislativo, das nossas instituições e, por consequência, do estado de direito", disse Bivar, ao lado de Lira. "Eu agradeço, com muita emoção. Os partidos que vêm reunindo as suas bancadas e antecipando (o apoio) é porque sabem que nós precisamos fortalecer o movimento do Parlamento", afirmou o presidente da Câmara.

Como mostrou o Estadão, Lula pediu ao PT que não lance candidato próprio para enfrentar Lira, até agora um aliado do presidente Jair Bolsonaro. Não quer repetir o que houve em 2015, quando o partido decidiu brigar com o então presidente da Câmara, Eduardo Cunha, à época no MDB, e fez campanha para o petista Arlindo Chinaglia. No fim daquele ano, Cunha aceitou o pedido de impeachment de Dilma Rousseff (PT), cassada em 2016.

Na avaliação de Lula, não é prudente desafiar um presidente da Câmara que tem domínio sobre os seus pares. Até mesmo a aprovação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que fura o teto de gastos para pagar o novo Bolsa Família de R$ 600 e o aumento do salário mínimo têm entrado nas negociações de Lira com o futuro governo, em busca de votos.

Com o PT

A expectativa do deputado é obter o apoio de pelo menos dez partidos, incluindo na lista o PT de Lula. As eleições que vão escolher os presidentes da Câmara e do Senado ocorrerão em fevereiro de 2023 e, até o momento, o deputado não tem um desafiante de peso. Embora não conte com um bloco tão robusto quanto o de Lira, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), também é hoje o mais cotado para permanecer à frente da Casa.

Lira arregimenta cada vez mais adesões, embalado pela distribuição do orçamento secreto - com previsão de R$ 19,4 bilhões para 2023 - e por um discurso de defesa das prerrogativas da Câmara. Na segunda-feira, por exemplo, o deputado mandou recados a Lula e ao Supremo Tribunal Federal (STF) ao dizer que "é errado retroceder". Foi uma referência ao orçamento secreto, chamado por ele de "municipalista", que deve passar pelo crivo do STF ainda neste ano.

As tratativas de Lira com os partidos para formar um "blocão" envolvem, ainda, a divisão de espaços estratégicos nas comissões e na Mesa Diretora. Com 68 deputados eleitos, o PT é a segunda maior bancada, atrás do PL de Bolsonaro (99), mas, se ficar isolado e não participar de blocos, perderá a prioridade nos assentos.

Atualmente, a maior resistência ao poder de Lira está numa ala do MDB. "Por que o MDB não pode ter um candidato?", perguntou o deputado eleito Eunício Oliveira (MDB-CE), que avalia a possibilidade de entrar no páreo. "Tem de ter calma com isso."

Inimigo

O senador Renan Calheiros (MDB-AL), inimigo do presidente da Câmara, é um dos que tentam articular a base política de Lula para enfrentar o líder do Centrão. Renan e Eunício chegaram a procurar Bivar para formar um bloco contra Lira, mas o União Brasil preferiu apoiar a reeleição.

O partido também pode se aliar a Lula, dependendo dos cargos que conquistar no novo governo. "O PT tem de dizer qual é o espaço que a gente vai ter", afirmou Bivar ao Estadão. Filiado ao União Brasil, o senador eleito Sérgio Moro (PR) rejeita esse acordo.

O líder do MDB, Isnaldo Bulhões (AL), disse que é preciso ter cautela antes do fechamento de alianças. "O MDB não colocou candidatura até o momento. Estamos na fase de discutir possíveis blocos."

Primeiro brasileiro eleito para a presidência do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) desde a sua fundação, em 1959, o economista Ilan Goldfajn espera uma relação de "harmonia" com o governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva uma vez que as agendas "são muito parecidas". Dentre as pautas prioritárias da sua gestão, diz, estão o apoio aos mais vulneráveis, em um cenário de uma inflação elevada e de subida de juros no mundo, ações para apoiar os países na transição para uma energia limpa, considerando as mudanças climáticas, a Amazônia e apoio à infraestrutura física e digital.

Durante a campanha para a eleição de Ilan para a presidência do BID, uma ala dentro do PT atuou para tentar adiar o pleito e ganhar tempo para indicar um novo candidato, com perfil mais alinhado ao partido. O ex-ministro da Fazenda Guido Mantega chegou a enviar uma carta aos governadores dos países membros, que representam seus países na instituição, enquanto o ex-BC Luiz Awazu Pereira da Silva se colocou como candidato ao cargo, conforme revelou o Estadão/Broadcast.

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A movimentação foi ignorada e o BID seguiu com as eleições, realizadas neste domingo, quando Ilan foi eleito com 80% dos votos, superando com folga as exigências para alçar ao posto máximo da instituição, pela primeira vez em 63 anos. "Eu acho que tem tudo para ter uma harmonia [com o governo Lula], uma relação muito boa", disse o economista.

Ilan, de 56 anos, assume a presidência do BID no diz 19 de janeiro, por um período de cinco anos. Indicado pelo governo Bolsonaro (PL), com o seu nome escolhido pelo ministro da Economia Paulo Guedes, ele presidiu o Banco Central (BC) no governo de Michel Temer (MDB), entre 2016 e 2019. Ilan chefiou ainda o departamento de economia do Itaú Unibanco, maior banco da América Latina, e, mais recentemente, ocupava o posto de diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI) para o Hemisfério Ocidental, do qual se licenciou para concorrer à presidência do BID. Abaixo, os principais trechos da entrevista:

O senhor é o primeiro brasileiro a assumir a presidência do BID após um escândalo ético e uma campanha cheia de altos e baixos em meio às eleições presidenciais no Brasil? Qual a sua avaliação?

É um marco histórico nesse momento. É o primeiro brasileiro em 63 anos desde o Juscelino Kubitschek, que teve o sonho de criar o BID, que realmente é muito importante. Eu acho que ficou claro que a candidatura é do Brasil e ficou claro que a gente teve o apoio de toda a região, de várias matizes ideológicas, Estados Unidos, Canadá, América Central, Caribe, países da Europa, Argentina, Peru, Venezuela, Panamá, Uruguai, Paraguai, de todo o Mercosul, então, acho que ficou clara a percepção da região de que há um apoio para essa presidência. E isso é muito importante, muito importante para o Brasil ter um candidato que tem esse apoio regional. Isso foi bem relevante.

Quais os desafios da sua gestão à frente do BID, considerando o cenário atual, de aperto monetário ao redor do globo e risco de recessão nas economias desenvolvidas, o que deve impactar países do Mercosul, da América Latina?

Não só o Mercosul, mas toda a região será impactada pela questão global. Vamos ter uma desaceleração, os juros vão estar altos e a dependência do BID é uma dependência cada vez maior porque os recursos multilaterais vão ser cada vez mais relevantes nesse cenário.

Há uma grande preocupação com as populações mais vulneráveis com o cenário de elevada inflação e a subida de juros para controlá-la, de que maneira o BID pode atuar para suportar os países?

O BID pode atuar na pobreza e na insegurança alimentar. Há programas de transferências de renda, que tentam ajudar que as redes de proteção social, programas que tentam ajudar na distribuição de alimentos, enfim, tem toda uma rede de proteção. É um momento de cuidar da pobreza, de cuidar dos mais vulneráveis porque a pobreza aumentou desde a pandemia e continua subindo, ainda mais com as commodities que subiram de preços, alimentos, energia.

E quanto à questão ambiental?

Os bancos regionais, inclusive, o BID, são líderes, são eles que têm que puxar essa agenda, que é fundamental. Você precisa contribuir para o combate ao aquecimento global, tem as metas de Paris, de menor uso do carbono. Na região, tem que olhar porque tem países que tem uma transição mais difícil, que dependem muito das exportações de petróleo. Também na região, nós temos muitos desastres naturais que precisa adaptar os países à uma nova mudança, tem muito mais furacão, enchente, então, isso tudo é do banco de desenvolvimento. Sem falar na questão da Amazônia. Eu como brasileiro, chegando na presidência, tenho de pensar na Amazônia, na proteção da biodiversidade, na floresta. Não tem como não puxar essa agenda.

O senhor vai assumir a presidência do BID em meio a um elevado grau de desmatamento na Amazônia. O senhor já tem algum plano quando diz que tem de puxar essa agenda?

É um tema que deve existir. Já existe um fundo de Amazônia, algumas coisas que já existem. Eu tenho de chegar lá e sentir o que está acontecendo.

E qual a estratégia para recuperar a credibilidade do BID após os problemas éticos envolvendo a gestão anterior?

É um pouco do que fiz no meu passado, quando entrei no Banco Central. Primeiro, transparência, muita comunicação, prestação de contas, muito respeito às regras, diálogo, diálogo com o Conselho, com os funcionários, com os países, ou seja, não tem como você conseguir uma votação como a gente conseguiu hoje de manhã sem diálogo. Tem de ter diálogo com todo mundo.

A falta de um diálogo entre o governo atual e o eleito foi uma questão levantada durante a sua campanha, com uma ala do PT tentando minar a sua candidatura, como o senhor vê a relação com o novo governo?

Eu acho que tem tudo para ter uma harmonia, uma relação muito boa. Saiu um tweet do vice-presidente Geraldo Alckmin em nome do presidente Lula. Eu acho que essa harmonia vai existir até porque as agendas são muito parecidas, tem muitas coisas que conciliam, a questão do meio ambiente, da pobreza, da desigualdade, eu acho que até mesmo o financiamento à infraestrutura é muito importante.

O BID deve ampliar o apoio à infraestrutura na sua gestão? No Brasil, há uma expectativa de maiores investimentos, a volta do PAC...

Eu acho que é uma das áreas prioritárias, a infraestrutura tanto física sustentável, quanto digital. E aqui eu estou falando da região, não estou falando especificamente do Brasil, mas acho que é uma prioridade e que é relevante para o BID.

O senhor falou que tem tudo para ser uma harmonia com o novo governo. Então, por que o senhor acha que teve essa atuação contra o seu nome?

Todo mundo que eu conversei no Brasil sempre apoiou o meu nome. Eu entendo que não há ninguém no Brasil que tenha qualquer objeção. Isso é importante e agora está em uma outra fase. É a fase da presidência BID, eu vou ter uma boa relação, uma relação harmônica com todos os governos da região e tenho certeza que com o Brasil também.

O ex-presidente do Banco Central Ilan Goldfajn venceu as eleições para a presidência do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), com sede em Washington, nos Estados Unidos. É a primeira vez que o País ocupará o cargo no banco. O Brasil conseguiu apoio de 17 membros regionais e 9 de fora na disputa.

Mais cedo, a Argentina havia desistido de concorrer à presidência do BID, e o país vizinho estaria inclinado a apoiar o Brasil, conforme fontes ouvidas pelo Estadão/Broadcast. A desistência da Argentina na corrida pelo BID injetou ânimo na campanha brasileira. "O Mercosul todo está apoiando o Brasil. Isso aumenta a chance de vencer no primeiro turno", diz uma fonte, na condição de anonimato.

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A expectativa do governo brasileiro era obter 51% dos votos ainda no primeiro turno, um dos critérios para vencer. E se faltasse atingir o apoio de 15 dos 28 países membros "mutuários" e "regionais não mutuários", grupo que inclui os EUA e o Canadá, a esperança era conquistá-lo no segundo turno, conforme fontes que acompanham bastidores das eleições no BID. Esses são os dois critérios de exigência para o candidato se eleger presidente do Banco.

A imprensa argentina informa que a desistência do país pela disputa ao cargo se deu após muitas negociações. E que agora, a Casa Rosada busca um acordo com os Estados Unidos e o Canadá para apoiar o Brasil, na figura de Goldfajn.

Indicado pelo governo de Jair Bolsonaro (PL), seu nome acabou sendo alvo de disputas políticas por conta da oposição de uma ala do Partido dos Trabalhadores (PT) após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas urnas para comandar o Planalto. O Brasil nunca deteve a presidência do BID e havia um entendimento de que agora seria a vez de o País galgar a posição. Sua campanha, porém, foi atrapalhada por uma tentativa de membros do PT para postergar as eleições da instituição e ganhar tempo para indicar um novo nome, com perfil mais alinhado ao partido.

O BID ignorou o pedido e seguiu com as eleições, que tiveram início às 8 horas em Washington (10h de Brasília).

A Argentina havia indicado a economista e secretária de Relações Econômicas Internacionais, Cecilia Todesca Bocco, para disputar o cargo. Durante o processo, o país chegou a ser considerado um dos principais concorrentes do Brasil pela presidência do BID, mas, na última hora, mudou o seu candidato. Antes da oficialização do nome, de Todesca Bocco, a expectativa era da indicação do ministro da Fazenda do país, Sergio Massa, conforme fontes.

Com isso, o principal concorrente do brasileiro passou a ser o economista e vice-governador do Banco Central do México (Banxico), Gerardo Esquivel Hernández, segundo fontes. Ele foi, inclusive, alvo do ministro da Economia, Paulo Guedes, que indicou o nome de Ilan, durante sabatina, no último dia 12. Na ocasião, Guedes teria questionado o candidato sobre qual seria o direcionamento de sua gestão, por exemplo, no caso da reconfiguração das cadeias produtivas, se o mexicano traria os semicondutores para a América Latina ou para o Acordo entre Estados Unidos, México e Canadá (USMCA, na sigla em inglês, antigo NAFTA).

Além do México, o Chile indicou o ex-ministro da Fazenda Nicolás Eyzaguirre Guzmán, enquanto Trindade e Tobago apoia o nome de Gerard Johnson.

A menos de dois meses do fim do mandato, o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), nomeou o aliado e ex-ministro Gilson Machado para o cargo de diretor-presidente da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur). A nomeação está publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira (18).

Machado, que é filiado ao PL, mesmo partido de Bolsonaro, deixou o Ministério de Turismo em março deste ano para disputar uma vaga de senador por Pernambuco, mas não conseguiu votos para isso.

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Com a decisão de Bolsonaro, agora Machado volta a ter cargo no governo federal, com mandato de quatro anos à frente da Embratur.

Na mesma edição do Diário Oficial, Bolsonaro ainda nomeou Silvio Santos do Nascimento, que era até então o presidente da Embratur, para o cargo de diretor de Marketing, Inteligência e Comunicação da agência.

Ele terá mandato de quatro anos no novo cargo, que assume no lugar de Karisa Vilas Boas Nogueira, exonerada nesta sexta.

Também foi exonerado nesta sexta Édson Cavalcante de Queiroz Junior do cargo de diretor de Gestão Corporativa da Embratur, mas seu substituto não foi formalizado no diário desta sexta-feira.

Donald Trump anunciou na terça-feira (15) sua pré-candidatura à Casa Branca, estabelecendo a base de uma campanha pela indicação republicana que promete ser implacável no campo conservador, magoado e dividido pela decepção das recentes eleições de meio de mandato.

Estados Unidos estão "de volta", afirmou o ex-presidente de 76 anos a centenas de simpatizantes reunidos em um salão decorado com a bandeira dos Estados Unidos em sua residência de Mar-a-Lago, na Flórida.

"Para fazer que Estados Unidos volte a ser grande e glorioso, eu anuncio esta noite minha candidatura à presidência", disse Trump, minutos depois de entregar o documento oficial à autoridade eleitoral do país.

O anúncio precoce da pré-candidatra de Trump é considerado uma tentativa de ficar à frente de outros republicanos e evitar possíveis acusações criminais por investigações das quais ele é objeto.

Em um discurso de uma hora, Trump elogiou e, em muitos momentos exagerou, suas conquistas como o 45º presidente da história dos Estados Unidos e atacou o democrata Joe Biden, que o derrotou em 2020.

"Vou garantir que Joe Biden não consiga mais quatro anos", prometeu Trump, enquanto o presidente respondeu no Twitter: "Donald Trump falhou com os Estados Unidos".

Trump anunciou a pré-candidatura com várias desvantagens potenciais.

Ele é alvo de diversas investigações por sua conduta antes, durante e depois do mandato como presidente, o que pode resultar em sua inelegibilidade

Ele é investigado por suposta fraude nas empresas da família, por seu papel no ataque de seus simpatizantes ao Capitólio em janeiro de 2021, por sua tentativa de anular as eleições de 2020 e por ocultar documentos confidenciais em Mar-a-Lago.

Os republicanos tentam superar as feridas provocadas pelas eleições de meio de mandato. Alguns estão convencidos de que não conseguiram resultados melhores devido ao fracasso de candidatos apoiados por Trump.

Alguns se perguntam se Trump, com seu estilo de fazer política e seus problemas jurídicos, é a pessoa certa para representar o partido em 2024.

Ele tem vários rivais de peso para as primárias de 2024, em particular o governador da Flórida, Ron DeSantis, que obteve uma vitória contundente em sua reeleição na votação de 8 de novembro.

- "Nação em declínio" -

Além disso, o poderoso império midiático de Rupert Murdoch parece ter abandonado Trump, chamado de "perdedor" após as eleições de meio de mandato.

Também tem problemas com o Facebook e o Twitter, redes sociais que foram fundamentais em sua impressionante ascensão política.

No discurso na terça-feira, Trump atacou Biden pelos temas inflação, crime e imigração, ironizou a mudança climática e afirmou que seu governo derrotou o Estado Islâmico, manteve a Coreia do Norte sob controle e construiu um muro na fronteira com o México.

"Sob nossa liderança, éramos uma nação grande e gloriosa. Mas agora somos uma nação em declínio", disse. "Esta não é apenas uma campanha, é uma cruzada para salvar nosso país".

"Em dois anos, a administração Biden destruiu a economia americana", afirmou. "Com uma vitória, nós voltaremos a construir a melhor economia da história".

Também denunciou as "ruas ensanguentadas" das grandes cidades pelos "crimes violentos" e prometeu "restaurar e garantir a segurança nas fronteiras".

Biden, 79 anos, tem a intenção de disputar a reeleição, mas só deve tomar uma decisão em 2023.

Antes das eleições de meio de mandato, Trump condicionou seu apoio aos candidatos caso negassem os resultados da votação de 2020.

Mas uma série de derrotas dos aliados mais leais de Trump minou seu impulso para terça-feira.

Os republicanos fracassaram na tentativa de tomar o controle do Senado dos democratas e, embora estejam prestes a controlar a Câmara de Representantes, será uma pequena maioria.

Ainda assim, apesar de ter sido abandonado por vários doadores republicanos importantes, Trump já arrecadou 100 milhões de dólares.

No momento, DeSantis parece o principal rival de Trump no Partido Republicano, uma disputa que também pode incluir o ex-vice-presidente Mike Pence, o senador do Texas Ted Cruz, o governador da Virginia Glenn Youngkin, o ex-secretário de Estado Mike Pompeo e a ex-governadora da Carolina do Sul Nikki Haley.

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