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Com o isolamento social causado pela pandemia de covid-19, as pessoas se mantiveram conectadas nas redes sociais por mais tempo. Isso resultou em problemas como aumento de ansiedade e também gerou novos hábitos de consumo e relacionamentos.

O estudante André Maia disse que está entre as pessoas que ficaram a maior parte do tempo no celular. Ele contou que teve problemas de ansiedade por tentar imaginar o dia em que o isolamento social iria acabar.

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“Eu passava basicamente o dia inteiro no celular, da hora que eu acordava até a hora de ir dormir. Não era a única opção, mas era a mais viável para ficar próximo das pessoas que faziam parte da minha rotina, porque via como um tipo de tratamento, como uma fuga do que estava acontecendo no mundo”, relatou.

Durante a pandemia houve um aumento exponencial no número de usuários e horas gastas nas redes sociais. Segundo dados da consultoria Kantar, a pandemia influenciou um aumento de 76% no número de usuários do WhatsApp, e de 40% do Facebook e Instagram, apenas no período da pesquisa. A pesquisa mostra, também, que entre março e abril houve um aumento de 33% do uso da rede social TikTok no mundo.

André disse que está utilizando bastante as redes sociais para lidar com os dias de isolamento, já que o sentimento de angústia tomou conta de sua vida. Além disso, informou, as atividades remotas causaram uma estranheza a ele por não ter aquele contato físico com as pessoas.

"Ficava pensando 'Quando vão aprovar uma vacina?', 'Quando eu vou poder encontrar as pessoas de novo?'. Isso era muito angustiante. Na faculdade, a gente aprendeu a estar todos os dias numa sala de aula com professor, com as pessoas ao nosso redor. E aí do nada tem que passar a assistir aula diariamente on-line, não é a mesma coisa, mas era a única opção. E o Home Office, onde a gente, apesar de tudo, tem que se manter produtivo, e isso nem todo dia é possível, porque ninguém é de ferro", afirmou.

André confirmou os dados da pesquisa: abusou das redes sociais. "Eu uso muito Instagram e o Twitter, porque na falta de interação de contato pessoal, a gente busca essas redes sociais para se conectar com amigos, família etc. E também uso a Netflix, assisto uma série ou um filme para esquecer o que está acontecendo, e evitar notícias ruins", conta o estudante.

De acordo com a psicóloga Danielle Almeida, as pessoas ficaram muito mais tempo reclusas, e isso permitiu que passassem mais tempo nas redes sociais, em aplicativos de séries e filmes. Um tempo maior na utilização da internet e dos aparelhos eletrônicos implica alguns malefícios pelo uso excessivo, como problemas de visão, por causa do tempo diante da tela do aparelho.

"Em virtude da pandemia, nós passamos um tempo maior utilizando a internet e os aparelhos eletrônicos. Com isso, nós temos alguns malefícios, problemas com relação à visão, em virtude do excesso do uso dos aparelhos, e também ao aspecto físico da coluna. A gente começa a perceber essas dificuldades, por passar a maior parte do tempo sentado e deitado. Com isso, o corpo em algum momento acaba reclamando", assinalou a psicóloga.

Segundo Danielle, no aspecto psicológico, há o problema da reclusão. "As pessoas passam a ficar em casa, criando uma zona de conflito e não uma zona de conforto. Então, você começa a perceber que os comportamentos são outros, a ausência do abraço, do beijo e do aperto de mão, por isso a pessoa desenvolve uma depressão, uma ansiedade, e até manias de limpeza", explicou.

Compras pela internet

As compras on-line aumentaram até 40% com o impacto do novo coronavírus. A Associação Brasileira de Comércio Eletrônico informa que as lojas virtuais registraram alta de mais de 180% em transações nas categorias de alimentos e saúde.

Já a pesquisa Impactos da Pandemia no Comportamento do Consumo do Brasileiro, realizada pelo Instituto Locomotiva, revela que uma média de 40% dos entrevistados que frequentam lojas físicas de livrarias, perfumarias, lojas de departamentos, entre outros, pretendem não fazer mais compras nesses espaços, optando por compras pela internet.

O economista Nélio Bordalo analisa que isso foi um efeito da pandemia, refletindo as limitações impostas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelos governos à população.

"Por causa do lockdown, no Brasil e no resto do mundo, as pessoas optaram por compras on-line. As lojas que atuavam no e-commerce tiveram um faturamento além da média, principalmente porque o comércio tradicional não estava podendo funcionar. A projeção para 2020 é que a receita e o faturamento do comércio eletrônico no Brasil girem em torno de R$ 11 bilhões. Em comparação com o ano passado, nós tivemos ao todo, R$ 75 milhões", informou.

Segundo Nélio, as empresas começaram a praticar as vendas por comércio eletrônico como uma questão de sobrevivência. Ele acredita que, após a pandemia, as empresas que atendiam somente fisicamente deverão começar a ofertar as duas modalidades.

"Eu vejo com bons olhos essa mudança do varejo para as vendas no e-commerce, porque o mundo todo está utilizando esse artifício. Sim, isso altera um pouquinho a estrutura, a logística. Essa comercialização exige uma redução no custo operacional das lojas físicas, e as empresas deixam de pagar aluguel, pois não têm muito custo com energia, nem com empregados. O comércio eletrônico tem uma estrutura mais enxuta. É uma tendência que o Brasil certamente vai acompanhar", disse.

Como tudo na internet exige cautela, o economista alerta para o aumento de novos golpes também. "O consumidor tem que ficar atento a essa situação. Tem que ter cuidado com relação aos pagamentos dos fornecedores através do comércio eletrônico para também evitar qualquer tipo de golpe", alertou.

A estudante Erika Castro é uma das pessoas que não compravam pela internet, mas que agora está aproveitando a pandemia e comprando bastante em lojas virtuais. "Eu não costumava fazer compras on-line, mas eu comecei a partir da quarentena. Como eu não podia sair e eu precisava comprar, então eu comecei a comprar sapatos, fazer compras no mercado, frutas e verduras, enfim eu comecei a comprar muita coisa. Eu gosto muito de comprar pessoalmente, de tocar naquilo que eu vou comprar, mas os benefícios do comodismo, de estar em casa e poder receber as coisas é um ponto positivo", comentou.

Por Ana Caroline Barboza, com o apoio de Cristian Corrêa.

 

O vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques de Medeiros, comunicou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, o arquivamento de uma notícia de fato apresentada contra o presidente Jair Bolsonaro e seus filhos, o deputado Eduardo Bolsonaro e o senador Flávio Bolsonaro, em razão da rede de contas e perfis falsos ligados a integrantes dos gabinetes da família que foi derrubada pelo Facebook por 'comportamento inautêntico coordenado'.

"A ausência de fatos concretos que possam ser efetivamente atribuídos aos noticiados inviabiliza, portanto, a instauração o procedimento próprio. Destaque-se que nem mesmo o Facebook adotou qualquer medida em face deles, como seria o caso, por exemplo, da retirada das respectivas contas oficiais. E isso se deu, naturalmente, por inexistirem quaisquer elementos que vinculem-nos minimamente às acusações formalizadas por meio desta notícia-crime", registrou o vice-PGR em seu parecer.

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O arquivamento se deu na última quinta-feira (24), tendo Humberto Jacques de Medeiros informado o ministro Alexandre de Moraes sobre a decisão nesta segunda, 28. A manifestação se deu em razão de Alexandre ter pedido um parecer da Procuradoria-Geral da República sobre uma notícia-crime apresentada pela deputada Maria Perpétua de Almeida.

Os senadores Fabiano Contarato e Randolfe Rodrigues, ambos da Rede, acionaram o procurador-geral da República Augusto Aras para que sejam adotadas 'medidas imediatas' de combate aos incêndios no Pantanal, incluindo o emprego das Forças Armadas. A notícia de fato foi apresentada paralelamente à uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) com o mesmo objetivo.

Segundo os senadores, o governo federal "nada faz para conter as chamas" e desmerece os dados que demonstram o aumento do desmatamento e do incêndio na região. Na quinta-feira, 17, o presidente Jair Bolsonaro disse que o Brasil "está de parabéns" na preservação ambiental - hoje, o avião presidencial remeteu ao tentar aterrissar em Mato Grosso devido à fumaça das chamas.

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"Tanto o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, quanto o ministro do Meio Ambiente, Ricardo de Aquino Salles, atuam de maneira recorrente para desacreditar o trabalho dos servidores do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), negando os dados informados pelo Instituto ao invés de utilizá-los como estratégia para a contenção das queimadas, afirmam.

Dados do INPE apontam que até a última terça, 15, foram detectados 15.477 focos de incêndio, o maior registro em duas décadas. Segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), as labaredas já atingiram dois milhões de hectares - área equivalente a dez vezes os territórios dos municípios de São Paulo e Rio de Janeiro juntos.

"Ocorre que os demais poderes e órgãos integrantes do Estado não devem ficar inertes diante da situação catastrófica do Pantanal, motivo pelo qual submetemos essa representação", afirmam Contarato e Randolfe. "O que se pode afirmar é que não se trata de 'mero descaso' do governo federal, mas de verdadeira política de destruição do meio ambiente, a exigir a intervenção do Ministério Público para que medidas concretas e urgentes sejam adotadas pelos gestores competentes".

Além do pedido a Aras para garantir medidas urgentes contra os incêndios, os senadores da Rede também solicitam ao PGR que investigue o governo federal sobre a elaboração da Polícia Nacional de Manejo e Controle de Queimadas, Prevenção e Combate aos Incêndios.

No Supremo, o partido pediu que a Corte determine a criação de uma sala de situação para subsidiar a tomada de decisões de gestores e as ações de equipes locais.

O Estadão está em Poconé (MT) desde quinta-feira, 10, e vem acompanhando de perto a destruição causada pelo fogo no Pantanal. Os incêndios queimam áreas de mata e castigam animais e também produtores e a população, como mostram o repórter Vinicius Valfré e o fotógrafo Dida Sampaio. A equipe acompanhou o trabalho de resgate de animais e vem ouvindo relatos de pessoas afetadas pelo fogo.

Em notas enviadas ao Estadão em resposta à série de reportagens sobre o incêndio no Pantanal, o Ministério da Defesa informou que o governo federal, por meio das Forças Armadas, atua "decisivamente e sem poupar esforços".

Segundo a pasta, são engajados, em média, 200 militares e 230 agentes de órgãos como o Corpo de Bombeiros de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, Secretaria Estadual de Segurança Pública, (Ibama) e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

Foi lançada oficialmente nesta terça-feira (15), através de um evento virtual, a rede europeia para pesquisas em inteligência artificial. Chamada de Ellis, um acrônimo para European Laboratory for Learning and Intelligent Systems (Laboratório Europeu de Aprendizagem e Sistemas Inteligentes, em tradução livre), a iniciativa conta com 30 laboratórios espalhados por 14 países.

A Itália participa da ação com três unidades de pesquisas: uma formada pelo Instituto Italiano de Tecnologia e a Universidade de Gênova, com o laboratório do Politécnico de Turim e o terceiro é o da Universidade de Modena.

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"Hoje, celebramos o início da parceria Ellis, nascida há dois anos. Unindo as forças, todos darão a sua contribuição até que a Europa possa competir no campo da inteligência artificial, sobretudo com a China e com os EUA", destacou o cofundador da rede e diretor do Instituto Max Planck da Alemanha, Bernhard Scholkopf.

Para o alemão, a Ellis permitirá que sejam criadas "novas oportunidades de colaboração entre os cientistas de toda a Europa" e também vai "fundamentar o desenvolvimento de uma inteligência artificial em linha com valores das sociedades abertas europeias".

A nova rede já colocou à disposição um financiamento comum de cerca de 300 milhões de euros para um período de cinco anos. As atividades de pesquisas vão desde o desenvolvimento das máquinas à programação dos equipamentos e a criação de uma linguagem natural da robótica.

Da Ansa

Na manhã desta terça-feira (1º), o padre Gleiber Dantas virou o centro das atenções nas redes sociais. O religioso da paróquia São Sebastião, no município de Florânia, Rio Grande do Norte, viralizou ao surgir leiloando uma lasanha enquanto se balançava na rede. A live beneficente foi realizada nessa segunda (31), nas plataformas do Santuário de Nossa Senhora das Graças, padroeira da cidade.

Sobre a repercussão do conteúdo, o pároco disse que se surpreendeu com o alcance, mas que tudo aconteceu de forma positiva. "Isso começou com meu primo, que trabalha com jornalismo e edita vídeos, ele viu a cena e colocou no Twitter. O vídeo já tem mais 140 mil visualizações", declarou, segundo informações do G1. A lasanha acabou sendo arrematada virtualmente por R$ 140.

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Veja o vídeo:

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A Rede Sustentabilidade pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que dê preferência de julgamento à ação movida pelo partido contra a decisão do Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) que concedeu foro privilegiado ao senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) no caso das 'rachadinhas'. A nova petição foi anexada aos autos após a defesa do filho do presidente pedir ao Conselho Nacional do Ministério Público a troca de investigadores que conduzem as apurações.

A ação da Rede está sob relatoria do decano, ministro Celso de Mello, que em julho enviou o caso diretamente para análise do plenário. Devido ao recesso do Judiciário, o processo ficou parado até o início deste mês, e ainda não tem data para ser julgado, pois aguarda manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR).

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Segundo a Rede, a tentativa de troca de investigadores do caso das rachadinhas deriva de 'interpretação inconstitucional' dada pela decisão do TJRJ. A defesa de Flávio alega que, como o processo saiu da primeira para a segunda instância, o caso das rachadinhas não poderia mais ser investigado pelo Grupo de Atuação Especializada de Combate à Corrupção (Gaecc), que lidera as apurações desde o começo.

"O que se vê, portanto, Excelência, é que a interpretação inconstitucional dada pelo TJRJ ao 'foro privilegiado' quando do julgamento do caso do Sr. Flávio vem causando alguns efeitos práticos nas investigações, como tentativa de mudança de promotores e maneira de condução do caso", afirma a Rede.

Nos autos, a defesa de Flávio Bolsonaro defendeu o foro privilegiado como medida para evitar 'pressões de juízes solitários', que podem ser contaminados por 'influxos e pressões'.

A ação da Rede é um dos dois processos que correm no Supremo contra o foro privilegiado dado ao senador no caso das 'rachadinhas'.

O Ministério Público do Rio, responsável pelas investigações, apresentou reclamação à Corte e o caso está nas mãos do ministro Gilmar Mendes. Antes do recesso, o relator pediu informações ao TJRJ e parecer da PGR antes de tomar qualquer medida no caso.

A Rede Sustentabilidade pediu ao Supremo Tribunal Federal que determine a abertura de inquérito na Polícia Federal para investigar dossiê elaborado pela Secretaria de Operações Integradas (Seopi), do Ministério da Justiça e Segurança Pública, contra 579 servidores federais e estaduais identificados como "antifascistas". A pasta é comandada por André Mendonça, que deixou a Advocacia-Geral da União para substituir o ex-ministro Sérgio Moro.

O relatório de inteligência sigiloso foi revelado pelo jornalista Rubens Valente, do UOL. A lista de investigados, cuja existência foi confirmada pelo Estadão/Broadcast, constam servidores da área da segurança, como policiais, e da docência de todas as regiões do País.

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A Seopi foi criada durante a gestão de Moro para integrar operações policiais contra o crime organizado e redes de pedofilia, tendo atuado nas fases da Operação Luz na Infância. As atribuições da secretaria mudaram após Mendonça assumir o posto após o ex-juiz da Lava Jato pedir demissão ao acusar o governo de tentar interferir politicamente na PF.

Mendonça nomeou um delegado da Polícia Civil do Distrito Federal para comandar a Seopi e, um mês depois, solicitou uma investigação completa de movimentos que poderiam colocar em risco a "estabilidade política" do governo.

"O que se vê é um aparelhamento estatal em prol de perseguições políticas e ideológicas a partir de uma bússola cujo norte é o governante de plantão: quem dele discorda merece ser secretamente investigado e ter sua imagem exposta em dossiês 'da vergonha' perante suas instituições laborais", apontou a Rede.

"Interessante observar que o Ministério da Justiça não parece ter a mesma vontade de produzir atividades de inteligência contra servidores do Palácio do Planalto, que ao que tudo indica - inclusive com investigações em curso neste STF - integram organização criminosa de disseminação de fake news que atacam os poderes Legislativo e Judiciário", continuou o partido.

Além da abertura do inquérito, a Rede pede ao STF que solicite o envio do dossiê criado pela gestão Mendonça e impeça a elaboração de novos relatórios com objetivo de constranger ilegalmente cidadãos. O partido também quer que a pasta informe quais conteúdos produziu desde o ano passado para o subsistema de inteligência de segurança pública, informando, no mínimo, o objetivo das apurações e os destinatários dos relatórios.

A Rede acusou o governo de promover um 'verdadeiro aparelhamento estatal' com a estrutura pública oficial para perseguir opositores políticos. "O Brasil, infelizmente, ainda não superou por completo o traço autoritário e ditatorial de limitações indevidas à ampla liberdade de expressão."

O dossiê secreto contra os antifascistas foi elaborado em 5 de junho, após um manifesto intitulado 'Policiais antifascismo em defesa da democracia popular', assinado por 503 servidores da área de segurança pública de todo o País. O relatório foi concluído no mesmo mês.

O Ministério da Justiça e Segurança Pública não quis comentar o caso específico do dossiê. Em nota ao Estadão/Broadcast, informou apenas que a atividade de inteligência da pasta visa 'identificar, avaliar e acompanhar ameaças potenciais ou reais'.

"O objetivo é subsidiar decisões que visem a ações de prevenção, neutralização e repressão de atos criminosos de qualquer natureza que atentem contra a ordem pública, a incolumidade das pessoas e o patrimônio", disse o Ministério.

Embora não tenha sido oficialmente suspenso, o serviço de hotelaria é um dos que mais sofre para atravessar a pandemia e já acumula prejuízos significativos. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH), Pernambuco demitiu cerca de 18 mil funcionários do setor, composto por 1.050 empreendimentos.

Com 30% da rede em funcionamento, o presidente da ABIH em Pernambuco, Eduardo Cavalcanti, calcula que a média de ocupação no estado esteja entre 5% e 8%. Ele alerta para o futuro da rede e estima que 15% das unidades que interromperam as atividades não terão pernas para retomar o serviço. "Não adianta abrir sem hóspedes", acrescentou.

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A ABIH recomenda que apenas 50% dos leitos sejam ocupados, mas a cota máxima atingida na capital pernambucana é de 15%, conquistada por parcerias feitas por dois hotéis da Zona Sul. O Jangadeiro e o Park Hotel mantiveram-se acima dos demais por conta de uma ação para receber profissionais da saúde. Outra hospedaria que focou em um ramo específico foi o Mar Hotel, que possui contrato com uma companhia aérea para receber profissionais da aviação, explica.

Futuro do Sheraton

O anúncio do fim das atividades do Sheraton Hotel, na Reserva do Paiva, deixou uma incógnita sobre o futuro do edifício. Embora sugira que os quartos devessem ser reformados e negociados como flats, Cavalcanti lamenta a dificuldade do empreendimento para atrair investidores no atual contexto. "Eu acho que nesse momento ninguém vai querer iniciar. Porque o gestor sabe que vai fazer um investimento agora para fazer um mercado em seis meses. Se ele retomar agora, vai sofrer esse início no momento de uma crise", avalia.

Três pilares para a volta dos hóspedes

Para Cavalcanti, três fatores são fundamentais para a guinada da rede em Pernambuco. Além da liberação total das praias para turistas, ele destaca a importância do retorno dos eventos no Centro de Convenções, "que mantém a hotelaria do Recife com os eventos durante a semana".

Sem dúvidas, a principal ação para o retorno dos hospedes é a promoção da segurança sanitária, com higienização adequada das instalações, maçanetas e corrimãos. "É um custo novo que a hotelaria passou a ter. Isso é, fazer uma higienização de UTI para que o hospede se sinta seguro”, pontuou ao comparar com a habitual limpeza domiciliar feita antes da pandemia.

A expectativa é que em julho seja liberado mais 10% da capacidade no setor e aos poucos haja uma crescente na procura por reservas. "Ninguém tem noção de como vai ser a retomada, a sensação que nós estamos é que o pessoal tá louco para viajar e sair de casa”, conclui o presidente.

Após lançar a campanha de segurança com a energia elétrica “Nossa maior ligação é com a sua segurança, é com a sua vida”, a Equatorial Energia Pará continua realizando ações em diversas frentes de atuação com iniciativas que buscam levar à população informações para evitar acidentes com energia elétrica. No período de quadra junina o alerta não é diferente. 

Apesar do decreto do Governo do Estado que proíbe aglomerações com mais de dez pessoas por conta da pandemia do novo covid-19, a empresa continua alertando as famílias paraenses em relação às ornamentações dos festejos juninos, que dessa vez estão sendo feitos dentro das residências. 

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É importante salientar que pequenos cuidados são fundamentais e merecem atenção, como a colocação das bandeirolas, faixas e outros adereços que estejam próximos às fiações elétricas. Toda a ornamentação deve ser produzida com materiais que não sejam condutores de eletricidade e não pode ser afixada próximos da fiação. Em hipótese alguma essas bandeirinhas devem ser amarradas aos postes, nos fios de baixa tensão ou até mesmo na fiação elétrica dentro das residências. 

O executivo da área de Segurança da Equatorial Pará, Alex Fernandes, ressalta que todos devem seguir de forma rigorosa as orientações sobre segurança para evitar situações que podem causar danos irreversíveis. “A população precisa manter distância da rede elétrica e não soltar fogos de artifício na direção de postes e cabos de energia, pois podem ocasionar prejuízos diretos no fornecimento de energia e trazer riscos iminentes, levando por consequência a acidentes fatais. Sabemos que durante o período de isolamento social, as famílias optaram por fazer os enfeites juninos em suas próprias casas, mas vale alertar que é muito importante se divertir com responsabilidade”, explica.

Em caso de acidentes, a empresa orienta como a população deve agir. O local, por exemplo, deve ser isolado, para que não haja aproximação de pessoas. E enquanto a energia não for desligada, não se deve retirar objetos ou pessoas que estejam em contato com fios. Nesses casos, é preciso acionar imediatamente o Corpo de Bombeiros, por meio do número 193, e a Equatorial, pelo número 0800 091 0196.

Dicas

– Não lance serpentinas ou confetes na rede elétrica, sejam metálicos ou não.

– Não instale nenhum enfeite próximo à rede elétrica. Deve-se manter uma distância mínima de dois metros.

– Evite improvisos, pois eles aumentam o risco de acidentes com a rede elétrica.

- Fogos de artifício devem ser lançados o mais longe possível da rede elétrica.

Da assessoria da Equatorial Energia.

 

Nesta segunda (22), a Associação Nacional de Saúde Suplementar (ANS) divulgou seu novo boletim, com dados do monitoramento do setor dos planos de saúde no atendimento aos clientes acometidos pela covid-19. De acordo com a entidade, a mediana de dias de internação de pacientes do novo coronavírus na UTI passou de 10,9 dias em abril para 12 dias em maio, o que elevou o custo por internação de R$ 40.477,00 para R$ 48.150,00.

Acontece que a diária de internação subiu de R$ 3.714,00 para R$ 4.013,00. Nos leitos de enfermaria, a mediana de dias de internação também cresceu, de 5,1 para 5,8 dias. O custo por diária aumentou de R$ 1.611,00 para R$ 1.808,00, e o custo total por internação, de R$ 8.133,00 para 10.393,00.

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Os dados levam em consideração as  informações concedidas por 50 operadoras de planos de saúde que têm hospitais próprios. O número de leitos ocupados por pacientes da covid-19 cresceu de 45%, em abril, para 61%, em maio. Quanto às vagas voltadas para os demais procedimentos o aumento, no mesmo período, foi de 54% para 61%.

A Rede Sustentabilidade, partido criado por Marina Silva, pediu ao seus apoiadores, neste sábado (6), que não participem dos protestos contra o governo de Jair Bolsonaro programados para este domingo (7).

A motivação para o pedido é a crise sanitária do causada pela Covid-19 e a necessidade do isolamento social: "A Rede Sustentabilidade mantendo sua coerência de defender a vida e a democracia, orienta seus filiados, simpatizantes e a população em geral a não participarem, no momento, das manifestações de rua", afirmou Marina Silva em nota. 

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“Nosso cuidado continua sendo a preservação da vida e o combate a pandemia que continua a rondar e ameaçar a vida de nossa população. Estamos na luta contra esse governo da morte, pelo Impeachment do Presidente e pela derrocada do neofascismo que ele representa”, completa. Apesar da desmobilização, a REDE garante que seguirá agindo no parlamento e no judiciário "em defesa da democracia e da vida".

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Um ano e dois meses depois de acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) para contestar o inquérito das fake news, o partido Rede Sustentabilidade mudou de posição e pediu nesta sexta-feira (29) ao ministro Edson Fachin o arquivamento da ação movida pela sigla contra a apuração de ofensas, ameaças e falsas notícias espalhadas contra integrantes da Corte e seus familiares.

A lei sobre ações de controle de constitucionalidade, no entanto, prevê que, se a ação for proposta, não se admitirá depois desistência do autor do processo. O inquérito das fake news também é contestado pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) em outra ação.

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A Rede "desistiu" da ação depois de o STF fechar o cerco contra o chamado "gabinete do ódio", grupo de assessores do Palácio do Planalto comandado pelo vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-PR), filho do presidente Jair Bolsonaro. Em uma operação determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito das fake news, a Polícia Federal apreendeu ontem documentos, computadores e celulares em endereços de 17 pessoas suspeitas de integrar uma rede de ataques a integrantes da Corte e convocou oito deputados bolsonaristas a depor. Considerada "abusiva" pelo Palácio do Planalto, a ação da PF estremeceu ainda mais a relação entre magistrados e o governo federal.

Fachin é o relator da ação no STF que contesta o inquérito das fake news. De acordo com o partido, se em seu nascedouro, o inquérito "apresentava inquietantes indícios antidemocráticos, um ano depois ele se converteu em um dos principais instrumentos de defesa da Democracia e da lisura do processo eleitoral".

Em março do ano passado, a Rede acionou o STF para contestar a decisão unilateral do presidente do STF, ministro Dias Toffoli, que instaurou o inquérito. Toffoli também indicou Moraes para ser o relator do caso. O partido também questionava que o inquérito foi aberto sem alvos determinados e à revelia do Ministério Público, que acabou escanteado das investigações.

Foi no âmbito do inquérito das fake news que Moraes determinou a censura à reportagem sobre Toffoli publicada pela revista "Crusoé" e o site "O Antagonista". "Assim, o aspecto inicial do Inquérito aparentava ser - pode-se dizer até que chegou a se concretizar - contra quem discordava do STF", destaca o partido.

O partido aponta, no entanto, que de lá pra cá, o País regrediu "30 anos", com uma escalada autoritária por "parte de alguns mandatários", evidenciando "o mal das fake news news para a democracia".

Dessa forma, a Rede avalia que o inquérito tem revelado "uma verdadeira organização criminosa cujo alvo são as instituições democráticas e cujo instrumento são as fake news: distribuídas em massa, financiadas por esquemas ilícitos e coordenadas, aparentemente, por autoridades públicas".

"É neste contexto que ora peticionamos. Não por concordarmos com a forma pela qual o Inquérito foi instaurado, mas por entendermos que estamos diante de um momento singular de nossa história, da história do Brasil, em que um mal maior deve ser combatido. Fazemos isso na certeza de que o Supremo Tribunal Federal será consciente da importância que possui neste momento e da sua responsabilidade diante da Constituição Federal e do Regime Democrático, conquistas arduamente alcançadas pelo Povo", afirmam os advogados do partido.

Cassação

O controverso inquérito que apura ameaças, ofensas e fake news contra ministros do Supremo Tribunal Federal pode pavimentar o caminho da cassação da chapa da eleição de 2018 do presidente Jair Bolsonaro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A avaliação entre ministros do tribunal é a de que, caso seja autorizado, um compartilhamento das provas do STF com a Justiça Eleitoral deve dar um novo fôlego às investigações que apuram o disparo de mensagens em massa na campanha presidencial de Bolsonaro em 2018. A possibilidade dessas ações serem "turbinadas" com o inquérito das fake news do Supremo já acendeu o sinal de alerta do Palácio do Planalto.

O ministro Alexandre de Moraes é um personagem-chave nos dois tribunais. Relator do inquérito das fake news, o ministro do Supremo determinou a quebra do sigilo bancário e fiscal de empresários bolsonaristas no intervalo de julho de 2018 a abril de 2020, abrangendo, portanto, o período das últimas eleições presidenciais. Na próxima terça-feira, Moraes deixa a vaga de substituto e vai assumir uma cadeira de ministro titular do TSE, o que vai lhe garantir a participação no julgamento das ações que investigam a campanha de Bolsonaro e do seu vice, Hamilton Mourão.

Moraes é visto com desconfiança e considerado um ministro "militante" por aliados de Bolsonaro devido à sua proximidade com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). O ministro também é relator de um inquérito que investiga atos antidemocráticos que ocorreram em abril em todo o País - Bolsonaro participou de um deles em Brasília, diante do quartel general do Exército.

Se a chapa Bolsonaro-Mourão for cassada ainda neste ano pelo TSE, novas eleições deverão ser convocadas e caberá à população brasileira ir às urnas para definir o novo ocupante do Palácio do Planalto. Caso o presidente e o vice sejam cassados pelo tribunal em 2021 ou 2022, o Congresso fica com a escolha do novo chefe do Executivo. Até hoje, o TSE jamais cassou um presidente da República. Segundo fontes ouvidas pela reportagem, o cenário atual dentro do tribunal é favorável à manutenção do mandato de Bolsonaro.

O deputado Ivan Valente (Psol-SP) anunciou, neste sábado (23), que entrará com uma representação junto à Procuradoria Geral da República (PGR), pedindo investigação sobre a rede de informações não oficial que o presidente Jair Bolsonaro afirmou ter, na reunião ministerial do dia 22 de abril liberada ao público pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Após afirmar que precisaria receber mais informações da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Bolsonaro declarou: “sistemas de informações: o meu funciona” [...] Os ofi… que tem oficialmente, desinforma [sic]”.

“Vamos entrar com uma representação na PGR para que se investigue o aparato clandestino de inteligência utilizado por Bolsonaro. No vídeo da reunião dos ministros, Bolsonaro foi explícito ao falar da efetividade do órgão paralelo de informação. Mais um crime nesta saga golpista”, escreveu Ivan Valente, em suas redes sociais.

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Os dados da Abin contradizem as falas do presidente. Segundo os relatórios da instituição, o Sistema Brasileiro de Inteligência (Sisbin) recebeu 1.272 relatórios de inteligência produzidos por órgãos do governo, entre os anos de 2019 e 2020. As informações são repassadas para o Planalto, auxiliando na tomada de decisões estratégicas para o governo.

A rede de lojas Havan começou a vender alimentos não perecíveis como arroz, feijão e macarrão para conquistar o status de atividade essencial e reabrir durante a pandemia. A rede de lojas de departamentos pertence ao empresário bolsonarista Luciano Hang e é conhecida por vender eletrodomésticos e utilitários para o lar.

Essa foi a estratégia encontrada por Hang para driblar os decretos estaduais de fechamento do comércio e continuar operando. A comercialização de itens da cesta básica, iniciada há cerca de duas semanas, foi endossada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que havia incentivado o empresariado a "jogar pesado".

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Contudo, o baixo estoque reforça o argumento de que o objetivo de Hang é forçar a abertura das lojas na tentativa de mostrar-se como hipermercado. Na unidade de Ribeirão Preto, em São Paulo, foi contabilizado nas prateleiras apenas 20 pacotes de feijão, 18 de arroz, 12 garrafas de óleo, 21 de milho verde, 17 de ervilha, 12 de molho de tomate e cinco de salsicha, apontou apuração da Folha de S. Paulo realizada nessa segunda-feira (18). Já na loja virtual, os únicos itens de alimentação à venda são chocolates e café.

Das 143 filiais, apenas 16 estão fechadas nos estados de São Paulo, Bahia, Minas Gerais, Pernambuco, Pará e Acre. O setor jurídico da Havan luta por liminares que concedam a reabertura, como ocorreu em Lorena e Araçatuba, localizadas em São Paulo. A mesma jogada foi tentada em Rio Branco, no Acre, e Vitória da Conquista, na Bahia, mas sem sucesso.

No município baiano, os diretores ignoraram o decreto da prefeitura e reabriram a unidade na última quarta-feira (13), mesmo após a recusa das autoridades públicas. Equipes da prefeitura foram ao local e interditaram a loja. Já no Acre, a unidade foi fechada pela Vigilância Sanitária no dia 1º de maio.

Outra forma de pressionar a retomada total das atividades nas lojas vem do protesto de funcionários. Mesmo em cidades de estados diferentes, as camisas e as mensagens estampadas são idênticas, assim como os gritos. Segundo a reportagem, uma funcionária que participou da manifestação ocorrida em Franca, São Paulo, disse que a movimentação espalhada pelo país tem apoio da empresa. A Havan não quis se pronunciar.

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A empresa Rede, de mecanismos eletrônicos de pagamento do Itaú Unibanco, está oferecendo 250 oportunidades para profissionais de vendas no país. De acordo com o Itaú, o candidato selecionado será designado a “prospectar, negociar e gerenciar uma carteira de clientes”.

Pelo fato de o executivo comercial ser um importante meio de relacionamento com clientes, a empresa está à procura de profissionais que tenham atitude e flexibilidade para trazer benefícios aos negócios dos clientes e crescer com o mercado. Devido ao isolamento social, as seleções estão sendo realizadas por meio de videoconferência.

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Os interessados em participar da seleção devem se inscrever no site da Rede e no Linkedin. Os candidatos devem ter finalizado o ensino médio; as remunerações salariais não foram revelados e nem detalhes das fases do processo seletivo.

A Rede Sustentabilidade protocolou pedido de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro por tentativa de ingerência política no comando da Polícia Federal. A peça foi elaborada após revelações do ex-ministro Sérgio Moro, que acusou o presidente de manifestar interesse em interferir na autonomia da corporação, substituindo o hoje ex-diretor-geral da corporação, Maurício Valeixo.

Na peça levada ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia, a Rede acusa Bolsonaro de intervir na troca de comando da PF para obter "blindagem" a membros do círculo íntimo do presidente e garantir verdadeiros 'superpoderes' para cometerem crimes sem serem responsabilizados.

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"Não bastasse isso, sobressai como mais grave, o fato de que o Presidente pretende, de todas as formas e maneiras, alterar os rumos de investigações criminais. Tais declarações representam derradeiro estopim para o devido processamento do Presidente", apontam os parlamentares da Rede.

O partido alega que o 'receio' do presidente sobre inquéritos no Supremo Tribunal Federal e investigações da Polícia Federal da abertura de apurações sobre as manifestações favoráveis a um golpe militar realizadas no domingo, 19. O caso foi aberto a pedido do procurador-geral da República, Augusto Aras, e está sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes. A Polícia Federal conduz as investigações.

"Além disso, são de responsabilidade da Polícia Federal também as investigações referentes ao inquérito sobre a disseminação de notícias falsas (fake news) do STF, que podem envolver Carlos e Eduardo, filhos do presidente", afirma a Rede. "Há, ainda, a preocupação de que a Polícia Federal avance nas investigações contra outro filho de Bolsonaro, o senador Flávio, suspeito de desviar recursos de seus antigos assessores na Assembleia Legislativa do Rio".

A Rede aponta que Bolsonaro 'não demonstra qualquer tipo de remorso ou timidez' em insinuar suposta interferência em instituições autônomas, relembrando que o presidente declarou, em novembro de 2019, que havia sido 'eleito para interferir mesmo' e, mais recentemente, ao declarar que ele era 'a Constituição'.

"A Polícia Federal, enquanto instituição de Estado, não pode se vergar a uma nomeação caprichosa e mal intencionada, abrindo suas galerias a um capacho de ordens cuidadosamente recrutado por quem se julga o dono do poder", afirma a Rede.

Ao anunciar que estava deixando o cargo de ministro, Sérgio Moro declarou que Bolsonaro 'mais de uma vez' que queria ter um 'contato pessoal' dele no comando da Polícia Federal, para que ele 'pudesse ligar, colher informações, colher relatórios de inteligência'.

O senador Randolfe Rodrigues, que assina o pedido de impeachment, afirma que a declaração do ex-ministro seria prova de tentativa de interferências de Bolsonaro no comando da PF. "Após a grave delação de Sérgio Moro durante seu pedido de demissão, fica claro que o objetivo de Bolsonaro era interferir na autonomia da Policia Federal. Não podemos e não deixaremos que essa situação seja varrida para debaixo do tapete. É inaceitável que a maior autoridade do país saia impune desses crimes", disse.

Presidente da República e ministros do Poder Executivo que deixarem de implementar políticas públicas para prevenção ou reação a situações de calamidade pública ou de desastre natural poderão cometer crime de responsabilidade. É o que estabelece o Projeto de Lei (PL) 1.043/2020, apresentado pelo senador Fabiano Contarato (Rede-ES). A proposta aguarda designação de relator.

O senador observa que, quando o poder público trabalha de maneira eficiente para prevenir ou enfrentar calamidades e desastres, há importante redução nos prejuízos sofridos pela população nesses momentos.

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"Apresento este projeto porque considero que uma punição mais grave aos administradores, quando são omissos na implantação de políticas públicas para prevenção e respostas a calamidades e desastres, visa colocar fim a uma cultura de descaso que, infelizmente, tem nos custado vidas, afetado o meio ambiente e, inclusive, a economia", afirmou Contarato à Agência Senado na sexta-feira (17).

Em sua opinião, é justo que os governantes sejam cobrados e punidos de forma contundente quando a omissão provoca significativa perda de vidas humanas. O projeto inclui a omissão frente a desastres e calamidades na lista de crimes de responsabilidade contra a segurança interna do país.

“Não é crível que, em um país que busca alcançar o pleno desenvolvimento, não se tenha a adequada atenção de seus governantes na implementação de ações voltadas à prevenção ou resposta de desastres e calamidades, sobretudo quando se tem em vista que o Estado tem o dever de buscar todos os meios para salvaguardar o bem jurídico máximo, que é a vida humana (art. 5º, caput, da CF). É imperioso, portanto, imprimir uma sanção ainda mais grave sobre esse tipo de omissão para que haja uma verdadeira mudança na postura que o Poder Público tem ao enfrentar situações de calamidade e desastres”, afirma Contarato na justificação de seu projeto de lei.

O PL 1.043/2020 altera a Lei 1.079, de 1950, que define os crimes de responsabilidade que podem ser cometidos por presidente da República, ministros de Estado e do Supremo Tribunal Federal, governadores e secretários de Estado. O crime de responsabilidade é a infração cometida por agente público, com abuso de poder ou violação de dever inerente ao cargo, emprego ou função. Os crimes de responsabilidade, diferentemente dos crimes comuns, não têm natureza penal, sendo punidos com sanções como perda do cargo e inabilitação para exercício de cargo ou função pública. 

São crimes de responsabilidade os atos do presidente da República ou de ministros que atentem contra: a própria Constituição; a existência da União; o livre exercício dos Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério Público e dos estados; o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais; a segurança interna do país; a probidade administrativa; a lei orçamentária; o cumprimento da lei e das decisões judiciais e “a guarda e o legal emprego dos dinheiros públicos”.

Da Agência Senado

O deputado distrital Leandro Grass (Rede) comunicou, nesta terça (17), que protocolou um pedido de impeachment do Jair Bolsonaro, na Secretaria Geral da Mesa. O parlamentar acusa o presidente de cinco crimes de responsabilidade, dentre os quais estariam as atitudes de: alegar, sem apresentar provas, que as eleições de 2018 foram fraudadas; convocar e apoiar manifestações do dia 15 de março de 2020, que tiveram os poderes Legislativo e Judiciário como alvo, mesmo havendo recomendações de órgãos de saúde para que não houvesse aglomerações, por conta do coronavírus; declarações indecorosas contra uma jornalista; determinação de comemoração do Golpe Militar de 1964; entre outros.

“Desde que sentou na cadeira da Presidência da República, em janeiro de 2019, Bolsonaro vem praticando uma série de atos incompatíveis com o decoro que o cargo que ele ocupa exige. O país hoje está em crise econômica, estamos passando por uma crise mundial de saúde e ele ignorando os protocolos e colocando a população em risco. O Brasil não tem condições de superar essas crises com Jair Bolsonaro na presidência. Ou ele, ou o povo”, argumentou Grass. 

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Deputado critica ida do presidente às manifestações do dia 15, contra o congresso, mesmo no contexto nacional de quarentena. (Divulgação)

No documento, o deputado menciona ainda os indícios de ligações de parentes do presidente com milicianos, a exemplo das movimentações financeiras envolvendo Fabrício Queiroz e a primeira dama Michele Bolsonaro. “A imprensa noticia, quase que semanalmente, o envolvimento da família do Presidente com milícias do Estado do Rio de Janeiro, inclusive tendo exaltado policiais que hoje são condenados pela Justiça. Ademais, o Presidente jamais explicou os empréstimos de Fabrício Queiroz à sua esposa, nem mesmo as denúncias de servidores fantasmas, enquanto era Deputado Federal”, afirma o pedido do parlamentar.

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A chuva, acompanhada de raios e ventania intensa, que atinge o Grande Recife desde a noite dessa quarta-feira (19) trouxe uma série de problemas à população da região. Telhados foram arrancados, portões derrubados e árvores não resistiram à força das rajadas.

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Diversos locais tiveram o serviço de energia elétrica interrompido. De acordo com a Companhia de Eletricidade de Pernambuco (Celpe), as ocorrências foram pontuais e a maioria está relacionada a interferência de árvores na rede. Equipes de manutenção estão atuando para restabelecer o fornecimento nos locais afetados.

Em boletim, a Agência Pernambucana de Águas e Climas (Apac), destacou a possibilidade da continuidade de chuvas fortes e moderadas nesta sexta-feira (21).

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O senador Flávio Bolsonaro (sem partido–RJ) não se esquivou de polemizar o pedido de cassação do seu mandato, que foi apresentado na quarta-feira (19) por parlamentares da Rede, do PT e do PSOL. Pelo Instagram, o parlamentar disparou contra seus adversários políticos denominando-os de ”defensores de bandido condenado em segunda instância”, numa clara referência ao ex-presidente Lula.

Flávio ainda descredencia o teor do pedido de cassação bem ao estilo dos Bolsonaro, afirmando que “não serve nem para limpar o furo!”.

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Cassação:

O pedido foi apresentado por parlamentares da Rede, PT e PSOL. Eles o acusam por lavagem de dinheiro, corrupção e associação com milícia. A solicitação (PCE 1/2020) já está no Conselho de Ética do Senado e será apreciada em cinco dias pelo presidente do colegiado, senador Jayme Campos (DEM-MT).

 

 

 

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