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Na corrida para dar suporte a aparelhos 5G a TIM parece tentar colocar o Brasil como um candidato ativo para receber a tecnologia. Essa semana, a empresa realizou demonstrações do seu primeiro projeto-piloto para 5G sobre uma rede real, operada em uma frequência de 3,5 GHZ. O teste aconteceu em Florianópolis, Santa Catarina e foi feito em parceria com a Fundação CERTI e a Huawei.

Durante o teste a empresa de telefonia afirma ter conseguido atingir velocidades superiores a 1GB, em uma corrida para ser pioneira no mercado. Para continuar testando a tecnologia a TIM optou por habilitar a rede 5G em projetos-piloto realizados em parceria com instituições de ensino, empreendedores e setores da economia criativa. 

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 O sucesso do teste anima os usuários que estão ansiosos pela chegada da rede no país, principalmente por que a instalação da antena aconteceu há apenas um mês. A previsão da TIM é que a rede chegue comercialmente ao país em 2021.

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A segunda versão do decreto sobre armas de fogo editado pelo presidente Jair Bolsonaro não convenceu alguns senadores, que insistem na inconstitucionalidade da norma. Parlamentares do PT, da Rede e do Cidadania apresentaram projetos de decreto legislativo para derrubar as novas regras. Duas proposições estão na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), onde aguardam a designação de relatores.

Uma das propostas, o PDL 286/2019, é assinada pelos senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Fabiano Contarato (Rede-ES). Eles argumentam novamente que o Estatuto do Desarmamento só pode ser alterado por meio de lei e acrescentam que as alterações feitas pelo Executivo na segunda versão da norma não repararam os vícios existentes.

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"O instrumento utilizado é uma maneira rasteira de driblar o Estatuto do Desarmamento. O Congresso é o local adequado para se realizar qualquer alteração no que diz respeito ao porte e posse de armas, uma vez que está havendo criação de direitos. Tal medida burla claramente os princípios da reserva legal e da separação dos Poderes [...] Não se pode deixar o Poder Executivo alterar uma política pública devidamente aprovada pelo Legislativo, instância adequada para o debate", justificam os parlamentares no texto.

Na mesma linha, o PDL 287/2019 foi apresentado por sete senadores do PT. Segundo eles, a tentativa do presidente de minimizar impactos negativos do primeiro decreto "não afastam a responsabilidade do Legislativo em proteger suas prerrogativas e extirpar do ordenamento jurídico esta verdadeira desregulamentação do Estatuto do Desarmamento".

Os oposicionistas também alegam que não houve qualquer estudo de impacto da medida para o sistema de saúde pública e apostam em um reflexo negativo para o setor:

"O decreto impactará no aumento da demanda para o sistema público de saúde, sobre seus setores de urgência e emergência, filas de cirurgias ortopédicas e serviços de reabilitação. O quadro se torna ainda mais grave com o congelamento de investimentos nos recursos federais. Ou seja: teremos uma combinação de aumento da demanda com restrição da oferta com evidente prejuízo para toda população", afirmam.

A senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) é outra que não concorda com a medida do presidente Jair Bolsonaro. Ela também apresentou um projeto — que ainda não recebeu numeração — para derrubar as novas regras. Para a representante do Maranhão, persistem os vícios materiais e formais.

"As ilegalidades permanecem, uma vez que a norma editada exorbita e colide com dispositivos já em vigor no Estatuto do Desarmamento", alega a senadora na proposta.

Nota Técnica

Os senadores Fabiano Contarato e Randolfe Rodrigues encomendaram um estudo da Consultoria Legislativa do Senado sobre o assunto. A nota informativa, produzida com urgência pelos técnicos e entregue aos dois gabinetes, elenca artigos considerados material e formalmente inconstitucionais.

"No nosso entendimento, tanto o decreto antigo como atual, extrapolam a regulamentação do Estatuto do Desarmamento, uma vez que criam direito e obrigação não previstos no Estatuto, mesmo que seja para suprir uma lacuna na legislação", diz a nota.

CCJ

O segundo decreto sobre armas editado pela Presidência da República foi publicado no Diário Oficial da União da última quarta-feira (22). Entre as alterações em relação à primeira versão, estão a restrição à compra de fuzis e a devolução à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) da responsabilidade de definir regras para o transporte de armas em voos.

Na última reunião da Comissão de Constituição e Justiça, já havia quatro propostas para derrubar o primeiro decreto. No entanto, com a publicação da segunda norma, eles foram retirados de pauta. Na ocasião, a presidente do colegiado, senadora Simone Tebet (MDB-MS), avisou que o tema poderia voltar a ser discutido se novos projetos de decreto legislativo fosse apresentados, o que, de fato, ocorreu.

“Estamos retirando de oficio já dizendo que se forem apresentados novos PDLs, na semana que vem podemos estar não só lendo o relatório e discutindo e, se for o caso, votando os relatórios apresentados”, disse Simone.

Da Agência Senado

 

A concretização da maternagem pode ser um momento muito solitário na vida de uma mulher. O bebê nasce e, por mais que a pessoa já tenha filhos, sempre é uma experiência diferente, inusitada, repleta de inseguranças.

A perda momentânea da individualidade, na medida em que se vê imersa em obrigações como o cuidar, o amamentar, o ninar e o vigiar, pode tornar o processo ainda mais solitário.

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Para além disso, a mãe precisa lidar com uma cobrança social intensa. Não é raro ouvir frases como "toda mulher nasceu para ser mãe", não deixando espaço para dúvidas ou incertezas.

Pensando e vivendo tudo isso, seis amigas decidiram se reunir virtualmente para não passarem o puerpério - período após a chegada do bebê - sozinhas. Então, criaram um grupo no Whatsapp. Uma amiga foi convidando outra amiga, que chamou outra e outra. Um ano depois, 80 mulheres faziam parte daquele que foi batizado como Maternarede.

Quando a pequena Helena tinha quatro meses, sua mãe, a jornalista e doula Tatiana Fávaro, mal conseguia sair de casa. "Procurei ajuda profissional para entender o que era aquele turbilhão", conta. Três anos depois, ela engravidou de Francisco. "Prometi pra mim mesma que não passaria pelo pós-parto sozinha outra vez. E convidei amigas que estavam grávidas mais ou menos do mesmo tempo que eu para formarmos um grupo", conta. Jaqueline Correia Gaspar, mãe de Ana, de 15 anos, Pedro, de 11, e Nina, de um, foi uma das primeiras a entrar no grupo.

E a solidão do puerpério é acentuada na madrugada, quando os sons da vida cessam e resta apenas o choro do bebê. "O grupo me fortaleceu nas madrugadas, quando eu me sentia mais sozinha. Me ajudou a não enlouquecer", afirma Joema Maia Kagohara, mãe de Ben Yoshi.

O grupo Maternarede conecta também mamães de outras partes do mundo. É o caso de Iará Simis, mãe de Amélie, de quase um ano, que vive na Alemanha. "Estou longe de casa, da família e amigos. Estar conectada a outras mães tem sido fundamental", diz.

A depressão pós-parto é um tema recorrente. Para ter o diagnóstico, a mulher precisa estar com sintomas da doença por, pelo menos, mais de um mês, de acordo com o DSM, manual internacional de Psiquiatria. No entanto, um outro processo de melancolia que ocorre com a mãe logo após o nascimento do bebê, chamado baby blues, ainda não é muito conhecido da população. E uma informação preocupante: acontece com frequência. Trata-se de um sentimento de angústia persistente.

Alguns especialistas chegam a falar em índices de 80% no caso do baby blues. "Ter uma rede de apoio é absolutamente necessário", afirma a psicóloga Maria Fernanda Nogueira, que atende puérperas na Casa Humanna, em Jundiaí, interior paulista. Especializada em perinatalidade e parentalidade pelo Instituto Gerar, Maria Fernanda afirma que a troca de experiências nos grupos pode ajudar as mães. "Agrupar mulheres no puerpério ajuda com a solidão de ficar em casa o dia todo com um bebê, mostra que elas não são as únicas a se sentirem perdidas", analisa.

Regras de convivência no grupo

Para manter uma convivência saudável, foram estabelecidas algumas regras no grupo. Não postar assuntos que não sejam de interesse materno, nada de dezenas de "bom dia" e o mais desafiador: exercitar o não julgamento.

"Cada um tem um jeito de maternar. Claro que nos unimos por afinidade, pelo olhar humano para o parto e a maternidade, mas respeitar os limites e as histórias de cada um é um exercício de empatia", diz Tatiana Favaro.

Com um volume diário que chega a centenas de mensagens, as mães tiveram que se organizar e pensar em ganhar outras plataformas virtuais. O Maternarede também está migrando para redes como o Instagram (@maternarede_). Serão publicados os conteúdos de apoio trocados no grupo e textos das mães e parceiros da rede.

Saindo do mundo virtual, as mães já fizeram encontros presenciais e oficinas temáticas. "Eu sinto que o grupo cuida das mães enquanto as mães cuidam dos bebês. Quando o bebê nasce, todos querem cuidar do bebê e as mães são esquecidas. Essa é a principal função e missão do grupo", afirma Deh Bastos, mãe de José, de um ano. "Quando José ficou internado, havia médicos, família, amigos pensando nele. O grupo cuidou de mim", desabafa.

Mães interessadas em entrar para o grupo de WhatsApp podem enviar uma mensagem direta para as moderadoras através do Instagram, nos perfis @maternarede_ ou @tatifavaro.

A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) analisa um projeto de lei que criminaliza o aborto provocado por motivo de malformação fetal. O PL 2.574/2019, do senador Flávio Arns (Rede-PR), aguarda o recebimento de emendas.

A proposta tem como objetivo evidenciar a punibilidade da prática de aborto também nos casos de malformação fetal. De acordo com o Código Penal brasileiro, a prática do aborto só será permitida nos casos em que não há outra forma de salvar a vida da gestante e em casos de estupro.

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Entretanto, em 2012, o Supremo Tribunal Federal (STF) julgou procedente a realização de aborto quando se tratar de fetos com anencefalia, ou seja, a ausência de partes do cérebro. Na ocasião, foi decidido, por 8 votos a 2, que o feto anencefálico não tem vida e, por isso, não pode ser considerado aborto.

Está marcado, para o dia 22 de maio, julgamento no STF para decidir se grávidas infectadas com o vírus da zica podem ou não abortar. O tema foi criticado em audiência pública da Comissão de Assuntos Sociais (CAS), na última quinta-feira (25).

“É inaceitável a possibilidade de que a eugenia, prática de estados totalitários do século passado, avance em supostas brechas, neste caso inexistentes, da lei brasileira. No caso das gestantes contaminadas pelo vírus Zika, apenas um percentual delas poderá vir a dar à luz crianças com microcefalia e, ainda assim, em gradações variadas, o que em hipótese alguma pode excluir essas crianças do direito à vida, seja qual for a severidade das limitações que venham a apresentar”, argumenta o senador.

Na justificativa do projeto, Flávio Arns destaca que é responsabilidade do Legislativo tratar sobre o aborto, e não do Judiciário. Além disso, alega que uma sociedade civilizada não deve aderir à prática.

“Na sociedade civilizada que somos, para as mães e famílias de crianças com malformações fetais, e para essas próprias crianças, tudo o que cabe são políticas eficazes de assistência integral e de bem viver. Aborto, jamais”, pontua o parlamentar.

Da Agência Senado

O prazo de inscrição para o Exame Supletivo 2019 na modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA), em etapas de Ensino Fundamental e Médio, da Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco, vai até a próxima terça (30). Assim, os interessados devem se inscrever, de forma gratuita, através do site da Secretaria. Quem não tiver acesso à internet, poderá, sem pagar nada, utilizar os computadores das escolas públicas estaduais, mediante consulta prévia e autorização do gestor da instituição.

Durante a inscrição, é preciso preencher todos os campos do formulário de solicitação e, após a confirmação dos dados e conclusão do preenchimento, realizar, obrigatoriamente, a impressão do comprovante ou anotar o número da inscrição, que servirá para a impressão do Cartão de Inscrição. Para a Etapa do Ensino Fundamental, poderão se inscrever participantes com 15 anos completos até a data da realização das provas. Já a etapa do Ensino Médio está liberada para participantes com 18 anos completos até a data da realização dos exames.

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Os inscritos no Nível Fundamental serão avaliados em Língua Portuguesa, Matemática, História, Geografia, Ciências, Arte e língua estrangeira moderna (Inglês ou Espanhol). Por sua vez, os inscritos no Nível Médio, passarão por provas de Língua Portuguesa, Matemática, História, Geografia, Biologia, Física, Química, Filosofia, Arte, Sociologia e língua estrangeira moderna (Inglês ou Espanhol). A nota mínima para aprovação é 6,0, em cada disciplina.

As provas estão marcadas para o dia 6 de outubro, para o público em geral, no local determinado no cartão de inscrição do participante, conforme horários estabelecidos; e no dia 7 de outubro, para os apenados, Pessoas Privadas de Liberdade (PPL), no local determinado no cartão de inscrição do participante (unidades prisionais, cadeias públicas, CASES e CASEM).

O resultado final do Exame Supletivo nas Etapas de Ensino Fundamental e Médio será divulgado no site da Secretaria e nas 16 Gerências Regionais de Educação (GREs). Os municípios disponíveis para realização das provassão Abreu e Lima, Afogados da Ingazeira, Araripina, Arcoverde, Barreiros, Camaragibe, Caruaru, Cabo de Santo Agostinho, Floresta, Garanhuns, Jaboatão dos Guararapes (centro), Jaboatão dos Guararapes (Prazeres), Limoeiro, Nazaré da Mata, Olinda, Paulista, Palmares, Petrolina, Recife (zona: centro/norte/sul), Salgueiro e Vitória de Santo Antão. Mais informações podem ser obtidas através dos telefones (81) 3183-8375 / 3183-8382/ 3183-8392.

Políticos da oposição e, inclusive, do próprio PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro (PSL), criticaram a decisão do Ministério da Economia de decretar sigilo sobre os estudos que embasaram a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que estabelece a reforma da Previdência. A PEC está em tramitação na Câmara dos Deputados e deve ser votada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) nesta terça-feira (23).

O acesso restrito aos pareceres que o governo diz basear as mudanças propostas no texto foi descoberto após solicitações do jornal Folha de São Paulo. A medida tomada pelo governo causou reação dos parlamentares. A deputada estadual por São Paulo, Janaína Paschoal (PSL), disse que o governo erra ao adotar essa postura.

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“O erro se deve a dois fatores. Primeiro, a publicidade é a regra. Segundo, a Reforma da Previdência será a maior Reforma Social dos próximos tempos, quanto mais clareza em torno dela, melhor! As pessoas precisam entender que, atualmente, os mais pobres sustentam o conforto e a segurança dos privilegiados. O sigilo, com todo respeito, não ajuda nada nesta missão”, considerou a aliada de Jair Bolsonaro.

“A transparência é sempre melhor, sobretudo por estarmos no caminho certo. Ademais, esse sigilo será usado para atrasar a necessária Reforma e o Brasil tem pressa”, acrescentou Janaína.

A deputada do PSL não foi a única a reagir contra a postura. Os senadores Humberto Costa (PT) e Randolfe Rodrigues (Rede) também fizeram críticas. “É vergonhoso esconder do cidadão o acesso aos dados econômicos que embasam o texto da Reforma da Previdência. O presidente não sabe do que fala, e os aliados escondem o que não podem explicar”, alfinetou Humberto.

Já Randolfe disse que acionaria a Justiça para cassar a decisão. “O Governo não pode propor acabar com a Previdência pública e sequer apresentar os dados que comprovem seus cálculos. O povo tem o direito de conhecer essa conta infame”, argumentou.

“Além de ir ao Judiciário, vou requerer à Comissão de Assuntos Econômicos que convoque Paulo Guedes para esclarecimentos. Advirto para o fato de que, caso se negue, incidirá em crime de responsabilidade, já que a Constituição (art.50) não permite tal recusa”, completou Randolfe.

Adversários de Jair Bolsonaro nas eleições de 2018, os ex-candidatos a presidente Ciro Gomes (PDT) e Guilherme Boulos (PSOL) endossaram os argumentos críticos.

“Absurdo! Este governo quer excluir a população de suas decisões. Qual o motivo para esconder? Será que eles realmente fizeram os cálculos? O que o governo não quer mostrar? A Reforma da Previdência vai beneficiar quem? Vai prejudicar quem?”, indagou o pedetista. “Em 2019, os brasileiros têm o direito de ler tuíte presidencial com pornografia, mas não de entender porque querem retirar seu direito à aposentadoria. Vergonhoso!”, disparou Boulos.

A Rede Sustentabilidade moveu ação contra o inquérito que mira supostas ofensas a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). O partido pede, em medida cautelar, que a portaria de instauração do procedimento seja suspensa e, no mérito, que seja considerada inconstitucional. Para os advogados da legenda, o inquérito visa 'intimidar' quem eventualmente criticar a postura dos ministros da Corte. O partido compara o inquérito ao Ato Institucional nº 5, de 1968, o mais pesado golpe do regime militar (período de exceção) às garantias Constitucionais, que, entre outras medidas, instaurou a censura, proibiu manifestações políticas e fechou o Congresso.

Nesta quinta, 21, o ministro Alexandre de Moraes, relator, determinou medidas de busca e apreensão no âmbito da investigação. As ações foram cumpridas pela Polícia Federal na manhã desta quinta-feira, 21, em endereços de suspeitos em São Paulo e Alagoas. Na noite desta quarta-feira, 20, Moraes designou dois delegados para trabalhar nas investigações, um da Polícia Civil de São Paulo, da divisão de inteligência da corporação que auxiliará nas investigações das redes, e outro da PF especializado em repressão a crimes fazendários.

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O inquérito é alvo de questionamento da procuradora-geral, Raquel Dodge, que questiona a competência da Corte para abrir e conduzir a investigação. A chefe do Ministério Público Federal quer saber quem são os alvos da investigação que justificam sua condução no STF.O Estado apurou que o inquérito não cita nomes, mas entre os alvos estão os procuradores Deltan Dallagnol e Diogo Castor, além de auditores da Receita Federal.

Para o advogado da Rede, Danilo Morais dos Santos, 'a prevalecer o objetivo por ele pretendido, a própria Suprema Corte estaria a editar, em pleno regime democrático, mecanismo de auspícios análogos ao do famigerado AI-5, dispondo de ferramental para intimidar livremente, como juiz e parte a um só tempo, todo aquele que ousar questionar a adequação moral dos atos de seus membros'. "Aliás, estes eminentes julgadores não merecem escapar à censura da Opinião Pública, visto que optaram livremente por se investir na condição de agentes públicos".

"Ora, a malsinada Portaria GP nº 69, de 14 de março de 2019, ao instituir investigação criminal ilegal e inconstitucional, sem fatos específicos e contra pessoas indeterminadas, viola as garantias mais básicas do Estado Democrático de Direito e coloca em risco, em potencial, o direito de ir e vir de autoridades dos Três Poderes da União", sustenta.

De acordo com a Rede, na prática, 'transforma o STF em órgão policial de investigação criminal nacional, colocando uma "espada de Dâmocles", por tempo indeterminado, em cima de manifestações de cidadãos e autoridades de todo o país'.

"Ora, a malsinada Portaria GP nº 69, de 14 de março de 2019, ao instituir investigação criminal ilegal e inconstitucional, sem fatos específicos e contra pessoas indeterminadas, viola as garantias mais básicas do Estado Democrático de Direito e coloca em risco, em potencial, o direito de ir e vir de autoridades dos Três Poderes da União", escreve.

Apresentado nesta semana ao Senado Federal, o Projeto de Resolução do Senado (PRS) 8/2019, do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), acaba com o plano de saúde da Casa que atende senadores e ex-senadores e seus cônjuges e dependentes. A proposta aguarda designação de relator na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).

O projeto revoga o ato da Comissão Diretora que dispõe sobre a assistência à saúde prestada aos senadores e seus dependentes e aos ex-senadores e seus cônjuges (ATC 9/1995) e os atos posteriores que fizeram alterações na norma (ATCs 39/1997, 2/2003 e 13/2012).

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Além disso, a proposta altera a Resolução 35/2012, que dispõe sobre o regulamento do Sistema Integrado de Saúde (SIS), o plano de saúde dos servidores ativos e inativos do Senado Federal. O PRS inclui os senadores como beneficiários-titulares do SIS, nos mesmos moldes dos servidores.

Para Randolfe, os atos que seu projeto pretende revogar são inconstitucionais, pois a organização e o funcionamento do Senado só podem ser alterados por lei.

“Faz-se necessário eliminar a extensão da assistência à saúde aos ex-senadores e seus cônjuges, prática indiscutivelmente antirrepublicana, na medida em que eterniza efeitos que se devem a um mandato temporário. Outra providência que se impõe é a definição clara dos limites da assistência à saúde que se pretende regulamentar, uma vez que é absolutamente injustificável e inconciliável com as normas que presidem a gestão dos gastos públicos pensar-se em instituir uma vantagem desse tipo de caráter ilimitado. Neste sentido, estamos propondo, por absoluta necessidade de se guardar harmonia com o princípio da igualdade, que a norma que disciplina a assistência à saúde dos membros desta Casa observe os critérios já aprovados recentemente para a de seus servidores”, afirma Randolfe na justificação do projeto.

Da Agência Senado

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu 72 quilos de maconha, na tarde da segunda-feira (18), em Santa Terezinha de Itaipu, no estado do Paraná. A droga, dividida em 100 tabletes, estava escondida em meio a fardos de redes de descanso.

Dois homens, de 28 e 27 anos, foram presos em flagrante. Os três fardos de redes de descanso estavam em uma bagagem de um ônibus que fazia a linha entre Foz do Iguaçu-PR e Pato Branco-PR. Os suspeitos pretendiam levar a maconha até Francisco Beltrão-PR.

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De acordo com a PRF, o ônibus foi abordado na BR-277 em frente a uma unidade operacional. Os presos foram levados para a Delegacia da Polícia Civil de Santa Terezinha de Itaipu.

 

Em Paris, capital da França, foi lançada a iniciativa Solidarité France Brésil, Solidariedade França Brasil, em tradução livre. A rede internacional de solidariedade visa ajudar brasileiros que se sentem ameaçados pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL). Estudiosos, historiadores, jornalistas e pesquisadores brasileiros e franceses participaram do lançamento.

O lançamento aconteceu, na última sexta-feira (18), no anfiteatro do Instituto de Altos Estudos da América Latina (IHEAL). A ideia é ajudar estudantes e profissionais brasileiros que se sintam ameaçados por decisões ou atos do governo brasileiro atual. O público-alvo são estudantes que podem perder bolsas de estudo por "critérios ideológicos", membros da comunidade LGBT, pesquisadores e ativistas quilombolas, do movimento negro, jornalistas, feministas e outros.

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Segundo a Folha de São Paulo, entre os primeiros passos para a rede de solidariedade ajudar os brasileiros está combater a decisão recente do governo francês de aumentar em quase 1.500% a taxa de inscrição de cursos de pós-graduação para estudantes não europeus, em universidades da França.

Uma outra modalidade da rede, conforme publicado pela Folha, será a criação de um canal no YouTube para comentar notícias brasileiras, um tipo de mídia acessível ao grande público para continuar a mobilizar a opinião na França e em outros países da Europa.

Várias entidades internacionais estão sendo contactadas pelo grupo e o foco LGBT também é discussão. Ajudar os Gays, as Lésbicas, os Trans e outros grupos vulneráveis, será o trabalho da rede, no sentido de criar pontes entre o que estas pessoas fazem no Brasil e possíveis campos de estudo e trabalho na França.

A historiadora Juliette Dumond revelou à Folha de São Paulo que um dos papéis da iniciativa internacional será alertar toda a rede de contatos na França para ajudar colegas brasileiros em dificuldades. Juliette afirma que os pesquisadores, jornalistas, professores, cientistas políticos e pertencentes aos grupos vulneráveis do Brasil que se interessarem pelo asilo político podem entrar em contato através do e-mail solidarite.bresil.2019@gmail.com.

A fabricante chinesa de smartphones Xiaomi exibiu uma versão 5G do seu mais recente telefone, o Mi Mix 3. Na demonstração, a companhia mostrou como será possível navegar na web e transmitir vídeos ao vivo mais rapidamente através da rede de última geração.

A versão 5G do Mi Mix 3 é alimentada por um processador Qualcomm Snapdragon 855 e um modem X50 5G com uma velocidade máxima de download de 2 Gbps. A Xiaomi vem trabalhando na tecnologia 5G desde 2016, e tem uma parceria com uma das maiores operadoras da China, a China Mobile, para explorar mais aplicações da tecnologia nascente.

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A versão 5G do Mi Mix 3 deverá disponibilizada no início de 2019 na Europa, e mais smartphones que suportam a rede 5G da China Mobile serão lançados no final do ano. A expectativa, de acordo com empresas de tecnologia, é que a nova geração de internet móvel comece a ganhar clientes apenas em 2020.

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Enquanto debate internamente uma possível fusão com o PPS, a Rede, partido fundado pela ex-ministra Marina Silva, perdeu um dos seus cinco senadores eleitos e está na iminência de sofrer uma debandada de quadros.

Eleito com 474.479 votos em Sergipe, delegado Alessandro Vieira disse à reportagem que esteve reunido nesta quarta-feira, 21, em Brasília com a cúpula do PPS para acertar os detalhes de sua transferência para a sigla.

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"Esse processo de diálogo com o PPS começou logo após a eleição, quando se constatou que a Rede não alcançou nacionalmente a cláusula de desempenho. A Rede nacionalmente se dividiu em duas alternativas: fusão com o PPS ou permanecer como partido, só que com uma estrutura precária", disse Vieira.

Segundo o senador eleito, sem a fusão a Rede enfrentaria uma dificuldade orçamentária muito grande já que não terá mais acesso ao Fundo Partidário por não ter atingido 1,5% dos votos válidos, distribuídos em nove Estados.

"O partido deve caminhar para a fusão. Nós, do grupo que compõem a Rede em Sergipe, entendemos que era oportuno antecipar esse movimento", afirmou Alessandro Vieira.

A Rede vai definir seu futuro em uma reunião marcada para os dias 19 e 20 de janeiro. Já o PPS marcou sua convenção, na qual vai mudar de nome, estatuto e programa, para o dia 26 de janeiro.

O senador eleito faz parte do Renova e do Acredito, dois grupos de renovação política que entrarão no partido que nascerá a partir do PPS. Com a saída de Vieira, a Rede passa a ter 4 senadores, mas parte dele também pode migrar para outras legendas caso a fusão não dê certo.

A ex-senadora Marina Silva, candidata derrotada da Rede ao Planalto nas eleições deste ano, concedeu entrevista o jornal O Estado de S. Paulo. Veja, abaixo, os principais trechos:

A que a sra. atribui o seu desempenho nas urnas?

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As urnas valorizaram a polarização. Ou seja, o discurso da mediação não ganhou força. Não posso, para ganhar uma eleição, dizer qualquer coisa do Ciro (Gomes), do (Geraldo) Alckmin ou do (Jair) Bolsonaro. Se isso rende ou não rende voto, é uma escolha.

O que a sra. acha que o desempenho da Rede nas urnas significa para o projeto político do partido?

Um desafio muito grande. Estamos fazendo um congresso, antecipando algo que faríamos com dez anos exatamente para fazer essa avaliação. Sou da lógica do Martin Luther King: quando dá pra correr, corre, quando não dá para correr, anda, quando não dá para andar, se arrasta. O que a gente não pode é ficar em cima do formigueiro do comodismo, da falta de compromisso com os desafios que se tem. A história é feita assim.

A sra. sempre fala de autocrítica do PT. Qual seria a autocrítica da sra. ou da Rede também?

Quando falo autocrítica do PT, todos os graves casos de corrupção, eu imagino que foram trazidos para sociedade brasileira com base em materialidade, julgamento, com direitos aos advogados mais bem pagos, mas, mesmo assim, (tiveram) condenações. Se nem com isso é possível fazer autocrítica, é muito difícil. As minhas autocríticas, as quero e as devo fazer. No entanto, não posso fazer autocrítica de pertencer a um partido pequeno, foi uma escolha. Alguém acha que devo fazer autocrítica por não fazer fake news?

O que pesa a favor ou contra dessa fusão com o PPS?

Nesse momento, a única coisa que posso dizer é que esse gesto do PPS é saudado por nós, mas tendo a compreensão de que eles já vêm de um debate interno anterior. Nós vamos começá-lo agora. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Depois de não conseguir eleger deputados federais suficientes para ultrapassar a cláusula de barreira neste ano, a Rede Sustentabilidade vai ingressar com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) no Supremo Tribunal Federal (STF) questionando artigo da lei dos Partidos Políticos (n.º 9.096) que impede fusão quando a sigla tem menos que cinco anos. O registro da Rede é de 2015.

A medida é uma das iniciativas da legenda da candidata derrotada à Presidência, Marina Silva, para garantir a possibilidade de se juntar ao novo partido que o PPS articula criar com os movimentos Agora! e Acredito. A Rede estuda hoje duas hipóteses de sobrevivência: fusão ou continuar como uma legenda própria, mas com mudanças na estrutura e no estatuto.

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A decisão será tomada em um congresso extraordinário convocado para os dias 19 e 20 de janeiro do próximo ano. O estatuto já previa a realização de um congresso para definir a continuidade ou não da legenda no período de dez anos, mas foi antecipado após o desempenho nas eleições.

Se decidirem por continuar como um partido ou se juntar a outro, os membros da Rede já reconhecem que o mau desempenho nas urnas pôs em xeque o projeto político do partido nos moldes atuais. Um deles disse ao jornal O Estado de S. Paulo, em anonimato, que a Rede como instituição "morreu" na apuração do primeiro turno. Uma reunião da executiva nacional, chamada de Elo, no final de semana passado em Brasília, estabeleceu a criação de dois grupos de trabalho que vão preparar teses das duas possibilidades - voo solo ou fusão - para serem apresentadas em janeiro.

Segundo membros da Rede, o partido está dividido. A própria Marina evita se posicionar para não "contaminar" os filiados, mas quadros históricos do partido, como Bazileu Margarido, são favoráveis à fusão com outra legenda. "Acho que a Rede vai ter muita dificuldade em superar a cláusula de barreira, que será crescente. E acho que é preciso, inclusive numa conjuntura de polarização extrema com o governo Bolsonaro, fortalecer esse campo democrático progressista", disse. O dirigente ainda ponderou que, para as eleições de 2016, será importante ter estrutura e fundo partidário, o que o partido não terá caso continue como tal.

Ao jornal, Marina disse que a questão dos recursos não é determinante para a decisão, mas evitou se posicionar sobre o tema. "Nosso desafio é o que é melhor fazer neste momento. Tenho a clareza de que se a melhor forma for ir para um caminho de nos juntar para esse esforço do PPS, é uma possibilidade. Ou, a desculpa não pode ser a ausência do fundo partidário", afirmou a ex-ministra (mais informações nesta página).

"Nesse momento, a única coisa que posso dizer é que esse gesto do PPS é saudado por nós, mas tendo a compreensão de que eles já vêm de um debate interno anterior. Nós vamos começá-lo agora e temos que verificar primeiro quais as vantagens de ir".

Comissão

Antes do encontro de filiados que definirá o futuro da Rede, a ideia é deixar a possibilidade de fusão encaminhada. Para isso, o grupo de trabalho que se debruçou sobre essa hipótese participará também de uma comissão com o PPS e os movimentos para discutir questões práticas do novo partido, como estatuto e articulação nos Estados.

No PPS, a impressão das conversas é boa. "Está caminhando bem. (A fusão) Interessa a eles, pelo menos (pelo que falei) com as principais lideranças, é uma ideia que eles ainda não decidiram, mas simpatizam", disse Roberto Freire, presidente da sigla. O apresentador Luciano Huck, que pertence tanto ao Agora! quanto ao Acredito, também participa das conversas, afirmou Freire.

O grupo que defende a permanência da Rede como partido teme perder a "essência" da legenda e se questiona se haverá, de fato, abertura para novos quadros, se for efetivada a fusão com um partido com 26 anos de existência - o registro do PPS é de 1992.

Na avaliação de Lucas Brandão, membro da Executiva da Rede, se permanecer como partido, será necessária o que chamou de "renovação estatutária" na legenda. "A Rede sempre se colocou como experimento da política. Chegou a hora de fazer um balanço", disse.

O consenso progressivo, processo de decisão interna em que há uma tentativa de convencimento em vez de votação, é um dos que está na mira. Hoje ele é utilizado amplamente na sigla, que é criticada pelas longas reuniões e demora na tomada de decisão.

"Uma das coisas que temos discutido é que a gente toma muitas decisões que não precisavam ser colegiadas, que são mais administrativas. É necessário dar uma acelerada", afirmou Brandão. No balanço do que deu certo e deve ser manter no partido ou levar para a fusão com o PPS está a paridade entre homens e mulheres em cargos de direção do partido. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Depois de amargar o oitavo lugar na disputa presidencial e sair do patamar de 22 milhões de votos, em 2014, para 1 milhão neste ano, a ex-senadora Marina Silva (Rede) ainda não definiu se pretende voltar a disputar um cargo eletivo, mas afirmou que preferiu concorrer ao comando do Palácio do Planalto e sair como perdedora a se omitir diante do quadro político-eleitoral do país.

"No momento em que mais se precisava de algo que no meu entendimento ajudaria a promover a união, a estabelecer um novo parâmetro para a governança do Brasil eu não iria sair [candidata]? Eu preferi correr o risco de sair e pagar o preço por isso a ter me omitido para ficar com a imagem de 22 milhões de votos. Se já é feio especular dinheiro, imagine especular com credibilidade política”, argumentou Marina, em entrevista ao jornal Folha de São Paulo.

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Marina admitiu que já sabia das dificuldades que enfrentaria na eleição e observou que vários elementos pesaram para a sua derrota. “Não quero ter uma visão reducionista. É significativo [sair] de 22 milhões de votos. Agora, eu sou como Jó: Deus dá, Deus tira, louvado seja Deus. Sempre tive um discurso de que ninguém é dono de voto. Voto é do cidadão, do eleitor. Ele dá num determinado momento e recolhe em outro e direciona para quem ele acha que deve dar”, ressaltou.

A ex-senadora, que no 2º turno declarou voto crítico em Fernando Haddad (PT) disse que não tinha mágoas da legenda petista, mas fez questão de salientar que seu apoio no foi para o "professor Fernando Haddad" e não para o partido. "Minha declaração foi de voto pessoal. Eu poderia ter seguido as possibilidades da Rede, que recomendou não votar em Bolsonaro, mas colocou como opções se abster ou votar nulo ou branco", salientou na entrevista.

A líder nacional da Rede já adiantou que pretende fazer oposição ao governo do presidente eleito Jair Bolsonaro. Ao ser questionada como faria isso, sem ser acusada novamente de sumiço político, Marina foi enfática e disse que faltavam provas de tal sumiço.

"A acusação carece de prova. Quem acompanha as minhas redes sociais e vocês [jornalistas, com quem eu falo o tempo todo, poderiam dizer que isso não é sumiço, é só uma ou outra fala, um outro lugar de fala. Continuarei fazer oposição na sociedade. Estive o tempo todo em lutas como a do Código Florestal, a cassação da chapa Dilma-Temer, contra o foro privilegiado. No Congresso, estamos em discussão com outros partidos para um oposição democrática", esclareceu.

Candidatos à Presidência da República derrotados no primeiro turno, Marina Silva (REDE) e Ciro Gomes (PDT) se reuniram hoje para traçar uma estratégia comum em relação ao governo de Jair Bolsonaro (PSL). Após a reunião, Marina disse, nas mídias sociais, que os dois falaram sobre “o desafio de uma oposição democrática, que seja comprometida com o desenvolvimento sustentável, a defesa das instituições e do interesse nacional”.

Ciro Gomes afirmou ter conversado com Marina sobre “o futuro do Brasil, principalmente em relação à defesa da institucionalidade democrática, dos interesses nacionais e da pauta das populações mais vulneráveis". O encontro aconteceu na sede da REDE, em Brasília, por sugestão do pedetista. Além dos dois, estava o coordenador da REDE, Bazileu Margarido.

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Antes do encontro, Ciro participou de um almoço com a bancada federal do PDT, convocado pelo presidente nacional do partido, Carlos Lupi. Ele fez um balanço das eleições e reafirmou que o partido fará oposição ao governo Bolsonaro.

Segundo nota publicada no portal do PDT, Lupi afirmou que o partido tem de se manter na oposição e construir a candidatura de Ciro a presidente em 2022. “Temos que ter a compreensão do processo que o país vai viver. Não podemos nos afastar nem um segundo das decisões que serão tomadas, porque sabemos que, os que mais precisam, serão os que mais vão sofrer. E são ele que nós representamos”, afirmou.

Depois de agradecer o apoio de todos, Ciro se colocou à disposição do partido para projetos futuros e cobrou uma posição de vigilância do PDT em relação ao futuro governo. “Temos a obrigação de ficar vigilante em relação ao governo que se inicia em janeiro. Tem muita gente ali que eu conheço há anos, e sei que o povo passa longe da prioridade deles”, afirmou Ciro, que se disse “um soldado do partido”.

Ex-candidata à Presidência da República, Marina Silva (Rede), classificou como “preocupantes” as declarações dadas pelo presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) em entrevista à TV Record na noite dessa segunda-feira (29). Marina se referia ao fato de Bolsonaro ter reforçado que uma das suas primeiras medidas, após assumir oficialmente o comando do Palácio do Planalto, será facilitar o acesso da população às armas de fogo.

Na ótica de Marina, que teve 1% dos votos válidos no primeiro turno da disputa presidencial, o capitão da reserva tem uma “ideia fixa em querer induzir a sociedade a acreditar que poderá resolver o grave problema da violência fazendo justiça com as próprias mãos”.

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“É espantoso o anúncio do presidente eleito de que uma de suas primeiras medidas após a posse será enviar para o Congresso Nacional uma proposta para facilitar o acesso às armas de fogo. Qualquer tentativa de desconfigurar o Estatuto do Desarmamento é um retrocesso lastimável!”, avaliou a ex-senadora.

“A maioria da população brasileira é contra a posse de armas de fogo e quer soluções mais inteligentes. As armas de fogo são responsáveis por 71% dos homicídios registrados no Brasil. Por isso, não canso de repetir o que venho dizendo: quanto mais armas, mais violência”, acrescentou.

Na entrevista à TV Redord, Bolsonaro disse que a "arma de fogo garante a liberdade de um povo".

"Queremos dar o porte definitivo à população. Não podemos criar mais um encargo para quem quer ter arma dentro de casa para defender sua família", afirmou, argumentando que dois terços da população decidiu ter o direito de comprar armas e munições em referendo popular de 2005. "Então temos que respeitar a vontade popular", complementou.

No final da tarde desta segunda-feira (22), a ex-candidata a presidente do Brasil Marina Silva (Rede) declarou por meio das redes sociais o seu voto ao presidenciável Fernando Haddad (PT). Afirmando que a campanha do candidato Jair Bolsonaro (PSL) é um "perigo" para a democracia e sem deixar de alfinetar o PT, Marina falou que foi inaugurado o “triste tempo do pelo menos”.

Marina ressaltou que é um dever ético e político se posicionar. “Cada um de nós tem, em sua consciência, os valores que definem seu voto. Sei que, com apenas 1% de votação no primeiro turno, a importância de minha manifestação, numa lógica eleitoral restrita, é puramente simbólica”, ressaltou. 

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A ex-senadora falou que há três riscos tendo Bolsonaro como presidente citando um desmonte na estrutura de proteção ambiental, a desconsideração com os direitos das comunidades indígenas e quilombolas e, ainda de acordo com ela, o capitão está à frente de um projeto que minimiza a importância de direitos e da diversidade existente na sociedade, promovendo a incitação sistemática ao ódio, à violência, à discriminação. 

No entanto, Marina não deixou de alfinetar o PT. “Por sua vez, a campanha de Haddad, embora afirmando no discurso a democracia e os direitos sociais, evocando inclusive algumas boas ações e políticas públicas que, de fato, realizaram na área social em seus governos, escondem e não assumem os graves prejuízos causados pela sua prática política predatória, sustentada pela falta de ética e pela corrupção que a Operação Lava-Jato revelou, além de uma visão da economia que está na origem dessa grave crise econômica e social que o país enfrenta”, destacou.   

“Os dirigentes petistas construíram um projeto de poder pelo poder, pouco afeito à alternância democrática e sempre autocomplacente: as realizações são infladas, não há erros, não há o que mudar”, continuou criticando.

A Rede e o PPS iniciaram nesta semana reuniões conjuntas entre as siglas para organizar a fusão dos dois partidos. Grupos designados por cada legenda se encontraram nesta quarta-feira, 17, em Brasília, e começaram a mapear a situação nos Estados para traçar um plano definitivo.

Conforme apurou o Estadão/Broadcast, os cenários estaduais são relativamente favoráveis para viabilizar a união. Os comandos locais serão distribuídos entre as principais lideranças de acordo com a força de cada uma nas regiões e o objetivo é contemplar os dois partidos igualitariamente para não gerar conflitos logo de início.

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A ideia é que as siglas se unam até o fim do ano, ainda que informalmente, já que uma regra impede a fusão ou incorporação de partidos com menos de cinco anos, caso da Rede Sustentabilidade, criada em 2015. Por isso o partido ingressará ainda nesta semana com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para questionar a constitucionalidade da regra.

Integrantes do partido, no entanto, avaliam que a possibilidade do Supremo dar uma decisão favorável à Rede é improvável. A mudança foi estabelecida pela minirreforma eleitoral de 2015 e já foi questionada na Justiça pelo Pros, que não obteve sucesso. Se o Supremo mantiver a regra, os dois partidos devem formalizar uma coligação política até 2020, quando finalmente a fusão poderá ser autorizada.

A fusão entre os dois partidos é vista como a única saída para a recém-criada Rede Sustentabilidade, idealizada por Marina Silva. Ela concorreu à Presidência da República neste ano mas foi derrotada, em sua pior performance nas três vezes em que concorreu ao cargo. Ela obteve apenas 1% dos votos válidos e acabou ficando em 8º lugar.

Rede obteve péssimo desempenho na Câmara

A sigla também obteve um péssimo desempenho eleitoral para a Câmara dos Deputados e acabou elegendo apenas uma deputada, a indígena Joenia Wapichana, de Roraima, mas se saiu bem no Senado, onde conseguiu eleger cinco nomes. Sem conseguir superar a cláusula de barreira, porém, o partido ficará proibido de ter acesso ao Fundo Partidário e não terá direito de exibir propaganda no rádio e na televisão. Sem os recursos, integrantes da Rede avaliam que é inviável a sobrevivência da sigla.

Já o PPS elegeu 8 deputados, mas conseguiu superar a barreira porque obteve mais de 1% dos votos válidos em 15 Estados. A regra estabelece que, para superar a cláusula de barreira, um partido deve eleger deputados em pelo menos 9 Estados ou obter 1,5% dos votos para a Câmara, com um mínimo de 1% dos votos em nove Estados.

O presidente do PPS, Roberto Freire, já conversou com Marina por telefone para dar início ao plano. De acordo com ele, a aproximação do seu partido com a Rede foi natural porque, como o PPS já havia decidido mudar de nome, abriu-se a brecha para tentar uma ampliação do seu escopo político. Os dois devem se reunir pessoalmente na semana que vem.

Logo após o resultado das eleições em 1º turno, a Rede e o PV também iniciaram um diálogo com o intuito de união entre os dois partidos, já que os verdes conseguiram eleger 4 deputados federais e se encaixaram nas novas regras eleitorais.

Na época, o candidato à vice-presidência na chapa de Marina, Eduardo Jorge, do PV, chegou a dizer que a coligação Rede-PV reaproximou a área ambientalista no Brasil e considerou a estratégia uma "vitória muito grande".

Mas a disputa eleitoral no Distrito Federal azedou a relação da Rede com o PV. O candidato derrotado da sigla ao senado, Chico Leite, acusou a chapa encabeçada pelo governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB), que concorre à reeleição, de dar prioridade na campanha a outra candidata do grupo ao Senado, a ex-jogadora Leila do Vôlei (PSB), que acabou eleita. O candidato a vice na chapa, Eduardo Brandão, é do PV.

Na semana passada, Leite divulgou uma nota em que retira seu apoio a Rollemberg no segundo turno e diz que sua decisão foi baseada na "ingratidão com quem o apoiou quando tinha a maior rejeição entre os candidatos e a deslealdade com quem teve coragem de defendê-lo no momento em que ninguém o defendia".

Montagem/Facebook

Apesar do crescimento das bancadas conservadoras, a exemplo do PSL - partido de Jair Bolsonaro - que saiu de 1 para 52 deputados, o Congresso Nacional e as Casa Legislativas do país terão estreias significativas a partir de 2019, quando os eleitos no último domingo (7) tomam posse dos seus mandatos. Senadores e deputados ligados as causas progressistas, aos direitos das minorias e humanos são pontuais destaques na lista dos novos parlamentares.

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No Senado, por exemplo, terá a estreia de Fabiano Contarato (Rede-ES) primeiro senador declaradamente homossexual do país. Com 1,1 milhão de votos, ele desbancou o senador Magno Malta (PR-ES) que não foi reeleito no Estado. Já na Câmara Federal o destaque é para Joenia Wapichana (Rede-RR), primeira mulher indígena a conquistar uma cadeira entre os deputados federais. Um índio não ocupa uma vaga na Casa desde 1982, quando o cacique Mário Juruna foi eleito pelo PDT.

No âmbito das assembleias estaduais, os destaques são para os mandatos da primeira mulher negra eleita para deputada estadual da Bahia, um estado majoritariamente negro, Olívia Santana (PCdoB); a primeira transexual da história da Assembleia Legislativa de São Paulo, Erica Malunguinho (PSOL); além dos mandatos coletivos - a Bancada Ativista em São Paulo, com oito co-candidaturas, e a Juntas, em Pernambuco, com cinco mulheres - cada uma delas com uma mulher trans.

As bandeiras encabeçadas pela maioria dos marinheiros de primeira viagem, incluem desde os direitos LGBT, descriminalização do aborto e das drogas até a demarcação de terras indígenas, igualdade de gênero e combate ao racismo. Todos pontos rebatidos pela onda conservadora legislativa.   

Na ótica da cientista política Priscila Lapa, o comportamento dos eleitores de “negação dos grandes partidos ou das grandes lideranças”, que reproduziram nas urnas o desejo de uma maior fragmentação partidária do Legislativo e desbancou grandes caciques, é responsável por essas mudanças.

“Vamos ter 21 partidos representados [na Câmara] e isso representa uma mudança de perspectiva, traz alguns segmentos que antes não tinham representação. Isso traz algumas implicações, mas, de fato, abriu-se nesta leva a possibilidade de alguns segmentos, que vem tendo uma demanda crescente na sociedade, passar a ocupar um espaço de poder”, considerou.

Para a estudiosa, essas eleições pontuais tem um peso significativo e podem ser o início de uma tendência que pode ir se firmando e abrindo mais espaços. “Tem um peso de enfrentamento, porque se a gente tem uma tendência conservadora é muito simbólica a presença deles lá, se uma parte da sociedade faz uma movimentação conservadora existem pontos de avanço”, disse. “Eles são muito simbólicos, existe uma reacomodação de forças, temos ao mesmo tempo esse caráter conservador e pontos da sociedade que buscam espaço maior dentro da esfera pública”, completou.

Representação feminina

O número de mulheres na Câmara dos Deputados e em boa parcela das assembleias teve um leve aumento. Entre os deputados federais, as mulheres passaram de 51 para 77 com a eleição de domingo. Mas, apesar disso, três estados não elegeram nenhuma mulher para o cargo: Amazonas, Maranhão e Sergipe.

Já considerando o quadro de deputados estaduais, foram 161 eleitas, o que representa um aumento de 35% em relação a 2014. Em Pernambuco, por exemplo, o número passou de seis para 10 - podendo considerar 14 representantes, se considerar todas que compõem o mandato coletivo da Juntas. Contudo, também há casos que chamam a atenção, como o do Mato Grosso do Sul, onde não há mulheres nas 24 cadeiras da Casa.

“De fato houve um crescimento, mas não existe uma uniformidade desse crescimento. Em alguns estados a pontuação é negativa, quatro Estados zeraram sua representação feminina e em outros casos houve o dobro [de eleitas]. Oscilou muito a forma como esse crescimento aconteceu, mas a quantidade é só um indicador, é preciso olhar a cara dessa representação”, analisou Priscila Lapa.

Para ponderar a composição das bancadas, a cientista política ponderou o quadro em Pernambuco. “O crescimento [na Assembleia Legislativas] está vinculado a uma forma política tradicional, que não representa a necessariamente a agenda feminina, são [a maioria] mulheres de políticos e filhas, com sobrenomes. Não ascendem na política por liderança nata”, frisou. Lapa acredita que apenas com o início da atuação dessas mulheres eleitas vai ser possível aferir se houve uma mudança qualitativa.

 

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