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O empresário Otavio Fakhoury foi condenado a indenizar em R$ 14 mil o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) por chamá-lo de “gazela” nas redes sociais. A decisão foi da juíza Camille Gonçalves Javarine Ferreira, do 6º Juizado Especial Cível de Brasília, e ainda cabe recurso. 

O vice-presidente nacional do PTB, Fakhoury, no dia 23 de junho de 2021, publicou no Twitter: “Gazela? Você está falando do Randolfe? Só pode ser porque ele que usa máquina pública. Eu pago advogado com recursos próprios e pago custas judiciais também. Ah, e outra coisa, meu hormônio chama-se testosterona e sua produção natural nunca foi um problema para mim”. 

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De acordo com a decisão da magistrada, a expressão gazela é “injustificável”. Ela acrescentou que o fato de o empresário ter repetido a utilização do vocábulo ao responder ao tuíte não tira a responsabilidade dele. 

Na sentença, a juíza escreveu que “optou por fazê-lo, sendo ciente - inclusive pelo teor de sua contestação - de que o termo é utilizado em sentido pejorativo, e não se relaciona à atuação política do autor”. “Significa dizer que, deliberadamente, em repetição ao interlocutor ou não, optou por extrapolar a manifestação de seu pensamento político e atingir a honra do requerente [Raldolfe]”. 

“Uma coisa é criticar o homem público, apontando-lhe as falhas e os defeitos na esfera moral e administrativa, outra é visar intencionalmente o seu desprestígio, colocá-lo ao ridículo”, completou. 

Fakhoury disse que vai recorrer da sentença e que “confia na sua integral modificação perante a instância superior”. 

As antigas unidades do Extra Hiper da Avenida Domingos Ferreira e da Rua Benfica, no Recife, passarão por reforma para serem lojas do Assaí. A reinauguração dos novos pontos da rede de atacarejo está programada ainda para este ano e para o próximo.

As novas unidades do Assaí devem gerar cerca 1.000 novos empregos diretos e indiretos, de acordo com a rede, sem falar nos outros 350 profissionais da construção que vão atuar nas etapas da reforma. Os colaboradores do Extra Hiper serão priorizados no processo de contração.

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Ao todo, 70 lojas do Hiper Extra foram negociadas junto ao Grupo Pão de Açúcar por 5,2 bilhões. Nos últimos cinco anos, outras 25 lojas do Extra Hiper já haviam sido convertidas.

 

Uma criança de seis anos identificada como Tauany Sofhia Freitas morreu após ser atingida por uma pilastra. O caso aconteceu no último sábado (2), em Afogados da Ingazeira, Sertão de Pernambuco. 

A menina se balançava em uma rede que havia sido colocada na oficina do seu pai quando o pilar onde a rede estava amarrada não suportou o peso da garota e caiu em cima da criança. Ela chegou a ser levada para o Hospital Regional Emília Câmara, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no local.

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A Polícia Civil de Pernambuco informou que foi instaurado um inquérito policial para apurar o que aconteceu. O caso deve ser investigado como morte acidental.

 

Marina Silva (Rede) voltou a mostrar sua preocupação com o atual governo e o classificou como a maior ameaça às instituições desde a redemocratização. Em entrevista ao Metrópoles, a ex-ministra do Meio Ambiente definiu o voto contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) como um ato de legítima defesa.

De volta aos debates sobre a política nacional, Marina apontou que a postura de Bolsonaro empobrece a política. "Não adianta fazer uma despolitização já no primeiro turno, com uma guerra entre o bem e o mal", rebateu a associação feita pelo presidente em discurso.

Bolsonaro foi subestimado em 2018

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Para ela, a vitória do bolsonarismo foi um erro inesperado e não pode ser repetido em 2022. "Não se deve subestimar o bolsonarismo e Bolsonaro. Houve essa subestimação em 2018 por muitos agentes políticos, inclusive eu, que no início achava que ele não chegaria ao segundo turno. Não temos o direito de errar duas vezes. Agora é compreender que vivemos uma ameaça às instituições e à democracia, mais do que em qualquer outro momento após a redemocratização", avaliou.

Resultado da falta de compromisso

A ex-ministra de Estado acrescentou que o fortalecimento da ideologia representada pela figura do presidente é fruto da incapacidade política dos partidos mais influentes do passado e da falta de uma agenda programática consolidada para o país. 

“PT e PSDB ficaram tanto tempo no poder e não ampliaram e aprofundaram nossa democracia, e o que aparece [como resultado disso] é Bolsonaro. Não fomos capazes de institucionalizar políticas públicas para que elas não ficassem ao bel-prazer de quem está de ‘plantão’ no Palácio do Planalto”, apontou.

Apoio do PSOL para chegar ao Congresso

Com a candidatura quase certa como deputada federal, Marina fez mistério e expôs a vontade de continuar a estruturar a Rede nos bastidores da legenda.

“Estou fazendo uma reflexão que não é fácil. Eu não tinha no meu horizonte retornar ao Congresso Nacional, mas estou refletindo com muito senso de responsabilidade [...] o meu desejo é de continuar contribuindo na política institucional ou ainda sem mandato", comentou.

A pressão em torno da sua candidatura se dá pela necessidade do partido superar a cláusula de barreira e receber os recursos do Fundo Eleitoral. Uma das estratégias para atingir o coeficiente foi a federação com o PSOL.

A união foi considerada necessária pela líder da Rede, mas cada partido terá seus interesses preservados no Congresso, defendeu.

A Rede e o PSOL são partidos programáticos que têm pontos muito diferentes em termos de percepção. Trabalhamos com a ideia de que somos necessários na democracia para alcançar determinados objetivos em benefícios do país”, completou.

Após decidirem formar uma federação partidária, a Rede Sustentabilidade e o PSOL chegaram a um acordo no qual os filiados dos dois partidos estarão liberados para apoiar candidatos diferentes na disputa pelo Palácio do Planalto. O acerto, porém, é informal: não vai constar no estatuto desse "casamento político", que, pela legislação, tem de contemplar disputas regionais e durar no mínimo 4 anos.

Enquanto o PSOL de Guilherme Boulos pretende subir no palanque de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), algumas das principais lideranças da Rede estarão com Ciro Gomes (PDT).

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"No Estatuto, pactuamos o direito à divergência pública, sem caracterizar infidelidade partidária. Temos nosso querido Randolfe (Rodrigues, senador pelo Amapá) e vários outros apoiando Lula, eu e outros apoiando Ciro. Outros ainda podem apoiar candidaturas distintas, desde que pautadas no conteúdo programático da Plataforma 18.", disse ao Estadão a ex-senadora petista Heloísa Helena, porta-voz da Rede.

Além dela, a ex-ministra Marina Silva também já sinalizou apoio a Ciro. Embora cortejada como vice do pré-candidato do PDT, tal arranjo seria impossível sem que a federação da Rede e PSOL definisse o apoio formal a ele, o que já é descartado por dirigentes das duas siglas. Já Randolfe Rodrigues apoia Lula e passou a integrar a coordenação da campanha petista.

O presidente nacional do PSOL, Juliano Medeiros, ponderou que a federação terá apenas uma posição na eleição. "O estatuto e o programa preveem entre autonomia política e uma identidade programática mínima. A federação terá uma posição na eleição. Os casos que contrariarem essa posição serão tratados por cada um dos partidos", disse o dirigente.

A divergência entre as duas siglas expõe um dilema enfrentado por outros partidos menores que já decidiram compor uma federação com o PT e temem ser "engolidos" pela predominância petista: PCdoB e PV.

"Mesmo mantida a identidade partidária, a federação tem uma direção única e ela vai tomar as decisões importantes, como os palanques, cargos no parlamento e direções. Quem terá protagonismo na federação será o maior partido", afirmou o cientista político Vitor Marchetti, da Universidade Federal do Grande ABC.

Foice, martelo e meio ambiente

Antes de bater o martelo com o PT, o PCdoB estava dividido internamente sobre com quem seria melhor formar uma federação. Uma ala do partido defendeu a tese que a união com o PSOL e Rede seria o melhor caminho, já que nenhuma das agremiações é muito maior que a outra.

Na prática, isso significaria uma divisão mais equilibrada de poder no consórcio partidário. Mas, como prevaleceu a proposta de uma construção com o PT e o PV, o desafio agora para os comunistas é manter a identidade e lutar por espaço na futura executiva unificada.

"Quando a assimetria entre os partidos é muito grande, a governança é mais complicada. A federação prevê autonomia plena para os partidos, mas no parlamento é uma bancada só, assim como nas eleições", admitiu o deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP).

Para administrar os interesses divergentes nas eleições, os três partidos vão criar uma "mesa permanente" de negociação. Segundo Silva, cada sigla terá o seu programa, mas vai haver uma base unificada de ação parlamentar. "O PCdoB tem vida além das eleições. É um partido que existe nos bairros e nos movimentos sociais", disse o deputado.

No caso do PV, a demanda junto ao PT é para reforçar as bandeiras ambientais, além do apoio da federação para seus únicos pré-candidatos a governador: Leandro Grass, no Distrito Federal, e Rudson Leite, em Roraima.

"Vamos lutar para imprimir na federação um modelo de desenvolvimento sustentável. Estamos tentando ser o mais cordatos possível entre nós. Sobre os cargos no Congresso, isso vai depender do talento dos nossos deputados para negociar", afirmou Penna.

Procurada, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, não se manifestou. Os partidos têm até o dia 31 de maio para formalizar a federação, prazo estabelecido pela Justiça Eleitoral.

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) acredita que uma eventual disputa, no segundo turno das eleições deste ano, entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) será "sangrenta". Na ótica de Randolfe, é preciso que Lula ganhe já no primeiro turno. 

"Eu creio que temos que resolver a eleição no primeiro turno. Segundo turno com Jair Bolsonaro será sangrento. Não é só a democracia que está em jogo, mas a vida dos brasileiros", argumentou o senador em entrevista ao UOL.

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Randolfe, apesar de ser da Rede Sustentabilidade, recebeu um convite de Lula para fazer parte da coordenação da campanha petista para a disputa pelo Planalto. Nessa terça-feira (22), ele confirmou ter aceito o convite e retirou seu nome da disputa pelo governo do Amapá.

Sobre a construção da campanha de Lula, Randolfe deu detalhes: "Creio que teremos uma espécie de conselho político com diferentes forças políticas que a candidatura venha a ter. Eu acredito que esse conselho tem que ser o mais amplo possível, assim como a candidatura de Lula."

O senador Randolfe Rodrigues (Rede) foi convidado pelo ex-presidente Lula (PT) para compor a sua equipe da campanha nas eleições presidenciais deste ano. O senador ajudaria o petista na composição do programa de governo e na articulação política.

O convite aconteceu na última sexta-feira (21), durante uma reunião em São Paulo, segundo a Folha de S.Paulo. Randolfe teria sinalizado que aceitaria o desafio. 

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Randolfe é um dos poucos integrantes da Rede que defendem o apoio do partido ao ex-presidente Lula, já que boa parte da sigla está em campo oposto e deve apoiar o ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT). O pedetista, inclusive, quer Marina Silva - líder da Rede -, como sua vice.

Randolfe tem sustentando que, como mostram as pesquisas de intenção de voto, Lula é o que tem mais chances de derrotar o presidente Jair Bolsonaro (PL) na disputa deste ano e, por isso, defende o apoio de seu partido ao petista.

A Rede Sustentabilidade e Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) pretendem acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) contra a decisão do Ministério da Educação (MEC), que proíbe universidades federais de exigirem comprovação de vacinação de Covid-19 para participação nas atividades presenciais, publicada nesta quinta-feira (30), no Diário Oficial da União.

Através do Twitter, o senador Randolf Rodrigues (Rede) afirmou que o partido solicitará ao STF a suspensão da normativa do MEC. Além disso, ele reforçou que o próprio Supremo Tribunal Federal reconheceu a constitucionalidade da exigência do passaporte vacinal.

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"Faremos uma petição na nossa ADPF 898, solicitando a suspensão desse absurdo! Já há decisão do STF sobre a constitucionalidade de exigência do passaporte da vacinação e devemos garantir a autonomia administrativa das universidades federais, prevista na CF", iniciou o parlamentar.

Em outro trecho, Randolfe ressalta que as instituições federais "são autarquias em regime especial ou fundações de direito publico", por isso, "não podem ser controladas pelos caprichos do presidente", criticou. Confira a publicação:

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Além da Rede Sustentabilidade, o presidente do PSOL, Juliano Medeiros, também apontou, por meio da mesma rede social, que tem a intenção de acionar o STF pela resolução do MEC, a qual ele classifica como "afronta a autonomia universitária e a saúde pública", escreveu. Veja o comunicado:

ATENÇÃO

O @psol50 vai entrar com uma ação no STF questionando a portaria do MEC que proíbe as universidades de cobrarem comprovante de vacina na volta das aulas presenciais em 2022. A portaria afronta a autonomia universitária e a saúde pública. É totalmente inconstitucional!

 

 

O deputado Túlio Gadêlha que, neste sábado (18), confirmou a troca do PDT pela Rede Sustentabilidade em evento no Marco Zero do Recife, admitiu que deixa o partido com algumas frustrações. Após construir carreira política em seus 14 anos filiado ao PDT, o parlamentar criticou a organização do partido em Pernambuco.

Gadêlha destacou que escolheu a Rede por ter o histórico de candidatos que são "pessoas reais e não pessoas que são de oligarquias familiares, que é o que a gente têm percebido, que ocupam as cadeiras no parlamento tanto estadual quanto federal".

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Impedido pelo ex-partido de disputar a Prefeitura do Recife com João Campos (PSB), filho do ex-governador Eduardo Campos, em entrevista ao LeiaJá, mesmo sem citar o atual gestor, ele considerou que "essa tradição é muito ruim para o aprofundamento do debate sobre as dificuldades do estado e as soluções para os problemas sociais que Pernambuco enfrenta".

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Descrença com o PDT

Sem falar com Ciro Gomes desde que teve a campanha majoritária à capital pernambucana reprovada pelo partido, Túlio admitiu frustrações com a ex-casa e criticou a gestão estadual.

"Saio de cabeça erguida do PDT, agradecendo o partido no que me ajudou a construir. Minha formação política eu devo ao PDT", reconheceu.

O deputado também explicou sobre a condição que interrompeu seu laço com a legenda. "Saio com algumas as frustrações porque a gente sempre busca democratizar as direções e os movimentos de base. Então, quando a gente percebe que tá tudo girando em torno de famílias, infelizmente o PDT de Pernambuco está em uma situação de comissão provisória há 27 anos, 20 com o pai e 7 com o filho. A direção estadual se quer fez uma reunião ao longo desses 7 anos, então não é esse partido que acredito", concluiu.

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Recém-filiado à Rede Sustentabilidade, o deputado Túlio Gadêlha comentou sobre ter frustrado parte dos apoiadores que o esperavam no PT. Após divergências com Ciro Gomes e o PDT, o parlamentar confirmou a troca de partidos neste sábado (18), em um evento no Marco Zero do Recife.  

Desde que sua pré-campanha à Prefeitura do Recife em 2020 foi preterida pelo ex-partido, que optou em incluir o PDT na chapa de João Campos com a vice Isabella de Roldão, Túlio se mostrou decepcionado e começou a defender o ex-presidente Lula (PT) com mais veemência nas redes sociais.

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A frustração com o próprio partido e a convergência com Lula davam indícios de uma possível filiação ao PT, mas o deputado disse ao LeiaJá que a Rede possui um plano político independente e que apenas respeita o petista pelos feitos da gestão.

"Eu não tenho alinhamento a Lula em si. Tenho carinho e respeito pelo que ele construiu em Pernambuco", apontou Túlio.

Ainda assim, o pernambucano ressaltou que mantém uma "relação excelente" com os dirigentes do PT.

O senador Randolfe Rodrigues (AP) e de Heloísa Helena participaram do evento de filiação de Túlio neste sábado (18). A ex-presidenciável Marina Silva também discursou de forma remota.

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A filiação de Túlio Gadêlha à Rede Sustentabilidade atraiu mil assinaturas no Recife. Neste sábado (18), o parlamentar confirmou a saída do PDT e a filiação à nova casa em um evento no Marco Zero, área central da capital.

O evento contou com a presença do senador Randolfe Rodrigues (REDE-AP) e de Heloísa Helena, que já passou pelo Senado e deve voltar a concorrer uma nova vaga no Congresso em 2022. Túlio discursou para os novos filiados e estimulou a construção da sua campanha de reeleição.

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Durante o evento, a principal representante da sigla, a ex-presidenciável Marina Silva, participou de forma virtual e definiu Túlio como "a joia da coroa de qualquer partido grande" e o agradeceu por escolher "nossa pequena Rede".

Atualmente, o partido conta com apenas um representante em Pernambuco, o vereador do município de Tabira, Heraldo Moura. No Congresso, a legenda tem o senador Randolfe Rodrigues (AP) e a deputada Joenia Wapichana (RR).

Neste sábado (18), o deputado federal Túlio Gadêlha oficializou a filiação à Rede Sustentabilidade e a saída do PDT. O evento de filiação ocorreu em frente ao Marco Zero do Recife, área central da cidade, e contou com a presença do senador Randolfe Rodrigues e da ex-senadora Heloísa Helena.

Eleito com 75.642 votos em 2018, o parlamentar criticou o PDT e disse que deixou de falar com Ciro Gomes após ser preterido na disputa à Prefeitura do Recife de 2020. Na ocasião, ele chegou a lançar pré-candidatura, mas Ciro acabou apoiando a campanha de João Campos (PSB), que foi eleito com Isabella de Roldão (PDT) como vice.

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Desde então, Túlio se mostra mais alinhado ao ex-presidente Lula (PT), expondo o racha dentro do PDT

Com a filiação à Rede Sustentabilidade, Túlio se junta à deputada Joenia Wapichana (RR) e ao senador Randolfe Rodrigues (AP) como únicos representantes do partido no Congresso.

Aos 34 anos, Gadêlha é o vice-líder da minoria na Câmara e presidente da subcomissão de Combate ao Trabalho Escravo. Sua relação com o PDT se encerra após 15 anos de filiação, quando entrou para o partido aos 19 anos.

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A prefeitura de Belém retomou em 27 de setembro as aulas presenciais na rede municipal, suspensas desde março de 2020 em decorrência das restrições impostas pela pandemia de covid-19. A situação sanitária preocupante exigiu que a comunidade escolar não retornasse presencialmente no início de 2021.

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Um grupo diretamente afetado foi o dos docentes. Desde o dia 20 de março de 2020 sem vivenciar o trabalho de forma convencional, os professores dos anos iniciais da rede pública de Belém precisaram se reinventar e conciliar os tempos difíceis com as exigentes demandas.

Os professores tiveram que lidar com a escassez de informações sobre como iriam prosseguir com o ensino fora do regime presencial, somada ao panorama de medo imputado pela pandemia. Cerca de um mês após a suspensão das aulas, as ações começaram. De início, por meio do Centro de Formação dos Professores de Belém, que forneceu materiais impressos para serem distribuídos pelas escolas e que seriam devolvidos para correção, conforme fossem sendo resolvidos pelos alunos. Além dessas atividades, também houve distribuição de kits com merendas para os estudantes. 

Para reforçar o processo de ensino-aprendizagem, a prefeitura deu início a um programa educacional na TV aberta, o Educa Belém, apresentado por professores da própria Secretaria Municipal de Educação (Semec). Conforme os números diários referentes à covid-19 no município iam diminuindo, os professores passaram a ser convocados a trabalhar presencialmente.

A partir de agosto de 2020, os docentes passaram a frequentar as escolas ainda sem os alunos (para planejar, formular atividades e outros), no regime de escala, e depois em horários reduzidos. Séries maiores do ensino básico chegaram a voltar à educação presencial. Entretanto, os anos iniciais permaneceram com o formato remoto.

Cada docente optou por uma maneira de conduzir suas aulas nesse período. O recurso do aplicativo WhatsApp, os livros didáticos, atividades impressas e direcionamento aos programas do Educa Belém, também transmitidos pelo YouTube, foram utilizados pela grande maioria.

Com a troca de governo municipal, depois das eleições de 2020, ocorreram mudanças. A prefeitura decidiu que as aulas somente voltariam quando pelo menos a maior parte da comunidade escolar estivesse vacinada e reforçou a qualificação sobre o uso de recursos tecnológicos em prol da educação e para melhor educar por meio do ensino remoto.

No geral, os professores passaram a investir nas atividades impressas e nas orientações pelos grupos de WhatsApp. “Estou ministrando a disciplina de Projeto de Leitura. E consegui fazer alguns vídeos de contação de histórias para motivação e incentivo à leitura de livros. O planejamento para aulas remotas se diferencia do das aulas presenciais. Precisa ser claro, resumido, atrativo e baseado na BNCC. Não adianta fazermos aqueles planejamentos e sequências didáticas que fazíamos para aulas presenciais. Os pais não entendem, ficam confusos e não conseguem transferir a informação para seus filhos”, disse a professora Edna Araújo, que interage com seus discentes por meio de grupos criados pelos professores regentes.

Vídeos com quadros brancos, com contação de histórias e com filtros divertidos de outros aplicativos, mostrando imagens e desenhos, dinamizaram as aulas.

Os desafios

A professora Edna Araújo destacou que, apesar de já possuírem a experiência do ano anterior, ter iniciado o trabalho com as turmas sem conhecer as crianças de perto, sem saber mais a fundo de suas dificuldades e de suas facilidades, foi o maior problema.

“As crianças também não conheceram seu professor. Então, nós organizamos e fizemos vídeos nos apresentando para as crianças e para as famílias”, contou Edna.

O costume de alguns pais ou responsáveis de realizar a atividade no lugar do aluno também dificultou o entendimento dos professores sobre se aquela criança estava realmente aprendendo ou não. As professoras destacaram a dificuldade de avaliar o processo de ensino-aprendizagem a distância.

“Percebemos que o processo educacional, mesmo com todos os trabalhos, não foi eficiente como era no presencial. As crianças tiveram contato com a aprendizagem; as crianças realizaram as atividades mas não na mesma intensidade, não na mesma forma que elas aprendiam”, opinou Edna. “Percebi que no ano passado algumas poucas crianças chegaram a ler palavrinhas simples, palavrinhas pequenas; mas a escrita, o desenvolvimento da letra cursiva, eu vi que não teve muito avanço no ensino em casa”, continuou a professora.

Saúde mental e qualidade de vida

Os desafios envolvidos nesse novo formato de trabalho têm afetado significativamente a saúde mental e a qualidade de vida dos docentes. “Eu vejo que nós nos desdobramos, trabalhamos bem mais. Eu vejo que ficamos sobrecarregados de trabalho, e que precisamos às vezes até fazer menos para não nos cansar tanto, pensando na nossa saúde mental; para podermos estar bem para trabalhar no dia seguinte”, relatou a professora Edna.

A psicóloga clínica e escolar Sandra Gardene de Souza Campos afirmou que o bom desempenho das atividades docentes depende de condições emocionais, físicas e mentais favoráveis. “Fatores estressantes ocasionados no trabalho e/ou na vida pessoal, se persistentes, podem levá-lo a desenvolver a Síndrome de Burnout. Burnout é o resultado do estresse crônico, típico do cotidiano do trabalho, principalmente quando neste existem excessiva pressão, conflitos, poucas recompensas emocionais e pouco reconhecimento”, destacou.

A psicóloga elencou casos de professores com estresse no ambiente educacional, interferência nos objetivos pedagógicos, problemas na saúde mental, absenteísmo, desumanização, apatia, alienação e abandono da profissão. “Na atual conjuntura, esta categoria, independentemente do nível de ensino que atua, tipo de escola, pública ou privada, está se configurando com uma profissão de diversos alvos estressores psicossociais presentes no seu contexto de trabalho. Ser professor é uma tarefa que envolve riscos. Ainda que não sejam perigos aparentes, eles existem e podem limitar o desempenho na docência”, disse.

Sandra aconselhou medidas para amenizar ou até de evitar esses impactos na saúde mental dos docentes:

1. Ao identificar os sintomas, se faz necessário que educador realize uma autoavaliação para definir seu nível de satisfação em relação ao próprio ofício.

2. Diante de situações extremamente estressantes e de outros sinais de alerta característicos dessa síndrome, o professor deve procurar auxílio médico e psicológico.

3. Orientação, por meio de palestras, sobre os possíveis fatores de estresse relacionados ao trabalho e a possibilidade de desenvolvimento deste tipo de estresse ocupacional de caráter crônico.

4. Formação de grupos de discussão para trabalhar as crenças que o profissional tem sobre sua prática, auxiliando-o a desenvolver concepções mais realistas e adequadas da profissão.

5. Instrumentalizar o corpo docente para a qualificação das relações interpessoais, tendo em vista que esta não é temática exaustivamente desenvolvida na formação deste profissional, pois pouco sabe as formas de vivenciar sua profissão e os pontos de desgaste profissional.

6. Realização de Atividades Físicas, de Respiração, ter um momento de lazer, ter um momento para si mesmo, trabalhar o autoconhecimento (identificação dos limites), trabalhar a autoestima.

Conscientes de que o momento de pandemia agravado ainda exigia o formato remoto de trabalho, os professores somente reclamavam melhores condições para poderem trabalhar. De acordo com a professora Sílvia Letícia da Luz, coordenadora do Sintepp (Sindicato dos Trabalhadores e das Trabalhadores em Educação Pública do Pará), a categoria está exigindo desde o início de 2020 a reforma das unidades de educação, a garantia de protocolos sanitários, EPIs e testes. “Em 2021 ficamos em trabalho remoto, reivindicamos condições para isso, auxílio internet, chips, máquina para reprodução de material na escola, condições de trabalho. Por muito tempo nós, professores, financiamos o trabalho remoto”, afirmou. “Nas redes estadual e municipal asseguraram o mínimo de protocolos sanitários nas escolas, mas são insuficientes. Garantimos escalas de trabalho e o trabalho remoto.”

Reportagem de Maria Clara Passos Sousa.

A Google revelou nesta terça-feira (7) ter ajudado a bloquear a ameaça de uma rede de crimes cibernéticos que tinha o controle de cerca de um milhão de dispositivos eletrônicos com os quais eram praticados delitos digitais, ao mesmo tempo em que responsabilizou hackers que operam da Rússia.

A chamada 'rede de bots' de dispositivos infectados conhecida como Glupteba, que também era usada para minerar criptomoedas de forma sub-reptícia, foi cortada pelo menos por enquanto dos hackers que a controlavam, anunciou a gigante tecnológica.

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"Os operadores da Glupteba possivelmente vão tentar recuperar o controle da rede maliciosa, usando mecanismos de controle e respaldo", segundo Shane Huntley e Luca Nagy, analistas de ameaças online e cibersegurança da Google.

Grandes companhias de tecnologia como Google e Microsoft se veem cada vez mais envolvidas na luta contra o crime informático praticado através de seus produtos online, razão pela qual estas empresas têm maior compreensão, acesso e capacidade de resposta às ameaças.

A Google destacou que a rede maliciosa incluía aproximadamente um milhão de dispositivos que usam Windows em todo o mundo para praticar ataques como o roubo de informações e credenciais, e se dirigia a usuários em Estados Unidos, Índia, Brasil e sudeste asiático.

A gigante de Mountain View também apresentou uma ação em uma corte federal de Nova York contra Dmitry Starovikov e Alexander Filippov em busca de uma ordem judicial que os impeça de usar suas plataformas de forma maliciosa ou criminosa.

- Sequestro de dados -

Especialistas em segurança notificaram pela primeira vez a existência da Glupteba em 2011, que se propaga ao se fazer passar por software, vídeos ou filmes com download gratuito, que os usuários da internet baixam involuntariamente em seus dispositivos eletrônicos.

No entanto, diferentemente das redes de bots convencionais, que dependem de canais pré-determinados para assegurar sua sobrevivência, a Glupteba é programada para encontrar servidores substitutos e consegue continuar operando mesmo depois de um ataque, segundo a Google.

Como esta rede maliciosa usa cerca de um milhão de dispositivos, tem um poder incomum que pode ser usado em ataques de 'ransomware' em larga escala, uma forma de sequestro de dados que bloqueia o acesso à informação até que seja paga uma recompensa aos hackers.

Para manter a rede hacker funcionando, os atacantes "usam o Google para publicar ofertas de trabalho em diferentes sites na web".

Os 'hackers' também tem usado os serviços da Google para distribuir software malicioso: a gigante da internet retirou 63 milhões de documentos de sua rede Google Docs e cancelou 1.100 contas de e-mail, usadas para espalhar a rede Glupteba.

As 'redes de bots' conseguem "se recuperar mais rapidamente de cortes ou interrupções, tornando muito mais difícil retirá-las da internet. Estamos trabalhando muito de perto com a indústria e o governo, ao mesmo tempo em que combatemos este tipo de ataques", publicou a Google em seu blog.

Os técnicos e peritos da Polícia Federal (PF) conseguiram acessar a rede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante o Teste Público de Segurança (TPS) do modelo eletrônico de votação. A corte manteve abertos por seis dias os sistemas das urnas eletrônicas para receber ataques de "hackers", a fim de aprimorar a tecnologia utilizada atualmente para as eleições de 2022.

De acordo com o presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, os agentes federais realizaram o ataque mais perigoso às urnas eletrônicas, pois conseguiram burlar a linha de transmissão das informações e penetrar na rede do tribunal. "A simples entrada já é uma preocupação que nós vamos enfrentar. Esse foi o ataque mais relevante e que vai exigir mais cuidado do TSE", afirmou.

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"Eles conseguiram entrar dentro da rede do TSE com esses ataques, mas não conseguem chegar no sistema de votação, ou seja é um ataque importante que nós temos que encontrar mecanismo de bloquear, mas não é grave. Só consideramos grave o que tem a potencialidade de alterar o voto do eleitor", afirmou Barroso.

O TSE recebeu inscrições de 26 investigadores vinculados a universidades, empresas privadas e órgãos públicos, que executaram 29 planos de ataques às urnas eletrônicas. Esses procedimentos consistem basicamente em diferentes tentativas de invadir o sistema de votação e encontrar vulnerabilidades físicas e tecnológicas nos dispositivos.

No balanço realizado nesta segunda-feira, 29, consta que 24 planos falharam completamente e 5 foram bem sucedidos em encontrar "achados", como são classificados os pontos de aperfeiçoamento. As violações ao sistema eletrônico de votação passarão por processos internos de correção para que sejam submetidas novamente à testagem, em maio de 2022, durante o teste de confirmação organizado pelo TSE.

"Ainda que não tenham sido graves, são importantes e merecem atenção e estudo do TSE para fins de aprimoramento", afirmou Barroso. "É relevante, mas não é grave. Só consideramos grave o que tem potencial de mexer no resultado e nada até agora se apresentou com esse potencial, mas é relevante porque evidentemente ninguém deseja que haja o risco de entrada dentro da nossa rede".

Confira a lista dos cinco principais ataques às urnas eletrônicas:

1º Painel da urna: Investigadores acoplaram um painel falso no visor da urna eletrônica. O ataque foi considerado preocupante porque viola o sigilo do voto, impede o eleitor de votar, mas não tem capacidade de interferir no resultado das eleições. Para executar esse procedimento é necessário entrar com objeto - do mesmo tamanho da urna eletrônica - na seção eleitoral, sem que ninguém veja ou identifique a demora no procedimento.

"É uma situação bastante contrafactual, bastante improvável, mas nós vamos pensar alguma medida que possa minimizar o risco de alguém ter esse tipo de comportamento", afirmou Barroso.

2º Desembaralhamento do boletim da urna: os boletins contém todos os votos da seção eleitoral e são embaralhados para que somente o TSE possa fazer o processo de traduzir e compilar o resultado. Os boletins, porém, também são impressos e colados na porta das seções ao final da votação. Segundo Barroso, o procedimento não gera consequências.

"O embaralhamento das informações é uma reminiscência histórica do tempo em que não havia a assinatura digital do boletim, portanto era uma segurança a mais. Havendo assinatura digital esse embaralhamento tornasse desnecessário e nós estamos, inclusive, considerando a possibilidade de simplesmente não haver mais esse embaralhamento por falta de utilidade", afirmou Barroso.

3º Rompimento de barreira: Os técnicos conseguiram pular uma barreira de segurança representada pela linha de transmissão de informações e chegaram até a porta da rede do TSE, mas não conseguiram acessá-la.

"O Teste Público existe para que se descubram vulnerabilidades e o TSE possa consertar", disse Barroso.

4º Ataque ao fone de ouvido da urna: As urnas eletrônicos possuem entradas de fone de ouvido para eleitores com deficiência visual. Um dos ataques conseguiu inserir um dispositivo bluetooth na traseira da urna. O objeto passou a transmitir os votos para os hackers.

"Seria preciso que alguém conseguisse dentro do local de votação acoplar um equipamento na parte traseira da urna, que fica visível para os mesários. Portanto, uma situação igualmente contrafactual", declarou Barroso.

5º Acesso à rede do TSE: Os peritos da Polícia Federal conseguiram, de fato, entrar no sistema do tribunal. A invasão, contudo, não foi bem sucedida na tentativa de alterar sistemas e fotos de candidatos já existentes.

"É relevante, mas não é grave. Só consideramos grave o que tem potencial de mexer no resultado e nada até agora se apresentou com esse potencial, mas é relevante porque evidentemente ninguém deseja que haja o risco de entrada dentro da nossa rede", afirmou Barroso.

Depois de disputar à Presidência nas três últimas eleições (2010, 2014 e 2018), a ex-ministra Marina Silva (Rede) irá disputar uma vaga ao Legislativo como Senadora ou deputada nas eleições de 2022.

Dirigentes da Rede Sustentabilidade, partido criado por Marina, disseram ao Metrópoles que a decisão foi tomada por vontade da própria ex-ministra, que depois de receber apenas 1% dos votos em 2018, não deseja disputar a quarta o Palácio do Planalto pela quarta vez seguida.

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No entanto, a Rede quer que Marina Silva seja uma espécie de "puxadora de votos", para ajudar o partido a vencer a cláusula de barreira. Atualmente, a sigla só conta com a deputada federal Joenia Wapichana e os senadores Randolfe Rodrigues e Fabiano Contarato.

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) usou o Twitter, nesta segunda-feira (25), para anunciar que pretende incluir o que chamou de “fala mentirosa” do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre a Covid-19 no relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia. O senador, que é vice-presidente da CPI da Pandemia no Senado, referiu-se à afirmação do presidente de que a vacina contra o coronavírus fazia com que as pessoas desenvolvessem a Aids.

“Temos um delinquente contumaz na Presidência da República! Informo que incluiremos, no relatório da CPI, a fala mentirosa e absurda de Bolsonaro associando a vacina contra a COVID-19 à AIDS”, escreveu Randolfe.

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Na última quinta-feira (21), na sua tradicional live semanal, Bolsonaro disse que as pessoas vacinadas com as duas doses dos imunizantes “estão desenvolvendo Síndrome da Imunodeficiência Adquirida muito mais rápido do que o previsto”. A live foi retirada do ar pelo Facebook, sob a justificativa de que o vídeo continha uma notícia falsa sobre a vacinação contra a Covid-19.

Randolfe Rodrigues ainda afirmou que vai solicitar ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que Bolsonaro seja investigado no inquérito das fake news.

“Além disso, encaminharemos ofício ao Ministro Alexandre de Moraes, pedindo que Bolsonaro seja investigado por esse absurdo no âmbito do inquérito das fake news e recomendaremos às plataformas de redes sociais a suspensão e/ou o banimento do Presidente”, declarou.

Viver em um vilarejo sem rede de telefonia celular "tem um lado purificador", diz Yvonne Wallech, moradora de Green Bank, uma pequena cidade da Virgínia Ocidental a quatro horas de carro da capital dos Estados Unidos, Washington, D.C., que atrai aqueles que estão cansados de estar sempre conectados.

Yvonne Wellech tem internet em casa, mas assim que se desconecta, as chamadas e notificações acabam.

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"Esclarece as ideias", diz esta mulher de 59 anos, dona de uma loja de souvenirs.

A área abriga o Observatório de Green Bank há mais de 60 anos, que precisa de silêncio de rádio para poder observar as estrelas e os buracos negros.

Por isso, o governo criou uma "zona de calma" em 1958, para proteger as atividades do observatório e também as de um local da NSA, a Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos.

As ondas de rádio são limitadas e restritas a uma área de quase 34.000 km2 na região de Green Bank, e o uso de Wi-Fi é desencorajado.

O escritório de turismo aproveita a situação e promove a região como um reino de "desintoxicação digital".

"No mundo de hoje, você não passa mais de um minuto sem ouvir um bipe de dispositivo eletrônico. Este é o lugar perfeito para ficar longe de tudo", confirma a secretária de Turismo da Virgínia Ocidental, Chelsea Ruby.

- Promessa atrativa -

A promessa é muito atraente, em um momento em que 85% dos adultos americanos dizem que têm um smartphone, e quase um terço garante ficar on-line "na maior parte do tempo", de acordo com uma pesquisa do Pew Research Institute.

Nancy Showalter, uma turista que foi visitar o observatório, ficou surpresa ao perder a conexão., Rapidamente, porém, começou a apreciar o silêncio.

"Você olha ao redor, ouve os outros. É maravilhoso. Mais pessoas deveriam fazer isso", entusiasma-se esta aposentada de 78 anos, do estado de Indiana, no norte dos Estados Unidos.

Apesar de suas regras estranhas e do isolamento entre colinas e florestas, Green Bank, com menos de 200 residentes, está mudando. Segundo os moradores, a internet sem fio se espalhou nos últimos anos. Embora haja uma regulamentação que impõe multas de US$ 50, nenhuma penalidade foi aplicada nesse sentido.

Junto com a construção de hotéis e restaurantes, os preços dos imóveis no condado de Pocahontas, onde Green Bank está localizada, aumentaram quase três vezes mais rápido do que a média nacional na última década, de acordo com as estimativas.

"Em breve, vão querer um Walmart e outras redes de supermercados e tudo a que estão acostumados", reclama George Deike, morador de longa data, aludindo à chegada de novos moradores.

No entanto, outros moradores acreditam que a cidade deve se modernizar.

Patrick Coleman, que nasceu em Green Bank há 69 anos e é dono de uma pousada, acredita que a falta de cobertura telefônica é perigosa.

"As pessoas que vivem aqui não têm rede de segurança", pois um acidente nesta área remota pode se tornar muito sério se não for possível pedir ajuda, alega.

Ele não entende por que a estação de esqui vizinha, Snowshoe, tem uma rede de telefonia celular, e Green Bank, não.

Alguns moradores que se instalaram na cidade para curtir a tranquilidade também relativizam a importância dos regulamentos que regem as ondas telefônicas.

"Eu vim para encontrar um lugar mais silencioso, sem wi-fi", diz Ned Dougherty, um professor de 38 anos e novo residente, que mesmo assim indica que existem outras maneiras de recuperar o controle de sua vida digital.

"Não sou obrigado a usar meu telefone, não importa onde moro", diz. "Alterar meu CEP não resolve nada. Se eu quiser me desconectar, tenho que fazer sozinho".

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A Rede de Economia Solidária, organizada pelo professor João Cláudio Arroyo, realizou ontem (5), e está dando continuidade nesta quarta-feira (6), a mais uma feira para exposição e venda dos mais variados produtos. O evento ocorre no hall de entrada da UNAMA - Universidade da Amazônia, no campus da Alcindo Cacela, em Belém. de 8 às 20 horas. Estão à venda itens de produção artesanal, de papelaria, acessórios, peças de vestuário, cosméticos, entre outros.

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A feira, segundo João Cláudio Arroyo, é uma estratégia de comercialização acessível aos empreendedores populares, que se dividem para pagar os custos, como infraestrutura e divulgação, e tomam decisões juntos. “Para decidir juntos, precisam eles estudam e aprendem a ser empreendedores melhores”, diz.

O professor explica que a Economia Solidária consiste no resgate de valores como a cooperação e a solidariedade por meio de práticas econômicas, de produção e consumo. A partir disso, há a circulação da riqueza produzida coletivamente, diminuindo a desigualdade e fortalecendo a democracia. “O foco é na realização humana e na felicidade e não na acumulação desmedida que tantos conflitos e sofrimentos gera”, afirma.

Arroyo destaca a autogestão como a principal proposta do evento, que oferece a oportunidade de uma pessoa ser a protagonista e dona do próprio negócio em um processo de amadurecimento ao tomar decisões, visualizando os impactos futuros. “Esse é o grande desafio. Porque nas decisões econômicas se revelam os valores morais e éticos das pessoas e sociedades”, acrescenta.

Feiras como essa contribuem para o crescimento da economia solidária a partir da vivência prática das pessoas, observa Arroyo, quando há o sentimento de que podem se tornar algo maior. Além disso, ganha-se autoestima e uma visão humanística e sustentável, garante o professor.

Arroyo diz que o momento é de retomada das atividades após a pandemia e que o maior resultado é o aprendizado. “O crescimento da renda dos participantes é de 20 a 50%. E há um engajamento a partir do que cada um gosta de fazer. Portanto, um outro resultado que os indicadores econômicos não medem é a felicidade”, observa.

O professor afirma que, em relação às feiras, ainda há a espera do reconhecimento da sociedade e de que as pessoas entendam que há outra forma de viver, de conquistar conforto, sem gerar ignorância e pobreza. “Que a verdadeira riqueza está no giro e não no estoque, guardado, se acumulando e colocando milhões de pessoas sem oportunidades. Reconhecer que a Economia Solidária, como estamos demonstrando na prática, é viável e uma opção segura”, complementa.

Expositores elogiam ação

Alzira Santos Silva, de 40 anos, é pintora e faz parte de um grupo de mulheres chamado “Irmãs Arteiras”. Ela está com produtos artesanais à venda, como camisetas, laços, peças de crochê, entre outros.

Alzira ficou sabendo da iniciativa por meio da Rede de Economia Solidária, da qual participa. “Eles fizeram esse convite para nós. Na verdade, a gente já estava participando de outras feiras pela Economia Solidária, mas aqui, pelas Irmãs Arteiras, é a primeira vez”, disse.

Algumas peças foram confeccionadas pela pintora para o Círio e também estão à venda. Alzira contou que está gostando bastante da experiência e que, de todas as feiras que foram reabertas após a pandemia, essa está sendo a melhor. “Não tivemos prejuízos até agora, muito pelo contrário. Nas outras feiras, a gente teve muito prejuízo”, relatou.

A pintora falou sobre o grupo “Irmãs Arteiras”, criado por uma brincadeira, mas que agora está com um projeto de acolhimento de mulheres que têm talento, mas que estão com dificuldades para ingressar no mercado de trabalho. “A gente a resgata, joga de volta para o mercado, e mostra o valor dela. Agora estamos trabalhando assim”, acrescentou.

Alzira ainda destacou que as peças de crochê já estavam confeccionadas há muito tempo, mas estava com dificuldades para vendê-las. Na Feira da Economia Solidária, o resultado está sendo diferente. “Ontem quando a gente chegou, já teve venda. Eu trouxe hoje de novo, porque já vendemos o que tinha aqui”, disse.

A pintora afirmou que, caso haja outra edição da feira, pretende participar novamente. “Eu gostei bastante, até falei para as minhas amigas, [elas] vão vir hoje de tarde. As peças que sobrarem, a gente vai fazer um saldão para não ficar acumulando”, comentou.

Rosana Melém, de 54 anos, trabalha com arte, design e confecção de bijuterias, e também está participando do evento. Todas as peças – incluindo colares e brincos – que estão à venda em sua barraca foram confeccionadas por ela mesma, que já está nesse ramo há 22 anos. A confeccionista, assim como Alzira, também conheceu a iniciativa por meio da Rede de Economia Solidária.

Rosana contou que trabalha com a confecção das bijuterias diariamente, mas afirmou que sempre há inovação. "Todo o nosso universo são criações e nem sempre se repete peça”, explicou.

É a primeira vez que Rosana participa da iniciativa. A confeccionista elogiou a organização do evento. “Realmente está sendo muito bom. A frequência está boa, tudo muito bem organizado. Eu estou gostando muito”, concluiu.

Por Isabella Cordeiro.

 

 

Cobrado a se explicar sobre os ataques dirigidos pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao sistema eletrônico de votação, o governo federal não apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) provas de fraudes nas eleições de 2014 e 2018.

Os documentos enviados ao STF foram elaborados pela Advocacia Geral da União (AGU), que defende judicialmente os interesses do Planalto, e pela Secretaria-Geral da Presidência da República a pedido do ministro Gilmar Mendes. Ele havia dado dez dias para que o governo se manifestasse em um mandado de segurança movido pela Rede Sustentabilidade para multar Bolsonaro em R$ 100 mil caso ele não apresente provas das suspeitas levantadas sobre o sistema eletrônico de votação. O partido acusa o presidente de tentar descredibilizar as urnas antevendo uma possível derrota nas eleições do ano que vem.

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Em 19 páginas, o governo se limita a argumentos de ordem técnica: diz que a Rede não tem legitimidade para propor a ação e que o partido não apontou concretamente as normas jurídicas que teriam sido violadas pelo presidente.

"A 'prova' do impetrante se dá por retórica de cunho político e a partir de ilações obtidas junto à mídia, sem, portanto, qualquer suporte documental efetivo", escreve a Secretaria-Geral da Presidência.

A AGU diz ainda que o mandado de segurança tem alcance restrito justamente para evitar, entre outros, a sua instrumentalização por partidos políticos. "Transformando-se em indesejável veículo de judicialização excessiva de questões governamentais e parlamentares", diz a manifestação.

Em outro trecho, a Secretaria-Geral da Presidência diz que não há irregularidade na 'mera possibilidade de levantar discussões sobre os aspectos que permeiam o sufrágio eleitoral'.

"Não resta qualquer dúvida que o tema de fundo é bastante atual e está longe de ser pacífico, tendo até mesmo a Justiça Eleitoral acenado para a importância e a necessidade de voto impresso e auditável, em clara e evidente busca pelo aperfeiçoamento do pleito eleitoral, de modo a diminuir, o tanto quanto possível, eventuais fraudes que o sistema eletrônico de votação possa conter e, bem assim, poder transmitir maior fiabilidade aos eleitores", segue a pasta.

A pouco mais de um ano das eleições, informações falsas sobre as urnas, ataques ao sistema eletrônico de votação, defesa do comprovante impresso do voto e ameaças ao pleito de 2022 ganharam força nas redes bolsonaristas capitaneadas por Bolsonaro. O debate acabou abrindo uma crise entre Executivo e Judiciário, depois que o Tribunal Superior Eleitoral e o Supremo Tribunal Federal abriram investigações sobre as declarações do presidente.

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