Tópicos | ato politico

Os Ministérios Públicos de São Paulo e do Distrito Federal querem impedir a presença de policiais militares nas manifestações bolsonaristas do 7 de Setembro. Eles classificam como ilegal a ida dos PMs da ativa aos atos. Na capital paulista, a promotoria do Tribunal de Justiça Militar (TJM) deu prazo de 48 horas para que a Corregedoria da Polícia Militar informasse as providências que tomou sobre o caso. O prazo acabaria à meia-noite de ontem.

Ao mesmo tempo, o Ministério Público do Distrito Federal informou entender que "a Constituição veda a participação de policiais militares da ativa em atos políticos, fardados ou não". O órgão cobra da PM distrital informações da inteligência a respeito da organização de policiais para o 7 de Setembro. Em caso de desobediência, os PMs podem responder a procedimento disciplinar e até a Inquérito Policial-Militar (IPM).

##RECOMENDA##

A maior entidade nacional de PMs decidiu ontem deixar as representações regionais livres para estimular ou não a participação nos atos a favor do presidente Jair Bolsonaro. A Associação Nacional de Entidades Representativas de Policiais Militares, Bombeiros Militares e Pensionistas Estaduais (Anermb) diz agregar organizações com 286 mil sócios da ativa e da reserva em 24 Estados.

O presidente da entidade, sargento Leonel Lucas, defendeu o direito de manifestação dos policiais, desde que desarmados e à paisana. "Quem quiser participar que vá, democraticamente e pacificamente. Os ativos, que vão desarmados e não fardados. E que todos exerçam seu poder de democracia que nós conquistamos com muita batalha."

São Paulo e Brasília serão palco dos dois mais importantes eventos do dia 7, pois contarão com a presença de Bolsonaro. Ele e seus adeptos querem defender a tese do voto impresso, já derrotada na Câmara dos Deputados, o impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e - em São Paulo - criticar o governador João Doria (PSDB), que afastou o coronel da PM Aleksander Lacerda do comando do policiamento da região de Sorocaba. Lacerda será investigado em um IPM por ter convocado os amigos para a manifestação e ter feito críticas e ofensas a ministros do STF e políticos, como o governador Doria, chamado pelo militar de "cepa indiana".

O afastamento dele, segundo o deputado federal Coronel Tadeu (PSL-SP) e o deputado estadual Major Mecca (PSL), teria servido para arregimentar mais policiais para a manifestação do dia 7, inclusive aqueles da ativa. Os dois defendem a legalidade das manifestações políticas dos PMs da ativa, desde que seja feita sem a farda e desarmados.

Ilegal. Não é o que pensa o Ministério Público paulista. "Não há hipótese de se poder comparecer, enquanto militar da ativa, do ponto de vista do regulamento em vigor. Não há margem de discussão. Mesmo sem farda e em horário de folga o PM está submetido ao regulamento disciplinar", afirmou o procurador de Justiça Pedro Falabella, que trabalha no TJM.

São dois os pontos que fariam a presença de militares da ativa nos protestos ser ilegal. Primeiro, o caráter coletivo da manifestação, ainda mais depois do afastamento do coronel. A presença dos militares da ativa e da reserva contrariaria o regimento disciplinar que veda "petições, manifestações de caráter reivindicatório, de cunho político-partidário e religioso de crítica ou apoio a ato de superior e para tratar de assunto de natureza policial".

A decisão de afastar o coronel Aleksander Lacerda foi ato do coronel Fernando Alencar, comandante-geral da PM. Portanto, a presença de PMs de forma coletiva no dia 7 constituiria uma agravo a ato do comandante e de Doria em "assunto de natureza policial". O regulamento permite explicitamente apenas manifestações políticas individuais de militares da reserva.

Foi com base nisso e no Código Penal Militar (CPM) que os promotores Marcel Del Bianco Cestaro e Giovana Ortolano Guerreiro, do TJM, fundamentaram o ofício enviado à Corregedoria da PM na quarta-feira para que o órgão informasse "se tem realizado apurações de inteligência para detectar a participação de policiais militares da ativa nos atos convocados e se tem programado ações para impedir que policiais militares se valham da condição de militar para participar de ato político-partidário, bem como se utilizem de arma de fogo da corporação nessas ocasiões". O Estadão consultou a PM com os mesmos questionamentos feitos pela promotoria e não obteve resposta. Os promotores também desconheciam o envio de resposta da Corregedoria até as 17 horas.

Para o procurador Falabella, "os parágrafos 3.º e o 4.º do artigo 8.º do Regulamento Disciplinar devem ser interpretados juntos. É absolutamente proibido a militares da ativa a participação em manifestações políticas, bem como opinar sobre assunto político e externar pensamento e conceito ideológico." Para ele, os policiais "não têm nada que participar de manifestação que seja para afrontar o STF ou apoiar o presidente da República, assim como promotores também não podem participar".

O procurador afirma ainda que se pode discutir a norma, mas não se pode descumpri-la. "Você pode discutir se o regulamento é justo ou não, mas não pode escolher se vai ou não cumpri-lo. Esse é o sentido da disciplina. Lei tem de ser cumprida. Se não, é o caos. Se você não quiser cumprir a lei, vá ao Congresso e tente mudá-la", afirmou.

A exemplo dos colegas paulistas, o Ministério Público do DF também pediu informações sobre o esquema de segurança que será empregado no dia 7. Os manifestantes bolsonaristas pretendem se concentrar na Praça dos Três Poderes. "A Promotoria Militar cumprirá com seu dever de controle externo da atividade policial militar, no feriado do 7 de Setembro, em fiscalização às atividades desenvolvidas pelo efetivo designado para a segurança pública na Praça dos Três Poderes."

De acordo com o Ministério Público do DF, "a Constituição da República proíbe a sindicalização, a greve e a filiação a partido político do militar, enquanto este estiver na ativa. Daí a interpretação de que ao militar da ativa é vedada a manifestação política, estando ele em serviço ou não, fardado ou a paisana; justamente por se tratar a polícia militar de instituição de Estado, e não órgão de governo".

IPM

 

O inquérito que a Corregedoria terá de abrir para investigar os atos do coronel Aleksander Lacerda foi requisitado pelos mesmos promotores do TJM paulista. A Corregedoria pretendia abrir uma apuração preliminar e o comando da PM julgava suficiente a transferência do oficial do Comando de Policiamento do Interior-7 (CPI-7) para o Estado-Maior Especial.

Lacerda publicou em sua conta do Facebook entre os dias 1.º e 22 de agosto 397 posts públicos e de caráter político-partidário. Ele retratou o ministro do STF Alexandre de Moraes com um bigode de Adolf Hitler. Já o ministro Luís Roberto Barroso foi caracterizado como agente da polícia política de Stalin. O coronel fez ainda propaganda eleitoral antecipada, pedindo voto em Bolsonaro em 2022 e afirmou: "Liberdade não se conquista, se toma. Dia 7/9, eu vou".

Para os promotores da Justiça Militar, o coronel pode ter infringido o artigo 166 do CPM, que trata como crime "publicar o militar ou assemelhado, sem licença, ato ou documento oficial, ou criticar publicamente ato de seu superior ou assunto atinente à disciplina militar, ou a qualquer resolução do governo". A pena para esse delito militar é de 2 meses a um ano de detenção. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O general Eduardo Pazuello e o comandante da Aeronáutica, Carlos Almeida Baptista Júnior, tiveram processos rejeitados pelo Ministério Público Militar (MPM). Os dois integrantes das Forças Armadas foram alvos de ações que apontam participação política indevida e proibida a militares da ativa.

O que chamou a atenção foi a rapidez das decisões. O procedimento contra Pazuello foi aberto no dia 26 de maio, mas arquivado já no dia 11 de junho, duas semanas depois. O caso de Baptista Júnior teve início no dia 23 de junho e foi recusado pelo MPM no dia 19 de julho.

##RECOMENDA##

As decisões foram reveladas pelo jornal Folha de S.Paulo e confirmadas pelo Estadão, por meio de consulta aos processos no site do MPM.

A falta de punição aos militares acontece em um momento em que Bolsonaro busca politizar as Forças Armadas. O general Walter Braga Netto assumiu o Ministério da Defesa após divergências do presidente com o ex-ministro Fernando Azevedo e Silva, que rejeitou tentativas de interferência. A troca na pasta foi seguida das mudanças dos comandantes do Exército, Aeronáutica e Marinha.

Como revelou o Estadão, Braga Netto enviou um interlocutor ao presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), para ameaçar não reconhecer o resultado da eleição de 2022 caso não haja voto impresso. A proposta que mudava a urna foi rejeitada duas vezes na Câmara, na comissão especial e no plenário.

O regulamento interno das Forças Armadas proíbe manifestações políticas por parte dos integrantes da ativa. "Manifestar-se, publicamente, o militar da ativa, sem que esteja autorizado, a respeito de assuntos de natureza político-partidária", consta na regra interna.

Já fora da pasta, o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello compareceu no dia 23 de maio, a um ato bolsonarista do Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro. Lá, discursou ao lado do presidente Jair Bolsonaro, o que motivou a investigação.

O deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), que foi presidente da Câmara por quase cinco anos, afirma que o País vive o risco do autoritarismo, numa situação semelhante à da Venezuela nos anos de Hugo Chávez. Ele avalia que a subserviência demonstrada pelo Exército ao presidente Jair Bolsonaro no episódio envolvendo o general Eduardo Pazuello enfraquecerá ainda mais a democracia brasileira. E acrescenta que o mercado não pode aceitar migalhas na aprovação de projetos econômicos e fechar os olhos para a escalada do autoritarismo.

"Muitos dos que defendem a democracia liberal precisam olhar essa tentativa permanente do governo de impor uma agenda autoritária ao Legislativo e ao Judiciário, de intervenção permanente nas Forças Armadas, de apoio a atos antidemocráticos. Precisamos parar de acreditar que há composição com alguém que não quer composição com as instituições democráticas", disse, em entrevista ao Estadão/Broadcast. "É preciso nos diferenciarmos e não compactuarmos com essa agenda de atraso, que quer transformar o Brasil numa autocracia em que as instituições apenas ratificam os interesses do Executivo."

##RECOMENDA##

Confira os principais trechos da entrevista.

Em que sentido o Brasil se aproxima da Venezuela chavista?

Lá, houve uma tentativa de intervenção clara no processo eleitoral, no Judiciário, nas Forças Armadas, com participação maior depois da tentativa de golpe em 2002, intervenção nas empresas de petróleo. Tudo isso acontece aqui também. Há uma organização de milícias, desconectando as polícias militares dos comandos estaduais e dos governadores. Um ataque permanente à imprensa. Tivemos uma tentativa de interferência nas pautas do Congresso em 2019 e 2020, que de forma nenhuma aceitamos. Com a eleição de candidatos apoiados pelo governo na Câmara e no Senado, vemos uma tentativa de avanço de uma agenda atrasada de flexibilizar o licenciamento ambiental, mineração em terras indígenas, homeschooling (ensino doméstico). Ataques permanentes a mim, aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), à imprensa, de testar limites. Se não tivermos uma atitude de liderança como a que teve Winston Churchill (primeiro-ministro do Reino Unido durante a Segunda Guerra Mundial), se deixarmos as coisas acontecerem como deixou a sociedade venezuelana, vamos para o mesmo caminho. Chávez fez uma mudança constitucional que abriu caminho para interferência no Judiciário e na imprensa. O Brasil está virando uma Venezuela. O que vimos ontem foi uma grave interferência nas Forças Armadas. Chega uma hora em que podemos ter que pagar um preço que o Reino Unido não pagou, pois não recuou e não aceitou um acordo com o nazismo e o fascismo. Se Churchill tivesse sido conivente com o nazismo, certamente a história da democracia liberal na Europa, nas Américas, no Ocidente, teria sido outra.

De que forma o Congresso pode reagir a essa intervenção nas Forças Armadas?

É preciso dar uma resposta clara ao que aconteceu ontem com a falta de punição a Pazuello. A aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC), que impede militares da ativa de ocupar cargos políticos no governo, seria uma demonstração clara da sociedade de que não aceita mais intervenção do presidente nas Forças Armadas e de que quem está na administração pública precisa ir para a reserva. Partidos que hoje integram a base do governo, como PSDB, DEM, MBD, PSL, precisam compreender que não se pode misturar a base governista e a base democrática. Isso poderia ter acontecido também na votação da Medida Provisória da Eletrobrás, em que deveríamos ter aprovado o texto original do governo, que não era bom, mas não tinha os jabutis das termelétricas bancadas com recursos do consumidor e com aumento tarifário. A mesma coisa no Orçamento. Era o momento de dar o recado. É preciso nos diferenciarmos e não compactuarmos com essa agenda de atraso, que quer transformar o Brasil numa autocracia em que as instituições apenas ratificam os interesses do Executivo. Falta uma compreensão do nosso campo de que não adianta achar que vai compor e ganhar tempo para que a sanha autoritária do governo não avance. Parte do STF achava que não seria alvo do bolsonarismo, assim como parte da política achou que não seria alvo da Lava Jato, e o bolsonarismo é fruto da Lava Jato. Partidos da centro-direita precisam compreender que não adianta dialogar na tentativa de evitar crise. Daqui dois meses teremos outra crise com o Supremo, Forças Armadas, imprensa.

Quem no Brasil pode fazer esse papel de liderança que Churchill teve?

Muitos no Brasil têm esse olhar, essa resistência e perseverança. Temos que cobrar dos democratas uma economia de mercado, movida pela força do setor privado, com instituições democráticas e um olhar social, como o da chanceler Angela Merkel na Alemanha. Pequenos ganhos não serão ganhos se a nossa democracia estiver em jogo, se não houver defesa das instituições democráticas e do meio ambiente. Churchill ficou isolado, quase caiu, todo o entorno de seu governo defendia um acordo com o nazismo, como se o nazismo não fosse avançar sobre o Reino Unido em seguida. Churchill fez um discurso histórico, ganhou o apoio da monarquia, recuperou o do partido e a história mudou dali para frente. Líderes autoritários podem ser vencidos e eu acho que é nisso que precisamos focar. Muitos dos que defendem a democracia liberal precisam olhar essa tentativa permanente do governo de impor uma agenda autoritária ao Legislativo e ao Judiciário, de intervenção permanente nas Forças Armadas, de apoio a atos antidemocráticos. Precisamos parar de acreditar que há composição com alguém que não quer composição com as instituições democráticas. É preciso ter coragem para falar, e eu tenho falado, sofrido ameaças, assim como a minha família, e em nenhum momento recuei como brasileiro e deputado. Se não houver imposição de um limite, Bolsonaro vai avançar, e isso tira a força da nossa democracia. Há uma grande diferença entre Bolsonaro e os políticos forjados no enfrentamento da ditadura, e infelizmente não há como compatibilizar o pensamento do governo e o dos que defendem a democracia.

Qual o papel dos partidos de centro nesse cenário?

Está na hora de o centro democrático para de defender candidaturas individuais e construir um processo democrático, por meio do se conquiste o apoio do eleitor para conseguir, de forma democrática, tirar o presidente do segundo turno. Essa seria uma enorme vitória para a democracia brasileira em 2022. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem muitos defeitos, mas nunca avançou sobre a democracia. Se temos quatro ou cinco candidatos no centro, eles precisam se unir e criar uma agenda, um fato novo, reafirmar seus valores democráticos e a defesa de uma economia liberal, de redução das desigualdades. É preciso parar de olhar projetos individuais e focar em um projeto coletivo. Temos hoje duas candidaturas, Bolsonaro e Lula, e o nosso campo não vai conseguir criar uma candidatura com chance de vitória se todos não se unirem num único campo, formado por políticos experientes e jovens, por um projeto de Brasil em que as pessoas voltem a ter esperança. De certa forma, a política tradicional é a causa da eleição de Bolsonaro em 2018, já que não conseguimos gerar esperança que milhões de brasileiros tiveram desde a redemocratização. Cabe a aqueles que defendem a democracia entenderem que o apoio ao governo em troca de emendas legítimas às suas bases apenas fortalece a agenda reacionária do governo em 2022.

Como conquistar o eleitor bolsonarista e atraí-lo para o centro?

O grande erro das eleições de 2016 nos Estados Unidos e da candidatura de Hillary Clinton foi desqualificar os eleitores de seu adversário. Nós temos responsabilidade sobre isso também. Temos que dialogar e mostrar os erros do governo. Bolsonaro é consequência, se ele conseguiu formar uma base, é porque quem comandou a democracia nos últimos anos não conseguiu gerar esperança na população e ele gerou, e em parte da população ainda gera. Se há uma base de apoio de 20% a 25% a Bolsonaro, a responsabilidade é de quem defende a democracia e não consegue mostrar que esse projeto de poder não vai garantir um País mais próspero, nem reduzir a pobreza e a desigualdade. Há muitos que votaram em Bolsonaro por exclusão, em busca de uma alternativa a Lula. Precisamos agora de uma alternativa que não seja votar em Lula para tirar o Bolsonaro. Para isso, precisamos de um projeto de redução de desigualdades, de recuperação da esperança, para aqueles que não conseguiram educação de qualidade e a ascensão econômica e social que esperavam e que por isso votaram em Bolsonaro, e que no passado votaram em Lula.

Há conivência das instituições e do mercado com o governo Bolsonaro?

A aliança de Bolsonaro com os liberais encobriu, para muitos, por muito tempo, e para alguns, até hoje, as consequências do avanço de uma agenda reacionária. Justifica-se tudo que o governo faz em troca dos ganhos que as empresas terão, quebrando os limites que a sociedade e as instituições colocam sobre o governo. Isso alimenta as tentativas do presidente de avançar nas instituições democráticas. Aprova-se uma Medida Provisória da Eletrobrás cheia de jabutis que representam uma enorme intervenção no setor e que confronta com tudo que o governo defendeu na aprovação do marco legal do gás, tudo com dinheiro público e financiado pelo consumidor. Aprova-se um Orçamento inexequível e os investidores fingem que acreditam em um acordo que deu base para uma peça construída de maneira muito equivocada. O caso da reforma administrativa vai revelar a distância entre o que defendem Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes. Não se pode aceitar os passos que o governo dá em troca de migalhas que efetivamente não vão resolver os problemas do Brasil. Não vale a pena continuar aceitando e ser conivente com as atitudes que o presidente vem tomando desde 2019 na tentativa de impor um estado autocrático, em que ele comande o País sem fiscalização e diálogo com a sociedade e o Congresso.

O senhor acha que o empresariado e o mercado estão dispostos a abrir mão da democracia em troca de crescimento econômico e ganhos financeiros?

A maioria é democrática, mas há uma franja da sociedade que influencia a economia e o mercado porque recebe migalhas e que joga um jogo perigoso. A MP da Eletrobrás é a prova mais firme disso. É preciso compreender que não cabe qualquer concessão para termos a privatização de estatais ou a aprovação de uma reforma administrativa e tributária. Não dá para ter essa agenda e ao mesmo tempo deixar o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, passar a boiada com decretos e projetos de lei. Tem uma franja que aceita uma PEC emergencial que não aprova nada de emergencial, que aceita um Orçamento com emendas bilionárias e que geram o corte de gastos obrigatórios na Previdência e o cancelamento do censo do IBGE, que aceita uma privatização da Eletrobrás com aumento de até 20% nas tarifas de energia. Não é a maioria das empresas e do mercado, no entanto. É o tipo de concessão que uma parte aceita e que gera uma herança maldita para o próximo presidente do Brasil.

O senhor acha que a relação do governo com o Congresso está pacificada?

Teremos uma crise no Congresso se os presidentes da Câmara e do Senado não cumprirem a agenda do governo, que não é a agenda da reforma administrativa e tributária, de enfrentamento dos subsídios tributários. É a agenda de poder que Bolsonaro quer impor, acredita e atende sua base, que infelizmente não respeita e não quer manter a democracia brasileira da forma como ela foi constituída.

O senhor acha que o governo pode recuperar a popularidade até as eleições de 2022?

O governo não tem mais agenda e está focado apenas no processo eleitoral, em atender e falar para suas bases e aumentar as despesas públicas para criar condições para uma tentativa de recuperação de apoio. Bolsonaro falou em aumentar o Bolsa Família, quando todos sabem que ele nunca foi um defensor do programa, mas não é isso que vai resolver a reeleição dele. Acho que o governo vai investir em mais intervenção, na contenção artificial de preços dos combustíveis pela Petrobrás, que ainda não tiveram coragem de fazer, em aumentar despesas sem se preocupar com a real mobilidade social dos brasileiros, em tentar avançar com projetos reacionários.

Como o senhor vê a defesa do governo sobre o voto impresso?

Como disse, cada concessão que se faz ao governo é um avanço antidemocrático. Eu já relatei matéria de voto impresso e sou favorável à recontagem de votos, acredito que seja um instrumento importante. Mas estamos em outro momento. Se fizermos as eleições com checagem por amostragem, Bolsonaro vai criticar. Todos precisam enfatizar a confiança na urna eletrônica, no sistema eleitoral, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A urna eletrônica elegeu Bolsonaro. Quem iria fraudar um sistema para dar vitória a quem foi roubado? Esse debate precisa ser interditado. O presidente do PDT, Carlos Lupi, precisa compreender que isso precisa ser discutido em um momento de paz e força democrática, embora seja uma bandeira histórica de Leonel Brizola. Qualquer coisa que se faça agora nesse sentido abrirá limites para o avanço autoritário ganhar mais força no Brasil.

Silêncio e constrangimento. A decisão de não punir o general Eduardo Pazuello pela quebra das regras e normas disciplinares do Exército foi recebida na tropa com sentimentos amargos. Informalmente, o efetivo se divide entre os "operacionais" e os "políticos" - sendo esses geralmente os articuladores dos interesses da Força, cabendo aos primeiros cuidar da prontidão para emprego em caso de mobilização. Na quinta-feira, depois da divulgação da opção pela blindagem de Pazuello por pressão do presidente da República, Jair Bolsonaro, poucos oficiais se dispuseram a fazer comentários.

A punição ou o arquivamento da apuração é atribuição do comandante do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira. A consulta aos outros 15 generais de quatro estrelas integrantes do Alto Comando é uma formalidade.

##RECOMENDA##

O colegiado queria uma punição, ainda que limitada a mera advertência verbal. Não funcionou. A desaprovação do presidente Jair Bolsonaro não admitiu concessões. O Exército foi enquadrado. Como disse um oficial da reserva, "Bolsonaro está bem perto de conseguir o que sempre quis, o Exército dele".

Diferentes generais da reserva que eram favoráveis à punição não quiseram comentar o caso após a decisão do comandante, por respeito à hierarquia e por ainda estarem subordinados a Paulo Sérgio.

Um dos únicos a falar, o general Paulo Chagas, combatente de cavalaria e já reformado, disse ao jornal O Estado de S. Paulo que o desfecho do caso Pazuello ameaça a disciplina e o comandante colocou sua autoridade em risco.

"Lamento a decisão. Está aberto o precedente para que a política entre nos quartéis. A disciplina está ameaçada", afirmou Chagas, que fez campanha com Bolsonaro e depois se afastou do presidente.

Os fundamentos da Força contemplam uma tropa formada por brigadas chefiadas por generais e batalhões comandados por coronéis, quase todos combatentes, líderes da tropa. Para um desses coronéis, a não punição de Pazuello por participar de um ato político "é um convite à insubordinação: nada mais impede que na campanha eleitoral de 2022 haja um 'manifesto dos sargentos' ou uma 'carta dos capitães' apoiando uma ou outra candidaturas".

De fato, seria ingênuo supor que entre os cerca de 200 mil homens e mulheres do Exército as ideias políticas sejam unanimemente conservadoras e à direita. A aparência monolítica tem sido o resultado da combinação das três virtudes militares básicas - ordem, disciplina, hierarquia - obedecidas com extremo rigor. 

O general Carlos Alberto Santos Cruz publicou, nesta sexta-feira (4), um texto em que se diz envergonhado pela decisão do Exército de não punir o general Eduardo Pazuello por ter participado de um ato político com o presidente da República, Jair Bolsonaro. Santos Cruz escreveu que o ocorrido é uma "desmoralização para todos nós" e que o presidente "procura desrespeitar, desmoralizar pessoas e enfraquecer instituições".

"Mais um movimento coerente com a conduta do Presidente da República e com seu projeto pessoal de poder", disse o militar, que foi ministro-chefe da Secretaria de Governo de Bolsonaro. "A cada dia ele avança mais um passo na erosão das instituições."

##RECOMENDA##

Santos Cruz chamou a decisão de não punir Pazuello de "subversão da ordem, da hierarquia e da disciplina no Exército, instituição que construiu seu prestígio ao longo da história com trabalho e dedicação de muitos".

O militar lembrou ainda que Bolsonaro já se referiu à instituição como "meu Exército". "O 'seu Exército' não é o Exército Brasileiro. Este é de todos os brasileiros. É da nação brasileira", escreveu ele.

O general terminou o texto pedindo que a politização das Forças Armadas seja combatida "pela raiz". "Independente de qualquer consideração, a união de todos os militares com seus comandantes continua sendo a grande arma para não deixar a política partidária, a politicagem e o populismo entrarem nos quartéis", concluiu.

[@#video#@]

Santos Cruz foi secretário nacional de Segurança Pública de Michel Temer. Ele apoiou a candidatura de Bolsonaro em 2018, e chegou a chamar o candidato opositor, Fernando Haddad (PT), de "fascista".

O general se tornou ministro-chefe da Secretaria de Governo de Bolsonaro, mas foi demitido em 2019.

Desde então, o militar assumiu uma postura crítica ao governo. Em março deste ano, ele publicou uma carta em que pedia a união do centro contra Lula e Bolsonaro. Na ocasião, escreveu que "o Brasil não merece ter que optar entre dois extremos já conhecidos, viciados e desgastados".

O ex-ministro da Defesa Raul Jungmann afirmou nesta quinta-feira (3) que o Exército capitulou diante da pressão do presidente Jair Bolsonaro ao não punir um ato de indisciplina do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, general da ativa.

Para Jungmann, a decisão do comandante do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, desonra os últimos comandantes das Forças Armadas e o ex-ministro da Defesa, general Fernando Azevedo. Em atitude inédita, Bolsonaro demitiu em março os comandantes das três forças e o então ministro da Defesa, em uma troca atribuída a cobranças por apoio ao governo - ofensiva a que a antiga cúpula militar teria resistido.

##RECOMENDA##

"A capitulação de hoje não honra os ex-comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica e do ex-ministro da Defesa, que não se dobraram ao presidente e caíram por respeito à Constituição e à democracia, com quem as Forças Aramadas permanecem", disse Jungmann, último ministro civil a chefiar a Defesa, ainda no governo Michel Temer. "Mas é hora de reagir e de unidade. Antes que seja tarde."

Em comunicado oficial, o Exército informou nesta quinta-feira que o comandante acolheu as alegações de Pazuello e entendeu que ele não cometeu transgressão disciplinar ao subir em carro de som e discursar a militantes bolsonaristas, ao lado do presidente no Rio, em 23 de maio. Pazuello alegou, com respaldo de Bolsonaro, que a manifestação não teve viés político-partidário. O comandante arquivou o caso, embora a maior parte do generalato verde-oliva tenha sugerido que Pazuello fosse punido para preservar a disciplina, ao menos com uma advertência.

Generais da ativa consultados pela reportagem afirmaram que o Alto Comando tem ciência de que a decisão não foi bem recebida e que gerou desgaste à instituição e desconforto a eles mesmos. Ponderaram, no entanto, que qualquer decisão geraria problemas e que uma eventual a punição a Pazuello representaria por tabela uma reprimenda ao presidente, por causa da presença de Bolsonaro no mesmo palanque.

Alberto Sassín, de 21 anos, aluno do quarto ano do curso de Comunicação Social, conta com orgulho que não dorme em uma cama limpa há mais de duas semanas. Ele faz parte da brigada responsável pela barreira improvisada em uma esquina da Rua Potosí que dá acesso à Praça Murillo, no centro de La Paz.

Ele tem passado as noites ali com mais uma dúzia de colegas da faculdade armados com tacos de beisebol e escudos feitos de latão para impedir que apoiadores do ex-presidente Evo Morales ocupem o centro de poder da capital boliviana.

##RECOMENDA##

Antes do dia 21, quando ficaram evidentes as suspeitas de fraude nas eleições do país andino, Alberto nunca tinha participado de um ato político. O rapaz de classe média alta admite que sofreu influência dos protestos no Chile, também liderados por jovens.

Uma das diferenças entre a crise que levou à queda do ex-presidente da Bolívia Evo Morales no domingo passado em relação às outras dezenas que sacodem o país há décadas é o protagonismo dos jovens.

Mobilizados via WhatsApp, eles se articularam para levantar dezenas de bloqueios que tornam La Paz quase intransitável, conferir as listas de votação, marcar manifestações e levantar ajuda material para manter os movimentos que levaram à renúncia de Evo.

Desde o início da crise, no dia 21, todas as universidades de La Paz tiveram as atividades paralisadas. Oito dos dez mortos em confrontos contabilizados até quinta-feira tinham até 22 anos de idade.

"A história dessas semanas poderia ser contada como uma insurreição ética que teve como protagonistas principais os jovens de classe média da Bolívia", disse o analista político Roberto Laserna. "Não se trata de desmerecer a participação em massa e decisiva de todos os setores, com papel fundamental das mulheres, mas o movimento foi iniciado por jovens de classe média e foram eles que deram a tônica dos protestos", completou.

Agora, na condição de protagonistas, os jovens bolivianos querem mudanças mais profundas na política. Em uma reação semelhante à ocorrida em várias partes do mundo, eles rejeitam os políticos tradicionais como os dois candidatos da eleição do dia 20, Evo e o também ex-presidente Carlos Mesa, da União Democrática (UD), e apostam no surgimento de uma nova opção eleitoral vinda da sociedade civil.

Neste cenário surge com força o nome do advogado Luís Fernando Camacho, de 40 anos, presidente do Comitê Cívico pró-Santa Cruz, que liderou a insurreição contra Evo manejando um discurso radical, por vezes violento, e uma bíblia na mão.

"Camacho, sim, é uma opção. Ele motivou e uniu as duas regiões da Bolívia, ocidente e oriente, que sempre estiveram muito separadas", disse Vivi Rodríguez, também estudante de Comunicação Social.

Esquerda

 

No outro polo da disputa política a bailarina e atriz Cintia Cortez, de 27 anos, moradora de El Alto, teve de correr das bombas de gás lacrimogêneo atiradas pela Polícia Nacional contra manifestantes que protestavam contra o governo da autoproclamada presidente interina, Jeanine Áñez.

Com uma wiphala (a bandeira multicolorida que representa o orgulho indígena) ela tem se manifestado ao lado de defensores de Evo desde que ele renunciou sob acusações de fraude eleitoral e pressões de manifestações populares e das Forças Armadas, mas não defende a volta do ex-presidente ao poder.

"Decidi vir para cá quando vi um vídeo dos opositores ao governo queimando a wiphala como forma de festejar a queda de Evo. Mas o que eu quero é que venha um líder novo que dê continuidade ao processo de mudança. Agradecemos a Evo, mas queremos novos líderes, não necessariamente do MAS (Movimento ao Socialismo, partido do ex-presidente)", disse Cíntia.

Entre os jovens que defendem a renovação da esquerda boliviana, o nome mais citado é o da senadora Adriana Salvarierra, que aos 30 anos já foi presidente do Senado, cargo ao qual renunciou no domingo passado, juntamente com Evo.

Segundo analistas, a renúncia do ex-presidente também pode arejar a esquerda boliviana. "Um dos efeitos dessa crise é a queda do tabu no MAS de que só Evo pode ser candidato. Nomes como Adriana e a deputada Susana Rivero surgem neste cenário", disse o cientista político Marcelo Arequipa, da Universidade Católica.

O aumento da participação dos jovens na política é visível desde que Evo decidiu desrespeitar o resultado do plebiscito realizado em fevereiro de 2016 que o proibia de disputar o quarto mandato. Em meados deste ano, também foram jovens que provocaram um incêndio na região de Chiquitania em protesto contra a política ambiental de Evo.

Para o analista Gonzalo Mendieta, a visibilidade conquistada pelos líderes civis dos protestos que derrubaram Evo nas últimas semanas já os coloca no centro do debate eleitoral. "Uma das discussões das próximas semanas é como os cívicos vão viabilizar suas candidaturas. Creio que Camacho pode ser candidato, sim. Ele ganhou muita notoriedade", afirmou.

O governo autoproclamado tem prazo constitucional de 90 dias para organizar novas eleições gerais na Bolívia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Dia Internacional da Mulher é marcado, no país, por manifestações em defesa do gênero. Nesta sexta-feira (8), no Recife, não será diferente. A data será marcada por um ato político, a partir das 14h, com concentração da Praça do Derby, área central da capital pernambucana.

Com o mote “Marielles: Livres do Machismo, do Racismo e Pela Previdência Pública", a mobilização promete ir às ruas por volta das 16h, com um trajeto que encerra na Praça da Independência, também na área central. De acordo com a organização, a manifestação é contra as medidas adotadas pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL).  

##RECOMENDA##

O ato é organizado pela Rede Nacional de Feministas Antiproibicionistas (Renfa), a Central Única dos Trabalhadores (CUT), o Fórum de Mulheres de Pernambuco (FMPE), a Rede de Mulheres Negras e a Marcha Mundial de Mulheres (MMM).

Antes da passeata, as mulheres que estiverem na concentração serão divididas em rodas de diálogos sobre onze eixos temáticos e, no percurso do ato, também estão previstas intervenções artísticas relacionadas aos assuntos discutidos.

Nesta sexta-feira (19), o Atlético Paranaense irá a julgamento no STJD por manifestação política antes das eleições. Na partida contra o América-MG, pelo Brasileirão, os jogadores do clube entraram em campo com uma camiseta amarela com o texto "#Vamos todos juntos por amor ao Brasil".

O clube é acusado pela procuradoria do STJD de infringir o terceiro parágrafo do artigo 4º, do Regulamento Geral de Competições (RGC), por ter realizado o ato sem a autorização da CBF.

##RECOMENDA##

Através das redes sociais, o presidente do Atlético-PR, Mario celso Petraglia disse que a manifestação era apartidaria. No entanto, para a procuradoria, houve intenção direta do clube em violar a regra do RGC. O apoio informal foi o motivo que fez o zagueiro Paulo André se recusar a exibir a camisa.

O Atlético Paranaense já é reincidente disciplinar, por ter recebido uma punição antes devido à ação de marketing não autorizada com o goleiro Santos, que entrou com um celular em campo.

Por Thiago Herminio

Representantes da Rede, partido da ex-ministra Marina Silva, participaram nesta quinta-feira, 28, em São Paulo, pela primeira vez de um ato político do movimento polo democrático e reformista, que tenta unir os partidos do centro em torno de uma candidatura única já no primeiro turno da eleição presidencial.

Apesar do gesto, o coordenador do programa de governo da Rede, João Paulo Capobianco, descartou a possibilidade de Marina abrir mão da disputa em nome da unidade.

##RECOMENDA##

"Marina é candidata. Esse processo é irreversível. Não viemos aqui fazer arranjos eleitorais", disse o dirigente aos jornalistas.

Ao lado de lideranças do PPS, PSD, PSDB, PV, Rede e Podemos, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse em seu discurso que é preciso "fulanizar" o debate.

O tucano evitou, porém, defender o nome do ex-governador Geraldo Alckmin, pré-candidato do PSDB à Presidência.

"Em política a ideia só vale quando se fulaniza. Na academia vários podem ser donos de uma ideia, mas na política a ideia precisa ser transubstanciada em líderes", disse FHC.

Na saída do evento, o ex-presidente foi questionado sobre qual seria o nome mais competitivo do centro para representar o grupo na eleição.

"É preciso ver não só a pessoa, mas as condições políticas que essa pessoa tem. Não adianta querer ou não, tem que acontecer. Eu tenho um candidato. Todo mundo sabe. Espero que ele seja capaz disso", afirmou.

Ainda segundo FHC, as pesquisas de intenção de voto não serão determinantes, mas apenas "um indicativo" no processo de busca de um palanque único.

Na pesquisa Ibope/CNI divulgada hoje, Alckmin apareceu com 6% no cenário sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Marina Silva recebeu 13% das intenções de voto, contra 17% de Jair Bolsonaro (PSL-RJ).

"Todos têm que admitir que podem não ter a capacidade de unir, mas precisam crer que são capazes", disse o ex-presidente, sobre a possibilidade de os adversários abrirem mão.

Na mesma linha de FHC, o presidente do PPS, Roberto Freire, disse que a "inércia tem que ser quebrada". "Existem candidatos do PSDB, Rede e Podemos, mas nenhum deles pode ser empecilho para a unidade", afirmou o dirigente.

Representando o PV, o ex-deputado Eduardo Jorge, que disputou o Palácio do Planalto em 2014, fez o discurso mais enfático. "Tem gente que pensa que, durante a campanha, a matemática está revogada. As pesquisas não mudam desde novembro e tenho convicção de que não vão mudar. Nós temos a direita com 20%, Lula com 30% e Ciro, que é força auxiliar do Lula, tem 10%. A situação é dramática. Não acredito que isso vai mudar durante a campanha."

O Partido dos Trabalhadores em Pernambuco (PT-PE) divulgou uma nota, nesta quinta-feira (11), repudiando a sátira feita pelo bloco Irresponsáveis de Água Fria ao ex-presidente Lula (PT). Durante o tradicional desfile da Quarta de Cinzas, na zona norte do Recife, a agremiação utilizou um minicarro alegórico com um homem vestindo uma máscara do ex-presidente e enjaulado. A direção petista encarou a atitude com “profunda indignação” e a classificou como um ato “agressivo” e “odioso”. 

Apesar de considerar “a alegria e a liberdade de expressão” características do carnaval pernambucano, o partido disse que não se pode fazer da festa um meio para “achincalhar a imagem pública do melhor presidente do Brasil” sem que “nenhuma ação esteja tramitando contra ele”. 

##RECOMENDA##

“Essa é uma atitude política odiosa que fere a democracia e o estado de direito, além de atacar gratuitamente os direitos fundamentais de um cidadão”, crava o texto. “Não foi apenas Lula o ofendido, mas todos os pernambucanos que, conterrâneos dele, reconhecem que foi o presidente da história brasileira que mais mudanças e transformações proporcionou para o nosso Estado e para o seu povo sofrido e injustiçado”, acrescenta.

A direção petista ainda lamenta “a evidente manipulação promovida por adversários” e o uso da “mentira como prática política”. Além disso, eles se afirmam que o pernambucano é “motivo de orgulho para os brasileiros”. “Lula merece respeito”, finaliza o documento.

Procurada pelo Portal LeiaJá, a direção do bloco afirmou que fará uma reunião nesta sexta-feira (12) para avaliar a questão e rebater a nota petista. Segundo um dos integrantes, em nenhum momento foi citado o nome do ex-presidente, mas se fez referência ao personagem de “Alibaba e os 40 ladrões”. Cerca de 400 mil pessoas participaram do desfile nessa quarta. O bloco surgiu em março de 1983 no bairro do Arruda. 

Por Elaine Ventura

Uma multidão tomou conta do centro do Recife para acompanhar a caminhada da presidente Dilma Rousseff (PT), esta terça-feira (21). O povo disputou cada centímetro do percurso que partiu do parque Treze de Maio. O ícone da militância, o ex-presidente Lula fez questão de cumprimentar quem se aproximava. O assédio era grande em torno dos petistas, pois o público presente fazia questão de registrar o momento. “Essa caminhada representa a candidatura de quem realmente vai trabalhar para o povo, pois eles vieram do povo. A gente realmente quer mudanças, mas essas transformações que foram realizadas nos últimos 12 anos”, afirmou Anicete Dias. 

##RECOMENDA##

Uma pequena confusão se formou no início da Avenida Conde da Boa Vista, em frente ao edifício Pirapama, quando um grupo que estava no prédio começou a criticar o governo do PT. Um dos militantes revidou as acusações e acabaram brigando. O estudante Mateus Lameira foi um dos envolvidos. “Apoiadores do candidato Aécio desceram e acabamos trocando tapas. Tudo isso porque eles  estavam xingando e criticando a nossa posição. Eles se sentiram agredidos com a nossa festa e partiram para a briga literalmente”, contou o jovem.

Após a última pesquisa divulgada pelo Ipespe, que aponta mais um crescimento do candidato da Frente Popular ao governo de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), parece que a campanha do senador Armando Monteiro (PTB), que também postula a vaga no Palácio do Campo das Princesas, começa a perder fôlego. Com a militância aparentemente reduzida, a caminhada do petebista no Campo do Onze, em Santo Amaro, nesta segunda-feira (22), não arrastou multidão, como era de costume. Sem a presença do candidato a vice, Paulo Rubem (PDT), e do postulante  ao Senado, João Paulo (PT), Armando percorreu ruas e vielas da comunidade.  

Era notória a insatisfação da população em relação às condições da localidade. A dona de casa Maria Anunciada fez questão de mostrar ao candidato a situação do esgoto, bem em frente a sua casa. “Na época de eleição é muita visita, promessas, mas depois ninguém faz nada. Ainda não sei em quem vou votar. Eu gostava de Eduardo (Campos), mas isso não é motivo para votar no governador dele”, afirmou a dona de casa. Segundo o candidato, tais problemas demonstram a má administração municipal. “O que se constata aqui é um problema muito sério de falta de urbanização, canais que não foram tratados e recuperados. Em suma, encontramos um quadro de abandono, pois aqui está faltando administração municipal”, declarou Armando.

##RECOMENDA##

Apesar de apresentar um cenário de indecisão política, os moradores da comunidade do Campo do Onze se mostraram bastante receptivos. De acordo com a estudante Cristiane Francisco de Araújo, ela irá votar nos postulantes da coligação Pernambuco Vai Mais Longe, mas repudia o governo Dilma. “Meu voto é em Armando e João Paulo, porque tenho esperança que eles possam mudar o Recife. Mas em Dilma não voto de jeito nenhum, nem que me paguem”, concluiu a estudante. 

Pesquisa e Reforço da oposição

As últimas pesquisas eleitorais têm apresentado crescimento do postulante da Frente Popular na disputa pelo governo do estado. Mas isso não é motivo para desanimar o candidato Armando Monteiro, que acredita que a campanha está indo muito bem. Ele também questionou a veracidade de um dos dados apresentados na pesquisa do Ipespe e ressaltou que sua campanha não utiliza pesquisa como base, mas o lastro político e receptividade do povo como referência. "Eu não discuto pesquisas, até porque ainda irão sair muitas pesquisas essa semana, onde a gente vai poder aferir os resultados. Agora há um dado estranho na pesquisa, o fato de que a redução do percentual de indecisos, comparado com a pesquisa anterior, indica que todos os indecisos migraram para Paulo. Todos... É uma coisa estranha. Então vamos aguardar com tranquilidade, a nossa campanha não se pauta em pesquisas do momento, mas nas condições políticas, no clima da campanha, que ao final é o que vai determinar o resultado”, pontuou o petebista. 

Nesta segunda-feira, a viúva do ex-governador de Pernambuco, Renata Campos, faz sua primeira aparição no guia de Paulo Câmara. O que pode reforçar o discurso e imagem do candidato, pois os pernambucanos ainda se solidarizam com o trágico acidente que vitimou Eduardo Campos. Mas Armando Monteiro preferiu não se estender sobre o assunto, apenas afirmou que não pode avaliar a estratégia utilizada pelo adversário. “Eu não posso avaliar isso. A população é quem deve avaliar o que verdadeiramente está em jogo,  do que é uma justa homenagem a família do governador, pois são coisas diferentes”, cravou Armando.

Sem apresentar detalhes, o candidato deixou escapar que sua candidatura se cercará de novidades e algumas delas já se tornarão públicas nas próximas horas.  

O primeiro ato político da Frente Popular, após o luto pela morte do ex-governador de Pernambuco e presidenciável, Eduardo Campos, ganhou as ruas do Recife. A caminhada realizada nesta quarta-feira (20) se concentrou na Praça Maciel Pinheiro, na Boa Vista, e seguiu rumo à Praça da Independência, no bairro de Santo Antônio. 

A caminhada reuniu uma multidão de militantes e admiradores de Eduardo Campos, que apadrinhava as candidaturas da coligação. A caminhada de Paulo Câmara (PSB), que disputa o governo de Pernambuco, contou com a presença de vários integrantes da base aliada. Um boneco gigante da substituta de Eduardo Campos na disputa presidencial, Marina Silva, também circulou entre os militantes. Mas a família do ex-governador do estado não participou da ação. 

##RECOMENDA##

Como era de se esperar, a imagem de Eduardo Campos se faz presente durante todo percurso e comoveu a população pernambucana. 

Com Informações de Richard Wagner

[@#galeria#@]

A coligação Pernambuco Vai Mais Longe reuniu, na tarde desta segunda-feira (14), a militância em caminhada realizada no centro do Recife. A concentração foi na Praça Maciel Pinheiro, Boa Vista, e seguiu pelas ruas do centro da cidade.

##RECOMENDA##

Ladeado pelos aliados políticos, Armando Monteiro (PTB), que disputa a vaga de governador de Pernambuco, percorreu as ruas da Imperatriz, Nova e finalizou o percurso na Praça da Independência, onde fez uma alusão entre o valor histórico da localidade e a disputa política no Estado. “A Praça da Independência tem um imenso valor para história de Pernambuco. Uma história de firmação, altivez, de um povo que sempre foi vanguarda e enfrentou a arrogância, prepotência. Estão querendo fazer com que Pernambuco perca essa identidade de Estado que nunca teve tutela e por isso não tem cabresto. Diferente de uns, nós lutamos pela democracia, desenvolvimento, pela justiça. Pernambuco precisa de um representante político que tenha consistência, para que juntos possamos conquistar a vitória”, afirmou Armando.

De acordo com o candidato a vice-governador pela chapa, Paulo Rubem (PDT), a coligação Pernambuco Vai Mais Longe tem uma série de projetos que visam à requalificação dos espaços urbanos e pretendem tirar as ideias do papel se conquistar o governo. “Em parceria com arquitetos, urbanistas e representantes do comércio, pretendemos desenvolver um projeto arquitetônico diferenciado, que visem à melhoria da infraestrutura e ordenamento do comércio das nossas cidades, tanto da Região Metropolitana quanto no interior do Estado”, ressaltou.

Aproveitando o gancho dos argumentos de Armando Monteiro, Rubem salientou que o povo é livre para fazer suas escolhas e não precisa votar seguindo imposições. “Vamos vencer essa eleição de cabeça erguida, com o apoio dos trabalhadores. Pernambuco não é curral, não é fazenda. Quem comanda Pernambuco é o povo de Pernambuco”, constatou Paulo Rubem.

Seguindo a Mesma Linha de raciocínio, a deputada estadual Teresa Leitão (PT) declarou que a coligação Pernambuco Vai Mais longe tem mais consistência política que a chapa adversária. “As nossas propostas são as melhores. O lado de lá só faz nos atacar, enquanto a gente está apresentando ao povo as nossas propostas. Armando e a coligação é o melhor para Pernambuco”, frisou.  

Em discurso, o postulante ao senado pelo PT e Deputado Federal, João Paulo ressaltou o diálogo do partido dos trabalhadores que ‘sempre’ valorizou os mais pobres e disse que deseja ser o primeiro operário a ocupar uma vaga no senado. “Nosso trabalho sempre foi unificado e pensando no bem estar da população mais carente, que viveu as margens da sociedade. Priorizamos projetos relacionados à infraestrutura, habitação, mobilidade, geração de emprego e renda, proporcionando que os menos favorecidos percebessem que tinha dignidade. Sou um homem do povo. Quero ser o primeiro operário a ser senador da república e construir um governo democrático, representando o nosso estado”, concluiu o deputado. 

 

[@#galeria#@]

No primeiro ato político como candidato à presidente da república, o senador Aécio Neves (PSDB) repudiou a concentração de recursos nas mãos da União. Além das críticas ao Governo Federal, o tucano fez um discurso de agradecimento aos correligionários que estavam presentes no evento, no município de Jaboatão dos Guararapes, nesta quarta-feira (18). Caravanas de várias comunidades da cidade foram prestigiar a presença do neto de Tancredo Neves. Durante a cerimônia o parlamentar agradeceu a presença do público e até arriscou alguns passos de xaxado, dança típica da Região Nordeste. 

##RECOMENDA##

“Apenas a União tem recurso e a consequência disso são desvios e as faltas de conexões com as necessidades essenciais da população. É um governo unitário. (...) Temos que ter coragem para dar férias prolongadas àqueles que usurparam o Brasil, aqueles que fizeram projetos exclusivamente para o poder”, disse o parlamentar.

O evento foi promovido pelo prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Elias Gomes (PSDB). Além do gestor, estiveram presentes no local o presidente estadual do partido, deputado Bruno Araújo (PSDB), e os deputados Daniel Coelho (PSDB), Terezinha Nunes (PSDB), Betinho Gomes (PSDB) e outros correligionários do partido.

“Os exemplos de coragem dessa terra mostrados em vários episódios, vão servir de inspiração na caminhada que se inicia simplesmente mostrando as teses em que acreditamos. (...) O problema não é o País, e sim no governo que está aí”, relatou.

O tucano também criticou o discurso feito nas últimas inserções do PT. “Tentaram o discurso do medo, como se o medo fosse à perda das conquistas que nós trouxeram aqui. Tentam agora o discurso do ódio. Ao medo e o ódio vamos responder com sorrisos, é isso que me move”, afirmou o parlamentar.

Apoio

Alguns tucanos discursaram em prol de Aécio Neves durante o ato político. Os deputados Bruno Araújo e Betinho Gomes pediram para a população presente conhecerem o projeto de governo do neto de Tancredo Neves.  O prefeito Elias Gomes relatou que o PT inviabilizou-se no Governo e o PSDB precisa mostrar uma alternativa para o País.

“Algo de novo está para acontecer nesse País. Este algo novo que está para acontecer no Brasil tem marca, tem história, tem DNA político. (...) Você (Aécio) tem um papel muito importante, fazendo um combate no mundo das ideias. Saberá pacificar nosso País. Saberá mobilizar as redes sociais em favor de projetos, em favor de teses”, declarou.

Em visita a três cidades pernambucanas nesta terça-feira (13), a presidente Dilma Rousseff (PT) usou um discurso voltado principalmente em enaltecer o ex-presidente Lula (PT) e pontuar as ações do Governo Federal. Se dividindo entre inaugurações, formaturas e posteriormente ato político, a petista usou o nome do pernambucano para impressionar e cativar os presentes nas cerimônias, além de detalhar o que a União vem realizando no Estado. 

Na primeira agenda presidencial, a gestora nacional foi inicialmente blindada e defendida pelo ministro das Cidades Gilberto Occhi durante inauguração da Via Mangue, na Zona Sul do Recife. Depois, ela mesma frisou a contribuição da União ao governo de Pernambuco. “O Governo Federal é atacante porque entra com o dinheiro e não pouco não”, cravou, fazendo alusão à Copa do Mundo e citou o nome de Lula. 

##RECOMENDA##

Com uma agenda apertada, o segundo compromisso da chefe do executivo foi na cidade de Camaragibe, Região Metropolitana do Recife. No local, ela fez uma visita breve ao Terminal Integrado Cosme e Damião, mas não discursou nem conversou com a imprensa.

O tom de majoritária só voltou na terceira e última agenda institucional. No Centro de Convenções em Olinda, Dilma Rousseff prestigiou a formatura de 1.300 alunos participantes dos cursos do Pronatec. Sempre rodeada de correligionários políticos como os deputados federais Fernando Ferro, Pedro Eugênio e João Paulo, todos do PT, além dos senadores Humberto Costa (PT) e Armando Monteiro (PTB), a presidente voltou a usar o nome de Lula como exemplo de vida. 

“Nós sabemos que temos um pernambucano ilustre, muito ilustre que o primeiro diploma que teve foi de torneiro mecânico e o segundo foi de presidente da República (aplausos). Vocês são da tradição de Lula e isso e muito importante porque o Brasil tem muitos poucos técnicos. Nós só vamos ser uma nação desenvolvida se tiver milhares e milhões feito vocês”, ressaltou a presidente aos formandos. 

Também nesta agenda, Rousseff foi enaltecida por outro representante do Governo Federal, desta vez, o ministro da Educação, Henrique Paim. “Estamos vivendo um momento muito importante. A senhora é a presidente que mais criou oportunidade no Brasil. Estamos fazendo que os jovens brasileiros tenham outra realidade e isso se deve pelas oportunidades que estão sendo dadas no País”, destacou. 

Já Dilma, usando a mesma linha do ministro, também frisou a importância da qualificação com o intuito de ‘encher sua própria bola’. “1.300 formandos. Jovens, mulheres e adultos que se dedicaram e abriram mão, muitas vezes, de buscar uma formação profissional, técnica ou capacitação, e eu quero dizer aqui que o esforço de vocês foi hoje premiado por esse plano que vocês receberam e me deram muito orgulho. Por isso, que eu venho como presidente da República presidir essa formatura. Primeiro porque é algo que vocês conquistaram e eu estou aqui por que nós fizemos uma parceria importante entre o governo estadual e vocês. Nós construímos a oportunidade e vocês usaram a oportunidade para se formar”, discursou a presidente. 

Depois de reforçar a relevância da oferta de qualificação profissional que o curso oferece, a presidente falou em crescimento. “Nós sabemos que o Brasil precisa oferecer cursos. Se estamos querendo que todos cresçam, todos tem que ter a mesma oportunidade. Nós não abrimos as portas, nós as escancaramos”, cravou a petista. 

Ato político – A última atividade que a presidente participará nesta sexta-feira (13) no Recife é uma plenária política em declaração de apoio aos pré-candidatos ao Governo Federal, Armando Monteiro e ao Senado, João Paulo (PT). O evento ocorre num ambiente fechado devido às restrições da Justiça Eleitoral e prevê a participação em massa de políticos aliados a petista, além do ex-presidente Lula (PT). 

 

O primeiro encontro político em Pernambuco com a presença do ex-presidente Lula (PT) e da atual gestora da nação, Dilma Rousseff (PT) poderá ser acompanhado através da internet. O ato ocorrerá nesta sexta-feira (13), a partir das 19h, na Blue Angel Recepções, no bairro da Madalena e será transmitido ao vivo através do Facebook do senador Armando Monteiro e também em um hotsite. 

A plenária contará com a participação pré-candidato ao Governo do Estado Armando Monteiro (PTB) e do futuro postulantes e deputado federal João Paulo (PT). O encontro fecha a agenda pública de Dilma e Lula no Estado, após a inauguração da Via Mangue, do Terminal Integrado Cosme e Damião e da formatura de alunos do Pronatec.

##RECOMENDA##

Para quem quiser acompanhar o evento da noite, as imagens estarão disponíveis a partir das 19h. 

 

Um dos líderes do PT e ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva garantiu em entrevista a um jornal local fazer o possível para eleger o correligionário ao Governo do Estado, senador Armando Monteiro (PTB). O petista cumprirá agenda política nesta sexta-feira (13) no Recife para abençoar a chapa composta pelo parlamentar e o deputado federal João Paulo (PT). Ao lado da presidente Dilma, os dois políticos pretendem dar um gás reforçado a campanha no Estado. 

“Eu vou fazer o que for possível para eleger esses companheiros em Pernambuco”, prometeu o ex-presidente durante entrevista a um jornal. “Armando sabe que ainda é necessário fazer muito para que o povo de Pernambuco avance ainda mais do que já avançou”, alfinetou Lula, ex-aliado do ex-governador Eduardo Campos (PSB).

##RECOMENDA##

O ex-chefe do executivo também enalteceu João Paulo e desejou ver ambos os políticos à frente das vagas pleiteadas neste ano. “Eu tenho certeza de que o Armando Monteiro será capaz de fazer muito por Pernambuco, assim como será um grande ganho para o Brasil e para a presidenta Dilma ter no Congresso um senador com a experiência e a competência do João Paulo”, desejou. 

Ato político – A agenda de Lula e Dilma para oficialização de apoio a Armando e João Paulo ocorrerá na noite desta sexta, às 19h, na Casa de Eventos Blue Angel, no bairro da Madalena. 

Com o intuito de levar uma carga de peso político aos correligionários e pré-candidatos estaduais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participará nesta sexta-feira (13), de dois atos políticos em duas capitais do Nordeste. O petista estará em Teresina às 14h30 para apoiar a pré-candidatura ao Senado de Elmano Férrer do PTB – e a do pré-candidato a governador no Piauí, Wellington Dias (PT) e à noite, por volta das 18h, ele estará no Recife para dar a “benção” aos futuros candidatos ao Governo do Estado, Armando Monteiro (PTB) e ao Senado, João Paulo (PT) além de reforçar a reeleição de Dilma Rousseff (PT) na Casa de Eventos Blue Angel, na Madalena. 

A expectativa é que seja feita um grande ato político na capital pernambucana principalmente pelo embate político com o pré-candidato Paulo Câmara (PSB) afilhado político do ex-governador Eduardo Campos (PSB). Desde as eleições de 2012 que a vinda de Lula era esperada no seu Estado natal, mas como de lá para cá o cenário de ruptura com o PSB se concretizou de vez com a pré-candidatura de Campos, o ex-presidente preferiu marcar presença. 

##RECOMENDA##

O encontro reunirá a massa petista pernambucana como senador, deputados federais e estaduais, prefeitos e vereadores além da presidente Dilma. Também são presenças certas no evento os líderes do PTB para reforçar a aliança política no Estado. Ao término da plenária, possivelmente Lula participe ao lado da chefe do executivo nacional, de um jantar na casa de Armando Monteiro.

No encontro da cúpula petista e petebista também é previsto uma conversa afiada para definir o nome do vice de Armando Monteiro. A tendência é que o deputado federal Paulo Rubem (PDT) faça parte da composição da coligação. 

 

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando