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O senador Marcio Bittar (MDB-AC), relator da Lei Orçamentária Anual de 2021, vai deixar para a semana que vem a definição sobre qual será a fonte de financiamento do Renda Cidadã, o principal entrave para que a proposta que cria o programa comece a tramitar no Congresso. A ideia é que o programa social substitua o Bolsa Família e supra a lacuna que será deixada pelo fim do auxílio emergencial, que será pago até 31 de dezembro. Além de reunir benefícios que já existem, o governo pretende ampliar o valor mensal pago às famílias.

Diante do impasse sobre como o programa poderia ser financiado, Bittar acredita que é melhor anunciar algo quando o consenso for construído, o que espera nos próximos dias. Ainda na avaliação do senador, a retomada de conversas entre o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e o ministro da Economia, Paulo Guedes, deve facilitar um acordo. 

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Depois de trocarem farpas, Maia e Guedes selaram a paz na segunda-feira (5) em um jantar na casa do ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Bruno Dantas.

Por enquanto, o senador garante que a verba do programa não ultrapassará o teto de gastos, regra criada em 2016 para segurar as despesas públicas e que limita os gastos do governo à reposição da inflação. Além da PEC Emergencial, que cria gatilhos para controlar os gastos públicos, Bittar é o relator do projeto da Lei Orçamentária Anual de 2021 e da proposta de Emenda à Constituição do Pacto Federativo.

Histórico

Durante as discussões da criação do programa, algumas ideias para viabilizar o Renda Cidadã elevaram a temperatura entre os parlamentares e acabaram sendo descartadas. Nessa lista estão, por exemplo, a utilização de verba do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) e de recursos destinados ao pagamento de precatórios.

O Tribunal de Justiça do Rio escolheu, nesta segunda-feira (28), os cinco desembargadores que vão compor o tribunal misto com a Assembleia Legislativa (Alerj) para julgar o impeachment do governador afastado Wilson Witzel (PSC). A nomeação se deu por meio de sorteio. O Legislativo, por sua vez, vai eleger nesta terça os seus cinco representantes. Para o mandatário ser cassado, são necessários sete dos dez votos.

Witzel é acusado de atos de corrupção no governo, inclusive durante a pandemia. Ele já foi alvo de denúncias do Ministério Público Federal (MPF) e passou por afastamento temporário via Superior Tribunal de Justiça (STJ), antes de também ser afastado pela Alerj. O governador não teve nenhum voto favorável nas três votações que a Assembleia fez no âmbito do impeachment: perdeu de 69 a 0 quando o processo foi aberto, 24 a 0 na comissão especial e novamente 69 a 0 na semana passada, quando a Casa encaminhou o afastamento e convocou o TJ.

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É por isso que, para tentar se salvar, o ex-juiz Witzel precisa mirar nos magistrados - e conquistar, no mínimo, quatro deles. É quase impossível que algum deputado mude de ideia e passe a ficar ao lado do governador, visto como "tóxico" pela classe política. Os desembargadores sorteados nesta segunda foram: Teresa de Andrade Castro Neves, José Carlos Maldonado de Carvalho. Maria da Glória Bandeira de Mello, Fernando Foch e Inês da Trindade Chaves de Melo.

Uma vez formado, o tribunal misto vai acolher o projeto de resolução aprovado na Alerj e oficializar o afastamento. Com isso, os dez integrantes terão até 180 dias para concluir o processo e decidir se Witzel perde o mandato e tem os direitos políticos cassados. A acusação é por crime de responsabilidade.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nessa quinta-feira (3), em sua live semanal nas redes sociais, que decidirá pessoalmente sobre os parâmetros para adoção da tecnologia 5G no Brasil. A previsão atual é que o leilão de licenças do padrão 5G seja realizado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) no primeiro semestre de 2021. 

"Nós somos uma potência. Nós temos que ter um sistema de inteligência robusto para poder trabalhar ali na frente”, disse. “Vou deixar bem claro: quem vai decidir sobre o 5G sou eu. Não é terceiro, ninguém dando palpite por aí não”, reforçou.

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A tecnologia 5G, em sua máxima potência, deverá oferecer altíssimas velocidades de internet no Brasil – até 20 vezes maiores que no 4G, além de maior confiabilidade e disponibilidade. O padrão 5G também terá capacidade para conectar massivamente um número significativo de aparelhos ao mesmo tempo.

Reforma administrativa

Durante a live, o presidente abordou ainda o envio, pelo governo, da proposta de emenda constitucional (PEC) da reforma administrativa, que prevê a criação de novos regimes de contratação no serviço público e maior tempo para efetivação no cargo. Segundo o governo, as regras só valerão para futuros servidores públicos. 

"O quadro de servidores encheu muito no Brasil. Alguns prefeitos, no passado, mais que dobravam o efetivo de servidores. E a conta é alta para pagar. O que mais pesa pra nós é a Previdência e o servidor, aí incluindo o servidor civil e os militares da União. É enorme", afirmou Bolsonaro.

O presidente destacou que caberá ao Parlamento analisar a proposta, que poderá sofrer modificações.

“Não se aplica aos atuais servidores. Ponto final. É daqui pra frente. E não vou entrar em detalhes. O Congresso vai analisar, vai alterar, vai estender para os outros poderes, talvez. Na parte do Executivo, está sendo feita a reforma administrativa. Algumas carreiras típicas de Estado vão continuar sendo –polícia federal, polícia rodoviária, AGU [Advocacia-Geral da União], diplomatas". 

Operações da PF

O ministro da Justiça, André Mendonça, que participou da live ao lado do presidente, comentou sobre as diversas operações da Polícia Federal que investigam desvio de recursos destinados ao combate à pandemia de Covid-19. As irregularidades apontadas vão desde a compra de respiradores até a construção de hospitais de campanha.   

"A Polícia Federal tem total independência. Ela atua junto com o Ministério Público. Essas operações são autorizadas pelo Judiciário”, disse. “E o que nós podemos dizer para a nossa sociedade e para nosso povo é que não temos compromisso com o ilícito. A Polícia Federal não vai compactuar com conduta ilícitas”, afirmou Mendonça.

A live dessa semana foi transmitida de Eldorado (SP), cidade do Vale do Ribeira, onde o presidente cumpriu agenda oficial durante o dia. 

O Governo do Estado de São Paulo divulgou, na edição do Diário Oficial desta terça-feira, 1º, as diretrizes para o retorno às aulas na rede pública e privada de ensino. O retorno, a partir do dia 8 de setembro, será permitido apenas para atividades não curriculares, em cidades que estejam há pelo menos 28 dias na fase amarela do Plano São Paulo (programa estadual de flexibilização da quarentena). A determinação é priorizar os 1º, 2º, 5º e 9º anos do ensino fundamental e o 3º do médio.

Além dos alunos inscritos nestas séries, os estudantes sem acesso a computadores ou conexão de internet para realização das atividades escolares não presenciais ou aqueles que, embora tenham acesso a atividades escolares não presenciais, apresentam dificuldades de aprendizagem, sinais de distúrbios emocionais relacionados ao isolamento social, conforme informado pelos responsáveis, também terão prioridade. A publicação da resolução com as regras foi antecipada pelo jornal Folha de S.Paulo.

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Dentre as atividades presenciais que podem ser ofertadas nesta primeira etapa do retorno são: atividades de reforço e recuperação da aprendizagem; acolhimento emocional; orientação de estudos e tutoria pedagógica; plantão de dúvidas; avaliação diagnóstica e formativa; atividades esportivas e culturais; utilização da infraestrutura de tecnologia da informação da escola para estudo e acompanhamento das atividades escolares não presenciais.

Neste momento, a participação dos estudantes não será obrigatória e aqueles que fazem parte do grupo de risco não deverão comparecer às aulas presenciais. De acordo com a portaria, as instituições da rede estadual poderão receber até 20% dos alunos matriculados a cada dia, independentemente da etapa de ensino, e a primeira semana de atividades presenciais será destinada, preferencialmente, a ações de acolhimento aos estudantes e profissionais da educação.

Os partidos que compõem a oposição no Recife podem definir, até o fim de semana, quem será o líder da chapa majoritária para a disputa pelo comando da gestão da capital em novembro. Nessa quarta-feira (26), líderes do grupo - o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB), o deputado federal Daniel Coelho (Cidadania), o ex-senador Armando Monteiro (PTB) e o ex-ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM) - se reuniram em Brasília para tentar alinhar as tratativas. 

Segundo Fernando Bezerra Coelho, o diálogo entre eles avançou durante o encontro e tanto Daniel Coelho quanto Mendonça Filho, que colocaram seus nomes para a disputa, estão dispostos a formar um palanque único. "Acredito que a que oposição poderá se pronunciar de forma unida até sábado", declarou à Folha de Pernambuco. 

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O mesmo sentimento de alinhamento também foi exposto por Armando Monteiro. "Nós estamos conversando intensamente com todos os companheiros desse grupo. Embora o processo tenha se alongado, temos que esgotar as conversas de forma a construir esse entendimento", observou.

Ao LeiaJá, Daniel Coelho, assim como Mendonça, já afirmou o desejo de unidade. “Se não tiver unidade, corre-se o risco de ter um segundo turno com o PT e o PSB, que garantiria para o PSB à reeleição. Esse é o cenário que já foi visto em 2016 (quando Geraldo Júlio venceu João Paulo nas urnas) e a gente sabe que tende a repetir o resultado (levando em consideração esse cenário). O desejo de mudança das pessoas ele não é um desejo para o retorno que uma coisa que nem o Recife, nem o Brasil quer mais, que é o PT governando”, observou o deputado.

Do grupo de partidos, o Podemos já bateu o martelo e definiu que vai concorrer com a delegada Patrícia Domingos, mas PTB, DEM, PL, Cidadania, PSC e PSDB ainda não oficializaram como vão disputar o pleito. No outro campo opositor ao PSB, o da esquerda, o PT já fechou o nome de Marília Arraes e o PDT também deve definir na próxima semana se vai ter candidatura própria ou estará no palanque da Frente Popular.

Estados, municípios e o Distrito Federal já podem repassar aos estudantes das redes públicas de ensino os alimentos adquiridos com os recursos do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), autarquia vinculada ao Ministério da Educação (MEC), definiu as regras para a distribuição dos kits neste período de suspensão de aulas devido à pandemia do novo coronavírus.

A Resolução nº 2/2020 do MEC foi publicada nesta segunda-feira (13) no Diário Oficial da União. De acordo com a autarquia, o Pnae atende, diariamente, mais de 40 milhões de estudantes das redes públicas. “E muitos deles fazem a principal refeição do dia nas unidades de ensino. Precisamos então garantir, neste período de recolhimento e isolamento social, alimentação adequada a esses alunos”, explicou a presidente do FNDE, Karine Santos, em nota.

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Os alimentos devem ser distribuídos em forma de kits, definidos pela equipe de nutrição local, de acordo com a faixa etária de cada estudante e o período em que estaria sendo atendido na unidade escolar. Os kits devem seguir as determinações do Pnae quanto à qualidade nutricional, sanitária e respeitar hábitos alimentares e cultura local.

Para resguardar a saúde dos estudantes, o FNDE orienta estados e municípios a fazerem a entrega dos kits de alimentos nas residências dos beneficiários. Caso não seja possível, deverá ser agendada a entrega na escola ou em outro local público de forma a evitar aglomerações.

A resolução do FNDE também traz orientações sobre as compras da agricultura familiar neste período. As chamadas públicas, por exemplo, poderão ser feitas de forma remota. Além disso, toda a documentação para habilitação, os projetos de venda e contratos podem ser enviados em formato digital.

O FNDE, em parceria com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, preparou uma cartilha com orientações para a execução do Pnae durante a situação de emergência decorrente da covid-19.

Em meio a um cenário polarizado, mais da metade dos partidos políticos brasileiros se diz de centro, enquanto apenas um - o PSL, até pouco tempo atrás a legenda do presidente Jair Bolsonaro - se considera de direita e sete se colocam como de esquerda. É o que aponta levantamento feito pelo Estado com os 33 partidos registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A reportagem questionou as siglas como elas se autodefinem em relação à orientação ideológica. "O PSL é um partido liberal, de direita", informou a legenda. Partido hegemônico na esquerda do País há pelo menos 30 anos, o PT saiu de sua última convenção nacional, realizada em novembro, como uma agremiação "de esquerda democrática e libertária".

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Já outros partidos deram respostas "curiosas" quando questionados sobre qual orientação ideológica seguem. O Solidariedade, por exemplo, se declara uma sigla que segue os preceitos do "humanismo sistêmico", enquanto a Rede se enxerga como um partido "sustentabilista progressista".

O levantamento mostra que, diante da narrativa de polarização que coloca, de um lado, parte da direita aglutinada em torno do bolsonarismo e, do outro lado, a esquerda tendo como núcleo o petismo representado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os partidos buscam se afastar dos extremos se colocando, de alguma forma, no centro do espectro político.

Dez partidos se declaram puramente como de centro: PMB, MDB, PL, PSD, PTC, DC, PROS, Avante, Patriota e Podemos. De centro-direita são PTB, Progressistas, PSC, PRTB e Republicanos. Já PDT, PSB, Cidadania, PV e PMN se encontram na centro-esquerda, segundo eles mesmos.

O centrismo traz variações de acordo com as classificações dadas pelos partidos que o representam. "Acreditamos que o centro seja o melhor ponto para que a gente possa aproveitar o que há de bom na esquerda, da extrema esquerda, da direita e da extrema direita", afirmou o Patriota. Já o Podemos afirma ter três pilares ideológicos: "Mais transparência, mais participação e mais democracia direta".

Para o cientista político da FGV, Cláudio Couto, a autodenominação de centro é uma tentativa retórica dos partidos se mostrarem mais moderados.

"Alguns que se definem como centro são claramente partidos de direita, o que não quer dizer que seja uma direita radical. Já o PSL a gente não sabe o que é, ainda mais depois dessas confusões que ele se meteu, mas se a gente for tomar pelo bolsonarismo ele seria uma extrema-direita, não um direita moderada", afirmou Couto.

Embora não caracterize necessariamente uma orientação ideológica, o termo liberal aparece com frequência nas definições dadas pelas siglas: nove partidos citam a palavra na hora de descrever seu posicionamento. O PSL se considera "liberal de direita"; o PRTB é "liberal-conservador", e "liberal de centro" é como se considera o PL. O PSDB afirma ser adepto do "liberalismo social" e o DEM, uma agremiação "democrata liberal". Três partidos se dizem "liberal na economia": PTB, PSC e Republicanos. A única legenda que se diz puramente liberal, sem maiores ponderações, é o Novo.

"(Ser liberal) É entender que o cidadão deve ser o protagonista, e não o Estado. O subproduto dessa crença é entender que a gente tem que ter um Estado mais enxuto, menos privilégios e mordomias na área pública", disse o presidente nacional do Novo, João Amoedo.

Ao todo, sete partidos se consideram de esquerda: PCdoB, PCB, PSOL, PCO, PSTU, PT e a recém-criada Unidade Popular (UP). Última sigla a conseguir o registro junto ao TSE, a UP se classifica como um partido que "deve ter no centro de suas ações as lutas populares e não a conciliação". "Somos um partido de esquerda. Que surgiu a partir do esgotamento de quase todos os partidos de esquerda e da direita também, que ficou bem nítido a partir das manifestações de junho de 2013", afirmou o presidente nacional da UP, Leonardo Péricles Roque.

Há diferenças entre as legendas que se dizem de esquerda: o PCdoB "orienta-se pela teoria marxista-leninista, a qual buscamos desenvolver e aplicar, de maneira original, na realidade brasileira"; o PCB se considera comunista; o PSOL, socialista. Outras siglas ligadas ao campo da esquerda preferem se colocar como "centro-esquerda", embora também marquem diferenças entre si. O PDT se apega à própria história e afirma ter "raízes no trabalhismo histórico de Vargas".

Ao menos duas classificações enviadas à reportagem fugiram das concepções mais usuais quando se discute orientação ideológica. O Solidariedade, cujo presidente nacional é o líder da Força Sindical e deputado federal, Paulinho da Força, afirmou ser adepto do "humanismo sistêmico". "O humanismo sistêmico nada mais é que a compreensão do Humanismo na contemporaneidade", informou o partido, citando três pilares que dizem sustentar conceitualmente sua agenda: a cooperação e a solidariedade como princípios básicos e estruturantes de todas as relações sociais; a valorização do trabalho humano, e o desenvolvimento econômico, humano e social sustentável.

A Rede usou uma concepção pós-moderna para conceituar seu "sustentabilismo progressista". "A visão binária de esquerda/direita, hermeneuticamente potente e importante para as sociedades ocidentais do século 18, não responde mais a todas as descobertas, transformações e metáforas políticas que presentemente fazem parte da nossa cultura social", disse o partido.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) assinou nesta segunda-feira, 11, medida provisória que extingue o Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre (DPVAT), conhecido como "seguro obrigatório", usado para indenizar vítimas de acidentes de trânsito no País. Mas você sabe o que é o DPVAT e como ele funciona?

Veja abaixo perguntas e respostas sobre o DPVAT e tire suas dúvidas:

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O que é DPVAT?

Criado em 1974, o Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre (DPVAT), mais conhecido como "seguro obrigatório", é um seguro de caráter social que indeniza vítimas de acidentes de trânsito em todo o território brasileiro, independentemente de quem for culpado.

Como funciona o DPVAT?

A indenização é paga em casos de morte, invalidez permanente total ou parcial e para o reembolso de despesas de assistência médica e suplementares (DAMS) por danos físicos causados por acidentes com veículos automotores de via terrestre ou por suas cargas. São considerados os acidentes de trânsito que envolvem carros, motos, caminhões, caminhonetes, ônibus e tratos - veículos sujeitos ao licenciamento do Departamento Estadual de Trânsito (Detran).

O que o DPVAT não cobre?

Acidentes sem vítimas;

Danos pessoais que não sejam causados por veículos automotores de via terrestre, ou por sua carga;

Multas e fianças impostas ao condutor;

Acidentes fora do território nacional;

Acidentes com veículos estrangeiros em circulação pelo Brasil.

Quem tem o direito à indenização do DPVAT?

Quaisquer vítimas de acidente de trânsito, sejam elas motoristas, passageiros ou pedestres, podem ser contempladas com o DPVAT. Estrangeiros também podem receber o seguro. O motorista, porém, deixa de ter o direito à indenização em um acidente de trânsito caso esteja inadimplente e seja o condutor do veículo no momento do sinistro.

Nos casos de morte, os herdeiros legais da vítima recebem a indenização.

Quais são os valores das indenizações do DPVAT?

R$ 13.500 nos casos de morte;

Até R$ 13.500 nos casos de invalidez permanente, variando conforme a intensidade e a repercussão da lesão no corpo da vítima;

Até R$ 2.700 de reembolso de despesas médicas e hospitalares, considerando os valores gastos pela vítima em seu tratamento.

Quais são as categorias de veículos cobertas pelo DPVAT?

Categoria 1 - automóveis particulares;

Categoria 2 - táxis e carros de aluguel e aprendizagem;

Categoria 3 - ônibus, micro-ônibus e lotação com cobrança de frete (urbanos, interurbanos, rurais e interestaduais);

Categoria 4 - micro-ônibus com cobrança de frete, mas com lotação de até 10 passageiros, ônibus, micro-ônibus e lotações sem cobrança de frete (urbanos, interurbanos, rurais e interestaduais);

Categoria 8 - ciclomotores;

Categoria 9 - motocicletas, motonetas e similares;

Categoria 10 - caminhões, caminhonetas tipo picape de até 1.500 kg de carga, máquinas de terraplanagem e equipamentos móveis em geral (quando licenciados) e outros veículos.

Como acionar o DPVAT?

Para dar entrada no pedido de indenização, a vítima de acidente de trânsito (ou o herdeiro legal dela no caso de morte) deve se dirigir a um dos mais de 8 mil pontos de atendimento autorizados listados no site da Seguradora Líder, responsável por administrar o Seguro DPVAT em todo o País. Todo o trâmite do processo é gratuito. Não é necessário contratar despachantes ou advogados.

Para a solicitação, a vítima deve apresentar um documento de identidade e o boletim de ocorrência do acidente. Os demais documentos necessários dependem da cobertura pleiteada e podem ser conferidos no site da seguradora.

Qual é o valor do Seguro DPVAT 2019?

Os pagamentos dos prêmios do seguro estão condicionados à categoria em que cada veículo se enquadra. Existem sete categorias, e o valor do prêmio varia entre R$ 16,21 e R$ 84,58. Veja abaixo:

Categoria 1 - automóveis particulares: R$ 16,21

Categoria 2 - táxis, carros de aluguel e aprendizagem: R$ 16,21

Categoria 3 - ônibus, micro-ônibus e lotação com cobrança de frete (urbanos, interurbanos, rurais e interestaduais): R$37,90

Categoria 4 - micro-ônibus com cobrança de frete, mas com lotação de até 10 passageiros, ônibus, micro-ônibus e lotações sem cobrança de frete (urbanos, interurbanos, rurais e interestaduais): R$ 25,08

Categoria 8 - ciclomotores: R$ 19,65

Categoria 9 - motocicletas, motonetas e similares: R$ 84,58

Categoria 10 - caminhões, caminhonetas tipo picape de até 1.500 kg de carga, máquinas de terraplanagem e equipamentos móveis em geral (quando licenciados) e outros veículos: R$ 16,77

Reboque e semirreboque: isento. O seguro deve ser pago pelo veículo tracionador.

Quando o Seguro DPVAT vai acabar?

O presidente Jair Bolsonaro assinou nesta segunda medida provisória (MP) que extingue, a partir de 1º de janeiro de 2020, o Seguro DPVAT. Pela proposta, os acidentes ocorridos até 31 de dezembro de 2019 continuam cobertos pela indenização.

Por que o Seguro DPVAT vai acabar?

De acordo com o governo, a extinção do DPVAT tem como objetivo evitar fraudes e amenizar os custos de supervisão e de regulação do seguro por parte do setor público, atendendo a uma recomendação do Tribunal de Contas da União (TCU).

A Superintendência de Seguros Privados (Susep) apontou que a decisão se deu após os dados apontarem baixa eficiência do DPVAT. Apenas a fiscalização da seguradora consome em torno de 19% do orçamento para esse fim da Susep. A operação do DPVAT, no entanto, representa apenas 1,9% da receita do mercado supervisionado.

O presidente Jair Bolsonaro vai mesmo sair do PSL e pretende patrocinar a criação de um novo partido, que deve ser batizado como "Aliança pelo Brasil". Após mais de um mês de confronto com a cúpula do PSL, Bolsonaro convocou uma reunião para esta terça-feira (12), no Palácio do Planalto, com um grupo de deputados da legenda, com o intuito de traçar os próximos passos políticos. Dos 53 deputados do PSL, ao menos 27 prometem acompanhar o presidente, mas a equipe jurídica estuda alternativas para que eles não percam o mandato.

O pedido de criação de um partido precisa ser protocolado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com ao menos 419,9 mil assinaturas em nove Estados. Para que a nova sigla possa participar das disputas municipais do ano que vem, por exemplo, todos os trâmites devem estar cumpridos até março, seis meses antes das eleições.

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Nos bastidores, governistas admitem que a corrida de 2020 é o primeiro teste para o projeto de poder de Bolsonaro, que almeja o segundo mandato, principalmente no momento em que o embate com o PT ganhou corpo com o retorno do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à cena política.

O Planalto corre contra o tempo para a montagem de um novo partido que possa abrigar os bolsonaristas e, por isso, advogados estudam até mesmo a criação de um aplicativo para coletar assinaturas de forma digital, uma modalidade que precisa do aval do TSE. "Não está nada certo ainda. Para depois vocês não falarem que recuei", disse Bolsonaro à noite, ao chegar no Palácio do Alvorada, quando perguntado se o partido que pretende tirar do papel se chamará "Aliança pelo Brasil". "Tenho de tomar conhecimento do que está acontecendo amanhã (hoje), para poder informar."

Em mensagem enviada ontem a deputados aliados no grupo intitulado "Time Bolsonaro", o presidente marcou o encontro para as 16 horas, mas não especificou o assunto. "Não é uma ditadura, não. Quem quiser ficar no PSL, à vontade. A gente vai bater um papo com a maioria da bancada para ver como vai ficar essa situação", afirmou o deputado Eduardo Bolsonaro (SP), líder da bancada do PSL e filho do presidente. "Se ele for para a lua, eu vou com ele."

Eduardo é um dos 18 deputados do PSL que enfrentam processo interno disciplinar, além de ter sido levado pela oposição ao Conselho de Ética após defender a edição de "um novo AI-5" no País, caso haja uma radicalização da esquerda. No PSL, porém, ele é acusado pelo grupo ligado ao presidente do partido, deputado Luciano Bivar (PE), de agir para denegrir a imagem da sigla.

Bolsonaro deve ficar sem partido até que esteja tudo arrumado para a nova filiação. Desde o início de sua trajetória política, o presidente já passou por nove partidos, incluindo o PSL, pelo qual disputou a Presidência. Mas o divórcio, desta vez, é litigioso e enfrenta vários percalços. Um deles é que parlamentares bolsonaristas ávidos por deixar a legenda correm o risco de perder o mandato se não esperarem a chamada "janela partidária" - período permitido para o troca-troca de partidos, de seis meses antes da eleição.

Para que isso não ocorra, eles devem migrar para uma legenda em formação - caso da "Aliança pelo Brasil". Além disso, podem alegar "justa causa", hipótese também avaliada por advogados de Bolsonaro que auxiliam deputados do PSL.

Na disputa interna, o presidente cobrou a abertura da "caixa preta" do PSL e depois pediu à Procuradoria-Geral da República (PGR) o bloqueio do Fundo Partidário da sigla, além do afastamento de Bivar, sob alegação de haver "indícios de ilegalidade" na movimentação dos recursos. "O partido não pode ter dono. Isso precisa acabar", disse o líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo (GO), em referência a Bivar.

Na prática, a queda de braço entre o grupo de Bivar e de Bolsonaro envolve dinheiro. O PSL, que era nanico, se tornou uma superpotência após eleger 52 deputados - ganhou mais um nome depois - em 2018, na onda do bolsonarismo. Apenas neste ano deve receber R$ 110 milhões de Fundo Partidário. Até 2022, ano de sucessão no Planalto, a cifra pode ultrapassar R$ 1 bilhão em recursos públicos, se for computado nesse cálculo o fundo eleitoral.

Antes de falar em ‘Aliança pelo Brasil’, Bolsonaro sondou várias opções como destino político. Chegou até mesmo a enviar emissários para conversar com o deputado Capitão Augusto (PL-SP), coordenador da bancada da bala, que articula a criação do Partido Militar Brasileiro. Os interlocutores de Bolsonaro queriam saber o que faltava para pôr a legenda de pé.

"De fato, eu fui procurado, mas depois não falaram mais nada. Quero saber como vão fazer para criar outro partido até março, pois há uma fila no TSE, o processo é demorado e não tem como ninguém pular na frente, nem mesmo o presidente da República", disse Capitão Augusto. Atualmente, há 75 pedidos pendentes no TSE sobre criação de partidos.

"Não há nada que possa ser viabilizado para acomodar os parlamentares até as eleições, a não ser que haja fusão ou que esse grupo vá para outra sigla. É um tiro no escuro, porque podem perder o mandato, mas que vão com Deus", afirmou Coronel Tadeu (PSL-SP), do grupo bivarista.

Em uma novela que começou quando Bolsonaro disse que Bivar estava "queimado para caramba" e na qual houve capítulos inimagináveis, como destituição de líder da bancada na Câmara e "espiões" gravando reuniões do partido e até conversas do próprio presidente, ninguém arrisca qual será o próximo capítulo.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, o procurador Deltan Dallagnol disse, nesta segunda-feira (30), que o Ministério Público está apenas cumprindo a lei ao solicitar a progressão de pena para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

Procuradores querem que Lula vá para o regime semiaberto, já que completa o cumptimento de um sexto da pena. A solicitação foi feita à Justiça na última sexta-feira (27). 

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“Quando uma pessoa cumpre os requisitos todos para a progressão de regime não tem só o direito, mas o Estado não pode exercer seu poder de prisão para além do que tem direito. Assim, uma vez cumpridos os requisitos, normalmente os réus pedem a progressão. Se o réu não pedir, é obrigação nossa, do Ministério Público pedir", explicou Dallagnol, que também assinou o pedido, durante entrevista à rádio Jovem Pan.

"O que estamos fazendo nesse caso é cumprir a lei como faríamos no caso dos demais presos. O ex-presidente Lula, como os demais, deve cumprir nem mais nem menos", emendou o chefe da força-tarefa. 

O ex-presidente já havia manifestado recusa para o regime semiaberto, quando o preso trabalha durante o dia e volta para cadeia à noite. 

A presidente nacional do PT e deputada federal, Gleisi Hoffmann (RS), e o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad - que também são advogados de Lula, além do responsável oficial pela defesa dele, Cristiano Zanin, conversam hoje com o ex-presidente sobre o assunto, para definir como a defesa deve se portar diante do pedido dos procuradores. 

Nos bastidores, especula-se que o pedido dos procuradores da Lava Jato é uma espécie de manobra diante da julgamento no Supremo Tribunal Federal sobre a suspeição do ex-juiz Sérgio Moro que proferiu a sentença contra Lula. A defesa do ex-presidente acusa o atual ministro da Justiça e Segurança Pública de agir com parcialidade na condução do processo e pedem que condenação seja cancelada.

O termo “nova política” tem sido habitualmente utilizado para classificar a atuação do governo Jair Bolsonaro (PSL) tanto pelos próprios integrantes da gestão, inclusive o presidente, quanto por aliados. Mas essa inovação na forma de fazer política no país realmente existe? Bolsonaro tem a praticado em seu governo? E o que é a nova política?

De acordo com o cientista político e professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Adriano Oliveira, a nova política “é uma categoria inexistente” no Brasil. “Existe o desejo dela ser criada, mas é impossível de ser criada porque é refratária às práticas tradicionais da política”, considerou, dando como exemplo as articulações comuns para a formação de um presidencialismo de coalizão, com a distribuição de cargo e emendas parlamentares.

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Na ótica de Oliveira, “se quiser entender a nova política como a ausência de corrupção, é louvável, mas não podemos desconsiderar a negociação política, a busca por espaço de poder e de recursos para atender o eleitorado”.

Para o estudioso, no governo Bolsonaro, o que se chama de nova política é o evidenciamento unitário do presidente. “A nova política não existe no governo Bolsonaro. O que eu vejo é uma espécie de nova política para trazer Bolsonaro para o pedestal. E, de cima desse pedestal, ele guiar as ações do governo sem dialogar como Congresso. Isso significa, portanto, que a nova política, nada mais é para Bolsonaro, do que estar no poder sem ser cobrado e questionado”, disse.

A falta de uma definição concreta para o termo “nova política” também foi apontado pelo cientista político e pesquisador do Observatório do Poder, Arthur Leandro. “Na verdade o slogan nova política é basicamente um rótulo; foi criado a partir das condições concretas com que os grupos políticos que apoiaram o presidente Jair Bolsonaro durante sua campanha usaram para tentar identificar e vender o conjunto de ações que o governo promove”, salientou.

“Na verdade, não existe um objeto concreto claramente observável e distinto das regras clássicas da análise política que possa ser identificado como sendo essa nova política. O que existe basicamente é um slogan da análise dos acontecimentos identificada com algumas condições do exercício de poder que não representa uma mudança das regras do jogo”, completou.

O estudioso também explicou o que seria a nova política do governo Bolsonaro. “O fato de que o presidente governa sem o apoio de um grande partido e é de um partido que apenas se tornou grande numericamente com a eleição dele”, destrinchou Leandro, lembrando que o presidente, até o momento, não conseguiu consolidar uma base de apoio no Congresso.

A ausência de uma definição concreta do que seria a nova política, a partir de estudos da área, também dificulta a possibilidade de elencar quem seriam seus verdadeiros protagonistas. Até a própria gestão de Bolsonaro tem dado sinais de que está se rendendo às tradicionais práticas de articulação. Nos bastidores, a expectativa é de que na próxima semana o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM), apresente aos presidentes dos partidos uma lista de cargos que as legenda, que fizerem parte da base no Congresso, poderão ocupar em troca do apoio governista.

Por conta da chuva que atinge São Paulo desde a madrugada desta quarta-feira, a comissão técnica do Corinthians decidiu cancelar o treinamento no gramado do CT Joaquim Grava. Com isso, os jogadores trabalharam apenas na academia.

O treino definiria a equipe para a partida desta quinta-feira, contra o Ferroviário, às 21h, no Estádio do Café, em Londrina (PR), pela primeira fase da Copa do Brasil. Com o cancelamento, o técnico Fábio Carille vai adotar a escalação do treino anterior, realizado na terça-feira. Isso significa que o atacante Vagner Love vai fazer sua reestreia pelo Corinthians.

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Vagner Love será escalado no lugar do meia Mateus Vital - essa será a única mudança em relação à equipe que venceu o clássico diante do Palmeiras, no Allianz Parque, por 1 a 0, no sábado, pelo Campeonato Paulista. A proposta é ter Love como um elo entre o setor de criação e o centroavante, fazendo uma aproximação com Gustavo, o Gustagol. Funciona como um "falso 10", como o próprio jogador definiu. Assim, o Corinthians vai jogar com: Cássio, Fagner, Manoel, Henrique e Danilo Avelar; Ralf, Ramiro e Sornoza; Jadson, Vagner Love e Gustagol.

Em entrevista coletiva, o treinador explicou o esquema que será utilizado. "É um 4-3-3, porque Sornoza e Ramiro jogaram praticamente na linha do Ralf, baixo. O esquema seria 4-1-4-1 se os jogadores de dentro atuassem mais avançados, como foi com Elias e Renato Augusto em 2015", explicou o treinador.

A delegação alvinegra viaja na noite desta quarta-feira para Londrina, que será o palco da partida, pois o Ferroviário decidiu vender o mando por R$ 450 mil. O Corinthians tem a vantagem de jogar pelo empate nesta fase da Copa do Brasil.

Nesta quarta-feira, o treinador agradeceu a diretoria pela chegada de vários reforços. Nas últimas semanas, o Corinthians contratou Mauro Boselli, Vagner Love, Gustavo Silva, André Luis, Richard, Ramiro, Sornoza, Michel Macedo, Manoel e Júnior Urso.

O time ainda está em negociações para repatriar o lateral-esquerdo Guilherme Arana, do Sevila, e tenta contratar o zagueiro uruguaio Bruno Méndez, do Montevideo Wanderers. "Quero agradecer, porque foi acima do esperado. E com possibilidade de mais chegadas, estamos trabalhando para mais chegadas", afirmou Carille.

Expulso da Rede Sustentabilidade e já considerado como ex-candidato a governador pelo partido, Julio Lossio segue fazendo campanha e usando o tempo de propaganda da legenda para difundir suas propostas, contudo a sigla anunciou que votará na candidata do PSOL, Dani Portela, para o Governo do Estado no primeiro turno do pleito, marcado para o próximo domingo (7). 

Em nota, divulgada nessa segunda-feira (1º), a direção estadual da Rede disse que, considerando a decisão de expulsar Lossio e a proximidade das eleições, a candidatura que mais se aproxima programaticamente do partido é a de Dani, uma vez que, segundo a nota, ela aparece como “uma alternativa de renovação da política pernambucana e a importância de fortalecer a participação das mulheres na disputa dos espaços institucionais”.

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“A Rede Sustentabilidade em Pernambuco, no primeiro turno da eleição para governador, indica aos seus candidatos, filiados, simpatizantes e eleitores, o voto na candidata Dani Portela (PSOL), face ao seu compromisso com um projeto de desenvolvimento sustentável para Pernambuco e para o Brasil que contempla as minorias e a riqueza da diversidade, bem como sua luta por um mundo politicamente democrático e socialmente justo”, declara o texto. 

Em resposta, Dani Portela agradeceu o apoio e disse que “não há como compreender um projeto de desenvolvimento dissociado da sustentabilidade ambiental e social”.

“O posicionamento da Rede contra as forças reacionárias que se apresentam atualmente no cenário político é de extrema importância para unirmos forças e retomarmos o processo democrático no país, com tolerância às diferenças e respeito às pautas de setores historicamente excluídos da sociedade. Também compreendemos a necessidade de apresentar uma alternativa para a política de Pernambuco, reafirmando o protagonismo das mulheres nesta disputa. Nossas propostas apontam para caminhos de um regime democrático e igualitário, que se contrapõe à política do ódio que pretendem semear em nossa sociedade”, argumentou Dani Portela. 

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou na manhã desta quinta-feira, 23, a previsão do tempo de cada candidato a Presidente da República no horário eleitoral, a ser veiculado no rádio e na televisão às terças, quintas e sábados. A Corte Eleitoral também comunicou quantas inserções (peças de propaganda de curta duração divulgadas ao longo do dia) terá cada presidenciável ao longo do primeiro turno.

O horário eleitoral está previsto para começar no dia 31 de agosto, sexta-feira. As peças dos presidenciáveis serão veiculadas em um bloco à tarde e outro à noite, ambos com a mesma duração.

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O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, é quem detém a maior fatia do horário eleitoral: o tucano deverá ter 5 minutos e 32 segundos em cada bloco de propaganda, além de 434 inserções que serão transmitidas na programação de rádio e televisão ao longo do primeiro turno.

Já o candidato do PSL ao Palácio do Planalto, Jair Bolsonaro, terá oito segundos em cada bloco de propaganda e 11 inserções ao longo do primeiro turno da campanha eleitoral, informou o TSE.

A candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), preso e condenado no âmbito da Operação Lava Jato, possui a segunda maior fatia do horário eleitoral: dois blocos diários de 2 minutos e 23 segundos cada, além de 188 inserções ao longo do primeiro turno, mais uma inserção extra de 30 segundos definida por sorteio.

Dos 13 concorrentes, o menor tempo é do João Goulart Filho (PPL), que terá apenas 5 segundos em cada bloco de propaganda.

Os tempos de cada candidato no horário eleitoral foram apresentados pela manhã em audiência pública do TSE. As informações serão inseridas em uma proposta que ainda será apreciada pelo plenário da Corte Eleitoral na próxima terça-feira, 28.

A divisão do tempo geral de propaganda também resulta em "sobras" (em virtude das diferenças de centésimos de segundo na distribuição geral do tempo), que foram sorteadas para seis candidatos, que vão ganhar, cada um, uma inserção extra de 30 segundos: José Maria Eymael (Democracia Cristã), João Amôedo (Novo), Marina Silva (Rede), Ciro Gomes (PDT), Alvaro Dias (Podemos) e Lula.

Confira a relação da fatia de cada candidato, em ordem alfabética, conforme divulgado pelo TSE:

Alvaro Dias (Podemos) - 2 blocos diários de 40 segundos cada + 52 inserções ao longo do primeiro turno + 1 inserção extra de 30 segundos definida por sorteio;

Cabo Daciolo (Patriota) - 2 blocos diários de 8 segundos cada + 11 inserções;

Ciro Gomes (PDT) - 2 blocos diários de 38 segundos cada + 50 inserções ao longo do primeiro turno + 1 inserção extra de 30 segundos definida por sorteio;

Geraldo Alckmin (PSDB) - 2 blocos diários de 5 minutos e 32 segundos cada + 434 inserções;

Guilherme Boulos (PSOL) - 2 blocos diários de 13 segundos cada + 17 inserções ao longo do primeiro turno;

Henrique Meirelles (MDB) - 2 blocos diários de 1 minuto e 55 segundos cada + 151 inserções ao longo do primeiro turno;

Jair Bolsonaro (PSL) - 2 blocos diários de 8 segundos cada + 11 inserções ao longo do primeiro turno

João Amoêdo (Novo) - 2 blocos diários de 5 segundos cada + 7 inserções ao longo do primeiro turno + 1 inserção extra de 30 segundos definida por sorteio

João Goulart Filho (PPL) - 2 blocos diários de 5 segundos cada + 7 inserções;

José Maria Eymael (Democracia Cristã) - 2 blocos diários de 8 segundos cada + 11 inserções ao longo do primeiro turno + 1 inserção extra de 30 segundos definida por sorteio;

Luiz Inácio Lula da Silva (PT) - 2 blocos diários de 2 minutos e 23 segundos cada + 188 inserções ao longo do primeiro turno + 1 inserção extra de 30 segundos definida por sorteio;

Marina Silva (Rede) - 2 blocos diários de 21 segundos cada + 28 inserções ao longo do primeiro turno + 1 inserção extra de 30 segundos definida por sorteio;

Vera Lúcia Pereira da Silva Salgado (PSTU) - 2 blocos diários de 5 segundos cada + 7 inserções ao longo do primeiro turno.

A candidata da Rede à Presidência da República, Marina Silva, vai abrir o bloco do horário eleitoral reservado aos candidatos ao Palácio do Planalto, definiu na manhã desta quinta-feira, 23, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O horário eleitoral começa no dia 31 de agosto (uma sexta-feira), mas a propaganda partidária dos presidenciáveis no rádio e na televisão se inicia no sábado, 1º de setembro, esclareceu a Corte Eleitoral.

Em audiência pública realizada nesta quinta-feira, foi sorteada a ordem do primeiro dia do programa eleitoral dos presidenciáveis.

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A definição da sequência de aparição dos candidatos no rádio e na televisão foi feita à moda antiga, como se fosse bingo, com o número de urna de cada candidato representando uma bolinha correspondente no sorteio.

Conforme o TSE, a ordem do horário eleitoral de 1º de setembro será essa: Marina Silva (Rede); Cabo Daciolo (Patriota); José Maria Eymael (DC); Henrique Meirelles (MDB); Ciro Gomes (PDT); Guilherme Boulos (PSOL); Geraldo Alckmin (PSDB); Vera Lúcia Pereira da Silva Salgado (PSTU); Luiz Inácio Lula da Silva (PT); João Amoêdo (Novo); Alvaro Dias (Podemos); Jair Bolsonaro (PSL); João Goulart Filho (PPL).

As propagandas dos presidenciáveis serão veiculadas às terças, quintas e sábados. No mesmo dia, são veiculadas as peças dos deputados federais.

A ordem de aparição dos candidatos a presidente da República nos blocos de propaganda vai se alterando ao longo desses três dias: por exemplo, o primeiro candidato do bloco dos presidenciáveis na terça-feira será o último da próxima vez (ou seja, quinta-feira), e assim por diante.

Cada bloco do horário eleitoral veiculado na tevê tem 25 minutos - o horário de exibição na televisão é das 13h às 13h25 e das 20h30 às 20h55. Às terças, quintas e sábados, metade do tempo fica com os deputados federais; a outra metade, com os presidenciáveis. Nos outros dias, são veiculadas as propagandas dos candidatos que concorrem a outros cargos, como governador, senador e deputado estadual.

Sobras

A divisão dos tempos de cada candidato a Presidente da República no bloco do horário eleitoral fará com que sobrem nove segundos a cada bloco, informou o TSE. De acordo com a assessoria do tribunal, essa "sobra" de nove segundos diz respeito às diferenças de centésimos de segundos distribuídas entre todos os 13 candidatos na corrida ao Palácio do Planalto.

De acordo com o TSE, essa sobra de nove segundos vai ser destinada sempre ao último candidato que aparecer no bloco de propaganda. Como a ordem de aparição dos candidatos na televisão vai sempre variar, todos deverão ser beneficiados com o tempo extra.

Em mais um recado a candidatos ficha-sujas e sem citar o ex-presidente petista Luiz Inácio Lula da Silva, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, disse na noite desta terça-feira (14) que a lei das inelegibilidades deve ser assegurada para que só os elegíveis concorram, e os inelegíveis não financiem suas pretensões com recursos públicos.

"Recursos protelatórios também não podem ter efeito suspensivo com o propósito de influenciar no resultado das eleições, sobretudo quando temos um calendário eleitoral tão curto", disse a procuradora, durante discurso na posse da nova presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Rosa Weber.

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O PT pretende registrar nesta quarta-feira (15), último dia do prazo, a candidatura de Lula à Presidência da República. O petista, no entanto, foi condenado por colegiado, em segunda instância, o que pode o tornar inelegível pela Lei da Ficha Limpa.

Raquel destacou que o MPE (Ministério Público Eleitoral) tem se preparado para atuar de "forma célere e efetiva" nas eleições de 2018. "É tarefa da Justiça Eleitoral anunciar ao eleitor, o quanto antes e com segurança jurídica, quem são os reais concorrentes, ou seja, os que têm capacidade eleitoral passiva e podem ser votados, segundo a lei vigente", afirmou Raquel.

A procuradora-geral da República destacou que as próximas eleições são complexas, reguladas por leis novas, "que floresceram sob a influência de reclamos por integridade, igualdade e justiça, que têm dominado as conversas dos brasileiros e o noticiário nacional". "Vejo que o enfrentamento da corrupção tornou-se mais eficiente com a Operação Lava Jato e desde que esse tema tornou-se a principal preocupação da população", comentou.

Cogitada para ser vice na chapa encabeçada pelo deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ) na disputa presidencial, a advogada Janaína Paschoal (PSL) afirmou, neste sábado (21), que está analisando a possibilidade em "absoluto silêncio". Em publicação no Twitter, a autora processo que culminou no impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), ponderou que deseja ajudar Bolsonaro a conquistar o comando do Palácio do Planalto, mas ainda não sabe se ocupando o cargo.

"Acredito que algumas decisões precisam ser tomadas em absoluto silêncio. Quero ajudar Bolsonaro a enfrentar todos esses ajustes que vêm sendo feitos às claras e também subrepticiamente. Resta saber se cargos são necessários", declarou Janaína.

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A expectativa, segundo informações de bastidores, é que ela e Bolsonaro tenham um encontro ainda neste sábado para definir se estará na chapa ou não, caso seja confirmada, o anúncio deve acontecer já neste domingo (22), quando acontecerá a convenção nacional do PSL. 

Antes de salientar que ainda estava analisando o convite, Janaína criticou o fato de o PRP ter negado o apoio a Bolsonaro e a possibilidade do general da reserva, Augusto Heleno, ser o vice dele. Augusto Heleno, segundo ela, gostaria de ser o vice, mas foi impedido pela legenda. "Duas pessoas têm empatia, querem trabalhar juntas, mas siglas as impossibilitam. É uma violência!", alfinetou.

Com isso, a magistrada reforçou sua defesa à candidaturas avulsas, ou seja, sem que o postulante esteja filiado a um partido. 

Janaína pediu aos seguidores para abstraírem a possibilidade de ela ser candidata a vice e criticou as estruturas partidárias atuais. Para ela, a cláusula de barreira, aprovada na última reforma eleitoral, não corrige "absurdos" e ainda fortalece grandes partidos.

Ela diz ainda que o sistema político "aniquila" a liberdade. "Seres humanos não podem ser negociados. Um sistema político partidário que aniquila a liberdade não tem como dar certo. No lugar de se discutir ideias, fazem-se negociatas. E todos parecem achar isso normal. Eu fico indignada", disparou.

*Com a Agência Estado

O PT de Pernambuco anunciou que vai debater a conjuntura eleitoral e escolher o caminho que trilhará durante a disputa deste ano no dia 12 de maio. Apesar da indefinição, a tendência que vem ganhando força, a partir da possibilidade do PSB também ter candidato à Presidência da República, é de que o partido não firme aliança e concorra ao comando do Palácio do Campo das Princesas, contra o governador Paulo Câmara (PSB). Em uma resolução divulgada nessa quarta (18), a direção da legenda reiterou a pretensão de ter candidatura própria. 

No documento, os dirigentes afirmam que no dia 12 será “escolhida a candidatura para o Governo, definida a chapa majoritária e atualizada a chapa proporcional”. Antes de bater o martelo, entretanto, está marcada para a próxima semana uma reunião entre as direções estadual e nacional para tentar alinhar o discurso, caso o PSB decida não apoiar a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Planalto, o protagonismo petista na disputa pernambucana será inevitável. 

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Atualmente, o PT tem três pré-candidatos a governador: a vereadora do Recife, Marília Arraes; o deputado estadual Odacy Amorim e o militante José de Oliveira. Entre eles, até o momento, a postulação de Marília é a que mais recebeu apoios internos e tem o nome mencionado com percentuais significativos nas pesquisas de intenção de votos. 

Na noite dessa quarta, inclusive, um ato em defesa da postulação dela aconteceu em Olinda, na Região Metropolitana do Recife. Outros no mesmo molde já foram realizados no Agreste e no Sertão do estado. Marília também divulgou ontem manifesto nacional das mulheres petistas reforçando o apoio ao seu nome. 

Se até o dia 12 a tese de candidatura própria vai prosperar ou não, ainda não se sabe. Mas o debate que surge a partir desta resolução é, mais um vez, o da unidade do partido para uma disputa eleitoral que está longe de se concretizar. Membros da direção estadual petista afirmaram, em reserva, que nos últimos dias está “impossível debater questões eleitorais na legenda”, pela vaidade de alguns líderes do partido, e mesmo que se defina pela candidatura de Marília ou a aliança com Paulo Câmara “não haverá unidade, mas sim muitas dissidências”. 

Veja a resolução na íntegra:

RESOLUÇÃO DO PT DE PERNAMBUCO 

Em reunião no dia de 15.04.18, o Diretório Estadual do PT-PE adotou esta RESOLUÇÃO com as seguintes deliberações e orientações aos\as petistas: 

LULA LIVRE, LULA PRESIDENTE 

1.    O PT de Pernambuco está focado no grave momento político que vive o Mundo e o País, com o golpe acelerando a sua consolidação, de forma mais enfática com a prisão injusta e arbitrária do companheiro Lula. 

2.    A principal tarefa dos petistas neste momento é dedicar o seu tempo, a sua energia,  a sua organização para a campanha de libertação de Lula. 

3.    A sua militância, os parlamentares, direções municipais e estadual devem atuar em construção de atos, atividades, manifestações unitárias de todos(as) aqueles(as) que defendem Lula Livre, de forma direta e, também, participando ativamente da Frente Brasil Popular e articulando com a Frente Povo sem Medo, construindo os comitês populares em defesa da libertação de Lula, de sua candidatura, da democracia e dos direitos dos trabalhadores. 

4.    O PT está na rua e dela não vai sair.  A orientação é ir às feiras, aos sinais de trânsito, aos bairros, à praia, às praças, aos mercados para conversar com as pessoas, reunir, organizar o sentimento de injustiça e de esperança e transformá-lo em luta e resistência contra o golpe. 

5.    Sincronizados com as orientações nacionais e alinhados na trincheira de unidade das esquerdas, dos movimentos sociais e dos lutadores do povo, o PT/PE envida esforços na participação ativa de sua militância. 

6.    Para isso, reafirma o compromisso da defesa de Lula Livre e de Lula presidente, respeitando os demais pré candidatos que são solidários a Lula, mas reafirmando que Lula é o candidato do PT e da preferência do povo brasileiro e pernambucano. 

7.    Sendo assim, disponibilizamos materiais de panfletagem como o panfleto Lula Livre, o jornal Brasil de Fato, e providenciaremos adesivos e outras peças. No entanto , os comitês organizados podem e devem produzir seus próprios materiais e, em particular os petistas, providenciar as bandeiras, bottons, camisetas do Partido, etc. 

8.    Vamos fazer um grande mapa de mobilização de cobertura do Estado  e informar as atividades programadas para composição do calendário geral de luta dos pernambucanos em defesa do #LulaLivre. Para tanto, as atividades programadas devem ser informadas pelos comitês e pelas nossas secretarias e setoriais. 

9.    A direção e a militância estão orientadas a participar e a organizar as atividades previstas pelas Frentes Brasil Popular e Povo sem Medo, do 10  de maio, estimular e apoiar ações diretas da juventude, da cultura, das mulheres, do combate ao racismo, do LGBT, da educação, da saúde e dos demais setores organizados. 

ARTICULAR A DEFESA DE LULA COM A DISPUTA ELEITORAL NO ESTADO 

10.  Tendo definido, desde 2017,  pela construção de candidatura própria, o PT recebeu o pedido de inscrição de 03 pré-candidaturas ao Governo do Estado, a saber, Marília Arraes, vereadora do Recife, Odacy Amorim, deputado estadual e do militante José de Oliveira. 

11.  Será realizado Encontro Estadual no dia 12 de maio de 2018 quando será debatida a conjuntura eleitoral, escolhida a candidatura para o Governo, definida a chapa majoritária e atualizada a chapa proporcional. 

12.  Foi formada uma comissão composta por Bruno Ribeiro, Glaucus Lima,  Oscar Barreto, João da Costa e Sheila Oliveira, que deverá atuar em conversas junto às pré-candidaturas inscritas e lideranças partidárias, individualmente e coletivamente, com a tarefa de construir consensos e a maior unidade possível, no sentido de definir a candidatura que representará o PT na eleição de governador(a). 

13.  O Grupo de Trabalho Eleitoral deverá apresentar à Comissão Executiva Estadual as indicações  para os demais cargos majoritários, a lista da chapa proporcional, assim como eixos políticos de campanha e de programa de governo para apresentação ao Encontro. 

14.  O Diretório Estadual se reunirá no dia 05 de maio em preparação à realização do Encontro Estadual. 

15.  Até a data do Encontro, a Direção Estadual articulará novas conversas com o  Grupo de Trabalho Eleitoral Nacional e com a Direção Nacional do PT, atualizando as alternativas políticas e de tática eleitoral discutidas em reunião ocorrida no dia 09 de março e coordenada pelo ex-presidente Lula e pela Presidente Gleisi Hoffmann.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deve analisar, nesta quinta-feira (1º), uma consulta feita pela senadora Fátima Bezerra (PT-RN) sobre a participação de transgêneros e travestis nas eleições. A Procuradoria-Geral Eleitoral (PGE) encaminhou ao TSE um parecer sobre o assunto defendendo o uso do nome social para a identificação desses candidatos nas urnas e a possibilidade de que homens e mulheres transgêneros e travestis sejam enquadrados nas cotas de gênero, a partir da forma como se autoidentificam. 

Na consulta, Fátima Bezerra questiona a Justiça Eleitoral justamente sobre a divisão apresentada pela legislação de no mínimo 30% e no máximo 70% das candidaturas para cada sexo, além disso, ela pergunta se candidatos e candidatas podem usar o nome social nas chapas proporcionais e majoritárias.

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No documento encaminhado ao TSE, o vice-procurador-geral Eleitoral, Humberto Jacques, ressalta que a lei busca superar a desigualdade de gênero, não de diferença de sexo. Por isso, sustenta que o termo contido na lei deve ser interpretado como gênero e não sexo biológico. 

“A desigualdade entre os eleitos não é causada pelos seus sexos ou por suas orientações sexuais, mas pelos papéis, limites, barreiras e condicionantes vigentes na sociedade em função do gênero”, ressalta.

Para Jacques, mulheres transgêneras e travestis devem ser contabilizadas na cota destinada à candidatura de mulheres nas eleições. No mesmo sentido, homens transgêneros devem ser computados no rol de candidaturas masculinas.

A mesma lógica deve ser aplicada à utilização do nome social para identificar o candidato ou a candidata nas urnas eletrônicas. “O nome social representa garantia de identificação e tratamento digno a pessoas transexuais e travestis”, sustenta o vice-PGE no parecer. O resultado do julgamento no TSE já poderá virar regra já em outubro deste ano.

A tese de que o MDB pode encabeçar uma chapa na disputa pelo comando do país nas eleições em outubro, fato que não ocorre desde o pleito de 1994, foi reforçada pelo senador Fernando Bezerra Coelho em entrevista ao LeiaJá. Segundo o parlamentar, a definição de participar da corrida ou não deve ser feita pelo presidente Michel Temer (MDB), a partir do cenário econômico que o governo conquistará para o país até meados de abril.

“O MDB é um partido que está na Presidência e tem 60 deputados, 21 senadores e 7 governadores, evidente que poderá, em havendo esta recuperação da economia como imaginamos, surgir um nome dentro do próprio MDB. Então não afasto a possibilidade no MDB se apresentar para a disputa presidencial”, declarou Bezerra Coelho.

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Questionado se já havia alguma opção de nome no partido, ele negou. “Não tem ninguém porque todos vão aguardar a orientação do próprio presidente. A avaliação será feita entre o início de abril e meados de maio”, salientou. O que norteará a definição do MDB será a economia e Fernando Bezerra acredita na recuperação dela durante os próximos meses.

“A única incognita que nós temos aí é a questão da volta do emprego, porque tem muitas coisas que interferem na volta do emprego. No caso do Brasil, em que a crise econômica foi muito profunda, tem espaço sim para você recuperar de forma mais rápida a oferta de emprego. Então, para efeito político, se a gente tiver um primeiro semestre bombado no ponto de vista do emprego vamos ter um ambiente menos radicalizado e aí a população vai querer saber da proposta [eleitoral] que significa a continuidade da retomada do emprego”, argumentou.

A partir da perspectiva de mudança, já que no Brasil segundo dados do IBGE o país encerrou o ano com 12,6 milhões de desempregados, FBC acredita que os eleitores “vão lembrar: olha  teve uma política que veio e destruiu todos os empregos e teve uma política que veio, foi questionada, polemizada, muita gente ficou contra, mas em menos de um ano está produzindo resultado”.

Mesmo assim outro aspecto negativo ainda pesa sobre um possível candidato do MDB, a avaliação do governo de Michel Temer. Pesquisas recentes apontam que ter o presidente no palanque não seria positivo para os postulantes ao comando do Palácio do Planalto. Indagado sobre este assunto, Fernando Bezerra disse que “as pessoas vão reconhecer o esforço que ele fez para recuperar a economia”.

“Já começou a melhorar e vai continuar melhorando, tenho dúvida nenhuma. Não acredito que ele será candidato, mas vai ser uma pessoa essencial para apoiar quem vai representar a continuidade dessas melhorias. Hoje as pesquisas falam que não seria uma boa companhia no palanque, mas quando você ver que a imagem dele está em movimento ascendente. Nós temos que aguardar daqui a três, quatro meses”, observou.

“A aprovação é baixa porque a imagem dele durante aquela campanha desde a delação do Joesley até agora, foi associado a coisa ruim. Geddel, Henrique Eduardo Alves, Joesley. Então isso contaminou a imagem do presidente. De fato, dificultou a população a se aproximar dele e reconhecer o trabalho que ele está fazendo”, acrescentou.

Caso o MDB conclua que não tem fôlego, o senador pontuou os nomes do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD); do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) e do presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia (DEM), como possibilidade de alianças para a legenda por, segundo ele, “inspirar confiança e merecer o apoio” do povo.

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