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A Rússia vai aumentar seu contingente de soldados para 1,5 milhão, criar bases do Exército na fronteira com a Finlândia e aumentar a presença nas regiões da Ucrânia anexadas.

Segundo a agência oficial Tass, as Forças Armadas russas têm 2 milhões de integrantes, dos quais 1.150.628 são militares. Em 1.º de janeiro, entrou em vigor um decreto do presidente Vladimir Putin aumentando o número de militares em 137 mil. "Só é possível garantir a segurança militar do Estado e proteger novas federações se fortalecermos as estruturas de base das Forças Armadas", afirmou o ministro russo da Defesa, Serguei Shoigu.

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O ministro da Defesa explicou ainda que serão criados dois novos distritos militares, os de Moscou e Leningrado, assim como bases militares nos territórios das "novas entidades constituintes" da Rússia, ou seja, as regiões ucranianas de Kherson, Zaporizhzia, Donetsk e Luhansk, anexadas em setembro pelo Kremlin.

Outra decisão é a criação de uma base militar na fronteira com a Finlândia, sendo três divisões motorizadas como parte das Forças Terrestres e duas divisões de assalto aéreo nas Forças Aéreas. A decisão é uma resposta à expansão da Otan com o processo de adesão de Finlândia e Suécia.

Retaliação

O Ocidente vem dando declarações de apoio ao governo ucraniano que irritaram Moscou.

No sábado, 14, o Reino Unido havia anunciado a entrega de veículos blindados de combate Challenger 2 para Kiev. Será o primeiro fornecimento de tanques pesados de fabricação ocidental à Ucrânia.

A Alemanha, que passou por uma troca no comando do Ministério da Defesa no começo da semana, também debate o envio de tanques à Ucrânia.

Boris Pistorius, de 62 anos, que na última década foi ministro do Interior da Baixa Saxônia, no norte, enfrentará sua primeira grande tarefa sexta-feira, quando aliados ocidentais se reunirem na base militar dos EUA em Ramstein, no sudoeste da Alemanha, justamente para discutir o fornecimento de mais armas e equipamentos à Ucrânia.

A Alemanha tem sido extremamente cautelosa até agora ao aprovar o envio de tanques pesados Leopard para a Ucrânia, temendo que a decisão possa levar a uma escalada da guerra. Outros países que possuem tanques de design alemão precisam da permissão de Berlim para enviá-los a outro país. "Sei a importância desta tarefa nestes tempos", disse Pistorius aos repórteres após o anúncio do governo alemão. "As tarefas que estão à frente das tropas são enormes." (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Exército abriu duas investigações em razão dos fatos de domingo (8) em Brasília. Um Inquérito Policial Militar (IPM) foi instaurado na terça-feira, 10, para apurar a conduta do coronel da reserva Adriano Camargo Testoni, que esteve na tomada dos palácios e divulgou dois vídeos em redes sociais ofendendo o Exército e xingando generais do Alto Comando e de sua turma da Academia das Agulhas Negras (1987).

"Forças Armadas filhas da p.... Bando de generais filhos da p.... Vanguardeiros de m..... Covardes. Olha o que está acontecendo com a gente. Freire Gomes (ex-comandante do Exército), filho da p.... Alto Comando do c....... Olha aqui o povo, minha esposa. Esse nosso Exército é um m..... Vão tudo tomar no c.", esbravejou o coronel enquanto se retirava da Esplanada, no domingo, após a PM usar gás lacrimogêneo contra os extremistas. O oficial aparecia abraçado à sua mulher.

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Em seguida, o coronel, que é guerreiro de selva e tem o curso de Montanha, divulgou um segundo vídeo com ofensas. O oficial foi demitido na segunda-feira (9) do Hospital das Forças Armadas, onde era contratado como prestador de serviço por tempo determinado. Sua conduta foi reprovada de forma generalizada pelos oficiais ouvidos pelo Estadão. O IPM do caso foi aberto por determinação do general Gustavo Henrique Dutra Menezes, comandante militar do Planalto.

Testoni foi convocado para depor e devia ter comparecido nesta quarta-feira (11) ao Comando Militar do Planalto (CMP), mas entregou atestado médico para justificar a ausência. Um dia antes, divulgou vídeo desculpando-se com os colegas de turma. O CMP quer concluir o IPM até sexta-feira (13) e enviá-lo ao Ministério Público Militar, pois já dispõe das provas do delito: os vídeos publicados pelo coronel. A outra investigação vai apurar a ação do Batalhão de Guarda presidencial no domingo.

A decisão ocorre em meio ao grande desconforto dos militares que se recusaram a dar o golpe pretendido pelos vândalos e se veem agora criticados pela esquerda - que os acusa de leniência com os extremistas - e pelos bolsonaristas, que se sentem traídos. Nesta quarta-feira, o general Dutra visitou seis unidade sob seu comando. Em uma delas, justificou à tropa formada as prisões dos acampados na frente do QG do Exército, em Brasília: "Fizemos o certo. Não tem caminho fora do que é o certo."

Casos de indisciplina

Os casos de indisciplina envolvendo oficiais da reserva estão se multiplicando. Além de Testoni, outros militares da reserva estavam presentes entre os extremistas que invadiram as sedes dos três Poderes, como o general de brigada da reserva Ridauto Lúcio Fernandes (um dos oficiais ofendidos pelo coronel Testoni). Dutra , o comandante do Planalto, também é da mesma turma de Testoni. Durante os protestos, o capitão-de-mar-e-guerra da reserva da Marinha José Fortuna também participou da ação dos radicais e acabou demitido do Ministério da Defesa, onde trabalhava. Por enquanto, só Testoni foi alvo de IPM no Exército.

O Exército pôs 2,5 mil homens de cinco unidades do Comando Militar do Planalto (CMP) para enfrentar os radicais bolsonaristas que invadiram os prédios doo Palácio do Planalto, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Congresso neste domingo. Com isso, as tropas podem ser empregadas a qualquer momento desde que haja ordem do governo federal.

As principais unidades de prontidão são o Batalhão de Guardas Presidencial, o Batalhão de Polícia do Exército e o Regimento de Cavalaria de Guardas. Há ainda homens do grupo de artilharia e do esquadrão de cavalaria também foram mobilizados.

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Homens do Batalhão de Guardas Presidencial (BGP) - responsável pela guarda do Palácio do Planalto - e vinculados ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República participaram da repressão aos extremistas. Seus efetivos foram reforçados e atuaram na expulsão de invasores que vandalizaram o Palácio do Planalto, inclusive o terceiro andar, acesso ao gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Conforme o Exército, houve um aumento do efetivo que em geral fica de prontidão, subordinado ao Comando Militar do Planalto (CMP), responsável pela área de Brasília. Na sede do comando, ao lado do Quartel-General do Exército, oficiais se reuniram para acompanhar a reação das forças de segurança, polícias estaduais e federais e a Força Nacional, no centro de operações.

Os militares do Exército ainda aguardam o esclarecimento de detalhes do decreto de intervenção na Segurança Pública do DF para saber qual o papel que seus homens devem ter na segurança de Brasília nos próximos dias.

GARANTIA DA LEI E ORDEM

A interpretação do Exército, por enquanto, é a de que não haverá envolvimento das Forças Armadas na intervenção federal decretada ontem por Lula. Para que os militares fossem empregados, seria necessária a decretação de uma operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), descartada pelo presidente da República.

Lula também foi aconselhado a decretar uma medida de exceção ainda mais restritiva, o Estado de Defesa, mas o presidente optou por assumir apenas a área de segurança no Distrito Federal. Oficiais do Exército dizem, no entanto, estar disponíveis para eventual suporte de meios e equipamentos à segurança do Distrito Federal.

Outros comandos de área do Exército não decretaram prontidão. De acordo com oficiais, o acampamento no Quartel-General vinha perdendo força e participação nos últimos dias, mas foram reforçados por caravanas de militantes bolsonaristas que chegaram à capital federal nas últimas horas. O Exército não soube informar prontamente se haverá autorização para que permaneçam acampados no quartel-general.

BADERNA

O Estadão ouviu integrantes do Alto-Comando do Exército que se mostraram horrorizados com a baderna e com a invasão das sedes dos três Poderes, ontem. Um deles defendeu a prisão dos envolvidos nos atos radicais. Outros militares consultados pela reportagem defenderam que a punição dos criminosos que participaram dos atos de ontem sirva de exemplo.

Na primeira reunião ministerial do novo governo, nesta sexta-feira (6), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu um relatório que mostra grande desmobilização dos acampamentos bolsonaristas no entorno de quartéis do Exército. O número de pessoas aglomeradas na porta das unidades militares caiu de 43 mil para cerca de 5 mil. Os dados atualizados foram apresentados a Lula pelo ministro da Defesa, José Múcio Monteiro.

A redução de 38 mil pessoas se deu num intervalo de praticamente um mês. As 43 mil foram contabilizadas na primeira semana de dezembro, e as 5 mil, nesta quinta-feira, dia 5. Os acampamentos registram hoje, em todo o País, somente 12% do tamanho que tinham no mês passado.

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O ministro da Defesa recebe diariamente um boletim sobre o monitoramento de inteligência do Exército. Os levantamentos mais recentes indicam uma concentração maior em São Paulo, com 500 pessoas. Em Brasília, ainda há cerca de 200 na área em frente no Quartel-General do Exército. Também existe um foco no Mato Grosso do Sul, região com forte influência econômica de produtores rurais e do agronegócio.

Na última segunda-feira (2), Múcio disse ao tomar posse no cargo que tem parentes e amigos envolvidos nas manifestações, mas acredita que elas irão se "esvair". O desincentivo teria sido, no entendimento do ministro, a saída do Brasil do ex-presidente Jair Bolsonaro e o pedido do ex-vice-presidente Hamilton Mourão para que os "patriotas" voltassem a seus lares.

Às vésperas da posse de Lula, a queda na mobilização ficou perceptível, mas os dados não eram conhecidos até então. Apesar da perda de fôlego, algumas caravanas e mobilizações de direita tentaram dar uma sobrevida aos acampamentos. Com viés antidemocrático, eles clamavam por uma intervenção das Forças Armadas, contra a eleição de Lula.

Múcio também relatou que equipamentos dos bolsonaristas são recolhidos diariamente dos acampamentos e que a desmobilização ocorre praticamente sem perturbações da ordem. Nesta sexta, porém, extremistas agrediram jornalistas e depois barracas foram retiradas à revelia dos grupos insatisfeitos por agentes da prefeitura de Belo Horizonte (MG).

Como fazer, porém, era uma das divergências explícitas na equipe ministerial. As diferenças entre ministros foram abordadas por Lula na reunião desta sexta. Múcio sempre defendeu que a saída fosse negociada. Ministros políticos do Palácio do Planalto e o titular da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, cobravam que era hora de ação contundente, à força, após os atos de destruição na capital federal e a tentativa de um atentado a bomba, cujo objetivo era provocar uma intervenção militar e impedir a posse de Lula.

Ciente do embate interno no governo, o ministro tem dito a interlocutores que as Forças Armadas, sob sua direção, saíram das manchetes diárias na imprensa.

O Exército ignorou uma promessa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e decidiu manter em segredo o processo que apurou a participação do general e ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello em um ato político em maio de 2021 sem autorização do comando. No governo Bolsonaro, a Força impôs cem anos de sigilo ao caso sob a alegação de que os documentos tratam apenas da vida privada do general. Lula já determinou à Controladoria-Geral da União (CGU) que revise os sigilos irregularmente determinados pelo antecessor. Entre os casos está o de Pazuello.

O Estadão apresentou ao Exército um pedido com base na Lei de Acesso à Informação (LAI) no início de dezembro de 2022, com Pazuello já na reserva e eleito deputado federal pelo Rio. Em 2021, durante o governo Bolsonaro, foram feitas outras tentativas para obter acesso aos documentos. Todas negadas.

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O novo requerimento foi rejeitado duas vezes em um intervalo de menos de 15 dias. No dia 26 de dezembro, foi feito um terceiro recurso à Força militar. O caso teria de ser examinado pelo comandante do Exército. Quatro dias depois, tomou posse no posto o general Júlio Cesar de Arruda, o escolhido pela gestão petista para o cargo e que assumiu antes mesmo de Lula.

Nesta segunda (2), já com o petista no primeiro dia útil de governo, o comando analisou o caso e manteve a decisão do sigilo. A resposta foi assinada pelo coronel Emílio Ribeiro, subchefe do gabinete do comandante. O oficial se limitou a dizer que ratificava as decisões anteriores e que elas estavam "em conformidade" com a LAI.

Manifestação

Em maio de 2021, Pazuello participou de uma manifestação no Aterro do Flamengo, no Rio, ao lado de Jair Bolsonaro. O ato serviu para o então presidente criticar o uso de máscara e ainda dizer que "seu Exército" jamais iria obrigar as pessoas a ficarem em casa durante a pandemia da covid-19. Como o regulamento do Exército proíbe a participação de militares em atos políticos, foi instaurado um procedimento disciplinar. O general apresentou sua defesa e o caso foi arquivado. O processo tornou-se sigiloso.

O general Pazuello virou ministro da Saúde no auge da pandemia, depois de uma tentativa do governo de colocar profissionais médicos na função. Pazuello seguiu à risca as recomendações de Bolsonaro. Além de editar documento facilitando o uso de cloroquina, medicamento comprovadamente ineficaz para a covid, a gestão do general interrompeu as negociações do governo federal com a gestão do tucano João Doria que se preparava para fabricar a primeira vacina no Brasil.

Em live ao lado de Bolsonaro, Pazuello resumiu a linha de atuação: "É simples assim: um manda e o outro obedece". A gestão do general na Saúde e a atuação do governo Bolsonaro no combate ao coronavírus foram alvo de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) do Senado. Pazuello terminou indiciado por crimes cometidos durante a pandemia.

Confronto

Durante a campanha eleitoral, Lula confrontou Bolsonaro com os sigilos do governo, sempre citando o caso de Pazuello. O tema foi levado a debates na TV, ganhou espaço nas promessas de campanha do petista e apareceu até mesmo no discurso de posse. "A partir de hoje, a Lei de Acesso voltará a ser cumprida, o Portal da Transparência voltará a cumprir seu papel, os controles republicanos voltarão a ser exercidos para defender o interesse público", disse Lula.

No Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira, foi publicado um despacho presidencial dando prazo de 30 dias para a CGU rever os sigilos de Bolsonaro. O texto afirma que foi feito levantamento de abuso na alegação de segredo. Segundo integrantes da CGU, o caso de Pazuello pode ser julgado antes do prazo.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Soldados e engenheiros seguem, nesta terça-feira (3), as tarefas de resgate de um garoto de 10 anos caído há quatro dias em um buraco de 35 metros de profundidade em um canteiro de obras de uma ponte no sul do Vietnã.

As equipes de resgate vão tentar abrir um bueiro de concreto armado, com 35 metros de profundidade, para, então, tentar retirar Thai Ly Hao Nam. O menino parou de interagir com os socorristas e não se sabe se ele continua vivo.

"O menino está preso há quatro dias, e é provável que tenha sofrido vários ferimentos", disse o vice-presidente do comitê popular da província de Dong Thap (sul), Doan Tan Buu.

Aparentemente, Thai Ly Hao Nam catava sucata, quando caiu em um poço de concreto de apenas 25 centímetros de largura em um canteiro de obras para uma nova ponte na província de Dong Thap, disse Buu à AFP por telefone.

"Tentamos resgatar o menino com os meios que tínhamos", afirmou.

"Depois tivemos que pedir ajuda em nível nacional e dos especialistas", acrescentou.

Segundo a imprensa local, os socorristas tentaram perfurar e amolecer o solo ao redor para conseguir extrair o concreto e retirar o menino.

Na segunda-feira, o primeiro-ministro Pham Minh Chinh convocou as equipes federais de resgate para se juntarem às autoridades locais para salvarem o menino.

O Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (28) traz a nomeação do general Júlio César de Arruda para exercer, interinamente, o cargo de comandante do Exército a partir desta sexta-feira (30), antevéspera da data da posse de Luiz Inácio Lula da Silva na Presidência do Brasil, em 1º de janeiro. César de Arruda assume o posto no lugar de Marco Antônio Freire Gomes, cujo ato de exoneração também foi publicado nesta quarta-feira, mas com validade também a partir da sexta-feira. Os respectivos decretos de nomeação e exoneração são assinados pelo presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira.

A antecipação da data de nomeação do novo comandante coincide com o aumento da pressão para que autoridades responsáveis pela segurança pública acabem com a aglomeração de bolsonaristas no entorno do Quartel-General do Exército, em Brasília. A nomeação definitiva deverá ser assinada por Lula, quando o presidente eleito assumir.

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Como mostrou o jornal O Estado de S. Paulo, a expectativa no entorno de Lula é que, com a troca no comando, mude o tratamento dado aos manifestantes extremistas, já que o acampamento, em área militar, passou a ser classificado por futuros ministros já indicados como "incubadora" de terroristas e de atos violentos.

O nome de César de Arruda já havia sido anunciado pelo futuro ministro da Defesa de Lula, José Múcio Monteiro.

Múcio também já anunciou os nomes dos futuros comandantes da Marinha, almirante de Esquadra Marcos Sampaio Olsen, e da Aeronáutica, tenente-brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno.

Kanitz deve assumir o comando na segunda-feira (2), de acordo com Múcio. O futuro ministro da Defesa ainda não informou quando Olsen começará no posto.

Indicado pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o general Julio Cesar de Arruda assumirá o comando do Exército na próxima sexta-feira, 30, dois dias antes da posse presidencial. A definição da data coincide com o aumento da pressão de autoridades responsáveis pela segurança pública para acabar com a aglomeração de bolsonaristas no entorno do Quartel-General do Exército, em Brasília. A expectativa no entorno de Lula é que, com a troca no comando, mude o tratamento dado aos manifestantes extremistas, já que o acampamento, em área militar, passou a ser classificado por futuros ministros já indicados como "incubadora" de terroristas e de atos violentos.

Segundo apuração da Polícia Civil, ocorreram no acampamento preparativos de um atentado a bomba no aeroporto de Brasília, frustrado por ação das forças de segurança do Distrito Federal. A ideia era que a explosão provocasse a decretação de estado de sítio e uma intervenção militar, a fim de impedir a posse de Lula.

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Do acampamento também saíram, segundo os investigadores, extremistas que incendiaram carros e ônibus, tentaram empurrar um ônibus de um viaduto, depredaram uma delegacia, tentaram provocar explosões com botijões de gás e invadir a sede da Polícia Federal. Os atos que levaram caos à capital federal ocorreram horas após a diplomação de Lula, no dia 12 de dezembro. O estopim foi a prisão de um líder indígena investigado por outros atos antidemocráticos.

Retirada

Nesta segunda-feira, 26, o secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, delegado Júlio Danilo, disse ao Estadão que planeja desmobilizar ainda nesta semana a concentração no entorno do QG. Lula disse a parlamentares há algumas semanas que uma de suas primeiras ordens aos futuros comandantes das Forças Armadas era encerrar o quanto antes os acampamentos no entorno de quartéis pelo País. Os atos contra a eleição do petista e em favor de um golpe tiveram respaldo da atual cúpula militar de Bolsonaro.

"Eles (Exército) fizeram um movimento na semana passada de tentar ir desmontando barracas, já ir desocupando, mas eu acredito que nesta semana vai se intensificar isso daí. Nós temos constante contato com eles, com o Exército, para que a gente possa avançar nisso", disse Danilo.

A data da passagem no Comando-Geral do Exército já foi combinada internamente entre o futuro comandante e o atual, Marco Antônio Freire Gomes, nomeado por Jair Bolsonaro. O futuro ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, também esta ciente da data.

Em carta assinada com os comandantes da Marinha e da Aeronáutica, Freire Gomes havia manifestado apoio à realização das manifestações, desde que sem "excessos", apesar do clamor por um golpe de Estado. Orientou ainda o generalato a não apoiar explicitamente, tampouco a tentar retirar com uso da força os acampamentos no QG e em frente a unidades militares pelo País.

Os três comandantes haviam sinalizado a intenção de deixar o cargo antecipadamente, em dezembro, mas foram demovidos de sair antecipadamente à revelia do gabinete de transição. O brigadeiro Baptista Junior, comandante da Força Aérea, já convidava para a cerimônia em 23 de dezembro, mas por intervenção de Múcio e oficiais adiou para 2 de janeiro. O almirante Almir Garnier, comandante da Marinha, combinou com integrantes do almirantado que transmitiria o cargo em 5 de janeiro. O atual ministro da Defesa, Paulo Sérgio de Oliveira, marcou a cerimônia de despedida do cargo para o dia 29 de dezembro.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministra Maria Thereza de Assis Moura, acolheu um pedido da União e liberou a compra de blindados italianos pelo Exército. A ministra argumentou que a "continuidade do projeto de renovação do parque bélico deve ser assegurada" e sustentou que a decisão do Tribunal Regional Federal (TRF-1), que havia barrado a compra, "compromete a estrutura e o plano de defesa externa alinhavado pelo Ministério da Defesa e pelo Exército e a própria capacidade de defesa nacional".

A presidente do STJ disse que a suspensão da compra poderia causar "inequívoca lesão à ordem, à capacidade de segurança externa e à economia pública". O argumento acolhido pela ministra Maria Thereza de Assis Moura é o de que a compra dos blindados "faz parte de uma política pública de longo prazo".

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"O projeto em questão - 'Projeto Forças Blindadas' - teve início em 2012, há, portanto, mais de dez anos, não sendo algo traçado de forma açodada ou repentina. O gasto foi devidamente incluído no Plano Plurianual de 2020-2023, aprovado pelo Congresso Nacional em dezembro de 2019, e incluído como 'Investimento Plurianual Prioritário'", afirmou a ministra.

A assinatura do contrato estava prevista para o último dia 5, mas foi suspensa por ordem do desembargador Wilson Alves De Souza, plantonista do Tribunal Regional Federal da 1ª Região. O magistrado considerou "evidente a ilegalidade" da compra dos veículos em meio a "grave crise financeira", " sem que haja qualquer necessidade desses equipamentos bélicos, como se o País estivesse em guerra iminente ou atual".

Como mostrou o Estadão, contrato a ser fechado com o consórcio italiano Iveco-Oto Melara (CIO) trata da compra de 98 veículos blindados pelo Exército Brasileiro, ao custo de 900 milhões de euros - cerca de R$ 5 bilhões. No entanto, a presidente do STJ assinalou em sua decisão, que a aquisição "será feita ao longo de 17 anos, estendendo-se até 2040".

Assim, Maria Thereza de Assis Moura considerou "descabida" a ponderação de Wilson Alves De Souza, de "vultosas despesas em momento de restrição orçamentária". "Ao contrário do que se fez constar na decisão objurgada, não há previsão de desembolso instantâneo da quantia de R$ 5 bilhões. Há, sim, a necessidade de pagamento de R$ 1 milhão (cifra significativamente inferior à apontada) até o dia 15/12/2022, como forma de confirmação do contrato e dentro do prazo de empenho da dotação orçamentária de 2023", disse.

A compra é questionada no bojo de uma ação civil pública que sustenta que a compra dos blindados, "ao apagar das luzes" do governo Jair Bolsonaro (PL) e diante do "estado calamitoso em que se encontram outras áreas de maior urgência", "representa verdadeira violação à moralidade pública".

Como mostrou o Estadão, os veículos foram escolhidos pelo Exército após a realização de uma concorrência pública global. Os novos blindados Centauro II são fabricados pelo consórcio italiano Iveco-Oto Melara, formado pelas empresas Iveco Veículos de Defesa e Leonardo. O modelo é considerado uma viatura "caça-tanques" com canhão 120 mm, de longo alcance, capaz de disparar munições especiais, como projéteis supersônicos.

Ao STJ, a União sustentou que a suspensão da aquisição "causa grave lesão à ordem e à segurança públicas, tendo em vista as necessidades estratégicas do Exército". O governo contestou os valores citados na ação popular e alegou que apenas dois blindados seriam adquiridos no primeiro momento.

Ao analisar o caso, a ministra Maria Thereza de Assis Moura disse que o plano plurianual com a previsão do investimento foi aprovado pelo Congresso, "sendo impossível desvincular as despesas para direcioná-las a outras áreas".

"As despesas empenhadas na categoria 'defesa nacional' não podem, por mando de lei, ser deslocadas para qualquer fim diferente, por mais relevante que seja, não se prestando, assim, a afetar gastos com saúde ou com educação", afirmou.

O Superior Tribunal Militar aumentou para dois anos de prisão a pena de um soldado do Exército por 'ato libidinoso' dentro de um quartel no Rio Grande do Sul. Ele ejaculou em outro soldado, que dormia no alojamento, descoberto de lençol, na presença de outros militares.

O colegiado concedeu ao réu o benefício da suspensão condicional da execução da pena no regime prisional inicialmente aberto - assim, o sentenciado terá de se apresentar trimestralmente perante o juízo de execução.

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A decisão acolheu pedido do Ministério Público Militar que contestou o fato de a sentença de primeiro grau impor oito meses de detenção ao soldado, à época do crime recruta.

O relator do caso no STM, ministro Marco Antônio de Farias, havia votado para sentenciar o soldado a três anos de prisão, sem a suspensão condicional da pena, mas acabou vencido.

Segundo a denúncia, o crime ocorreu no dia 8 de junho de 2019, por volta das 8 horas da manhã, no alojamento de soldados. À época, o condenado era recruta. A investigação indicou que a vítima tinha chegado de madrugada de um show e foi dormir.

Quando viu que o colega havia adormecido sem se cobrir com lençol, o recruta disse a militares de serviço que seria capaz de ejacular na vítima sem que esta percebesse. E assim procedeu, sob testemunho dos colegas.

O condenado ainda 'se vangloriou' do ato. Segundo a Promotoria, ele era considerado pelos superiores como um 'militar indisciplinado'. Por seus pares, era tido como 'inconveniente em questões afetas à sexualidade'.

A vítima tomou ciência da importunação sexual só depois, quando ouviu os relatos de testemunhas do ato libidinoso. Àquela altura, o soldado já havia lavado suas roupas. Ele se sentiu constrangido e chegou a faltar ao serviço. Em razão da ausência, foi até investigado no âmbito disciplinar.

O secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Júlio Danilo, afirmou que uma parcela dos autores dos ataques de vandalismo na noite desta segunda-feira (12), em Brasília, também fazem parte de um acampamento que se alojou em frente ao Quartel General do Exército. Ainda segundo ele, a permanência deles no QG será reavaliada.

"Parte desses manifestantes, a gente não pode garantir que são todos que estejam lá porque alguns podem residir inclusive na cidade e em outros locais, mas parte realmente estava no QG, no acampamento, e participaram desses atos. Quem for ali identificado será responsabilizado", declarou Danilo.

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Desde a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL) para Luiz Inácio Lula da Silva (PT), apoiadores do atual governo tem acampado no local e em outros prédios vinculados aos militares em diversas cidades do País. Sem aceitar a vitória do petista, apoiadores radicais do atual presidente insistem em pedir um golpe das Forças Armadas para impedir que Lula assuma o governo.

"A questão da manutenção ou não do acampamento vai ser reavaliada", declarou o secretário em entrevista coletiva ao lado do senador eleito Flávio Dino (PSB-MA), futuro ministro da Justiça, e do delegado Andrei Passos, coordenador da equipe de segurança de Lula e futuro chefe da Polícia Federal.

Apesar da sinalização de que o acampamento pode ser desmontado, Júlio Danilo admite que a ação das polícias do DF tem uma limitação: "Esse acampamento se encontra em uma área militar, sob jurisdição militar, e todo ato de atuação e intervenção tem que ser em coordenação com as Forças Armadas, no caso lá o Comando do Exército". Danilo afirmou que os militares "têm colaborado e têm tentado organizar".

Os apoiadores de Bolsonaro incendiaram ônibus, carros, depredaram prédios públicos e privados e tentaram invadir a sede da Polícia Federal, na área central de Brasília, no mesmo dia em que o presidente eleito foi diplomado.

A Secretaria de Segurança Pública do DF afirmou que precisou restringir o trânsito na Esplanada dos Ministérios, na Praça dos Três Poderes e em outras vias da região central. O governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), disse que deu ordem para prender todos os autores de atos de violência, mas até o momento nenhuma prisão foi divulgada. Em nota, a Secretaria disse que "não foram constatadas prisões relacionadas aos distúrbios civis ocorridos" e que, "para redução dos danos e para evitar uma escalada ainda maior dos ânimos, a ação da Polícia Militar se concentrou na dispersão dos manifestantes".

A pasta afirmou ainda que o policiamento na área central da cidade e nas proximidades do hotel onde Lula está hospedado foram reforçados e que "toda área central da capital segue monitorada pela segurança pública, com apoio de câmeras de videomonitoramento e do serviço de inteligência".

Após decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região que barrou a compra de 98 blindados ao custo de R$ 5 bilhões, o Exército circulou internamente nesta terça-feira, 6, um informe no qual afirma que a aquisição do 'caça-tanques' Centauro II visa atender 'evidente necessidade de atualização tecnológica' e garantir 'indispensável segurança' a soldados.

A mensagem assinada pelo Chefe do Centro de Comunicação Social do Exército, general de Divisão Júlio César Palú Baltieri, diz que a compra tem o objetivo de substituir parte da frota de blindados, que 'chegou ao final de vida útil após quatro décadas de exaustiva utilização'.

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Palú Baltieri sustenta que o processo 'contribuirá para o fortalecimento da Base Industrial de Defesa, com criação de novos empregos e a participação efetiva de empresas nacionais na produção da viatura em território nacional'.

O general destaca que a assinatura do contrato inicial com o consórcio italiano Iveco-Oto Melara (CIO), que estava prevista para esta segunda-feira, 5, trata da entrega de dois veículos, que seriam testados pelo Centro de Avaliação do Exército.

"Somente após a aprovação desses protótipos, o contrato principal será assinado, visando à obtenção de um total de 98 veículos ao longo de 15 anos, de acordo com a disponibilidade orçamentária da Força Terreste", diz a 'palavra oficial' do Exército.

A compra dos blindados foi suspensa, liminarmente, por ordem do desembargador Wilson Alves De Souza, plantonista do Tribunal Regional Federal da 1ª Região na madrugada de segunda, 5. O magistrado considerou 'evidente a ilegalidade' da compra das viaturas em meio a 'grave crise financeira', ' sem que haja qualquer necessidade desses equipamentos bélicos, como se o País estivesse em guerra iminente ou atual'.

"É evidente a falta de razoabilidade, desvio de finalidade, ilegalidade e até mesmo de elementar bom senso, pois outra classificação não há quando ao mesmo tempo em que se faz cortes de verbas da educação e da saúde por falta de dinheiro, se pretende comprar armas em tempos de paz", argumentou o desembargador.

Os blindados foram escolhidos pelo Exército após concorrência pública global. O novo veículo é considerado uma viatura 'caça-tanques' com canhão 120 mm, de longo alcance, capaz de disparar munições especiais, como projéteis supersônicos.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) participou de uma cerimônia de promoção de cinco oficiais-generais do Exército, nesta quinta-feira (1º), em Brasília, mas não discursou e nem falou com a imprensa. Esta é a segunda aparição pública do chefe do Executivo em agenda oficial após a derrota para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno, em 30 de outubro. No último sábado (26), Bolsonaro participou de um evento na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), no Rio de Janeiro, quando também ficou em silêncio.

Desde a debacle nas urnas, o presidente entrou em processo de reclusão. Esteve poucas vezes no Palácio do Planalto, uma delas em 3 de novembro, quando se encontrou rapidamente com o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB).

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Bolsonaro se pronunciou apenas em duas ocasiões: em 1º de novembro, quando fez uma fala à imprensa na qual não reconheceu a derrota para Lula, e no dia seguinte, em um vídeo no qual pediu que apoiadores desbloqueassem estradas federais.

O presidente também diminuiu a ostensiva presença nas redes sociais, onde vem se limitando a publicar fotos em agendas oficiais anteriores e divulgar realizações da gestão. Bolsonaro abandonou até as tradicionais "lives" feitas às quintas-feiras.

O silêncio de Bolsonaro ocorre a contragosto de aliados, que insistem para que o presidente se dirija a apoiadores contrariados com a vitória de Lula que permanecem nas ruas em protestos golpistas por intervenção militar e o fechamento do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O vice-presidente Hamilton Mourão revelou ter pedido a Bolsonaro que conversasse com apoiadores no sábado passado, na Aman. Ele teria se recusado por estar "meio triste", nas palavras de Mourão. A cerimônia desta quinta teve também a presença de Mourão, do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Luiz Eduardo Ramos, do ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno e do candidato a vice de Bolsonaro nas eleições deste ano, Walter Braga Netto.

Não só os comandantes das Forças Armadas se manifestaram sobre os protestos contra a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), as urnas eletrônicas e as decisões judiciais que excluíram das redes sociais perfis de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) que questionaram o resultado da eleição. Outros militares da ativa fizeram ou compartilharam publicações de caráter político-partidário em redes sociais.

Um dos mais ativos é o coronel Alberto Ono Horita, que comandou o 20.º Batalhão de Logística Paraquedista do Exército, foi adido militar nos Emirados Árabes e hoje dirige o Colégio Militar de Curitiba. Em 2019, o general Edson Leal Pujol fez publicar portaria na qual disciplinava o uso das redes sociais. Desde então, a conta do coronel no Twitter registrava pouquíssimas publicações. Isso mudou em 17 de setembro.

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Na conta, agora sob o nome de Patriota_PQD (abreviação de paraquedista), apareceu naquele dia mensagem compartilhada sobre uma bolsonarista infiltrada em uma manifestação do "nine". Nine é uma alusão a Lula, que teve um dedo amputado em uma prensa quando era torneiro mecânico.

Seguem-se 13 publicações de caráter político-partidário até 30 de outubro, quando a conta do coronel registra o desabafo: "Vergonha! A mentira prevalece! O crime compensa! Esse é o Brasil!". No dia seguinte à derrota de Bolsonaro, o coronel retuitou publicação com foto do presidente: "Jair Bolsonaro é um líder espetacular, independente do que aconteça, devemos respeitá-lo por resgatar nosso patriotismo e nos dar a chance de lutar. Obrigado, capitão".

Nos dias seguintes, há mais 39 publicações partidárias. Em uma delas, o presidente eleito e futuro comandante em chefe das Forças Armadas é chamado de "ladrão". Há ainda acusações sem provas de fraude nas urnas e ofensas a ministros do Supremo Tribunal Federal.

Contra Alexandre de Moraes, a conta do coronel diz ao compartilhar um vídeo sobre as urnas: "Que beleza, Xandão! Fez tudo para colocar seu amigo Chuchu!!!!" Xandão é uma referência a Moraes e Chuchu, ao vice-presidente eleito Geraldo Alckmin.

Generais

O perfil do coronel não foi o único no Exército que fez publicações críticas a Moraes. O comandante de uma Divisão de Exército retuitou um artigo para explicitar a "censura sob a qual o Brasil vive". Era 24 de outubro. O mesmo fez outro general de divisão, subchefe de uma estrutura militar em Brasília, ao compartilhar publicação sobre a "censura" à rádio Jovem Pan. Era 20 de outubro.

São casos menos intensos do que o do coronel. O TSE havia derrubado contas de políticos bolsonaristas porque divulgariam fake news contra as urnas e agira contra a Jovem Pan, impondo multa a comentaristas. Um perfil de um terceiro general de divisão, um engenheiro militar, compartilhou publicações em solidariedade à rádio. Em uma delas, porém, faz menção ao PT: "Um bom teste para todos os comentaristas compartilharem essa imagem. Quem se recusar veste mais a camisa do PT do que a da JP". A publicação é de 19 de outubro.

O Estadão procurou o coronel, mas não conseguiu localizá-lo até a publicação deste texto. A reportagem também procurou o Exército, mas o comando não se manifestou.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, viajou nesta quarta-feira para Izium, uma cidade de valor estratégico na região de Kharkiv (leste), em sua primeira visita aos territórios reconquistados dos russos graças à contraofensiva das últimas semanas.

Zelensky participou na cerimônia de hasteamento da bandeira ucraniana, informou no Facebook a 25ª brigada aerotransportada, que publicou fotos do presidente em Izium.

"Nossa bandeira azul e amarela está hasteada sobre Izium", disse o presidente ucraniano em sua conta no Telegram, em uma mensagem acompanhada por uma foto ao lado de militares.

A Ucrânia anunciou ter recuperado o controle de milhares de quilômetros quadrados no leste e sul, áreas que os russos ocupavam desde a invasão iniciada em 24 de fevereiro.

O exército russo informou nesta quarta-feira que bombardeou as tropas ucranianas na região de Kharkiv, que as tropas de Moscou cederam a uma contraofensiva relâmpago da Ucrânia.

"Aconteceram ataques em larga escala nas regiões de Dvoritchna, Balaklia e Kupiansk contra as forças e equipamentos das 14ª e 93ª brigadas motorizadas das Forças Armadas ucranianas", disse o ministério da Defesa russo em seu relatório diário.

Depois de uma ofensiva relâmpago, a Ucrânia reconquistou em duas semanas quase toda a região de Kharkiv, na fronteira com a Rússia, em particular as cidades de Balaklia, Kupiansk e Izium.

Estas duas últimas eram centros logísticos cruciais para as forças russas que, desde então, recuaram, segundo Moscou, para a província de Donetsk, uma das duas regiões separatistas do Donbass comandadas pela Rússia em território ucraniano.

A Ucrânia executa uma contraofensiva paralela no sul do país, na região ocupada de Kherson.

O país também reivindica avanços na regiãs, porém menores que os registrados no nordeste do país.

Campeão olímpico nos Jogos do Rio-2016, o nadador Joseph Schooling, de Cingapura, veio a público pedir desculpas por ter fumado maconha durante uma viagem ao Vietnã, enquanto estava em período de licença do serviço militar obrigatório do seu país. O Ministério da Defesa de Cingapura anunciou punições ao atleta de 27 anos.

"Peço desculpas por ter machucado pessoas ao meu redor, principalmente a minha família e os meus jovens fãs. Eu usei (a maconha) num momento de fraqueza ao passar por um momento muito difícil da minha vida", disse o atleta. "Eu cometi um erro e sou responsável pelo que fiz. Vou consertar o que fiz e não vou decepcionar vocês novamente."

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Único campeão olímpico da história de Cingapura, Schooling tem status de astro mundial na cidade-Estado desde que venceu a prova dos 100 metros borboleta na Olimpíada do Rio. Na ocasião, superou ninguém menos que o americano Michael Phelps, que era especialista nesta prova.

Mas o status do nadador sofreu duro prejuízo com notícias de que teria consumido maconha no Vietnã, durante a disputa dos Jogos do Sudoeste Asiático, no ano passado. O pai do atleta morreu poucos meses antes da competição.

Na ocasião dos Jogos do Sudoeste Asiático, Schooling estava de licença do serviço militar, com permissão especial para treinar e competir. A situação, contudo, mudou após o polêmico episódio. O Ministério da Defesa de Cingapura revogou a permissão e advertiu o atleta formalmente. "Ele ficará sob supervisão em regime de testes frequentes de urina ao longo dos próximos seis meses", avisaram as autoridades.

Cingapura é conhecida mundialmente pelas leis rígidas contra drogas. Portar ou consumir maconha, por exemplo, pode levar à prisão. Traficantes de drogas podem até ser condenados à morte.

O Exército Brasileiro reclamou oficialmente nesta quarta-feira, dia 10, da expulsão do coronel Ricardo Sant'Ana dos trabalhos de fiscalização das eleições e desistiu de indicar um substituto. Ele fora flagrado nas redes sociais propagando mensagens de viés político e desinformação sobre as urnas eletrônicas, objeto de inspeções que realizava na Justiça Eleitoral. Por meio de nota interna, o Exército queixou-se da forma como o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) conduziu o caso, excluindo o oficial sem consultar o Comando Geral nem o Ministério da Defesa.

"Baseado em 'apuração da imprensa' e de forma unilateral, sem qualquer pedido de esclarecimento ou consulta ao Ministério da Defesa ou ao Exército Brasileiro, o TSE 'descredenciou' o militar. Dessa forma, o Exército não indicará substituto e continuará apoiando tecnicamente o MD nos trabalhos julgados pertinentes", diz o comunicado da Força Terrestre.

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O Comando do Exército não esclareceu a que tipo de procedimento de apuração o coronel foi submetido. A informação anterior dava conta de que ele poderia ser submetido a um procedimento de apuração de transgressão disciplinar ou a uma sindicância. O caso seria conduzido inicialmente pelo general , do Centro de Desenvolvimento de Sistemas (CDS), ao qual Sant'Ana é vinculado.

Na nota, a força defendeu o coronel Ricardo Sant'Ana, apesar da ampla repercussão negativa do episódio, que expôs falta de controle sobre o uso das redes sociais pelo oficial em afronta às normas da caserna.

"Especificamente em relação ao oficial, cabe destacar que foi selecionado mercê de sua inequívoca capacitação técnico-científica e de seu desempenho profissional", diz o Exército. "Todavia, após tomar conhecimento das notícias veiculadas, já no final da semana passada, o Exército, como usualmente faz nesses casos, buscou esclarecer os fatos antes de tomar quaisquer providências, eventualmente precipitadas ou infundadas."

O exército de Ruanda atuou no leste da República Democrática do Congo (RDC), diretamente e em apoio a grupos armados, a partir de novembro de 2021, afirma um relatório de especialistas enviados à região pela ONU.

O exército ruandês "fez intervenções militares contra grupos armados congoleses e posições das Forças Armadas congolesas" de novembro de 2021 até junho de 2022, informa o relatório enviado ao Conselho de Segurança e ao qual a AFP teve acesso.

Os especialistas afirmam que Kigali também "forneceu reforços de tropas ao M23 para operações específicas, especialmente se estavam destinadas a tomar cidades e zonas estratégicas".

O M23 (Movimento 23 de Março) é um antigo grupo rebelde de maioria tutsi derrotado em 2013, que retomou as ações armadas no fim do ano passado para exigir a aplicação de um acordo assinado em Kinshasa.

Desde o fim de março, a frequência e a intensidade dos combates aumentaram de forma drástica e o M23 conquistou zonas do território de Rutshuru, dezenas de quilômetros ao norte de Goma, a capital provincial de Kivu Norte.

O relatório dos especialistas da ONU derruba as negativas das autoridades de Ruanda e prova o envolvimento do país "unilateralmente ou conjuntamente com os combatentes do M23" no leste da RD Congo.

Em comunicado, o governo ruandês negou as acusações da ONU e disse que eram "alegações invalidas".

"Ruanda tem o direito legítimo e soberano de defender sue território e seus cidadãos e não apenas esperar até que aconteça uma catástrofe", declarou Yolande Makolo, porta-voz do governo.

Pela primeira vez, o Comando de Defesa Cibernética do Exército comprou uma ferramenta que permite a extração de dados de telefones celulares, de sistemas de nuvem dos aparelhos e registros públicos armazenados em redes sociais como o Twitter, Facebook e Instagram.

Essa ferramenta é normalmente utilizada pela Polícia Civil, Federal, pelo Instituto Nacional de Criminalística e Ministério Público para acessar dados de telefones apreendidos a partir de decisões judiciais.

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A contratação foi assinada nos últimos dias de 2021 e, segundo a Folha de São Paulo, o Exército não específica no documento de contratação quais aparelhos celulares seriam acessados e nem o embasamento jurídico para o acesso aos dados privados da população. 

"A justificativa para a aquisição de uma solução para perícia em dispositivos móveis é o histórico de demandas apresentadas ao ComDCiber [Comando de Defesa Cibernética] nos últimos três anos", afirma um dos documentos elaborados para a contratação. 

"Não é possível detalhar as atividades devido ao caráter sigiloso, todavia a existência de uma solução seria suficiente para viabilizar o trabalho realizado neste centro", prossegue o documento.

O jornal aponta que o pedido formal para a compra do equipamento foi do chefe de gabinete do Comando de Defesa Cibernética, coronel Alexander Vicente Ferreira. O ofício foi enviado para o Comando de Comunicações e Guerra do Exército, responsável pela compra. 

O Exército adquiriu a solução Cellebrite UFED que, segundo documentos da contratação, é um hardware próprio comercializado no Brasil. A licitação foi dispensada porque a empresa TechBiz Forense Digital é a única fornecedora da ferramenta no país. A empresa foi contratada no dia 28 de dezembro de 2021, com o contrato de R$ 528 mil valendo até o dia 27 de dezembro de 2024.

Um palestino morreu nesta quarta-feira durante uma operação do exército israelense em Jenin, norte da Cisjordânia, informaram fontes palestinas.

Mohammad Marei, de 25 anos, morreu ao ser atingido por um tiro no peito, anunciou o ministério palestino da Saúde.

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A agência palestina Wafa também informou que soldados israelenses o mataram durante uma operação em Jenin, norte da Cisjordânia ocupada.

O exército israelense informou que os soldados prenderam dois palestinos "procurados por atividades terroristas" em Jenin.

"Durante as operações, vários suspeitos jogaram artefatos explosivos contra os soldados, que responderam com tiros", afirmou o exército em um comunicado.

Um palestino foi atingido pelos tiros, acrescenta o comunicado sem revelar mais detalhes.

O exército israelense intensificou nas últimas semanas as operações em Jenin, cujo campo de refugiados é um reduto das facções armadas palestinas, de onde procedem alguns dos autores dos recentes atentados em Israel.

Desde o fim de março, as forças israelenses realizam operações quase diárias na Cisjordânia, após uma série de ataques de palestinos e árabes israelenses em Israel e na Cisjordânia que mataram 19 pessoas, a maioria civis.

Nas operações do exército israelense, pelo menos 48 palestinos e três agressores árabes israelenses foram mortos - alguns deles membros de grupos armados -, mas também civis, incluindo uma famosa jornalista palestina que cobria uma operação em Jenin.

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