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Quem vai fazer o XXX Exame de Ordem Unificado, promovido pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), sabe que é necessário estar atento às especificações do edital. No documento que formaliza a prova, constam informações importantes, que definem desde as formas de realizar inscrição do processo seletivo, como também quais conteúdos serão cobrados no exame.

Um ponto importante a ser analisado pelos candidatos é o fato de que novas leis podem ser cobradas nas questões da prova. No edital do XXX Exame, o item 3.6.14.4 revela que apenas as leis sancionadas após a publicação do edital, em 22 de agosto, não serão objeto de avaliação. Para ajudar os candidatos que irão fazer o Exame da OAB, o LeiaJá traz, nesta sexta-feira (23), uma lista com algumas legislações que recentemente foram aprovadas e podem ser cobradas na XXX edição da prova.

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Emenda constitucional nº 101 de 04/07/2019 - Estende, aos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios, o direito à acumulação de cargos públicos prevista no art. 37, inciso XVI.

Lei nº 13.793/19 – Promove alteração das Leis nºs 8.906, de 4 de julho de 1994, 11.419, de 19 de dezembro de 2006, e 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil), para assegurar a advogados o exame e a obtenção de cópias de atos e documentos de processos e de procedimentos eletrônicos.

Lei nº 13.843 de 17/06/2019 - Abre, aos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social da União, em favor dos Ministérios da Economia e da Cidadania, de Encargos Financeiros da União e de Operações Oficiais de Crédito, crédito suplementar no valor de R$ 248.915.621.661,00, para reforço de dotações constantes da Lei Orçamentária vigente.

Lei nº 13.838 de 04/06/2019 - Altera a Lei nº 6.015, de 31 de dezembro de 1973 (Lei de Registros Públicos), para dispensar a anuência dos confrontantes na averbação do georreferenciamento de imóvel rural.

Lei nº 13.832 de 04/06/2019 - Altera a Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990, que dispõe sobre o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), para viabilizar a aplicação de recursos do Fundo em operações de crédito destinadas às entidades hospitalares filantrópicas, bem como a instituições que atuam no campo para pessoas com deficiência, sem fins lucrativos, que participem de forma complementar do Sistema Único de Saúde (SUS).

Lei nº 13.831 de 17/05/2019 - Altera a Lei nº 9.096, de 19 de setembro de 1995 (Lei dos Partidos Políticos), a fim de assegurar autonomia aos partidos políticos para definir o prazo de duração dos mandatos dos membros dos seus órgãos partidários permanentes ou provisórios; e dá outras providências.

Lei nº 13.827 de 13/05/2019 - Altera a Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha), para autorizar, nas hipóteses que especifica, a aplicação de medida protetiva de urgência, pela autoridade judicial ou policial, à mulher em situação de violência doméstica e familiar, ou a seus dependentes, e para determinar o registro da medida protetiva de urgência em banco de dados mantido pelo Conselho Nacional de Justiça.

Lei nº 13.818 de 24/04/2019 - Altera a Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976 (Lei das Sociedades Anônimas), para dispor sobre as publicações obrigatórias e ampliar para R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais) o valor máximo admitido de patrimônio líquido para que a sociedade anônima de capital fechado faça jus ao regime simplificado de publicidade de atos societários.

Lei nº 13.847 de 19/06/2019 - Altera a Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, para dispensar de reavaliação pericial a pessoa com HIV/Aids aposentada por invalidez.

Lei Complementar nº 168 de 12/06/2019 - Autoriza, no prazo que especifica, o retorno ao Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional) dos optantes excluídos desse regime tributário em 1º de janeiro de 2018.

Uma Lei que amplia o número de vagas para deficientes em concursos públicos foi publicada nesta quarta-feira (8), no Diário Oficial do Estado da Paraíba. A ampliação se dá agora em 10% das vagas reservadas para pessoas com deficiência. Na lei anterior de 2003, o percentual de vagas concedidas era de 5%.

O projeto de lei é de autoria da deputada estadual Cida Ramos, que diz haver uma grande diferença entre o número de pessoas com deficiência no estado e total de vagas oferecidas em concursos em concursos.

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Com a publicação no Diário Oficial, a nova lei já passa a vigorar no estado nordestino. Confira publicação do documento clicando aqui.

 

O ano de 2018 foi de intensas transformações no cenário trabalhista brasileiro, especialmente após a entrada em vigor da Lei 13.467/2017, em 11 de novembro de 2017, que alterou diversos artigos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Fazendo uma retrospectiva da atuação do Ministério Público do Trabalho (MPT) nacionalmente, é possível perceber uma queda no número de denúncias, que foram de aproximadamente 130 mil em 2017 para 106 mil em 2018. No entanto, a 8ª Região, que abarca os Estados do Pará e Amapá, contraria a ordem nacional, tendo registrado aumento no número de denúncias este ano.

Em 2017, o MPT PA/AP registrou 2.953 denúncias, já em 2018 os registros subiram para 3.078, o que equivale a 4,23 % de aumento. Também este ano, foram autuados na 8ª Região 550 procedimentos preparatórios (fase que precede a instauração de inquéritos), instaurados 988 inquéritos civis, expedidas 19 cartas precatórias, registrados 86 pedidos de mediação e abertos 27 procedimentos promocionais, que abarcam ações preventivas e educativas referentes a determinado tema.

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Em relação ao tempo de distribuição das denúncias, período decorrido entre o recebimento e análise da notícia de fato e sua atribuição a um procurador, o MPT PA/AP leva em média quatro dias. A Regional fica empatada na quarta posição com Campinas e Maranhão nesse quesito. Já em relação à duração média dos procedimentos extrajudiciais, a 8ª Região demanda cerca de 61 dias. Em 2018, o MPT PA/AP também ajuizou 413 ações judiciais e firmou 265 Termos de Ajuste de Conduta (TAC), acordos de natureza extrajudicial.

Quanto aos principais temas das denúncias apresentadas ao MPT na Regional, em 1° lugar aparece o "Meio ambiente de trabalho”, com 841 registros, em 2º surge o tema “liberdade sindical”, com 541 registros, seguido do tema “Igualdade de oportunidades e discriminação no trabalho”, com 324 registros. Na 4ª, 5ª, 6ª, 7ª e 8ª posições aparecem respectivamente “Trabalho na administração pública” (159), “Fraudes trabalhistas” (142), “Trabalho Infantil” (87), “Trabalho escravo” (75) e “Trabalho portuário e aquaviário” (48). Os assuntos não pertencentes às categorias referidas aparecem como “Temas gerais” no sistema do órgão.

Precatórios

Precatórios são requisições de pagamento feitas pelo Poder Judiciário a Municípios, Estados e a União, bem como autarquias e fundações, cobrando valores devidos em virtude de condenação judicial definitiva. De acordo com dados do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (TRT8), entre 2017 e 2018, os entes públicos mais executados em ações judiciais foram o Estado do Amapá, o município de Macapá, o Estado do Pará e o município de Belém, em razão do descumprimento de TACs celebrados com o MPT PA/AP.

No TRT8, entre 2017 e 2018 foram realizadas 112 audiências e celebrados 18 acordos que culminaram no pagamento de R$ 4.388.497, 99 em precatórios. Desse valor, R$ 3. 409.884,40 decorrem do descumprimento de Termos de Ajuste de Conduta firmados com o Ministério Público do Trabalho e foram revertidos em prol dos próprios entes públicos executados, para construção de escolas, reformas de prédios e programas de assistência social.

Da assessoria do MPT.

Na última vez que um número substancial de livros ou filmes entrou em domínio público, o YouTube não existia e a maioria das telas de celulares não eram coloridas. Nesta terça-feira (1º), isso mudou. Obras de 1923 estão livres para serem usadas ou mesmo adaptadas à medida que seus direitos autorais de 95 anos expiraram.

A Faculdade de Direito da Universidade de Duke, nos EUA, compilou uma lista de obras que entraram no domínio público. Entre elas estão o filme "O Peregrino", de Charlie Chaplin, o romance "O Quarto de Jacob", de Virginia Woolf, juntamente com livros de Agatha Christie, Winston Churchill, Robert Frost, Kahlil Gibran e Aldous Huxley.

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Esses livros, filmes e músicas agora estão livres para qualquer um copiar, reproduzir, apresentar ou executar, sem ter que obter permissão ou pagar taxas de royalties aos detentores dos direitos originais.

Antes, a lei estipulava 28 anos de direito sobre a obra, podendo ser dobrada, totalizando 56 anos. Entretanto, congressistas americanos intercederam em 1976 e conseguiram ampliar a proteção para 75 anos. Se nada tivesse sido feito, o personagem Mickey Mouse, por exemplo, já poderia ser usado, explorado ou mesmo alterado por qualquer pessoa ou empresa.

A expiração dos direitos autorais significa que você está livre usar esses materiais, para a educação, para a pesquisa ou para empreendimentos criativos - seja traduzindo os livros, criando suas próprias versões dos filmes ou construindo novas músicas baseadas em clássicos antigos. A lista completa de obras está disponível no site https://law.duke.edu/cspd/publicdomainday/2019/.

O presidente Michel Temer defendeu, nesta quinta-feira, 22, a necessidade de uma simplificação na elaboração de leis no Brasil. "Essa história de produzir muito ato normativo, muita lei, na verdade é incompatível com a segurança jurídica", disse o presidente durante cerimônia no Palácio do Planalto para lançamento de um aplicativo que reúne leis e decretos assinados pelo governo.

"Quanto menos legislarmos, melhor para a estabilidade. As pessoas vão percebendo que a ordem social é estável", emendou o emedebista.

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Temer estava ao lado do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, e do ministro da Corte Gilmar Mendes. No próximo dia 28 vence o prazo para o presidente sancionar ou vetar o reajuste salarial de ministros do Supremo - tema que tem gerado polêmica no período de transição com o governo eleito.

Ao destacar o trabalho da Subchefia de Assuntos Jurídicos da Casa Civil, responsável por dar respaldo jurídico aos atos da Presidência, Temer procurou destacar que procura ter certeza e segurança antes de sancionar ou vetar alguma medida. "Quando assino, assino com maior segurança e certeza que estou fazendo o melhor para o País. Quando aqui se sancionar uma lei, um ato normativo qualquer, nós estamos produzindo para o País", afirmou.

No mesmo discurso, Temer disse que seu governo deu liberdade aos ministros de Estado, descentralizou as decisões e ainda conseguiu estabelecer uma harmonia entre os Poderes.

A Câmara dos Deputados do Uruguai aprovou quatro leis que determinam ações de combate à discriminação contra transgêneros e garantir seus direitos, como acesso ao trabalho e à moradia. Agora, a legislação será encaminhada para o executivo.

As medidas aprovadas são:

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Menores de 18 anos não precisarão da autorização dos pais para mudar seu nome ou receber tratamento hormonal;

facilidade para mudança de nome no Registro Civil;

1% das vagas de trabalho público ficará reservado para trans;

indenização para vítimas de violência institucional ou privada para quem nasceu até fim de 1975.

As leis foram aprovadas por 66 votos dos 88 em uma sessão que durou 10 horas. "Embora todos nós tenhamos direitos desde que nascemos, o país [se dá conta de que] ainda há um caminho muito longo para percorrer e que necessitamos legislar mais pontualmente em certas situações. Esta população tem permanentemente os direitos violados e não deveria ser assim. [E isso passa] pela sua condição de gênero", afirmou a deputada da coligação Frente Ampla, Manuela Mutti.

Legisladores europeus decidiram adotar, nesta quarta-feira (12), uma controversa lei de direitos autorais que pode banir os memes e censurar a internet. Os críticos temem que a legislação possa impedir as pessoas de compartilhar imagens ou vídeos que foram alterados ou editados. As normas também podem forçar o Google e outras gigantes da tecnologia a pagar aos editores pela exibição de trechos de notícias.

O argumento mais acalorado da votação foi o artigo 13 da legislação, que torna as plataformas de compartilhamento de conteúdo - como o YouTube - responsáveis ​​por violações de direitos autorais cometidas por seus usuários. Para evitar isso, as empresas de tecnologia precisariam criar filtros que impedissem o upload de conteúdo protegido.

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Os críticos argumentam que os filtros automáticos equivalem à vigilância e podem prejudicar a liberdade de expressão. "Qualquer coisa que você queira publicar precisará primeiro ser aprovada por esses filtros", disse a parlamentar alemã que se opõe à lei, Julia Reda.

O custo de desenvolvimento dos filtros seria substancial. O YouTube disse que gastou mais de US$ 100 milhões em um sistema de identificação de conteúdo que identifica materiais protegidos por direitos autorais depois de publicado.

Isso pode impedir que as pessoas façam upload de remixes, paródias, memes e até links para artigos em sites de notícias. Dos legisladores na assembléia, 438 votaram a favor, enquanto 226 foram contra, com 39 abstenções. Desde o início da votação em julho, centenas de mudanças foram feitas nas propostas.

O deputado alemão Axel Voss, que conduziu o relatório através da assembléia, disse que a votação é um bom sinal para as indústrias criativas na Europa. As novas regras agora devem obter a aprovação final dos estados membros da União Europeia (UE).

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Quais são as atribuições dos deputados estaduais pernambucanos ainda é uma pergunta recorrente entre a população. Cabe aos 49 deputados estaduais que compõe a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) fiscalizar os atos do governador e secretários de Estado, além de propor, emendar, alterar ou revogar leis que estejam em vigor, entre outras competências. 

As funções dos deputados estaduais, que são eleitos de quatro em quatro anos por meio do sistema proporcional de lista aberta, equivalem às dos federais, mas no âmbito estadual. No estado, a legenda que conquistou a maioria das vagas na última disputa eleitoral foi o PSB, que elegeu 15 deputados estaduais. O PTB tem a segunda maior bancada, com 6 nomes.

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Todos os deputados que integram a Casa cumprem, conforme o regime interno da Alepe, um ritual de posse com a prestação do seguinte compromisso “manter, defender e cumprir a Constituição da República Federativa do Brasil e a deste estado, respeitar as leis, promover o bem coletivo e exercer o mandato sob a inspiração das tradições de lealdade, bravura e patriotismo do povo pernambucano”. 

Também é de responsabilidade dos deputados apreciar os relatórios sobre a execução dos planos de Governo, fiscalizar a execução do Plano Plurianual, da Lei de Diretrizes Orçamentárias e dos Orçamentos anuais, bem como autorizar referendo e convocar plebiscito.  

Os deputados pernambucanos cumprem expediente no Edifício Miguel Arraes de Alencar, novo local de trabalho dos parlamentares desde meados de 2017, localizado na área central da capital pernambucana. Na inauguração, o então presidente da Alepe, Guilherme Uchoa, chegou a dizer que Pernambuco iria sediar um dos melhores espaços de assembleias legislativas do país. A antiga sede, o Palácio Joaquim Nabuco, será transformado em um Museu Legislativo onde poderão ser realizadas visitas públicas e atividades culturais. 

No entanto, o valor gasto para erguer o Ed.Miguel Arraes, aproximadamente R$ 26 milhões, deu o que falar. Teve quem criticasse afirmando que não era necessário tamanho gasto para os deputados trabalharem. 

Polêmicas à parte, a assembleia também se destaca pelas Comissões Parlamentares Permanentes da Assembleia como a de Constituição, Legislação e Justiça; Finanças, Orçamentos e Tributação; Administração Pública; Negócios Municipais, Educação e Cultura, entre outras. São essas comissões que emitem os pareceres sobre as proposições que lhe foram distribuídas, solicitar depoimentos de qualquer autoridade ou cidadão e também convocar audiências públicas. 

No plenário da Alepe, de segunda a quinta-feira, também acontecem as reuniões ordinárias no qual os deputados previamente inscritos podem explanar sobre temas diversos. Os parlamentares ainda podem propor e realizar, uma vez na semana, a entrega de medalhas e o Título de Cidadão Pernambuco, sendo promovidas em horário diferente das reuniões ordinárias. 

De acordo com o Código de Ética Parlamentar da Alepe, o deputado que deixar de observar os deveres inerentes ao seu mandato ou praticar ato que afete a imagem da instituição, a honra ou a dignidade de seus membros, estará sujeito desde censura escrita, suspensão temporária e até mesmo perda do mandato. 

Em meio às recorrentes notícias sobre violência no Brasil, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSC) utilizou as redes sociais para perguntar à população sobre o tema: Por que os bandidos estão matando mais?, indagou. O filho do pré-candidato a presidente do Brasil Jair Bolsonaro (PSL) fez a pergunta ao lamentar a morte de dois conhecidos delegados federais, vítimas de atrocidades em um período de dez dias. "Somos órfãos da Justiça", criticou. 

De acordo com Eduardo, um dos casos aconteceu em São Luís, no Maranhão. O delegado assassinado, Davi, teria sido abordado por um bandido que foi preso diversas vezes, mas que está solto. A morte ocorreu no dia do aniversário de sua filha de 5 anos.  A outra fatalidade foi em São Paulo. O delegado Abdo, com o qual já trabalhou, de acordo com o deputado, teve sua casa assaltada por uma quadrilha. Um dos participantes do assalto tinha sido liberado com o ''saidão'' do Dia das Mães. 

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Na opinião de Eduardo Bolsonaro, que é policial federal, os marginais matam mais porque "podem", já que nada acontece. "Porque temos leis frouxas e parte de um Poder Judiciário entorpecido com uma mentalidade desencarceradora, com peninha de bandido. Resultado: mais bandidos em sociedade, mais crimes contra os cidadãos", alfinetou. 

Para o parlamentar, uma das formas possíveis de mudar esse cenário é não votar em legendas que sejam contra a redução da maioridade penal, nem tampouco em partidos que são a favor dos saidões. "Não vote em PT, PCdoB, PSOL e REDE", pediu. 

No início do ano passado, uma declaração do presidenciável Jair Bolsonaro deu o que falar. Ele disse que desejava que "matassem 200 mil vagabundos". Bolsonaro, à época, falava sobre uma tragédia que aconteceu no Complexo Penitenciário Anísio Jobim, em Manaus, no qual muitos presidiários morreram em um motim. "Eu queria que matassem 200 mil vagabundos. Eu estou preocupado é com os inocentes que morrem”, disparou.

O Facebook está introduzindo diversos controles de privacidade para cada um dos seus 2 bilhões de usuários. As medidas estão em conformidade com as novas leis de proteção de dados europeia, que entrarão em vigor no dia 25 de maio.

Sob as novas regras, as empresas estão sujeitas a penalidades se usarem ou coletarem informações pessoais sem o consentimento dos usuários.

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O Facebook pedirá a todos os usuários, independentemente de onde morem, que revisem suas opções de privacidade, desde as informações que adicionam a seus perfis até como o Facebook usa seus dados para segmentar anúncios.

A empresa também está anunciando o retorno do reconhecimento facial para a Europa e Canadá, depois que os tribunais decidiram há sete anos que o sistema de marcação de fotos coletava dados biométricos sem o devido consentimento dos usuários.

O serviço de rede social também passará a perguntar aos usuários se desejam ou não continuar compartilhando informações políticas, religiosas e de relacionamento em seus perfis e, caso a resposta seja negativa, facilitará a exclusão desses dados.

O Facebook também disse que vai pedir aos usuários para rever e escolher se querem ou não que a empresa use dados de parceiros para exibir anúncios segmentados de acordo com os seus interesses.

A empresa também está implementando proteções para adolescentes. Jovens entre 13 e 15 anos de alguns países precisarão da permissão de um dos pais ou responsável para habilitar anúncios direcionados ou para adicionar informações específicas em seus perfis.

O Facebook disse que os adolescentes nesta faixa etária verão uma versão menos personalizada da rede social com opções de compartilhamento limitadas até obter o consentimento.

Os novos controles serão lançados para os usuários europeus primeiro, a partir desta semana, e serão expandidos para todos globalmente depois, disse o Facebook em um post no seu blog oficial.

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A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC), do Ministério Público Federal (MPF), quer que o Supremo Tribunal Federal (STF) suspenda e julgue a inconstitucionalidade de duas leis municipais que tratam do ensino de questões de gênero e da escola sem partido. Para a procuradoria, as regras violam garantias fundamentais do direito à educação.

Uma das leis foi aprovada pelo município de Criciúma, em Santa Catarina, e cria o chamado Programa Escola Sem Partido. A norma n° 7.159/2018 diz que “o poder público não se imiscuirá no processo de amadurecimento sexual dos alunos nem permitirá qualquer forma de dogmatismo ou proselitismo na abordagem de gênero”. Também estabelece que os professores não podem manifestar opinião política ou estimular a participação dos estudantes em protestos, entre outras regras.

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A outra norma que o órgão do MPF pede que seja sustada é a do município de Ocauçu (SP). Nesta cidade, a Lei 1.725/2017 proibiu a distribuição, apresentação ou indicação de qualquer material, como livros e filmes, “contendo manifestação subliminar da igualdade (ideologia) de gênero nos locais Públicos, Privados de Acesso ao Público e Entidades de Ensino”. Entre os temas vetados, a norma cita explicitamente “igualdade ou desigualdade de gênero”.

Direito à educação

A Procuradoria afirma que as leis violam o direito à educação, a liberdade de ensino e o direito da criança, do adolescente e do jovem a ser colocado a salvo de toda forma de discriminação e violência. Afirma também que as normas ferem o direito de o estudante receber uma educação que o prepare para o exercício da cidadania, o respeito à diversidade e para o convívio em uma sociedade plural – princípios tratados como básicos pela Constituição Federal brasileira. Além disso, aponta que elas violam o pacto federativo por incidirem em uma área, a fixação de diretrizes e bases da educação, que é de competência federal.

Por outro lado, pondera que o Brasil é signatário de pactos que tratam da questão de gênero, como a Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra Mulher, de 1994, que prevê a educação como instrumento imprescindível para o combate à violência contra a mulher.

Após exposição sobre os conceitos e a doutrina jurídica, a procuradoria conclui que “o propósito da lei impugnada de cercear a discussão, no ambiente escolar, de certos assuntos, contraria os princípios conformadores da educação brasileira, dentre os quais, as liberdades constitucionais de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber; o pluralismo de ideias e de concepções religiosas e de concepções pedagógicas; e a gestão democrática do ensino público”.

As representações sobre as duas leis municipais foram entregues à procuradora-geral da República, Raquel Dodge, a quem cabe ingressar com ações perante o Supremo Tribunal Federal (STF). Não há data fixada para que Dodge manifeste-se sobre o pedido.

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O presidente Michel Temer sancionou nesta quinta-feira (21) várias leis que liberam recursos do Orçamento da União e das empresas estatais.

Uma das leis faz um remanejamento ao liberar crédito suplementar de R$ 8,4 bilhões do Orçamento de Investimento para diversas empresas estatais, ao mesmo tempo em que reduz em R$ 15,27 bilhões em outras despesas do mesmo Orçamento.

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Também foram sancionadas leis que destinam R$ 76,34 milhões para as justiças Federal, Eleitoral e do Trabalho, R$ 59,03 milhões para os ministérios da Educação, Minas Energia e Planejamento, R$ 51,03 milhões para cobrir custos com a equalização de juros no alongamento de dívidas do crédito rural e R$ 36,26 milhões para a Justiça Federal e Defensoria Pública da União.

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) lançou uma campanha intitulada “Juntos podemos acabar com o abuso sexual nos transportes públicos” para tentar conscientizar magistrados e a sociedade sobre o impacto de crimes sexuais e a aplicação da legislação nesses casos. De acordo com o comunicado oficial em sua página, o TJSP, em parceria com outras 15 instituições, vai propor alterações em leis específicas sobre esses crimes para evitar que novos episódios, como o da empregada doméstica que sofreu abuso em um ônibus na avenida Paulista, voltem a acontecer.

Segundo o órgão, os magistrados ficam suscetíveis aos benefícios previstos em lei, que minimizam o sofrimento da vítima e deixam brechas para que o autor permaneça impune. A nota, assinada pelo presidente do TJSP, Paulo Dimas de Bellis Macaretti, afirma que “essa decisão (de não converter a prisão em flagrante em prisão preventiva), tomada estritamente dentro dos limites da independência assegurada ao juiz como forma de garantir a liberdade pública, está sujeita ao controle recursal previsto na própria lei processual”.

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O comunicado sobre a iniciativa da campanha afirma também que, nos próximos dias, serão agendados encontros entre representantes da sociedade civil e instituições públicas, para que sejam ouvidas as sugestões de mudanças em leis que abordem temas contemporâneos pertinentes.

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O governo federal trabalha para aprovar, no Congresso Nacional, uma série de mudanças na legislação que vão afetar diretamente o trabalhador brasileiro. Em maio de 2017, o texto base da reforma da Previdência passou em uma comissão especial da Câmara dos Deputados e avança para entrar em vigor em novembro deste ano. A próxima missão, já iniciada, será a reforma da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

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Diante de uma das maiores mudanças trabalhistas dos últimos anos, o Sindicato dos Jornalistas do Pará (Sinjor) realizou a mesa-redonda “Mitos e Verdades sobre a Reforma Trabalhista”, em parceria com a Universidade da Amazônia (Unama), na última quinta-feira (10), no auditório David Mufarrej, no campus Alcindo Cacela. A mesa, em formato de debate, contou com a presença de profissionais e estudantes de diversas categorias.

Como debatedores participaram o vice-procurador geral do Trabalho do Pará e Amapá, Paulo Isan, o juiz do Trabalho Pedro Tumpinambá e o advogado  e presidente da Associação da Advocacia Trabalhista do Pará (ATEP), Daniel Rodrigues. A mediação do debate foi feita pelas jornalistas Sheila Faro e Renata Ferreira.

Os participantes da mesa pontuaram as principais mudanças propostas na reforma trabalhista, explicando como essas alterações afetam não só o cenário político atual, como também outros aspectos, como o social e o econômico do país.

O vice-procurador geral Paulo Isan enfatizou a importância e necessidade de espaços para debater a reforma até que ela entre em vigor, aconselhando quem estava presente a procurar o fortalecimento dos sindicatos de sua categoria e buscar se manter informado. “Estamos fazendo hoje os debates que deveriam ter acontecido antes da aprovação, estamos falando de uma reforma que alterou mais de 100 artigos da legislação trabalhista e que foi aprovada em menos de sete meses. Não foi possível digerir ainda o conteúdo dessa reforma. Espaços como esse são profundamente importantes para compreendermos o que está acontecendo”, enfatiza Paulo.

Durante o evento, mais de 20 perguntas feitas pelo público abordaram diversos aspectos da reforma, como direito à maternidade, terceirização, benefícios e aposentadoria. “Hoje esse debate acontece em conjunto de profissionais e sociedade para integrar ambas as partes sobre essas questões. E a partir da análise quem sabe também construir soluções através do que pode ser discutido aqui”, explicou o juiz do Trabalho e presidente do Associação dos Magistrados do Trabalho da 8º região (Amatra), Pedro Tupinambá.

A jornalista e presidente eleita do Sindicato dos Jornalistas do Pará (Sinjor), Sheila Faro, explicou como a reforma afeta a categoria dos jornalistas e a importância dos profissionais de comunicação diante das novas mudanças. “O jornalista também tem que se reconhecer como trabalhador, e ele também tem uma missão legal que é de levar informação, então ele precisa estar municiado e ter essas informações, e a partir daí usar os veículos de informação, como rádios, mídias sociais e jornais, para informar”, conta Sheila.

Por Ariela Motizuki.

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O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), argumentou neste domingo (30), que o veto à Central Única dos Trabalhadores (CUT) de realizar o ato de 1º de Maio na Avenida Paulista não foi uma decisão da Prefeitura. Segundo ele, a gestão municipal só cumpriu uma determinação da Justiça assinada em Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) no governo Fernando Haddad.

Doria disse que apenas solicitou uma consulta sobre o assunto ao Tribunal de Justiça de São Paulo, que ratificou a decisão e ainda determinou o pagamento de uma multa de R$ 10 milhões caso haja descumprimento da decisão. "Espero que a CUT mostre que respeita as leis e tome uma decisão equilibrada de não entrar em confronto com a Justiça", disse em conversa com jornalistas após participar da cerimônia oficial de inauguração da Japan House, na Avenida Paulista, no centro da capital.

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Doria ainda disse que deu autorização prévia para a central sindical realizar seu evento tradicional do feriado do Dia do Trabalhador no Vale do Anhangabaú, também na região central de São Paulo, como fez no ano passado. "Lá tem espaço, tem acesso. Na Avenida Paulista, não pode por determinação ratificada por um desembargador de Justiça, não porque não queremos", reforçou.

Segundo ele, diferentemente das outras três centrais sindicais, a CUT não fez solicitação formal para realizar o evento na cidade. "A CUT apenas anunciou que faria na Avenida Paulista e na Paulista não pode."

Lula

Questionado sobre a declaração do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula do Silva, que disse em entrevista ao jornal SBT Brasil que Doria queria apenas cinco minutos de glória, o prefeito afirmou que dedicava a mesma frase que o marqueteiro João Santana dirigiu à ex-presidente Dilma Rousseff: "Estendo a frase de amnésia moral que João Santana disse à Dilma ao ex-presidente Lula."

Ciclovias

O prefeito foi alvo de manifestação por parte de ciclistas que estavam na Avenida Paulista, diante de notícias de que sua administração avalia transformar parte da atual malha cicloviária em ciclorotas. Em reposta, Doria afirmou não ser contrário aos ciclistas, mas disse que a secretária de Transportes da cidade de São Paulo está fazendo um amplo estudo de viabilidade das ciclofaixas, ciclovias e ciclorotas. "É importante ressaltar que eu apoio as ciclovias e gosto dos ciclistas", disse.

Japan House

Durante seu discurso na cerimônia de inauguração da Japan House, espaço criado para mostrar a cultura japonesa do século XXI, o prefeito paulistano exaltou a relação que São Paulo tem com o país asiático. "São Paulo é a maior cidade brasileira fora do Japão. Há uma história que nos une há mais de 100 anos. Quero registrar aqui em nome da população da cidade de São Paulo o orgulho que tem a nossa cidade com a inauguração da Japan House."

Desde maio do ano passado, quando Michel Temer assumiu interinamente a Presidência da República, 62% de todas as novas leis aprovadas no Congresso foram inicialmente propostas pelo Palácio do Planalto - a maior taxa dos últimos dez anos. Os números revelam como o peemedebista - que construiu sua carreira política na Câmara dos Deputados, onde foi eleito presidente da Casa três vezes - interrompeu a trajetória de queda na proporção de leis aprovadas cujo autor é o Executivo.

Nos primeiros anos após a promulgação da Constituição de 1988, muitos cientistas políticos temiam que a combinação de presidencialismo com multipartidarismo não funcionaria de jeito nenhum. A avaliação era que um presidente não conseguiria governar tendo de negociar com um Congresso disperso e fragmentado. Hoje, porém, está claro que o presidente consegue não apenas governar formando coalizões, mas também dominar a pauta legislativa de maneira quase hegemônica.

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O fenômeno entrou em pauta nas discussões sobre a eleição da nova Mesa Diretora da Câmara marcada para a próxima quinta-feira. Ao lançar sua candidatura no início do mês, o deputado Rogério Rosso (PSD-DF) criticou o fato. Para analisá-lo, o Estadão Dados compilou a autoria de todas as 5.719 leis aprovadas de 1989 até hoje, com base nos registros do Congresso. Os dados mostram que, até meados do segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso (1999-2002), cerca de três a cada quatro novas leis tiveram o Executivo como autor - taxa que permaneceu no mesmo patamar nesse período.

Desde então, entretanto, o porcentual passou a cair de maneira quase constante. De janeiro a maio de 2016, antes de Dilma Rousseff ser afastada, a proporção chegou ao menor valor da série: 26%. O movimento parecia revelar um aumento paulatino do protagonismo do Legislativo na confecção das leis, conforme apontou estudo do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea) em 2015.

"Naquela época esse era um padrão que a gente identificava. Mas, de fato, os números mudaram", afirma o autor do estudo, o pesquisador Acir Almeida. Segundo ele, há uma hipótese que se mostra consistente ao longo do período para explicar a mudança. "A dominância legislativa pelo Executivo varia em função das preferências da coalizão do governo. Na era PT, a base do governo no Congresso era bastante heterogênea, e era mais difícil que os projetos apresentados pelo governo agradassem a toda a base. Assim, os congressistas apresentavam mais seus próprios projetos."

A lógica é que, quando as preferências de deputados e governo se alinham, é mais fácil que os principais projetos venham do governo, que tem mais ferramentas para determinar a pauta e fazer com que as propostas sejam analisadas mais rapidamente - como, por exemplo, usando medidas provisórias.

Coalizão

Essa explicação é corroborada pela pesquisa do cientista político Carlos Pereira, da Fundação Getulio Vargas (FGV). Ele e dois outros pesquisadores analisaram a ideologia de congressistas desde 1988 e descobriram que os períodos com maior dominância do Executivo coincidem com os governos em que a coalizão governista é mais homogênea.

"A coalizão de Temer é a mais homogênea e mais proporcional desde a redemocratização, e, além disso, a preferência mediana de seu gabinete se aproxima bastante da preferência mediana do Congresso, o que não ocorria desde FHC. Isso faz com que Temer tenha menores custos de governo e consiga obter um grande apoio legislativo", disse Pereira.

A hipótese também é levantada por Antonio Queiroz, diretor do DIAP (Departamento Intersindical de Análise Parlamentar). "O governo do PT tinha conflito de agenda com o Parlamento. Isso exigia um carinho muito especial, além de cargos e emendas. (Os governos do PT) tinham um conteúdo que conflitava com maioria dos partidos da base", afirma.

Líderes partidários também endossam a tese. "O governo atual está mais de acordo com o pensamento da maioria do Congresso, que é conservadora. Também no caso do FHC, a maioria do Congresso correspondia socialmente ao governo", afirmou Carlos Zarattini, líder do PT na Câmara. "Os governos do PT também tinham maioria, mas que não permitia fazer todas as reformas que estavam no programa do partido."

Outra diferença citada está no caráter reformista das gestões FHC e Temer. "Quando você está em um momento de dificuldade, normalmente é preciso ter urgência. FHC precisava proporcionar crescimento ao País. E Temer precisa colocar o Brasil de pé", afirmou o líder do PSDB, Ricardo Tripoli. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O número de projetos de lei relacionados à internet que foram apresentados no Congresso Nacional disparou desde a promulgação do Marco Civil da Internet, em abril de 2014. É o que mostra um levantamento de pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e do Núcleo de Informação e Comunicação do Ponto BR (NIC.br), feito entre fevereiro e setembro deste ano.

O estudo considerou projetos ativos - em tramitação ou esperando um relator - ligados à rede apresentados entre 1993 e 2016. Segundo o estudo, 166 propostas foram apresentadas desde abril de 2014, contra 139 nos vinte anos anteriores. Ao todo, são 305 projetos de lei.

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A maior parte das contribuições foi feita na Câmara dos Deputados, com 140 projetos desde abril de 2014 (84% do total). "O Congresso Nacional está mais atento às pautas da internet, seja por conta de leis como o Marco Civil ou porque esses temas afetam a vida da população", avalia Bruno Bioni, assessor jurídico do NIC.br e responsável pelo estudo.

Punição

Aprovada em 2014, ainda no governo de Dilma Rousseff, a Lei 12.965/2014 - conhecida como Marco Civil da Internet - é um projeto que estabelece direitos e deveres para quem usa a rede. "Foi um projeto que surgiu como reação a diversos projetos de lei que queriam tratar a internet como um espaço criminal, como foi o PL Azeredo", diz Bioni.

O estudo também mostra que a quantidade de projetos de lei que afetam a internet do ponto de vista punitivo - isto é, pensados para combater crimes na internet - também aumentou. Antes de 2014, eles representavam 31% das pautas apresentadas no Congresso; depois da "constituição da internet", essa proporção saltou para 36%.

"Depois do Marco Civil da Internet, pode ser que o Congresso Nacional agora acredite que é hora de regular a internet de forma punitiva", avalia Bioni. Nesse conjunto, estão projetos que saíram da Comissão Parlamentar de Inquérito sobre Crimes Cibernéticos; e o PL 215/2015, que tenta exigir que as pessoas cadastrem dados pessoais para navegar na internet ou usar aplicativos.

Temas quentes

Os pesquisadores também destacam os principais temas de projetos que, de alguma forma, tentam alterar o Marco Civil da Internet. Em primeiro lugar, com 17 projetos, está a "franquia de dados", tema que ganhou notoriedade no início de 2016, após diversas operadoras manifestaram a intenção de estabelecer limites de dados para a banda larga fixa, prática comum na internet móvel.

Outro assunto polêmico é o "bloqueio de aplicativos", que ficou em terceiro lugar no ranking, com sete projetos de lei. "O nosso Congresso tem sido extremamente reativo às pautas de comoção social, como aconteceu com a suspensão do WhatsApp pela Justiça e a franquia de dados", diz Bioni. Ao todo, 39 projetos solicitam alterações no Marco Civil da Internet - ou seja, 23% das propostas apresentadas depois de abril de 2014.

Para os pesquisadores, o Marco Civil não encerra o debate sobre a internet brasileira: privacidade e proteção de dados pessoais, por exemplo, devem ser contemplados pelo Projeto de Lei de Proteção de Dados (PL 5276/2016), que ainda está em tramitação. "Em vez de alterar o Marco Civil, é o caso de apostar mais em uma produção complementar, o que cria um arcabouço jurídico mais completo", diz Bioni.

O estudo deve ganhar uma segunda etapa em breve, em que os pesquisadores vão analisar o teor dos projetos e sua evolução no Congresso.

Após mais de duas horas de reunião com o presidente interino Michel Temer e com cerca de 100 empresários do Comitê de Líderes da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, disse nesta sexta-feira (8) que, para o governo melhorar a situação do déficit fiscal, serão necessárias “mudanças duras” tanto na Previdência Social quanto nas leis trabalhistas. Temer deixou o evento sem falar com a imprensa.

O presidente da CNI citou como exemplo a França, onde as leis trabalhistas estão sendo discutidas. “Vimos agora o governo francês, sem enviar ao Congresso Nacional, tomar decisões com relação às questões trabalhistas. No Brasil, temos 44 horas de trabalho semanal. As centrais sindicais tentam passar esse número para 40. A França, que tem 36, passou para a possibilidade de até 80 horas de trabalho semanal e até 12 horas diárias de trabalho [na verdade, são 60 horas semanais]. A razão disso é muito simples. A França perdeu a competitividade de sua indústria com relação aos demais países da Europa. Agora, está revertendo e revendo suas medidas, para criar competitividade. O mundo é assim e temos de estar aberto para fazer essas mudanças. Ficamos ansiosos para que essas mudanças sejam apresentadas no menor tempo possível”, argumentou o empresário.

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“Um déficit de R$ 139 bilhões [para 2017]. Acho que foi uma demonstração de responsabilidade do governo apresentar as dificuldades que têm e o esforço que será feito para contornar essas dificuldades”, afirmou o presidente da CNI. Segundo ele, ao considerar que, em 2016, o déficit será R$ 170 bilhões, a conclusão é que haverá, em algumas áreas, crescimento de despesas governamentais. “É claro que a iniciativa privada está ansiosa para ver medidas duras, difíceis de serem apresentadas. Por exemplo, a questão da Previdência Social. Tem de haver mudanças na Previdência Social. Caso contrário, não teremos no Brasil um futuro promissor”, acrescentou.

Robson Andrade defendeu também a implementação de reformas trabalhistas. Para ele, o empresariado está “ansioso” para que essas mudanças sejam apresentadas “no menor tempo possível”.

Aumento de impostos

Robson Braga de Andrade reiterou a posição da CNI, contrária ao aumento de impostos. “Somos totalmente contra qualquer aumento de imposto. O Brasil tem muito espaço para reduzir custos e ganhar eficiência para melhorar a máquina pública antes de pensar em qualquer aumento de carga tributária. Acho que seria ineficaz e resultaria, neste momento, na redução das receitas, uma vez que as empresas estão em uma situação muito difícil”, disse ele.

Também presente no evento, a presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Maria Silvia Bastos Marques, informou que o banco investiu R$ 6 bilhões em inovação nos últimos dois anos. Maria Silvia defendeu o diálogo cada vez maior com o setor privado. “Inovação é uma das prioridades do banco. Produtividade e competitividade são fundamentais para a retomada do crescimento sustentável”, disse a presidente do BNDES.

Também participando do encontro, Ricardo Felizzola, presidente do Grupo Parit – holding de investimentos que controla as empresas Altus Sistemas de Automação S/A, Teikon Tecnologia Industrial S.A e HT Micron Semicondutores Ltda – disse que o Brasil precisa aumentar o apoio e financiamento em inovação tecnológica para aumentar a competitividade.

A MEI, com quem Temer se reuniu, agrega mais de 100 líderes empresariais das maiores empresas do país. Com o objetivo de formular propostas de políticas públicas e estimular e construir nas empresas um ambiente em que a inovação ocupe um papel central de forma a gerar empregos e inserir de forma mais efetiva a indústria brasileira nas cadeias globais de valor.

Para 2016, a MEI tem como agenda prioritária a atualização do marco regulatório da inovação, o aperfeiçoamento do marco institucional da inovação, aprimoramento dos mecanismos de financiamento à inovação, estruturação da inserção global de empresas brasileiras via inovação, modernização do currículo das engenharias e o fortalecimento da atuação de pequenas e médias empresas inovadoras.

* O título foi atualizado às 15h28 para correção de informação. O presidente da CNI, Robson Andrade, não defendeu a ampliação da carga horária para 80 horas semanais no país, mas mudança na legislação trabalhista. No evento, ele citou as propostas de mudanças trabalhistas que estão sendo apresentadas pelo governo francês, entre elas da jornada de trabalho. 

A Câmara Municipal de São Paulo optou pagar por um serviço que poderia usufruir gratuitamente. Desde outubro, parte dos projetos de lei elaborados pelos vereadores abastece o site Vote na Web/SP, no qual internautas manifestam-se contra ou a favor das propostas. A plataforma privada custa R$ 53 mil por mês, ou R$ 636 mil por ano, e foi escolhida em detrimento da ferramenta Eu Voto, de código aberto, e sem custos.

Ambos os sistemas funcionam da mesma forma: apresentam didaticamente os textos dos projetos de lei em trâmite na Casa, com fotos temáticas e ilustrações que mostram os acessos e as opiniões dos participantes por meio de porcentuais de "sim" e "não". As páginas também abrem espaço para comentários e direcionam os visitantes aos sites e às redes sociais dos parlamentares.

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A ideia de ter uma ferramenta online que servisse de "termômetro" para os projetos elaborados pelo Legislativo não é nova. Em 2012, quando a Câmara passou a publicar na internet os salários dos vereadores, representantes do braço brasileiro da organização sem fins lucrativos Open Knowledge já projetavam ações de transparência para a Câmara. Em março do ano passado, começaram a desenvolver o projeto Eu Voto e, nos últimos seis meses, têm tentado ofertar de graça, mas sem sucesso, a tecnologia para os parlamentares da capital.

"Tentei conversar com o presidente (vereador Antonio Donato, do PT) por duas vezes. Bati na porta dele, mas não fui atendido. Também fiz contatos por telefone e convites para um evento que promovemos neste ano sobre democracia na internet. Não me retornaram. Em outubro, uma ferramenta de código proprietário (fechado), entrou no ar", diz Everton Zanella Alvarenga, diretor executivo da Open Knowledge Brasil.

A adoção de aplicativos de domínio aberto é uma tendência em todo o mundo quando se trata de dados públicos. A Câmara Municipal, por sua vez, paga cerca de R$ 17 milhões por ano com uso de softwares proprietários, de código fechado.

Subcontrato

Responsável pelo Vote na Web/SP, a empresa Webcitizen foi subcontratada pela agência de publicidade da Câmara, a Artplan, que recebe R$ 26 milhões por ano para divulgar o trabalho dos parlamentares. Desse modo, não é possível acompanhar, pelo portal de transparência, as metas e os resultados obtidos com o serviço.

Diretor executivo da Webcitizen, Fernando Barreto rebate as críticas de Alvarenga quanto à falta de transparência. Para ele, o código fechado é somente uma característica do site, que também coloca os projetos do Congresso Nacional em votação na internet. Ele acrescenta que a venda de publicidade foi o modelo de negócio encontrado para expandir a plataforma para a esfera municipal. "Queremos que chegue a mais pessoas e envolva as pessoas nas funções democráticas", diz.

Quem entra no site, no entanto, percebe que a Câmara é atualmente a única anunciante da plataforma, que está hospedada no próprio portal da Casa, no qual há outros banners de publicidade institucional. Em nota enviada à reportagem, a Artplan afirma que "analisa e compra mídia mensal para exposição do cliente (Câmara) em vários veículos de comunicação online e offline".

A Câmara informou, em nota, que a adoção da ferramenta é uma estratégia de marketing, uma vez que o Vote na Web tem mais de 70 mil usuários apenas na capital - o Eu Voto teria pouco mais de 1 mil. A Casa explicou que usa o sistema da empresa privada porque faz uma ação publicitária por meio dela - no site, entre os projetos dos vereadores, há banners que informam sobre a lei de zoneamento, atualmente em discussão.

A Câmara ainda afirma que a plataforma Eu Voto foi convidada a desenvolver ação semelhante. As negociações estão em andamento, comandadas por Donato, confirma Alvarenga. Em breve será formalizada parceria entre a Open Knowledge Brasil e a Escola do Parlamento, para desenvolvimento de cursos e eventos voltados para transparência e governança.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Sem agendas públicas nesta segunda-feira (13), governador Paulo Câmara (PSB) aproveitou o dia para assinar no Palácio do Campo das Princesas, um termo de cooperação técnica entre o Executivo e a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). O documento autoriza o acesso do Governo estadual ao banco de dados do Legislativo, que, além das leis aprovadas pelos deputados estaduais, passará a contar também com os decretos editados pelo Estado.

A medida não gera custos e tem o objetivo de facilitar o compartilhamento de informações entre os poderes, ampliando a transparência das ações de governo e a consulta popular. "Esse convênio permitirá que Executivo e Legislativo aumentem a sua capacidade de diálogo, mostrando a população que nós trabalhamos em conjunto para um Pernambuco ainda melhor; oferecendo serviços públicos de qualidade e com acesso à informação", argumentou Câmara.

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Com a assinatura do convênio, o Governo de Pernambuco se compromete a integrar, ampliar e modernizar o sistema, que existe desde 2012. Já a Alepe vai disponibilizar uma equipe técnica para treinar um grupo de trabalho indicado pelo Executivo. O termo, que também foi assinado pelo presidente da Assembleia, Guilherme Uchoa (PDT), tem duração de cinco anos.

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O Alepe Legis, como é chamada a ferramenta, pode ser acessado através do endereço www.alepe.pe.gov.br/legislacao. A página foi desenvolvida e lançada para disponibilizar as leis estaduais atualizadas e as normas em atualização. O portal pode ser acessado por qualquer cidadão.

Antes da adesão ao sistema, a busca pelos decretos editados pelo Executivo acontecia via Diário Oficial do Estado. A pesquisa exigia o conhecimento do dia e do número do decreto. Agora, com sistema do Legislativo é mais simples obter as informações porque a ferramenta oferece busca por tema e atualização da norma.

 

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