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A medida provisória que muda regras para a venda do petróleo da União obtido nos contratos de partilha é o destaque da pauta do Plenário da Câmara dos Deputados no dia 2 de maio. A MP 811/17 permite à Pré-Sal Petróleo S/A (PPSA) realizar diretamente a comercialização da parte de óleo devida à União na exploração de campos da bacia do pré-sal com base no regime de partilha, vigente desde 2010.

Antes da medida, a lei de criação da PPSA (12.304/10) permitia apenas a contratação de agentes de comercialização para vender o petróleo da União.

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A novidade no projeto de lei de conversão do senador Fernando Bezerra Coelho (PMDB-PE) é que, para os futuros leilões, a União poderá optar por receber o valor em dinheiro equivalente à quantidade em óleo que lhe cabe. No caso dos contratos em andamento, o Ministério de Minas e Energia poderá propor um aditivo com a mudança.

Em ambas as situações, o preço do barril do petróleo será o preço de referência estabelecido pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para a data de produção. No caso do gás, o preço poderá ser diferente se for comprovada vantagem.

Pesquisa e desenvolvimento
Ainda na pauta de quarta-feira (2), o primeiro item da sessão, marcada para as 13 horas, é a Medida Provisória 810/17, que concede mais prazo para empresas de tecnologias da informação e da comunicação investirem recursos vinculados à isenção de tributos em atividades de pesquisa e desenvolvimento.

As mudanças ocorrem nas leis 8.248/91 e 8.387/91. A primeira se refere ao Brasil todo e a segunda especificamente à Zona Franca de Manaus (ZFM).

Segundo a legislação, as empresas precisam entregar ao governo, anualmente, demonstrativos detalhando a aplicação de um mínimo de 5% de seu faturamento bruto em pesquisa e desenvolvimento do setor.

O projeto de lei de conversão do deputado Thiago Peixoto (PSD-GO) prevê a concessão dos benefícios somente com a comprovação, pelas empresas, da regularidade de suas contribuições para o sistema de seguridade social.

Congresso
Na própria quarta-feira, às 17 horas, está marcada sessão do Congresso Nacional para analisar três projetos de lei (PLNs 6/18; 7/18 e 8/18) e um projeto de resolução (PRN 3/17).

Entre a propostas da pauta destaca-se o PLN 8/18, que cria 231 cargos e funções, dos quais 67 para a composição de um gabinete para as atividades da intervenção federal no Rio de Janeiro, cuja estrutura permanecerá em vigor até 30 de abril de 2019.

Os outros 164 cargos servirão para atividades de direção e assessoramento na área de segurança pública e para atender a outras demandas consideradas prioritárias pelo Poder Executivo federal.

O impacto orçamentário da mudança será de R$ 20,9 milhões em 2018 e de R$ 23,2 milhões em 2019. Os recursos virão da extinção de cargos do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

PIS/Pasep
Na sessão do Plenário da Câmara marcada para as 9 horas de quinta-feira (3), os deputados podem debater outras cinco MPs.

A Medida Provisória 813/17 diminui de 70 para 60 anos a idade a partir da qual o trabalhador poderá sacar recursos de conta individual depositados em seu nome junto ao PIS ou ao Pasep no período anterior a 1988.

Esses fundos eram alimentados com depósitos obrigatórios dos empregadores em contas individuais dos trabalhadores e servidores. Até 4 de outubro de 1988, data de promulgação da Constituição Federal, os fundos distribuíam os valores aos empregados na forma de quotas proporcionais ao salário e ao tempo de serviço.

A partir da Constituição, entretanto, os saques de contas individuais passaram a ser proibidos e os depósitos passaram a ser destinados ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) para o custeio do Programa do Seguro-Desemprego, pagamento do Abono Salarial e financiamento de programas de desenvolvimento econômico pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Estados e municípios
Com a Medida Provisória 815/17 a União foi autorizada a repassar aos municípios o total de R$ 2 bilhões a título de ajuda emergencial, já viabilizada com a aprovação, pelo Congresso Nacional, da Lei 13.633/18.

Do total de recursos, R$ 600 milhões irão para o Ministério da Educação, R$ 1 bilhão para o Ministério da Saúde e R$ 400 milhões para o Ministério do Desenvolvimento Social. A ideia é aplicar em serviços públicos básicos nos municípios e projetos de investimento feitos em parceria com a União.

Três cargos em comissão são criados pela Medida Provisória 816/17 para compor os conselhos de supervisão dos regimes de recuperação fiscal.

A Lei Complementar 159/17 instituiu o Regime de Recuperação Fiscal para os estados e o Distrito Federal, destinado a conceder ajuda aos governos endividados em troca de contrapartidas, tais como privatizações, restrições ao aumento de despesas contínuas, congelamento de salários do serviço público, redução de incentivos tributários e negociações com credores.

Palestina
Na pauta também consta a Medida Provisória 817/18, que disciplina a transposição aos quadros em extinção da União de servidores, empregados e pessoas cujo vínculo com os ex-territórios possa ser comprovado.

O texto regulamenta as Emendas Constitucionais 19, 60 e 98 e incorpora o texto de outras leis, revogadas pela MP. São beneficiados servidores ativos ou não dos estados de Amapá, Rondônia e Roraima.

A última MP pautada é a 819/18, que autoriza a União a doar cerca de R$ 792 mil (US$ 252,3 mil pelo câmbio de 25 de janeiro, data de edição da MP) para a restauração da Basílica da Natividade, na cidade de Belém, no Estado da Palestina.

De acordo com o governo, a restauração é um projeto organizado pelo governo palestino e pelas três igrejas que administram a basílica (católica, ortodoxa grega e armênia), com apoio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e de vários países.

Cadastro positivo
Também na pauta da semana consta o projeto de lei que torna obrigatória a participação de todos os consumidores no cadastro positivo (PLP 441/17, do Senado).

O cadastro positivo já existe (Lei 12.414/11), mas é optativo. Com a obrigatoriedade proposta pelo projeto, os gestores de bancos de dados terão acesso a todas as informações sobre empréstimos quitados e obrigações de pagamento que estão em dia.

Segundo o substitutivo do relator, deputado Walter Ihoshi (PSD-SP), os dados serão usados para se encontrar uma nota de crédito do consumidor, que poderá ser consultada por interessados.

Os defensores da obrigatoriedade de participação argumentam que a medida ajudará a baixar os juros finais aos consumidores. Já os contrários dizem que o acesso aos dados aumentará a chance de vazamento de informações, caracterizando quebra de sigilo.

*Da Agência Câmara de Notícias

A Medida Provisória 808/2017, que modifica diversos pontos da lei que instituiu a reforma trabalhista (Lei 13.467/2017) perde a validade nesta segunda-feira (23). O texto não foi analisado pela comissão mista, que não chegou a ter um relator eleito. O posto caberia a um deputado.

O texto contém mudanças de 17 artigos da reforma trabalhista e fazia parte de um acordo firmado pelo presidente da República, Michel Temer, com os senadores quando o projeto da reforma foi votado na Casa, em julho de 2017.

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Entre os assuntos tratados estão os trabalhos intermitente e autônomo, a representação em local de trabalho, as condições de trabalho para grávidas e lactantes e a jornada 12x36, entre outros pontos. A MP chegou a receber 967 emendas, a grande maioria teve o chamado trabalho intermitente como alvo. Deputados da oposição buscavam revogar a novidade ou garantir mais direitos ao trabalhador nestes casos.

Falta de negociação

O deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), relator do projeto de reforma na comissão especial, disse que houve demora de quatro meses na instalação da comissão, além de falta de acordo com os deputados. "Não houve negociação com o Congresso. Houve negociação com a base do governo no Senado da República. O Congresso é o Senado e a Câmara Federal", disse ele.

Para o vice-presidente do colegiado, deputado Pedro Fernandes (PTB-MA), é preciso haver um novo acordo, com uma nova medida provisória ou um projeto de lei. Ele assumiu os trabalhos da comissão depois de o senador Gladson Cameli (PP-AC), eleito como presidente, renunciar pouco depois de assumir o cargo. 

Segundo o líder do governo na Câmara, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), agora é preciso aguardar o encaminhamento do Executivo. Ele reforçou, porém, que cada comissão tem autonomia e ritmo próprios. A MP 808 foi publicada no mesmo dia em que o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, defendeu, em entrevista, que os ajustes à reforma trabalhista fossem encaminhados por projeto de lei e não por medida provisória.

Na terça-feira (17), Maia disse que a responsabilidade da votação do texto não era da Câmara, nem dele, antes de sair da comissão mista. "Não sou eu que indico membros da comissão, nem que pauto. Se chegar aqui [no Plenário] a gente pauta", afirmou Maia.

*Da Agência Senado

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Menos de uma semana após entrar em vigor, a lei que instituiu a reforma trabalhista (Lei 13.467/17) sofre a primeira alteração. O Diário Oficial da União publicou nesta terça-feira (14) a Medida Provisória 808, que modifica diversos pontos da nova legislação. As mudanças, segundo o governo, fazem parte de um acordo firmado pelo presidente Michel Temer com os senadores quando o projeto da reforma foi votado no Senado, em julho.

A MP altera 17 artigos da reforma trabalhista. Entre os assuntos tratados estão os trabalhos intermitente e autônomo, a representação em local de trabalho, as condições de trabalho para grávidas e lactantes e a jornada 12x36, entre outros pontos.

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Para acabar com questionamentos no meio jurídico e empresarial, o texto estabelece que a reforma trabalhista se aplica integralmente aos contratos de trabalho em vigor. Havia uma dúvida se as novas regras valeriam apenas para novos contratos ou atingiriam também os contratos já em vigor. A MP esclarece a questão.

A MP 808 foi publicada no mesmo dia em que o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, defendeu, em entrevista, que os ajustes à reforma trabalhista fossem encaminhados por projeto de lei e não por medida provisória.

O texto será analisado agora em uma comissão mista. Depois, passará por votações nos plenários da Câmara e do Senado. O relator será um deputado.

Saiba o que muda com a MP:

Trabalho intermitente

O trabalho intermitente – aquele executado em períodos alternados de horas, dias ou meses – foi o ponto mais alterado pela MP 808. O texto garante parcelamento das férias em três vezes, auxílio doença, salário maternidade e verbas rescisórias (com algumas restrições), mas proíbe o acesso ao seguro-desemprego ao fim do contrato.

A convocação do trabalhador passa de um dia útil para 24 horas. Trabalhador e empregado poderão pactuar o local de prestação do serviço, os turnos de trabalho, as formas de convocação e resposta e o formato de reparação recíproca em caso de cancelamento do serviço previamente acertado entre as partes.

O período de inatividade não será considerado como tempo à disposição do empregador e, portanto, não será remunerado. O trabalhador poderá, durante a inatividade, prestar serviço para outro empregador. Em caso de demissão, ele poderá voltar a trabalhar para o ex-patrão, por contrato de trabalho intermitente, somente após 18 meses. Essa restrição valerá até 2020.

Contribuição previdenciária

O trabalhador que em um mês receber menos do que o salário mínimo poderá complementar a diferença para fins de contribuição previdenciária. Se não fizer isso, o mês não será considerado pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para manutenção de qualidade de segurado.

A regra atinge todos os empregados, independente do tipo de contrato de trabalho.

Negociação coletiva

Acordo ou convenção coletiva sobre enquadramento de trabalho em grau de insalubridade e prorrogação de jornada em locais insalubres poderão prevalecer sobre a legislação, desde que respeitadas as normas de saúde, higiene e segurança do trabalho.

Os sindicatos não serão mais obrigados a participar de ação de anulação de cláusula de acordo ou convenção impetrada por trabalhador (ação individual). A participação obrigatória (o chamado “litisconsórcio necessário”) foi determinada pela reforma trabalhista.

Trabalhador autônomo

A MP 808 acaba com a possibilidade de o trabalhador autônomo prestar serviço a um só tomador (fim da cláusula de exclusividade). O autônomo poderá ter mais de um trabalho, no mesmo setor ou em outro diferente.

O texto garante ao autônomo o direito de recusar atividade exigida pelo tomador, assegurando a possibilidade de punição prevista no contrato.

Jornada 12x36

Acordo individual escrito para a jornada de trabalho de 12 horas seguidas de 36 horas de descanso só poderá ser feito no setor de saúde (como hospitais). Nos demais setores econômicos, essa jornada terá que ser estabelecida por convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho.

Grávidas e lactantes

Conforme a MP 808, as gestantes serão afastadas de atividade insalubre e exercerão o trabalho em local salubre. Neste caso, deixarão de receber o adicional de insalubridade. Para as lactantes o afastamento terá que ser precedido de apresentação de atestado médico.

O trabalho em locais insalubres de grau médio ou mínimo somente será permitido quando a grávida, voluntariamente, apresentar atestado médico autorizando a atividade.

Representação em local de trabalho

A comissão de representantes dos empregados, permitida em empresas com mais de 200 empregados, não substituirá a função do sindicato, devendo este ter participação obrigatória nas negociações coletivas.

Prêmio

Os prêmios concedidos ao trabalhador (ligados a fatores como produtividade, assiduidade ou outro mérito) poderão ser pagos em duas parcelas.

Gorjetas

Ainda segundo a MP 808, as gorjetas não constituem receita própria dos empregadores, destinando-se aos trabalhadores. O rateio seguirá critérios estabelecidos em normas coletivas de trabalho.

*Da Agência Câmara

O Plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira (8) projeto de lei de conversão à Medida Provisória 785/2017 que modifica as condições de pagamento do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).  

Entre as alterações está o fim da carência de 18 meses para o início do pagamento da dívida após a formatura do estudante, a mudança na cobrança dos juros e a possibilidade de desconto em folha. As mudanças visam reduzir os subsídios do governo ao Fies.

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Para a relatora da matéria, senadora Lúcia Vânia (PSB-GO), o atual formato do Fies é insustentável. Já a senadora Fátima Bezerra (PT-RN) criticou o fim da carência. Para ela, a mudança vai “interditar cada vez mais oportunidades que os jovens pobres deste país têm de acessar a universidade”, reclamou.

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O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou na noite desta terça-feira (31) a Medida Provisória 785/17, que reformula o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). O texto aprovado é o parecer do relator, deputado Alex Canziani (PTB-PR), com destaques que alteraram alguns pontos. A matéria será enviada ao Senado.

A MP exige, para 2018, a adesão das faculdades interessadas a um fundo de garantia; e o pagamento das parcelas do financiamento pelo estudante logo após o término do curso. De acordo com a MP, não haverá mais carência de 18 meses para começar a pagar após o término da faculdade, mas o projeto de lei de conversão de Canziani especifica que os beneficiários terão juros zero, na forma definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), para os contratos assinados a partir de 2018. Eventuais alterações dos juros incidirão somente sobre os contratos firmados a partir da data de entrada em vigor dessa mudança.

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Fontes de recursos

O texto aprovado prevê a destinação de recursos de vários fundos regionais para o Fies: fundos de desenvolvimento do Centro-Oeste (FDCO), do Nordeste (FDNE) e da Amazônia (FDA); fundos constitucionais de financiamento do Norte (FNO), do Nordeste (FNE) e do Centro-Oeste (FCO); além do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

“Com os fundos constitucionais e o BNDES, vamos ter condições de dar juros razoáveis para o aluno que queira usar os recursos do programa”, afirmou Alex Canziani, para quem os juros de mercado em novas modalidades criadas pelo texto ficarão em torno de 2,5% a 3%.

Entretanto, para partidos como Psol, PCdoB e Rede, o uso de recursos de fundos constitucionais para financiar o empréstimo estudantil poderá provocar juros maiores porque sujeitos aos mecanismos de mercado. A oposição obstruiu a sessão durante grande parte dos trabalhos.

Para a líder do PCdoB, deputada Alice Portugal (BA), “não é possível encher os banqueiros de dinheiro em detrimento de amparar as famílias e os estudantes que precisam de financiamento para garantir a sua formação”.

Parcelamento

Um acordo da base aliada com o PT viabilizou a inclusão de regras de parcelamento para estudantes em débito com o Fies por meio de emenda do deputado José Guimarães (PT-CE). O financiado com débitos vencidos até 30 de abril de 2017 poderá liquidá-los com o pagamento, à vista, de 20% da dívida consolidada e o restante liquidado em janeiro de 2018, em parcela única, com redução de 50% dos encargos contratuais.

Com redução de 40%, poderá parcelar até 145 vezes e, com redução de 25%, poderá pagar em 175 vezes. Segundo o PT, a iniciativa poderá beneficiar cerca de 700 mil estudantes e há um acordo com o governo para não vetar o texto.

Fundo garantidor

Para melhorar a garantia dos pagamentos devido à inadimplência, a MP cria o Fundo Garantidor do Fies (FG-Fies), com aporte inicial da União na quantia de R$ 3 bilhões e participação proporcional das faculdades participantes.

Com destaque do PSB, foi aprovada emenda do senador José Pimentel (PT-CE) para permitir à União fazer novos aportes ao fundo garantidor, o que era proibido pelo texto aprovado na comissão mista que analisou a MP.

Apenas estudantes de famílias cadastradas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) poderão contar com garantia exclusiva desse fundo, sem necessidade de oferecer outras. Os demais terão de apresentar garantia adicional, como fiança.

Os valores financiados considerarão a área do conhecimento, a modalidade e a qualidade do curso financiado, além da localização geográfica da instituição, observadas diretrizes do Conselho Gestor do Fies (CG-Fies).

Entretanto, a partir do próximo ano, o estudante deverá contratar seguro obrigatório para os casos de falecimento ou invalidez, pois, ao contrário da situação atual, o saldo não será mais absorvido pelo Fies e pela instituição de ensino.

FGTS

Já o destaque do Psol retirou do texto a possibilidade de o estudante trabalhador usar recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para amortizar ou quitar empréstimos do Fies.

Outro destaque do PT que fez parte do acordo entre os partidos retirou a possibilidade de as bolsas concedidas no âmbito do Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento das Instituições de Ensino Superior (Proies) serem para ensino a distância.

Permaneceu, entretanto, mudança em critério de seleção final do estudante candidato a bolsa para que ela possa ser concedida também àquele sem diploma de graduação e com renda familiar mensal per capita de até três salários mínimos, em vez de um salário. Confira a íntegra da proposta.

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O relatório do deputado Alex Canziani (PTB-PR) sobre a Medida Provisória 785/2017, que trata das mudanças no Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), foi aprovado na terça-feira (10) na comissão especial que analisa a MP. O texto deve ser votado no plenário da Câmara até o dia 17 de novembro para que a medida não perca a validade.

Entre as mudanças introduzidas no relatório está a ampliação do aporte do Tesouro Nacional ao Fundo Garantidor do Fies (FG-Fies), de R$ 2 bilhões para R$ 3 bilhões em quatro anos. O texto aprovado também estabelece que a parte do Fies destinada a estudantes carentes terá juro zero. O benefício já tinha sido anunciado pelo governo, mas não estava no texto da MP enviado ao Congresso.

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A comissão também aprovou a possibilidade de usar o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para o pagamento das dívidas do Fies, mas a medida depende de aprovação do Conselho Curador do FGTS. “Houve uma grande movimentação de ministros, e do setor de construção civil, dizendo que isso ia afetar muito, então colocamos essa possibilidade, mas desde que haja aprovação do conselho curador”, explicou o relator.

Canziani decidiu tirar do texto da MP a possibilidade de financiamento pelo Fies de cursos à distância. Mas, segundo ele, isso não impede que o Ministério da Educação autorize o financiamento desses cursos. “O texto da lei hoje não impede o financiamento da educação à distância, a gente queria deixar mais clara essa possibilidade, mas para chegar a um consenso, nós tiramos”, disse o deputado.

O relatório manteve a possibilidade de professores abaterem 1% do saldo devido no Fies para cada mês trabalhado na rede pública de educação, como é atualmente. O texto do governo limitava o abatimento a 50% do valor do financiamento. Para médicos, essa restrição percentual foi mantida.

Segundo o relator, o texto deve ser votado em plenário em duas semanas. “É o ideal dentro daquilo que conseguimos construir. Eu queria que tivesse mais vagas, melhores condições, mas para ele seja sustentável e perene, tivemos que fazer dentro dessa limitação”, diz.

Mudanças

Em julho deste ano, o governo anunciou mudanças no Fies a partir do ano que vem. Estão previstos três tipos de financiamento, sendo que 100 mil vagas serão ofertadas com recursos públicos, que terão juro zero e serão voltadas a estudantes que tiverem renda per capita mensal familiar de três salários mínimos. As outras duas modalidades serão financiadas com recursos dos fundos constitucionais regionais e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

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Depois de um dia inteiro de negociações, com reuniões no Palácio do Planalto entre o presidente Michel Temer, líderes partidários da Câmara, representantes da equipe econômica e a participação à distância do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que está em Nova York, não houve acordo em relação à Medida Provisória que altera regras do programa de parcelamento das dívidas tributárias com a União (Refis). À noite, Meirelles informou que as negociações prosseguem na semana que vem e que "permanecem em vigor" as regras atuais, com fim do prazo de adesão ao programa em 29 deste mês.

Relator da medida provisória (MP) 783, que cria o novo Refis, o deputado Newton Cardoso Júnior (PMDB-MG) relatou o impasse entre a equipe econômica e o Congresso Nacional sobre a votação ou não da proposta. Ele admitiu que a situação está "cada vez mais delicada" e que a tendência mais forte é que o governo oriente a base aliada a deixar a matéria caducar e, assim, obrigar os contribuintes a aderirem ao programa pelas regras atuais. O prazo para a edição da MP termina em 11 de outubro.

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"Estão se esgotando as opções e o governo deverá medir os impactos de votar ou não o texto após toda expectativa criada no Congresso", afirmou o peemedebista, que esteve pelo menos duas vezes ontem no Palácio do Planalto para tratar do assunto. Seguindo ele, a equipe econômica quer deixar a proposta caducar, pois se diz satisfeita com a arrecadação do programa até agora.

Durante o dia, em Nova York, Meirelles afirmou que a "arrecadação do Refis foi substancial", mas não detalhou os valores obtidos pelo governo. "O prazo está finalizando. Um número grande de companhias aderiu", comemorou o ministro, que foi evasivo em relação às negociações com os parlamentares. "O importante é que o assunto está sendo considerado. Os deputados fizeram uma proposta que está sendo discutida", afirmou.

Segundo apurou o Estadão/Broadcast com auxiliares do presidente Temer, a tendência é, de fato, o presidente acatar sugestão da Receita Federal e decidir pela não votação da proposta. Fontes do Planalto destacaram que é preciso colocar um limite na pressão dos parlamentares e que o ponto de vista técnico neste tipo de matéria precisa ser levado em consideração. O receio, destacam auxiliares de Temer, é que continuidade do Refis estimule a cultura da sonegação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Na volta do recesso parlamentar a Câmara e o Senado tem 22 medidas provisórias para analisar. Das quatro mais recentes publicadas no Diário Oficial da União entre ontem (26) e hoje (27), três delas mudam regras de  23 pontos no Código de Mineração e fazem parte do Programa de Revitalização da Indústria Mineral Brasileira. A quarta é a medida provisória que institui o programa de demissão voluntária (PDV) para os servidores do Poder Executivo. O Planalto espera que a medida gere economia de cerca de R$ 1 bilhão por ano.

Urgência

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No rol das MPs 14 estão em regime de urgência e trancam a pauta de votações. Algumas das medidas estão no fim do prazo de vigência e podem perder o efeito caso não sejam votadas a tempo. É o caso da MP 770/2017, que prorroga o prazo para utilização do benefício fiscal do Regime Especial de Tributação para Desenvolvimento da Atividade de Exibição Cinematográfica (Recine). O regime suspende a cobrança de todos os tributos federais que recaem sobre a aquisição de equipamentos e materiais necessários à construção ou modernização de salas de cinema. O texto precisa ser votado até o dia 7 de agosto para não perder o prazo de vigência.

O outro texto que está no Senado, a MP 771/2017, precisa ser votada até o dia 10 de agosto. A medida cria a Autoridade de Governança do Legado Olímpico (Aglo), uma autarquia federal de caráter temporário para substituir a Autoridade Pública Olímpica (APO). É essa autarquia que vai administrar o legado patrimonial e financeiro deixado pelas Olimpíadas e Paralimpíadas de 2016, como os ginásios esportivos.

Além dessas duas medidas provisórias que trancam a pauta do Senado, outras três também já impedem votações na Câmara. Uma delas é a  MP 772/17, que aumenta de R$ 15 mil para até R$ 500 mil o valor máximo de multa a ser aplicada a frigoríficos que infringirem a legislação sanitária.

A  outra é a MP 773/17, que autoriza estados, Distrito Federal e municípios a usar dinheiro da regularização de ativos no exterior para cumprir o limite constitucional de gastos com educação; há ainda a MP  775/17, que determina que em todas as operações realizadas no âmbito do mercado financeiro deverá haver, se for o caso, a chamada constituição de gravames e ônus, atualmente limitada a operações do mercado de valores mobiliários e do sistema de pagamentos brasileiro.

Também está na fila  da Câmara a MP 774/17 , mas não tranca a pauta porque ainda não foi lida em plenário. Esta MP acaba com a desoneração da folha de pagamento para a maioria dos setores hoje beneficiados. Os deputados terão de votar também a MP 783/17, que institui um novo programa de regularização tributária.

Comissão Especial

Entre as principais MPs que estão ainda em análise em comissões especiais -  primeira fase da tramitação no Congresso - estão a MP 778/17, que prevê o parcelamento da dívida previdenciária dos estados e municípios, a MP 782/17, que dá status de ministério à Secretaria-Geral da Presidência da República; e a MP 783/17, que institui um novo programa de regularização tributária (Refis).

Tramitação

Ao chegar ao Congresso Nacional, é criada uma comissão mista, formada por deputados e senadores, para aprovar um parecer sobre a Medida Provisória. Depois, o texto segue para o Plenário da Câmara e, em seguida, para o plenário do Senado. A MP é um instrumento com força de lei, adotado pelo presidente da República, em casos de relevância e urgência. Produz efeitos imediatos, mas depende de aprovação do Congresso Nacional para transformação definitiva em lei. Seu prazo de vigência é 60 dias,  prorrogáveis uma vez por igual período. Se não for aprovada no prazo de 45 dias, contados da sua publicação, ela tranca a pauta de votações da Casa. na qual estiver tramitando (Câmara ou Senado) até que seja votada. Neste caso, só alguns tipos de proposições podem ser votados em sessão extraordinária. 

Se a Câmara ou o Senado rejeitar a MP ou se ela perder a eficácia, os parlamentares têm que editar um decreto legislativo para disciplinar os efeitos jurídicos gerados durante sua vigência. Caso o conteúdo de uma Medida Provisória seja alterado, ela passa a tramitar como projeto de lei de conversão. Depois de aprovada na Câmara e no Senado, a Medida Provisória - ou o projeto de lei de conversão - é enviada à Presidência da República para sanção. O presidente tem a prerrogativa de vetar o texto parcial ou integralmente, caso discorde de eventuais alterações feitas no Congresso.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse há pouco que não vai votar nenhuma Medida Provisória (MP) que modifique o texto aprovado pelo Congresso sobre a reforma trabalhista.

"A Câmara não aceitará nenhuma mudança na lei. Qualquer MP não será reconhecida pela Casa", afirmou Maia no Twitter.

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O texto foi aprovado nesta terça-feira (11), no Senado por 50 votos a 26 e segue agora para a sanção presidencial. Para conseguir o apoio da maioria dos senadores, o presidente Michel Temer prometeu a edição de uma MP para modificar alguns pontos da reforma, como a questão que envolve a não obrigatoriedade do imposto sindical.

O comentário, que vai de encontro com o acordo feito com Temer com parlamentares, acontece no momento em que Maia se distancia do Palácio do Planalto por conta da tramitação da denúncia contra o peemedebista na Câmara.

Após saber da mensagem publicada por Maia, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), também voltou a afirmar que não participou de nenhuma negociação em relação à MP. "Estou tranquilo sobre isso. Não tratei de MP e nenhum compromisso sobre mudanças no texto", disse. (Isadora Peron e Julia Lindner)

Na manhã desta quinta-feira (6) o ministro da Educação Mendonça Filho e o presidente Michel Temer anunciaram a abertura de novas vagas e mudanças nas regras de financiamento do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e assinaram uma medida provisória que regulamenta as modificações. Serão abertas 75 mil novas vagas, totalizando 300 mil novos contratos, totalizando uma oferta de 225 mil vagas, segundo o ministro Mendonça Filho. 

Além de alterações na cobrança dos juros dos empréstimos e abertura de novas vagas, houve mudanças também na responsabilidade pelo financiamento. A partir de agora, a União não será a única responsável por possíveis perdas financeiras. As instituições de ensino e os bancos também terão uma parcela de responsabilidade no custeio do programa e nas perdas por inadimplência. 

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O Fies 1, de acordo com o ministro, atenderá a estudantes que tenham obtido nota mínima de 450 e redação com pontuação maior que zero no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), tenham sido aprovados em instituições privadas de ensino superior e possuam renda bruta familiar per capita de até três salários mínimos por mês, não podendo o valor do pagamento do empréstimo ser maior que 10% da renda familiar. Outra mudança é o percentual de juros, que passa a ser zero nessa modalidade de financiamento, restando apenas a correção da inflação.

O Fies 2, que tem um recorte regional focado nas regiões Nordeste, Norte e Centro-oeste, terá 150 mil novas vagas com juros de 3,1% ao ano, mais correção monetária, atendendo a estudantes de renda familiar bruta per capita de até cinco salários mínimos.

Já o Fies 3, que também atende ao grupo de alunos com renda de até cinco salários mínimos, será financiado com apoio do BNDES e operação através dos bancos públicos. Para essa modalidade do Fies, foram abertas 60 mil vagas. 

Na cerimônia, foi feita uma apresentação de dados sobre um diagnóstico realizado pelo MEC em parceria com o BNDES, o Tribunal de Contas da União (TCU), o ministério da Fazenda e outros órgãos. Na apresentação, de acordo com Mendonça Filho, os dados indicam um ônus insustentável para o Tesouro Nacional, gerado pela inadimplência e má gestão anterior. Mendonça também afirmou que com as alterações realizadas nesta quinta-feira (6) será garantido o acesso de estudantes carentes à educação superior de qualidade.

Após a fala de Mendonça, o presidente Michel Temer tomou a palavra e afirmou que a mudança no Fies é uma medida que vem para garantir a continuidade do programa de financiamento e aprimorar o que veio da gestão anterior. 

“Nós estamos aprofundando uma política pública que gera oportunidades e garante direitos como manda a Constituição. No Brasil muitas vezes se derruba o que foi feito antes, mas nós aperfeiçoamos o que veio do passado, criamos um Fies mais sustentável e efetivo, voltado para quem mais precisa, os estudantes de baixa renda”, disse Temer. 

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Uma medida provisória (MP) que tramita na Câmara pode acabar com 83 mil postos de trabalho do setor de tecnologia. De acordo com empresários e sindicatos da categoria, a MP 774/17, que acaba com a desoneração da folha de pagamento para os ramos de tecnologia da informação, hoteleiro, teleatendimento, comércio varejista e alguns setores da indústria, essa prática significaria uma queda de arrecadação de 2% para o governo, além do congelamento de salários para o setor por até dois anos.

A proposta tem apoio de diversos ministérios, que declararam que as empresas de tecnologia têm faturado muito com o crescimento do segmento e a tributação desproporcional a que estão submetidos. De acordo com o chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros, Claudemir Malaquias, “diversos segmentos conseguiram arregimentar uma força política e desconfiguraram a concepção inicial da medida”. Malaquias, que também representou o Ministério da Fazenda na reunião da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, disse também que isso agrava o déficit da Previdência.

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Porém, um estudo citado pelo secretário de Política de Informática do Ministério da Ciência e Tecnologia, Maximiliano Martinhão, aponta que 65% das crianças de hoje, ao chegarem ao mercado de trabalho, terão profissões que ainda não existem e dependem do desenvolvimento do setor de tecnologia da informação e, por essa razão, os incentivos devem permanecer da forma como estão. O parecer dos relatores da proposta devem ser anunciados na próxima terça-feira (20).

Uma nova regra prevista em Medida Provisória (MP) foi cancelada, conforme publicação no Diário Oficial da União. A questão tratava da possibilidade de mais de um reajuste no valor de medicamentos. A partir da divulgação do cancelamento, não será possível realizar o aumento nos preços de remédios mais de uma vez por ano. 

De acordo com a Agência Senado, a MP 754/2016 foi editada em 19 de dezembro pelo presidente Michel Temer. Ainda faltava a aprovação na Comissão Mista da MP, e depois nos Plenários da Câmara dos Deputados e do Senado. Porém, com o cancelamento, a legislação anterior à edição [o acréscimo dessa possibilidade de reajuste] voltará a vigorar, ou seja, o reajuste passará novamente a ser anual.

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Apesar disso, decisão sobre essa questão ainda cabe ao Conselho de Ministros da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos. O texto referente ao reajuste não era consenso entre autoridades, empresas da indústria farmacêutica e tampouco entre parlamentares. 

Um dos pontos apresentados para haver partes contrárias era manter as preocupações em relação à alta dos preços e a perda de equilíbrio do mercado. A contrariedade foi evidenciada durante audiência pública ocorrida em abril. 

A publicação do Diário Oficial também tornou a Medida Provisória (MP) 753/2016 sem eficácia. Ela tratava da regulamentação da distribuição dos valores das multas de repatriação de recursos do exterior. Ela garantia que o repasse seria feito imediatamente. Conforme a Agência Senado, o repasse dos recursos da multa foi resultado de um acordo entre os governadores e a União, para ajudar no equilíbrio orçamentário dos estados. A medida era considerada essencial, inclusive, para o pagamento de parcela do 13º salário dos servidores públicos. Porém, ainda faltava a aprovação da MP na Comissão Mista e nos Plenários da Câmara e Senado.

Essas MPs podem ser reeditadas, porém, apenas a partir do início de fevereiro do próximo ano, de acordo com o artigo 62 da Constituição Federal. 

Guarulhos será beneficiado pela Medida Provisória (MP) que prevê o parcelamento de débitos relativos à contribuições previdenciárias. A medida foi sancionada pelo presidente Michel Temer nesta terça-feira (17) e permite o parcelamento dos débitos em até 200 meses, com 25% a menos de multas e encargos, além da diminuição de 80% dos juros.

De acordo com o secretário municipal da Fazenda, Peterson Ruan, a dívida do município de Guarulhos com a União (INSS e Previdência) ultrapassa o valor de R$ 1 bilhão. “Com a MP 766 de janeiro de 2017, que instituiu o Programa de Regularização Tributária – PRT, o município fez a adesão ao parcelamento em 60 vezes por não ter condições de oferecer garantia à Procuradoria Geral da Fazenda Nacional para solicitar o parcelamento em 120 parcelas”, explicou o secretário. 

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A Prefeitura de Guarulhos buscou então, ajuda junto ao Governo Federal para ver se havia possibilidade de realizar o pagamento dentro de um prazo maior, de 240 meses. “Após expressarmos nossa dificuldade para apresentação de garantia, a procuradoria da Fazenda Nacional baixou a nota Técnica (PGFN/CDA 85/2017) que isentou os municípios com dívidas maiores a R$15 milhões de apresentar garantia. Foi uma vitória para o município”, declarou o secretário. 

A Medida Provisória 776/2017, adotada pelo presidente da República, alterou o modelo de registro de nascimento em todo o país. A partir de agora, será permitido que se registre a “naturalidade” da criança. Ou seja, os pais poderão optar entre a cidade onde a criança nasceu ou a cidade de sua residência.

Até então, a lei que regulava o registro público previa que a certidão de nascimento informasse apenas a data e local onde ocorreu o parto do bebê. Com isso, muitas crianças nascidas em municípios sem maternidade eram registradas com a naturalidade diferente de suas residências.

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A iniciativa pretende beneficiar o lado emocional e estimativo das pessoas, o governo federal poderá controlar melhor as natalidades, os dados de epidemiologia e mapear todos os municípios brasileiros.

O presidente Michel Temer anunciou nesta quinta-feira, 22, que o governo quer baixar juros dos cartões de crédito no primeiro trimestre de 2017. Além disso, uma mudança na regra do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) vai permitir aos trabalhadores sacar todo o dinheiro que estiver em contas inativas. No pacote está ainda uma medida provisória para regularizar propriedades em área urbana.

Para baixar os juros dos cartões de crédito, será limitado o prazo para pagamento do rotativo (quando é feito o pagamento do valor mínimo da dívida) para até 30 dias. Assim, o governo espera que os juros do parcelamento caiam pela metade.

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O FGTS de contas inativas até dezembro de 2015 poderá ser sacado em seu valor total. A expectativa é que os trabalhadores usem o dinheiro para quitar divídas. O valor está estimado em R$ 30 bilhões, equivalente a 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.

 

A medida provisória que trata da reforma do ensino médio chegou ao Senado nessa quarta-feira (14) e deverá ser um das prioridades da Casa a partir de fevereiro, após o recesso parlamentar.

O texto-base já havia sido aprovado na semana passada e ficaram pendentes destaques, que foram analisados na quarta. Das dez propostas de mudança na matéria, duas foram aprovadas. A primeira garante a ajuda do Governo Federal para as escolas implementarem o ensino em tempo integral por dez anos. A segunda garante o ensino da filosofia e sociologia, mas não como matérias, mas sim com conteúdos diluídos em outras disciplinas.

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Pelo texto, em cinco anos, a carga horária do ensino médio deverá passar das atuais 800 horas anuais para 1000. A partir daí, deverá ser progressivamente aumentada até as 1400 horas anuais (sete horas diárias). A Base Nacional Comum Curricular representará 50% do currículo e a partir da metade do ensino médio estudantes poderão escolher as demais disciplinas, de acordo com a afinidade. Também será permitido o ensino à distância. Além disso, profissionais com muito conhecimento, o chamado notório saber, poderão dar aula, mesmo não tendo formação.

Como é uma medida provisória, ela precisará ser votada até o dia 2 de março ou perderá validade.

A votação final na Câmara dos Deputados foi acompanhada pelo ministro da Educação e deputado licenciado Mendonça Filho (DEM-PE). Ele defendeu as mudanças. "A gente parte para adequar a educação de nível médio no Brasil ao que acontece no mundo todo", frisou. Para ele, o novo modelo é mais atrativo. "A educação de nível médio no Brasil se fixa onde não se valoriza o protagonismo do jovem, não se oferta itinerários formativos que valorizem, por exemplo, a formação técnica profissionalizante, num currículo engessado e portanto, precisa mudar".

 

O plenário da Câmara dos Deputados aprovou, na noite desta quarta-feira (14), a Medida Provisória 744, que reformula a administração da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). A proposta segue agora para análise do Senado.

A principal polêmica da medida é que ela permite que o presidente da República troque os membros da diretoria-executiva da EBC quando quiser. Pela regra anterior, os diretores cumpriam mandatos fixos de quatro anos.

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No plenário, a oposição disse que a proposta tira a autonomia da empresa, transformando-a numa "estatal" e em instrumento de propaganda política.

A MP foi editada após a turbulenta mudança da direção da empresa. Em setembro, o jornalista Laerte Rímoli - escolhido pelo presidente Michel Temer - assumiu em definitivo a presidência da EBC e demitiu 30 funcionários. Ele substituiu o jornalista Ricardo Melo, nomeado pela ex-presidente Dilma Rousseff e exonerado em maio, assim que Temer assumiu interinamente a Presidência da República.

Melo retomou o cargo após uma liminar do Supremo Tribunal Federal, mas acabou deixando a presidência da EBC quando o ministro Dias Toffoli cassou a decisão. Na tentativa de permanecer no cargo, Melo alegou que o estatuto previa mandato fixo para a diretoria da EBC. Com o imbróglio, o governo editou a MP 744, mudando as regras de composição da direção.

O texto da MP diz ainda que a EBC será administrada por um Conselho de Administração e por uma Diretoria-Executiva e, em sua composição, contará com um Conselho Fiscal, formado por indicados dos Ministérios da Educação, Cultura, Planejamento, Ciência e Tecnologia e um representante dos empregados.

A MP ainda acaba com o Conselho Curador, que era formado também por representantes da sociedade civil. Todas as sugestões de alteração do texto propostos pela oposição foram rejeitados.

O ministro da Educação, Mendonça Filho, disse nesta quinta-feira (6) que lamenta que o Congresso Nacional não tenha votado, em sessão suspensa na madrugada desta quinta, a matéria que abre crédito para o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), e não descartou a possibilidade de ser editada uma medida provisória para liberar o recurso. A sessão do Congresso foi suspensa, por falta de quórum, antes da votação do projeto de lei que libera créditos extraordinários para o Fies, no valor de R$ 1,1 bilhão.

Segundo ele, a decisão de editar uma medida provisória é do presidente da República e o assunto deve ser discutido fazendo uma avaliação técnica e, também, política da conjuntura. “A decisão de editar uma MP não é uma decisão pessoal minha, como ministro da Educação, é sempre do presidente, ouvidas as áreas técnicas”

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E completou: “Evitamos isso desde o primeiro momento, não quero descartar, mas a decisão não é nossa. Vamos discutir, eu, o ministro do Planejamento, levarei o assunto para o ministro-chefe da Casa Civil, Secretaria de Governo e, finalmente, para o próprio presidente Temer, para avaliarmos, junto com o presidente da Câmara e do Congresso, qual o contexto e a viabilidade”, disse.

Após a sessão ser suspensa, o presidente do Congresso, Renan Calheiros, que presidia a mesa, disse que iria sugerir ao presidente Michel Temer que publique uma medida provisória liberando verbas para o Fies, sem consultar o Tribunal de Contas da União, o que agilizaria a liberação dos recursos.

Mendonça lembrou que o processo de tramitação do projeto de lei é mais longo que o de uma medida provisória e disse que a votação do projeto que trata do Fies tem sido postergada. “Muitas vezes se critica quando se edita uma medida provisória e, quando se remete projeto de lei, se tem um processo legislativo longuíssimo, exaustivo e difícil. Não estou fazendo crítica, estou apenas constatando uma realidade”, acrescentou o ministro da Educação.

Ele tranquilizou os estudantes e disse que eles não terão prejuízos nas renovações e novas contratações do Fies. “Os jovens que dependem do Fies para financiar seus estudos, quero tranquilizá-los que não haverá nenhum prejuízo para os que dependem da renovação ou da contratação de novos financiamentos de acordo com o cronograma estabelecido. Vamos honrar retroativamente todos os contratos e renovação de contratos”, disse.

O ministro afirmou que a situação não foi responsabilidade da atual gestão que, segundo ele, encontrou o orçamento do ministério sem a dotação financeira suficiente para novos contratos do Fies e para a renovação dos antigos.

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Polêmica, a medida provisória do novo ensino médio já rende debates em diversos grupos sociais. Um ponto específico da proposta, em que o aluno poderá escolher qual área do conhecimento seguirá, gerou indagações sobre os moldes atuais do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Da forma como é feita hoje, a prova contempla várias áreas, em que o candidato deve responder as questões de todas elas e não passa por uma avaliação específica.

Se o novo ensino médio colocar em prática a possibilidade de o aluno escolher uma área específica do conhecimento, a partir do segundo semestre do segundo ano, consequentemente o estudante ficará menos munido de informações para responder as disciplinas deixadas de lado. Nessa conjuntura, o Enem continuará abordando todas as matérias do jeito que acontece hoje? De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pela organização do Exame, a resposta não deve sair antes antes de novembro.

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Apesar de declarar que Enem 2017 precisa passar por alterações, enfatizando que a prova deve deixar de só servir como meio de ingresso no ensino superior, a presidente do Inep, Maria Inês Fini, ainda não emitiu um posicionamento mais claro sobre a futura edição do exame. Nem mesmo o anúncio do novo ensino médio a fez divulgar qualquer tipo de alteração. A assessoria de imprensa do Inep informou ao LeiaJá que apenas haverá um pronunciamento acerca do futuro da prova após a edição 2016.

De acordo com a assessoria, o foco atual do Inep é a prova deste ano. A edição 2016, segundo o Ministério da Educação (MEC), está livre de qualquer alteração. Mas vale lembrar a ideia de Maria Inês sobre o atual modelo do Enem: “O Exame não pode continuar sendo, com essa envergadura, um Exame de seleção nacional para o ensino superior, o que a gente quer é um exame que qualifique o desempenho e inclua todos, em que os jovens não percam as vantagens que já obtiveram os resultados do Enem, mas que ao mesmo tempo possa sinalizar para o ensino médio mudanças significativas ou aprofundamento de currículo”.

O que dizem os professores?

O professor de geografia e um dos sócios do curso Os Caras de Pau, Charliton Soares, acredita que o Enem deve trazer abordagens diferentes já na prova de 2017. Por outro lado, o docente projeta que, no próximo ano, as áreas cobradas atualmente serão mantidas em dois dias de provas, sem a necessidade de avaliação específica conforme o interesse de cada fera. Atualmente, os segmentos cobrados são os seguintes: Linguagens, códigos e suas tecnologias, que abrange o conteúdo de Língua Portuguesa (Gramática e Interpretação de Texto), Língua Estrangeira Moderna, Literatura, Artes, Educação Física e Tecnologias da Informação; Matemática e suas tecnologias; Ciências da Natureza e suas tecnologias, que abrange os conteúdos de Química, Física e Biologia; Ciências Humanas e suas tecnologias, que abrange os conteúdos de Geografia, História, Filosofia, Sociologia e conhecimentos gerais.

Para Soares, o Enem deixará de ter questões de cunho social que instiguem o ser pensador, e passará a trabalhar assuntos específicos de todas as matérias cobradas. “Como o Enem é uma prova governamental, e levando em consideração o atual governo de direita, não deveremos ter algo que seja voltado para a reflexão da sociedade. A gente vinha numa pegada de inclusão social, com o passado governo de esquerda. Ainda sobre o próximo ano, ainda não acredito que a prova será dividida em disciplinas escolhidas pelo candidato”, opina o professor.

Já o professor Fernando Beltrão, do curso “Fernandinho e Cia”, entende que é praticamente impossível fazer um prognóstico agora. De acordo com o educador, a forma como o governo lançou o novo ensino médio é cheia de dúvidas e ainda não traz ações claras e concretas que possam basear as escolas e cursinhos preparatórios que trabalham para o Enem. Beltrão orienta que os candidatos continuem estudando pensando no atual modelo do Enem. “É preciso continuar estudando normalmente. O foco é nas habilidades e competências que o Enem já pede. Eu não vejo motivo para preocupação, porque não há nada de concreto para um curto prazo e nem para longo prazo”, diz o professor.

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Além do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe) e do Sindicato dos Professores de Pernambuco (Sinpro-PE) terem afirmado que são contra a medida provisória (MP) que reformula o ensino médio, a Universidade de Pernambuco também se posicionou contra a decisão do Ministério da Educação (MEC). O posicionamento da instituição foi divulgado nesta sexta-feira (30), no site da UPE.

De acordo com a divulgação do posicionamento, a determinação da medida provisória “não dialoga com os estudos e pesquisas sobre Educação Básica, Ensino Médio, formação técnico-profissional. Não se justifica o uso de MP que, apesar de ser previsto na lei, deve ser utilizado em caráter excepcional”.

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A universidade ainda afirma que “não aceita imposição de uma reforma sem a devida participação da sociedade, sem ouvir os profissionais especializados, sem argumentos científicos que justifiquem com lucidez uma política de compromisso com a real formação integral para todos os brasileiros”.

Confira, na íntera, a nota da UPE:

“É inegável a necessidade do debate sobre as melhores formas e conteúdos de enfrentamento das dificuldades históricas e estruturais desta etapa da educação básica. O que foi determinado pela MEDIDA PROVISÓRIA Nº 746 não dialoga com os estudos e pesquisas sobre Educação Básica, Ensino Médio, formação técnico-profissional. Não se justifica o uso de MP que, apesar de ser previsto na lei, deve ser utilizado em caráter excepcional. 

A Universidade de Pernambuco (UPE) reitera a defesa da democracia e do direito a um Ensino Médio como parte constituinte da Educação Básica de qualidade. Não aceita imposição de uma reforma sem a devida participação da sociedade, sem ouvir os profissionais especializados, sem argumentos científicos que justifiquem com lucidez uma política de compromisso com a real formação integral para todos os brasileiros.

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