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O Departamento de Estradas de Rodagem (DER) anunciou que retomará, a partir desta terça-feira (1°) a emissão das multas nas rodovias estaduais paulistas. A medida segue a Resolução 805 do Conselho Nacional de Trânsito, do governo federal que cessou a interrupção dos prazos dos processos de órgãos do trânsito. Os prazos haviam sido interrompidos pela Resolução 782, de 18 de junho de 2020, por causa da pandemia de Covid-19.

A publicação da nova resolução restabelece a contagem dos prazos, tendo em vista a normalização das atividades dos órgãos de trânsito e o retorno das atividades presenciais ao público Para os motoristas que receberam a Notificação de Autuação entre 19/05 e 30/11/2020, os prazos estabelecidos pela nova resolução são diferentes. Eles terão até o dia 31/01/2021 para a realização das solicitações da Indicação de Condutor, Pedido de Advertência por Escrito e Defesa de Autuação. A partir de fevereiro de 2021, todas as Notificações de Penalidade serão emitidas.

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O restabelecimento dos prazos para renovação da CNH ocorrerá a partir de 1º de janeiro de 2021, seguindo os meses de validade. Ou seja, os documentos com data de validade de janeiro de 2020 poderão renovar até 31 de janeiro de 2021; para as vencidas em fevereiro de 2020, a renovação poderá ocorrer até 28 de fevereiro de 2021; e assim sucessivamente, até 31 de dezembro de 2021 para as habilitações com validade em dezembro de 2020.

Em relação aos registro e licenciamento de veículos novos, o proprietário de veículo adquirido entre 19 de fevereiro de 2020 a 30 de novembro de 2020 terá até 31 de janeiro de 2021 para realizar o esse processo.

Os usuários poderão ainda realizar serviços sobre multas presencialmente na sede do órgão, em São Paulo com agendamentos realizados pelo site do órgão. Cada usuário poderá realizar até cinco serviços por atendimento no local. Após o agendamento online, a confirmação é enviada por e-mail -- e um lembrete será enviado para o celular cadastrado, via SMS, 24 horas antes da data agendada.

Os atendimentos são realizados de segunda a sexta-feira, das 8 horas às 17 horas. Existe tolerância de 10 minutos para atrasos após o horário agendado.

O Tribunal de Contas da União (TCU) investiga se multas aplicadas a empreiteiras pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) foram mais baixas do que determina a legislação. Foi aberto processo para apurar irregularidades especialmente em acordos firmados com empresas investigadas na Lava Jato, como Odebrecht, OAS, Carioca Engenharia e Andrade Gutierrez. Conselheiros do órgão apontam que as vantagens obtidas pelas companhias com atos ilícitos foram muito maiores do que as punições sofridas.

Em despacho ao qual o Estadão/Broadcast teve acesso, o ministro do TCU Augusto Sherman acolhe pedido do Ministério Público de Contas da União e determina a realização de uma diligência no Cade. Há uma semana, foi enviado ofício dando 15 dias para o conselho mandar informações ao TCU.

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Na representação, o procurador do MP da União Júlio Marcelo de Oliveira alega que, ao firmar acordos que encerram as investigações contra as empresas, chamados de Termo de Compromisso de Cessação (TCC), o Cade estaria "estipulando contribuições pecuniárias em valor aquém ao da vantagem auferida, prática que daria margem à subpunição" das companhias.

O procurador cita o julgamento de 16 TCCs relacionados à Lava Jato em novembro de 2018, quando os acordos levaram ao pagamento de um total de R$ 897,9 milhões. No julgamento, foi definido que a Odebrecht pagaria R$ 578,1 milhões, em seis processos. A OAS propôs o pagamento de R$ 175,1 milhões, a Andrade Gutierrez, R$ 75 milhões, e a Carioca Engenharia, R$ 68,9 milhões.

Como mostrou o Estadão/Broadcast na época, dois conselheiros do Cade criticaram o valor das multas. O então conselheiro João Paulo Rezende afirmou que as quatro construtoras ganharam R$ 25 bilhões com as obras superfaturadas e que o valor pago deveria ter sido pelo menos três vezes maior. A então conselheira Cristiane Alkmin disse na ocasião que as multas deveriam ser de cerca de R$ 4 bilhões.

O Cade é uma autarquia, vinculada ao Ministério da Justiça, responsável por coibir a formação de cartéis e estimular a concorrência entre empresas. As punições aplicadas pelo conselho têm caráter administrativo.

'Vantagem'

A lei da concorrência prevê que a multa aplicada pelo Cade seja de até 20% do faturamento da empresa e que nunca pode ser "inferior à vantagem auferida, quando for possível sua estimação". No entanto, há discussão de como calcular a vantagem que a empresa obteve com a formação de um cartel, por exemplo, o que ocorreu no julgamento dos casos da Lava Jato citados pelo procurador.

O Ministério Público de Contas afirma ainda na representação que o Cade "recorre extensivamente ao uso de TCCs para concluir investigações". Nenhum caso relacionado à Lava Jato, que teve início em 2014, foi a julgamento até hoje no conselho. Todos os encerrados até agora foram por acordo de leniência e TCCs. "Há desvantagens para o uso extensivo de TCCs. Existe o potencial de se ter um efeito negativo à prevenção, uma vez que os descontos fornecidos são generosos e as empresas sabem que podem celebrar acordos até o momento anterior à decisão do tribunal", afirma o procurador.

O Cade afirmou que a representação do procurador é "falha tecnicamente, baseada em jurisprudência vencida, e denota pouco conhecimento da legislação concorrencial". Afirmou que apresentará todas as informações solicitadas pelo TCU, que a metodologia para a definição de multas é "baseada em jurisprudência do órgão" e que, nos últimos cinco anos, aplicou um total de R$ 1,7 bilhão em multas e R$ 3,6 bilhões em contribuições pecuniárias, pagas em acordos. "Na Lava Jato, o Cade homologou acordos que totalizam R$ 1,205 bilhão."

O TCU informou que o processo que apura "possíveis irregularidades na atuação do Cade" está em andamento e não tem deliberações sobre o caso. 

A Polícia Militar de São Paulo (PM/SP) apreendeu um veículo que soma mais de R$ 4,4 milhões em dívidas. De acordo com a corporação, o carro modelo Ford Ecosport circulava de maneira normal pelas ruas da capital paulista, embora tivesse 1.062 mil registros de infrações de trânsito.

Em patrulhamento pela região sul de São Paulo, os agentes Comando de Policiamento de Trânsito (CPTran) da PM abordaram o veículo nos arredores do bairro Vila Caledônia. De acordo com os policiais, o veículo, que não tem o licenciamento quitado há mais de 14 anos, soma o valor do débito com as mais de mil multas. O total exato é da dívida é de R$ 4.417.318,69.

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Ainda segundo os policiais, o carro foi recolhido ao Pátio Sul do CPTran da capital paulista. No local, o automóvel passou por vistoria técnica, mas não foram localizadas outras irregularidades nos elementos de identificação, como chassi ou placas.

Em meio à pandemia do coronavírus, o Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) de São Paulo aplicou mais de R$ 28,4 milhões em multas nos estabelecimentos de todo o estado. De acordo com o órgão, a maioria das infrações é devido à cobrança de preços abusivos no comércio, ação que infringe o Código de Defesa do Consumidor (CDC).

Grande parte das autuações recai sobre farmácias, supermercados, hipermercados e outros varejistas. Segundo a fiscalização do Procon-SP, a elevação de preços dos produtos tidos como fundamentais para o período de crise sanitária (alimentos, álcool em gel, máscaras, entre outros) é ilegal. Só no segmento do comércio foram mais de 5 mil multas. Ainda de acordo com a instituição, no interior paulista o valor total de punições foi de R$ 23,5 milhões. Já na cidade de São Paulo, as multas somam cerca de R$ 4,9 milhões.

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Em entrevista ao portal do governo paulista, Fernando Capez, Secretário de Defesa do Consumidor, reiterou que a fiscalização continua. "Não é admissível que as empresas aproveitem o momento de dificuldade pelo qual passamos para aumentar preços sem justificativa ou ainda para exercer práticas que complicam ainda mais a vida das pessoas. As nossas equipes continuarão a fiscalizar e quem infringir a lei será punido".

De acordo com o Procon paulista, até o último dia 20 de agosto, foram registradas cerca de 15,9 mil queixas nos canais de atendimento do órgão. Para registrar os casos que possam infringir o CDC, a população pode acessar o site do Procon, www.procon.sp.gov.br, ou baixar o aplicativo "Procon.SP" (disponível para iOS ou smartphones). Também é possível realizar as denúncias por meio das redes sociais do órgão. Basta marcar @proconsp na publicação e indicar o endereço físico ou o site do estabelecimento na internet.

Em menos de dois meses, a Vigilância Sanitária do estado de São Paulo aplicou 202 multas por desobediência ao uso obrigatório de máscara em estabelecimentos comerciais ou espaços públicos. Segundo o órgão, as autuações ocorreram entre os dias 2 de julho e a última quarta-feira (18). As punições recaíram sobre 121 comércios e 81 pessoas que descumpriram recomendações sanitárias em meio à pandemia do novo coronavírus.

De acordo com o governo paulista, as autuações são de R$ 524 para pessoas físicas e de R$ 5.025 para estabelecimentos que aceitam clientes sem o uso do equipamento de proteção individual (EPI) no local. Para os comércios, o valor é multiplicado pela quantidade de pessoas que estiverem no ambiente.

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O decreto estadual, que entrou em vigência no início de julho, vai ao encontro das recomendações sanitárias da Organização Mundial da Saúde (OMS). De acordo com os especialistas, a máscara é um item fundamental para reduzir o risco de contágio pelo causador da Covid-19, doença que matou mais de 28,5 mil pessoas em todo o estado de São Paulo.

Ainda segundo o poder público estadual, a fiscalização é feita por meio do empenho da Vigilância Sanitária paulista. De acordo com o governo, a população pode colaborar com as denúncias por meio do telefone 0800 771 3541. O valor recolhido pelas autuações está sendo destinado ao programa Alimento Solidário, que oferece cestas básicas de alimentação para famílias em situação de vulnerabilidade social.

Desde que pôde voltar a trabalhar há mais de um mês, Munish Tiwari, um motorista de táxi indiano, já recebeu duas multas de 500 rúpias (US$ 6,5) por desrespeitar a obrigação de usar máscara.

"Não é confortável e não consigo respirar quando uso", explica à AFP este motorista de Nova Délhi, que perdeu o ganho de um dia inteiro de trabalho pagando as multas.

"Tenho que usar quando tem passageiro, mas quando as portas fecham, e eles vão embora, costumo tirar. Sou presa fácil para a polícia", comenta Tiwari.

A pandemia de Covid-19 se encontra em expansão na Índia, que conta até agora com 23.727 mortos de um total de 906.752 casos oficialmente declarados da doença.

Os especialistas consideram que o pico do novo coronavírus ainda não foi atingido no segundo país mais populoso do mundo, com 1,3 bilhão de habitantes.

Neste contexto de crise sanitária, o governo impõe o uso de máscara nos espaços públicos, nos transportes e no trabalho. Em geral, a medida é respeitada nas grandes cidades, mas muitos indianos usam este acessório de proteção individual de maneiras criativas e incorretas: pendurada na orelha, abaixo do nariz, em torno do queixo, entre outras.

- "Negligência" -

Desde março, a polícia de Nova Délhi impôs mais de 42.000 multas pelo não uso de máscara, ou por desrespeito à distância social. As multas em toda Índia variam de 200 rúpias, em Bangalore (US$ 2,6), a 1.000 rúpias (US$ 13,1), em Mumbai.

O total de multas pelo descumprimento de medidas sanitárias chega a cerca de 117.000 euros (US$ 131.000) em apenas um mês em Bangalore (sul), anunciou o chefe da polícia local, Hemant Nimbalkar.

Em recente pronunciamento transmitido à nação pela televisão, o primeiro-ministro Narendra Modi criticou a "negligência" de parte da população frente ao vírus e pediu aos indianos que não baixem a guarda neste momento.

Na cidade de Firozabad, no norte do território, quem não usa máscara não paga multa, mas deve assistir a um curso de quatro horas de duração sobre distância física e escrever 500 vezes "tem que usar máscara".

Em uma rua de Hyderabad, a AFP viu a professora Sunitha Michael com o elástico da máscara preso entre os dentes. É para poder falar no celular, explicou ela.

"Realmente, detesto usar a máscara, porque é algo muito pesado, mas tenho de respeitar as normas", admite a professora.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), informou que o Estado passará a aplicar multas às pessoas que estiverem em locais públicos sem máscaras e aos estabelecimentos comerciais nos quais estes indivíduos se encontrarem. O objetivo é intensificar o uso de equipamentos de proteção contra o novo coronavírus.

De acordo com o governador, os estabelecimentos estão sujeitos a multa de R$ 50 mil por vez e por cidadão que estiver sem o equipamento de proteção.

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Ele também afirmou que pessoas que forem flagradas sem máscaras em ambientes públicos poderão ser multadas em R$ 500.

"O objetivo não é punir, mas educar e alertar as pessoas", disse o governador durante entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes.

Segundo Doria, o valor arrecadado será revertido para o programa Alimento Solidário, que distribui cestas básicas a famílias em estado de pobreza e extrema pobreza.

De acordo com o governador, o índice do uso de máscaras no Estado é de 93% e na capital de 97%.

Diante das denúncias encaminhadas por cidadãos pernambucanos, que apontam para a cobrança de multas indevidas realizadas pelo Detran Pernambuco, o deputado estadual Antonio Coelho (DEM) solicitou ao Governo Estadual a apuração e o esclarecimento dos fatos.

Segundo o parlamentar, os relatos indicam que o órgão passou a multar usuários por serviços que não puderam ser realizados no prazo correto por conta da interrupção por tempo indeterminado de algumas atividades devido ao enfrentamento da pandemia do coronavírus. A suspensão de alguns prazos e processos administrativos consta na Portaria Nº 2264, editada pela gestão estadual, bem como na Declaração nº 185 do Conselho Nacional de Trânsito.

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De acordo com informações repassadas ao deputado, os proprietários de carros novos estão entre os prejudicados pela cobrança indevida de multa neste período de retomada gradual das atividades do Detran. São pessoas que não puderam registrar e licenciar seus automóveis no prazo legal diante do fechamento das unidades do Detran em todo o Estado bem como de outras entidades públicas e privadas prestadoras de serviços relacionados ao trânsito. Em alguns casos relatados, a multa aos donos dos veículos chegou a quase R$ 400,00.

“Nossa intenção é esclarecer o que tem motivado essas cobranças inadequadas, considerando que os prazos legais foram suspensos, nos âmbitos local e nacional, por conta do enfrentamento da pandemia do coronavírus bem como o fato de que as unidades do Detran ficaram fechadas e com atendimento restrito a situações excepcionais”, destacou Antonio Coelho.

*Da assessoria de imprensa

No estado de São Paulo, a multa do Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) aos estabelecimentos por prática de preços abusivos já supera os R$ 3 milhões. A punição afeta principalmente comércios como farmácias, supermercados e revendedores de gás. De acordo com o órgão, 34 empresas foram autuadas por desobedecerem o Código de Defesa do Consumidor (CDC).

As multas são resultado da fiscalização do Procon-SP, que intensificou o trabalho para coibir que empresas do segmento comercial não elevassem a média de preço dos produtos. Muitos estabelecimentos aproveitaram a pandemia causada pelo novo coronavírus para explorar os consumidores impondo valores mais altos em mercadorias como máscaras de proteção, álcool em gel, gás de cozinha e alimentos. Entre as instituições autuadas estão 12 farmácias, 12 supermercados, oito fornecedores de gás e outras duas empresas de segmentos distintos.

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De acordo com o Procon-SP, todos os estabelecimentos autuados têm direito à defesa prevista em Lei. Segundo o órgão, desde março deste ano, mais de 2,5 mil denúncias relacionadas às práticas abusivas foram registradas. Ainda de acordo com a instituição, 2.933 varejistas foram inspecionados desde que a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou estado de calamidade pública devido à pandemia.

O combate à pandemia do novo coronavírus virou destino de recursos de multas trabalhistas e concorrenciais aplicadas às empresas. Quase R$ 200 milhões em punições já foram revertidos em ações para ajudar no enfrentamento da covid-19. A crise econômica, no entanto, afeta a capacidade de mais companhias quitarem essas punições e muitas têm renegociado o pagamento de multas.

Apenas o Ministério Público do Trabalho (MPT) já destinou R$ 172 milhões em recursos de multas trabalhistas para a compra de material médico e hospitalar. A expectativa do procurador- geral do MPT, Alberto Balazeiro, é superar a marca de R$ 1 bilhão até o fim da pandemia.

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Em vez de depositarem o dinheiro das multas, as empresas se comprometem a entregar o mesmo valor em equipamentos de proteção para equipes médicas (os chamados EPIs), respiradores, ventiladores pulmonares e kits de testagem. Os recursos também financiam pesquisas sobre o vírus e há planos para que o dinheiro seja usado para adaptações em indústrias de outros setores visando a produção de mais equipamentos hospitalares durante a crise.

"Existe hoje uma escassez de máscaras, luvas e outros itens de proteção. Nesse cenário, as empresas têm mais facilidade em localizar e negociar EPIs no mercado. As companhias conseguem parcelar pagamentos com fornecedores, têm capacidade até mesmo para buscar as mercadorias fora do País. Enquanto isso, muitas prefeituras não têm nem mesmo a estrutura contábil para realizar essas compras. Com isso, também eliminamos a necessidade de intermediários", afirma o chefe do MPT.

A retração da atividade econômica, no entanto, é um fator que limita a destinação de recursos dessas punições. Com a recessão no horizonte, companhias menores não têm a capacidade financeira para pagar multas agora. "O MPT também tem essa preocupação em não onerar demais as empresas e colocar empregos em risco. Estamos organizando semanas de conciliação para chegarmos aos maiores valores sem colocar em risco a empregabilidade."

Cade. As companhias também estão procurando o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para negociarem mais tempo para o pagamento de multas acordadas em Termos de Compromisso de Cessação (TCCs). O Cade já recebeu cinco pedidos de adiamento de prazo para pagamento de empresas, acatou um e vai analisar caso a caso. "O Cade entende as dificuldades pelas quais as empresas estão passando, mas não vai tolerar abuso nem oportunismo de quem tenta se aproveitar da crise", afirma o superintendente-geral do Cade, Alexandre Cordeiro.

Ele diz que o conselho suspendeu prazos para as empresas apresentarem informações e documentos em investigações já abertas por conta da pandemia. Ele acredita que novas decisões poderão ser flexibilizadas pelos impactos do coronavírus, como prazos maiores para pagamentos de multas, mas que isso também será visto a cada julgamento. "Ainda não sabemos exatamente o impacto dessa pandemia. Algumas empresas terão problemas sérios, outras não. Precisamos analisar qual o efeito que isso vai ter."

As multas aplicadas pelo Cade vão para o Fundo de Defesa de Direitos Difusos, que também recebe dinheiro de multas aplicadas por outros órgãos. O fundo já destinou mais de R$ 18,6 milhões para a locação de leitos de UTI.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Operação Verde Brasil aplicou R$ 94,6 milhões em multas a serrarias, madeireiras ilegais, agricultores e pessoas envolvidas com queimadas ou desmatamento na Amazônia. De acordo com o ministério da Defesa, a operação contribuiu para a diminuição de queimadas no mês de setembro, que ficou abaixo da média histórica.

Iniciada em 24 de agosto, a ação é uma parceria dos Comandos Militares do Norte, do Oeste e da Amazônia voltada ao combate de crimes ambientais na região amazônica. Balanço do governo aponta que a Verde Brasil conteve 1.800 focos de incêndio, apreendeu 18,4 mil metros cúbicos de madeira extraída ilegalmente, confiscou mais de 200 veículos e efetuou 120 prisões.

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Prevista na Garantia da Lei e da Ordem (GLO) ambiental, a operação deve continuar até 24 de outubro deste ano, de acordo com o decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro.

 

A Operação Verde Brasil contabilizou, no primeiro mês de operações, 112 termos de infração aplicados, que totalizam R$ 36,37 milhões em multas, de acordo com balanço divulgado nesta segunda-feira (23) pelo Ministério da Defesa. Os recursos são destinados ao Tesouro Nacional.

As multas foram aplicadas principalmente pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) por práticas ilícitas como mineração e garimpo ilegal, desmatamento e apreensão de madeira.

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A Operação Verde Brasil é a ação governamental voltada ao combate aos incêndios e crimes ambientais na Amazônia. O governo federal decretou, em 23 de agosto, a Garantia da Lei e da Ordem (GLO) Ambiental para ampliar as equipes em atuação na Amazônia para o combate ao fogo e investigação de ilícitos nas regiões afetadas.

Na última sexta-feira (20), a GLO foi prorrogada até 24 de outubro, nas áreas de fronteira, nas terras indígenas, nas unidades federais de conservação ambiental e em outras áreas dos estados da Amazônia Legal. 

De acordo com o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, a GLO gerou um efeito dissuasivo entre aqueles que cometem crimes na Amazônia legal. “Pessoal que estava fazendo algum ilícito, some. [A presença de militares e de outros agentes] ajuda a prevenir ilícitos e incêndios”, diz.

Ao todo, foi empregado um efetivo de 8.170 militares e integrantes de agências municipais, estaduais e federais; 143 viaturas; 12 aeronaves; 87 embarcações. O resultado é de 28 veículos apreendidos; 63 pessoas apreendidas ou detidas, além das 112 multas.

 Queimadas

De acordo com balanço do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Cesipam), baseado nos dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), os focos de calor na floresta amazônica, no bioma Amazônia, somaram 30.901 focos em agosto deste ano. Número que superou os 10.421 focos registrados em agosto do ano passado.

Em setembro, esse número caiu para 17.095, abaixo dos 24.803 registrados no ano passado e abaixo da média histórica de 33 mil focos.

A Amazônia Legal é composta ainda pelo bioma Cerrado, este mais suscetível a incêndios nessa época do ano, e pelo Pantanal.

 

Nos meses de julho e agosto, quando parou de chover na Amazônia e as taxas de desmatamento e de queimadas subiram, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) fez o menor número de autos de infração e embargou menos áreas em cinco anos, destaca o jornal O Estado de S. Paulo. Análise de informações no próprio site do órgão ambiental mostra que em julho foram feitos na região 345 autos de infração (por desmatamento, queimada ou garimpo irregular, por exemplo) e em agosto, 177. Em 2018, foram 822 e 930, respectivamente - quedas de 58% e 81%.

No ano, a queda especificamente de multas para crimes contra a flora na região foi de 42%. Também houve redução de áreas embargadas: 8.056 hectares em agosto deste ano, ante 12.538 no mesmo mês do ano passado. Em julho, 6.026 hectares haviam sido embargados, ante 24.583 hectares em julho de 2018. Quando uma área é embargada, a produção obtida é considerada irregular, entra em lista compartilhada internacionalmente e não pode ser vendida.

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Tanto no caso dos autos de infração como no das terras embargadas, o montante está ainda bem abaixo da média dos últimos cinco anos (veja ao lado). Procurado para comentar os dados, o Ministério do Meio Ambiente não se manifestou até esta quarta-feira, 4. Em entrevista no programa Roda Viva, na TV Cultura, o ministro Ricardo Salles negou qualquer orientação para reduzir fiscalização.

O pesquisador Raoni Rajão, da Universidade Federal de Minas (UFMG), que compilou os dados, vê multas e embargos como um termômetro. "Quem trabalha com desmatamento sabe que é nesta época do ano que o pessoal entra na floresta para cortar, com motosserra, correntão. Depois deixa ali o material para secar e pôr fogo. Se a fiscalização interfere quando se começa a fazer isso, pode conseguir evitar os próximos passos. Se deixa solto, chega-se às últimas consequências", diz o especialista em política de controle.

"Essa ofensiva cria uma intimidação, mostrando que o Estado está presente, o que evita que saia de controle", continua Rajão. "De janeiro a junho, as multas até estavam mais ou menos em níveis similares aos anos anteriores. Mudou no momento mais crítico."

Ele levantou ainda os dados de diárias pagas a fiscais que vão a campo e também observou uma redução neste ano. Até 31 de julho, foram executados R$ 5,9 milhões em diárias. Em 2018, no mesmo período, foram R$ 12 milhões. "Sem diária, o fiscal não sai da sede, basicamente", resume o especialista.

Sob condição de anonimato, um técnico do Ibama explicou que a partir de maio ou junho há menos nuvens e chuva, permitindo ampliar o esforço para combater o desmatamento. Ele afirma que o resultado disso eram mais autuações, diferentemente do observado neste ano.

Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) indicam alta no desmatamento da Amazônia e no número de focos de queimada. Entre agosto do ano passado e julho deste ano, o sistema Deter apontou um aumento de quase 50% na perda da floresta em relação aos 12 meses anteriores. O mês de agosto mantém a tendência de alta. Os alertas indicam quase 1.400 km² de desmatamento até o dia 28, ante 526,5 km² em agosto do ano passado. As queimadas no mês passado também foram as mais altas desde 2010. O governo considera os dados exagerados e pretende contratar novo monitoramento.

Controle remoto

Conforme o Estado apurou, uma das áreas que sofreram mudança no Ibama foi a operação Controle Remoto, lançada há pouco mais de dois anos para autuar desmatadores a distância. O sistema cruza imagens de satélite com dados do Cadastro Ambiental Rural (CAR) para detectar os desmatamentos recentes e enviar por correio as multas. O embargo de áreas também é automático, e o proprietário fica impedido de conseguir crédito rural.

Até o ano passado havia uma escala de trabalho, mas agora o sistema quase não é usado. Suely Araújo, que era presidente do Ibama quando o sistema foi implementado, comenta que mesmo com as operações de fiscalização em curso, conduzidas pela gestão atual, não estão ocorrendo mais as operações voltadas ao controle das cadeias produtivas, como a Shoyo (cadeia da soja) e a Carne Fria (cadeia da pecuária). "Além disso, o GEF, o grupo de elite da fiscalização, praticamente não tem ido a campo."

Suely pediu exoneração do cargo no início de janeiro, um dia após o presidente Jair Bolsonaro e o ministro Ricardo Salles questionarem, via Twitter, um contrato de locação de viaturas.

Áreas privadas

Um mapeamento feito sobre os focos de calor na Amazônia neste ano mostra que a maior parte dos incêndios florestais ocorreu em propriedades privadas. O cálculo, feito por pesquisador do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) sobre as ocorrências entre 1º de janeiro e 29 de agosto, revela que essas terras, incluídas no Cadastro Ambiental Rural (CAR), respondem por 33% do número de focos neste ano - apesar de elas cobrirem apenas 18% do bioma amazônico. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As chamadas multas contra a flora aplicadas pelo Ibama caíram 23% no 1º semestre do governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL).

A informação foi divulgada pelo jornal Folha de São Paulo utilizando dados públicos de multas do Ibama.

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No total, foram 5.826 multas este ano. O índice dos seis primeiros meses de 2019 é o mais baixo do últimos 5 anos. Esse tipo de multa é aplicada sobre infrações como desmatamento, incêndios e comércio de madeira.

O governo Bolsonaro mantém uma retórica crítica à atuação do Ibama e organizações ambientais, que para ele agem de forma enviesada. O presidente fez declarações recentes contra o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), afirmando que não confia nos dados da organização. O INPE aponta que o desmatamento tem crescido em relação em 2018.

A publicação do jornal também aponta que, além da retórica do governo, mudanças no quadro de funcionários do Ibama podem ter contribuído para a queda.

Da Sputnik Brasil

Em pouco mais de três anos, foram aplicadas em Guarulhos 4.615 multas pela não utilização ou utilização incorreta da cadeirinha de transporte para crianças. Só em 2019, entre janeiro e abril foram mais de 400 autuações, conforme levantamento feito pelas polícias rodoviárias federal e estadual. Os dados se referem ao período entre janeiro de 2016 e abril de 2019. O uso da cadeirinha se tornou obrigatório no Brasil em 2008. O município de Guarulhos, que faz parte da Região Metropolitana de São Paulo, é cortado por importantes rodovias federais como Dutra (BR-116) e Fernão Dias (BR-381), além de rodovias estaduais como Ayrton Senna (SP-070) e Hélio Smidt (SP-019). 

Mudanças

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O presidente Jair Bolsonaro encaminhou à Câmara dos Deputados no dia 4 de junho o Projeto de Lei (PL) 3267 que propõe alterações no Código de Trânsito Brasileiro.  Entre as mudanças, está a punição por escrito e não mais por meio de multas para carros de passeio que transportem crianças menores de sete anos e meio sem o dispositivo de retenção adequado, a famosa cadeirinha. O projeto será discutido por uma comissão especial antes de ir a votação. 

Uso correto

Para que seja instalada de maneira correta, a cadeirinha deve ser fixada com o cinto de segurança do veículo. Os modelos desses dispositivos de segurança (bebê conforto – crianças de até um ano; cadeirinha – crianças de um a quatro anos; assento de elevação – crianças de quatro a sete anos e meio) têm local apropriado para que o cinto seja passado. A partir dos sete anos e meio, a criança pode ser transportada no banco traseiro somente com o cinto de segurança do veículo e só a partir dos dez anos no banco dianteiro, sempre com o cinto de segurança.

Aos condutores que cometerem a irregularidade, considerada gravíssima, a punição é de sete pontos na CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e a multa é de R$ 293,47. A tramitação do PL 3267 no Poder Legislativo ainda não tem data programada.

Pressionado por acidentes na última semana com patinetes elétricos, o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), apressou o anúncio das regras de utilização do equipamento. Em 15 dias, a Companhia de Engenharia do Tráfego passará a multar quem anda com o veículo na calçada ou sem usar capacete.

A penalidade pode variar entre R$ 100 e R$ 20 mil e será aplicada às operadoras de compartilhamento de patinetes. O valor máximo é para o caso de descumprimento de exigências como a contratação comprovada de seguro de responsabilidade civil para cobrir danos. Conforme a reportagem informou em janeiro, a proibição nas calçadas já era estudada. Os veículos começaram a circular em agosto e hoje há 11 operadoras.

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Pela lei, os equipamentos não podem passar de 20 km/h em ciclovias e ciclofaixas e de 6 km/h nas calçadas, conforme o Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Mas cabe aos órgãos e às entidades de trânsito municipais regulamentar o uso. No decreto que será publicado nesta terça-feira, 14, em caráter "provisório", Covas determina a obrigatoriedade do uso de capacete, a proibição da circulação nas calçadas, a restrição de uso em ciclovias, ciclofaixas, ciclorrotas ou ruas com limite de velocidade de até 40 Km/h.

Nos próximos 15 dias, a CET e a Guarda Civil Metropolitana (GCM) vão orientar usuários, que serão multados a partir do 15.º dia. Já o Procon orientou que toda e qualquer violação do regulamento seja imediatamente informada, para que possa adotar as providências previstas no Código de Defesa do Consumidor (CDC).

O prefeito afirmou que a multa será aplicada às operadoras e caberá a elas definir se o valor será repassado ao usuário. "A ideia era que a regulamentação ficasse pronta no fim deste semestre, mas, até por causa dos últimos incidentes, nós resolvemos apresentar uma regulamentação provisória que valerá por no máximo 90 dias."

A regulamentação está em discussão na Prefeitura de São Paulo desde janeiro, quando um grupo de trabalho foi criado com 11 operadoras, técnicos e entidades da sociedade civil. A reportagem apurou que o decreto de Covas foi escrito sem conhecimento ou consulta ao grupo.

Só com a regulamentação completa se terá detalhes da fiscalização. O decreto não cria regras por enquanto para o local onde os equipamentos devem ser colocados, mas uma das possibilidades em estudo é a cobrança de Termo de Permissão de Uso (TPU), documento exigido de ambulantes e feirantes.

Para o engenheiro Luiz Célio Bottura, ex-ombudsman da CET, há uma série de dúvidas. "Além disso, é uma fiscalização muito complexa, precisa de muita gente. E os patinetes não têm placas", disse ele. "Esse decreto tem uma função mais midiática, de mostrar que a Prefeitura quer dar uma resposta a um suposto problema, do que efetivamente reduzir conflitos", afirmou Ana Carolina Nunes, diretora de participação da Cidadeapé - Associação pela Mobilidade a Pé em São Paulo.

Em nota, as empresas Grin e Yellow informam que vão aguardar a publicação no Diário Oficial para se posicionar. Já a Scoo disse que "é a única empresa no Brasil que obriga e fornece o capacete". "A única ressalva é em relação à proibição da circulação de patinetes na calçada, já que, quando não existem ciclofaixas, o usuário de patinete terá de se arriscar nas ruas junto aos carros, com perigo de graves acidentes."

Acidentes

O Hospital 9 de julho tem registrado, em fins de semana, uma média de 5 acidentes por dia envolvendo patinetes elétricos. A maioria dos casos é na Avenida Paulista. Já um levantamento do Hospital Samaritano Higienópolis mostra que houve um aumento de 19,6% em internações relacionadas a acidentes com veículos alternativos (bicicletas, patinetes e skates) no primeiro trimestre de 2019, na comparação com o mesmo período de 2018. Para comparação, o número de acidentes com veículos alternativos no primeiro trimestre deste ano superou até o de acidentes de carro na unidade de saúde. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um projeto de lei que tramita na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) quer proibir o vilipêndio de dogmas e crenças de qualquer religião, sob forma de sátira, ridicularização e menosprezo. A matéria, de autoria do deputado William Brigido (PRB), prevê a proibição durante manifestações públicas, sociais, culturais e de gênero.

A proposta apresenta como condutas ofensivas ao credo do outro a veiculação de imagens ou charges que visem “denegrir” as doutrinas; publicações nas redes sociais que associem a religião a algum conteúdo de cunho erótico ridicularizando ou menosprezando a fé alheia; e a utilização de qualquer objeto religioso para outro fim.

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O texto determina punições para quem ferir a regra. Entre elas, estão o pagamento de multa no valor de dez salários mínimos - que será usado para um projeto de assistência social da denominação religiosa atacada - e a impossibilidade de realizar eventos que dependam da autorização do poder público por cinco anos.  

O projeto também veda a liberação de verbas públicas para a realização de qualquer evento, público ou privado, cujas organizações já tenham manifestado a intolerância religiosa.

Na ótica do deputado William Brigido, ideologias e atitudes ofensivas às crenças e práticas religiosas ferem a dignidade da pessoa humana. “O agressor costuma usar palavras ofensivas ao se referir ao grupo religioso atacado e aos elementos, divindades e hábitos da religião. Há casos em que o agressor desmoraliza símbolos religiosos, destruindo imagens, roupas e objetos ritualísticos. Em situações extremas, a intolerância religiosa pode se tornar uma perseguição”, argumenta ao justificar a proposta.

O deputado ainda ressalta que “a crítica não é o mesmo que intolerância” e pondera respeitar a liberdade de expressão, mas desde que não se pregue o ódio. “Discordar da religião alheia é um direito, mas respeitar a fé alheia, mesmo não concordando, é um dever, uma obrigação de todos”, destaca.

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira, 24, em definitivo, projeto de lei que anistia multas aplicadas a partidos políticos. O texto segue agora para a sanção do presidente da República, Jair Bolsonaro. A anistia vale para todas as siglas que receberam multas decorrentes de aplicação incorreta de parte dos recursos do Fundo Partidário. Os partidos que não gastaram, por exemplo, o mínimo de 5% do Fundo Partidário com ações para incentivar a participação feminina na política até o ano de 2018 vão ficar livres de punição por parte da Justiça Eleitoral. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A quantidade de multas de trânsito registradas na cidade de São Paulo caiu 18,46% em 2018, na comparação com o ano anterior, segundo levantamento da Secretaria Municipal de Transporte. A Prefeitura não divulgou o balanço das mortes no trânsito, mas boletins do governo estadual mostram que o número de vítimas ficou estável no período.

Foram cerca de 10,9 milhões de multas lavradas ao longo do ano passado - uma média de 30 mil por dia -, ou 2,4 milhões de autuações a menos na comparação com 2017. A reincidência e a quantidade de veículos penalizados também caiu.

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No ano passado, cerca de 27% da frota de veículos paulistana respondeu por todas as multas registradas - no ano anterior, eram 30%. A maior parte das autuações ocorreu por excesso de velocidade (40% das multas) e desrespeito ao rodízio municipal de veículos (22%).

Mortes

Segundo o Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito de São Paulo (Infosiga), mantido pelo governo estadual, a capital paulista registrou 884 mortes no trânsito em 2018, apenas uma a menos do que no ano anterior. Isso apesar do crescimento de 18% nas mortes de motociclistas (360, no total), após três anos de queda.

No início de 2019, ainda segundo o Infosiga, houve crescimento no número de mortes. Nos dois primeiros meses do ano, a cidade registrou 147 vítimas fatais em ocorrências no trânsito - alta de 13% em relação ao primeiro bimestre 2017, e de 18% ao mesmo período do ano passado.

Isso ocorreu com a alta em janeiro, quando foram registradas 87 mortes no trânsito. Foram 30 a mais do que em janeiro do ano passado, e 28 a mais do que no mesmo mês de 2017. Em fevereiro, houve queda no número de vítimas fatais - um total de 60 mortes neste ano, sete a menos do que em fevereiro de 2018 e nove a menos do que no ano anterior. No total, os dados do Infosiga ainda mostram aumento nas mortes durante o bimestre.

No Painel Mobilidade Segura, mantido pela Prefeitura de São Paulo, um aviso diz que o número de mortes em 2017 na capital está em processo de revisão. Quanto à estatística de 2018, não há informações.

A reportagem não conseguiu contato com a Prefeitura para esclarecer o problema. Em nota, a Secretaria Municipal de Transporte diz que investe "em políticas de conscientização, valorização da vida e prevenção de acidentes".

Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) têm sido críticos a iniciativas do Ministério Público Federal de indicar o destino de dinheiro recuperado de corrupção. A mais recente delas foi a criação de uma fundação para gerir recursos devolvidos pela Petrobras após acordo com a força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba.

Para integrantes da Corte ouvidos pela reportagem, a atribuição de decidir o destino deste dinheiro é da União, e não do Ministério Público ou da Justiça.

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O "recado" foi dado pelo ministro Edson Fachin ao negar, no fim de fevereiro, pedido da Procuradoria-Geral da República para que R$ 71,6 milhões referentes ao acordo de delação do ex-marqueteiro do PT João Santana fossem destinados ao Ministério da Educação.

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, chegou a procurar a pasta e solicitar informações sobre como efetivar esse tipo de transferência.

Ao rejeitar a intenção da chefe do Ministério Público Federal, Fachin destacou que cabe à União, e não ao Poder Judiciário, definir como a receita será utilizada. "A multa deve ser destinada à União, cabendo a ela, e não ao Poder Judiciário, inclusive por regras rigorosas de classificação orçamentária, definir, no âmbito de sua competência, como utilizará essa receita."

O ministro Marco Aurélio Mello tem a mesma opinião de Fachin. Ao jornal O Estado de S. Paulo, Marco Aurélio afirmou que a responsabilidade de "administrar" o cofre público é do Executivo, não de magistrados ou procuradores.

"Quem somos nós para administrar o cofre da União? A destinação ocorre sob o ângulo político das necessidades momentâneas, não cabe ao Judiciário definir se vai para ministério X ou Y. Não cabe. Nunca coube", declarou Marco Aurélio.

Na decisão em que negou o pedido da Procuradoria-Geral da República, Fachin cita o fato de a lei que rege a delação premiada estabelecer como "necessária" a recuperação do dinheiro obtido por meio do crime, mas não prever uma destinação específica para estes valores.

Um ministro da Corte ouvido reservadamente pela reportagem também criticou a movimentação do Ministério Público. O magistrado afirmou que os procuradores, responsáveis por negociar acordos de delação, podem até sugerir ao Executivo a destinação do dinheiro, mas não buscar isso por meio da Justiça.

Questionada pela reportagem, a Procuradoria afirmou, em nota, que é favorável que o ressarcimento seja integralmente destinado às vítimas dos crimes. "Nos processos que tramitam no STF, a União é vítima e a Procuradoria requer que o dinheiro recuperado lhe seja entregue. A PGR consultou formalmente a União (Ministério da Educação), que lhe indicou programas que atendem estudantes", disse o Ministério Público.

Fundo

Com a chancela da Justiça, a força-tarefa da Lava Jato em Curitiba fechou um acordo com a Petrobras para criar um fundo de investimento social voltado a projetos "que reforcem a luta da sociedade brasileira contra a corrupção". A ideia dos procuradores é usar recursos de penalidades impostas à estatal para alimentar este fundo. A gestão será feita por uma fundação de direito privado.

De acordo com o Ministério Público Federal, parte do montante, porém, será utilizada para eventual ressarcimento de investidores da Petrobras que acionem a estatal na Justiça.

Para o ministro Marco Aurélio, a medida acaba "criando uma promiscuidade condenável" ao mesclar dinheiro público com dinheiro privado. "O Judiciário não pode ter fundo. Judiciário e Ministério Público devem seguir as balizas fixadas em orçamento. Nós não atuamos em campo privado", disse o ministro do STF.

Em nota, a força-tarefa da Lava Jato no Paraná destacou que a fundação será "gerida por membros da sociedade civil de reputação ilibada e reconhecida trajetória e experiência".

'Interpretações equivocadas'

A força-tarefa da Lava Jato em Curitiba rebateu nesta quinta-feira, 7, as críticas ao acordo entre o Ministério Público Federal, a Petrobras e o Departamento de Justiça americano para usar os recursos de multa a ser paga pela estatal nos Estados Unidos em projetos anticorrupção no Brasil. Para eles, houve "interpretações equivocadas" sobre como esses recursos serão geridos.

"Parece que tudo começou com base em notícias equivocadas de que o Ministério Público iria gerir os recursos ou que eles iriam para o Ministério Público", afirmou o procurador da República Paulo Roberto Galvão, membro da Lava Jato. "O que estão falando não está no acordo. Será uma fundação a ser criada que fará essa gestão."

O acordo homologado em janeiro pela juíza Gabriela Hardt, da 13.ª Vara Federal de Curitiba, registra que a proposta foi iniciativa do MPF e da Petrobras - que é réu em ação nos Estados Unidos e concordou em pagar multa por falhas de seu sistema de compliance. Com a concordância das autoridades americanas, o acordo estipula que 80% desses recursos voltem ao Brasil.

O fundo será criado por um "comitê de curadoria social", a ser formado até abril pelo Ministério Público com entidades civis. Será esse comitê, segundo o procurador, que formará o fundo e ficará responsável pela gestão dos recursos. O acordo prevê que o MPF terá assento em órgão de deliberação nesse fundo a ser criado - o que não dá aos procuradores, poder de gestão sobre o dinheiro ou projetos a serem financiados, segundo a proposta. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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